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REFERÊ NCIA EM LOGÍSTICA LogWeb Log Web Logística Supply Chain Transporte Multimodal Comércio Exterior Movimentação Armazenagem Automação Embalagem J O R N A L E D I Ç Ã O N º 5 1 M A I O 2 0 0 6 Informe Publicitário

JORNAL LogWebWeb...Pneus Industriais: Multimodal escolha errada afeta o custo/hora O uso correto dos pneus gera menos pre-juízo à empresa e mais benefícios ao meio ambiente. O importante

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Page 1: JORNAL LogWebWeb...Pneus Industriais: Multimodal escolha errada afeta o custo/hora O uso correto dos pneus gera menos pre-juízo à empresa e mais benefícios ao meio ambiente. O importante

R E F E R Ê N C I A E M L O G Í S T I C A

LogWebLogWeb❚❚❚❚❚ Logística❚❚❚❚❚ Supply Chain❚❚❚❚❚ Transporte Multimodal❚❚❚❚❚ Comércio Exterior❚❚❚❚❚ Movimentação❚❚❚❚❚ Armazenagem❚❚❚❚❚ Automação❚❚❚❚❚ Embalagem

J O R N A L

E D I Ç Ã O   N º 5 1 — M A I O — 2 0 0 6

Informe Publicitário

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Mult

imodal

Pneus Industriais:escolha erradaafeta o custo/hora

O uso correto dos pneus gera menos pre-juízo à empresa e mais benefícios ao meioambiente. O importante não é apenas fazer aescolha certa para determinado uso, mas, tam-bém, saber o que fazer com o pneu usado.(Página 6)

EM ANÁLISE,O FUTURO DOSOPERADORESLOGÍSTICOSNO BRASILPela análise dos profissionais, este seapresenta bastante promissor, e aterceirização já é vista como umaatividade comum pelas empresas quequerem concentrar-se em seu corebusiness. (Página 24)

Casas Bahiainaugura CDem São Bernardodo Campo, SP

A Casas Bahia acaba de inaugurar seuCentro de Distribuição em São Bernardo doCampo, São Paulo. A obra recebeu investi-mentos de R$ 44 milhões e apresenta96.800 m2 de área construída, ocupando umterreno de 215 mil m2. Conta com uma frotade 250 caminhões e tem capacidade pararealizar, em média, 200 mil entregas/mês.(Página 3)

Unitizaçãode cargas:as tendênciase mudanças

Paletes de madeira e de plástico,caixas de madeira, caixas e contene-dores plásticos, contenedores metá-licos e caixas de papelão são os des-taques nesta matéria especial.(A partir da página 14)

PERNAMBUCOATRAI GRANDESINVESTIMENTOS,PRINCIPALMENTEEM LOGÍSTICATanto em qualidade quanto em quantidade,os investimentos na região fazem com quePernambuco venha se consolidando comonovo pólo logístico para a região Nordeste.(Página 30)

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R E F E R Ê N C I A E M L O G Í S T I C A

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4REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº51—MAIO—2006

LogWebJ O R N A L

Caminhoneirosautônomosganham serviçopor satélite daAutotracA Autotrac (Fone: 0800 7012345) está apresentando oAutotrac Satélite e o AutotracCaminhoneiro: dois produtoscom a mesma tecnologia e pú-blicos distintos. O primeiro é de-senvolvido para empresas detransporte de cargas nos mo-dais rodoviário, ferroviário e hi-droviário; utilities, como con-cessionárias de distribuição deenergia elétrica e TV a cabo; eórgãos do governo, como se-cretarias de Fazenda e de Se-gurança Pública, departamen-tos de trânsito, corpo de bom-beiros, Polícia Rodoviária Fe-deral, Civil e Militar de diversosEstados e do Distrito Federal,entre outros. O segundo produ-to, para caminhoneiros autôno-mos, permite que o motoristaofereça às transportadoras fer-ramentas para gerenciamentologístico e de risco, com ras-treamento e monitoramentodos veículos e comunicaçãomóvel de dados.

Dafontecomercializamáquinas Clarkno RecifeA Dafonte (Fone: 81 3087.0266), representante da Clarkno Recife, comercializa a Sé-rie CMP 20/25/30 de empilha-deiras cujas característicassão: pneus infláveis de alto de-sempenho; possibilidade detrabalho tanto em ambientesabertos como fechados nasoperações de produção, arma-zenamento e distribuição; sis-tema de transmissão transeixo;freios a tambor; e motores ba-lanceados internamente parasuavizar, diminuir e evitar a tre-pidação, além de motores mo-vidos a GLP, gasolina e diesel.

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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

LogWeb 5EDIÇÃO Nº51—MAIO—2006

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Editorial

Redação, Publicidade, Circulação e Administração:Rua dos Pinheiros, 234 - 2º andar - 05422-000 - São Paulo - SPFone/Fax: 11 3081.2772Nextel: 11 7714.5379 ID: 15*7582

Redação: Nextel: 11 7714.5381 - ID: 15*7949

Comercial: Nextel: 11 7714.5380 - ID: 15*7583

Publicação mensal, especializada em logística, da LogWebEditora Ltda. Parte integrante do portal www.logweb.com.br

Editor (MTB/SP 12068)Wanderley Gonelli Gonç[email protected]

Assistente de RedaçãoCarol Gonçalves

[email protected]

DiagramaçãoFátima Rosa Pereira

[email protected]

MarketingJosé Luíz Nammur

[email protected]

Diretoria ExecutivaValeria Lima

[email protected]

Diretoria ComercialDeivid Roberto Santos

[email protected]

Os artigos assinados não expressam,necessariamente, a opinião do jornal.

LogWebJ O R N A L

P

Administração/FinançasLuís Cláudio R. Ferreira

[email protected]

RepresentantesComerciais:

RJ: Perfil Corp.Fone: (21) 2240.0321Cel.: (21) 8862.0504

[email protected]

BH: Eugenio RochaFone: (31) 3278.2828Cel.: (31) 9194.2691

[email protected]

A

UNITIZAÇÃO,OPERADORESLOGÍSTICOS ....

or falta de espaço, não citamos no título aci-ma todas as matérias especiais que integram

esta edição de LogWeb. A começar pela referentea pneus industriais, que enfoca itens como as con-seqüências do uso errado dos pneus, como esco-lher o tipo certo, o problema de descarte dos usa-dos e a vinda de importados.

Já quando o assunto é unitização de cargas,vários produtos são destacados, sob a ótica de ten-dências e mudanças no setor: paletes de madeira eplásticos, caixas de madeira, caixas e contenedoresplásticos e contenedores metálicos.

No caderno “Multimodal” estão inseridas duasmatérias bastante interessantes. Uma é sobre o fu-turo dos operadores logísticos no Brasil, sob a vi-são de alguns profissionais que atuam no setor e,portanto, têm amplo conhecimento.

O outro destaque ainda neste caderno é umaampla análise sobre os investimentos que estãosento realizados em Pernambuco, principalmenteem logística, abrangendo tanto os portos quantoos pólos industriais. Afinal, outro enfoque destaedição é a inclusão de informações sobre algunsdos produtos e serviços que serão apresentadosna FTL Brasil 2006 - Feira de Transporte Inter-modal e Logística, que acontece no Centro deConvenções de Pernambuco no período de 15 a18 de maio, e do qual o LogWeb é a mídia oficial.

Portanto, amigo leitor, boa leitura.

Wanderley G. Gonç[email protected]

DISTRIBUIÇÃO

Casas Bahiainaugura CD emSão Bernardo doCampo, SP

Casas Bahia, conside-rada líder nacional nosetor varejista de ele-

troeletrônicos, eletrodomésti-cos e móveis, inaugurou no dia27 de abril último - com a pre-sença do presidente da repúbli-ca, Luiz Inácio Lula da Silva,de ministros, prefeitos, autori-dades federais, estatuais e mu-nicipais - seu Centro de Distri-buição em São Bernardo doCampo, SP.

DIMENSÕESO novo CD, construído em

um ano, recebeu investimentosde R$ 44 milhões e está locali-zado no km 23 da RodoviaAnchieta. Apresenta 96 800 m2

de área construída e ocupa umterreno de 215 mil m2. Contacom uma frota de 250 cami-nhões e tem capacidade pararealizar, em média, 200 milentregas/mês, abran-gendo a baixadasantista, a região doABCD e a zona lesteda capital.

Localizado pró-ximo ao entronca-mento da Anchieta/Imigrantes, o CD re-gional irá reduzir em80% as despesas atu-ais das entregas rea-lizadas naquelas re-giões, em compara-ção com as despesasde remessa de merca-dorias para estes

pontos a partir do maior Centrode Distribuição da rede, locali-zado em Jundiaí, SP.

MAIS CDSMas, o Grupo não pára por

aí em termos de logística e deveinaugurar, até o segundo semes-tre de 2006, dois outros CDs, jáem construção - em Duque deCaxias, RJ, com 180 mil m2, eem São José dos Pinhais, PR,com 70 mil m2. O investimentototal da rede no setor de logís-tica para este ano é de R$ 99milhões, já incluído o início deoperação do CD de São Ber-nardo.

Hoje, a capacidade total dearmazenagem da Casas Bahianos seus depósitos é de 6,7 mi-lhões de m3 e, segundo a direçãoda empresa, dos atuais 56 mil co-laboradores, mais de 8,6 milatuam no setor de logística. ●

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ENTREVISTA

Sérgio Santos Marques ea logística diferenciada daPortobello Cerâmica

A operação logística interna da empresa é própria, desenvolvida 100% para a realidade decerâmica, que é um produto pesado e de baixo valor agregado.

arques é respon-sável pelo de-senvolvimento e

implantação do modelologístico de armazena-mento, separação e distri-buição da Portobello S.A.– Cerâmica – (0800 7045660), onde atua como ge-rente de armazenamento,expedição e distribuição. Égraduado em Administra-ção de Empresas e pós-gra-duado em Logística Em-presarial.

LogWeb: Como é alogística daPortobello: quantosCentros de Distribui-ção, fábricas, etc.

Marques: Contamoscom uma área total de 533mil m² e área construída de205 mil m², compreenden-do as oito fábricas. Conta-mos com 1.500 colabora-dores e geramos 6.200 em-pregos indiretos. Nossa ca-pacidade de produçãoanual é de 22 milhõesde m², sendo que nossadistribuição é voltada, em55%, para o mercado inter-no, enquanto o restante édestinado à exportação. Te-mos um depósito centralem Tijucas, SC.

LogWeb: Como sãoas operaçõeslogísticas: própriasou terceirizadas?Explique por quê.

Marques: A operaçãologística interna é própria,desenvolvida 100% para arealidade de cerâmica, queé um produto pesado e debaixo valor agregado. De-senvolvemos um SistemaGerencial de Depósito(WMS) que controla todasas matérias-primas e osprodutos acabados. Este

M

sistema é dividido em qua-tro módulos: armazena-mento, picking, conferên-cia e auditoria. Acoplado aeste sistema, trabalhamoscom radiofreqüência, quepermite a eliminação doscabos de comunicação e,portanto, possibilita umamobilidade total dosmicros e coletores de da-dos portáteis (móbiles).

LogWeb: Como é afrota da Portobello:própria outerceirizada, quantosveículos, etc.

Marques: Trabalha-mos com o tipo de frete“F.O.B” Dirigido (Free OnBoard ou Preço sem FreteIncluso), e não temos fro-ta própria. Contamos comseis parceiros (transporta-dores) que atuam em todasas regiões do Brasil.

LogWeb: Por operarcom revestimentoscerâmicos, aPortobello deve teruma logística diferen-ciada, principalmenteem função do fatorpeso. Assim, quais osmaiores problemasenfrentados emfunção deste fator?

Marques: Foi em vir-tude do fator peso que ti-vemos que desenvolverparceiros (transportadores)na nossa região de Tijucas.Trabalhamos com quatrocanais de vendas, três abran-gendo o mercado interno eum o mercado externo. Nomercado interno, atuamosnas revendas, engenharia eno canal Portobello Shop(franquias da Portobello).Neste último canal, as lo-jas trabalham sem esto-ques, visualizando nossosestoques internos. Entrega-mos nas casas de nossosclientes finais com dataspré-agendadas de acordocom cada pedido. O nossomaior complicador é, exa-tamente, na formação dospaletes para o canal da Por-tobello Shop, pois tem quehaver uma combinação emcada pedido, na arrumaçãodos produtos em cima dospaletes com identificaçãopara cada cliente e, poste-riormente, em cima dosassoalhos dos caminhões.

LogWeb: Como aPortobello superouestes problemas?

Marques: Com o de-senvolvimento do SistemaGerencial do Depósito,

com a procura certa dosparceiros de transporte ecom mão-de-obra maisespecializada e treinada.

LogWeb: Como éfeita a logística entreas fábricas e odepósito central edeste para as lojas?

Marques: Temos trêscaminhões internos (ter-ceirizados) dedicados ex-clusivamente à “puxada”de toda a produção. Emcada fábrica temos empi-lhadeiras que carregam es-tes caminhões, os quais, aochegarem ao depósito cen-tral, da mesma forma sãodescarregados com empi-lhadeiras, sendo as cargasarmazenadas nos locais jádefinidos pelo Sistema deGerenciamento do Depósito.

LogWeb: Como édado o “start” para aprodução?

Marques: Temos umaárea chamada “Planeja-mento e Monitoramento”que avalia a demanda demercado, analisa nossosestoques e a capacitaçãodas fábricas em sua pro-dução.

LogWeb: Quais sãoas metas em termosde logística daPortobello?

Marques: A Logísticada Portobello tem comodesafio constante não sera mais rápida na entrega,mas, sim, a mais confiável,ou seja, atender a todos osanseios de nossos clientes,entregando seus pedidosnos dias pré-estabelecidoscom 100% dos itens solici-tados. ●

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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

LogWeb 7EDIÇÃO Nº51—MAIO—2006

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CMA CGMdiversificaatuação comsistemadoor-to-doorA CMA CGM (Fone: 212272.9572) é uma empresade navegação com 19 filiaisno Brasil, transportando car-gas para os principais portosdo mundo. Atende a mais de200 portos e controla suasatividades pela rede global de417 agências e escritórios.Por meio de suas subsidiá-rias, reforçou sua presença aolongo da cadeia logísticadoor-to-door, diversificandoseu campo de atuação.

Grupo Conseilpassa a atuartambém comlogística efretamentoA inclusão de mais duasáreas de atuação - logística efretamento - é a novidade doGrupo Conseil (Fone: 713234.8800), que atua tam-bém nas áreas de transportee representações. De acordocom um dos sócios-fundado-res da Conseil, Pablo Garcia,“com o crescimento das ativi-dades, passamos a focarmais em um trabalho pauta-do em planejamento, proces-so e numa estrutura descen-tralizada”. Na área de repre-sentação, o Grupo está inves-tindo cerca de 1 milhão dereais e formando uma equipede 20 pessoas mais callcenter ativo e passivo, queatende a Região Metropolita-na de Salvador e faz capta-ções na Bahia, Recife, SãoPaulo e Rio Grande do Norte.A empresa pretende realizar,também, uma expansão geo-gráfica e qualitativa até 2010,sempre investindo em gestãoe tecnologia a fim de gerar umcrescimento de 24% ao ano,que chega ao faturamento de300 milhões de reais no finalda meta.

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8REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº51—MAIO—2006

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PNEUS INDUSTRIAIS

Escolha indevidaafeta diretamenteo custo/hora da operaçãoO USO CORRETO DOS PNEUS GERA MENOS PREJUÍZO À EMPRESA E MAIS BENEFÍCIOSAO MEIO AMBIENTE. O IMPORTANTE NÃO É APENAS FAZER A ESCOLHA CERTA PARADETERMINADO USO, MAS, TAMBÉM, SABER O QUE FAZER COM O PNEU USADO.

Nesta edição do jornalLogWeb, fabricantes edistribuidores de pneus

industriais falam sobre as conse-qüências do uso errado dospneus, como escolher o tipo cer-to, o problema de descarte dosusados e a vinda de importadosusados para o Brasil.

PREJUÍZOS,ACIDENTES EDESGASTES

“Desgaste prematuro, desgas-tes irregulares, rasgos, etc.” Estassão as conseqüências do usoerrado de pneus de acordo comPaulo César Nobre da Silva,gerente nacional de vendas daRodaco (Fone: 11 4427.6656),que comercializa pneus supere-lásticos e pneumáticos.

Já segundo explica NiltonJosé Ribeiro, da área comercialda Forttes (Fone: 19 3876.6665),que fabrica pneus superflexíveispretos e não-manchantes, pneusespeciais para equipamentos forade linha e revestimentos para ro-das maciças, tanto pretos comonão-manchantes, a utilização depneu errado provoca um maior

gasto com a manutenção dosequipamentos, pois as paradaspara reparos são bem mais fre-qüentes. Realmente, segundoapura Jair Delgato, da gerêncianacional de vendas da Continen-tal (Fone: 0800 170061), quecomercializa pneus industriais do

tipo pneumático radial, são mui-tos os problemas oriundos do usoerrado de pneus, como aumentodo custo operacional e compro-metimento do equipamento, quemuitas vezes representa um in-vestimento muito expressivo.

“O uso de pneus fora das cor-retas especificações da máquinapode acarretar má performancedo equipamento e até quebra deeixos, mancais e rolamentos”. Aadvertência é de Milan Dadak,diretor-presidente da Guma-plastic (Fone: 11 3904.7064), queproduz pneus superelásticos.

Já Paulo Sérgio França, ge-rente nacional de vendas depneus industriais da Michelin(Fone: 21 2429.4656), fabrican-te e distribuidora de pneus radi-ais, não somente o uso indevido,mas também a escolha indevidaafeta diretamente o custo/hora da

operação. “Entretanto, temosobservado uma preocupaçãomuito grande por parte das em-presas brasileiras em buscar so-luções para transportar mais emelhor. Ou seja, transportar maismercadorias com grande segu-rança para seus operadores, equi-pamentos e, naturalmente, suasmercadorias. E essa solução pas-sa obrigatoriamente pela escolhacorreta do pneu”, salienta.

Adriano Toniolo, supervisorde vendas da Trelleborg (Fone:14 3269.3600), fabricante depneus sólidos superelásticos con-vencionais e não-manchantes,pneumáticos e sólidos mono-cushion, analisa outro lado eexemplifica a questão: “a esco-lha incorreta de um pneu podeprovocar acidentes na operação,causando danos ao operador e aoequipamento, como também pre-juízos financeiros pelo mau apro-veitamento da vida útil de umpneu, pois a escolha, por exem-plo, de pneumático para umaoperação onde seria indicado ouso de um pneu superelásticocausaria trocas excessivas pordesgaste, furos ou rasgos”.

Por sua vez, Ernani Souza

Pinto Filho, diretor da Watts Bra-sil/Souza Pinto (Fone: 123159.2711), distribuidora depneus pneumáticos e sólidos,enumera as conseqüências do usoerrado: “problemas com saúdeocupacional (ergonomia), des-gaste prematuro da máquina, des-gaste da banda de rodagem dospneus, alto consumo de combus-tível e conseqüente aumento decusto operacional”.

