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| Enchente: prejuízo pode passar de R$ 35 milhões | Macatuba assina novos convênios com entidades HNSP completa 72 anos na próxima semana Editorial_ Pág. 3 Política _ Pág. 2 Opinião_ Pág. 3 DO POVO JORNAL SABADAO EDIÇÃO Nº 149 - A NO 5 - 23 DE JANEIRO DE 2016 - LENÇÓIS PAULISTA JORNAL A SERVIÇO DA COMUNIDADE E DA VERDADE Associação Rural e Prefeitura Municipal promovem reuniões para estudar se realizam e em quais moldes a Facilpa deste ano. A grade de shows já foi anunciada e os preparativos estariam adiantados. No início do próximo mês deverá ser di- vulgada a decisão. Em 2015, a Prefeitura investiu mais de R$ 500 mil na festa. No Facebook e até na administração municipal as opiniões são divididas devido à enchente anunciada que cau- sou tantos danos aos lençoenses. Promotora visitou represas rompidas e trabalha em Inquérito Civil (IC) da enchente; laudos do IPT vão indicar imó- veis que podem ser demolidos MP quer ação rápida de prevenção; inquérito identificará responsáveis R$ 1 , 49 FACILPA 2016. Terá? O Ministério Público apura as res- ponsabilidades da maior enchente que atingiu Lençóis Paulista nos últimos 100 anos e busca agilidade para iden- tificar as represas que romperam em Borebi, mas também poderá vistoriar as que romperam em Lençóis e Agudos. Até o momento, não foi divulgado se o levantamento dos responsáveis vai incluir os procedimentos de alerta e prevenção que teriam colaborado para aumentar os prejuízos dos atingidos. No dia 12, a Defesa Civil e funcionários do SAAE teriam alertado a população quanto à enchente, porém, sem apontar a necessidade de retirar móveis e per- tences. No rádio, televisão e de boca em boca, a informação passada pelos responsáveis era que a enchente não atingiria o nível que chegou. A Promotora Débora Orsi Dutra afirmou que busca um andamento rápi- do do inquérito na prevenção de novas enchentes. Ela esteve pessoalmente esta semana em Borebi e com o prefeito Manoel Frias Filho visitou os pontos de rompimento de represas. “Não posso me responsabilizar por represas em área particular. Elas já se romperam uma, duas vezes. Até ação no MP houve, mas ninguém foi responsabilizado. As reconstruções deverão ser mais rigoro- sas daqui para frente”, disse o prefeito. Durante ao menos 30 dias nenhuma represa rompida poderá ser represada até que sejam feitos laudos técnicos pelo IPT (Instituto de Pesquisas Tec- nológicas), órgão ligado a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de São Paulo. O órgão irá apontar, de acordo com o MP, quais imóveis em Lençóis poderão ser mantidos ou terão que ser demolidos. Página 4 Aterro de linha da ALL estaria instável Idoso que caiu em ponte, não resistiu A chuva afetou trechos da linha férrea e o aterro da estrada de ferro na área urbana da de Lençóis Paulista. É o que apontam moradores da Vila Contente que afirmam que vários “túneis” no aterro se formaram com a enchente. “A água passava pelo aterro e entrava em minha casa”, disse um moradora. A concessionária da malha férrea ALL (América Latina Logística) informou que a composi- ção parada no aterro está vazia e que será feita uma avaliação completa em todo o trajeto urbano das linhas em Lençóis Paulista. O aposentado João José Soares não resistiu às fraturas causadas pela queda na ponte do rio Lençóis, na vila Repke, no período de enchente. João ia visitar uma filha, no dia 14, quando ao passar pela ponte, parte se rompeu e o homem de 89 anos caiu. João José seria a segunda pessoa a falecer tendo ligação direta com as enchentes. A primeira vítima, Jean Mi- guel Batista Pereira, de 28 anos, morreu afogado na enchente. Seu corpo foi encontrado na altura da Jardim Primavera. Assim como em outros locais, no momento da queda, segundo testemu- nhas, não havia sinalização. A Prefei- tura alega que a sinalização havia sido retirada por vândalos e afirmou que só soube do caso através da imprensa. Na foto acima, equipes da Prefeitu- ra começavam a manutenção da ponte durante a semana. PSDB não aprova urgência em ações destinadas para vítimas de enchente A tentativa de agilizar ações de ajuda a famílias vítimas das enchentes da semana passada não prosperou na sessão extraordinária da Câmara dos Vereadores realizada na noite da última terça-feira, dia 19. Moradores da área de enchente da cidade, representantes da OAB e entidades assistenciais lotaram o plenário da Câmara. As propostas tinham pedido de aprovação em regime de urgência. Página 2 Os prejuízos causados pela enchente em Lençóis devem ser de R$ 35 milhões, somados os estragos na região agrícola e no comércio. Em Borebi, levantamento preliminar aponta que prejuízos podem chegar a R$ 15 milhões. As mais de 1.000 pessoas que foram atingidas de- vem procurar a Assistência Social para ter acesso a benefícios sociais. Página 5 Foto: Billy Mao Água - Prefeito Mané Frias e o Secretá- rio de Vias Rodoviárias de Agudos, .... na divisa da Fazenda Serrinha, em Agudos Sem voto - Pita fez discurso pesado contra responsáveis pela tragédia enquanto tucanos brecaram regime de urgência Divulgação Baixe o QR Code em seu ce- lular ou acesse: https://www. facebook.com/billy.mao.50/vi- deos/10205223662740573/?- theater PROMOÇÃO Confira - pag 2 O hospital Nossa Senhora da Pie- dade de Lençóis Paulista comemora 72 anos, nos próximos dias 25 e 26 de janeiro. Para isso, divulgou uma programação de palestras que serão rea- lizadas nos dois dias, com direito a bolo para convidados na terça-feira, dia 26. Atualmente, o HNSP conta com 280 colaboradores e 60 médicos no corpo clínico, mantém 70 leitos e serviços em 20 especialidades, como clínica médica, clínica cirúrgica, pediatria, ginecologia e obstetrícia, ortopedia, neurologia, anestesia, cardiologia, laboratório de análises clínicas, diagnóstico por ima- gem, além de UTI. www.climatempo.com.br PREVISÃO DO CLIMA PARA O MUNICíPIO DE LENÇÓIS PAULISTA Após assinatura do convênio de quase R$ 6 milhões com a Irman- dade Santa Casa de Macatuba e Organização Santo Antônio de As- sistência Social, na semana passada, a Prefeitura de Macatuba formalizou nesta semana parceria com mais sete entidades. A solenidade aconteceu na tarde da terça-feira, dia 19, no Salão Nobre do Paço Municipal. Os convênios desta semana to- talizam R$ 723 mil, e foram con- templadas as Associações de Pais e Mestres das escolas Caic Cristo Rei, Waldomiro Fantini e Odila Galli Lista, a Organização São Francisco de Assis, a Apae, a Sobavem (Recanto dos Velhinhos) e Legião Mirim. Fotos: Billy Mao

