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JORNAL POPULAR DO BRASIL | 10ª EDIÇÃO | ANO 2 | FEVEREIRO/MARÇO DE 2010 | R$0,50 A notícia que faz a diferença Bem vindo a Copacabana! ALBERTO ELLOBO DIVULGAÇÃO ALBERTO ELLOBO Golpe de milhões causou falência Teatro Raul Cortez reabre temporada de espetáculos n É isso mesmo. Falta de saneamento básico e de pavimentação, além de vários outros problemas de infraestrutura, fazem parte dos bairros chamados Copacabana, que ficam em São João de Meriti (foto), Duque de Caxias e Queimados. Todos bem diferentes do belo e famoso bairro da Zona Sul do Rio. PÁGINAS 6 e 7 n A peça “Friziléia”, com Elizabeth Savala, e o humorístico “Plan- tão de Notícias”, apre- sentado por Maurício Menezes, estão entre os destaques da progra- mação de março. PÁGINA 11 n O presidente da Uni- med/Caxias, Edmon Go- mes, é apontado como o principal responsável pelo fim da operadora de saúde. Ele e outros membros do Conselho Administrativo estão sendo investigados por suspeita de fraudes. PÁGINAS 8 e 9 PÁGINA 3 NOVA IGUAÇU Prefeitura pode perder verba da Saúde PÁGINA 10 JAPERI Reservatório de água para 50 mil habitantes Jornal Popular premiado como destaque PÁGINA 3

JORNAL POPULAR DO BRASIL | 10ª EDIÇÃO | ANO 2 | … · diferença Bem vindo a Copacabana! ... Científica Lab para fazer todos os exames laboratoriais, mas, ... para Jovens e Adultos

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FEVEREIRO/MARÇO DE 2010 | 1

JORNAL POPULAR DO BRASIL | 10ª EDIÇÃO | ANO 2 | FEVEREIRO/MARÇO DE 2010 | R$0,50

A notícia

que faz a

diferença

Bem vindo a Copacabana!

alberto ellobo

DIVUlGaÇÃo

alberto ellobo

Golpe de milhões causou falência Teatro Raul Cortez reabretemporada de espetáculos

n É isso mesmo. Falta de saneamento básico e de pavimentação, além de vários outros problemas de infraestrutura, fazem parte dos bairros chamados Copacabana, que ficam em São João de Meriti (foto), Duque de Caxias e Queimados. Todos bem diferentes do belo e famoso bairro da Zona Sul do Rio. PÁGINAS 6 e 7

n A peça “Friziléia”, com Elizabeth Savala, e o humorístico “Plan-tão de Notícias”, apre-sentado por Maurício Menezes, estão entre os destaques da progra-mação de março.

PÁGINA 11

n O presidente da Uni-med/Caxias, Edmon Go-mes, é apontado como o principal responsável pelo fim da operadora de saúde. Ele e outros membros do Conselho Administrativo estão sendo investigados por suspeita de fraudes.

PÁGINAS 8 e 9

PÁGINA 3

NOVA IGUAÇU

Prefeitura pode perder

verba daSaúde

PÁGINA 10

JAPERI

Reservatório de água

para 50 milhabitantes

Jornal Popular premiado

como destaquePÁGINA 3

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Jornal Popular recebemais uma homenagem

n O Dia Internacional da Mulher será comemorado com diversas homenagens pela Prefeitura de Japeri. A programação vai começar no dia 8 de março e se estenderá até o final do mês.

Um dos destaques será o 1º Fórum dos Direitos da Mulher. Ele vai acontecer a partir das 9h, no auditório da Escola Mu-nicipal Santos Dumont (Rua Eduardo Rocha Filho, nº 11, bairro Vila Central). Durante o fórum, será apresentada pro-posta para a criação do Conse-lho Municipal dos Direitos da Mulher. As mulheres que se destacaram em diversas áreas também serão homenageadas. A origem da data será ensina-

da aos alunos das 30 escolas da rede municipal.

Para a Saúde da Mulher, a secretaria municipal de Saúde preparou ações de prevenção, que serão realizadas de 13 a 31 de março, das 9h às 12h, cada dia em um posto de saúde. Veja as datas e locais onde as ações irão acontecer:

13/03 - Unidade Básica de Saúde Vila Central (Rua Clair Antunes, s/nº, bairro Vila Central, Engenheiro Pedreira);

16/03 - Unidade Básica de Saúde Delamare (Avenida Delamare, s/nº, Delamare, Engenheiro Pedreira);

18/03 - Unidade Básica da Saúde São Sebastião (Rua Moacyr Ferreira, 14, bairro São Sebastião, Engenheiro Pedreira).

Os outros sete postos de saú-de do município estão sendo agendados.

Haverá acompanhamento do programa Bolsa Família (pesa-gem e regularização da cader-neta de vacina para crianças de 0 a 7 anos), exame preventivo ginecológico, palestra sobre planejamento familiar e Do-enças Sexualmente Transmis-síveis (DST), além de orien-tação sobre notificação da violência contra a mulher (Lei Maria da Penha).

Japeri vai homenagear as mulheres

n Nos últimos seis meses, o Ministério Público transfor-mou processos administrativos em inquéritos. Quatro deles são referentes a possíveis irre-gularidades na Saúde. Seriam desvios de verbas no Hospital da Posse e no repasse para clí-nicas. Nesse último caso, al-guns representantes de clínicas de Nova Iguaçu reforçam a de-núncia. Em dezembro do ano passado, o prefeito Lindberg Farias contratou a empresa Científica Lab para fazer todos os exames laboratoriais, mas, ao mesmo tempo, deixou de repassar nove meses de verba a laboratórios que trabalha-ram para o governo durante todo o ano passado.

Essa e outras irregulari-dades podem fazer com que o município perca a gestão plena. “Perder a gestão plena significa passar a administra-ção da verba da Saúde para o governo do estado”, explica um dos empresários do setor, Mauro Terra. Segundo ele,

as demissões já começaram nas clínicas. “Em função de tudo isso, alguns empre-sários já estão demitindo. Sem receber há tanto tempo e com tanta instabilidade, o jeito é demitir”, explica. Enquanto isso, a Cientifica Lab não dá conta do traba-lho e os pacientes não con-seguem fazer os exames.

