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Jornal Realidade | 1 Janeiro | 2016 Edição 211 - Ano XIX - Janeiro de 2016 - Paróquia Sagrado Coração de Jesus - PSCJ - Formiga-MG - Diocese de Luz JORNAL REALIDADE Que o Ano Novo não seja só mais um ano a ser cumprido! O Ano da Misericórdia: o ano Jubilar Maria, Mãe de Deus Como todos os outros, também este é um tempo de Deus. É Ele que nos dá como presente e desafio, como graça e caminho, como ideal e mistério, ao mesmo tempo, mais 365 dias de vida. E agora, vivendo o início de mais um ano, temos como desafio: viver a misericórdia onde quer que estejamos, seja na família, no trabalho, na igreja ou na rua. Deus se apresenta como o Senhor do tempo e da eterni- dade. Não há presente melhor que Deus nos poderia dar do que mais um ano de vida. O início de um novo tempo é sempre um convite a uma revisão de rumos tomados e buscar novo posicionamento diante do futuro. Somos o centro da ação de Deus. Por meio de cada um de nós, Ele quer realizar seu projeto de vida plena para o ser humano. Precisamos educar nossos filhos para o esforço da misericórdia, super- ando os preconceitos, o desprezo e a dureza dos corações. Tenhamos como meta e objetivo, a partir deste primeiro mês do ano, que a misericórdia consiga vencer o ódio e o egoísmo. Que o amor de Cristo nos sustente, e a proteção de Santa Maria, Mãe de Deus, nos dê segurança em nossa caminhada. Um abençoado Ano Novo! O Papa Francisco convidou os católicos e pessoas de boa vontade para celebrarem um Ju- bileu Extraordinário da Misericórdia, de 08 de dezembro de 2015 a 20 de novembro de 2016. Mas o que é um Jubileu? “É um tempo que nos faz ouvir aquela linguagem vigorosa que Deus usa, na sua pedagogia de salvação, para impedir a pessoa à conversão e à penitência, princípio e caminho para a amizade com Deus”. Inspirado e fundamentado na Sagrada Escritura, o Ano Jubilar era cel- ebrado a cada cem anos. Atualmente, é celebrado a cada vinte e cinco anos. Mas o Papa tem o poder de convocar anos jubilares extraordinários. É o que fez o Papa Francisco. “Decidi proclamar um Jubileu Extraordinário que tenha, no seu centro, a misericórdia de Deus. Será um Ano Santo da Misericórdia.” Estamos acostumados a olhar para Deus com medo, afastados Dele, de- ixando de fazer a experiência maravilhosa de descobrir o quanto somos amados por Ele. “Deus quer que todos se salvem” (2 tm 2,4) rque “Ele é rico em misericór- dia (Ef 2,4)” Desde o início da Igreja, as comunidades cristãs re- conheceram em Maria de Nazaré a Mãe de Deus. Essa expressão Mãe de Deus em grego eotokos (aquela que gerou Deus) não existe no Novo Testamento. To- davia, nossa fé católica nos ensina a chamar a Mãe de Jesus, de Mãe de Deus. Usa- mos essa expressão em orações populares, por exemplo, quando rezamos a Ave-Maria, em solenidades litúrgicas, como a de Santa Maria, Mãe de Deus, celebrada no 1º dia de cada ano. Os antigos gregos e romanos perguntavam: Qual o nome dessa deusa? Maria. Responderam os cristãos que, em seguida, retificam: Maria gerou Deus, mas sem ser nenhuma deusa. Em 1917, encontrou-se nas areias do Egito um fragmento de papiro pro- veniente do Século III. Nele está escrita a mais antiga oração que se Conhece, dirigida à Nossa Senhora e,nela, a Mãe de Jesus é chamada, exatamente, de Mãe de Deus. Chamar Maria de Mãe de Deus é uma das maiores honras que podemos dizer a respeito dela. Nesta expressão existe não só um título, mas um mis- tério, uma espiritualidade, uma teologia, uma missão para toda a Igreja. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós.