Jornal Sabadão do Povo edição 149 - 2016

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Jornal semanal

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Page 1: Jornal Sabadão do Povo edição 149 - 2016

|Enchente: prejuízo pode passar de R$ 35 milhões |Macatuba assina novos convênios com entidades

HNSP completa 72 anosna próxima semana

Editorial_ Pág. 3 Política _ Pág. 2 Opinião_ Pág. 3

DO POVOJORNAL SABADAO

EDIÇÃO Nº 149 - ANO 5 - 23 DE JANEIRO DE 2016 - LENÇÓIS PAULISTA

JORNAL A SERVIÇO DA COMUNIDADE E DA VERDADE

Associação Rural e Prefeitura Municipal promovem reuniões para estudar se realizam e em quais moldes a Facilpa deste ano. A grade de shows já foi anunciada e os preparativos estariam adiantados. No início do próximo mês deverá ser di-vulgada a decisão. Em 2015, a Prefeitura investiu mais de R$ 500 mil na festa. No Facebook e até na administração municipal as opiniões são divididas devido à enchente anunciada que cau-sou tantos danos aos lençoenses.

Promotora visitou represas rompidas e trabalha em Inquérito Civil (IC) da enchente; laudos do IPT vão indicar imó-veis que podem ser demolidos

MP quer ação rápida de prevenção;inquérito identificará responsáveis

R$

1 ,49FACILPA 2016. Terá?

O Ministério Público apura as res-ponsabilidades da maior enchente que atingiu Lençóis Paulista nos últimos 100 anos e busca agilidade para iden-tificar as represas que romperam em Borebi, mas também poderá vistoriar as que romperam em Lençóis e Agudos.

Até o momento, não foi divulgado se o levantamento dos responsáveis vai incluir os procedimentos de alerta e prevenção que teriam colaborado para aumentar os prejuízos dos atingidos. No dia 12, a Defesa Civil e funcionários do SAAE teriam alertado a população quanto à enchente, porém, sem apontar a necessidade de retirar móveis e per-tences. No rádio, televisão e de boca em boca, a informação passada pelos responsáveis era que a enchente não atingiria o nível que chegou.

A Promotora Débora Orsi Dutra afirmou que busca um andamento rápi-do do inquérito na prevenção de novas enchentes. Ela esteve pessoalmente esta semana em Borebi e com o prefeito Manoel Frias Filho visitou os pontos de rompimento de represas. “Não posso me responsabilizar por represas em área particular. Elas já se romperam uma, duas vezes. Até ação no MP houve, mas ninguém foi responsabilizado. As reconstruções deverão ser mais rigoro-sas daqui para frente”, disse o prefeito.

Durante ao menos 30 dias nenhuma represa rompida poderá ser represada até que sejam feitos laudos técnicos pelo IPT (Instituto de Pesquisas Tec-nológicas), órgão ligado a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de São Paulo. O órgão irá apontar, de acordo com o MP, quais imóveis em Lençóis poderão ser mantidos ou terão que ser demolidos. Página 4

Aterro de linha da ALL estaria instável

Idoso que caiu em ponte, não resistiu

A chuva afetou trechos da linha férrea e o aterro da estrada de ferro na área urbana da de Lençóis Paulista. É o que apontam moradores da Vila Contente que afirmam que vários “túneis” no aterro se formaram com a enchente. “A água passava pelo aterro e entrava em minha casa”, disse um moradora. A concessionária da malha férrea ALL (América Latina Logística) informou que a composi-ção parada no aterro está vazia e que será feita uma avaliação completa em todo o trajeto urbano das linhas em Lençóis Paulista.

O aposentado João José Soares não resistiu às fraturas causadas pela queda na ponte do rio Lençóis, na vila Repke, no período de enchente. João ia visitar uma filha, no dia 14, quando ao passar pela ponte, parte se rompeu e o homem de 89 anos caiu. João José seria a segunda pessoa a falecer tendo ligação direta com as enchentes.

A primeira vítima, Jean Mi-guel Batista Pereira, de 28 anos, morreu afogado na enchente. Seu corpo foi encontrado na altura da Jardim Primavera.

Assim como em outros locais, no momento da queda, segundo testemu-nhas, não havia sinalização. A Prefei-tura alega que a sinalização havia sido retirada por vândalos e afirmou que só soube do caso através da imprensa.

Na foto acima, equipes da Prefeitu-ra começavam a manutenção da ponte durante a semana.