Os empresários entraram na Justiça contra a decisão

do prefeito e esperam uma resposta para os próximos dias. A questão da gestão plena também deverá ser re-solvida nos próximos meses. “Perder a gestão plena é um grande retrocesso, mas tal-vez seja melhor para a cida-de. Esperamos que a Justiça tome uma providência rá-pido, antes que a população seja ainda mais prejudicada”, resume o empresário.

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Do Brasil

Nova Iguaçu à beira de perder a gestão plena da Saúde

Hospital pode ser do Estadoalberto ellobo

Prefeitura do Rio “trabalhando” em Belford RoxoFLAGRANTE

OPORTUNIDADES EM MERITI

Cláudia Maria (especial)[email protected]

alberto elolbo

WaSHINGtoN

n Um grupo de homens foi visto trabalhando no con-serto de uma rede de esgo-to, no cruzamento entre a Estrada de Belford Roxo e a Rua Jackson Luiz, no bairro Jardim Anápolis, em Bel-ford Roxo. Há um mês, os dejetos vinham incomodan-do moradores e prejudican-do comerciantes da região.

Apesar de o problema ter ocorrido no município de Belford Roxo, o veículo uti-lizado no trabalho de repa-ro, o caminhão KOD-1797 (São Gonçalo/RJ), deveria estar prestando serviço para a Prefeitura do Rio de Janei-ro, conforme mostra a foto menor. Segundo moradores que solicitaram o reparo, a prefeitura alegou que o ve-ículo que deveria realizar o serviço estava enguiçado.

n No final, o Conselho Comu-nitário de Segurança prestou homenagem ao JORNAL PO-PULAR. A pedido do presiden-te do CCS/Duque de Caxias, Ja-ílson Liberato, o comandante do 15ºBPM, tenente-coronel Sér-gio Mendes, entregou ao jorna-lista responsável Glauco Rangel um diploma em que a entidade, ligada ao Instituto de Seguran-ça Pública (ISP) do Governo do Estado, concede ao órgão

de imprensa o Prêmio Desta-que 2009. Um reconhecimento do trabalho desenvolvido pelo jornal, fundado em abril do ano passado, e por sua qualidade editorial. Em novembro, o jor-nal foi homenageado pela Or-ganização Não-Governamental Promover Brasil. A instituição também o elegeu um dos des-taques de 2009, por sua atuação na área jornalística, na Baixada Fluminense.

Autoridades e moradores discutem segurança pública em Caxias

n O Conselho Comunitário de Segurança (CCS) de Du-que de Caxias promoveu, em fevereiro, um novo encontro entre moradores e autorida-des. A reunião aconteceu no dia 24, no Ciep Vereador Vil-son Campos de Macedo, no bairro São Bento.

Mais uma vez, líderes comunitários de diver-sos bairros puderam fazer queixas e reivindicações sobre assuntos relaciona-dos à segurança pública e a outras áreas. Oficiais do 15º BPM (Caxias) e do Corpo de Bombeiros lo-cal, secretários do gover-no municipal, o presidente

da Câmara de Vereadores, Dalmar Lírio Mazinho, e funcionários que represen-tavam a Cedae, a Light e a Ampla, entre outros pre-sentes, tomaram conheci-mento de cada situação.

Na abertura, foi respeitado um minuto de silêncio pela morte do presidente da As-sociação de Moradores do Morro do Santuário, no Cen-tenário, Silviano de Oliveira Filho e sua esposa Elisabete Pereira. Eles foram assassi-nados no dia 12 de fevereiro. Silviano de Oliveira Filho e sua esposa Elisabete Pereira. Eles foram assassinados no dia 12 de fevereiro.

50 anos de profissão

n A Associação Duquecaxiense de Imprensa Escrita e Falada-ACIEF promoveu um concor-rido almoço para comemorar os 50 anos de profissão do vetera-no jornalista Alberto Marques. Começou sua carreira no final dos anos 50 no jornal cultural Grupo. Trabalhou também em vários órgãos, destacando-se O Municipal e a Folha da Cidade, dos quais foi editor. Hoje apo-sentado no serviço público, man-tém um blog que já contabiliza mais de 430.000 acessos e é um

dos mais visitados na Baixada Fluminense (www.albertomar-ques.blogspot.com). Parabéns, companheiro, pela trajetória e persistência profissional.

A equipe do Jornal Popular parabeniza Alberto Marques (colunista do Popular) pelo meio século dedicado ao Jornalismo. E também Marcelo Cunha, di-retor do jornal O Capital, o prefeito de Japeri, Timor, e seu secretário de Governo, Sidnei Coutinho. Os três comemora-ram aniversário recentemente.

1.400 vagas no Planseq/Bolsa Famílian O Plano Setorial de Qualificação (Planseq/Bolsa Família) é direcionado a mem-bros de famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família, do governo federal. Os cursos de qualificação oferecidos são de pintor, armador e montador, carpinteiro, azulejista, encana-dor, mestre de obras, auxiliar de escritório, eletricista, pe-dreiro, reparador, almoxarife, gesseiro, desenhista, projetista e operador de trator.

Para participar, é necessá-rio atender aos seguintes cri-térios: ser integrante de famí-lia beneficiária do Programa Bolsa Família, ter 18 anos ou mais e ter completado pelo menos a 4ª Série do ensino fundamental (atual 5º ano). Somente uma pessoa de cada família poderá participar da seleção para os cursos. A par-ticipação não é obrigatória.

As inscrições estarão aber-tas até 31/03, na secreta-ria municipal de Trabalho e Renda, na Avenida Presidente Lincoln, 899/térreo, em Vilar dos Teles. O atendimento acontece de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. Outras informações pelo telefone 2662-6036. Para se inscre-ver, é necessário apresentar carteira de identidade (RG), o número de identificação so-cial (NIS), o PIS e a carteira de trabalho. Feita a inscrição, a pessoa deve aguardar a con-vocação para os cursos. A se-leção será realizada com base nas informações das famílias registradas no cadastro único para programas sociais. As mulheres beneficiárias tam-bém poderão se inscrever. Quem for selecionado rece-berá auxílio para transporte e alimentação durante as aulas.