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Jornal Realidade | 1Janeiro | 2016

Edição 211 - Ano XIX - Janeiro de 2016 - Paróquia Sagrado Coração de Jesus - PSCJ - Formiga-MG - Diocese de Luz

JORNAL REALIDADEQue o Ano Novo não seja só mais um ano a ser cumprido!

O Ano da Misericórdia:o ano Jubilar

Maria, Mãe de Deus

Como todos os outros, também este é um tempo de Deus. É Ele que nos dá como presente e desafio, como graça e caminho, como ideal e mistério, ao mesmo tempo, mais 365 dias de vida.

E agora, vivendo o início de mais um ano, temos como desafio: viver a misericórdia onde quer que estejamos, seja na família, no trabalho, na igreja ou na rua. Deus se apresenta como o Senhor do tempo e da eterni-dade. Não há presente melhor que Deus nos poderia dar do que mais um ano de vida.

O início de um novo tempo é sempre um convite a uma revisão de rumos tomados e buscar novo posicionamento diante do futuro.

Somos o centro da ação de Deus. Por meio de cada um de nós, Ele quer realizar seu projeto de vida plena para o ser humano.

Precisamos educar nossos filhos para o esforço da misericórdia, super-ando os preconceitos, o desprezo e a dureza dos corações.

Tenhamos como meta e objetivo, a partir deste primeiro mês do ano, que a misericórdia consiga vencer o ódio e o egoísmo.

Que o amor de Cristo nos sustente, e a proteção de Santa Maria, Mãe de Deus, nos dê segurança em nossa caminhada.

Um abençoado Ano Novo!

O Papa Francisco convidou os católicos e pessoas de boa vontade para celebrarem um Ju-bileu Extraordinário da Misericórdia, de 08 de dezembro de 2015 a 20 de novembro de 2016. Mas o que é um Jubileu?

“É um tempo que nos faz ouvir aquela linguagem vigorosa que Deus usa, na sua pedagogia de salvação, para impedir a pessoa à conversão e à penitência, princípio e caminho para a amizade com Deus”.

Inspirado e fundamentado na Sagrada Escritura, o Ano Jubilar era cel-ebrado a cada cem anos. Atualmente, é celebrado a cada vinte e cinco anos. Mas o Papa tem o poder de convocar anos jubilares extraordinários. É o que fez o Papa Francisco.

“Decidi proclamar um Jubileu Extraordinário que tenha, no seu centro, a misericórdia de Deus. Será um Ano Santo da Misericórdia.”

Estamos acostumados a olhar para Deus com medo, afastados Dele, de-ixando de fazer a experiência maravilhosa de descobrir o quanto somos amados por Ele.

“Deus quer que todos se salvem” (2 tm 2,4) rque “Ele é rico em misericór-dia (Ef 2,4)”

Desde o início da Igreja, as comunidades cristãs re-conheceram em Maria de Nazaré a Mãe de Deus. Essa expressão Mãe de Deus em grego Theotokos (aquela que gerou Deus) não existe no Novo Testamento. To-davia, nossa fé católica nos ensina a chamar a Mãe de Jesus, de Mãe de Deus. Usa-

mos essa expressão em orações populares, por exemplo, quando rezamos a Ave-Maria, em solenidades litúrgicas, como a de Santa Maria, Mãe de Deus, celebrada no 1º dia de cada ano.

Os antigos gregos e romanos perguntavam: Qual o nome dessa deusa? Maria. Responderam os cristãos que, em seguida, retificam: Maria gerou Deus, mas sem ser nenhuma deusa.

Em 1917, encontrou-se nas areias do Egito um fragmento de papiro pro-veniente do Século III. Nele está escrita a mais antiga oração que se

Conhece, dirigida à Nossa Senhora e,nela, a Mãe de Jesus é chamada, exatamente, de Mãe de Deus.

Chamar Maria de Mãe de Deus é uma das maiores honras que podemos dizer a respeito dela. Nesta expressão existe não só um título, mas um mis-tério, uma espiritualidade, uma teologia, uma missão para toda a Igreja.

Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós.

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EXPEDIENTE: Publicação externa, produzida pela Paróquia Sagrado Coração de Jesus – Equipe de Redação Editorial Pe. Ígor Valadão e Sílvia Jussiara Pereira, Colabora-dores: Agentes das comunidades, Pastorais e Movimentos. E-mail: [email protected]. Telefone: (37) 3321-2955. Jornalista responsável: Bernadete Seixas – Reg. MT11.274/MG – [email protected]. Projeto Gráfico e Diagramação: Alexandre Martins (37) 9132-1141 – Fotografias: Bernadete Seixas, Arquivos da Paróquia SCJ. Correção Ortográfica: Aparecida Guerra - Impressão: Gráfic’s (37) 3351-2623. Tiragem: 2.000 exemplares.

Queridos diocesanos, Paz no Senhor! Nossa Senhora da Luz e São Ra-fael nos protejam!

Como Igreja temos sido interpelados por fortes acontecimentos no cenário mineiro e internacional que desafiam nossa solidariedade cristã, e mesmo nosso sentimento humano. O Papa Francisco denuncia forte-mente na Exortação ‘‘Evangelho da Alegria’’, o que se chama a cultura da indiferença frente ao sofrimento alheio e nos convida a ser uma ilha de misericórdia. Aliás, diga-se a verdade, o que temos testemunhado é uma mobilização bonita da sociedade, de empresários, de entidades… de todas as partes do Brasil, tomando iniciativas de partilha.

E nós, Igreja que está em LUZ, como vamos nos comprometer?Há dois apelos para nós: o primeiro, de partilharmos num gesto con-

creto, em favor dos flagelados, refugiados, na COLETA DE NATAL. Não pode haver tempo mais oportuno! Nossa recém-criada Comissão Social de “Justiça e Paz”, reunida conosco e o novo Coordenador de Pastoral, lança uma campanha em dinheiro, em favor dos flagelados da Bacia do Rio Doce, cujos prejuízos presentes e futuros são imprevisíveis.

Um segundo apelo destes acontecimentos e da situação em nossa região é o que a próxima Campanha da Fraternidade vem trazendo: é promover-mos, em todos os cantos de nossa Diocese, uma séria reflexão, com ação, para crescermos na corresponsabilidade social, especialmente em relação ao Meio Ambiente. Como andam nossos rios e nascentes diante dos fortes investimentos do agronegócio de cana e eucalipto? Precisamos sim de investimentos, de trabalho, mas precisamos, sobretudo, garantir a sobre-vivência e futuro de nossas populações. Nossa equipe da Campanha está trazendo belas propostas para as comunidades. Aguardem!

Eis a seguir a nota que nós bispos de Minas e Espírito Santo ( Regional Leste 2), publicamos sobre a tragédia de Mariana( Bento Rodrigues):

‘‘Manifestamos a preocupação de todo Regional em relação à atuação das mineradoras nos estados de Minas Gerais e Espírito Santo’’. Não é a primeira vez que fatos alarmantes com esse vêm acontecido, ceifando vidas, além de destruir, indiscriminadamente, a ‘‘casa comum’’ o meio ambiente.

O Papa Francisco, em sua encíclica Laudato Si, N°. 25, diz ‘‘Infeliz-mente, verifica-se uma indiferença geral perante estas tragédias, que estão acontecendo agora mesmo em diferentes parte do mundo’’. A falta de rea-ções diante destes dramas dos nossos irmãos e irmãs é um sinal da perda do sentido de responsabilidade pelos nossos semelhantes, sobre o qual se funda toda sociedade civil.

Esperamos que as autoridades investiguem essa tragédia em conformi-dades com a lei apontem os responsáveis, socorram as vítimas e promo-vam soluções preventivas para que não ocorram mais dramas desse tipo, que tiram vidas e geram danos irreversíveis à natureza.

‘‘Expressamos nossa proximidade orante e nossa solidariedade para a população atingida e votos de que a justiça seja feita para que novas ca-tástrofes não venha acontecer em nosso meio’’.

