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Memória - Pita disse que não se pode esquecer a enchente No Ferrari - Apreensão de arma levou a jovem com maconha Foto do Leitor Fotos: Billy Mao Baixe o QR Code em seu celular ou acesse: https://www.facebook. com/billy.mao.50/vi- deos/10205312261195479/ PROMOÇÃO Confira - pag 2 www.climatempo.com.br PREVISÃO DO CLIMA PARA O MUNICíPIO DE LENÇÓIS PAULISTA Quando a linguagem lúdica e democrática do teatro extrapola os limites do palco e invade a sala de aula, é possível ampliar os horizon- tes culturais dos jovens e estimular a autoconfiança e o trabalho em grupo. É isso que propõe o projeto ‘A Escola é o Palco’, que acontece entre os dias 23 de fevereiro e 7 de julho em Macatuba, no Teatro Mu- nicipal, com estudantes da cidade. Ao todo, serão oferecidas 10 ofi- cinas de iniciação teatral, com carga horária de 3h cada, nos períodos da manhã e tarde, com 200 vagas disponíveis. Página 6 Projeto Palco chega à Macatuba “CEI da enchente” poderá ser votada na segunda Força Tática detém menor com 1kg de maconha Divulgação A moradora Rosalina Gouveia da Silva enviou fotos para a redação do Sabadão do Povo que mostram a rua Egydio Paccola alagada devido ao entupimento de cinco bueiros. Sem ter por onde escoar, a água invada as casas na parte baixa da rua. Segundo a moradora, o problema se arrasta por cerca de oito meses sem que alguma providência fosse toma- da. Uma construção pode ter coope- rado com o entupimento devido a areia usada na obra ficar na calçada e ter “escorrido” pela via pública. Para moradores, a fiscalização municipal é falha em alguns casos quando permite a permanência de situações como esta. Há exatos 30 dias após a enchente que afetou cerca de mil lençoenses, entre moradores e comerciantes, cau- sando prejuízos materiais de milhões de reais, danos emocionais e psicoló- gicos, e depois de uma nova invasão de enxurrada em casas da Vila Bacili e Contente, há uma semana, o jornal Sabadão do Povo mostra a situação geral das vítimas e as ações práticas realizadas pela administração muni- cipal e Defesa Civil em seu benefício. Todos os nomes das vítimas serão preservados em respeito ao ocorrido. Segundo informações de morado- res da Vila Contente, foi necessário estourar o cadeado que prende a comporta instalada no projeto de con- tenção para que a água da enchente não subisse ainda mais. No sábado, a água na Vila Contente teria chegado a pelo menos 80 cm. As bombas de escoamento teriam sido ligadas, no entanto, seu funciona- mento não foi suficiente para a sucção da água que se acumulou no bairro e invadiu uma residência pela terceira vez em cerca de um mês. Ninguém da Defesa Civil esteve na residência durante o evento. A cheia do córrego Corvo Bran- co que invadiu casas e alagou ruas da Vila Contente teria sido apenas da chuva e nenhuma represa se rompeu no sábado conforme che- gou-se a suspeitar. Página 4 e 5 O Projeto de Resolução que define a abertura de uma CEI (Comissão Especial de Inquérito) para apurar responsabilidades pela enchente que afetou famílias e comerciantes lençoenses no mês passado, deve entrar em votação na próxima segunda-feira, dia 15, gerando novamente a polêmica entre os vereadores, sobre o papel do Legislativo lençoense quanto a assuntos ligados ao uso do dinheiro público, assim como sua represen- tatividade diante de problemas que afetam diretamente a sociedade. O pedido de CEI apresentado pelo vereador Gumerciando Ticianelli Júnior (DEM), é assinado por Humberto José Pita (PR), Jonadabe José de Souza (SDD), e Ailton Tipó (PV). Página 2 A equipe da Força Tática da Polícia Militar fez uma apreensão de drogas, arma e munições no início da noite da quarta-feira, dia 10. Depois de uma pessoa encontrar uma arma modelo Rossi, calibre 22 e 23 projéteis na re- gião de Alfredo Guedes e indicar uma pessoa moradora do bairro Maestro Júlio Ferrari como sendo o proprietá- rio, a equipe formada pelo Sgto Lucas e os soldados Gabriel e Israel, foram em diligência até o bairro. Na averi- guação, um menor saiu correndo em direção a linha férrea. O rapaz de 17 anos foi detido e com ele encontrado 15 porções de crack e um tijolo de quase um quilo de maconha. O rapaz foi levado para a Delegacia onde foi lavrado um Boletim de Ocorrência. A Polícia Militar de Macatuba re- cuperou na tarde de ontem uma arma calibre 12 e munições furtadas da base operacional da cidade de Macatuba. Uma denúncia teria apontado onde, su- postamente, estaria o produto de furto. Professores alegam irregularidades na atribuição de aulas Biólogo fala sobre o problema ambiental da enchente de 2016 Mesmo antes da conclusão do pro- cesso de atribuição das aulas da rede municipal de ensino de Lençóis Pau- lista, professores questionam a forma como vêm sendo concedidas as aulas/ classes deste ano. Veja na Página 4 O estudante de Biologia Leonardo Henrique da Silva fala em artigo exclu- sivo para o Sabadão sobre o problema ambiental causado pela enchente ocor- rida à um mês. “Nas últimas semanas tem se falado muito sobre as enchentes causadas pelo rio Lençóis e os danos produzidos por estas ao município de Lençóis Paulista. Esta tragédia ambiental desabrigou centenas de famílias, além das perdas materiais e, infelizmente, causando a morte de uma pessoa. Contudo, será que os dogmas acabam por aí? Pois bem, o problema vai muito além dos prejuízos causados a população de Lençóis Paulista. Página 4 Solidário - Vizinhos à casa alagada pela terceira vez cooperam na retirada de pertences da família durante nova enchente na Baccili; Ninguém da Prefeitura ou Defesa Civil apareceu

JORNAL SABADÃO DO POVO_ 152

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Ligue e faça sua reserva. Você paga a entrega e a garantia de ter o jornal todos os sábados, em sua residência! Você paga, em média, R$ 2,00 por entrega do exemplar durante o ano todo.

33,00R$

PARA RECEBER 1 ANO3xReserve seu exemplar:

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PM de Macatubarecupera arma furtada de base da polícia

Editorial_ Pág. 3 Política _ Pág. 2 Opinião_ Pág. 3

DO POVOJORNAL SABADAO

EDIÇÃO Nº 152 - ANO 5 - 13 DE FEVEREIRO DE 2016 - LENÇÓIS PAULISTA

JORNAL A SERVIÇO DA COMUNIDADE E DA VERDADE

Há exato um mês, Lençóis Paulista era acometida pela maior enchente de sua história: apesar de 2006 e 2011, vítimas aguardam ações

R$

4 ,99ASSINE O SABADÃO

Bueiros entupidosalagam Jd. América

Dia 13-02. O que mudou?

Memória - Pita disse que não se pode esquecer a enchente

No Ferrari - Apreensão de arma levou a jovem com maconha

Foto do Leitor

Fotos: Billy Mao

Baixe o QR Code em seu celular ou acesse:h t t p s : / / w w w. f a c e b o o k .c o m / b i l l y . m a o . 5 0 / v i -deos/10205312261195479/

PROMOÇÃO

Confira - pag 2

www.climatempo.com.br

PREVISÃO DO CLIMA PARA O MUNICíPIO DE LENÇÓIS PAULISTA

Quando a linguagem lúdica e democrática do teatro extrapola os limites do palco e invade a sala de aula, é possível ampliar os horizon-tes culturais dos jovens e estimular a autoconfiança e o trabalho em grupo. É isso que propõe o projeto ‘A Escola é o Palco’, que acontece entre os dias 23 de fevereiro e 7 de julho em Macatuba, no Teatro Mu-nicipal, com estudantes da cidade.