O conserto da rede de esgoto era feito por homens que não tinham qualquer proteção

n A Escola SESI Caxias abre as portas para um novo públi-co. Neste ano, foram inicia-das três turmas de Educação para Jovens e Adultos (EJA), uma voltada ao ensino fun-damental e outras duas desti-nadas ao ensino médio.

O projeto visa trazer às pessoas, que por ventura abandonaram os estudos, de volta as salas de aula. O ensino é gratuito e as inscrições estão abertas durante todo o ano.

O curso, que tem dura-ção de 18 meses, conta com oito disciplinas para o ensi-no fundamental e 13 para o médio, entre elas, Língua Estrangeira e Educação Física. As aulas são minis-tradas no período da manhã de 8 às 12h. Maiores infor-mações no 0800 0231 231.

Turmas para jovens e adultos no Sesi Caxias

O jornalista Glauco Rangel entre Jaílson Liberatoe o comandante do 15ºBPM

alberto ellobo

PARABÉNS!

A diretora-executiva do Jornal Popular, Anne Moreira, prestigiou o evento em homenagem ao amigo e jornalista Alberto Marques

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BRONCA POPULARBRONCA POPULARMande sua “bronca” para nossa redação: [email protected]

Transporte público caótico

Lixo naCachoeirade Xerém

PAPO DO CAFEZINHOCom Alberto Marques ([email protected])

Esta coluna, em sua maioria, é um resumo mensal do conteúdo postado no Blog Alberto Marques. Estes e outros artigos podem ser acompanhados diariamente, acessando o link http://albertomarques.blogspot.com

n A indústria da construção civil lidera, com folga, o ranking dos índices de acidentes de trabalho nos centros urbanos. Enquanto a fiscalização do Ministério do Trabalho se omite e as empresas não cuidam como deveriam da segurança do trabalhador, os próprios operários, por desconhecimento ou descui-do, agravam o problema. O flagrante, feito na obra de construção de um Museu que irá ocupar o antigo Fórum de Duque de Caxias, revela que a vida do trabalhador não me-rece respeito. Um operário da empreiteira contratada pelo Governo do Estado não usa qualquer tipo de proteção contra as faíscas produzidas pelo colega, que realiza a soldagem de uma das estruturas metálicas do futuro museu. Trata-se de uma obra da Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia, executada em um imóvel do Estado, ao lado da 59ª DP/Caxias e a poucos quilôme-tros da Subdelegacia do Trabalho (Parque Duque) e do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil do município (Rua General Mitre/25 de Agosto).

Falta segurança até no canteiro de obrasDe que Zito tem medo?n A decisão do Superior Tribunal de Justiça, cassando um habeas corpus concedido ao prefeito Zito pelo Tribunal de Justiça em 2004, explica, em parte, porque ele não aceitou o convite de Marcelo Alencar para disputar o governo do Estado este ano. Não foi por medo de enfrentar Sérgio Cabral, mas de perder na Justiça os diversos processos em que é réu, por conta de muitas coisas que ocorreram nos oito anos em que foi prefeito no passado.

Como ensinava minha avó, “não se pode confiar nem no bumbum de criança, nem na cabeça de juiz”. Embora tenha contratado, a peso de ouro, advogados de renome, Zito só conseguiu o mais fácil: prolongar uma medida liminar por mais de cinco anos. Agora, às vésperas de uma eleição em que ele precisa comprovar sua força política, pelo menos salvando o mandato da filha Andréia, vem o STJ e joga água no chope.

O pior não foi o Tribunal cassar o habeas corpus que suspendia o andamento de uma Ação Penal por improbidade proposta pelo Ministério Público Estadual em 2003, envolvendo Zito, seu irmão Waldir, o sempre presente Ilmar Moutinho Nunes e a WKR e o empresário João Alberto Felippo Barreto, mas a decisão embutida na sentença, reconhecendo como legais as provas colhidas pelo MPE em dois anos de investigações (2001 e 2003). Os advogados de Zito pretendiam anular as provas, inclusive as fotos de caminhões da WKR e de outras empresas coletoras de lixo que participaram da licitação em que a empresa de

João Barreto saiu vencedora. Eles estavam guardados numa garagem da WKR, num terreno no bairro Sarapuí, comprovando que a licitação era viciada e dirigida para a vitória da WKR.

Se prevalecesse a proposta dos advogados de Zito, o processo seria enviado à 59ª DP para fazer novas diligências, ouvir testemunhas e suspeitos e encaminhar uma nova denúncia à Justiça. Com o passar do tempo, Zito acabaria absolvido, pois, no Direito, existe o instituto da prescrição, que configura um perdão da sociedade a um criminoso que não chegou a ir a julgamento. A prescrição é proporcional à pena a que o acusado seria condenado. No caso de homicídio, por exemplo, se o acusado não for julgado em 20 anos após o crime, a pena prescreve e ele estará liberado. Essa foi a técnica utilizada por Tenório Cavalcante para impedir que o ex-tenente Bandeira fosse a júri popular pela morte de um bancário, crime que ficou conhecido como a “Tragédia da Rua Sacopã”.

n A Câmara de Caxias pro-move no próximo dia 8 uma sessão solene para comemorar o Dia Internacional da Mulher, em que o Legislativo rende as homenagens devidas àquelas mulheres que não se contentam apenas em pilotar um fogão, mas participam ativamente da vida política da cidade e do País.

Embora a festa faça parte do calendário de Caxias, nossos vereadores estão sem disposição para indicar as suas homenage-adas. Na sexta-feira (26/02), a maioria dos edis ainda não ha-via apresentado os projetos de indicações, que deverão ser sub-metidos às comissões perma-nentes antes de serem levados ao plenário para aprovação.