PSDB não aprova urgência em ações destinadas para vítimas de enchente

A tentativa de agilizar ações de ajuda a famílias vítimas das enchentes da semana passada não prosperou na sessão extraordinária da Câmara dos Vereadores realizada na noite da última terça-feira, dia 19. Moradores da área de enchente da cidade, representantes da OAB e entidades assistenciais lotaram o plenário da Câmara. As propostas tinham pedido de aprovação em regime de urgência. Página 2

Os prejuízos causados pela enchente em Lençóis devem ser de R$ 35 milhões, somados os estragos na região agrícola e no comércio. Em Borebi, levantamento preliminar aponta que prejuízos podem chegar a R$ 15 milhões. As mais de 1.000 pessoas que foram atingidas de-vem procurar a Assistência Social para ter acesso a benefícios sociais. Página 5

Foto: Billy Mao

Água - Prefeito Mané Frias e o Secretá-rio de Vias Rodoviárias de Agudos, .... na divisa da Fazenda Serrinha, em Agudos

Sem voto - Pita fez discurso pesado contra responsáveis pela tragédia enquanto tucanos brecaram regime de urgência

Divulgação

Baixe o QR Code em seu ce-lular ou acesse: https://www.facebook.com/billy.mao.50/vi-deos/10205223662740573/?-theater

PROMOÇÃO

Confira - pag 2

O hospital Nossa Senhora da Pie-dade de Lençóis Paulista comemora 72 anos, nos próximos dias 25 e 26 de janeiro. Para isso, divulgou uma programação de palestras que serão rea-lizadas nos dois dias, com direito a bolo para convidados na terça-feira, dia 26. Atualmente, o HNSP conta com 280 colaboradores e 60 médicos no corpo clínico, mantém 70 leitos e serviços em 20 especialidades, como clínica médica, clínica cirúrgica, pediatria, ginecologia e obstetrícia, ortopedia, neurologia, anestesia, cardiologia, laboratório de análises clínicas, diagnóstico por ima-gem, além de UTI.

www.climatempo.com.br

PREVISÃO DO CLIMA PARA O MUNICíPIO DE LENÇÓIS PAULISTA

Após assinatura do convênio de quase R$ 6 milhões com a Irman-dade Santa Casa de Macatuba e Organização Santo Antônio de As-sistência Social, na semana passada, a Prefeitura de Macatuba formalizou nesta semana parceria com mais sete entidades. A solenidade aconteceu na tarde da terça-feira, dia 19, no Salão

Nobre do Paço Municipal.Os convênios desta semana to-

talizam R$ 723 mil, e foram con-templadas as Associações de Pais e Mestres das escolas Caic Cristo Rei, Waldomiro Fantini e Odila Galli Lista, a Organização São Francisco de Assis, a Apae, a Sobavem (Recanto dos Velhinhos) e Legião Mirim.

Fotos: Billy Mao

Page 2: Jornal Sabadão do Povo edição 149 - 2016

2LENÇÓIS PAULISTA, 23 DE JANEIRO DE 2016 - SABADÃO DO POVO

POLÍTICA

PSDB barra votação especial deprojetos voltados a atingidos porenchente que devastou LençóisApesar da convocação extraordinária da Mesa, sessão foi pouco produtiva

A n á l i s e d o S a b a d ã o

Tânia MorbiA tentativa de agilizar ações

de ajuda a famílias vítimas das enchentes da semana passada não prosperou na sessão ex-traordinária da Câmara dos Vereadores, convocada pelo presidente Anderson Prado de Lima (Rede) e realizada na noi-te da última terça-feira, dia 19. Moradores da área de enchente da cidade, representantes da Ordem dos Advogados do Bra-sil e entidades assistencialistas lotaram o plenário da Câmara. As propostas que tinham pe-dido de aprovação em regime de urgência terão que aguardar trâmite normal, com duas votações depois da volta do recesso parlamentar, no dia 1º de fevereiro, após PSDB negar a urgência dos projetos.

Na pauta da sessão entra-ram requerimentos, indicações e projetos de lei que tratam exclusivamente da situação das famílias atingidas. Entre os requerimentos e indicações assinados por todos os verea-dores constam diversos pedidos à Prefeitura. Entre eles, o de remanejamento de recursos

do orçamento para atender os atingidos; redirecionamento de recursos destinados à realização da Facilpa, e construção de piscinões para contenção da água da chuva, de novas casas destinadas às famílias atin-gidas e de uma nova Estação de Tratamento de Água, nas proximidades do lago da Prata, para que a captação seja feita no córrego da Prata.

Porém, foram os projetos de lei assinados pelo grupo oposi-cionista que geraram polêmica entre os vereadores, já que os pedidos de votação em regime de urgência foram negados pe-los vereadores do PSDB.

Os projetos assinados por Ailton Tipó, Nardeli da Silva (Pros), Gumercindo Ticia-nelli Jr (DEM), Humberto Pita (PR), Jonadabe de Souza (SDD) e pelo presidente da Mesa autorizavam a prefeita Izabel Lorenzetti (PSDB) a isentar as famílias atingidas e os comerciantes de impostos e taxas durante o ano de 2016, além de criar o Programa de Auxílio enchente no muni-cípio. Todos tinham regime

de urgência, para que fossem discutidos apenas na noite de terça-feira. Para que o trâmite fosse acelerado, o pedido ne-cessitava de oito assinaturas.

Contrariando posiciona-mentos anteriores, os vereado-res tucanos se negaram a assinar o pedido de regime especial, alegando que os projetos não ti-nham parecer jurídico. Apenas José Pedro de Oliveira (PR), o Bentinho, concordou em en-dossar o pedido. Mesmo assim, faltou uma assinatura para que as propostas fossem aprovadas.