Ao todo, serão oferecidas 10 ofi-cinas de iniciação teatral, com carga horária de 3h cada, nos períodos da manhã e tarde, com 200 vagas disponíveis. Página 6

Projeto Palco chega à Macatuba

“CEI da enchente” poderá ser votada na segunda

Força Tática detém menor com 1kg de maconha

Divulgação

A moradora Rosalina Gouveia da Silva enviou fotos para a redação do Sabadão do Povo que mostram a rua Egydio Paccola alagada devido ao entupimento de cinco bueiros.

Sem ter por onde escoar, a água invada as casas na parte baixa da rua. Segundo a moradora, o problema se arrasta por cerca de oito meses sem que alguma providência fosse toma-da. Uma construção pode ter coope-rado com o entupimento devido a areia usada na obra ficar na calçada e ter “escorrido” pela via pública. Para moradores, a fiscalização municipal é falha em alguns casos quando permite a permanência de situações como esta.

Há exatos 30 dias após a enchente que afetou cerca de mil lençoenses, entre moradores e comerciantes, cau-sando prejuízos materiais de milhões de reais, danos emocionais e psicoló-gicos, e depois de uma nova invasão de enxurrada em casas da Vila Bacili e Contente, há uma semana, o jornal Sabadão do Povo mostra a situação geral das vítimas e as ações práticas realizadas pela administração muni-cipal e Defesa Civil em seu benefício. Todos os nomes das vítimas serão preservados em respeito ao ocorrido.

Segundo informações de morado-res da Vila Contente, foi necessário estourar o cadeado que prende a comporta instalada no projeto de con-tenção para que a água da enchente não subisse ainda mais. No sábado, a água na Vila Contente teria chegado a pelo menos 80 cm.

As bombas de escoamento teriam sido ligadas, no entanto, seu funciona-mento não foi suficiente para a sucção da água que se acumulou no bairro e invadiu uma residência pela terceira vez em cerca de um mês. Ninguém da Defesa Civil esteve na residência durante o evento.

A cheia do córrego Corvo Bran-co que invadiu casas e alagou ruas da Vila Contente teria sido apenas da chuva e nenhuma represa se rompeu no sábado conforme che-gou-se a suspeitar. Página 4 e 5

O Projeto de Resolução que define a abertura de uma CEI (Comissão Especial de Inquérito) para apurar responsabilidades pela enchente que afetou famílias e comerciantes lençoenses no mês passado, deve entrar em votação na próxima segunda-feira, dia 15, gerando novamente a polêmica entre os vereadores, sobre o papel do Legislativo lençoense quanto a assuntos ligados ao uso do dinheiro público, assim como sua represen-tatividade diante de problemas que afetam diretamente a sociedade. O pedido de CEI apresentado pelo vereador Gumerciando Ticianelli Júnior (DEM), é assinado por Humberto José Pita (PR), Jonadabe José de Souza (SDD), e Ailton Tipó (PV). Página 2

A equipe da Força Tática da Polícia Militar fez uma apreensão de drogas, arma e munições no início da noite da quarta-feira, dia 10. Depois de uma pessoa encontrar uma arma modelo Rossi, calibre 22 e 23 projéteis na re-gião de Alfredo Guedes e indicar uma pessoa moradora do bairro Maestro Júlio Ferrari como sendo o proprietá-rio, a equipe formada pelo Sgto Lucas e os soldados Gabriel e Israel, foram em diligência até o bairro. Na averi-guação, um menor saiu correndo em direção a linha férrea. O rapaz de 17 anos foi detido e com ele encontrado 15 porções de crack e um tijolo de quase um quilo de maconha. O rapaz foi levado para a Delegacia onde foi lavrado um Boletim de Ocorrência.

A Polícia Militar de Macatuba re-cuperou na tarde de ontem uma arma calibre 12 e munições furtadas da base operacional da cidade de Macatuba. Uma denúncia teria apontado onde, su-postamente, estaria o produto de furto.

Professores alegamirregularidades naatribuição de aulas

Biólogo fala sobre o problema ambiental da enchente de 2016

Mesmo antes da conclusão do pro-cesso de atribuição das aulas da rede municipal de ensino de Lençóis Pau-lista, professores questionam a forma como vêm sendo concedidas as aulas/classes deste ano. Veja na Página 4

O estudante de Biologia Leonardo Henrique da Silva fala em artigo exclu-sivo para o Sabadão sobre o problema ambiental causado pela enchente ocor-rida à um mês. “Nas últimas semanas tem se falado muito sobre as enchentes causadas pelo rio Lençóis e os danos produzidos por estas ao município de Lençóis Paulista. Esta tragédia ambiental desabrigou centenas de famílias, além das perdas materiais e, infelizmente, causando a morte de uma pessoa.

Contudo, será que os dogmas acabam por aí? Pois bem, o problema vai muito além dos prejuízos causados a população de Lençóis Paulista. Página 4

Solidário - Vizinhos à casa alagada pela terceira vez cooperam na retirada de pertences da família durante nova enchente na Baccili; Ninguém da Prefeitura ou Defesa Civil apareceu

Page 2: JORNAL SABADÃO DO POVO_ 152

DISK MARMITEX3269-2300

2LENÇÓIS PAULISTA, 13 DE FEVEREIRO DE 2016 - SABADÃO DO POVO

POLÍTICA

Borebi - Após rompimento, pessoas observam represas em Borebi; rodovia da Amizade foi ‘cortada’ pela água da enxurrada

C a f é c o m P o l í t i c a T a n i a M o r b i

A manobra - O anúncio na semana passada de que a Prefeitura não daria o auxilio transporte pode ter sido mais uma jogada de marketing para desviar o foco da pior tragédia vivida por Lençóis Paulista nos últimos anos: a enchente do dia 13.

Dado - A jogada teria sido pensada nas possibilidades políticas desse ano. Cria-se um cenário maior do que é e ganha tempo para, suposta-mente, buscar solução. Quem entra nesse jogo orquestrado vira massa de manobra. O ve-reador Humberto Pita foi claro em seu discurso na Câmara

quinta-feira: “Estão querendo tirar o foco da enchente que atingiu mais de mil famílias. Vão usar de tudo para que as pessoas esqueçam disso, mas, jamais esquecerão. Quem teve sua vida afetada nunca esque-cerá”, disse Pita.

O que mudou? - A “mani-festação” dos estudantes que cobraram o auxílio transporte feita de forma acanhada rendeu tempo para que a Prefeitura fa-ça levantamento daqueles que realmente precisam do auxílio.

Carretel - Ora, a Prefeitura não tem esse levantamento? Nesta levada, se sair algum au-

xílio para a classe estudantil, deverá ser no segundo semes-tre deste ano.

Politizados - Diferente de outros tempos, ficou eviden-te a falta de maturidade dos “escolhidos” para liderar o movimento. Dos mais de 200 estudantes que bradaram pelas redes sociais a reivin-dicação do auxílio, cerca de 30 alunos compareceram na Câmara. Apesar disso, me-nos de um terço ficou até o final da sessão.

Como? - Vereadores da ba-se governista na Câmara vo-taram contra parecer da Co-

PSDB mantém projeto do Executivo, apesar de análise apontar ilegalidade

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Prefeitura confirma corte e estudantes não terão auxílio transporte em 2016

Executivo tenta, desde o ano passado, beneficiar empresa que estaria usan-do espaço no aeroporto de forma irregular, segundo comissão da Câmara

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missão de Redação e Justiça e contra o parecer Jurídico da Câmara sobre um projeto de retomada de área concedida no aeródromo municipal.

Laços de família - A fa-mília que “ganhou” a área tem fortes laços com a atual administração, por is-so o empenho em manter a área nobre do aeródromo nas mãos da mesma. No entanto, o local está ser-vindo para hangaragem de aeronaves, quando o real motivo da doação seria a criação de empregos. Coisa que em nenhum instante teria acontecido.