Sem cumprir esse ritual, ne-nhuma mulher pode ser convi-dada para a cerimônia, nem a direção da Câmara pode mandar preparar o indispensável diplo-ma, muito menos expedir convi-tes para as autoridades, como é de praxe nessas ocasiões.

n A turma da Grande Rio está comemorando seu terceiro título de vice-campeã do Sambódromo com um gostinho especial: conseguiu superar a valente e bem organizada Beija-Flor. A vitória da tricolor caxiense lembrou os áureos tempos de Eurico Miranda à frente do Vasco. Quando os repórteres perguntavam qual a tabela do próximo campeonato de futebol, ele ajeitava o suspensório, dava uma longa baforada do seu indefectível charuto e avisava: só falta decidir quem será o Vice.

n Por falar em Eurico, a Unidos da Tijuca, comandada pela colônia portuguesa, foi campeã com méritos, mas o Duque de Caxias, dirigido pelo filho do ex-presidente do Vasco da Gama, fez um papel ridículo na Taça Guanabara. O Duque de Caxias foi formado com os excedentes do Vasco, na época em que o ex-deputado mandava na Federação de Futebol do Estado do Rio. Sem o “olho clínico” do cartola vascaíno, o Duque de Caxias não conseguiu ganhar nada desde 2008, ano último do governo de Washington Reis, que deu o “Marrentão” de presente para o time de Eurico.

alberto ellobo, 2/12/09

n A situação do transpor-te público em Nilópolis está caótica. A única em-presa que faz a ligação da cidade com o Centro do Rio de Janeiro está pra-ticando uma série de ir-regularidades e nenhuma autoridade faz nada, nem mesmo o Ministério Públi-co. A Turismo Trans1000, que explora as linhas 478, 003, 131, 127 e 516, está operando com ônibus que sequer foram vistoriados sem itens de segurança im-portantíssimos, como falta de extintores de incêndio

e janelas de emergência travadas. Não são raras as vezes em que os ônibus sofrem problemas mecâni-cos no meio das viagens, obrigando os passageiros a aguardarem até duas horas por uma nova condução. O que mais chama a atenção é a inércia do DETRO, que nunca faz operações contra essa empresa. Achar um fis-cal do DETRO em Nilópolis é a mesma coisa que achar vaca voando. É uma vergo-nha e um desrespeito com a população. Luiz Antonio Lopes - Nilópolis.

Você conhece “Q eim”?

n Qualquer pessoa que passa em frente à Câmara Municipal de Queimados tem a atenção despertada para a fachada da Casa Legislativa, que fica situada na Avenida Tinguá, 1.159, no bairro Nossa Senhora de Fátima. O letreiro da Câmara, onde está o Poder Legislativo da cidade, é o retrato do abandono e do re-laxamento. Ele está caindo aos pedaços e, justamente na composição da palavra que identifica o nome do município, estão faltando letras, enquanto uma letra encontra-se simplesmente de cabeça para baixo. Uma falta de respeito. Renata Souza - Queimados.

Faltou pouco para despencarn Um dia desses, o caminhão LFI-1643 (Belford Roxo/RJ) circulava tranqüila-mente pelo município da Baixada Fluminense trans-portando sacos contendo material reciclável. Não haveria nada anormal se os enormes sacos, colo-cados na carroceria, esti-vessem amarrados e um deles não ameaçasse cair do veícu-

lo. Durante o trajeto do cami-nhão, que passou, inclusive, pelo Centro, motoristas e pe-destres chegaram a se assustar com o que viam. Mas, até o fim da viagem, encerrada em um ferro-velho na Rua Ama-ral, bairro Areia Branca, todos se salvaram, incluindo o saco que, por muito pouco, não despencou. Álvaro Carvalho - Belford Roxo.

n Sou freqüentador da ca-choeira de Xerém e quero reclamar da sujeira que cons-tantemente toma conta do local. Como não há qualquer lixeira, o lixo acaba sendo jo-gado em vários lugares. Ele fica espalhado e até se acu-mula. Também é comum ver sinais de queimadas na área da cachoeira. Antônio Car-los Araújo Rodrigues – Du-que de Caxias.

Ciclista olha assustado para a carga do caminhão. Um dos sacos quase o derrubou na Estrada Retiro da Imprensa

Desordem pública■ A fotografia mostra como a prefeitura oficializou a “ban-dalha” em Duque de Caxias. O flagrante foi feito na Praça Roberto Silveira, mostrando um automóvel com o adesi-vo “Duque de Caxias - Quem ama cuida” estacionado em local proibido. O tal plástico parece servir como passapor-te para a bagunça, contra-riando o “choque de ordem” que o Prefeito Zito disse va-ler para todos. O Secretário Filé (Serviços Públicos) e a Guarda Municipal, no entanto, rezam em outra cartilha, fazendo vista grossa às ordens do “chefe”. A Prefeitura deveria, assim, mandar fazer plásticos para toda a população, por uma questão de justiça e não haver privilégios. Heloisa Ramos - Duque de Caxias.

n A linha de ônibus Hos-pital Infantil / Gramacho, da empresa Santo An-tônio, está me deixando revoltada. Os coletivos demoram muito a passar, às vezes mais de meia hora. Cadê a fiscalização? Cristina da Conceição - Duque de Caxias.

n O vereador Samuquinha não compareceu à audiência marcada para o último dia 17, na ação movida pelo PMDB, que acusa o irrequieto vereador de abandonar o partido sem justa causa, além de apresentar à Justiça documento irregular de desligamento do partido. Agora, Samuquinha pode ser condenado à revelia e perder o mandato.

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COPACABANA: Igualdade somente no nomeFotoS: alberto ellobo

n De natureza indígena, a pa-lavra Copacabana, originária de “kupa kawana”, significa “lugar luminoso” ou “praia azul”. Já, segundo outras fon-tes, o termo quer dizer “vista do lago”. É provável que, por qualquer um desses significa-dos, a palavra tenha sido es-colhida para nomear o bairro onde está a praia mais famosa do Brasil, parada obrigatória dos turistas que chegam ao Rio. Eles, porém, sequer sonham que, a muitos quilômetros de distância da rica e brilhante “princesinha do mar”, existem outros três lugares chamados Copacabana. O nome é o mes-mo, mas a realidade, comple-tamente diferente.