No ano passado, os mesmos vereadores tucanos aprovaram projeto de lei que autorizou a prefeita a conceder o reajuste da diferença da inflação aos salários dos servidores muni-cipais, uma vez que a atua-lização dos salários de 2015 ficou abaixo da inflação do período. A proposta autoriza-tiva também não tinha parecer jurídico, mas foi aprovada.

Para os autores das propos-tas, ouvidos pelo Sabadão do Povo, a exigência era descabida, já que se tratava de projetos meramente autorizativos, que

só seriam concretizados após análise do Executivo.

Vereadores da base chegaram a discursar que a proposta tinha objetivo político e por isso eram contrários à sua votação em trâmite especial, além de ressaltarem que os mesmos pe-didos já seriam encaminhados em forma de requerimento e indicação ao Executivo.

No caso da proposta oposi-cionista, após aprovado os pro-jetos, caso a prefeita não vete, as iniciativas se transformam em lei, com maior possibilidade de realização do que requerimen-tos e indicações.

IsentosNa tarde de sexta-feira, dia

22, a Prefeitura anunciou as medidas de apoio aos atingidos pela enchente, a maior parte constava nos projetos apresen-tados na Câmara. De todos os atingidos, não será cobrado no ano de 2016, IPTU, as taxas de bombeiros e coleta de lixo, e tarifa de água e esgoto do mês de janeiro. O comércio será isento das taxas de licença e alvará, e do ISS Fixo durante este ano.

A polêmica sobre os projetos apresentados na sessão da Câ-mara mostra que, pelo menos, às vezes, vereadores usam pesos e medidas diferentes para tra-tar assuntos semelhantes. Um exemplo, é a comparação do projeto de Chico Naves, que concede isenção de impostos a academias e as isenções pro-postas esta semana para famílias atingidas pela enchente.

Pela proposta de Naves, que foi vetada pela prefei-ta Izabel Lorenzetti e obteve duas vitórias – no TJ e no STF – academias de ginástica que concedam descontos para idosos de até 50% no valor das mensalidades, mediante outras condições previstas na lei, po-dem ter abatimento no ISSQN.

A defesa do projeto, na briga judicial proposta pela Prefeitura, foi feita pelo Procurador Jurídi-co da Câmara e hoje é uma lei, após provada em duas instâncias que a proposta não era inconsti-tucional e que vereadores podem atuar sobre isenção de impostos, em algumas situações.

Mas, diferentemente daquele momento, agora a bancada

tucana foi contra o regime de urgência da votação, entre outros argumentos, pelo receio de que a proposta seria incons-titucional e por isso exigiam parecer jurídico

Ocorre que em outro mo-mento, os mesmos tucanos aprovaram projetos que não continham parecer jurídico, como o que autorizou a prefeita a adequar a correção da inflação sobre os salários dos servidores no ano passado.

Após toda emoção devido ao sofrimento de tantos lençoense, causado pela enchente, a co-nhecida forma de fazer política voltou a cena. Um dia após a sessão, a prefeita Izabel recebeu moradores da Vila Contente, encaminhados pelo vereador Manezinho, para apresentar os benefícios a que têm direito, já previstos em lei, como o auxílio moradia. A informação foi distribuída a conta gotas, apenas quando alguém criticava a administração, especialmente nas redes sociais

A estratégia parece ser minar os questionamentos que podem surgir pela forma como a admi-

nistração encaminha o estado de pós-enchente do município, sem que a população tenha acesso direto aos responsáveis pelas medidas, como a prefeita e seu vice, que permanecem distantes das ruas. Com isso, a administração também apro-veita para generalizar, espe-cialmente através de seu porta voz no Legislativo, o líder da bancada tucana Manezinho, que os vereadores da oposição estão usando a calamidade para fazer politicagem, através das iniciativas ou criticas que

fazem à administração, ou mesmo quando apresentam propostas.

Aliás, politicagem tem sido a palavra de ordem do ninho tucano após tudo o que acon-teceu, até contra o jornal Sa-badão do Povo – pela estratégia de desqualificar o trabalho de seus profissionais - que se diferencia dos demais veículos por optar pela identificação e cobertura de assuntos dife-rentes dos demais, fugindo da mesmice que impera no jornalismo tradicional.

C a f é c o m P o l í t i c a T a n i a M o r b i

Chorar pra quê? - Mesmo com o clima tenso, depois da enchente que impregnou de lama o centro de Lençóis Paulista, a política rasteira não deixou de acontecer. Políticos e cidadãos que se dizem apo-líticos, aproveitaram para tirar uma casquinha do ocorrido.

Tsss - Corre pela rádio peão da Prefeitura que o vice--prefeito José Antonio Marise estaria cogitando o vereador Manezinho para, também, ser seu vice em uma chapa pu-ra nas próximas eleições que acontecem em outubro. As convenções deverão ocorrer até junho deste ano.

Santinho - A estratégia, há muito sonhada por marquetei-ros iconófilos é ver estampado a imagem dos dois. Um, su-postamente, representando a experiência da idade e o outro, a retidão, o pobre. Será que vai colar para o povo?

Laço - Mas a rádio peão não perde nada. Mais dois nomes, estariam na lista do atual vice. Um ligado diretamente ao co-mércio. Um sonho de consu-mo. O outro ligado às entida-des de classe. Sintonize a rádio peão e acompanhe.

Quanto? - A máxima que se ouve por todos os bairros atin-

gidos pela enchente é “A água não vai subir mais que um me-tro”. Essa frase deixa qualquer um que foi atingido muito irri-tado.

Logo ali - A solidariedade é algo impressionante. Lençóis Paulista recebeu mais doações do que realmente precisava e para retribuir o ato generoso promovido, tanto por lenço-enses como por moradores de cidades vizinhas, a Assistência Social está repartindo o que foi arrecadado com outras cidades atingidas, como Borebi.