Um coração misericordioso é um coração que partilha! Deus nos aben-çoe e nos guarde de todo mal, e nos faça promotores de solidariedade, justiça e paz!

Dom José Aristeu Vieira Bispo de Luz

Um Coração Misericordioso é umcoração que partilha

Retrospectiva 2015 da Paróquia Sagrado Coração de Jesus

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Jornal Realidade | 3Janeiro | 2016

Dízimo é oferta na comunidadeTeu dízimo

(Hino ao dízimo)Teu dízimo é oxigênio vital na comunidade.Teu dízimo é permanente sopro de vida circulando entre os irmãos.Teu dízimo são pequenas gotas que juntas enchem o cálice da Igreja em festa.Teu dízimo são lagrimas recolhidas que diminuem o choro ao Teu redor.Teu dízimo são pétalas brancas que voam para o céu alegrando teu mundo.Teu dízimo são pérolas eternas que os anjos recolhem e te devolverão quando chegares ao céu.Teu dízimo são contas de um rosário de louvor e agradecimento.Teu dízimo é vida!Reparte a vida, enriquece a vida que te deu o Pai de toda a Vida. Mantém sólida esta corrente que te levará a ouvir: “Vem, bendito demeu Pai, pois tive fome..., tive sede, estava nu... e tu fizeste presente...”Amém

Que tal esta definição? Gostou? Sim, é linda e cheia de conteúdo. Deus não pode estar ausente na família, aliás, uma casa não pode fi-car o dia todo sem oração. Vou repetir: uma casa não pode ficar o dia todo sem oração, sob pena de ser pre-sa fácil do mal. E, o que é ser presa do mal? É absor-

ver veneno conforme já falado atrás, bebendo com sofreguidão o lixo e as baboseiras instiladas por certos programas de televisão, internet e outras fontes do mal.

Assim sendo, enquanto estamos trabalhando, quer seja limpando a casa, fazendo a comida, passando roupa etc., nosso pensamento deve-se elevar para Deus, agradecendo-lhe aquele momento, pedindo-lhe perdão dos pe-cados cometidos e forças para a caminhada. A mulher, geralmente, é o para-raios que impede que as forças do mal dominem o seu lar, e ela con-segue essa proeza com jaculatórias constantes, como “Jesus, tem piedade de nós”, “Jesus, abençoa meus filhos”, “Jesus, misericórdia”, “muito ob-rigado, meu bom Deus” etc.

Estando, assim, Deus presente, o pão também não faltará. Num extremo de falta de comida, a família toda, abraçada, unida, deve implorar, suplicar a Deus o pão, e a providência divina não deixará que eles passem neces-sidade. O milagre acontecerá e o alimento aparecerá!

Essa casa abençoada, onde Deus está presente, não será atingida pelo espectro da fome e do desamor. Se faltar, contudo, o amor, Deus também sairá desse convívio, e sem Deus e sem amor, acabará, por sua vez, o pão.

Estejamos entusiasmados com a nossa família e comecemos agora a sua transformação, e que Deus nos ajude nessa tarefa, neste novo ano.

Feliz 2016!Pastoral Familiar

Entre os dias 03 e 10 de dezembro, foi realizada mais uma Assembleia Pa-roquial. Durante os encontros houve momentos de reflexão e discussão das co-munidades.

De acordo com Padre Ígor Valadão, os presentes concluíram os trabalhos de 2015 e já definiram as metas e ações para 2016, respondendo às necessidades paroquiais, entre elas: a formação contínua nos diferentes âmbitos – Pastoral, bíblico e litúrgico; reanimar os setores, com a missão de arrebanhar pessoas af-astadas e ampliar, organizar e capacitar a Pastoral do Dízimo, estendendo-se aos agentes do dízimo e coordenadores de setores.

Padre Ígor ainda ressaltou que num esforço contínuo com passos largos, unidos e entusiasmados, será possível alcançar os objetivos e metas da paróquia.