Os “xarás” do carioca co-nhecido internacionalmen-te são bairros que ficam em Duque de Caxias, São João de Meriti e Queimados. Seus moradores até se orgulham do nome, mas não podem fa-zer o mesmo em relação a cada lugar. Na Copacabana da Zona Sul, a orla marítima, o calçadão que se tornou car-tão postal, a bela paisagem das montanhas, os lindos edifícios, como o Hotel Copacabana Pa-lace, e a eficiente prestação de serviços públicos proporcio-nam a quem vive lá conforto e bem-estar. Enquanto isso, na Baixada Fluminense, a po-pulação, que nada tem a ver com o alto poder aquisitivo da maioria dos habitantes do bair-ro do Rio, possui poucos mo-tivos para comemorar e, sim, razões para reclamar.DUQUE DE CAXIAS - Se, em vez da “princesinha do mar”, os turistas fossem ,0pas-sear pelas Copacabanas da Baixada, a primeira parada seria em Caxias. Na Copaca-bana caxiense, encontrariam serviço precário de linhas de ônibus – apenas duas (Hospi-tal Infantil-Gramacho e Cen-tral-Gramacho), que demoram a passar -, lixo nas ruas, som alto, iluminação ruim, poeira, esgoto a céu aberto e alaga-mentos causados pelo trans-bordamento do Rio Jacatirão.

Glauco [email protected]

A 200 metros do rio, fica a residência do prefeito Zito, no vizinho bairro Doutor Laurea-no: “Nem parece que aqui se chama Copacabana. Não há conforto e sobram problemas na nossa porta.” – queixa-se João de Assis, morador da Avenida Visconde de Cairu.SÃO JOÃO DE MERITI - No decorrer do percurso, os visitantes iriam a São João de Meriti, onde também não gostariam de nada. No homô-nimo bairro meritiense, eles iriam se deparar com a falta de ação pública, como acontece na Rua Doutor Brasil Valério. Falta de calçamento e de água, buracos, esgoto entupido, lixo e deslizamentos fazem parte da rotina da população. Nas chuvas de dezembro, algumas barreiras foram abaixo. Até hoje, os moradores esperam a prefeitura levar os montes que tomam conta da Doutor Brasil Valério e da Rua Dona Isa: “A prefeitura fala que não tem veículo, nem mão-de-obra para carregar esse entulho. Pa-gamos IPTU e é isso aí. É um absurdo”, reclama Jorge Antô-nio da Rocha.QUEIMADOS - A última parada do “passeio turístico” seria em Queimados. E, por lá, o visual e as “atrações” não seriam outros. Na Copacabana do município, falta saneamen-to e pavimentação em várias ruas, o mato e o lixo estão por toda parte, valas atraem bichos e insetos e há proble-mas de água e de iluminação. Na Estrada Rio D´Ouro, ma-nilhas abandonadas demons-tram que algum serviço ficou na promessa. “Continuamos esperando que o Max Lemos (prefeito) melhore a Rua Ita-pajé, que não tem nada”, pede a moradora Sandra Filgueira.

“Aqui é cheio de mato, mas é Copacabana. De noite, fica uma escuridão e tenho que acender a lâmpada do quintal para iluminar a rua. Quando chove, o lamaçal toma conta, mas é Copacabana. Nós so-mos chiques de doer”, conclui a dona-de-casa Tânia Cristina da Silva, de 75, que reside na Rua Itaperava.

EnQUAnTO A COpACABAnA famosa apresenta belo visual, com destaque para a orla marítima e os prédios da Avenida Atlântica, na Baixada, é comum ver nos bairros Copacabana de Caxias, São João de Meriti e Queimados um cenário de abandono e descaso. É o que acontece na Rua Epitácio pessoa, em Meriti, onde faltam saneamento básico e pavimentação.

nO RIO, ônIBUS QUE ChEgAM ou saem do bairro trafegam por ruas asfaltadas, limpas e sinalizadas, como a Barata Ribeiro, e não falta condução para os usuários. Já em Meriti, os coletivos circulam por vias sem calçamento e sem sinalização, como na Rua Doutor Brasil Valério. Moradores reclamaram que os ônibus demoram a passar e que não há abrigos para os passageiros.

O RIO JACATIRÃO, EM CAXIAS, se transforma em opção de lazer para muitos jovens quando enche após uma chuva forte. Eles aproveitam para mergulhar e nadar no rio. Enquanto isso, na Copacabana carioca, adultos e crianças se descontraem tomando banho na praia mais famosa do Brasil e um dos seus principais pontos turísticos.

nAS CAlçADAS DO BAIRRO DA ZOnA SUl, não faltam bons bares e espaço para amigos se reunirem para beber, conversar e curtir uma música ao vivo. Mas na Copacabana de Meriti, por exemplo, os amigos têm que se contentar em sentar na porta do pequeno bar. Bem em frente, não há calçada e, sim, um esgoto que corre a céu aberto, exalando mau cheiro.

nA RUA ITApAgÉ, em Queimados, moradores reclamam que a coleta de lixo precisa ser feita mais vezes. Em outros pontos do bairro, sacos com detritos também ficam espalhados, provocando cheiro desagradável e proliferação de ratos, baratas e mosquitos. Já na Zona Sul do Rio, o cuidado com o recolhimento do lixo é redobrado e lixeiras são levadas para a areia da praia.

MOnTES DE BARRO TOMAM COnTA das ruas na Copacabana de Meriti. A prefeitura alega não ter veículo para retirar o material, resultado de deslizamentos de encostas ocorridos em dezembro. Segundo os moradores, a empresa responsável pelo recolhimento de lixo estaria cobrando para levar o barro. Já na praia, a areia se transforma em diferentes formas de fazer arte.

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n No cargo há mais de 15 anos, o presidente da Unimed/Caxias, Edmon Gomes, e os diretores Os-many Mocco da Silva, Fernando da Silva Moreira e Walter Luciano Pereira Reguengo, entre outros, estão com seus bens in-disponíveis por causa de suspeitas de irregularida-des na administração da cooperativa. Em 2007, foi instaurado o inquérito po-licial nº 330, que apurou indícios de estelionato, supressão de documen-tos, emissão de duplicata, apropriação indébita e for-mação de quadrilha.

“O Dr. Edmon desres-peitou a lei. Ele comprou a Cotefil, a Oncotech, a Fisiomed e vários labora-tórios em nome de pessoa física. Como presidente da Unimed/Caxias, ele não pode ajudar a clínica de sua propriedade a fatu-rar e colocar a conta para a Unimed pagar. O mais grave é que as contas mé-dicas apresentadas à ope-radora pela Cotefil eram auditadas pela esposa do presidente, Sonia Maria.” – contestou o médico An-tônio Misael Lustosa Pi-res, um dos fundadores da cooperativa.