Ai pode! - Na mesma noite a bancada governista votou favorável a retomada de ou-tra área no Distrito Empre-sarial de uma empresa sem ligações diretas com a admi-nistração.

Sozinho - Em Macatuba as vozes dissidentes ao governo Tarcísio Abel parecem ter se calado. Corre pelas rodas po-líticas que o atual prefeito sai sim, candidato para à reelei-ção e com apoio unânime dos partidos do município.

De braçada - Extraoficial-mente, o prefeito já teria amarrado o apoio com nomes

fortes do cenário político da cidade. Até quem bradava oposição teria se rendido aos encantos e possibilida-des acenadas por Abel.

Pra quem? - Para um in-terlocutor macatubense, apesar das dificuldades em administrar, Abel estaria muito à frente dos supostos candidatos. Para o interlocu-tor, cada partido está pen-sando apenas em sua fatia do bolo em detrimento do que espera a população que estaria se sentindo desam-parada. No entanto, até o momento nenhum pré-can-didato se manifestou.

Tânia MorbiVereadores do PSDB rejei-

taram dois pareceres contrários ao projeto do Executivo que pede mais prazo para que uma empresa continue instalada em área pública do aeroporto municipal, depois de perma-necer cinco anos no local sem, de acordo com os pareceres, ter desenvolvido as atividades previstas na lei que concedeu a área onde hoje se encontra um hangar, além de outras irregu-laridades. Na mesma noite, os mesmos vereadores aprovaram a retomada de outra área no distrito empresarial por razões semelhantes.

O parecer da Comissão de Constituição, Justiça e Redação sinaliza diversas irregularidades no projeto. Entre elas, desvio de finalidade (confessada pela própria empresa em processo administrativo), falta de con-corrência para concessão (não sendo comprovados requisitos para dispensa), e desenvolvi-mento de atividades diferentes da determinada na concessão, e estabelece que o projeto “viola princípios constitucionais e administrativos, como a su-premacia do interesse público, economicidade, razoabilidade e eficiência”, e por isso é ilegal e inconstitucional.

Mesmo assim, e com argu-mentos escassos para defender sua decisão, os vereadores da base de apoio do Executivo ig-

noraram as análises e rejeitaram os dois pareceres, o que possi-bilitou que o projeto mantenha trâmite normal, para depois voltar para votação em plenário.

RelembreDesde o ano passado a Pre-

feitura tenta beneficiar a em-presa instalada no aeroporto há mais de cinco anos, sob a concessão de uma área onde deveria funcionar uma oficina mecânica de aviões. A tentativa ocorre apesar de denúncias de que a mesma estaria usando o espaço indevidamente, além de descumprir integralmente a proposta de concessão.

Primeiramente, o Executivo

enviou para a Câmara projeto pelo qual ressarcia a empre-sa em mais de R$ 150 mil, além de oferecer outro terreno no aeroporto, para efetuar a desapropriação da área usa-da atualmente, alegando que construiria no local serviço de embarque e desembarque. A área usada pela empresa foi alvo de um processo adminis-trativo, após denúncias feitas à administração municipal, em 2014, de que seria usada de forma irregular, e teve uma obra de ampliação embargada pela própria Prefeitura. Ao invés de oficina mecânica, o espaço estaria sendo usado apenas para ‘hangaragem’ de aeronaves

(aluguel de espaço). Consta do processo afirmação de um engenheiro da Prefeitura de que o uso seria irregular.

Posteriormente, devido à po-lêmica criada em torno do pedi-do e das denúncias apresentadas pelo vereador Joandabe de Sou-za (SDD), a Prefeitura retirou o projeto e enviou a proposta de dilação de prazo, justificando que a empresa necessitaria de mais três anos para se adequar.

Pedido que foi reprovado pelas análises da Comissão de Constituição e pelo Jurídico, mas que foi mantido pelos vereadores tucanos, com apoio do vereador José Pedro de Oli-veira (PR), o Bentinho.

O Projeto de Resolução que define a abertura de uma CEI (Comissão Especial de Inquérito) para apurar respon-sabilidades pela enchente que afetou famílias e comerciantes lençoenses no mês passado, deve entrar em votação na próxima segunda-feira, dia 15, gerando novamente a polêmica entre os vereadores, sobre o papel do Legislativo lençoense quanto a assuntos relativos ao uso do dinheiro público, assim como sua representatividade diante de problemas que afetam diretamente a sociedade.

O pedido de CEI apresenta-do pelo vereador Gumercindo Ticianelli Júnior (DEM), é as-sinado por Humberto José Pita (PR), Jonadabe José de Souza (SDD), e Aílton Tipó (PV), o que de acordo com a Cons-tituição Federal já garantiria a abertura imediata pela Mesa Diretora, por ter o número de assinaturas necessário.

Porém, assim como ocorreu no pedido de instauração da “CEI da Cultura”, proposta

“CEI da Enchente” irá cobrar de vereadores posição sobre responsabilidade social em votação na segunda

também por Júnior para apoiar as investigações feitas pelo Mi-nistério Público - após denún-cias feitas pelo jornal Sabadão do Povo, de irregularidades na dire-toria de Cultura - o presidente Anderson Prado deve colocar o pedido em votação no plenário.

No caso da “CEI da Cultura”, com voto do vereador José Pedro de Oliveira (PR), o Bentinho, a base de apoio do Executivo impe-diu que a comissão fosse criada e as apurações feitas pela Câmara.

O jornal Sabadão do Povo apurou que caso ocorra o mes-mo com o projeto da “CEI da Enchente”, que de acordo com informações obtidas pelo jornal, deve ter a reprovação do grupo da base governista, é possível que um ou mais verea-dores ingressem com mandado de segurança, para fazer valer o que determina a Constituição. A manobra legal possui extensa jurisprudência em decisões favoráveis de juízes que acatam os mandados pedidos por verea-dores, quando o requerimento para a criação das CEI é rejeita-

do pelo voto da maioria.O Regimento Interno da

Câmara de Lençóis Paulista ignora jurisprudência de 2007 do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o “Direito das Mi-norias”, que prevê a assinatura de um terço da Casa para que a CEI seja instaurada.

Segundo o advogado Marcos Alves de Souza, consultado pelo jornal da Cidade de Bauru, em razão da “CEI da Cultu-ra”, no ano passado, a nível municipal, é muito comum Comissão Especial de Inquérito ser confundida com Comissão Processante, prevista no Decre-to-lei n. 201/67, que regula a responsabilidade de prefeitos e vereadores. “Enquanto as CEIs têm por finalidade a investiga-ção de fatos, ultimando em um relatório que poderá ser enviado ao Ministério Público para a eventual tomada de medidas cabíveis no âmbito judicial, a Comissão Processante serve para investigar e cassar man-datos ou absolver os acusados, uma vez que seus trabalhos

iniciam e finalizam no âmbito interno das Câmaras Munici-pais, ocorrendo o julgamento de prefeitos e vereadores pelas próprias câmaras”, revela.

Único vereador a abordar o assunto durante a sessão da Câmara de quinta-feira, dia 11, Humberto José Pita (PR), apresentou imagens da enchente e ressaltou a importância do as-sunto não cair no esquecimento, apesar da aparente tentativa do Executivo de desviar a atenção da comunidade sobre o assun-to. “Isso é grave, é gravíssimo. Deveria a senhora prefeita e seus assessores abraçarem os atingi-dos, não foram. Cadê a senhora prefeita, as ações que precisam ser feitas? O povo está sofrendo, velhos e crianças desabrigados, sofrendo muito. Sou a favor da CEI porque temos que descobrir (os culpados)”, afirmou.