Victor Brazão, diretor comer-cial da Global Tire do Brasil(Fone: 11 4525.1800), distribui-dora de pneus maciços supere-lásticos da Dobermann, tambémfaz sua lista, acrescentando ou-tras conseqüências da escolhaerrada: “surgimento de trincas erachaduras, o que pode se agra-var até o ponto dos pneus se sol-tarem das rodas e provocaremacidentes; danos às partes mecâ-nicas da máquina se forem pneusmuito rígidos; desconforto dooperador, em razão da máquinase tornar muito dura; e possibili-dade dos pneus ficarem ovaladosse não forem adequados para de-terminado tipo de operação”.

ACERTE NA ESCOLHAEntão, como escolher o pneu

certo?França, da Michelin, aponta

os melhores tipos para cada ope-ração: “os pneus diagonais, peloseu baixo preço de aquisição,podem ser os mais aconselhadospara pequenas empresas comuma ou duas empilhadeiras, quesão utilizadas esporadicamente(< 80 horas/mês), e que não apre-sentem problemas com perfura-ção e/ou aquecimento. Já as ro-das maciças (também chamadasde semi-elásticas) não são exata-mente pneus, mas podem ser amelhor opção em um caso extre-mo de possibilidade de cortes(por exemplo, pontas de ferroincandescentes) ou de necessida-de de estabilidade lateral (porexemplo, utilização do terceiroestágio em máquinas com apenasdois pneus de tração). Nestes ca-sos, o cliente terá de conviver

Font

e: M

iche

lin

DESTINO DOS PNEUS (EM %)

Cliente leva ....................................................................................... 36,9%

Utilizações diversas(barragens, balanços, artesanatos, ancoradouro, etc.) .................... 17,3%

Prefeituras destinam para aterros sanitários e reciclagem ............... 10,9%

São reformados (recapados, recauchutados e remoldados)e voltam para o mercado .................................................................... 9,9%

Agricultores e sitiantes reutilizam no campo ....................................... 9,4%

Laminadores reprocessam ................................................................. 7,1%

Fabricantes e importadores recolhem e entregam para reciclagem ... 8,5%

TOTAL DE PNEUS USADOS NO MERCADO: ................ 22,2 MILHÕES

Fonte: IPT (Pesquisa feita em 11 estados)

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com um aumento no consumo decombustível e um maior nível devibrações ocasionadas pelas ro-das maciças, porém garantirá acontinuidade de sua operação. Jáos pneus radiais são os mais in-dicados em situações industriaisintensivas, com regime de 200 a500 horas/mês, em pisos lisos ouirregulares, em clientes que sepreocupam com um menor cus-to/hora, nível de manutenção dasmáquinas, conforto do operadore economia de gás”.

José Fernando Neubern, ge-rente de vendas da Rodafer(Fone: 11 3904.0621), distribui-dora de pneus sólidos e pneumá-ticos, acredita que “a escolha dotipo certo está associada ao tipode aplicação: os fatores a seremconsiderados são pisos, horastrabalhadas, operador, etc.”. Pen-samento igual ao de Delgato, daContinental, que acrescenta ou-tros fatores, como carga, veloci-dade e tipo de equipamento.

Dadak, da Gumaplastic, porsua vez, salienta que é precisoadequar a rodagem do equipa-mento considerando condiçõesde operação, velocidade e cargatotal transportada.

Toniolo, da Trelleborg, con-corda e acrescenta que se deveanalisar toda a operação na es-colha do pneu, como “produtosa serem empilhados ou transpor-tados, número de manobras, tem-peratura e todas as particularida-des do ambiente de trabalho aoqual o pneu será submetido”. Sil-va, da Rodaco, também adicio-na mais itens a considerar, comotipo, velocidade e modelo deequipamento e capacidade decarga. Já Ernani, da Watts/Sou-za Pinto, e Ribeiro, da Forttes,afirmam que o ideal é solicitarum técnico que, junto ao setor deoperações, indicará o produtoadequado.

Finalizando esse assunto,Brazão, da Global Tire/Dober-mann, ressalta que se deve ficaratento se o fabricante cumpre asespecificações de perfil e medi-da da ETRTO (European Tireand Rim Technical Organi-zation) e TRA (Tire and RimAssociation).

PNEUS E OMEIO AMBIENTE

Em relação ao problema dedescarte de pneus usados no se-tor de veículos industriais, Sebas-tião A. Ferrari, gerente de mar-keting da Maggion (Fone: 11 6468.0866), fabricante de pneus diago-nais com câmara, explica queesse problema não é apenas dospneus industriais. A resolução nº258 do CONAMA de 2002 prevêo recolhimento e a destinaçãoambientalmente correta pelos fa-bricantes de todos os pneus pro-duzidos ou importados. A indús-tria de fabricação de pneus vemefetuando, ao longo destes anos,grandes esforços para cumprir aresolução do CONAMA que, paraeste ano, é de recolher 5 paracada 4 pneus novos fabricados ouimportados.

“O recolhimento de mais de100 milhões de carcaças aconte-ceu graças a investimentos que ul-trapassaram os 26 milhões dereais na criação de 175 centros de

coleta (Ecopontos) em todo o país,no transporte, na trituração e nadestinação dos pneus inservíveis”,informa Ferrari.

Toniolo, da Trelleborg, não enten-de essa questão como um problema,“e, sim, como uma solução para um pro-blema antigo em nosso país que eraa falta de uma destinação ecologica-mente correta aos pneus em desuso”.

A verdade é que as distribuido-ras e os fabricantes de pneus, nogeral, estão procurando dar destinoadequado aos resíduos industriais,já que a preservação do meio am-biente é fator importante em todos ossetores, sejam comercial ou indus-trial. Algumas empresas possuemcertificado de destinação de resídu-os industriais, como a Rodaco, ou-tras descartam os pneus, junto comos de caminhões, em fornos decimenteiras, misturas asfálticas eafins, como a Michelin, outras, ain-da, estão associadas a ANIP - Asso-ciação Nacional da Indústria de

Pneumático, e enviam os pneusinservíveis ao centro de picotagem,onde é dado o destino de acordo coma lei, como a Watts/Souza Pinto. Há,ainda, outras que recolhem os pneusvelhos e os encaminham para reci-clagem, obedecendo às normas vi-gentes, como a Forttes e a Rodafer,e as que possuem Certificado deDescarte fornecido pelo Ibama, comoa Global Tire/Dobermann. No caso daGumaplastic, “toda a matéria-primasucateada é direcionada para tercei-ros que promovem a sua reciclageme reaproveitamento em outros seg-mentos da indústria de borracha”, con-ta o diretor-presidente da empresa.

Pneus importadosE como é analisada a vinda de

pneus usados importados para oBrasil?

Os representantes das empre-sas concordam que esse assuntonão interfere diretamente no segmen-to de pneus industriais. Entretanto,

Ferrari, da Maggion, alerta paraoutra questão: “com o câmbio dodólar em baixa, o mercado estásendo invadido por pneus novosoriginários de vários países, prin-cipalmente da China”. Para Fran-ça, da Michelin, “os pneus impor-tados usados normalmente sãovendidos a preços muito baixosem clientes que não têm uma uti-lização intensiva de suas empi-lhadeiras”. Silva, da Rodaco, acre-dita que este problema se dá maisna linha de pneus automotivos.Ernani, da Watts/Souza Pinto,concorda e acrescenta que ospneus usados importados sãopneus Remold, utilizados em veí-culos de passeio, afetando não sóa indústria de pneus automotivos,mas também o meio ambiente. “Élamentável e extremamente pre-judicial ao Brasil a importação decarcaças (lixo) de outros países”.

Brazão, da Global Tire/Dober-mann, explica que, pelo lado dospneus maciços, “o setor enfrentaa concorrência dos pneus usadosindustriais que são importados eliberados mediante liminares. In-clusive sofremos, também, a con-corrência de pneus maciços reca-pados que, por sua vez, duram70% menos se comparados comum pneu novo”. ●

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10REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº51—MAIO—2006

LogWebJ O R N A L

Colaboração técnica: Cristiano Cecatto, consultor da Qualilog Consultoria, que desenvolve suasatividades no aconselhamento e implementação de soluções em logística e supply chainmanagement no nível estratégico e operacional. www.qualilog.com.br ●

Indicadoresde

DesempenhoEmpresarial

P

ESTRATÉGIA,PARA QUÊ?

ensei em ir de São Paulo aFortaleza. Primeiro, preciso

decidir se vou de ônibus, de carroou de avião. Fiz a primeira deci-são: vou de carro.Agora vou planejar. Como é umaviagem longa, vou fazer um pla-no estratégico. Vou por Brasília,via Belo Horizonte? Ou via triân-gulo mineiro? Vou pelo litoral?Desço a Dutra e vou pela Rio-Bahia? Quanta decisão!

Alem disso, preciso planejaronde vou dormir, onde vou abas-tecer, onde vou comer, qual a metade consumo de gasolina e quantovou gastar a cada etapa: de tempoe de dinheiro.

Vejam quanto pensei para fa-zer uma viagem.

As empresas sempre fazem oseu plano estratégico. Não ternenhum, também é um. Não ter éum plano do tipo “deixa a vidame levar, vida leva eu”.

A maioria das empresas fazum planejamento estratégico comsofisticação ou bem simples.Qualquer pensamento no futurorequer uma visão estratégica.

Por vezes contratam umfacilitador externo e podem ter umlindo livro na prateleira paramostrar aos visitantes.

O importante de um planeja-mento estratégico não está namaior ou menor sofisticação. Emprimeiro lugar, é importante teruma diretriz: “vou a Fortaleza”.Depois, dentro dessa diretriz, terobjetivos claros, não só financei-ros, mas também aqueles quepermeiam toda a empresa. Estesobjetivos obrigatoriamente têmque ser mensuráveis. Só possomelhorar o que meço.

Assim surgem os indicadoresde desempenho, que devem fazerum conjunto harmônico com oplanejamento estratégico e com asiniciativas para melhorar suasmedidas.

Por mais simples que seja, éfundamental fazer o seu planeja-mento estratégico e, sobretudo,implantá-lo. ●

Colaboração técnica: MauroMartins, sócio da MMConsult.E-mail: [email protected]

E

PESQUISA RECENTESOBRE SUPPLY CHAINMANAGEMENT – 2ª PARTE

stamos dando continuidade à publicação de dados da recente pesquisa do portalbrasileiro www.supplychainonline.com.br sobre o mercado de supply chain.

As informações abaixo referem-se ao trimestre de 18/11/2005 a 18/02/2006 comprofissionais do setor, e revela algumas características interessantes sobre os MBAs,no Brasil e no exterior, mais adequados aos profissionais de SCM.

Supply Chain Management

Qual o MBA Internacional maisAdequado ao Profissional de SCM?

Insead ................................. 35.38% (23)Harvard ............................... 30.77% (20)Wharton ................................ 9.23% (6)Columbia .............................. 7.69% (5)MIT ....................................... 7.69% (5)Kellogg .................................. 4.62% (3)IMD ....................................... 3.08% (2)Michigan ............................... 1.54% (1)Berkeley ................................ 1.54% (1)London Business School ...... 0.00% (0)Chicago ................................ 0.00% (0)Stanford ................................ 0.00% (0)Total de votos: ........................... 65

Qual o MBA Brasileiro maisAdequado para o Profissional de SCM?Dom Cabral-MG .................... 36.07% (22)UFRJ/COPPEAD-RJ ............ 27.87% (17)USP/FIA-SP ............................ 8.03% (11)UFSC-SC ................................ 8.20% (5)FGV/EAESP-SP ..................... 4.92% (3)ITA/ESPM-SP ......................... 3.28% (2)UDESC/ESAG-SC .................. 3.28% (2)Ibmec-SP ................................ 1.64% (1)Business School São Paulo-SP0.00% (0)Universidade de Michigan-SP . 0.00% (0)CEDEPE-PE ........................... 0.00% (0)Universidade de Pittsburgh-SP0.00% (0)Total de votos: .............................. 61

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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

LogWeb 11EDIÇÃO Nº51—MAIO—2006

J O R N A L

EMPILHADEIRAS

Linha Fortis da NMHGé 7,4% mais produtivaque concorrentes,apontam testes

A s máquinas da linhaFortis são, verda-deiramente, do sé-

culo XXI.” A afirmação éde João Passarelli Campos,diretor comercial da NMHGBrasil - fabricante das má-quinas Hyster e Yale - e ébaseada em testes compa-rativos feitos por instituiçõesindependentes dos EUA comos três principais concorren-tes mundiais de empilha-deiras.

De acordo com ÁlvaroSousa, diretor-gerente daNMHG Brasil, com estestestes foi possível provar quea recém-lançada linha Fortis,da Hyster, com capacidadede 1 a 9 t, possui o menorcusto-operacional, apesar deconsiderada de maior preçoaquisitivo. “O produto é bemmais rentável para o usuáriodo que outros no mercado”,declara.

O principal diferencialdesta linha, de acordo comCampos e Sousa, é a tecno-logia eletrônica embarcada,que controla motor, trans-missão, hidráulica e freio.Afinal, para pesquisa e de-senvolvimento do produto,englobando testes e compa-rações, foram investidos

150 milhões de dólares noperíodo de 6 anos.

Em posse dos resultadosdos testes feitos pelas insti-tuições, Sousa aponta que aFortis gera produtividade7,4% maior que a média dosconcorrentes, além de apre-sentar de 21% a 25% menorcusto operacional, incluindogastos com combustível,freios, pneus e manutençãoperiódica.

Em relação ao supera-quecimento utilizando car-ga máxima, a temperaturado óleo dos concorrenteschegou a 250º F em 5 min.,enquanto a Fortis, segundoo teste, estabilizou em150º F depois de 25 min.,não superaquecendo e, por-tanto, não causando a para-da do equipamento, “geran-do maior produtividade”,salienta Sousa.

As diferenças aindaacontecem em facilidade demanutenção e ergonomia,nos quais a Fortis tambémfica à frente, de acordo comos testes. Sousa aproveitapara adiantar que a empresaestá em fase de desenvol-vimento com a certificaçãoFiname, em vias de conclu-são.

Finalizando os diferen-ciais, Campos ressalta aqualidade dos serviços depós-venda: “a produtivida-de também acontece por

conta da rede de revende-dores que asseguram bomatendimento em peças e ser-viços. O treinamento destepessoal envolve tecnologiade microcomputação”.

Campos : “As máquinas dalinha Fortis são do séculoXXI”

Souza: “A empilhadeira ébem mais rentável para ousuário”

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Autor: Paulo NarcizoRodriguesInformações: 173234.2840 ou e-mail:[email protected].

A obra, deste despachanteaduaneiro de São José doRio Preto, SP, tem como ob-jetivo principal auxiliar aspessoas a encontrarem fa-cilidades e soluções volta-das ao comércio exterior eapresenta informações úteispara todos aqueles que atu-am com importação e expor-tação ou ainda que preten-dam se iniciar na área. Onovo CD-Rom, agora em se-gunda edição, permite aces-sos a mais de 77 transparên-cias que são utilizadas emcursos e seminários, ao livro“Importação e Exportaçãosem Complicação”, a conhe-cimentos de embarques,certificados de origem, inco-terms (planilhas de forma-ção de preço na exporta-ção), tamanhos e medidasde contêineres, entre outrasque visam facilitar a vida doimportador e exportador.

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Direcionando o assuntopara a linha de montagem daNMHG Brasil, Sousa relataque, para adequar a fábricaao modelo Fortis, foram ne-cessários 2 milhões de dó-lares. Isto incluiu linha demontagem, testes e estaçõesde qualificação de sistemas.“São usados softwares paradescobrir erros e corrigir osproblemas antes da máqui-na ficar completamentepronta”, conclui o diretor-gerente.●

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12REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº51—MAIO—2006

LogWebJ O R N A L

A

EMPILHADEIRAS

Transall lançaempilhadeira comvisão panorâmica

AGRONEGÓCIOS

Feira no Ceagesp, SP,vai tratar da logísticade produtos agrícolas

ACeagesp – Compa-nhia de Entrepostose Armazéns Gerais

de São Paulo, localizado nacapital do Estado, está se pre-parando para sediar a quintaedição da Femetran - Feirados Meios de Transporte, Mo-vimentação e Logística deProdutos Hortifrutícolas. Oevento acontece no períodode 16 a 19 de maio e é pro-movido pela rádio e jornalEntreposto e pela ImpactComunicações. Conta com oapoio da Ceagesp e daABPO - Associação Brasi-leira de Papelão Ondulado eparceria da Enerbio - FeiraInternacional de Agroe-nergia e Biocombustíveis.

Segundo o diretor co-mercial da Entreposto, JoséFelipe Gorinelli de Jesus, os

objetivos do evento são apre-sentar os problemas e as so-luções relativas ao transpor-te e à logística de produtosagrícolas, além de tratar deforma técnica o transporte dehortifrutícolas, flores e pes-cado, visando à difusão denovas tecnologias e à promo-ção de negócios, mostrandoas oportunidades que essessegmentos oferecem. “Pre-tendemos mostrar o queexiste de mais moderno emveículos de transporte e mo-vimentação de cargas e em-balagens, ou seja, toda alogística necessária para oescoamento da produçãoagrícola”, diz Gorinelli.

Quanto aos expositores,o diretor comercial informaque eles incluem empresasenvolvidas no setor de mo-

vimentação e logística deprodutos hortifrutícolas. Sãomontadoras de caminhões,concessionários de veículos,empresas de embalagens,pneus e acessórios para veí-culos, entre outros. Algumasempresas já confirmarampresença, como Mercedes-Benz, Scania, VolkswagenCaminhões, Paraibuna Em-balagens e Mil Folhas Em-balagens.

Já o público esperado éformado por todos os profis-sionais envolvidos na cadeiade produção e logística dosprodutos citados. “São per-missionários, caminhonei-ros, agricultores, agrônomose estudantes, entre outros”,completa o diretor comer-cial. Mais informações pelofone: 11 3832.5681. ●

Transall (Fone: 116954. 1919) estáanunciando o lança-

mento de um equipamentotracionário com capacidadede carga 1200 kg e elevaçãode 3500 mm.

“Como diferenciais emrelação às empilhadeiras dis-poníveis no mercado, estapossui visão panorâmica ebateria de 360 Ah, além derodas de apoio em ferro fun-dido revestido com poliure-tano moldado e estribo re-trátil com amortecedores.Apresenta, ainda, melhorcusto beneficio e cilindros deelevação posicionados naslaterais, permitindo maior

visibilidade, segurança econfiabilidade na operação”,evidencia Pedro MinasKatopodis, diretor comercialda empresa.

Ele também ressalta queeste equipamento visa à con-solidação da linha de empi-lhadeiras da Transall, bemcomo a ampliação do seumix de produtos. “Para nós,a motivação de lançar esteequipamento foi para aten-der também à demanda depequenas, médias e grandesempresas nas operaçõeslogísticas. Tanto que as pers-pectivas de mercado são boascom relação à empilhadeiratracionária em virtude de

agregar custo-beneficio àsoperações e abranger mais ummercado no qual a Transallestava fora”, afirma Katopodis.