A médica Sonia Maria Gomes Garcia também é membro da empresa e acio-nista do hospital. Além da esposa de Edmon, a irmã dele, Edna Cássia da Sil-va, sobrinhos e cunhados também fazem parte do esquema de favorecimento financeiro.

“Em 2007, foi divulgado em assembléia um

balancete com um lucro de R$ 400 mil. Mas, na verdade, a operadora de saúde tinha um

prejuízo em torno de R$ 4 milhões.”

Enio Clapp

Rombo da Unimed/Caxiassupera os R$ 40 milhões

n Em vez de proteger o consu-midor, a Agência Nacional de Saúde Suplementar encontrou um jeito de ajudar no golpe que resultou no fechamento da Unimed/Caxias, deixando para trás um rombo que pode supe-rar a casa dos R$ 40 milhões, além de prejudicar cerca de 250 médicos e quase 17 mil as-sociados. Desde 2008, a opera-dora de saúde de Caxias esta-va sob intervenção da ANS, autarquia que deveria zelar pelos direitos do consumidor e a segurança das empresas de seguro-saúde. O interven-tor nomeado pela ANS, Hélio de Souza Magheli, diante dos descalabros da administração da cooperativa, exigiu um pla-no de recuperação econômi-co-financeira e a rescisão dos contratos de prestação de ser-viços com as empresas Cotefil, Fisiomed e Oncotech, todas controladas pelo presidente da Unimed/Caxias, o médico Ed-mon Gomes da Silva Filho, ou por seus familiares.

Como o plano de recupe-ração não foi apresentado, o interventor da ANS propôs a liquidação extrajudicial da Unimed/Caxias.Com essa me-dida, o registro da operadora de saúde na Agência Nacional de Saúde foi automaticamen-te cancelado e, no decorrer do processo, serão apurados ativos e passivos da agora ex-operadora. Caso não existam recursos financeiros ou imo-biliários que garamta, o passi-vo apurado, competirá a ANS requerer à Justiça a falência/insolvência civil da cooperati-va. Para tanto, os bens pessoais dos sócios-cooperativados po-derão ser bloqueados e torna-dos indisponíveis.

Presidente da cooperativa é investigado por formação de quadrilha e estelionato

FotoS: alberto ellobo

FotoS: alberto ellobo

Alberto Marques (especial)[email protected]

Anne [email protected]

“O Dr. Edmon desrespeitou a lei. Ele comprou a Cotefil, a

Oncotech, a Fisiomed e vários laboratórios em nome de pessoa

física.”

Antônio Misael Lustosa

n Além de se apropriar da carteira de associados, a Uni-med/Rio ainda conseguiu junto à Agência Nacional de Saúde Suplementar que os antigos beneficiários somente terão cobertura por 60 dias, a contar de 08/02/2010. Assim mesmo, se firmarem contrato com a operadora carioca, que reajustou os antigos planos em mais de 200%.

Um dos segurados da Uni-med/Caxias, o empresário Stélio João da Silva Lacerda enviou uma carta a ANS, re-clamando do comportamen-to inamistoso da Unimed/Rio. Num lacônico comuni-cado, a entidade comunicou ao empresário que ele teria 30 dias para aderir ou não a um novo plano de saúde da carteira da Unimed. Por

mera cortesia, não haveria carência, mas, vencido o prazo fatal, ele seria desli-gado do plano da Unimed/Caxias.

Stélio explicou que, no seu plano de saúde, contra-tado em 1999 para o pró-prio e sua mulher, nascida em 1957, eram pagos cerca de R$ 500,00 à Unimed/Ca-xias, valor que vigoraria por

apenas dois meses (feverei-ro e março). Em abril, entra-rão em vigor os novos valo-res e o casal passará a pagar quase R$ 1.600,00 por mês. Como nenhuma operadora aceita suspender a carência habitual para os clientes da Unimed/Caxias, Lacerda está sendo obrigado a aderir ao plano da Unimed/Rio, o que é ilegal.

A omissão da ANS na defesa dos associados

Beneficiários são informados sobre o fim do funcionamento da operadora de saúde

José Briozo orienta os cooperados a entrar com ação na Justiça

A Unimed/Caxias deve R$7 milhões ao Hospital Cotefil

n Para mais de 200 médicos cooperados, alguns sem re-ceber por serviços prestados há mais de um ano, a falên-cia da Unimed/Caxias foi uma desagradável surpre-sa. Um relatório da Bauer Auditores, responsável pe-las auditorias realizadas na empresa, revela que, desde 2005, a cooperativa opera com capital circulante nega-tivo. Mas, nas assembléias de cooperados, nunca foi apresentado um relatório in-formando a real situação.

“A Bauer e a ANS sabiam das condições financeiras e jurídicas da Unimed/Caxias. Os únicos que não tinham conhecimento eram os médi-cos cooperados. O Conselho

Administrativo apresentava dados satisfatórios, mas fal-sos. Em 2007, foi divulgado em assembléia um balancete com um lucro de R$ 400 mil. Mas, na verdade, a operadora de saúde tinha um prejuízo em torno de R$ 4 milhões.” – denuncia o conselheiro fiscal Enio Clapp.

A dívida fiscal da Uni-med/Caxias está em torno de R$ 24 milhões. Já com o Hospital Cotefil, o débito é de R$ 7 milhões e com a Oncotech, de R$ 3 milhões. A operadora deve também a fornecedores e prestadores de serviços. Em reunião na Câmara de Vereadores, se-tenta médicos cooperados assinaram um documento

firmando a intenção de pro-cessar os administradores. Eles vão questionar essas irregularidades para tentar anular todos os atos admi-nistrativos ocorridos.

O advogado José Briozo da Silva, que representa os conselheiros fiscais, ressal-ta a importância de o coo-perado ingressar com ações na Justiça para comprovar a existência de malversa-ção de recursos, improbi-dade administrativa, dolo ou fraude, se for o caso: “É importante esclarecer que as ações são individuais e ob-jetivam anular os efeitos das deliberações tomadas pela assembléia geral.” – disse o advogado.