A partir deste mês, estaremos us-ando uma linguagem simples, tirando dúvidas e fazendo esclarecimento para levar as pessoas a reconhecerem mel-hor a liturgia e assim celebrarem de modo consciente e pleno os mistérios de Cristo e a vida do povo.

Então: O que é liturgia, e qual é a sua origem?

Liturgia é a ação de um povo, reunido na fé, em comunhão com toda a Igre-ja, para celebrar o Mistério Pascal – morte e ressurreição de Cristo, presente na assembleia, oferecendo-se ao Pai como outro perfeito.

A nossa liturgia tem a sua origem na última ceia de Jesus com o grupo dos 12 apóstolos. Dela falam os evangelistas Mateus (26,26-28); Marcos (14, 22-25) e Lucas (22,19-20) e o apóstolo Paulo (I Cor. 11, 23-25). Eles ainda apresentam o pedido de Jesus. “Fazei isto em memória de mim.”

Para refletir:Podemos despertar maior amor à liturgia?De que modo?

No mês de dezembro, os alunos da escola de artesanato da Paróquia Sagrado Coração de Je-sus estiveram reunidos para uma confraterniza-ção e encerramento das atividades de 2015.

A turma estará de volta a partir do dia 11 de ja-

neiro, às 13h30, no Salão Paroquial. Na escola de artesanato, os alunos aprendem pintura, bordados, crochê e tricô.

Cantinho da FamíliaFamília cristã

Assembleia Paroquial

Alunos da escola de artesanato se despedem de 2015

NOTÍCIAS DA COMUNIDADE LiturgiaConheça mais para celebrar melhor

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Agenda do Mês de JaneiroSaiba defender sua féO que são Obras de Misericórdia?

No antigo Catecismo, aprendíamos os mandamen-tos, as Virtudes Teologais e Cardeais, os vícios capitais, pecados que bradam aos céus, e as Obras de Misericór-dia. Na catequese renovada, se falarmos de Obras de Misericórdia, alguém pode nos perguntar: O que é isso?

Nunca se falou tanto das Obras de Misericórdia como hoje em dia, só que se fala com termos diferen-tes. Hoje falamos de cidadania, solidariedade, direitos humanos, marginalização, menores de rua, moradores de rua, sem terra etc... E não se fala dos fundamentos de todos os trabalhos nessa direção.

As Obras de Misericórdia aparecem nos Evangel-hos (Mt 25,31-46), mas pode-se dizer que nascem do direito natural de toda pessoa. Não é assistencialismo ou coisa parecida. Trata-se da verdadeira cidadania, pois ensinam o caminho da solidariedade e ajudam a construir a pessoa e uma nova sociedade baseada na justiça e na fraternidade. É uma forma alternativa de combater a violência, a exclusão, a marginalização.

As Obras de Misericórdia não são programas para quem quer ajudar os outros, mas apontam caminhos que educam em todos os níveis, principalmente no nível da sensibilização. Elas despertam nossa sensibi-lidade para a percepção de que seremos felizes quando os outros também o forem.

A modernidade prefere o anonimato, desenvolve o egoísmo, por isso desconhece as Obras de Misericór-dia. Se não quisermos praticá-las levados pelo Evan-gelho, vamos ter de praticá-las levados pela violência. A sabedoria é diminuir as áreas de tensões geradoras da violência, tornando o mundo mais humano, criando espaço para uma vida mais suportável. A sensibilidade faz ver a vida e a pessoa em sua dignidade. O bom senso mostra que é melhor repartir com amor do que repartir pela violência. Continua a ser verdade a neces-sidade de:

— Dar de comer a quem tem fome. — Dar de beber a quem tem sede. — Vestir os nus. — Dar abrigo aos peregrinos. — Visitar os doentes e os encarcerados. — Libertar os escravizados. — Sepultar os mortos. — Dar bom conselho. — Ensinar os que não sabem. — Corrigir os que erram. — Consolar os aflitos. — Perdoar as ofensas. — Suportar as fraquezas do próximo. — Orar pelos vivos e pelos defuntos.