Concluindo, o diretorcomercial diz que, atuandohá mais de 20 anos, a Tran-sall desenvolve e fabricatoda linha de equipamentospara movimentação e arma-zenagem, como carros hi-dráulicos de 2000, 2500 e3000 kg, carros pantográ-ficos manuais e elétricos,mesas pantográficas ma-nuais e elétricas, empilha-deiras manuais e elétricas,carros plataforma e tubu-lares, além de uma linha com-pleta de rodas e rodízios.●

Ramos desenvolvemedidas deresponsabilidadeambientalA Ramos Transportes (Fone:81 2122.9400), cujo carro-chefe é a carga fracionada,está aprimorando o seu pro-grama de gestão de qualida-de preocupando-se maiscom o meio ambiente. Paraisso, além da separação dolixo, as novas medidas im-plantadas asseguram a re-dução de resíduos, sem cau-sar impacto ambiental. Sãoelas: encaminhamento dasbaterias de caminhões parareciclagem técnica e daslâmpadas para empresasque promovem a descon-taminação do mercúrio; se-paração de lixo entre plásti-cos, metais e papéis; promo-ção, por meio de seu depar-tamento de manutenção, deuma revisão preventiva deta-lhada para diagnosticar pro-blemas que podem ser da-nosos ao meio ambiente; etratamento rigoroso dos mo-tores a diesel na adoção deum sistema específico capazde controlar os efeitos da “fu-maça preta”. No ano passa-do, a Ramos inaugurou seunovo terminal de cargas emJaboatão dos Guararapes,no Grande Recife, PE. Numaárea total de 16 320 m2, o ter-minal permite a operação deaté 36 veículos grandes si-multaneamente. Em 2005, aempresa movimentou 407mil toneladas de carga, re-presentando um aumento de35% em relação ao ano an-terior. Também alcançou oNível Ouro da Transqualit -norma de referência em qua-lidade das empresas detransporte, além de ser cer-tificada pelas normas ISO9001:2000 e Transqualit paratransporte de produtos far-macêuticos.

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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

LogWeb 13EDIÇÃO Nº51—MAIO—2006

J O R N A L

Agenda

No portalwww.logweb.com.br,

em “Agenda”,estão informações

completas sobre osdiversos eventos do setor

a serem realizadosdurante o ano de 2006.

Junho 2006

Gestão de EstoquesPeríodo: 1 e 2 de junhoLocal: São Paulo – SP

Realização: CetealInformações:

[email protected]

Fone: (11) 5581.7326

Técnicas de Importaçãoe Exportação

Período: 3 de junhoLocal: Recife – PE

Realização: Focus TrigueiroConsultoria e Treinamento

Informações:www.focustrigueiro.com.br

[email protected]: (81) 3432.7308

DesenvolvimentoPrático de EmbalagensPeríodo: 5 e 6 de junhoLocal: São Paulo – SP

Realização: IMAMInformações:

[email protected]: (11) 5575.1400

Logística Empresarial &Supply Chain Management

Período: 5 a 9 de junhoLocal: São Paulo – SP

Realização: Log IntelligenceInformações:

[email protected]

Fone: (11) 3285.5800

Estatística Aplicadaà Logística

Período: 6 de junhoLocal: São Paulo – SPRealização: Tigerlog

Informações:www.tigerlog.com.br

[email protected]: (11) 6694.1391

Logística EmpresarialPeríodo: 9 e 10 de junhoLocal: São Paulo – SP

Realização: CetealInformações:

[email protected]

Fone: (11) 5581.7326

Organização e Gestão deArmazéns – Almoxarifado

Período: 10 de junhoLocal: Recife – PE

Realização: Focus TrigueiroConsultoria e Treinamento

Informações:www.focustrigueiro.com.br

[email protected]: (81) 3432.7308

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Informe Publicitário

14

A

Auditório climatizado para 1,5 mil pessoas

Em julho Campinas será ocentro das atenções

Fóruns nacionais são destaque na maior e mais completa feira de negócios,exportação e tecnologia da Região Metropolitana de Campinas, SP

produção industrial diver-

sificada  com  ênfase  em

setores  dinâmicos  e  de  alto

imput científico e tecnológico faz

da  Região  Metropolitana  de

Campinas (RMC) uma das mais

importantes do país. É com base

nesses e em outros fatores que

acontece em julho a Expo-RMC

2006, a maior e mais completa

feira multi-setorial de negócios,

exportação  e  tecnologia  do

interior paulista.

De acordo com o diretor da

Expo-RMC, Fulvio Zocca Junior,

o  evento  tem  como  objetivo

apresentar a potência e poliva-

lência  da  região,  promovendo

novos  negócios  e  investimen-

tos.

O  evento  acontecerá  em

uma área de 35 mil metros qua-

drados e contará com 350 estan-

des  dispostos  em  cinco  pavi-

lhões, de acordo com a área de

atuação:  hardware,  software,

eletrônicos,  telecomunicações,

energia, biotecnologia, seguran-

ça, serviços, instituições de clas-

se e ensino, franquias, móveis,

máquinas e ferramentas, trans-

porte, turismo, arte, artesana-

to, confecções etc.

O público-alvo é formado por

empresários,  administradores

públicos e acadêmicos. A orga-

nização prevê receber cerca de

600  mil  pessoas  nos  seis  dias

de  evento.  Além  da  área  de

exposição,  a  Expo-RMC  2006

conta ainda com três auditórios

climatizados, além de salas es-

peciais para cursos e treinamen-

tos,  praças  de  alimentação  e

estacionamento.

EVENTOS PARALELOS

Paralelamente à feira, acon-

tecerão o 1º Fórum Social RMC

que discutirá temas referentes a

questões sociais para melhoria de

vida na Região Metropolitana de

Campinas e o 1º Fórum Nacional

da  Criança  e  Adolescente  que

visa avaliar a aplicação do Esta-

tuto da Criança e do Adolescente

(ECA), além de reunir entidades

e autoridades que atuam nessa

área para compartilhar experiên-

cias e propor uma nova educa-

ção  centrada  nos  valores  de

acordo com a Unesco nos docu-

mentos do movimento interna-

cional de Cidades Saudáveis.

1º FÓRUM SOCIAL RMC

Zocca  Junior  afirma  que  a

intenção  do  1º  Fórum  Social

RMC é gerar debates para a cria-

ção de novas propostas sociais,

que resultarão no Guia Regional

de  Responsabilidade  Social,

documento-referência  para  a

população da RMC.

“Serão apresentados temas

como segurança, meio ambien-

te, educação, tecnologia, saúde,

responsabilidade  social,  lazer,

cultura e arte e, ao final, trans-

formaremos o resultado das dis-

cussões geradas em documen-

tos e ações práticas”, salienta.

“O objetivo é promover um ba-

lanço  e  propostas  visando

integração, consciência e cida-

dania”.

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15

Expo-RMC 2006De 18 a 23 de julho

Campinas - Lagoa do Taquaral – Portão Ginásio de EsportesHorário – Das 9h00 às 21 horas

350 expositores participarão da Expo-RMC 2006

Eventoapresentaráa potência epolivalênciada RMC

EXPO-RMC 2006 EM NÚMEROS

Área total: ................ 35 mil m2

Expositores: ..................... 350

Auditórios climatizados: .....03

Salas especiais paracursos e treinamentos: 04 comcapacidade para 80 pessoas cada.

Públicoestimado: ........ 600 mil pessoas

Número de palestrantes: .. 100

Total de dias de evento: .....06

Total de horas: .......... 72 horas

Ambulatórios: .................... 03

Praças de Alimentação: ......03

Cidades da RMC: ................19

Cidades Participantes: ........53

“Após a apresentação de pa-

lestras  e  debates,  a  meta  é  a

criação de documento nacional

com proposta norteadora de uma

nova educação centrada nos va-

lores descritos pela Unesco nos

documentos do movimento  in-

ternacional  de  Cidades  Saudá-

veis”, comenta Zocca Junior.

A programação completa dos

fóruns, cursos e palestras já está

disponível no site.

A  Expo-RMC  tem  entrada

franca,  porém  é  necessário  ca-

dastramento prévio que deve ser

feito no site da Expo-RMC, pelo

link  “Visitante”.  Para  participar

dos fóruns, o interessado tam-

bém terá que se cadastrar, pre-

enchendo  o  formulário  corres-

pondente ao tema de seu  inte-

resse, disponível também no site.

Empresas  que  queiram

participar  do  evento  devem

entrar em contato pelo telefone

(19)  3295  4442  ou  via  e-mail

[email protected] ou

ainda  no  site  www.expormc.

com.br no link “Reserva estan-

des”.

O Fórum Social contará com

a  participação  de  Prefeituras

Municipais, Secretarias, Câma-

ras Municipais, Governos Esta-

duais  e  Federal,  entidades,

ONGs, acadêmicos, autoridades

e formadores de opinião envol-

vidos com temas sociais das ci-

dades envolvidas.

No total serão apresentados

oito temas: o Fórum de Cultura

e  Arte  tem  a  coordenação  de

Cabeto Rocker Pascolato, músi-

co, produtor cultural e coorde-

nador das Oficinas Culturais da

RMC, da Secretaria de Estado da

Cultura; o Fórum da Educação

que  conta  com  a  coordenação

de  Vera  Saldanha,  psicóloga  e

presidente da Associação Luso-

Brasileira  de  Transpessoal

(Alubrat).

Além disso, segundo o dire-

tor, o evento contará ainda com

o Fórum do Meio Ambiente com

a coordenação de Paulo Roche-

do da Costa, Diretor do CETEMA

(Centro  Tecnológico  de  Meio

Ambiente) e Coordenador Téc-

nico da Agenda 21, com o apoio

do IEAS - Instituto Eco Ambien-

tal e Social.

O Fórum de Meio Ambiente

contará ainda com as participa-

ções  de  Rubem  Lopes  de  Car-

valho, assessor de Assuntos Só-

cio Ambientais da Prefeitura de

Hortolândia e membro coorde-

nador  de  parcerias  para o Co-

mitê Sócio Ambiental Regional

MONAHLISA  IX  do  programa

MES  -  Municípios  Educadores

Sustentáveis,  do  Ministério  do

Meio Ambiente – Departamento

de Educação Ambiental; do Con-

sultor  da  ONU,  Presidente  do

Instituto Brasil Ambiente e au-

tor do Livro “Os Bilhões Perdi-

dos  no  Lixo”,  professor  Dr.

Sabetai Calderoni, do economis-

ta e cientista social especializa-

do em meio ambiente, profes-

sor  Dr.  Márcio  Magera,  entre

outros nomes internacionalmen-

te reconhecidos.

“Teremos ainda o Fórum de

Empresas  e  Responsabilidades

que está sob a coordenação de

Paulo Camiz de Fonseca, Diretor

da  OSCIP  Cidadão  Eficiente  e

Cônsul  da  República  da  Indo-

nésia, o Fórum de Turismo e La-

zer com a coordenação de Ale-

xandra  Caprioli,  diretora  da

Caprioli Turismo Ltda., Presiden-

te  da  Campinas  e  Região  Con-

vention & Bureau e Professora de

Turismo da PUC-Campinas e os

Fóruns  de  Segurança  e  Saúde

cujos nomes dos coordenadores

serão definidos e divulgados em

breve”, diz.

Praça de Alimentação

1º FÓRUM NACIONAL

DA CRIANÇA E DO

ADOLESCENTE

Já  o  1º  Fórum  Nacional  da

Criança e do Adolescente, coor-

denado pelo presidente da Uni-

versidade da Paz (Unipaz Cam-

pinas),  Dr.  Luiz  Carlos  Garcia,

terá a presença de profissionais

que  trabalham  ou  já  trabalha-

ram com atividades  ligadas ao

Estatuto  da  Criança  e  do  Ado-

lescente (ECA), educadores que

atuam com o tema “Adolescen-

tes em conflito com a Lei”, insti-

tuições, acadêmicos, represen-

tantes de Conselhos Municipais

da  Criança  e  do  Adolescente

(CMDCAs),  ONGs,  governos

municipais, estaduais e federal.

Entre os assuntos que serão

discutidos no Fórum, destacam-

se  os  modelos  de  atuação  no

Brasil: Liberdade Assistida (LA),

Semiliberdade e as Unidades de

Internação (UI), além da avali-

ação da aplicação do Estatuto da

Criança e do Adolescente (ECA).

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16REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº51—MAIO—2006

LogWebJ O R N A L

UNITIZAÇÃO DE CARGAS

paletes e embalagens, pois a nor-ma contempla aspectos impor-tantes relativos à qualidade damatéria-prima dos paletes e em-balagens oferecidos aos exporta-dores em geral.

“Forçosamente a madeira,matéria-prima básica, deverásofrer processos de inspeção,melhoria e adequação, enquantoa forma de industrialização dosmateriais exigirá maiores níveisde registro e controle. Isto é ex-tremamente positivo a estesegmento, enquanto permiteagregar valor aos produtos e àoperação, bem como provocauma natural e obrigatória seleçãode qualidade no que diz respeitoao produto final, evidenciando,desta forma, os fabricantes quebuscam qualidade e melhorias no

atendimento a seus clientes”, dizGofert.

Ele também informa que,pensando desta forma, a Emba-latec dispôs-se a fornecer aembalagem já tratada a seusclientes, motivo pelo qual buscoua homologação junto ao MAPA- Ministério da Agricultora, Pe-cuária e Abastecimento para rea-lizar os tratamentos fitossani-tários nas modalidades AQF (Arquente forçado) e FCL/FC(Fumigação em câmara de lonae container).

“Para os usuários destes pa-letes, a condição de melhoria éinevitável, haja vista que, comas necessárias adequações im-postas aos processos de fabrica-ção das embalagens e paletes, aqualidade final do produto tendea melhorar sensivelmente, garan-tindo ainda tranqüilidade aousuário e ao exportador nos em-barques a quaisquer países, mes-mo aos mais exigentes e com po-líticas ambientais bem defini-das”, diz o gerente da Embalatec.

Por sua vez, José RicardoBráulio, da José Braulio Paletes(Fone: 11 3229.4246), afirma quecom a internalização da NIMF15, o Brasil mostra maturidade eseriedade no comércio mundial,

pois a Norma está sendo exigidapelos países importadores de pro-dutos brasileiros.

“Para nós fabricantes, a adap-tação à NIMF 15 foi rápida e semmaiores dificuldades, mostrandoa disposição e a qualidade dosempresários do setor, que rapida-mente se informaram a respeitoe acataram a Norma, fazendo in-vestimentos em plantas outerceirizando o serviço para po-der atender à NIMF 15. Quantoaos usuários, também não houvegrandes transtornos, apesar dopreço ter aumentado devido aotratamento fitossanitário”, com-pleta Bráulio.

Por último, quando a este as-sunto, Paulo Cezar T. de Olivei-ra, gerente comercial da Reci-pallet (Fone: 21 3395.3972), dizque, hoje, sua empresa está ter-ceirizando o serviço de tratamen-to. “Em principio não vale a penainvestir nesse segmento, pois énecessário registro na agricultu-ra, licença dos órgãos ambientaise engenheiros agrônomos, entreoutras exigências, além do custodo equipamento. Já com relaçãoaos reflexos para os usuários des-te paletes, eles podem contar coma garantia que seu palete estaráimunizado.”

NOVOS CUIDADOSSobre quais os novos cuida-

dos a serem tomados quando damovimentação de cargas usandopaletes de madeira, no mercadointerno e externo, em função des-ta Norma, Zelenski, da Matra doBrasil, explica que, para o mer-cado externo é somente executaro tratamento conforme a NIMF15 e a IN 07 (Brasil).

“Para circulação no mercadointerno não há necessidade derealizar o tratamento dos paletes,visto que a NIMF 15 surgiu paraevitar o transporte de pragas da-nosas, como o Anoplophora Gla-berpennis (Besouro Chinês) e oSirex Noctolio (Vespa da Madei-ra).”

Ainda de acordo com o repre-sentante da Matra do Brasil, compaletes oriundos do exteriordeve-se tomar os cuidados con-forme a NIMF 15 e a IN 07 (Bra-sil), ou seja, os paletes devem sertratados na sua origem e certifi-cados para um possível rastrea-mento, se necessário. “Os paletesque cheguem ao Brasil sem o tra-tamento deverão ser incineradosimediatamente ou tratados antesdo desembarque”, avisa.

Zelenski também acrescentaque a Matra do Brasil está exe-cutando o tratamento conformea NIMF 15 em parceria com aNikkey – “realizamos o sistemade fumigação com Brometo deMetila e o sistema HT (Calor)”,completa.

Pelo seu lado, Gofert, daEmbalatec, avalia que basica-mente os novos cuidados refe-rem-se à segregação dos materi-ais, garantindo que materiais tra-tados não dividam o mesmo es-paço físico com materiais não tra-tados. “Como estas medidas mui-tas vezes envolvem espaços con-sideráveis nas áreas de estocagemdos clientes, uma grande parcelade empresas está optando em rea-lizar o tratamento fitossanitárioem todas as embalagens, sejamelas para exportação ou mercadointerno, como melhor forma degarantir consistência no processoe cumprimento das normas fitos-sanitárias”, completa o gerente.

Braulio, da José BraulioPaletes, também aponta a neces-sidade de segregar os paletes. Elediz que os paletes tratados sãoidentificados com um carimbo edevem ser armazenados em umlocal próprio, coberto, e separa-dos fisicamente de outras emba-lagens que não foram tratadas –“de resto não muda nada sua uti-lização”. ●

OBrasil acaba de inter-nalizar a Norma Inter-nacional de Medidas

Fitossanitárias nº 15 (NIMF 15)de forma definitiva – a qual esta-belece exigências quanto ao tra-tamento e certificação fitossani-tária das embalagens e suportesde madeira utilizadas para acon-dicionamento de mercadorias, dequalquer natureza, tanto na im-portação quanto na exportação,com o objetivo de se evitar a in-trodução e disseminação de pra-gas florestais quarentenárias nospaíses.

O QUE MUDA?O que muda, com isto, para

os fabricantes e para os usuáriosde paletes de madeira?

Na opinião de Antonio Val-dir Zelenski, da Matra do Brasil(Fone: 11 4648.6120), a Instru-ção Normativa nº 7, de 03 demarço de 2006, somente oficia-liza o que já vinha ocorrendo comembalagens e paletes de madei-ras destinados à exportações, ouseja, o cumprimento da NIMF15, uma vez que o Brasil aderiuà NIMF 15 através da InstruçãoNormativa nº 04 de 06 de janeirode 2004, em caráter emergencial.“Portanto, nada muda para osfabricantes e usuários de paletesdestinados à exportação.”

Segundo aponta Guilherme J.Gofert, gerente de vendas e ope-rações da Embalatec Industrial(Fone: 11 5534.0007), a inter-nalização da Norma NIMF 15exigirá maior grau de profis-sionalização dos fabricantes de

“A forma deindustrialização dosmateriais exigirámaiores níveis deregistro e controle,o que é positivo aosegmento”

“Para circulação nomercado interno nãohá necessidade derealizar o tratamentodos paletes”

Paletes de madeira:o que muda coma NIMF 15A NORMA INTERNACIONAL DE MEDIDAS FITOSSANITÁRIAS Nº 15 (NIMF 15) FOI EDITADAPELA ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (ONU) PARA A AGRICULTURA E ALIMENTAÇÃO(FAO) E ESTABELECE EXIGÊNCIAS QUANTO AO TRATAMENTO E CERTIFICAÇÃOFITOSSANITÁRIA DAS EMBALAGENS E SUPORTES DE MADEIRA.