Médicos de Caxias enganados pela Unimed

10 | FEVEREIRO/MARÇO DE 2010 FEVEREIRO/MARÇO DE 2010 | 11

ARtE: ALBERtO ELLOBO (9320-1379)

n 5 DE MARçO - FRIZILÉIA - Uma esposa à beira de um ataque de nervos! Horário: 19h. Apresentação gratuita. Não recomendado para menores de 12 anos

n 7 DE MARçO - CONEXÕES URBANAS (Show) - AFROREGGAE e FURACÃO 2000. Horário: 16h. Apresentação gratuita.

n 13,14, 20 E 21 DE MARçO- OS BACKYARDIGANS - O MUSICAL (Infantil).Sábado e Domingo, às 16h. R$ 14 (inteira) e R$ 7 (meia). Classificação Livre.- PLANTÃO DE NOTÍCIAS - Sábado, às 20h e Domingo, às 19h. R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia). Não recomendado para menores de 12 anos. n 20 E 21 DE MARçO - COMO PASSAR EM CONCURSO PÚBLICO. Sábado, às 20h e Domingo, às 19h. R$ 30 (inteira), R$ 20 (antecipado) e R$ 15 (meia). Não recomendado para menores de 12 anos. n 27 E 28 DE MARçO- O CIRCO TRELOSO. Sábado e Domingo, às 16h. R$ 12 (inteira) e R$ 6 (meia). Classificação Livre.- MULHERES SOLTEIRAS PROCURAM. Sábado, às 20h e Domingo, às 19h. R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia). Não recomendado para menores de 16 anos.

n Queimados recebeu o vice-governador Luiz Fernando Pezão e o presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), de-putado Jorge Picciani, no dia 22 de fevereiro. A visita teve como objetivo o lançamento de uma série de intervenções no município, visando à am-pliação da oferta de água tra-tada a 15 bairros, benefician-do 100 mil habitantes. Na primeira fase de implantação do reservatório, o abasteci-mento chegará aos morros da Caixa D´Água e São Simão e à comunidade de Grande Rio.

Estão sendo investidos R$ 1,4 milhão oriundos da parceria entre o governo do estado, a Companhia Estadual de Água e Esgoto (Cedae) e o governo federal, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Abandonado há mais de duas décadas, o reser-vatório de 2,3 milhões de litros recebeu o nome de Nerval Máximo da Costa, em homenagem a um sau-

doso funcionário da Cedae. Neste empreendimento, fo-ram feitas 613 ligações do-miciliares, assentados cinco quilômetros de rede de dis-tribuição e implantada uma elevatória.

Segundo o vice-governa-dor e secretário de Obras do estado, Luiz Fernando Pezão, Jorge Picciani tem

grande participação no pro-cesso de crescimento da Cedae. “A Alerj vetou to-talmente um projeto absur-do de privatizar a Cedae. Pegamos um cenário de sucateamento. Quando as-sumimos o governo, só três municípios tinham convê-nio com a Cedae. Agora são 52”, destacou Pezão.

AGeNDA CuLTuRALSAÚDe & BeLeZAMais água para Queimados

n A construção do sistema de abastecimento de água de Japeri vai começar após o pro-cesso de desapropriação de terrenos, que encontra-se em andamento, e deverá ser con-cluída até dezembro de 2010. Foi o que anunciou o diretor-presidente da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae), Wagner Victer, du-rante a inauguração do re-servatório em Queimados. O sistema terá uma estação de tratamento de água com ca-pacidade para 150 litros por segundo, elevatória de água

tratada, adutora, reservatório de cinco mil metros cúbicos, entre outros. A obra beneficia-rá cerca de 50 mil habitantes.

A iniciativa é fruto de par-ceria entre o governo fede-ral, através do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o governo do estado do Rio de Janeiro e a Prefeitura de Japeri: “Estamos traba-lhando com o governador Sérgio Cabral para trazer mais benefícios para nossa popu-lação. Já realizamos obras de esgoto, drenagem e pa-vimentação de diversas

ruas, mas outras obras vi-rão. É só o começo”, desta-cou o prefeito Timor (foto).

Reservatório beneficiará 15 bairros da regiãoSCerJ/SHaNa reIS

Japeri ganhará sistema deabastecimento de água até dezembro

PolIaNa CaMPoS

PRogRAMAção

Começa a temporada no Raul Cortez

A venda de ingressos antecipada é de quarta a sexta-feira, das 14h às 19h. Aos sábados, das 9h às 20h, e aos domingos, das 14h às 19h. Outras informações poderão ser obtidas pelo telefone 2771-3062. O Teatro Raul Cortez fica na Praça do Pacificador, no Centro de Duque de Caxias.

O deputado Jorge Picciani (E), o prefeito Max Lemos,e o vice-governador Luiz Fernando Pezão

n Durante a inauguração do reservatório de Queima-dos, o vice-governador Luiz Fernando Pezão anunciou que o projeto de construção

de uma estação ferroviária no bairro Jardim Delama-re, em Japeri, já está inclu-ído no plano de obras do Governo do Estado.

O local fica entre as estações de Queimados e Engenheiro Pedreira. A obra poderá beneficiar cerca de seis mil pessoas.

Estação Ferroviária no Jardim Delamare

n A busca incansável por um corpo bonito tem uma nova receita: ração huma-na. Você sabe o que é isso?

Ração humana é um com-posto com diferentes tipos de ingredientes ricos em fibra - todos em pó e natu-rais. Ela controla colesterol e diabetes, aumenta a resis-tência orgânica, regula o in-testino e ajuda na desintoxi-cação do organismo.

A utilização da ração hu-mana auxilia no emagreci-mento, já que tem a função de estabilização do sistema digestivo e diminui a absor-ção da gordura. É importan-te destacar que a ração hu-mana tem o efeito de perda de peso, desde que sejam feitos exercícios físicos.

Segundo o nutrólogo da UNIFESP, Mauro Fisberg, e a nutricionista da USP, Sô-nia Tucunduva Philipi, para quem tem uma alimentação equilibrada durante o dia,

a substituição do café da manhã por três colheres de sopa da receita misturadas ao leite ou suco - feita por quem tem uma alimentação equilibrada durante o dia - não faz mal à saúde e pode enriquecer a dieta.

Os especialistas alertam que as pessoas não devem se alimentar somente dessa mistura, nem exagerar na quantidade usada. Eles re-comendam ainda que pes-soas com doenças crônicas,

como diabetes e hiperten-são, tomem cuidado. Elas devem eliminar o açúcar mascavo, o guaraná em pó e o cacau.