Em aparte, Ailton Tipó Laurindo (PV) disse que fez levantamento fotográfico que mostra todas as represas que estouraram no dia da enchente, em Lençóis, Agudos e Borebi.

Ilegal - Parecer que aponta ilegalidade de proposta do Executivo foi rejeitado

Billy Mao

Page 3: JORNAL SABADÃO DO POVO_ 152

O cenário político para o cidadão simples, para o eleitor que acompanha os movimentos apenas quando as campanhas se tornam oficiais nas ruas, parece completamente parado. Não está e nunca esteve. As manobras, jogadas de marketing, amarrações e balões de ensaio nunca pararam nos bastidores da política.

Até este dia 13, hoje, apenas um pré-candidato assumiu que pretende concorrer nas próximas eleições. Pastor Cláudio Aguiar. O pastor vai ganhando visibili-dade à medida que o tempo se afunila e outros candidatos segu-ram até o limite a possível candi-datura. Mas, Pastor Cláudio não deverá estar sozinho nesta corrida rumo ao Paço Municipal. Mesmo estando supostamente sozinho neste momento, outros nomes deverão se revelar em breve. O atual vice prefeito e Presidente da Defesa Civil, José Antônio Marise também já disse que está à disposição de seu partido, o PSDB, mas não afirmou ainda que é pré-candidato.

O Presidente da Defesa Civil sairia como candidato do con-tinuísmo, já que representa o mesmo grupo no governo desde o ano 2000. E, diante de uma vitória nas urnas, perpetraria a falta de rotatividade no po-der Executivo. Para acompanhar o atual vice, vários nomes já foram ventilados. De vereador até em-presários, passando ainda por represen-tantes do setor cana-vieiro e até do setor comerciário. Tudo isso com o apoio da máqui-na administrativa e seu secto que age e vota independentemente da vontade própria.

Na outra vertente e represen-tando mudanças e a rotatividade depois de 15 anos, nomes ligados à oposição poderão mexer ainda mais neste cenário. Mesmo que por enquanto apenas nos basti-dores.

Aílton Tipó Laurindo é nome forte para concorrer à cadeira

máxima do município. Bem como seu colega de vereança que pode ser pré-candidato: o médico Humberto Pita. Outros nomes ainda estariam na lista,

como o de Anderson Prado e Nardeli da Silva. Também, o de um empresário o e de um comerciário.

A possibilidade de uma nova liderança na cidade é urgen-te do ponto de vista administrativo e po-lítico.

O lançamento da pré-candi-datura de qualquer desses nomes não significa um racha na opo-sição. O que fica claro com um lançamento é a possibilidade da escolha de vários nomes à dispo-sição e que vão surgindo até que a data limite para formalizar a candidatura chegue.

Independente de quem consi-ga chegar ao posto em 2 de ou-tubro, o que se sabe é que quem chegar pegará uma Prefeitura quebrada e inchada e, terá que

agir prudencialmente para que a cidade também não quebre. Claro, isso se for um candidato de fora do grupo. Sendo parte integrante do grupo no poder, pouca coisa ou quase nada deverá mudar mantendo os mesmos be-nefícios para os mesmos grupos.

Até que a formalização das chapas chegue, o eleitor/cidadão precisará ficar ainda mais atento para os nomes, as manobras e bus-car saber mais sobre as propostas e o que pensam os que se dispõem sair como candidatos. Enquanto a formalização não chega com chapa e número dos candidatos tudo será possível e os ajustes serão feitos da forma que ficar melhor ao eleitor, e claro, aos candidatos.

O peso nesta eleição será o quanto os candidatos estarão dispostos a fazer, realmente, para o povo e não apenas pro-messas não cumpridas como ocorreu até agora. Resta espe-rar, mas, muito atento!

Billy Mao é jornalista - repórter fotográfico

OPINIÃO 3LENÇÓIS PAULISTA, 13 DE FEVEREIRO DE 2016 - SABADÃO DO POVO

FALE CONOSCO CNPJ: 14.647.331./0001-22

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Jornalista Responsável: Tânia Morbi Mtb: 52.193

Redação e administração Lençóis Paulista Rua André Bacili, 45

Telefone – (14) [email protected]

CONTATO COMERCIAL: (14) 99658-9731Sugestão de Pautas: (14) 3263-1740

Registrado no Cartório de Registros de Pessoas Jurídicas de Lençóis Paulista sob

número 008 - Folha 15 - Livro B1

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Tiragem: 3.000 exemplaresNa internet: http://issuu.com/billymao/docs

Lençóis Paulista - Borebi Macatuba

Para enviar foto de acontecimentos na [email protected] WhatsApp 99825-9382

O cavalo de troia foi um grande cavalo de madeira que, segundo a lenda, foi usado pelos gregos durante a Guerra de Troia, como uma estratégia decisiva para a conquista da cidade fortificada. Os troianos tinham o cavalo como símbolo de vitória, por isso foram facilmente enganados. Entusias-mados, levaram o monumento para dentro de suas muralhas, sem saber que em seu interior se encon-trava soldados inimigos. À noite, os guerreiros que estavam dentro do cavalo saíram, dominaram os sentinelas, abriram os portões facilitando a entrada do exército grego, que de surpresa dominou a cidade levando-a à ruína.

Apesar da origem em uma lenda antiga, a ideia do cavalo de troia desenvolveu uma enge-nharia tecnológica atraente que invade computadores, acessando contas bancárias e intimidades pessoais por meio de programas maldosos capazes de produzir grandes prejuízos financeiros

e morais. Mas o que poucos sabem é que esse método de in-filtração, usado na atualidade por engenheiros sociais que trazem ideologias não mui-to claras, travestidas de “boas intenções” para adentrar os mu-ros da família e da religião, abrindo bre-chas em suas fortale-zas para finalmente eliminar seus valores e influência na so-ciedade. Daí surge novamente a ideia do “Cavalo de Troia”, como uma estratégia de invasão do sistema religioso e cultural de uma sociedade. Não faltará promotores sociais de gênero, que através de discursos atrativos e “nobres” em defesa das minorias, pretendem apoderar-se do sistema religioso e familiar, contaminando-os através das “portas de invasão”, promover a morte da família e moldar o Es-tado com uma visão antirreligiosa

e não apenas laica.Assim como foi criado o anti-

vírus para combater os programas maliciosos de computador, a

verdadeira doutri-na cristã é a arma mais poderosa para se combater a ideologia de gênero e outras que visam a morte da família. Temos vivido uma época em que a diversidade tem imperado desde a moda, culinária, ate

o modo de falar e pensar, quanto mais curioso e diferente, maior a adesão. Isso porque em um mun-do globalizado, o normal mesmo é ser diferente. As pessoas não querem ser comuns, elas desejam ser notadas e estarem em evidên-cia, mesmo correndo o risco de trazerem para dentro da própria vida um inimigo que vem para matar roubar e destruir, rejeitando Aquele que veio para trazer vida com abundância (João 10.10).

Isso para nós cristãos não de-veria ser espantoso, pois a Bíblia nos ensina a sermos diferentes, a sermos sal e luz por onde an-darmos. Contudo o que vemos é uma inversão de valores, onde impera a dificuldade de fazer a diferença, ou pensar diferente da maioria, recusando as ofertas. Sim há um preço a pagar, mas também pode ser muito mais simples do que parece, basta ser natural. Façamos de nossas famílias e igrejas, habitats da graça natural derramada e do “amor que tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta e que jamais acaba” (I Cor. 13.4-8). “Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rom. 12.2).

Antônio C. Cabral é Bacharel em Teologia pela Faculdade Teo-lógica Batista Grande ABC.

O cavalo de Tróiapr. Antônio CArlos CAbrAl

Sabadão online: issuu.com/billymao/docs/

Reflexão

INTERVENÇÃO SOBRE CHARGE DE MOISÉS

Sobre um hangar e o corporativismo

EDITORIAL

“Aos amigos tudo,aos outros a lei...”