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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

LogWeb 17EDIÇÃO Nº51—MAIO—2006

J O R N A L

Caixas demadeira: aindahá muito espaçopara usoENGANA-SE QUEM PENSA QUE, COM AS MUDANÇAS OCORRIDAS NOFLUXO LOGÍSTICO MUNDIAL – EM TERMOS DE MODAIS,TECNOLOGIAS E OUTROS RECURSOS – AS CAIXAS DE MADEIRAPERDERAM ESPAÇO. ELAS AINDA TÊM AMPLA UTILIDADE NO SETOR.

pelas cantoneiras articuláveis.”Ainda com relação aos seg-

mentos onde as caixas de madei-ra são mais usadas, o gerente daRecipallet informa que são emmudanças, transportes de grandesequipamentos e peças sobressa-lentes. “Hoje, por exemplo, pro-duzimos muitas caixas com ta-manhos diferentes para um úni-co cliente, pois ele fabrica equi-pamentos e peças sobressalentese sob medida, necessitando, por-tanto, de caixas de vários padrõese tamanhos, ou seja, de embala-gens diferenciadas”, concluiFreitas. ●

C om as mudanças ocor-ridas nos fluxos e nastécnicas de logística, ain-

da há espaço para as caixas demadeiras?

Segundo Antonio ValdirZelenski, da Matra do Brasil(Fone: 11 4648.6120), a sua em-presa produz caixas de madeirasdenominadas sistema MP-19.“São laterais dobráveis, embala-gens retornáveis e de vida útillonga, portanto muito usadaspara transporte, armazenagem eabastecimento de linhas de pro-dução. O sistema é modular, en-caixando uma lateral sobre umpalete e sobrepondo laterais atéa altura desejada. Cada modulopossui 195 mm de altura, compri-mento e largura conforme neces-sidades do usuário”, explica ele.

Amilton Luiz Lopes de Frei-tas, gerente da Recipallet (Fone:21 3395.3972), também afirmaque sua empresa fabrica caixas demadeiras que são amplamenteutilizadas para transporte degrandes peças, tanto para o mer-cado interno como o externo. “Ascaixas facilitam a movimentaçãoe a segurança, tanto das peçasembaladas quando da própriaequipe que as manuseia”, diz ele.

Sobre as situações onde ascaixas de madeiras são mais usa-das e os processos onde se apli-cam, Zelenski, da Matra, salien-ta que o sistema MP-19 é usadopara transporte, armazenagem eabastecimento de linhas de pro-dução. “O sistema pode ser apli-cado do principio ao final de umalinha de produção: recebe-se dosfornecedores as mais diversaspeças acondicionadas nas caixas,que serão distribuídas nas diver-sas fases de uma linha de produ-ção. A vida útil do sistema é deaté oito anos e para o transporteou armazenamento vazias, ocu-pam pouco espaço, facilitado

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18REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº51—MAIO—2006

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Paletes plásticos:diversidade de tipospermite novas aplicaçõesPEÇA FUNDAMENTAL NA LOGÍSTICA, OS PALETES DE PLÁSTICO TÊM ENCONTRADO, A CADA DIA, NOVAS APLICAÇÕESNO SETOR, PRINCIPALMENTE EM RAZÃO DAS MUDANÇAS E TAMBÉM DA ENTRADA EM OPERAÇÃO DA NIMF 15.

UNITIZAÇÃO DE CARGAS

indústria de alimentos, farmacêu-tica, de cosméticos e frigoríficos,“sempre lembrando que por serum produto imune a fungos ebactérias, mais leve que a madei-ra e de maior vida útil, a troca damadeira por plástico se torna ine-vitável. O menor peso do paleteplástico faz com que haja umaeconomia substancial em fretes”,afirma Aron.

Pensamento semelhante têmJoão Villadangos e José Gagliar-di, diretores da Transpal (Fone:11 4591.0306). Segundo eles,paletes plásticos representamevolução de modernidade emlogística. “São mais duráveis doque os de madeira, além de eco-logicamente corretos, pois po-dem ser fabricados de materialreciclado. Também permitemreciclagem e podem ser produ-zidos em cores diversas. São iner-tes, facilmente laváveis e higieni-zados, além de não absorveremumidade”, assinalam os represen-tantes da Transpal.

Já na avaliação de Edson P.Souza Leão Jr., engenheiro in-dustrial do departamento de ven-

O setor logístico dia-a-diaprocura novas formas deeconomia. Uma delas é

utilizar mais e mais as embala-gens retornáveis. O palete plás-tico, neste cenário, torna-se atra-tivo, pois possibilita novas apli-cações, como, por exemplo, o sis-tema palete/tampa/manga que,além de permitir o transporte deprodutos que requerem limpeza,caso dos fármacos, das garrafasPET, das peças automotivas, etc.,proporciona uma grande econo-mia quando do retorno, pois seuvolume é reduzido na proporçãode 5 por 1. Vale acrescentar queos paletes plásticos, além de mui-to resistentes, não requerem ma-nutenção, não lascam, não adqui-rem fungos e são leves, substi-tuindo gaiolas de arame, rack-book e caixas de papelão, dimi-nuindo o consumo de descar-táveis e colaborando com a eco-logia, atendendo à norma ISO14.000.”

O comentário é de UriasNetto, diretor industrial da CityIndústrias Reunidas (Fone: 116693-6241), referindo-se às no-vas aplicações dos paletes plás-ticos, sobretudo em razão daNIMF15.

Para Guilherme MartinsAron, gerente de vendas – paletes– da Schoeller Plast (Fone: 113044.2151), os paletes plásticostêm encontrado aplicações liga-das à higiene e otimização de fre-tes, atingindo, principalmente, a

das da PLM (Fone: 11 3846.5572), o mercado de paletes plás-ticos tem crescido em seu espec-tro de aplicações. No entanto, ocrescimento das exportações bra-sileiras se apresenta como a gran-de oportunidade de uso e aplica-ção destes paletes.

Ainda sobre este assunto, IvoAmadeu Meneghel, inspetor devendas da Marfinite (Fone: 114646.8600), ressalta que sua em-presa fabrica vários modelos depaletes injetados em polipro-pileno (destinados a uso em tem-peratura ambiente) e polietilenode alta densidade (para baixas

temperaturas), que são utilizadosnos processos produtivos, nasáreas de estocagens ou comoembalagens retornáveis na cadeiade suprimentos.

NIMF 15Sobre o que muda para o se-

tor com a Norma Internacionalde Medidas Fitossanitárias nº 15(NIMF 15), o diretor industrialda City ressalta que, com a ado-ção deste norma, surge a oportu-nidade de melhores aplicações dopalete plástico retornável, tantopara o uso no mercado interno,como para o mercado exportador,haja visto que neste caso não setorna necessário o tratamento porfumigação ou tratamento térmi-co, pois sendo plástico, a higie-nização se torna simples.

“Internacionalmente, as exi-gências fitossanitárias estão evo-luindo de modo tal que paletesde madeira demandam acaba-mento diferenciado, caro, e nãoraras vezes quarentena. Devemser incinerados no destino, o quejá não acontece com paletes plás-ticos que, com simples lavagem,são higienizados e podem serreutilizados. Caso sejam do tipoone-way, sua matéria-prima temvalor residual no mundo todo,podendo ser facilmente reciclá-vel. Espera-se evolução notávelno setor, face às vantagens opera-cionais oferecidas pelos paletesde plástico”, apostam Villa-dangos e Gagliardi, da Transpal.

Por este caminho tambémsegue a análise de Leão Jr., daPLM. Segundo ele, diante dasrestrições que a Norma impõeaos paletes de madeira e as van-tagens na utilização dos paletesplásticos, o custo-benefício devi-

do aos preços competitivos e avida útil favorecem a aquisiçãodos paletes plásticos.

Para Aron, da Schoeller Plast,a logística como um todo deveráse adaptar às exigências da Nor-ma Internacional de MedidasFitossanitárias e isso inclui o usoobrigatório de embalagens mais“limpas” - e o palete plástico,“largamente utilizado na Europa,nos Estados Unidos e na Ásia teráum crescimento de uso muitogrande na América Latina, ondeo uso ainda é muito pequeno,principalmente, num primeiroinstante, nas exportações para

“Este paletes têmaplicações ligadas àhigiene e otimizaçãode fretes, atingindo,principalmente,a indústria dealimentos ecosméticos”

“O palete plástico,largamente utilizadona Europa, Ásia enos Estados Unidos,deverá ter umcrescimento de usomuito grande naAmérica Latina”

países que já exigem os paletesplásticos no desembaraço dassuas importações”.

Para responder a esta pergun-ta, Meneghel, da Marfinite, res-salta que sua empresa lançou re-centemente dois modelos de pa-letes injetados leves, empilhá-veis, que atendem às caracterís-ticas de one-way.”São utilizadoscomo base das suas próprias em-balagens de exportação e apre-sentam-se como alternativa aospaletes de madeira frente às exi-gências de tratamento dos mes-mos para exportações”, com-pleta. ●

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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

LogWeb 19EDIÇÃO Nº51—MAIO—2006

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DCDNcomercializa linhaFortis da Hysterem PEA DCDN (Fone: 85 4011.6400),representante dos produtosHyster em Pernambuco, contacom uma frota de 24 equipamen-tos destinados à locação paraatender às diferentes necessida-des de operações de movimen-tação e armazenagem. A empre-sa comercializa a linha deempilhadeiras Fortis H40/70 FT,disponível nas categorias de 2,0a 3,5 ton., além de contar comestoque de peças, mão-de-obraespecializada e venda de equi-pamentos novos e usados.

Gotemburgo apresenta maisdois novoscaminhões daVolvoA Gotemburgo (Fone: 0800 7078118), representante da Volvo,fornece o recém-lançado cavalomecânico VM, na configuraçãode eixos 4x2, com motorizaçãoeletrônica de 310 HP, além deopcionais em três pacotes deacabamento e cabine leito, vol-tado para o mercado que neces-sita de veículos para carretascom até três eixos e 43 tonela-das de PBTC. A Gotemburgotambém dispõe do VM 260 6x2LX. Tanto o VM 4x2 quanto o 6x2apresentam novo design emotorização eletrônica com op-ções de 210 e 260 HP. Os novosveículos com motor eletrônicosão indicados para aplicaçõesrodoviárias de curtas e médiasdistâncias, distribuição urbana econstrução leve, principalmentecom carrocerias tipo carga seca,furgão, sider, tanque e caçambabasculante, entre outros.

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20REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº51—MAIO—2006

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Caixas e contenedoresplásticos: indispensáveis nacadeia logísticaSEGUNDO UM DOS ENTREVISTADOS, ELES AUMENTAM A SEGURANÇA E A PROTEÇÃO DO PRODUTO DURANTE OTRANSPORTE E PODEM SER UTILIZADOS TANTO PARA A MOVIMENTAÇÃO DE PEQUENAS PEÇAS E COMPONENTESELETRÔNICOS QUANTO DE PEÇAS DE MAIOR VOLUME.

GECAL ATENDE AO SETOR DE AGRONEGÓCIO

UNITIZAÇÃO DE CARGAS

elas suas característicastécnicas e operacionais, ascaixas e os contenedores

plásticos encontram ampla utili-zação no setor de logística.

Por exemplo, Vasco JoséBosi, diretor comercial da Linpac(Fone: 54 2101.8700), ressaltaque as caixas e os contenedoresplásticos, dentro da cadeia logís-tica, são itens indispensáveis paraa racionalização do manuseio,transporte e da armazenagem demercadorias.

Ainda de acordo com ele,atualmente já fazem parte de umalogística eficiente, sendo impos-sível separá-las. “As caixas e oscontenedores plásticos aumen-tam a segurança e a proteção doproduto durante o transporte, e osmodelos encaixáveis ocupammenos espaço, reduzindo os cus-tos com armazenagem e frete deretorno. Podem ser utilizadostanto para o transporte de peque-nas peças e componentes eletrô-nicos quanto de peças de maiorvolume. São também indispensá-veis para a logística de sistemasKanban e Just-in-Time nas indús-trias automotivas”, completaBosi.

Já Ivo Amadeu Meneghel,inspetor de vendas da Marfinite(Fone: 11 4646.8600), assinalaque as caixas plásticas são larga-

mente utilizadas nos processosinternos de produção, nas áreasde estoque e como embalagemretornável. “Atualmente substi-tuem com vantagens as caixas depapelão em processos não des-cartáveis, pois, apesar de apre-sentarem um custo inicial maior,têm seu custo dividido pelo gran-de número de utilizações, justi-ficando sua implantação.”

Luiz Carlos Fraccaro, do de-partamento comercial da Stan-plast (Fone: 47 2105.2500), res-salta, por sua vez, que os produ-tos são necessários para todo osistema logístico, independentedo material fabricado. “No casodas caixas e contenedores produ-zidos em polietileno pelo proces-so de rotomoldagem, existemmuitas vantagens no seu uso, por

este material ser atóxico, lavável,leve e higiênico. E um dos fato-res principais é a sua resistênciamecânica e a durabilidade, poiso sistema logístico é um ambientede grande manuseio e considera-do uma categoria média de agres-sividade. Assim, os produtos fa-bricado em PE pelo sistema derotomoldagem têm uma durabi-lidade superior à de outros mate-riais, sem necessidade de manu-tenção permanente.”

Por fim, Roy Khoury, diretorde operações da Eldorado Indús-trias Plásticas (Fone: 11 4199.4500), explica que as caixas plás-ticas estão tendo uma importân-cia muito grande na logísticamoderna, pois permitem ao usuá-rio uma padronização e, o maisimportante, a personalização desuas embalagens. Além destesbenefícios, agrega-se o marketingao negócio, permitindo a visibi-

lidade da marca associada à cor– por exemplo, Coca-Cola®, ver-melho, entre outras associações.

TENDÊNCIASSobre as tendências neste se-

tor, Bosi, da Linpac, diz que sãopelo menos duas.

Segundo ele, existe uma ten-dência em aumentar a segurançados produtos durante o transpor-

A Gecal Plásticos (Fone: 114591.0306) é fabricante de conte-nedores plásticos voltados exclu-sivamente para o setor do agro-negócio. E acaba de lançar umalinha de contenedores para trans-porte, armazenagem e exposiçãode frutas, legumes e folhosas.

“Os contenedores que fabri-camos têm medidas padroniza-das para serem utilizados empaletes tipo PBR de 1,00 x1,20 m. São intercambiáveis e

empilháveis entre si, pois pos-suem a mesma medida debase. Com isso podemos elimi-nar a utilização de caixas demadeira, que são focos de fun-gos e bactérias e de difícilhigienização. As caixas sãofabricadas em polietileno de altadensidade, portanto totalmentehigienizáveis”, diz José Gagli-ardi, diretor da Gecal.

Ainda segundo ele, a ten-dência neste setor de super-

mercados e Ceasas é partir paraa padronização das embalagens,qualificação de produtos e quan-tidade de produto por embala-gem determinada. “Com isto po-deremos obter, como vantagens,maior quantidade de produtostransportados por unidade móvel(menor custo de frete), reduçãode perdas pós-colheita da ordemde 30% e melhoria sensível daqualidade do produto no ponto devenda”, completa.

te, principalmente para aquelesde maior valor agregado, tentan-do-se evitar roubos, perdas e ex-travios. Itens como inviolabili-dade e maior proteção estão setornando requisitos básicos parao transporte. Cada vez mais, anecessidade de caixas que possi-bilitem o uso de lacres e a identi-ficação por código de barras parafacilitar a localização está cres-cendo no mercado, diz o diretorcomercial da Linpac.

Outra tendência é a exigên-cia pela redução dos custos defrete, principalmente do frete deretorno de caixas vazias. Por isso,cada vez mais, caixas empilhá-veis e encaixáveis são exigidaspelo mercado para reduzir o es-paço ocupado quando vazias.

“Com estas tendências, umnovo tipo de caixa plástica che-gará ao mercado, onde o fatorsegurança e qualidade serão itens

“As caixas e oscontenedoresplásticos sãoindispensáveis paraa logística desistemas Kanban eJust-in-Time”

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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

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mais importantes, inclusive antesmesmo do fator preço”, concluiBosi.

Meneghel, da Marfinite, tam-bém aponta uma tendência decrescimento na utilização dascaixas plásticas em substituiçãoàs demais, pois, de acordo comele, cada vez mais os diversos se-tores, como automobilístico, demedicamentos e flores, entre ou-tros, investem na implantaçãodeste tipo de embalagem nas ca-deias de suprimentos ou distri-buição, desde que o processo sejaretornável ou esteja restrito à uti-lização interna. “Existem muitosmodelos que são desenvolvidoscom base na modularidade demedidas, inclusive compatíveiscom paletes, formando conjuntosque apresentam ótimos resulta-dos no transporte dos produtos”,comenta o inspetor de vendas daMarfinite.

“Está crescendo anecessidade de caixasque possibilitem ouso de lacres e aidentificação porcódigo de barras”

Já Fraccaro, da Stanplast,avalia que a tendência é fabricarprodutos com maior resistência,sem manutenção permanente,onde o custo beneficio seja diluí-do em períodos muito maioresem relação a outros materiais.

“A tendência do setor em nos-sa visão é de padronização deembalagens, assim como já éuma realidade na indústria auto-mobilística, na qual respondempor uma fatia importante dentrode nossa planta. Esse aspectoengloba tanto as embalagensquanto os paletes plásticos, itensque deveremos lançar ainda esteano para complementar nossa li-nha de produtos voltada ao setorde logística integrada”, comple-ta Khoury, da Eldorado.●

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UNITIZAÇÃO DE CARGAS

Contenedores metálicos:uma opção para estocageme transporteOS CONTENEDORES METÁLICOS TAMBÉM SÃO AMPLAMENTE UTILIZADOS NO ABASTECIMENTO DE LINHAS DEMONTAGEM, E ATENDEM, PRINCIPALMENTE, À INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA, GRANDES ATACADISTAS E DISTRIBUIDORAS.

de Armazenagem (Fone: 542102.4999), os contenedores me-tálicos são normalmente utiliza-dos para estocagem de grandevolume de um só tipo de merca-doria. “Possuem grande versati-lidade e mobilidade com referên-cia ao manuseio e a mudanças delayout. São utilizados normal-mente para estocagem de eletro-domésticos, matéria-prima paraindústria, no auxílio ao estoquede peças do Kanban e produtoscongelados para estocagemem câmaras frias.”

Ainda em termos de uniti-zação de cargas não po-deríamos de deixar de

lado os contenedores metálicos.Eles são amplamente utilizadosna logística, como apontamalguns dos representantes dasempresas “ouvidas” nesta ediçãoespecial de LogWeb.

“Os contenedores, tambémchamados de contêineres, são uti-lizados para armazenamento,transporte interno e externo, as-sim como no abastecimento delinhas de montagem. São utiliza-dos na indústria em geral, porémcom uma maior utilização na in-dústria automobilística, em gran-des atacadistas, editoras e distri-buidoras.” A avaliação é de Rob-son Gonçalves Ribeiro, gerentede negócios da Águia Sistemasde Armazenagem (Fone: 113721. 4666).