SAibA o quE é “rAção humANA”

APRENDA A PREPARAR

500g de soja em pó 500g de farelo de trigo 500g de farelo de aveia 100g de gergelim 100g de linhaça dourada 100g de guaraná em pó 100g de levedo de cer-veja 100g de gérmen de trigo 100g de açúcar mascavo 100g de gelatina sem sabor 100g de quinua 100g de cacau em pó 100g de farinha de mara-cujá

lEMBREM-SE QUE o emagrecimento não é restrição e diminuição brusca de alimento. É um con-trole e um equilíbrio alimentar ao longo do dia. - Patrícia Nascimento ([email protected])

12 | FEVEREIRO/MARÇO DE 2010

n Segundo esporte mais praticado no mundo, de acordo com pesquisadores, perdendo apenas para o fu-tebol, o rugby ainda não é muito difundido no Brasil. Mesmo assim, a modalida-de jogada com bola oval e as mãos tem seus adeptos e representatividade na Bai-xada Fluminense. De Nova Iguaçu, o Maxambomba Rugby Clube é uma das quatro equipes já exis-tentes na região, que conta ainda com o Ita-guaí, da cidade do mes-mo nome, o Universida-de Rural, de Seropédica, e o Império Rugby Club, de Duque de Caxias.

Fundado em abril de 2008 a partir de uma idéia do jovem Vítor Magalhães, de 22 anos, atualmente o presidente do time, o Ma-xambomba - nome de um rio que depois daria nome ao território onde está o município de Nova Iguaçu – conta com 32 jogadores e vem se preparando para o Campeonato Estadual da Série B. Todas quartas-fei-ras e aos sábados, os trei-namentos são intensos, no campo de futebol da Vila Olímpica da cidade. O treinador é Bruno Oliveira, também jogador.

De acordo com Vítor, que jogava basquete pelo Vasco da Gama, a intenção de criar o Maxambomba surgiu ao ver uma parti-da de rugby pela televisão. Imediatamente, ele levou a idéia a um grupo de amigos. Ninguém conhecia a mo-dalidade, mas, após alguns

encontros e a ajuda de um experiente praticante que ensinou fundamentos e re-gras, o time estava formado. Em dezembro de 2009, o Maxambomba Rugby Club, que adotou a cor laranja, em homenagem a Nova Iguaçu, sagrou-se campeão do Tor-neio Rosa dos Ventos, dis-putado em Jacarepaguá. O jogador mais novo é o asa Ariel Corrêa, de 16 anos, e o mais velho Hugo Luz, de 37, que joga na posição pi-lar. A maioria dos jogadores mora na cidade, enquanto os outros moram em Belford Roxo, Mesquita e São João de Meriti.

“Eu jogava basquete, mas já pensava em partir para outro esporte, quando me inspirei no que vi pela tv. Foi de repente. Nenhum de nós sabia jogar rugby, não entendia nada. Mas, com o apoio de um amigo chama-do Marcelo, aprendemos e

estamos aí.” – orgulha-se Vítor, que, além de dirigen-te, joga como avançado.

Além da prefeitura, que cede o campo da Vila Olím-pica, ele recebe o apoio do Corpo de Bombeiros local. Mas, ainda sem patrocina-dor, a equipe se mantém com a mensalidade de R$ 10 paga por cada jogador. O Estadual da Série B vai co-meçar no dia 20 de março, mas a equipe fará sua estréia somente na 2ª etapa. No dia 13 de março, o Maxambom-ba jogará um amistoso con-tra o Tamoios, de Ricardo de Albuquerque, no campo do Corpo de Bombeiros do município. O Tamoios, o Império e o Universidade Rural estão entre os adver-sários do laranja iguaçuano na competição.

Principal pontuador do Maxambomba, o asa Leo-nardo Alves, o Léo, de 32, explica que, para a sua posi-

ção, é fundamental, ter velo-cidade e bom preparo físico: “O asa tem que ter força fí-sica e velocidade, porque o jogador dessa posição tem que ser o primeiro a che-gar lá na frente para fazer o ponto.”, diz ele, que sonha em levar o esporte para as escolas: “Preciso levar o rugby para as escolas. Vou preparar um projeto sobre sua história e sugerí-lo no Programa Mais Educação.”, finaliza ele, que é formado em Tecnologia da Informa-ção e está desempregado.

Entre os 32 atletas do time, há uma mulher, Már-cia Magna, de 27. Leva-da por Léo há três meses, ela apenas treina com os homens: “Jogava futebol feminino, mas o rugby me cativou e não pretendo deixá-lo tão cedo. O forte contato físico não me pre-ocupa.”, garante ela.

Maxambomba, de Nova Iguaçu, é uma das forças do esporte na região

Rugby também conquista a Baixadaalberto ellobo

n O rugby surgiu na In-glaterra em 1823, a par-tir de uma dissidência de jogadores de futebol que também queriam jogá-lo com as mãos. Em 1871, foi criada, em Londres, a Rugby Football Union (RFU), primeira entidade controladora do esporte no mundo. Cada parti-da é disputada por duas equipes de 15 jogadores, sendo oito avançados e sete alternando entre de-fesa e ataque, em dois tempos de 40 minutos.

O objetivo é marcar pontos fazendo o “try”, ou seja, colocando a bola oval com a mão após a linha de fundo. Pode-se pontuar, também, através do “chu-te de conversão”, feito na direção da armação em forma de H. Durante o jogo, a bola somente pode ser passada para trás ou para o lado. Se o passe for para a frente ou ela cair, é marcada falta (tackle) para o adversário. Ocorre outra situação de falta quando um jogador é derrubado.

O esporte é praticado em um campo com as mes-mas dimensões do campo de futebol (100 x 70). Em cada jogo, é necessário um árbitro de campo, dois auxiliares e um de vídeo, para esclarecimento de dúvidas. Por ser uma mo-dalidade de forte contato físico, os jogadores tem que usar protetores, como o bucal, o de peito e om-bros, além do capacete. A Nova Zelândia é a maior potência do rugby e o Bra-sil ocupa o 30º lugar no ranking mundial.

Esporte comorigem bretã

Glauco [email protected]

O presidente e jogador Vitor Magalhães (em pé, à direita) posa com a equipe