Benedito Valadares

carro de luxo, por exemplo. O poder separa e quanto mais se tem, mais fácil fica de medir o caráter de um homem, tal qual

afirmou Abraham. O Lincoln.

Não há, todavia, causalidade entre ri-queza e arrogância. Seria uma injustiça com os abonados que lutam para construir um mundo melhor. Destratar por qual-quer motivo é ato personalíssimo. O arrogante analisa os

outros com os óculos da superio-ridade, sopesando características físicas, psicológicas ou, ainda, es-

GAbriEl boCornY GUiDotti

A solidão dos arrogantes

A arrogância acaba com a vida do arrogante em passos módicos, mas, perto do fim, sem modera-ção. Trata-se de uma característi-ca que consome certos indivíduos ao ponto de afligir a estima de terceiros. Ninguém tolera ficar perto de um pretensioso incorri-gível. Às vezes, necessário é, como num emprego cuja continuidade depende de um chefe insuportá-vel. Nas ruas, nas empresas... há arrogância em toda parte.

Os arrogantes, em suma, fa-zem parte do cotidiano humano. Tais criaturas olham para seus semelhantes de cima para baixo, como se o mundo lhes devesse deferência. Quando atingem seu propósito, conceituam de ‘invejo-

sos’ os que estão à volta. Vejamos os motivos da arrogância. Poe-ticamente, um desejo insaciável de pavonear qualidades face aos demais indivíduos da sociedade. Cientifica-mente, trovoadas de narcisismo crônico.

A ‘superioridade’ da arrogância pai-ra num sustentáculo frágil. O isolamen-to se torna natural, pois ninguém está à altura. Geralmente, a característica vem do berço, isto é, da criação. Há aspectos que poten-cializam as ações do arrogante. Um emprego importante, um

tilo de vida. Como se existisse uma forma correta, exata, de se viver.

A arrogância afasta as pessoas. Se você nunca consegue agir humildemente, então procure ajuda. O segredo de qualquer relacionamento é a capacidade de compreender o outro e, ine-quivocamente, ceder. Elementar. Quem compreende e cede, ins-pira os outros. Não há conquista pessoal que compense esse sen-timento. Dito isso, arrogante, reveja suas prioridades e saia dessa prisão de cristal na qual se meteu. De outro modo, desfrute de sua solidão eterna.

Gabriel Bocorny Guidotti e

Jornalista e escritor

billY MAo

O cenário vai se formando enquanto os personagens espiam

Uma definição comum da palavra corporati-vismo é a defesa dos interesses ou privilégios de um setor organizado da sociedade, em detri-mento do interesse público. Uma atitude comum de políticos é exatamente o corporativismo, que não se preocupa com quem vai atingir ou igno-rar para manter seus próprios privilégios ou os interesses do grupo que representam.

Historicamente, enquanto sistema político, o corporativismo atingiu seu ápice durante o regime fascista italiano. Nele, o Poder Legisla-tivo deveria ser composto por representantes dos interesses econômicos, industriais ou profissionais, o que colocavam os interesses da coletividade ou públicos fora de alcance.

Entre tantas outras definições, ser corporati-vo significa defender exclusivamente os próprios interesses. Foi um pouco deste tipo de compor-tamento que se viu na sessão da Câmara de Len-çóis, quando os seis vereadores que compõem a base de apoio do Executivo votaram contra dois pareceres que reprovam um projeto de interesse exclusivamente de um grupo empresarial da cidade e do próprio Executivo, mesmo diante das inúmeras irregularidades reveladas desde que a proposta deu entrada na Câmara, enviada pelo Executivo.

Em meio às polêmicas envolvendo o corte em uma semana e a retomada dias depois do auxílio transporte - ainda sem explicações claras por parte da Prefeitura - e em meio a tentativa de desviar a atenção da maioria da população para a situação que permanecem as vítimas da enchente, a reprovação dos pareceres, que mantém acesa a esperança de quem, aparen-temente, usa o espaço público desrespeitando regras e padrões, com a aparente conivência da administração municipal, pode parecer menos importante. Porém, a história mostra que é na sombra que ocorrem as piores violações.

Ao se posicionar contra argumentos e fatos inquestionáveis, expostos nos pareceres, a base de apoio do Executivo reforça sua disponibilida-de em atender aos anseios do grupo politico no poder, independentemente das concessões que terá que fazer, das exceções que terá que admitir e dos critérios sociais que terá que desrespeitar.

Nunca é irrelevante o posicionamento da classe política que tem por finalidade maior a representatividade do cidadão, mesmo quando suas decisões possam parecer menores em meio à turbe social instaurada, porque é este posi-cionamento que definirá toda a sua disposição em atuar pela defesa de seu representado, o cidadão, e o risco que cada cidadão correrá ao depender desta representatividade.

No caso da negação dos argumentos da Comissão de Constituição, Justiça e Redação e da Assessoria Jurídica da Câmara ao projeto que estende o prazo para que uma empresa permaneça instalada no aeroporto municipal de Lençóis Paulista, foram esgotados todos os argumentos que poderiam justificar a decisão dos seis vereadores. Mesmo assim, os nobres edis mantiveram o interesse do grupo que os coordena, não respeitando as leis que os relatórios indicaram foram infringidas, assim como o interesse público, outros diversos precedentes constitucionais.

Segundo Eliezer Pacheco, historiador, profes-sor universitário, secretário nacional de Ensino Técnico e Profissional do Ministério da Educação e membro do Conselho Curador da Fundação Perseu Abramo, aqueles que “pela falta de perspectiva histórica, ao colocar interesses corporativos acima de um projeto democrático, servem de escada para aqueles que desejam aniquilar direitos conquistados ao longo de muitas lutas do povo brasileiro. Incapazes de olhar para além da corporação, comprometem o presente e o futuro”.

Resta saber no caso da base governista lençoense, qual futuro foi ou está sendo comprometido.

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4LENÇÓIS PAULISTA, 13 DE FEVEREIRO DE 2016 - SABADÃO DO POVOGERAL

Forte chuva elevou rios e rompeu asfalto, além de derrubar árvores e fios

Professores alegam irregularidades naatribuição de aulas para efetivos e temporários

“Nova enchente” assusta moradores e invade casa

Billy MaoA cheia que voltou a assom-

brar os moradores dos bairros Contente e Baccili, devido à precipitação que atingiu nova-mente a cidade na tarde do sá-bado, dia 6, explicita a urgência com que o assunto da enchente precisa ser tratado.

Segundo informações de moradores da Vila Conten-te, foi necessário estourar o cadeado que prende a com-porta instalada no projeto de contenção da enchente para que a água não subisse ainda mais. No sábado a água bairro teria chegado a pelo menos 80 cm. As bombas de escoamento teriam sido ligadas, no entanto, seu funcionamento não foi sufi-ciente para a sucção da água que se acumulou no bairro.

Já na Vila Baccili, uma casa que fica ao lado do córrego Cor-vo Branco foi novamente inun-dada devido o aumento do nível do córrego. A água passou sobre a ponte da Rua André Baccili e invadiu a residência pela terceira vez em menos de um mês. Nin-guém da Defesa Civil esteve na residência durante o evento.

A cheia do córrego Corvo Branco que invadiu casas e ala-gou ruas da Vila Contente teria sido causada apenas pela chuva e nenhuma represa se rompeu no sábado conforme chegou-se a suspeitar.

Outros bairrosCom a força e quantidade

de chuva que caiu no sábado, outros bairros também foram atingidos. No jardim Monte Azul a fiação elétrica foi der-rubada por galhos de árvores e o Corpo de Bombeiros foi acionado para retirar os cabos da via até que a concessionária retomasse o fornecimento de energia que foi interrompido.