Umas e outras - Aliás, em Bo-rebi, vereadores oposicionistas

ao prefeito Mané Frias estariam fazendo chacota com o rompi-mento das represas no muni-cípio. Segundo informações de moradores, a brincadeira (com coisa séria) seria que o prefeito que tanto queria ter feito um Ecoparque, teria conseguido com o advento da enchente.

Na ativa - Enquanto em Bo-rebi vereadores fazem chacota com o problema das chuvas, em Lençóis Paulista os vereadores propuseram medidas emergen-ciais que poderão beneficiar a população, se sancionadas.

Aqui também!!! - Até o mo-mento pouco ou nada se falou

sobre as represas que se rom-peram em Lençóis Paulista. Tu-do está sendo apontado para Borebi. Como se apenas o mu-nicípio tivesse represas. Não é só lá. Em Lençóis, pelo menos quatro represas teriam se rom-pido e em Agudos, mais três.

Eu avisei - Estariam dizendo também que o prefeito Mano-el Frias não teria avisado a De-fesa Civil que o risco era gran-de. Mané rebate e afirma que durante uma ligação informou a Defesa Civil de Lençóis que a situação era grave e que as re-presas não suportariam. Isso, segundo o prefeito, foi falado às 17h da terça-feira, dia 12.

Muito tempo - Até a chega-da da água em Lençóis Paulista transcorreram mais de 12 horas, tempo mais que suficiente para promover qualquer ação eficaz.

Foi - Muita gente está lamen-tando a perda não somente dos bens materiais, mas, também das histórias de vida das famí-lias. Muitos documentos, livros, fotografias e vídeos se perde-ram com a enchente.

Cópia - Por falar em foto-grafia, virou moda andar por ai com uma máquina fotográ-fica à tira colo, mesmo não sabendo usá-la ou sendo pro-fissional da área. Ano eleitoral

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Casa cheia - Discursos inflamados e saída es-tratégica da base aliada ao governo

Fotos: Billy Mao

Page 3: Jornal Sabadão do Povo edição 149 - 2016

Viver significa assumir compro-missos que a vida exige a cada novo dia. Ao ser gerado o novo ser traz em si o compromisso de se desenvolver e nascer. Caso não o faça , a morte é a única certeza que o aguarda. Embora não consciente dos com-promissos que a vida lhe exigirá, todos aguardamos a chegada do novo ser com expectativa redobrada.

Ao nascer, o bebê assume com-promisso de crescer. Os pais assu-mem o compromisso de estarem atentos a esse crescimento em cada etapa, buscando apoio e orienta-ção de profissionais para sua boa saúde. Na escola o passar de ano é controlado e exigido. Caso alguma anormalidade sendo detectada, os pais são notificados para as devidas providências. Na adolescência, o primeiro namoro exige a atenção dos pais. Como adolescente, surge o compromisso da aliança de material

barato. Caso chegue ao noivado, há o compromisso de assumir res-ponsabilidade perante a família. Na cerimônia do casamento há os votos nupciais. Cada nu-bente assume publica-mente o compromisso de fazer o outro feliz. Há a promessa da pre-servação do matrimô-nio. Aqueles que não o cumprem, acabam gerando tragédias na família e na socieda-de. A fidelidade não é cumprida, gerando lágrimas e des-truição dos belos sonhos sonhados juntos e se houver filhos a tragédia pode se estender por gerações.

A ausência de caráter leva o indivíduo a não cumprir com o compromisso assumido, que tem o valor de um juramento. No Antigo Testamento, os juramentos eram per-

mitidos, menos os que profanassem o nome de Deus. Então se jurava pelos céus, mesmo sendo o trono de Deus. Pela terra que é estrado dos seus pés,

por Jerusalém, que é ci-dade o grande Rei. Pela própria cabeça, filhos, pais, mães e muitas vezes falsamente. No Evangelho de Mateus, Jesus determina que não haja juramentos de forma alguma, mas que a palavra empenhada seja cumprida de ma-

neira integral (Mat. 5.33-37).Infelizmente não é o que vi-

venciamos na prática e somos sur-preendidos justificando ausências em razão dos muitos compromissos como se fossemos onipresentes. Nossa sociedade esta precisando de uma revolução de princípios, uma revolução de caráter de integridade,

austeridade, gestão eficiente e eficaz de uma forma geral, envolvendo sociedade civil, política, jurídica, legislativa e instituições religiosas. Compromisso enseja mudança de direção, corrigindo o que esta distorcido pelo egoísmo, narcisis-mo e consumismo. Onde há falta de compromisso, a degradação e a desonestidade se estabelecem, não há desenvolvimento sustentável, a violência cresce junto com a insegu-rança. Por isso, o Filho de Deus se tornou um de nós, comprometen-do-se para nos dar vida abundante.

A exemplo de Cristo, pessoas comprometidas, coerentes, íntegras e honestas podem sofrer em uma sociedade que premia a corrupção e a desonestidade.

Antônio Carlos Cabral é Bacharel em Teologia pela Faculdade Teológica Batista Grande ABC.