Por sua vez, Francisco LuisBertolini Neto, gerente comercialda Bertolini Unidade de Sistemas

Helio Osaka, diretor comer-cial da Artok (Fone: 0116100.8022), explica que oscontêineres aramados fabricadospor sua empresa são indicadospara a armazenagem, movimen-

tação e transporte de produtos fi-nais e intermediários nos maisvariados setores da indústria, va-rejo e logística. “Os contêineresaramados Artok são totalmentedesmontáveis e empilháveis e suaestrutura protege os produtoscontra possíveis danos por esma-gamento, enquanto que as portasarticuláveis facilitam o acessoaos produtos” diz Osaka.

TENDÊNCIASSobre as novidades e as ten-

dências neste setor, Ribeiro, daÁguia, informa que o uso destesequipamentos vem crescendo nosúltimos anos, e a tendência ficano desenvolvimento de modelosespeciais ou específicos para autilização em cada caso. De acor-do com o gerente de negócios,flexibilidade na armazenagem,menor avaria dos produtos arma-zenados, menor necessidade deembalagens secundárias, menortempo de movimentação de car-ga/descarga e outros são os gran-des atrativos deste tipo de equi-pamento de unitização.

Bertolini Neto também res-salta que as novidades para o pro-jeto de racks e contenedores se-guem a tendência da personifica-ção, se moldando à necessidadee especificações de cada cliente,

assumindo formas de desmon-tagem e montagem práticas quan-do necessário.

“Por atendermos às mais di-versas indústrias com seus diver-sos produtos, vimos que a gran-de necessidade de nossos clien-tes são os contêineres aramados‘tailor made’, ou seja, personali-zados. Se um cliente necessitaacomodar seus produtos com omaior aproveitamento de espaço,seja para transporte ou para arma-zenamento ou até mesmo parasua linha de produção, desenvol-vemos contêineres especialmen-te para tal necessidade”, comple-ta Osaka, da Artok. ●

“Eles são utilizadosnormalmente paraestocagem dematéria-prima e noauxílio ao estoque depeças do Kanban”

“A tendência é parao desenvolvimento demodelos especiais ouespecíficos para autilização em cadacaso”

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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

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Caixas de papelão:Jaguaré oferecevárias alternativasALÉM DAS SOLUÇÕES PROPRIAMENTE DITAS, A EMPRESA OFERECE UMSISTEMA ONDE SE LOCA (AO INVÉS DE VENDER) EMBALAGENS DE PAPELÃOONDULADO RETORNÁVEIS PARA A TRANSFERÊNCIA DE MATERIAIS ENTREPONTOS DIVERSOS.

Diante dos diversos desafios domundo moderno, a embalagemde papelão ondulado vem as-

sumindo um papel fundamental paraviabilizar o transporte e a proteção deprodutos diversos. Por isso, a Jaguarévêm investindo em pesquisa e desen-volvimento para suprir as novas de-mandas de mercado.”

A afirmativa é de Fernando Hara-sawa Mori, gestor da Jaguaré (Fone:11 3429.9999). Aindade acordo com ele,com as restrições am-bientais e as novas nor-mas que regem a ex-portação e importaçãode produtos, há limita-ções no uso de emba-lagens de madeira.

“Estas devem pas-sar por tratamentos químicospara eliminação do risco de pra-gas, tipo fumigação. Este pro-cesso utiliza produtos agressi-vos (Brometo de Metila) que,em alguns casos, comprometeo produto (por exemplo, peçasmetálicas podem oxidar). Porisso, a Jaguaré desenvolveu al-gumas soluções voltadas a estemercado, como a embalagem-contêiner de alta resistência e opalete de papelão.”

Segundo o gestor, com per-formance equivalente a umaembalagem de madeira, estasnovas opções apresentam asseguintes vantagens: dispensamfumigação, permitem melhoraproveitamento do container, são100% recicláveis, oferecem fa-cilidade no descarte do materi-al e visibilidade mercadológicaatravés da comunicação visual.

A empresa também produza embalagem para o transportede líquidos Qualitainer®. “Atéentão este tipo de produto só eratransportado em caminhõestanques, tambores, bombonas,racks metálicos com embala-gens de plástico rígido, etc.Hoje há alguns modelos de em-balagens de papelão e caixas

octogonais, de vários fabricantes. Nonosso caso, a Jaguaré criou um novoconceito, uma caixa quadrada que ofe-rece melhor utilização e otimização notransporte, pois permitem oempilhamento. Além disso, esta em-balagem oferece uma resistência àcompressão superior a 30 toneladas,conforme laudo do CETEA, além depossibilitar a reutilização e o transportede diferentes tipos de líquidos, inclu-

sive produtos quími-cos, utilizando bagsapropriados”, dizMori.

Ele também cita oProjeto Freepacka-ging, um conceito delogística reversa emovimentação de

materiais através de embalagens de pa-pelão ondulado retornáveis ereutilizáveis. “Trata-se de um sistemaonde se loca (ao invés de vender) em-balagens de papelão onduladoretornáveis para a transferência demateriais entre pontos diversos. Alémdisso, é estudada toda a cadeialogística, desenvolve-se e padroniza-se embalagens, reduzindo custos, pres-tando um serviço de consultoria de em-balagens e logística. Como resultados,as empresas passam a não ter mais quegastar com compras de caixas de pa-pelão”, explica o gestor da Jaraguá.

Ele também diz que, com este sis-tema, as empresas deixam para a Equi-pe Freepackaging, composta por espe-cialistas na área de papelão onduladoe logística, a responsabilidade da trans-ferência de materiais - fluxo logístico.“Além disso, pagam de acordo com oque produzem: o que chamamos de‘Paga depois e de acordo com o queusa’, e por conseqüência disto, há ex-pressiva redução de custos e desperdí-cios, eliminação de resíduos industri-ais, aumento de performance logísticae industrial, otimização de tempos deprodução, espaço e ganhos em toda acadeia logística, além de eliminaçãode gargalos. É também um projeto ga-nhador de prêmios no quesito preser-vação ecológica, pois suas práticas es-tão dentro das normas ISO 14001”,conclui.●

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24REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº51—MAIO—2006

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Guberman oferece soluções para osegmento de transportes

A Guberman Informática(Fone: 27 3200.2662) desen-volve softwares totalmente vol-tados para o transporte. O Sis-tema de Gerenciamento deFrota é desenvolvido sob o am-biente Windows® e visa o con-trole operacional e dos custos

da frota, fornecendo relatórios para tomada de decisõesgerenciais. Por sua vez, o Frota Business Inteligence possibili-ta independência para a montagem de qualquer tipo de con-sulta, relatório e gráfico a partir do banco de dados geradopelo Sistema de Gerenciamento de Frota. O Sistema de Esca-la visa automatizar o esquema de planejamento e geração deescalas, folgas, registro de eventos previstos e imprevistosdurante o planejamento e a realização e rodízio dos recursos(humanos e veículos). Já o Sistema Financeiro é um softwaretotalmente integrado com os demais produtos da linha da em-presa, abrangendo as funções de: contas a pagar e a receber;bancos, caixa e emissão de cheques. O Sistema de Cargaobjetiva centralizar todas as operações de faturamento de umatransportadora de carga com conseqüente emissão de docu-mentos legais, integração com organismos governamentais defiscalização, exportação dos dados de resultados financeirospara os softwares de gestão contábil e ERP. Possibilita tam-bém a montagem e administração de tabelas de frete, emis-são de CTRC, Manifesto, Carta Frete, etc. O Sistema de Freta-mento e Locação é empregado no gerenciamento de locado-ras e empresas de fretamento, enquanto o Sistema de Contro-le de Tráfego é uma ferramenta de gestão da logística que ofe-rece recursos para a montagem e administração de rotas, admi-nistração das viagens de forma integrada (matriz-filiais) e para agestão de ‘Acerto de Contas’ com motoristas e agregados.

Novepecomercializaveículos ScaniaEntre os veículos Scaniacomercializados pela Novepe-NE Veículos de PE (Fone: 813253 8228) estão os cavalosmecânicos modelos P 114GA4X2NZ 340 e P 94 GA-4X2NZ 310, ambos de cabinaleito e lançados nacionalmen-te na Fenatran de 2005. A em-presa também comercializaveículos seminovos do progra-ma Super Zerado da Scania doBrasil, veículos revisados comgarantia de até 6 meses, chas-sis de ônibus O km da própriaScania e semi-reboques damarca Charger, fabricados pelaA. Guerra, além de prestar todo

tipo de assis-tência técni-ca com umaoficina e umdepartamen-to de peças.

MetalShop lançacontenedoresaramadosA MetalShop (Fone: 813452.1212), indústria meta-lúrgica sediada em Recife, estálançando uma linha de conte-nedores aramados dimensio-nados para transporte de car-gas fracionadas e que se adap-tam às necessidades de cadacliente. São fabricados com es-truturas tubulares e arames deaço carbono e recebem trata-mento antiferruginoso a basede fosfato de zinco e posterior-mente um acabamento em pin-tura eletrostática epóxi-pó ougalvanização eletrolítica. A em-presa também produz estrutu-ras porta-paletes convencio-nais, drive-in e estanterias.

Quanta apresenta tecnologiaspara rastreamento

A Quanta Tecnologia (Fone: 116994.4647) atua no segmentode eletrônica embarcada pararastreamento veicular, ofere-cendo rastreadores TCA(Tecnologia em ComunicaçãoAutomotiva) que utilizam o

módulo de transmissão de dados da Motorola. A linha de rastrea-dores inclui os terminais TCA, projetados para uso na comuni-cação móvel de dados, permitindo enviar e receber mensagensde texto ou no formato de macros pré-formatadas. Incluem 40teclas, possibilitando digitar números e letras, além de teclas demovimentação do cursor. São dotados de microcontrolador comsoftware inteligente e trabalham totalmente integrados às CPUsdo TCA Master e Híbrido, podendo ter conectado a eles um lei-tor de código de barras e/ou uma impressora serial. Já os TCABaby GSM e TCA Baby CDMA são rastreadores compactos,rápidos e de baixo custo para o mercado automotivo, sendo es-pecialmente projetados para utilização em veículos de passeio,disponibilizando funções para aplicações de segurança. O TCALight GSM e TCA Light CDMA são projetados para uso em veí-culos de passeio que necessitem de maior quantidade desensores ou para veículos de cargas que utilizem funçõessimplificadas de logística. O TCA Master GSM e TCA MasterCDMA possuem 12 sensores de entrada e 6 atuadores de saídapodendo, caso necessário, agregar mais 30 dispositivos (sensorese atuadores). O TCA Híbrido, além de todas as características doTCA Máster, aceita operar com dois sistemas de comunicaçãosimultaneamente: um satelital (Globalstar ou Inmarsat D+) e outrocelular (CDMA ou GSM).

Constellation eDelivery sãoalguns dos novoscaminhões daVolkswagen

A Volkswagen Caminhões eÔnibus (Fone 81 3471.4200)acaba de lançar mundialmen-te sua linha de caminhõesConstellation, formada pelosmodelos VW 19.320 TitanTractor, VW 17.250 e VW24.250. Juntamente com osrecém-lançados veículos levesDelivery e Volksbus e com osnovos modelos de caminhõesWorker, a empresa passa aatuar em todos os segmentosdo mercado – de 5 a 45 tone-ladas de peso bruto total. OConstellation possui nova ca-bine leito e teto alto e compu-tador de bordo de série, queinforma ao motorista a data ehora, o consumo de combus-tível em média ou em temporeal, a velocidade média, otempo total de viagem e a dis-tância rodada. A empresa tam-bém está apresentando a suanova linha de caminhões eônibus com 5 a 8 toneladas depeso bruto total: VW 5.140Delivery, VW 8.150 Delivery,VW 5.140 EOD e VW 8.150EOD (novo). As novidades co-meçam pela entrada na cate-goria dos veículos com 5 to-neladas de PBT e rodado sim-ples no eixo traseiro. A linha decaminhões Delivery ganhaesse nome por sua forte voca-ção de coletas e entregas ur-banas e rurais. Já os novosVolksbus operam nos trans-portes urbano, de fretamento,escolar e executivo. Ao lado danovidade em caminhões pesa-dos, a Volkswagen passa aoferecer a linha de caminhõesWorker, que traz um grandeleque de opções em motoreseletrônicos e mecânicos emmodelos de 8 a 31 toneladasde PBT.

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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

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Iveco anuncia 4novos caminhõesA Iveco (Fone: 0800 553.443)apresenta seus mais novos ca-minhões: Daily 70.13 Classic,na versão cabine dupla; DailyCampo 35.13, na versão 4X4;Stralis HD 450 S 38 T, na ver-são teto alto; e EuroCargoTector 230 E 22, na versão ca-bina longa 6X2. O Daily Classicpossui capacidade máxima detração de 9.500 kg e o DailyCampo de 6.500 kg - ambostêm motor a diesel com potên-cia máxima de 125 HP (92 kW),a 3.600 rpm, e são disponíveisnas versões básica e clássicae também com cabina dupla.O modelo Stralis apresenta ca-pacidade máxima de tração de60 t, motor de ciclo diesel compotência máxima de 380 HP, a1.500 – 1.900 rpm, e cabina-leito com uma cama e disponi-bilidade de teto baixo ou alto.Por fim, o EuroCargo tem pesobruto total de 23 t, motor de ci-clo diesel com potência máxi-ma de 210 HP (154 kW), a2700 rpm, e disponibilidadetambém em cabina simples ouleito com uma cama.

Ituran conta comtecnologia GSM/GPRS e abrangeo país A multinacional israelenseIturan do Brasil, fornecedora desistemas de monitoramento deveículos, em razão da adesãoda tecnologia GSM/GPRS, ex-pande seu atendimento paratodo o Brasil onde há cobertu-ra celular. Este novo sistema,compatível com as principaisoperadoras de celulares GSM-GPRS do país, agirá em com-plemento ao de radiofreqüên-cia, já utilizado pela empresa.Entre os principais recursosestão inteligência embarcada,cerca eletrônica/roteirização,identificação de motorista, ter-minal de mensagens, alarmesde velocidade e RPM, bloqueiodo veículo, sensores (porta, en-gate, baú, etc.), emissão de re-latórios operacionais, comuni-cação em GPRS e SMS, bo-tão de emergência que possi-bilita socorro imediato aousuário, entre outros. Nesseprimeiro momento, a compa-nhia vai focar principalmenteos segmentos frotista e detransporte.

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Multim

odal

ual o futuro dos opera-dores logísticos noBrasil, envolvendo as

mudanças previsíveis e astendências? Esta é a análiseque promovemos nesta edi-ção do caderno “Multi-modal” do jornal LogWebcom os profissionais de algu-mas das mais significativasempresas do setor.

Por exemplo, Edson De-polito, diretor comercial daBrucai Logística (Fone: 113658.7288), acredita que ofuturo dos operadores logís-ticos no Brasil será bastantepromissor. “Faremos parte detodas as organizações quepretendem ter o planejamen-to de seu negócio com me-lhor foco. Estaremos mescla-dos aos processos em geral,às pessoas, à tecnologia, àgestão estratégica e, princi-palmente, aos resultados dasempresas”, acredita.

Para Depolito, os opera-dores serão cada vez maisferramentas essenciais e ne-cessárias às empresas demodo geral, uma vez que te-rão um papel muito forte,interagindo diretamente comqualquer cadeia seqüencialque ligue ou conecte, de al-guma forma, os grupos defornecedores x manufatura xestoque x cliente e semprecom a característica especia-líssima de ser um “economi-zador de energias empresa-riais”, o que, por si só - mes-mo que, com a relação custocontra custo, “em se compa-

rando os valores de se fazerem casa contra valores de sefazer fora de casa” - já se jus-tifica, permitindo sobrar tem-po, espaço e, principalmen-te, energia para as demais ati-vidades.

Para o diretor da Brucai,sempre haverá um plano deação realizável pelo operadorque, cada vez mais, resolve-

rá qualquer quesito que seapresente.

“Sobre as mudanças pre-visíveis, um maior número deempresas derivadas do grupode armazenagem ou do gru-po de transportes em geralestará se incorporando e seadaptando à capacitação deoperadores num futuro pró-ximo. O próprio mercado dos

operadores atuais, contandocom grandes nomes, já pron-tos e atuantes, começa a es-tudar a possibilidade de a ca-tegoria passar a ter um CNAEpróprio e especifico, que me-lhor venha qualificar suas ati-vidades, confirmando mu-danças que se aproximam, se-guindo um caminho naturalaté a sua derradeira ratifica-ção dos operadores logísticosno mercado.”

Monica Canova Passos,gerente de desenvolvimentode novos negócios da Mclanedo Brasil (Fone: 11 2108.8800), também crê numa re-gulamentação do setor. Elaafirma que o segmento estácrescendo e cada vez mais sefortalecendo, deixando claroo seu papel e força de atua-ção no Brasil, criando sindi-cato próprio e regulamentan-do regra.

“A tendência é que o ope-rador logístico passe cada vezmais a atuar como 4PL, mi-grando do modelo baseadoem ativos para o modelo ba-seado em estratégia, expertisee informação, gerenciandotoda a cadeia do Supply Chain,se utilizando dos especialis-tas (transportadores, agentesde carga, agentes aduaneiros,consultorias, etc.) para provera solução completa”, dizMônica.

Sobre as tendências, De-polito, da Brucai, acreditanuma maior participação dosoperadores logísticos noatendimento de contas de

médias e grandes empresasdos mais diferentes setores,que passarão a rever suasGestões Estratégicas - atéentão muito fechadas eviabilizadas apenas emalguns segmentos de merca-do. Para ele, este cenário sedesenvolverá com as empre-sas buscando a otimização defluxos de suprimento ou dedistribuição de seus mate-riais, visando unicamentea possibilidade de redutoresde custos indiretos, aindanão conseguidos com o mo-delo atual, ou simplesmenteque possibilitem que se con-siga uma maior sinergia econtrole em suas operações.“Esta postura permitirá a cer-teza de uma reação imediatae automática às oscilações domercado, fazendo com queas empresas estejam sempremuito flexíveis a adaptaçõesimprescindíveis para quempretende estar entre lideres”,completa o diretor da Brucai.

TERCEIRIZAÇÃOPaulo Roberto Guedes,

superintendente operacionale administrativo da Colum-bia (Fone: 11 3305.9999),pondera que as empresas co-meçaram a tratar a logísticacomo um item de significa-tiva importância em suasorganizações e, ao longo dotempo, perceberam que exis-tiam diversos motivos paraterceirizar os serviços e,conseqüentemente, contrataros operadores logísticos(3PL - Thirdy-party logis-tics). “Podemos destacar al-guns motivos: redução decustos, transformação doscustos fixos em variáveis,redução de investimentos emativos que não são do seupróprio negócio, aumento dacobertura geográfica, neces-sidade de ingressar em canaise mercados não familiares ouainda não conquistados, man-ter o foco no negócio princi-pal da empresa e, até mesmo,reduzir problemas trabalhis-tas. No Brasil essa percepçãoocorreu mais tarde, mas, coma vinda dos grandes opera-dores logísticos internacio-nais, esse processo - impor-tância da logística e suaterceirização - foi acelerado”,diz Guedes.

Ainda segundo o superin-tendente operacional e admi-nistrativo da Columbia, den-tro das empresas, a logísticapassou a ser utilizada, entre

DE TUDO UM POUCO

EM ANÁLISE,O FUTURO DOSOPERADORES LOGÍSTICOSNO BRASILPela análise dos profissionais, este se apresenta bastante promissor, e a terceirização já é vista comouma atividade comum pelas empresas que querem concentrar-se em seu core business.