As pontes sobre o rio da Prata ficaram submersas e com o trânsito impedido. Além de inúmeras árvores derrubadas pela força do vento, o muro da escola Vera Braga Giacomini, na Cecap, também não supor-tou e ruiu. Pelo meno suma quadra da Rua Olga Biral teve o asfalto arrancado pela enxur-rada, entupindo bueiros.

No bairro Jardim América, apesar de estar longe do rio, pelo menos uma casa foi in-vadida pela água devido o en-tupimento de bueiros, como o

Sabadão mostrou em sua última edição. No bairro, pelo menos cinco bueiros das ruas Momo Tranquilo e Egydio Paccola estavam entupidos.

A reportagem do jornal Sa-badão do Povo fez um levanta-mento das represas e lagos que se romperam causando a maior enchente dos últimos 100 anos em Lençóis Paulista e constatou que cinco, das 16 represas, estão dentro do município de Len-çóis Paulista; sete em Borebi e quatro em Agudos.

Durante o levantamento foi possível constatar inúmeras ero-sões no solo em áreas de plantio de cana de açúcar por toda a extensão da bacia do córrego Faxinal e bacia do rio Lençóis.

DesamparoDepois do terror da tarde de

sábado, moradores com medo de nova cheia estavam com-pletamente desorientados. Um boato de que uma represa estava na iminência de rompimento voltou a causar pânico. Alguns chegaram a passar a noite de sábado em claro, sem dormir e atentos com o clima.

A suposta represa estaria na região do Chapadão, na Fazenda Santa Rita. No sába-do, a reportagem do Sabadão esteve no bairro e tentou contato com funcionários da Prefeitura e um agente de segurança patrimonial infor-mou que não tinha conheci-mento de nenhuma represa em risco. Na Prefeitura, o

plantonista apenas informou que não tinha conhecimento de nada e que estava tudo sob controle, sem nenhum comunicado de alerta.

Também no sábado, dia 6, a reportagem informou, in loco, aos moradores da Vila Con-

tente que a referida “represa” se tratava de um lago e que seu fluxo corre para a região de Macatuba e, consequente-mente, para o rio Tietê, sem que coloque em risco de au-mento do nível do rio Lençóis ou o córrego Corvo Branco.

Mesmo antes da conclusão do processo de atribuição das aulas da rede municipal de ensino de Lençóis Paulista, professores questionam a forma como vêm sendo concedidas as aulas/classes deste ano.

O concurso realizado pela Prefeitura em dezembro de 2015 abriu vagas para profes-sores efetivos e temporários, e por isso foram realizados respectivamente concurso pú-blico e processo seletivo para as contratações. Segundo os pro-fessores ouvidos, que pediram para não serem identificados, o correto seria a diretoria de Educação “chamar” os melho-res classificados em cada um das listas, de forma a preencher os cargos vagos para efetivos e temporários.

Porém, de acordo com a reclamação, mesmo após preenchidas as vagas efetivas, professores que passaram no concurso público estariam sendo contratados para os

cargos temporários, que de-veriam ser reservados a quem prestou o processo seletivo. “Então por quê fizeram o (processo) seletivo se ia correr só a lista do concurso para efe-tivo? O certo é correr a lista do concurso para efetivação do professor e depois seguir a lista dos professores temporários do seletivo”, questionou uma das educadoras.

Devido à forma como vem sendo feita a atribuição, ou-tros professores lamentam que embora tenham investido em mais de uma inscrição, para concorrer às vagas temporárias e efetivas, irão ficar sem trabalhar durante o ano, pois consegui-ram boas classificações apenas no processo seletivo.

Vários processos instaurados pelo Tribunal de Contas do Estado questionam a forma como a Prefeitura de Lençóis tem contratado professores temporários, ao menos, nos últimos 10 anos.

De acordo com o TC, as principais irregularidades eram a falta de um processo seletivo e atribuição de pontos por tempo de serviço prestado nas escolas de Lençóis Paulista, privilegian-do docentes que já prestaram serviços ao município, entre outras. No ano passado, o Tri-bunal determinou a regulariza-ção da situação de professores temporários, contratados em 2006, pelo então prefeito José Antônio Marise (PSDB). O TC já havia julgado as con-tratações irregulares em 2014 e negado recursos interpostos pela Prefeitura na tentativa de reformar a decisão.

Outro ladoSegundo a Educação o pro-

cesso seletivo é feito para aten-der contratações em substi-tuição, caso não haja interesse dos classificados no concurso público para essas vagas.

As vagas para efetivos do concurso foram preenchidas,

de acordo com a pasta, e as atribuições para contratações temporárias estão sendo reali-zadas todas as segundas e quar-tas-feiras a partir das 17h30 na diretoria. “Caso haja saldo remanescente de aulas ou surja alguma classe por motivo de afastamento de algum profes-sor titular de classe, seguimos rigorosamente as listas de classificados, primeiramente a lista dos aprovados no Con-curso Público e, na sequência, a lista do Processo Seletivo”, informou por e-mail.

Porém, neste ano, a cada sessão pública de atribuição de classes/aulas, de acordo com diretoria, visando a con-tratação temporária, tanto no concurso como no processo seletivo, são chamados os candidatos que se encontrem classificados a partir do úl-timo candidato chamado na sessão imediatamente anterior, conforme consta no Edital do Processo Seletivo nº 04/2015”

A Promotora da Segunda Vara de Justiça Débora Orsi Dutra, que instaurou inquérito para apurar responsabilidades da enchente que atingiu Len-çóis Paulista no mês passado, pretende realizar uma audiência pública para apresentar os resul-tados das investigações.

Embora ainda sem data prevista, a Promotora adian-tou que aguarda laudos do do DAEE (Departamento de Água e Energia Elétrica do Estado de São Paulo) e do Caex (Centro de Apoio Ope-racional à Execução), órgão do Ministério Público, além da visita dos técnicos do IPT (Instituto de Pesquisas Tecno-lógicas), ligado a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de São Paulo, que irão definir o destino dos imó-veis invadidos pela enchente, assim como a necessidade de realização de obras preventivas

MP fará audiência pública para apresentar resultado do inquérito sobre enchente

pela Prefeitura.Embora o pedido pela visita

do IPT tenha sido feito pelo MP ainda em janeiro, de acordo com a promotora, foi necessá-rio que a Prefeitura fizesse um convênio para que os técnicos possam vir até o município, o que também não tem data de-finida. “Com laudos em mãos, mais as informações das famí-lias pretendemos realizar uma audiência pública para tentar responder todas as questões. Algumas pessoas têm me pro-curado, mas pretendemos abrir espaço para que todos tomem conhecimento”, afirmou.

O MP também aguarda envio de dados pela Prefeitu-ra sobre as famílias atingidas para que possa convocar uma reunião com a CDHU (Com-panhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano), para discutir a possibilidade de ocupação das casas em construção.

Nas últimas semanas tem se falado muito sobre as enchen-tes causadas pelo rio Lençóis e os danos produzidos por estas ao município de Lençóis Paulista. Esta tragédia am-biental desabri-gou centenas de famílias, além das perdas materiais e, infelizmente, causando a morte de uma pessoa.

Contudo, será que os dogmas acabam por aí? Pois bem, o problema vai muito além dos prejuízos cau-sados a população de Lençóis Paulista. O rio Lençóis per-corre aproximadamente 30km da nascente até a área urbana do município, sendo que, as represas que estouraram e ocasionaram o enchimento do rio Lençóis tomaram 20km deste total.

Com isto, o enchimento do rio causou um enorme trans-torno para a fauna regional, principalmente aos grupos mais sensíveis à pressão do ser humano sobre o meio ambien-te - que são as atitudes huma-nas prejudiciais aos habitats nativos onde vivem as espécies silvestres. Entre as espécies mais afetadas estão os peixes, anfíbios (sapos, rãs, pererecas e cobras-cegas) e alguns répteis (serpentes, lagartos, cágados, tartarugas, tracajás e jacarés).