OPINIÃO 3LENÇÓIS PAULISTA, 23 DE JANEIRO DE 2016 - SABADÃO DO POVO

FALE CONOSCO CNPJ: 14.647.331./0001-22

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Jornalista Responsável: Tânia Morbi Mtb: 52.193

Redação e administração Lençóis Paulista Rua André Bacili, 45

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Registrado no Cartório de Registros de Pessoas Jurídicas de Lençóis Paulista sob

número 008 - Folha 15 - Livro B1

TODOS OS ARTIGOS SÃO DERESPONSABILIDADE DE SEUS AUTORES

Tiragem: 3.000 exemplaresNa internet: http://issuu.com/billymao/docs

Lençóis Paulista - Borebi Macatuba

Para enviar foto de acontecimentos na [email protected] WhatsApp 99825-9382

Vida e compromissopr. antonio carlos cabral

Sabadão online: issuu.com/billymao/docs/

Reflexão

Intervenção sobre Charge de DUKE

billY Mao

Pelo histórico, a omissão matou muita gente

Povo lençoense: sua vassoura e sua força

railson rodrigues

Terra de cegos

A vida é feita de ciclos, muitos desses ciclos encerram-se com as etapas letivas. O fim da pré-escola, a mudança do que antes conhe-cíamos por primário e ginásio, e depois, a transição para o ensino médio. Em seguida, vem a faculda-de, que, mesmo tendo se tornado mais acessível ao povo brasileiro, ainda é um privilégio para poucos.

Essa semana aconteceu minha colação de grau do curso de Di-reito. Sem dúvidas, uma etapa a ser comemorada e um ciclo que se encerra, e tive a honra de ser o orador da minha turma, cheia de grandes talentos e de grandes seres humanos. Elaborei o discurso de cabeça, momentos antes de me pronunciar, mas das partes impor-tantes que me recordo de ter dito naqueles três minutos reservados para minha fala, aproveitei para tra-tar desta missão de profissional da área jurídica. E foi mais ou menos assim: ... É muito difícil resumir cinco anos de curso em apenas três minutos de discurso. Mas quero

iniciar dizendo que estão corretos os que dizem que não é a faculdade que faz o aluno, mas o aluno que faz a fa-culdade. Pois fizemos a nossa Unip, e a fizemos da melhor maneira, em momen-tos inesquecíveis.

Mas agora é hora de cairmos no mundão, e gostaria de fazer algu-mas analogias, primei-ramente começando com um ditado, que diz que “em terra de cego, quem tem um olho é rei”. O que me lembra uma canção, cujo nome é justamente “Terra de cego”, onde o poeta deixa claro que enquanto o povo esperar por um salvador, que não seja ele próprio, e não assumir as rédeas do próprio destino, continuará na mesma situação que sempre esteve.

Também me lembro de um livro do renomado escritor português, José Saramago, vencedor do Prêmio Nobel, que escreveu o livro “Ensaio

sobre a cegueira”, relatando um cená-rio onde todas as pessoas do mundo perdem a visão, e apenas uma mulher continua a enxergar, e vê o cenário de

barbárie que se tornou o mundo, com pessoas beirando a selvageria para conseguir comida e sobrevivência.

Um dia, explicando de onde tirou a ideia do livro, Saramago disse que, certa vez, em um restaurante, pensou: “E se todo mundo fos-se cego?” Em seguida, ele mesmo respondeu:

“Mas já somos todos cegos. Isso por-que não usamos a razão para melhorar a vida, usamos a razão para destruí-la”.

Os profissionais do direito são exatamente isso, pessoas com apenas um olho em uma terra de cegos, como no ditado. Assim, temos o dever de darmos olhos aos cegos, ouvidos aos surdos e ao mudo, darmos voz. Ao órfão, darmos uma mãe, darmos um lar

EDITORIAL

“A modernização da máquina pública e da prestação de serviços da

Prefeitura nos últimos 15 anos jádemonstram bons resultados”

Marise, em sua página no Facebook

ao desabrigado, um sorriso ao des-graçado, um alfabeto ao iletrado, alegria ao infeliz e esperança aos muitos honestos nessa terra de homens vis.

Portanto, ao sairmos da porta da faculdade, formados, e com todo o aprendizado recebido e proporcio-nado por nossos mestres, o ditado que imperará será outro, também relacionado com a malfadada ce-gueira, e é o que diz que o pior cego é aquele que não quer ver, e não se lembrará ou não aplicará tudo o que aqui aprendeu.

Assim, a mensagem que deixo é para que sejamos todos felizes, e, acima disso, que nos lembremos de nossa missão, que para muitos pode ser a missão da própria vida, que é a de assegurar a felicidade aos que não enxergam, nessa nossa sociedade, que é uma verdadeira terra de cegos.

Railson Rodrigues é pós-graduan-do em Direito Municipal e Assessor Legislativo

O recomeço a partir de qualquer ponto é sempre difícil. Seja o ponto tendo sido co-locado por algo bom ou ruim. Mas, quando para recomeçar existe uma mão ou mais que se estendem, a dificuldade minimiza e a força em seguir em frente aparece. É essa força que tem se visto em Lençóis Paulista após a tragédia anunciada que afetou tantas pessoas, apesar da revolta que permanece entre os atingidos pela possibilidade de que tanto pudesse ser salvo.

A tragédia poderia ser evitada? Ninguém em sã consciência diria que sim, uma vez que a força da natureza, aqui demonstrada pela água, é incontrolável de acordo com milhares de exemplos possíveis.

Enquanto o lençoense, morador, empre-sário ou comerciante supera suas próprias forças para se levantar da lama deixada pela enchente e retomar o equilíbrio de sua vida, os questionamentos sobre culpados é cada vez mais forte. Passada a dor, é hora de dividir o prejuízo com quem poderia ter minimizado o sofrimento de pelo menos mil pessoas.

A força da solidariedade demonstrada por tantos, após a tragédia anunciada, deve ser a mesma que as vítimas terão que ter para reivindicar que ela nunca mais se repi-ta e que as perdas – materiais, psicológicas e emocionais – sejam também divididas.

Nos dias após o ocorrido, muitos disse-ram que esta não seria a hora de procurar culpados pelo mal que assolou tantas fa-mílias. Ocorre que a força política de quem administra a cidade tende a fazer com que esta hora - de procurar, achar e punir cul-pados - nunca chegue.