Q

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outras coisas, para aumentara força do marketing, agregarvalor, aumentar a eficiênciada operação e gerar mais sa-tisfação ao cliente. A logísticapassou a ser consideradacomo ativo das próprias em-presas, à medida que se trans-formou no grande diferencialdo mercado, pois não podeser imediatamente copiadoou imitado. Os empresárioscompreenderam que o suces-so de suas empresas depen-derá, e muito, da logística.

“As empresas tomadorasde serviços logísticos queremque suas cadeias de abasteci-mento sejam eficientes e,quando se fala em cadeias deabastecimento ou suprimen-to, significa falar de todas asfases que compõem o proces-so. Não se quer ter inventá-rios e, sim, um bom atendi-mento; não se deve ter gran-des estoques e, sim, proces-sos com fluxos mais rápi-dos”, diz Guedes.

Para ele, o que se consta-ta é que, privilegiando a qua-lidade, a eficiência, os cuida-dos com a saúde e a seguran-ça e a preservação do meioambiente, as empresas estãointeressadas na contrataçãode fornecedores de serviçoslogísticos que ofereçam solu-ções inteiras, inteligentes eintegradas – “o que nós cha-mamos de Siii”.

Sobre as tendências, osuperintendente da Columbiaafirma que tem aumentadomuito a competição entre osoperadores logísticos locais(“Local 3PL - Third PartyLogistics”) e os operadoreslogísticos globais (“Global3PL”), posto que as empre-sas buscam seus operadorestradicionais ou da matriz para

Depolito, da Brucai:“Faremos parte de todasas organizações quepretendem ter o planejamentode seu negócio com melhorfoco”

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OS OPERADORES LOGÍSTICOS DEVEM SE PREPARAR PARA:M

ultim

odal

ajudar no crescimento desuas atividades globais. Bus-cam, também, e na medidado possível, trabalhar comum operador logístico quepossa se transformar no úni-co canal de comunicação(“one-stop-shop”) entre osdiversos operadores logís-ticos, de forma a buscaremmaior integração e eficiêncianas suas operações: são os“3PL” (Provedores de Servi-ços Logísticos) migrandopara o “4PL - Foourth-partylogistics” (Administradorese Operadores de Toda a Ca-deia de Suprimentos e Abas-tecimento). Aqui – ainda naacepção de Guedes - é paten-te a busca por operadoreslogísticos fortes na área daTecnologia da Informação,não só nos sistemas opera-cionais conhecidos (WMS,TMS, VMI, GPRS), comonos sistemas de apoio e detomada de decisões (“BI” e“BSC”).

“Adicione-se a isso o fatode que são operadores logís-ticos que, além de prestaremos chamados serviços tradi-cionais (transporte e armaze-nagem), agregam, de fato,valores ao cliente, à medidaque propiciam expansão, au-mento de eficiência e altaprodutividade com baixo in-vestimento em ativos e commodelos contratuais quecompartilham riscos e prêmi-os”, explica Guedes.

Porém, ainda de acordocom ele, poucas são, no casobrasileiro mais especifica-mente, as empresas que têmcapacidade para dar um su-porte global ou regional paraseus clientes e que contem-plem, no rol de serviços, aavaliação, o desenho, a cria-ção, a implementação e aoperação do serviço logísticointegrado. Os operadoreslogísticos brasileiros – aindasegundo ele - conhecem pou-co seus clientes e têm difi-culdades para identificar edesenvolver estratégias espe-

cíficas. Para Guedes, as em-presas que se propuserem aadministrar e a operar toda acadeia de suprimentos e abas-tecimento terão, em seus ne-gócios, mais oportunidadese mais atividades para geren-ciar. Mas necessitarão enten-der, acima de tudo, que pre-cisam ser mais eficientes queos próprios clientes nos ser-viços que terceirizar.

MUITA COMPETITIVIDADEPelo seu lado, Mário

Reis, diretor de operações daFly Logística – Recife(Fone: 81 3378.0000), acre-dita que o futuro do opera-dor, como dos demais agen-tes da economia, será demuita competitividade e debusca pelo core business. Aindústria estará cada vezmais focada na produção ena venda, sendo que a ges-tão do seu Supply Chain seráo seu diferencial de comer-cialização. “Em vez de pres-tadores de serviços terceiri-zados, com uma atividade

operacional simples, basea-da no frete, as empresas delogística deverão estar ali-nhadas e integradas ao negó-cio do cliente. Para isso, éfundamental o preparo dooperador para conhecer asestratégias da indústria e ofe-recer soluções que levem aosobjetivos desta”, diz.

Esteban Kinjô Escobar,diretor de logística da Coi-mex Logística Integrada(Fone: 27 2122.3285), tam-bém segue por esta linha deraciocínio. Segundo ele, coma consolidação e maturaçãoda economia brasileira e aentrada cada vez maior decapital produtivo, o que irápropiciar um papel diferen-ciado ao Brasil, os operado-res logísticos irão exercer umpapel fundamental no pro-cesso de abastecimento e es-coamento de toda a cadeia desuprimentos (nacional ou in-ternacional), deixando as em-presas cada vez mais focadasem seu core business.

“Em mercados cada vezmais competitivos, as empre-sas ficarão mais focadas naredução de seus inventários,baixando o capital investido,aplicando cada vez mais empolíticas de estoques bemajustadas. Neste processo, osoperadores logísticos pode-rão contribuir sobremaneira,através de ferramentas e sis-temas de modelagem e nodesenho de soluções que per-mitam um melhor fluxo dacadeia de suprimentos”, ava-lia Escobar.

Para Reis, da Flay Logís-tica, também é vital ter pon-tos em comum com a visão

de negócios do cliente. Afi-nal, segundo ele, não é pos-sível prestar um serviço efi-caz quando se discorda fron-talmente do modelo da em-presa que se atende. “Enfim,o operador logístico terá deser menos especialista emais generalista para com-preender este cenário e cri-ar diferenciais para seu cli-ente.”

Para o diretor de ope-rações da Fly, as grandestransportadoras querematuar como operadoreslogísticos. Mas esta não éuma evolução natural. Tra-ta-se de uma mudança dementalidade. “O operador,diferentemente do transpor-tador, precisa menos de ati-vos e mais de capacidade degestão. Acredito que a pro-funda depuração entre quemserá ou não operador logís-tico ainda está por vir”,completa.

Já para José Carlos S.D’Agostini, diretor da

Target Logistics (Fone: 112142.9009), a febre da trans-formação de pequenas em-presas de transportes e afinsem operadores logísticos ces-sará, permanecendo no mer-cado apenas as empresas deporte em condições de ofere-cer seus produtos com quali-dade para concorrer commultinacionais deste setorque, cada vez mais, se voltame se instalam em nosso país.

“Temos percebido umaforte movimentação no setor,onde alguns operadores estãoconsolidando sua atuaçãoefetiva como tal, com fortesinvestimentos em ativos, en-quanto outros estão revendoseu posicionamento e assu-mindo um papel de transpor-tador rodoviário apenas, comfoco exclusivo”, avaliaRoberto Kiss, da diretoria denovos negócios da Transpor-tadora Binotto (Fone: 493221.1846).

Com isso, ainda segundoele, pode se antever um enxu-gamento nesse mercado, on-de se destacarão gerenciado-res logísticos sem ativos e maisfocados na gestão da Inteli-gência, enquanto se fortale-cem aqueles operadores comatuação em toda cadeia, ba-seada na gestão de recursos.

Referindo-se às mudan-ças e tendências previsíveis,Escobar, da Coimex, relacio-na cinco itens. O primeiro éa concentração cada vezmaior do mercado. Segundoele, em função da especiali-zação e da demanda com baseem uma série de pré-requisi-tos, existe a tendência do pró-prio mercado efetuar uma se-leção natural. O segundo itemenvolve uso, desenvolvimen-to e consolidação de novastecnologias.

De acordo com o diretorde logística da Coimex, o

Assumpção, da Localfrio:deverão ser criadassituações claras deresponsabilidades etransparências nasnegociações

Reis, da Fly: a maioria dos embarcadores não se sentesegura para compartilhar informações estratégicas com osoperadores logísticos

Font

e: C

olum

bia

➥ Criar condições de acesso aos avanços deTecnologia de Informação, notadamenteaquela relacionada à cadeia de suprimentos;

➥ Oferecer serviços personalizados;

➥ Ter recursos (financeiros, humanos, tecno-lógicos e materiais) sempre disponíveis;

➥ Apoiar e estimular permanentemente seusterceirizados (manter alianças operacionaisestratégicas);

➥ Estabelecer um conjunto de normas e pro-cedimentos eficazes: medições permanentesde índices de performances (“KPI’s”) que re-flitam a operação e o nível de serviço presta-do, auditorias de processos, planejamento eprogramas de “benchmarking”;

➥ Conhecer profundamente a legislação geral,aduaneira e tributária;

➥ Manter um programa de gerenciamento deriscos, planos de contingência e apólice deseguros apropriados;

➥ Manter certificações e autorizações espe-cíficas (ISO, Sassmaq, Anvisa, Ministérios,Cetesb, Corpo de Bombeiros, etc.) sempreatualizadas;

➥ Manter executivos e profissionais sempreatualizados e com níveis altos de formaçãoteórica e conceitual, por meio de programaspermanentes de treinamento e aperfeiçoa-mento;

➥ Oferecer a multimodalidade como formaprincipal de redução dos custos de trans-porte;

➥ Entender que as palavras-chave do seucliente são melhorar processos e agregarvalores.

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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

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desenvolvimento de novasferramentas sistêmicas émuito dinâmico, sempre exis-tem novidades no mercadoque visam dar maior agilida-de e visibilidade ao proces-so. “Entendo também que asferramentas já desenvol-vidas, mas ainda em um pro-cesso de maturação, come-çarão cada vez mais a seconsolidar, como é o caso doRFID, pois já vemos algunscases de sua utilização, mes-mo que ainda de modo em-brionário. Vale destacar quea pressão de grandes playerspor sua utilização fará comque ela seja em breve larga-mente utilizada.”

O terceiro item apontadopor Escobar é a integraçãosistêmica. De acordo comele, o mercado exige cadavez mais uma resposta rápi-da e eficiente, caso contrá-rio a mercadoria “mica”.Para que isto se torne reali-dade, os sistemas, além deintegrados, têm de estar mui-to bem azeitados, com in-formações on-line para queo tempo de resposta seja omenor possível.

O quarto item apontadoé a logística colaborativa.Para o diretor de logística daCoimex, os elos das cadeiasdeverão estar cada vez maispróximos, para respostas rá-pidas e redirecionamentosestratégicos. “O dólar bai-xou, então a demanda deveser redirecionada rapida-mente, atendendo a novas es-tratégias comerciais. Se oselos da cadeia estão ajusta-dos, estas oportunidades sãoaproveitadas.”

O quinto e último itemem termos de mudanças etendências é a diminuição daburocracia. De acordo comEscobar, existe a necessida-de efetiva que tenhamos flu-xos burocráticos de entradae saídas de materiais maiságeis, para que o país nãoseja prejudicado em suacompetitividade.

RESPONSABILIDADE ETRANSPARÊNCIA

“Em minha opinião, osoperadores logísticos queeram usualmente representa-dos pelos Freight Forwar-ders, empresas que possuemum altíssimo nível de infor-mação e confiança na rastrea-bilidade da carga, passarãoa ser substituídos por aque-les que possuem ativos para

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30REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº51—MAIO—2006

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que as operações sejam re-alizadas, como armazénspróprios, veículos/cami-nhões e equipamentos. Des-ta forma, serão criadas situ-ações claras de responsabi-lidades e transparênciasnas negociações, pois, aoinvés de assumirem opera-ções door-to-door como sede fato fossem eles mes-mos aqueles que executam,passarão a abrir e colocarem uma mesma mesa denegociações os executoresda operação, chamados deparceiros operacionais, ecom suas responsabilida-des assumidas isoladamen-te. Desta forma, os FFW/NOCC deverão ser, como jádeveriam, os coordenadoreslogísticos, deixando este ti-tulo para os operadoreslogísticos.”

A avaliação é de Eduar-do Guimarães de Assump-ção, diretor comercial eoperacional do GrupoLocalfrio (Fone: 11 9997.3701). Ele não acredita emmudanças drásticas - o quevai haver é transparênciapara aquele que contrata,responsabilidade e valori-zação clara para aquele queexecuta e a mesma impor-tância para aquele que co-ordena, acompanha e in-forma tudo que aconteceem tempo real. Mais aindana frente, por questões tri-butárias inclusive, o execu-tor deverá emitir seusfaturamentos diretamenteao comprador, e não maisao coordenador do proces-so, que ficará com sua re-muneração/fee pela coor-denação das operações, emsubstituição à carência de“gente” existente nas em-presas e indústrias, quefocam cada vez mais emseus produtos e em seusnegócios, transferindo alogística para terceirosespecializados, avalia o di-retor da Localfrio.

SOLUÇÃO COMPLETAPara o gerente de Pla-

nejamento e Tecnologia daLogistech (Fone: 113871.7630), Marcio ChaerBorges, com o amadureci-mento das terceirizações ea especialização de opera-dores logísticos, passou aser dificultoso gerenciarmuitos fornecedores. Atendência é que o contra-tante passe a exigir uma

solução logística comple-ta, entregando seu produtoa um número menor deparceiros, ao invés de ad-ministrar cada etapa comfornecedores diferentes.

“Dessa forma, ele me-lhora o gerenciamento detoda a cadeia, além de exi-gir menos investimentosem tecnologia para a inte-gração de processos, e tam-bém facilitar a negociaçãode descontos com a verti-calização dos serviços con-tratados.”

Para Borges, os opera-dores logísticos terão deoferecer muito mais quetransporte, armazenagem edistribuição, agregando aoseu portfólio serviçoscomo distribuição porta-a-porta, fornecimento de em-balagens, atendimento areclamações e logísticareversa.

EXPANSÃOGuilherme Santos Se-

verino, gerente de desen-volvimento de negócios daMenlo Worldwide Logís-tica do Brasil (Fone: 113841. 4441), também des-taca que todos os sinaisapontam para crescimento.Segundo ele, o mercado deoperadores deve continuarem expansão moderada ba-sicamente em função dedois fatores: crescimentoeconômico brasileiro e queainda é muito pequeno opercentual de serviços/ati-vidades logísticas terceiri-zadas dentro das empresasbrasileiras, quando compa-rado com outras regiões(EUA, Europa).

“Com relação às mu-danças previsíveis, acredi-to que deverá haver uma

concentração do mercado,aumentando a participaçãode alguns poucos operado-res internacionais. Estemovimento deverá ser gra-dual”, avalia Severino.

Ele afirma, ainda, queespecialização é uma ten-dência inevitável. “Mesmoaqueles operadores quecontinuarem a se dedicar adiferentes tipos de indús-tria deverão sofrer subdi-visões internas (em unida-des de negócio), de formaa desenvolverem um ‘ex-pertise’ específico dentrode cada indústria. Vertica-lização é outra tendênciaem que acredito: os opera-dores deverão participar deuma quantidade maior deprocessos dentro de ummesmo cliente. Há tam-bém a integração tecno-lógica: apesar de ser quaseum ‘pré-requisito’, ainda épouco desenvolvida nopaís. Com o avanço dastecnologias de comunica-ção e o aumento de sua dis-ponibilidade (entenda-seredução de custos),a ten-dência é a integração e asincronização das bases dedados entre os diferenteselos da cadeia (embarcador- operador logístico -cliente/consumidor), per-mitindo a obtenção de in-formações cada vez maisprecisas em menor tempovia web e/ou celulares.”

ESPECIALIZAÇÃOVanderlei Cardoso de

Oliveira, gerente de logís-tica da Starlog OperadorLogístico (Fone: 11 2142.5825), avalia que a especi-alização por segmento e aentrada de players interna-cionais será a cada dia mai-or, e que o grande diferen-cial neste mercado será nãosó o know-how, mas tam-bém a tecnologia inseridana gestão do armazém e natecnologia da informa-ção. “O mercado passará aser mais exigente na infor-mação, frente ao grandediferencial que ela trazpara a organização na to-mada de decisão, e permi-tirá que o operador logís-tico mantenha sua posiçãocompetitiva no mercado egaranta que os canais dedistribuição atinjam omarket-share desejado.”

Oliveira também consi-dera como tendências que:

a informação passará a terum valor maior a cada diafrente a outros itens quesão geridos por um prove-dor de soluções logísticas(PSL); a competência porsegmentação será buscadacomo um diferencial com-petitivo; e PSLs altamenteinformatizados começarãoa ser um diferencial, fren-te à tendência de os pedi-dos serem cada vez maisfracionados.

FRIGORIFICADOSBento Miranda, diretor

executivo de logística daTru Logística (Fone: 812121.8899), é outro profis-sional do setor que apontaque o mercado ainda estáem franca expansão, prin-cipalmente no segmento defrigorificados. Para ele, ocompartilhamento de cus-tos fixos obrigará a indús-tria a ir para os operado-res, de modo a garantir suacompetitividade. Entretan-to, ele adverte, os operado-res, para sobreviverem,têm de apostar em três pi-lares: estrutura física,tecnológica e, principal-mente, humana. “As mu-danças previsíveis envol-vem os operadores logís-ticos se tornarem, a cadadia mais, a solução para ocliente, tanto em custosquanto na inteligêncialogística. Este é o grandedesafio. Já a tendência é in-vestir nos três pilares men-cionados e, ao invés de for-mar preço, fazer estudo deviabilidade econômicapara o tomador do serviço,ou seja, ganhar em cima daeconomia proporcionada.”

FUSÕESRicardo Hoerde, geren-

te geral da ViaLOG (Fone:51 3218.4420), acreditaque as mudanças previsí-veis incluem a continuida-de das fusões de grandesoperadores e a profissiona-lização do segmento.

“As tendências incluemfoco em tecnologia de se-gurança de carga, reduçãodo operadores informais emaior demanda por opera-dores logísticos, à medidaque os mesmos se espe-cializam em todas as eta-pas da cadeia e consigamoferecer custos atrativos”,aponta.

Oliveira, da Starlog:contratante quer umprestador de serviçosque possa agregarestratégias ao seu negócioe oferecer competênciaoperacional e tecnológica

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Rodrigo Paglino, ge-rente de negócios do Gru-po Faster Brasex - Unida-de Logística (Fone: 114772.8006), também se re-fere a fusões quando o as-sunto é tendências. Deacordo com ele, existe, atu-almente, uma tendência degrandes fusões e aquisi-ções no mercado logístico.“Estão sendo formadosgrandes conglomerados deempresas mundiais queoferecem serviços integra-dos em ambiente global.Essas grandes empresasacabam, muitas vezes, porfocarem-se na parte estra-tégica do negócio (inte-gração), enquanto boa par-te da infra-estrutura opera-cional e de transportes érealizada através de parce-rias com empresas locais(operadores logísticos,consultorias, transportado-ras, etc.).”

De acordo com Pagli-no, o mercado continuacrescendo no Brasil a taxasmuito superiores às obser-vadas em outros setores daeconomia. Por conta disso,um número grande de no-vas empresas entra paradisputar esse mercado.Para tentar frear esse avan-ço da concorrência, as em-presas investem muito emnovas tecnologias, proces-sos e novos conceitos denegócio, a fim de criar emanter uma diferenciaçãoe um grau de especializa-ção em determinado seg-mento e, assim, preservarseu espaço.