O mês de janeiro é um período onde ocorre a famo-sa “Piracema” para muitas espécies de peixes que estão na época reprodutiva, assim como os anfíbios que costu-mam desovar em poças, lagos e rios; provavelmente muitas larvas de peixes e anfíbios fo-ram mortas pela enchente. Por conseguinte, temos os répteis, que utilizam microhabitats próximos a áreas úmidas e ala-

Enchente: o prejuízo vai alémdos limites urbanos

gadas para reprodução, onde deixam seus ovos incubados até a eclosão e nascimento dos filhotes, e esses locais especí-

ficos também fo-ram levados pela enchente. Aves e mamíferos são animais que não sofreram tanto com a enchente por possuírem uma capacidade de locomoção e fuga mais rápida

do que os outros animais, porém, a má qualidade da água, que estava lamacenta e muita concentrada não é algo agradável para se consumir, até mesmo para animais silvestres.

Por fim, apesar de muitos ambientes serem adaptados a grandes períodos de enchen-tes – tal como na Amazônia e Pantanal – onde as florestas sofrem um alagamento dos rios em mais de 20 metros de seus níveis normais, no bioma Cerrado, principalmente em uma região relativamente plana como por onde corre o rio Lençóis, isto não é nor-mal. Apesar das vegetações nativas resistirem a esses alagamentos temporários por um curto período de tempo, o solo e as margens “peladas” do rio Lençóis não sustentam tamanha pressão pela falta de vegetação nativa nesses locais - as chamadas Áreas de Preservação Permanente (APP) - o que acaba oca-sionando no assoreamento do solo nas periferias do rio podendo mudar o seu curso ao longo dos anos, afetando populações ribeirinhas e a agropecuária (plantações e criações de gado).

Leonardo Henrique da Silva, 21 anos, estudante do 4º ano de Ciências Biológicas.

Urgência - Nova invasão de água assustou moradores

Cheias - Mata alagada, bioma em perigo

lEonArDo HEnriqUE DA silvA

O presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricul-tura Familiar do Estado de São Paulo (Fetaesp), Isaac Leite, in-formou à prefeita Izabel Loren-zetti, na sexta-feira, dia 12, que por conta da crise econômica pela qual o país vem passando, decidiu não realizar a Agrifam em 2016. O anúncio foi feito na companhia do tesoureiro da entidade, Elias David de Souza, e o assessor técnico João Célio.

De acordo com o presidente a indefinição quanto ao quadro político-econômico nacional tem gerado dúvidas e incerte-zas inviabilizado as parcerias, patrocínios com o Governo

Fetaesp anuncia que nãorealizará Agrifam em 2016

Federal, Estadual, entidades e demais patrocinadores da Feira que desde 2012 é realizada em Lençóis Paulista.

Segundoo presidente, in-dependente da suspensão da Agrifam, a Federação continua em seu trabalho de apoio de fomento às boas iniciativas para a agricultura familiar. Segundo dados do Governo Federal, 70 % dos alimentos consumidos nas mesas dos brasileiros são oriundos da agricultura familiar.

Sobre a decisão da Fetaesp, a prefeita Izabel disse que espera que a feira possa ser realizada em 2017.

Billy Mao

Billy Mao

Page 5: JORNAL SABADÃO DO POVO_ 152

SAÚDE 5LENÇÓIS PAULISTA, 13 DE FEVEREIRO DE 2016 - SABADÃO DO POVO

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Receitaspara você!Chef Paulo Campanholi

MOQUECA DE PEIXE

Ingredientes:500 g postas de peixe( badejo, robalo,surubim) Qb (quanto baste) sal2 dentes alho100 g cebola100 g tomate½ unidade pimentão verdeQb pimenta do reino1 unidade limão10 ramos coentro fresco1 unidade limão100 ml leite de coco30 ml azeite de dendê

Modo de preparo:

1. Amasse bem o alho com o sal, a cebola, parte do coentro e o suco de limão.

2. Passe as postas de peixe neste tempero e reserve para tomar gosto por pelo menos 1 hora.

3. Em uma panela coloque as postas do peixe tempe-rado e camadas sobrepostas de tomate, cebola e pimentão em rodelas finas. Distribua folhas inteiras de coentro fresco por cima. Regue o preparado com o leite de coco e o azeite de dendê levando em seguida a panela tampada ao fogo médio por cerca de 10 a 15 min. Bom apetite!

Escritório Contábil Lençóis Av. Brasil , 872 - CentroLençóis Paulista - SP - TEL: ( 14 ) 3269-4400

A gente olha o mundo de forma diferente.

Um mês após enchente, momento ainda é de espera por ações efetivas à população

Tania MorbiHá exatos 30 dias após a en-

chente que afetou cerca de mil lençoenses, entre moradores e comerciantes, causando prejuízos materiais de milhões de reais, e danos emocionais e psicológicos, e depois de uma nova invasão de enxurrada em casas da Vila Bacili e Contente, há uma semana, o jornal Sabadão do Povo mostra a situação geral das vítimas, que esperam ações práticas da administração municipal em seu benefício. Todos os nomes das vítimas serão preservados em respeito ao ocorrido.

Sem casa, com furtoDesde que o rio Lençóis e

córrego Corvo Branco che-garam a seus maiores níveis históricos, devido à chuva e ao estouro de represas localizadas em Lençóis Paulista e região, forçando que muitas famílias tivessem que abandonar suas casas, algumas ainda não con-seguiram voltar, e permanecem alojadas em casas de familiares, cedidas ou alugadas. Segundo a Prefeitura, uma família recebe o benefícios do aluguel social.

Alguns imóveis, destruídos pela água ainda não puderam ser reconstruídos por seus pro-prietários. A Prefeitura afiram ter aberto pregão para pagar por material que poderá ser comprado pelos proprietários.

Outros imóveis sofrem furtos constantes, por permanecerem vazios. Um morador contou ao jornal que sofreu furto de equi-pamentos que estavam em sua

casa, ainda sem condição de ser ocupada, e que um vizinho teve fios, torneiras, cabos, chuveiro e diversos outros objetos furtados.

Doações em dinheiroDepois de receberem a ajuda

de voluntários, com um núme-ro impressionante de doações de roupas, calçados, alimentos e água, logo após a ocorrência, atualmente moradores sentem a falta de itens básicos em suas moradias, como utensílios domésticos, móveis e eletrodo-mésticos que não puderam ser substituídos. Para esta finalida-de, a Prefeitura afirma que usará cerca de R$ 21 mil, saldo de doações, que estão depositados

em conta bancária, porém aid-na sem data prevista ou a forma como será feito.

As próprias custasNo comércio instalado nas

áreas atingidas, parte dos comer-ciantes retomou suas atividades, seja reformando seus estabele-cimentos ou instalando-se em endereços temporários, em pré-dios alugados. Até o momento, não houve ajuda de custeio ou incentivo a estes empresários por parte da administração.

No caso dos imóveis refor-mados que estão em área de risco, será o Ministério Público quem decidirá se os comer-ciantes poderão permanecer nos

locais ou se a Prefeitura terá que desapropriar os imóveis, devido aos riscos. Um laudo do IPT (Ins-tituto de Pesquisas Tecnológicas), ligado a Secretaria de Desenvol-vimento Econômico deve definir as condições das áreas.

À espera de uma sançãoPara minimizar a carga de

prejuízos sofridos pelas vítimas, a Câmara aprovou, na semana passada, projetos de benefícios que preveem isenção de impos-tos e taxas em 2016, além de um programa de apoio às vítimas, que inclui aluguel social e paga-mento de um salário mínimo. Os benefícios ainda estão sendo analisados e aguardam sanção da prefeita Izabel Lorenzetti.