Tem sido assim com o povo brasileiro e lençoense, contra quem sempre arrebenta o lado fraco da corda, mas que por ser o braço forte da história dá conta de remendar e reconstruir o país, e agora a cidade e suas próprias vidas. Para quem detém o poder, a culpa é sempre apenas dos outros, como se tem visto na atual crise financeira, contra a qual o município tem agido timidamente, enfatizando por outro lado, através de seus nomes políticos expoentes, que a culpa é do Governo Federal, sequer citando que ela é reflexo de um tormento mundial bem maior, demonstrando ainda um ineficaz planeja-mento para enfrentá-la. Planejamento que define basicamente: corte do mais fraco.

A força da população é bem maior do que ela própria acredita, considerando o quanto é desestimulada a isso durante toda a vida. Não só os lençoenses atingidos têm direito de reivindicar que a Justiça puna exemplar-mente culpados, como pode aproveitar a ocasião para rever conceitos políticos que estão mais que ultrapassados no município.

Não se trata de caçar bruxas, mas de se posicionar enquanto personagem principal da história deste município, que embora tenha uma população ordeira, pacífica, trabalhadora vem sendo desprestigiada ao longo da história que insiste em enaltecer personagens, quando é o povo de Lençóis que escreve sua história. Esse mesmo povo forte que vem aguentando os males que lhes são impostos.

Se para se posicionar como personagem principal da história, e por isso com direi-to a ser ouvido e respeitado, seja preciso estender a faxina que começou dentro da casa de cada um até os poderes públicos responsáveis por administrar a cidade, que assim seja.

As vilas Contente e Repke, com a água até o telhado e detritos que desceram de uma enchente anunciada, são o maior retrato da demagogia que pune os pobres e quem mora em áreas de risco. É o resultado da ausência de uma política habitacional para famílias de baixa renda. É a improvisação do salve-se quem puder. É o retrato da geração de políticos que jamais pensaram a longo prazo, no bem estar da população e das cidades, e buscam como podem, salvar a pró-pria pele, acusando outros daquilo que eles mesmos fazem: politicagem e insensibilidade com a fatídica e anunciada tragédia.

Quem inundou as casas das famí-lias de água suja e lama não foi só a chuva. Foram governos negligentes, demagogos e irresponsáveis em Len-çóis e Borebi. Uma tragédia que teve seu prenúncio em 2006. Lá se vão mais de nove anos. Onde estavam os governantes neste período?

O jornal Sabadão nasceu em outu-bro de 2011 já com uma linha editorial muito próxima dos anseios da popu-lação, ano que teve outra enchente. Desde lá, sempre buscamos fontes sérias para complementar as matérias

do jornal quando há necessidade de especialização no assunto pautado.

Foi o que ocorreu na matéria de capa da última edição, cuja man-chete, se originou a partir da informação de que o Presidente da Defesa Civil, José Antônio Marise, ti-nha conhecimento da gravidade em rela-ção a possibilidade de enchente. O próprio presidente disse isso durante entrevista ao jornal. E, inclusive, o Prefeito de Borebi teria dado a informação às 17h do dia 12, de que represas se romperiam. O problema foi que o Presidente quis acreditar em um suposto histórico pluviométrico e não acreditou nas informações que tinha em mãos. Optou por acreditar num histórico improvável, diante das mudanças climáticas ocorridas até agora, e colocou a população em risco.

Ocorre que o jornal não omitiu, em nenhum momento, qualquer informação sobre o ocorrido, aliás, se prontificou a checar os pontos de alagamento durante toda a segunda-

feira, na terça e depois, durante a enchente, na quarta-feira.

Como veículo de Utilidade Pú-blica o jornal se prestou a fazer o

que lhe cabia naquele momento e nos cabe agora. Buscar culpa-dos, buscar a omissão de informação e punir cabe apena ao Minis-tério Público, que já abriu um Inquérito. Ao jornal cabe repor-tar, sem omissão de informação, o que viu, o que presenciou e dar

voz às pessoas atingidas, ouvir o que têm a dizer.

O momento é ímpar na história de Lençóis Paulista. Muita gente so-freu perdas materiais e sentimentais. Duas, perderam a vida.

Nos sensibilizamos com o ocor-rido, mesmo não sendo escutados. Não queremos ser heróis de nada, não queremos levantar bandeira de batalha nenhuma. Seguimos, como antes, fazendo o que nos cabe: infor-mar com seriedade. E é justamente por essa seriedade e compromisso com nosso leitor e com a comu-nidade que publicamos parte da

entrevista feita com técnico Sidney Aguiar, na rede social Facebook.

Sidney diz não ser político, po-rém, foi ao rádio na tarde do dia 19 de janeiro, dizer que o jornal usou a informação/entrevista para fazer politicagem. Uma vergonha neste momento. Como vice - pre-sidente do Partido Verde (diga-se, conseguido na mão grande para apoiar a atual administração) fez politicagem acusando o único jornal que questionou o posicio-namento da administração.

Ora, é sabido que apenas o jornal Sabadão publicou que a administra-ção sabia do iminente perigo e não avisou a população da forma que deveria. É lastimável que profissional tão competente em relação ao Meio Ambiente se preste a este papel para “aliviar o lado” da administração, independentemente do que pensam aqueles que foram atingidos. É las-timável, depois de tamanha omissão seguida de uma tragédia, que ainda fiquem com esse joguinho dizendo que a cobrança séria é politicagem de oposição. Basta de demagogia.