“Portanto, a tendênciaé que esse mercado torne-se cada vez mais competi-tivo, especializado e pro-fissional. Quem ganha comisso são os embarcadores,que terão maiores opçõese provavelmente encontra-rão diferenciais impor-tantes para o seu negócio”,conclui o gerente de ne-gócios do Grupo FasterBrasex.●

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Multim

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ESPECIAL

PERNAMBUCO ATRAIGRANDES INVESTIMENTOS,PRINCIPALMENTE EMLOGÍSTICATanto em qualidade quanto em quantidade, os investimentos na região fazem com que Pernambucovenha se consolidando como novo pólo logístico para a região Nordeste.

Estado de Pernambucovem se desenvolvendocada vez mais em virtu-

de de investimentos do pró-prio Governo e de empresasde diversos segmentos, mo-tivadas por fatores comomalha viária, Porto de Suapee aumento da demanda naregião, fazendo com que con-solide-se como nova alter-nativa logística para o Nor-deste.

De acordo com o ex-go-vernador do Estado, JarbasVasconcelos, foi o investi-mento em infra-estrutura,dando prioridade ao Porto deSuape, que forneceu condi-ções necessárias para que osgrandes investimentos che-gassem. “Pernambuco viveum momento único na suahistória, com a atração de in-vestimentos como a refinaria,o pólo de poliéster e o estalei-ro. Hoje, Pernambuco é o ter-ceiro maior canteiro de obrasdo Brasil e o maior do Norte edo Nordeste”, completa. E issonão vem de agora. Conformedados da AD/Diper (Fone: 813217. 7300), agência de de-senvolvimento econômico dePernambuco, entre 1999 eabril de 2004, 789 novos ne-gócios foram atraídos paraPernambuco, representandoinvestimentos privados na or-dem de R$ 7 bilhões. Estesinvestimentos geraram cercade 48 mil empregos diretos.Graças, em parte, ao Gover-no de Pernambuco, que for-neceu ao Estado mais oito

projetos de novas centrais dedistribuição e logística esti-mulados pelo Programa deDesenvolvimento de Per-nambuco (Prodepe), pormeio de incentivos fiscais.De acordo com informaçõesda Secretaria da Fazenda,agora existem 92 centrais dedistribuição ativas no Estado,numa concentração que já évista como pólo regional naárea.

Marcilio José BezerraCunha, diretor do Gelpe –Grupo de Estudos da Logís-tica em Pernambuco, apontaalgumas empresas que estãoinvestindo no Estado comprojetos. Entre eles está a re-finaria de petróleo da Petro-

bras/PDVSA (Petróleos deVenezuela S.A.). “A refinariaserá construída em uma áreade 600 hectares, com inves-timento previsto de US$ 2,5bilhões, entrando cada em-presa com 50% do capital. Irágerar 15 mil empregos duran-te o período de obras e, quan-do em operação, comportar1,5 mil funcionários. Além detornar o Nordeste indepen-dente da importação de deri-vados de petróleo, vai gerar230 mil empregos ao longode quatro anos, consideran-do todos os investimentos in-diretos que poderão ser atraí-dos”, explica. De acordo comCunha, não há uma previsãoexata de entrada em opera-

ção, mas estima-se que ocor-rerá no fim de 2011 ou iníciode 2012. A produção previs-ta é de 200 mil barris de pe-tróleo/dia, com potencial dearrecadar US$ 970 milhõespara a União, Estado e muni-cípios.

Além deste, a Petrobrastambém faz outro investi-mento: são US$ 490 milhõesem uma nova fábrica emPernambuco, com capacida-de para produzir, por ano,500.000 t de PTA – produtousado na produção de emba-lagens PET e fios de poliésterdestinados à indústria têxtil.O capital dessa nova empre-sa, chamada de CompanhiaPetroquímica de Pernambuco– Petroquímica Suape, serádividido igualmente entre aPetrobras e a Companhia In-tegrada Têxtil do Nordeste(Citiene). A nova fábrica estáinserida no Planejamento deNegócios da Petrobras, queconta com investimentos deUS$ 2,1 bilhões na áreapetroquímica para o períodode 2006 a 2010.

Em fase de construçãoestá o projeto estruturante daempresa italiana Mossi &Ghisolfi - M&G, que inves-tiu US$ 2 bilhões em uma fá-brica de PTA e outra de POY(filamentos de poliéster), alémde uma unidade de PET, con-forme explica Cunha.

Além disso, “os segmen-tos têxteis e de moda, intima-mente ligados, tomam po-sição maior em Pernambuco,

no pólo do agreste, onde trêscidades agregam os negóciosdeste segmento: Caruaru,Toritama e Santa Cruz doCapibaribe, respondendo por73% da produção do setor noEstado. São cerca de 12.000empresas no setor têxtil, queproduzem, em média, 690milhões de peças anualmente,gerando R$ 1,72 bilhão”,acrescenta o diretor daGelpe.

Outro pólo no caminhodo futuro, garante Cunha, éo do Araripe, integrado pe-los municípios de Araripina,Trindade, Ipubi, Ouricuri eBodocó, atualmente com aprodução de 1,2 milhão detoneladas de gesso e 3,3 mi-lhões de toneladas de gipssitapor ano.

“Outro setor importanteé o do agronegócio, que mo-vimenta US$ 500 milhões/ano. Mas o setor de serviçosé o predominante, movimen-tando 59,6% no Produto In-terno Bruto (PIB)”, acrescen-ta. Cunha destaca, também,que Pernambuco tem tido re-presentação importante nossetores de ponta, como o daTecnologia da Informação elogística, indústrias de ali-mentação, bebidas, metalur-gia, mecânica, têxtil e ges-seiro.

Em razão do Estado fa-zer divisa com cinco dosnove Estados do Nordeste,tendo fácil acesso por rodo-via, por via marítima ouaérea, estando distante a

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800 km das cidades de For-taleza e Salvador, se carac-teriza como corredor logís-tico para o país nas relaçõescom o mercado nacional einternacional, salienta odiretor da Gelpe.

André da Fonte, diretorda Asa de Prata (Fone: 813471.6990), transportadorarodoviária que atua nas re-giões Sudeste e Nordeste,também analisa os investi-mentos gerais em Pernam-buco. Segundo ele, o Gover-no Estadual, em parceriacom o Governo Federal e ainiciativa privada, tem reali-zado uma série de investi-mentos nas áreas estruturaise produtivas do Estado. “En-tre outros atrativos, Pernam-buco apresenta uma fortevocação para o turismo e alogística, graças a sua ricabeleza natural e à posiçãogeográfica estratégica”,destaca.

Na área logística, deacordo com Fonte, a série deinvestimentos realizados nazona portuária de Suape jáatraiu grandes empresase prevê a chegada de outrosimportantes negócios queirão fortalecer todo o setor.

Como justificativa paraos investimentos no Estado,Fonte acredita que o Nordes-te tem apresentado índicesde crescimento superioresaos de outras regiões do país,e isto tem trazido cada vezmais a presença de empre-sas e produtos do Sul e

FEIRA NO RECIFEATENDE ÀS NECESSIDADESLOGÍSTICAS DA REGIÃO

A segunda edição da FTL -Feira de Transporte Intermodal eLogística, realizada pela Meira Ra-mos (Fone: 81 3236. 5336), empre-sa promotora de feiras privadas denegócios no Estado de Pernam-buco, acontece de 15 a 18 de maiono Centro de Convenções de Per-nambuco.

O principal propósito do even-to é abrir novos canais de troca deinformação e experiências, trazen-do para o empresariado nordesti-no os últimos lançamentos, as no-vas tecnologias e as melhores al-ternativas a fim de aumentar a for-ça das atividades logísticas da re-gião. Estima-se que em torno de17.000 visitantes passarão pelafeira durante os quatro dias.

Na programação haverá semi-nários e palestras tratando de no-vas técnicas e estratégiaslogísticas como um fa-tor de vantagem com-petitiva nas empresase nas cadeias produti-vas. Também será rea-lizado o Primeiro Con-gresso Internacionalde Logística em con-

junto com a LALC – Latin Améri-ca Logistics Center com sede nosEstados Unidos.

Expondo seus produtos e di-vulgando seus serviços estarãopresentes empresas nos setoresde fabricação de equipamentosde movimentação de materiais,de caminhões e utilitários, dechassis e de carrocerias para ôni-bus, de implementos e equipa-mentos rodoviários, de equipa-mentos e sistemas de embala-gens, de produtos e equipamen-tos para manutenção e reparaçãode frota, de peças de reposiçãopara caminhões, ônibus e utilitá-rios; distribuição de combustíveise derivados de petróleo; rastrea-mento via satélite; fornecimentode software para gestão logística,de contêineres e paletes, de equi-pamentos destinados à estoca-

gem; além de termi-nais portuários; cor-retores de seguros einstituições financei-ras; publicações téc-nicas e comerciais;associações e enti-dades do segmento.

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Sudeste. “Neste cenário,Pernambuco se destaca, den-tre os demais Estados, comoprincipal Centro de Integra-ção Regional e Interna-cional. Está centralizadoentre as principais zonas co-merciais, favorecendo o es-coamento da produção e aentrada de matéria-prima.Para isso, conta ainda comdois portos, entre eles omoderno Porto de Suape, eo maior Aeroporto da Re-gião. Somando a isso, o go-verno tem investido na recu-peração das rodovias estadu-ais e gerado incentivos capa-zes de atrair a instalação degrandes negócios, como arefinaria, o estaleiro naval eos Pólos de Informática e dePoliéster, entre outros”,explica.

A respeito das perspec-tivas de retorno dos investi-mentos na região, Fonte de-clara que nestes últimosanos Pernambuco tem recu-perado sua posição de des-taque econômico no Nordes-te graças aos investimentospúblico-privados ocorridos eda expectativa do que existeem pauta para 2006 e 2007,período de grande importân-cia no processo de consoli-dação da recuperação econô-mica do Estado. Entendoque o Estado passa por umde seus melhores momentosquanto à entrada de novosinvestimentos e consolida-ção de antigos projetos”.

Antonio Luna, diretorcomercial da Fly Logística(Fone: 81 3378.0000), con-corda: “Pernambuco está en-tre os Estados que mais rece-bem investimentos privadosno momento”. Luna tambémdestaca o desenvolvimento dainfra-estrutura pública locale os incentivos fiscais, comoo Prodepe, que beneficia in-dústrias, centrais de distri-buição e importadoras ataca-distas, com crédito presumi-do do Imposto sobre Circu-lação de Mercadorias e Ser-viços (ICMS) de até 85% porum prazo máximo de 12 anos.

Luna explica que entre1999 e 2003, Pernambucoinvestiu R$ 1,3 bilhão emportos, aeroportos, malha vi-ária e gasodutos, com desta-que para a duplicação daBR-232 de Recife a SãoCaetano (138,2 quilôme-tros), a Estrada da Uva e doVinho (72 quilômetros), aEstrada do Gesso (92 quilô-metros), a consolidação doPorto de Suape, a expansão

da distribuidora Copergás -Recife/Caruaru (120 qui-lômetros) e o ramal do pólode poliéster da M&G emSuape (7 quilômetros). “So-mente no ano passado, ogoverno pernambucanoaprovou 96 projetos deinclusão no Prodepe, sendooito de centrais de distri-buição”, acrescenta.

O diretor comercial daFly também adianta que “osmaiores projetos para os pró-ximos anos se darão emSuape e movimentarão ain-da mais a logística local”.São eles: Refinaria GeneralJosé Ignácio Abreu e Lima,construída em parceria entrePetrobras e a PDVSA e aPólo Têxtil do Nordeste. Eo consórcio Camargo Cor-rêa/Andrade Gutierrez/Samsung iniciou em abrildeste ano a construção domaior estaleiro do hemisfé-rio sul, no Complexo deSuape, onde serão investidos

US$ 170 milhões. A expec-tativa é que as operações se-jam iniciadas em 2007. “Oprojeto envolve uma gamaconsiderável de fornecedoresde equipamentos, insumos –o aço é o principal deles – eserviços. A área total do esta-leiro será de 780 mil metrosquadrados numa região deSuape conhecida como Ilhade Tatuoca”, destaca Luna.

Em seguida, serão insta-ladas cerca de 770 malhariase tecelagens em Pernam-buco, Bahia e Estados vizi-nhos. Em uma segunda fase,3,8 mil empresas de confec-ções serão agregadas ao PóloTêxtil. O projeto prevê ain-da a retomada do plantio dealgodão no Nordeste.

Falando sobre perspec-tivas, ele acredita que “comoeste cenário é francamentepromissor para o desenvol-vimento do Nordeste, osoperadores logísticos pre-

cisam estar preparados paraatender a um mercado con-sumidor cada vez maisfortalecido”. É aí que entraa participação da Fly Lo-gística, cujo faturamentodeve chegar a R$ 55 milhõesem 2006. “Nossa área dearmazenagem em Recife, de13 mil m2, está sendo am-pliada em mais 5 mil m2 em2006, e temos mais 11 CDsem todas as capitais do Nor-deste e nas principais cidadesda região Norte, totalizandooutros 38 mil m2 em pontosestratégicos”.

PORTOS EM ALTAA movimentação nos

portos de Pernambuco, im-pulsionada pelo comércioexterior, cresceu mais de18% de janeiro a março des-te ano em comparação aomesmo período do ano pas-sado. De acordo com Ale-xandre Valença, secretário

estadual de desenvolvimen-to econômico, “o bom de-sempenho se deveu tanto àsexportações, que cresceram26,35%, na contramão da va-lorização do real, quanto àsimportações, que vêm rea-gindo à queda do dólar e seexpandiram em 21,21%”.

Os portos de Suape eRecife, ao todo, movimenta-ram 2,029 milhões de tone-ladas no trimestre - sendo1,393 milhão em Suape (25%de incremento) e 635,533 milno Recife (7,7%) – contra1,708 milhão no mesmo pe-ríodo do ano passado. As ex-portações passaram de432,069 mil toneladas para545,901 mil toneladas. Sóem Suape a remessa de pro-dutos para o mercado exter-no oscilou positivamente em74%, de 153,621 mil tone-ladas para 267,252 mil tone-ladas, com destaque para acarga geral conteinerizada

(78 mil toneladas). Pelo Por-to de Recife foram exporta-das 278,448 mil toneladasno primeiro trimestre de2005 e 278,649 nos primei-ros três meses de 2006.

Nas importações, Suapetambém teve destaque; acarga importada apresentouvariação de 29% no comple-xo portuário, passando de189,893 mil toneladas para245,452 mil, com destaquepara a carga geral contenei-rizada (154,077 mil tonela-das). No Recife, o incremen-to foi de 15,3%, de 259,501mil toneladas para 299,271mil toneladas.

Respondendo ao bommomento no comércio exter-no, o principal tipo de nave-gação em ambos os portos foio de longo curso, que apre-sentou um incremento de car-gas de 23,73%, passando de881,463 mil toneladas para1,090 milhão. “A cabotagemse expandiu em ritmo maisdiscreto, com crescimentode 11,44%, de 827,046 miltoneladas para 921,638 mil”,informa Valença.

Já o número de naviosapresentou pouca oscilaçãono setor portuário local.Foram computadas 381 em-barcações de janeiro a mar-ço de 2005 e 386 nos mes-mos três meses deste ano. Aexplicação é que os dois por-tos receberam navios demaior porte e portanto commaior capacidade de carga.

PORTO DE SUAPE RECEBEINCENTIVOS

O Porto de Suape, umdos principais portos per-nambucanos, é beneficiadocom o investimento do Es-tado de Pernambuco no va-lor de R$ 25 milhões emobras da adutora, do gaso-duto e da estrada que ligaráo porto à Ilha de Tatuoca,onde será construído o esta-leiro da Camargo Corrêa.Desde a inauguração docomplexo portuário, há 25anos, o setor público inves-tiu US$ 410 milhões, dosquais US$ 180 milhões fo-ram do tesouro estadual.

Os principais projetosestruturadores do Estado es-tão previstos para Suape. Éo caso, entre outros, da si-derúrgica que vem sendo ar-ticulada pelos grupos russosCommetpron e TMK e aCompanhia Vale do RioDoce (US$ 2,8 bilhões);moinhos da Bunge Alimen-

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tos (R$ 126 milhões) e M.Dias Branco (R$ 200 mi-lhões); e o Parque da Ar-gentina Arcor (R$ 320 mi-lhões).

O destaque no setorlogístico fica para o termi-nal de carga conteneirizadada Tecon Suape, integrantedo grupo filipino Interna-tional Container TerminalServices Inc. O terminal -que possui 660 m de cais,área de 280 mil m2 e capa-cidade atual para movimen-tar 400 mil TEUs por ano -recebeu investimentos deUS$ 65 milhões entre 2001e 2005. Seu crescimentonas operações de transbor-do no primeiro trimestredeste ano foi de quase 30%,com movimento de 7.015TEUs, comparados com5.458 em igual período doano passado.

De acordo com o presi-dente da Suape, MatheusAntunes, é esperado queempresas invistam no Por-to para que tudo que sejanecessário para a melhoriadas atividades realizadas nolocal esteja “à mão”: “seriacomo uma loja de conve-niência, o Porto de Suapeoferecendo serviço com-pleto”.

OUTROS SETORESAPROXIMAM-SE

A multinacional Alcoa(Fone: 0800 015.9888)também investe em Per-nambuco. Serão U$ 30 mi-lhões que poderão gerar umaumento de 30% em suaprodução de folhas de alu-mínio. Hoje são produzidas19 mil toneladas de folhaslaminadas ao ano para aten-der aos mercados nacionale internacional.

De acordo com o presi-dente da empresa para aAmérica Latina, FranklinFeder, “esse é um investi-mento muito importantepara a Alcoa e para Pernam-buco. Possuímos unidadesfabris em 42 países ao re-dor do mundo. Esses recur-sos poderiam ir para qual-quer uma dessas unidades.No entanto, decidimos in-vestir neste Estado por cau-sa da eficiência desta fábri-ca, pelo ambiente amigávelque o investidor estrangei-ro encontra em Pernam-buco e, sobretudo, devidoaos fortes investimentos eminfra-estrutura feitos aquipelo Governo do Estado, a

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exemplo do Complexo In-dustrial Portuário de Suape”.

Instalada no municípiode Itapissuma, a unidade daAlcoa em Pernambuco ex-portou um volume aproxi-mado de R$ 76 milhões noano passado. Para o comér-cio externo - sobretudo osEstados Unidos, o principalmercado - a empresa utilizao Porto de Suape. A unidadede Pernambuco tem umfaturamento de cerca deR$ 525,6 milhões e respon-de por 25% de toda a produ-ção nacional da empresa.Esse volume de produçãorendeu ao Estado, em 2005,um recolhimento de R$ 12milhões em ICMS.