Área sujaPara as famílias que conse-

guiram voltar para suas casas, os destroços ainda não recolhidos pela Prefeitura têm sido um problema a mais, como narra-ram moradores à reportagem do jornal. Em ruas e áreas do cento da cidade, ainda é pos-sível encontrar restos do que a enxurrada arrastou e destruiu pelo caminho.

Em busca de soluçãoSegundo sua assessoria de

imprensa, a Prefeitura apresen-tou relatório de danos e prejuí-zos à Defesa Civil do Estado e esta semana reforçou o pedido, com a entrega do documento ao governador Geraldo Alckmin, na cidade de Dois Córregos. Prefeitos de Agudos, Macatuba e Borebi estavam juntos e tam-bém entregaram seus relatórios.

Apenas aos sábados, en-tre os dias 20 de fevereiro e 19 de março, a diretoria de Saúde de Lençóis Paulista realiza a campanha de vaci-nação contra a raiva animal. A população de cães e gatos do município é estimada em cerca de 18 mil animais.

As recomendações são para que o animal só seja condu-zido por um adulto, sempre com coleira e se for um cão de raça mais agressiva, como pit bull e rottweiler, o animal deve usar focinheira. Para quem possui gatos, o ideal é levar o animal embrulhado em uma toalha, gaiola ou em caixa de papelão com furos para permitir a entrada de ar.

A campanha será realizada na ESF Caju (20 de fevereiro, das 8h às 12h e das 13h às 17h), ESF Monte Azul (27 de fevereiro, das 8h às 17h), Centro Comunitário da Ce-cap (5 de março, das 8h às 17h), ESF Júlio Ferrari (12 de março, das 8h às 12h e das 13h às 17h), e ESF Cruzeiro (19 de março, das 8h às 17h).

Agentes contra o AedesNo primeiro dia de mo-

bilização nacional contra o mosquito Aedes aegypti, neste sábado, os agentes comuni-tários de saúde realizam um pedágio educativo, com dis-

Vacinação contra a raiva, combate ao Aedes emedicamento controlado

tribuição de checklist, carti-lhas e sacolinhas. O mosquito é transmissor da dengue, zika vírus e chikungunya. A ação acontecerá simultaneamente nas ruas 25 de Janeiro, Geral-do Pereira de Barros e Avenida Padre Salústio Rodrigues Ma-chado, das 8h às 12h.

Durante a semana, a Saú-de fechou com concreto troncos e raízes de árvores em locais de grande circula-ção. Nesta sexta-feira, uma equipe de funcionários ter-ceirizados esteve na avenida Marino Santis, ao lado do Parque do Povo.

Segundo a Saúde, a medida não prejudica o desenvolvi-mento das árvores.

Medicamentos contro-lados

Em meio à crise que se instalou em Lençóis, devido à falta de medicamentos nos postos de saúde, a partir da próxima segunda-feira, dia 15, os medicamentos controlados também serão entregues na farmácia da ESF Dr. João Paccola Primo, no Núcleo. Até agora, o serviço era prestado exclusivamente pela farmácia do Ambulatório de Especialidades, na Avenida Brasil. A retirada acontecerá de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.

Ação - Para moradores, preocupação é constante

Billy Mao

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6LENÇÓIS PAULISTA, 13 DE FEVEREIRO DE 2016 - SABADÃO DO POVOSUA IMAGEM

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FAZENDO HOJE, CUIDANDO DO FUTURO

Para nós, ser sustentável é cuidar do meio ambiente, construir relacionamentos

duradouros e contribuir para o desenvolvi-mento econômico e social das comunidades

onde estamos presentes.

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Quando a linguagem lú-dica e democrática do teatro extrapola os limites do palco e invade a sala de aula, é possí-vel ampliar os horizontes cul-turais dos jovens e estimular a autoconfiança e o trabalho em grupo. É isso que propõe o projeto ‘A Escola é o Palco’, que acontece entre os dias 23 de fevereiro e 7 de julho em Macatuba, no Teatro Munici-pal, com estudantes da cidade.

Ao todo, serão oferecidas 10 oficinas de iniciação teatral, com carga horária de 3h cada, nos períodos da manhã e tarde, com 200 vagas disponíveis. Os estudantes serão orientados por quatro companhias de teatro que irão trabalhar improvisação (Cia. Tertúlia), teatro de rua (Cia. Boccaccione), dança (Cia Teatro de Riscos) e teatro com animação de bonecos e másca-ras (Cia. A DitaCuja).

O projeto faz parte do programa de educação para cultura patrocinado pela Zilor, por meio do ProAc - Programa de Ação Cultural, e conta com apoio da Prefeitura de Maca-

Projeto ‘A Escola é o Palco’ patrocinado pelo grupo Zilor chega a Macatuba com oficinas de teatro

tuba. A produção executiva é da Origem Produções e a realização é da Companhia A DitaCuja, Associação de Cultu-ra e Arte de Ribeirão Preto e Se-cretaria de Estado da Cultura.

“A Zilor investe na educação como fator fundamental para o desenvolvimento das comuni-dades em que tem unidades e “A Escola É Palco” reforça esse compromisso, comenta Maria Elvira Scapol, diretora de Ges-

tão de Pessoas e Socioempresa-rial da Zilor.

“O projeto ‘A Escola é o Palco’ teve uma excelente reper-cussão em Macatuba e forte con-tribuição para a formação dos nossos jovens”, revela o prefeito de Macatuba, Tarcisio Abel.

As inscrições para o projeto ‘A Escola é o Palco’ podem ser realizadas no Teatro Municipal de Macatuba e Centro Cultural. Para participar, os jovens devem

ser estudantes e ter entre 11 e 17 anos, e levar uma cópia do RG e/ou CPF. A programação completa está disponível no site www.origemproducoes.com.br. Outras informações podem ser obtidas pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (14) 3268-1821.

Cinema solar itinerante traz filmes brasileiros para interior de SPO cinema solar leva toda es-

trutura necessária, desde telão até cadeiras para o público.

A programação busca dialogar com temas reais da sociedade e do meio ambiente.

O Cinecidade, em parceria com o Cinesolar, continua a viajar por São Paulo. Desde agosto do ano passado, o projeto já passou por 50 cidades, e conseguiu reunir um público espectador de mais de 20 mil pessoas de várias idades. Além das sessões gratuitas de filmes bra-sileiros, o circuito ainda promove oficinas de sustentabilidade e vídeo para crianças e adolescentes, em alguns dos municípios.

Patrocinado pelo Grupo CPFL Energia e com o apoio do Instituto CPFL Cultura, o Cinecidade surge com o objetivo de difundir pro-duções do cinema nacional. Além de longas-metragens, a iniciativa abre espaço para que curtas sejam projetados. A programação esco-lhida sempre busca dialogar com temas reais da sociedade e do meio ambiente.

O cinesolar passou por 50 mu-nicípios em 2015.

A parceria entre o Cinecidade e o Cinesolar é nova. Ambas as iniciativas contam com a realização da Brazucah Produções, produtora cultural que desde 2002 atua com foco na difusão de filmes brasilei-ros. Além da projeção realizada com energia renovável, o cinema solar leva toda estrutura necessá-ria para realizar as sessões, desde telão até cadeiras para o público.

Com estreia em 2013, a iniciativa sustentável contabiliza mais de 40 mil espectadores e 130 cidades brasileiras visitadas.

No próximo dia 16, a cidade de Iacanga será a primeira a rece-ber o Cinecidade neste ano. Em seguida, o projeto chega a Arealva, Mineiros do Tietê, Areiópolis, Pratânia. Já em março, o circuito estaciona em Paranapanema, Ca-pela do Alto, Araçoiaba da Serra, Alumínio e Socorro.

Cultura - Projeto reúne grupos teatrais

Fotos: Divulgação