A Starlog OperadorLogístico/5 Estrelas (Fone:11 2142.5825) também estáinvestindo no Estado. Deacordo com Vanderlei Car-doso de Oliveira, gerente delogística da empresa, no anode 2 005 o Centro de Distri-buição da 5 Estrelas em Re-cife foi ampliado, e sua ca-pacidade de armazenagem emovimentação de materiaisdobrou. “Investimos em fro-ta de distribuição em funçãoda evolução de demanda dealguns clientes no Estado dePernambuco”, declara. Oinvestimento total foi deR$ 500 mil e as perspectivassão de retorno destes inves-timentos em três anos, nodecorrer do segundo parao terceiro ano espera-se aaplicação de novos investi-mentos para garantir o cres-cimento. De acordo comOliveira, os investimentosrealizados foram em virtudedo crescimento dos clientesno mercado de Pernambuco;com o aumento da deman-da, a empresa precisou seadequar para garantir o aten-dimento. “Com isso, a nos-sa unidade de Recife é a se-gunda maior unidade de ne-gócio da Starlog”, comple-ta. Concluindo, o gerente delogística aponta que “esta-mos assistindo a um cresci-mento das indústrias que es-tão chegando ao Estado eoutras, já existentes, ampli-ando seus negócios para ou-tros Estados, principal-mente em direção à regiãoSudeste, havendo, assim, umaumento do volume dos ne-gócios industriais e o forta-lecimento do comércio vare-jista”.

Já a Editora Moderna(Fone: 0800 17.2002) inau-gurou, no final do ano pas-

sado, no Recife, um centrode distribuição avançadacom 3.800 m2 e capacidadede estocagem para 1 milhãode livros, permitindo o aten-dimento a todo o Nordeste.O investimento foi deR$ 500 mil e incluiu a refor-ma da área, o local, a unida-de de auto-atendimento e apaletização com estruturasmetálicas, entre outros. A es-colha pelo local se deu pelamalha viária de Recife, quepermite fácil conexão comoutros Estados da região, etambém pelo grande volumede transportadoras na ci-dade. Um dos diferenciaisdeste centro de distribuiçãoestá na estocagem, que con-ta com novo sistema chama-do posições-livro, para pou-cos volumes, substituindo asposições-paletes.

O Grupo Pão de Açúcar(Fone: 0800 773.2732), porsua vez, que já possuía umacentral em Pernambuco,investiu R$ 4 milhões em2005 para a ampliação daunidade de Recife e na aber-tura de uma segunda central,no município de Jaboatãodos Guararapes, na área me-tropolitana do Recife. Con-forme Luiz Ricardo Mar-ques Pedro, diretor delogística e distribuição doGrupo Pão de Açúcar, “cer-ca de 80% de todos os pro-dutos comercializados pelarede no Nordeste têm a en-trega centralizada em Per-nambuco”.

A Indaiá (Fone: 133211.4000), consultoria emprojetos internacionais, tam-bém pretende atuar na regiãonordestina, principalmentenos portos de Salvador eSuape e nos aeroportos deSalvador e Recife. A empre-sa planeja operar nestes lo-cais com estrutura e tecno-logia próprias até o final doano. “Atualmente temosagentes independentes noNordeste, mas objetivamosmontar um escritório próprioem Recife que atue com osmesmos procedimentos etecnologia usados em nossasoutras unidades”, declara Fa-brício Paulella, diretor demarketing e vendas da em-presa. Segundo ele, a deci-são se deu em virtude dagrande demanda na região.“Esperamos obter retornocom novos negócios e man-ter os que já são nossos cli-entes”, conclui. Este projetocomeçou no final de marçoe deve ser concluído até mea-

BANCO DO NORDESTEOFERECEFINANCIAMENTOS COMRECURSOS DO FNEEm razão de tantos investimentos e apostas na região, o Bancodo Nordeste (Fone: 81 3464.9800) faz a sua parte: financia equi-pamentos nacionais ou importados e novos ou usados utilizan-do recursos do FNE – Fundo Constitucional de Financiamentodo Nordeste, sem a necessidade de cadastro da FINAME - li-nha de financiamento do BNDES -, conforme explica José Go-mes da Costa, gerente executivo da superintendência estadualdo BNB em Pernambuco, em entrevista exclusiva ao LogWeb.

LogWeb – Em termos de logística, quais osequipamentos financiados pela sua entidadefinanceira?Gomes – Equipamentos de fabricação nacional ou importados,novos ou usados (no caso de usados, o financiamento se limitaa 50% do valor do similar novo) de qualquer valor, desde queseja compatível com a capacidade de pagamento da empresafinanciada. Não é necessário fazer parte do cadastro da FINAME,visto que os recursos do financiamento são do FNE. Só pode-mos financiar com esses recursos empresas instaladas na re-gião Nordeste ou norte dos Estados de Minas Gerais e EspíritoSanto.

LogWeb – O que é necessário para se obter ofinanciamento? Quais os requisitos?Gomes – A empresa precisa estar legalmente constituída e semrestrições cadastrais. O primeiro passo é uma conversa comum gerente de negócios de uma das nossas agências (paraidentificar se temos as condições requeridas pelo cliente), de-pois disso é feito o cadastro da empresa (a documentação depraxe para cadastramento bancário da empresa e dos seus só-cios com mais de 10% de participação). Em seguida ela teráduas alternativas para análise de sua proposta de financiamen-to de máquinas e equipamentos: a) por meio de LRC - LimiteRotativo de Crédito destinado ao financiamento isolado de má-quinas e equipamentos. É mais rápido, uma vez que não preci-sará de projeto de investimento, mas como trabalhamos funda-mentalmente com dados retrospectivos (demonstrações finan-ceiras e histórico passado), só é interessante para empresasconstituídas há algum tempo e que gozem de boa saúde finan-ceira. No caso de LRC, o financiamento limita-se ao prazo má-ximo de 5 anos, incluída a carência; b) por meio de LRP - Limitede Risco com Projeto – nesse caso podem ser incluídos outrositens financiáveis como o capital de giro associado ao investi-mento ou outros itens de investimento (construções, etc.). Podeser utilizado por empresas novas (inclusive as recém-constituí-das) ou antigas. Será trabalhada principalmente a projeção donegócio. O prazo pode ser superior a 5 anos, a depender dacapacidade de pagamento do projeto. Em ambos os casos ascondições de custo (taxa de juros) são as mesmas.

LogWeb – Quais as vantagens dosfinanciamentos?Gomes – As grandes vantagens são o baixo custo e o prazoadequado para pagamento. As taxas de juros variam de8,75%a.a. a 14%a.a. a depender do porte da empresa. As ta-xas são fixas e ainda ocorre um desconto de 15% a 25% sobreos juros, caso o pagamento das parcelas ocorra no prazo pre-visto, o que faz com que a taxa possa cair a menos de 7,5% a.a.no caso de micro empresas.

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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

LogWeb 37EDIÇÃO Nº51—MAIO—2006

J O R N A L

dos do segundo semestre,e são estimados investi-mentos de R$ 100 mil.

NO CLIMAAproveitando essa

movimentação, a Linde(Fone: 11 3604 4755) es-pera aumentar sua parti-cipação no mercado nor-destino com a empilha-deira H25 cabinada e comar condicionado, cuja ca-pacidade para transporte emovimentação de cargasé de até 2,5 toneladas.Em virtude do climaquente o ano todo tornaimprescindível o uso dear condicionado nos equi-pamentos. De acordo comChristopher Dühnen, di-retor comercial da Lindeno Brasil, as vendas des-ta empilhadeira para asregiões Norte e Nordestedo país devem triplicareste ano.

Já a Fundação Getú-lio Vargas – FGV (Fone:81 3471.5997), em virtu-de do aumento do núme-ro de centrais de distri-buição, que estimula aimplantação de unidadesindustriais das empresas,traz para o Estado umcurso de pós-graduaçãoespecífico para formaçãono setor, o MBA (Masterin Business Adminis-tration) em LogísticaEmpresarial. De acordocom o economista Leo-nardo Farias, diretor doCBPE/FGV, “atualmenteexistem poucas opçõesde formação formal paraatuar na área de logísticae o setor está ganhandouma importância cadavez maior. Há uma carên-cia de mão-de-obra qua-lificada e é necessárioproduzir gente capacita-da. Um bom profissional,hoje, é disputado entre asempresas. Fizemos umapesquisa para saber as ne-cessidades do mercado eresolvemos investir noRecife com um curso deLogística Empresarialporque sabemos que éum setor em crescimen-to e que precisa de mão-de-obra. O objetivo doCBPE/FGV é proporcio-nar a formação adequadapara que as vagas criadasno mercado possam serocupadas por executivos eprofissionais da própriaregião”. ●

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38REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº51—MAIO—2006

LogWebJ O R N A L

ARTIGO

O desafio da SupplyChain com riscocontrolado e menor custo

Na última década, os pro-fissionais de logística queatuam na constante ino-

vação dos métodos de gestão daSupply Chain têm percebido anecessidade de se capacitaremem logística com ênfase em con-tenção de perdas.

Esta demanda ganhou forçacom a conscientização das em-presas para os aspectos da com-petitividade. Mas, como ser com-petitivo considerando que a de-manda de medidas de gerencia-mento de riscos, por si, agregammais custos ao negócio?

Os profissionais de logísticade distribuição tinham de encon-trar a resposta para tantas variá-veis, pois o negócio que gerencia-vam carecia de uma revisão embusca de uma maior eficiência.

O maior sinalizador foi o pou-co interesse da indústria do se-guro para o tipo de produto dis-tribuído. A sinistralidade do mer-cado era maior do que os nossosíndices e influenciavam nossasnegociações. As taxas securitá-rias refletiam em nossos custosde produção.

Os controles operacionaissobre os nossos fornecedores detransportes não se traduziamnuma maior certeza quanto àspossíveis causas que acarretavama redução de eficiência de entre-gas ou numa detecção dos fato-res que concorriam para as per-das parciais ou totais dos nossosprodutos. Questões vinculadasaos acidentes ou os problemasque afetavam a qualidade dasembalagens e do produto nãoencontravam bases para discus-são, pois não havia meios dequalificá-las.

Negociamos a transferênciado risco para a apólice de segu-ros sem desenvolvermos um pro-jeto e adotarmos medidas cons-cientes e capazes de provar suaeficácia. Buscamos conhecer asespecialidades da indústria dogerenciamento de riscos e nosdeparamos com uma realidadepreocupante: uma outra realida-

ITEMAVALIADO

Projeto

O QUE O MERCADOPRATICA

O mercado informa aos partici-pantes do RFQ/RFP o modelo degerenciamento de riscos adota-do pela atual gerenciadora

IMPACTO DESSA PRÁTICA

1. Dessa forma não consegue avaliar o fator de compe-tência da empresa candidata em elaborar um anteproje-to que conduza a contratante a um modelo de menorrisco;

2. Não consegue avaliar a competência da empresacandidata quanto à criatividade e compromisso com omenor custo operacional para o negócio da contratante;

3. Não cria argumentos que sustentem a discussão deresponsabilidade do gerenciador de riscos diante defalhas ou perdas ocorridas na execução do modelooperacional. Entra em jogo a polêmica da prestação deserviços sob requisitos impostos pelo contratante.

1. Não havendo um padrão de apresentação de preço, acontratante não consegue distinguir os valores em razãoda oferta de serviços;

2. Muitas vezes os preços são carregados por fatoresque impossibilitam avaliar o impacto deste em relaçãoao produto da contratante ou ao serviço quando esta foruma transportadora;

1. Em um mercado ainda incipiente muita empresas seformam pela iniciativa empreendedora carregada porcerta dose de empirismo. Esta característica pode colo-car em risco o negocio do cliente, principalmente quan-do a contratada passa a fazer parte da Supply Chain;

2. Aqui resulta grande parte do aviltamento de preços;

3. A falta de analise das competências da contratanteresulta em um baixo poder de respostas as adversida-des que promove a gestão de riscos. Dessa forma, o fu-turo torna-se incerto.

1. A diversidade de tecnologias conduz a um substancialcrescimento do risco por conta da necessidade de altaespecialização de pessoas em detrimento de processos.

2. Na maioria dos casos não se mensura, controla oumesmo se mantém uma atenção sobre os fatores de ris-cos gerados pelas falhas das tecnologias ou pela quanti-dade de controles impostos pelas mesmas

1. A qualquer momento a operação logística poderá sercomprometida devido à interrupção da comunicação en-tre a contratada e as empresas de tecnologia e outras;

2. O risco poderá ser substancial, devido à plena depen-dência da contratada em relação ao capital humano queadministra a operação ou que operacionaliza o sistema(rastreia veículos);

Muitas empresas que operam no mercado de gerencia-mento de riscos não mantêm foco especifico nesta ativi-dade. Em muitos casos sua identidade traz atividadesem ramos de transporte, seguros e outros. Isso confun-de a análise, pois se avalia a quantidade e não a espe-cialidade.

A contratada poderá ser levada a aceitar fornecedoresde rol vinculados à rede de relacionamentos de merca-do, em detrimento dos aspectos da livre concorrência ouda decisão mais satisfatória para o seu negócio.

O QUE DEVERIA PRATICAR

A contratante deveria ofertar apenas parâmetros quan-titativos e qualitativos sobre a Supply Chain, como porexemplo: produto, viagens, origens, destinos, etc., evi-tando acesso aos modelos instalados.

1. A contratante deveria indicar um padrão de retornoda proposta (tabela) destacando os itens de serviçosapresentados pela criatividade dos regulares; Issominimizaria as distorções de entendimento sobre itense preços;

2. A contratante deveria indicar um fator de mensuraçãodo impacto do preço sobre o seu negócio, como, porexemplo, o preço atrelado ao fator viagem ou dia-via-gem e nunca sobre quantidade de caminhões;

3. A contratante deveria solicitar em item especifico da pro-posta comercial, a informação sobre os itens que compõemo preço final (investimentos, capital humano, insumosde produção, etc.) dividindo-os em fixos e variável;

A contratante deve avaliar os fundamentos do projetooferecido verificando se todos os pontos de riscos sãoreconhecidos pela contratada, constatando a existên-cia de meios para identificá-lo e para minimizá-los emtodas as etapas do Supply Chain, quer em gestão derotina quanto em gestão de contingências.

1. Deveria avaliar como a contratada reconhece e ad-ministra as adversidades registradas pelas tecnologiasde rastreamento de veículos

2. Quais dispositivos poderão oferecer continuidade denegócios diante dos riscos dessa atividade

1. Deveria solicitar a apresentação de um Plano de Con-tinuidade de Negócios.

2. Deveria solicitar que a contratada apresente decla-rações dos fornecedores sobre os contratos que man-tenham com a contratada e que supra a necessidadede serviços em situações de contingências

Minimizar o peso sobre essa forma de avaliação quenão traduz a eficiência da contratada.

Evitar a contratação de empresas que não administramseu negócio com foco no gerenciamento de riscos

Realizar benchmarking de mercado obtendoparâmetros de análise fundamentados em históricos degestão de risco e resultados alcançados.

Estabelecer métricas no contrato e metas a serem atin-gidas em cada exercício.

Formar contratos de risco com premiação sobre gan-hos e sanções sobre perdas.

Proposta

Competências

CapacidadeTecnológica

Plano deContinuidadede Negócios

Empresa

Eficiência

Na maioria dos casos, a contra-tante não estabelece um padrãopara elaboração da proposta téc-nica e da proposta comercial.

Na maioria dos casos esse itemnão é avaliado.

Em alguns analisam o currículodos executivos da empresa.

Avalia se a empresa opera comtecnologias de rastreamento ofe-recidas no mercado. Em muitoscasos buscam mensurar o po-tencial a partir da quantidade depostos de trabalho em relação àstecnologias.

Avalia a existência da prestaçãode serviços sob aspecto de ge-rador de energia, mas não ava-lia redundâncias de sistema decomunicações.

Não avalia hipóteses de supera-ção de adversidades geradaspela paralisação de serviços pú-blicos (greves).

O tempo de existência da em-presa. A quantidade de filiais elocalizações. A quantidade defuncionários.

Na maioria dos casos obedecea critérios de aceitação por indi-cação de empresas que partici-pam da cadeia de aceitação derisco.

de em termos de gestão de negó-cios ou mesmo quanto à estru-turação e preparo de algumasempresas para atender o merca-do em franca expansão, com al-guns modelos empíricos e pou-co convincentes quanto à manu-tenção da segurança ou efetivagestão de riscos.

Não encontramos nos forne-cedores a vocação de trabalharcom análises quantitativas e qua-litativas, tendo como produto osfatores de riscos – o principalfoco do negócio de gerenciamen-to de riscos. As propostas acen-tuaram-se na “venda” dos servi-ços de escolta ou rastreamento,sem compromisso com metas decontrole e redução de problemas.Em alguns casos geramos umproblema maior, já que a logísticade transporte era assunto de pou-co domínio. Alguns com forterelação contratual com a indús-tria do transporte demonstrarama baixa eficiência em desenvol-ver serviços condizentes com acultura ou necessidades da indús-tria de manufatura.

Foi notável a preocupação dofornecedor de gerenciamento deriscos com as questões ligadas àcorretagem do seguro. Vimos cer-ta confusão de identidade pró-pria, quer por haver na sua corpo-ração uma razão social com esseobjetivo ou por haver uma estrei-ta ligação com a indústria da cor-retagem e do seguro.

Assumimos o risco de desen-volver um fornecedor de geren-ciamento de riscos e fomos iden-tificando quais as empresasmelhores estruturadas quanto àscompetências de pessoal, es-trutura organizacional com focoem processos, infra-estrutura,tecnologia e capacidade de rápi-da revisão de modelos operacio-nais para continuidade de negó-cios e também a capacidade deassumir riscos contratuais, assu-mir desafios.

O gerenciador de riscos idealtem um projeto ajustado às nos-sas necessidades e capacidade de

O QUE AVALIAR NO PROCESSO DE ESCOLHA DO FORNECEDOR DE GERENCIAMENTO DE RISCOS

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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

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absorção de custos. Ana-lisamos as recomendaçõese serviços tidos como ne-cessários para contençãode perdas com os mesmoscritérios pelos quais seanalisa um plano de negó-cios. Desafiamos o forne-cedor a absorver a culturade gestão difundida emnossa organização e otransformamos num par-ceiro, aliando seu exper-tise à nossa política corpo-rativa.

Quebramos algunsparadigmas; a começarpor aquele já bem propa-gado, que diz: “a seguran-ça eficaz não deve ser per-cebida”. Para nós, ela nãosó deve ser percebidaquanto tem a obrigação dedemonstrar sua existência.Quebramos ainda o con-ceito de que “o gerencia-mento de riscos não podeinterferir na logística dotransporte”.

O gerenciamento deriscos deve interferir notransporte quando essa“interferência” for paraalertar pontos de perdas deeficiência, permitindo-seoferecer informações rápi-das para revitalizar os mo-delos de transporte e ele-var os aspectos da eficiên-cia de entrega do produtono menor prazo, commaior qualidade e menorrisco.

A indústria do geren-ciamento de risco, por nãoser “convidada” a partici-par do processo opera-cional de forma produtiva,tendo como foco a efici-ência logística, é coloca-da na condição de uma es-pécie de “quarto setor” daSupply Chain e funcionaapenas de forma acessória.Ela fica à margem das de-cisões e não se sente naobrigação de contribuirpara constantes melhoriasem busca da competiti-vidade.

Essa postura é parte denossa responsabilidade,que não buscamos forne-cedores com característi-cas de integrar-se naSupply Chain com objeti-vos declarados e vocaçãode enfrentar desafios acada período contratual. ●

Newton Cardoso, consultorde gerenciamento deSupply Chain e diretor daNCR Serviços Avanç[email protected]

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