Billy Mao é jornalista - repórter fotográfico - com Ruth de Aquino

QUASE

Page 4: Jornal Sabadão do Povo edição 149 - 2016

4LENÇÓIS PAULISTA, 23 DE JANEIRO DE 2016 - SABADÃO DO POVOGERAL

Reunião emergencial une empresas afetadas em Borebi

A Promotora Débora Orsi Dutra, que instaurou Inquérito, após ocorrido, quer agilidade na prevenção; identificação de responsáveis segue paralela

Apoio - Rodovia da Amizade foi ‘cortada’ pela água; empresas se unem para minimizar impactona economia do município a pedido do prefeito Manoel Frias Filho (foto: detalhe)

Billy MaoO prefeito de Borebi, Ma-

noel Frias Filho, convocou uma reunião emergencial, na manhã do último dia 20, com representantes de empresas que atuam em Borebi e Agudos (Ascana, Tecnocana, Agrica-na, Milani Madeiras, Suzano, Lwarcel, Prefeitura de Agudos e Parceiros representando a Zilor) para propor um mutirão de re-cuperação de pontes e estradas atingidas pela chuva da última semana.

O secretário de Transporte e Vias Públicas de Agudos, Joaquim Nicolau Jr., o Birola, também participou da reunião. Agudos foi o município mais atingido pelas fortes chuvas que caíram na região centro-oeste na última semana. Segundo in-formações meteorológicas, teria precipitado cerca de 437mm de chuva entre os dias 8 e 12. Em apenas um dia teria chovido cerca de 260 mm. Os prejuízos de apenas uma empresa parti-cipante da reunião estariam em torno de R$5 milhões.

Manoel Frias reuniu as em-presas para pedir ajuda na ma-nutenção de pontes e estradas.

Segundo o prefeito, o municí-pio não tem condições de arcar sozinho com a reconstrução dos locais atingidos. “Tivemos uma perda de 20% do repasse estadual e a arrecadação não subiu, já teremos que promover ajustes para não ultrapassar os limites prudenciais da folha de pagamento, como vamos reconstruir esse estrago todo?”, questionou o prefeito.

Representantes das empresas terceirizadas do setor sucroal-cooleiro e madeiras foram positivos em oferecer ajuda ao município de forma conjunta.

“Precisamos nos unir neste momento para recuperar o que for possível. Vamos em busca de apoio do governo estadual, do secretário da Agricultura e onde mais for preciso, no en-tanto, o que precisa ser feito de imediato, nós que teremos que realizar”, explanou Beto Artioli, que apresentou um panorama dos estragos em áreas atingidas em Borebi e Agudos.

A reunião serviu para aproxi-mar o município e os empresá-rios para um bem comum que é a liberação das estradas para o fluxo de coleta de madeira e

o replantio de cana, bem como para a passagem dos cidadãos.

Na prática, a Prefeitura de Borebi promoveu um levan-tamento de custos para a exe-cução de uma obra provisória nas rodovia da Amizade, que liga Borebi a Agudos, onde o estrago teria sido maior. E tam-bém na estrada que liga Borebi à Iaras, passando pela Fazenda Boa Vista. As obras tiveram início na manhã de ontem, em regime de parceria e servirão para liberar o tráfego.

Para a obra completa, o prefeito esclareceu que está marcada uma audiência com o secretário de Agricultura, Defe-sa Civil do Estado e, possivel-mente, com o governador, no dia 27 deste mês, onde deverá ser apresentado o levantamento geral dos estragos causados nos dois municípios.

Ainda na rodovia da Ami-zade, no km 6, o córrego da Serrinha receberá manutenção para evitar o aumento da erosão causada na via. O mesmo de-verá ser feito na Água do Jacú, onde a borda da tubulação de escoamento está se rompendo.

Para Birola, o estrago em

Agudos não impede a parceria em Borebi. “Essas estradas passam por Agudos e temos que juntar forças para resolver o problema”, disse. O secretário contou ainda que para cada ma-nutenção a ser feita nas estradas serão cerca de 100 caminhões de terra, piçarras e pedras. “Pa-rece pouco, mas o consumo de combustível e mão de obra é bem grande”.

Manoel Frias filho contou que pretende falar com dirigen-tes do Movimento dos Sem Ter-ras para pedir ajuda no contato com o Governo Federal. Uma fazenda que está em trâmite no Incra para assentamento, a Ponte Alta, está praticamente isolada. As pontes que dão acesso ao acampamento na margem da estrada estão todas comprometidas, o que atinge diretamente os integrantes do movimento. “Vou falar com o dirigente para que eles também entrem nessa somatória de for-ças para que possamos resolver todos os problemas. O que aconteceu não atinge só a mim ou as empresas, atinge a toda população, seja de qual cidade for”, finalizou Frias.

PREFEITURA MUNICIPAL DE BOREBI/SP

AVISO DE LICITAÇÃOTomada de Preços nº 002/2016 – Objeto: Contratação de em-

presa para prestação de serviços na área de Educação Física, para compor o Núcleo de Apoio ao Programa Saúde da Família (NASF) na Unidade Mista de Saúde João Raposo dos Reis. Entrega dos envelopes de documentos, propostas e do credenciamento: Dia 12 de fevereiro de 2016, às 11:00 horas, no Setor de Licitações da Prefeitura. O edital na íntegra encontra-se à disposição dos interessados no Setor de Licitações da Prefeitura, localizado na rua 12 de Outubro, nº 429, Centro, Borebi/SP, no horário das 8:00 às 11:30 e das 13:00 às 16:00 horas, ou solicitando-os através do e-mail [email protected].

Borebi, 21 de janeiro de 2016.

Manoel Frias Filho - Prefeito Municipal.

Tania MorbiO Ministério Público de Len-

çóis Paulista aguarda a presença de técnicos do IPT (Instituto de Pes-quisas Tecnológicas), órgão ligado a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de São Paulo, que irão emitir laudos para definir o destino dos imóveis invadidos pela enchente na semana passada em Lençóis Paulista, além de obras preventivas que a Prefeitura deverá realizar. Os laudos do Instituto irão apontar quais casas e ruas, que foram tomadas pela água do rio Lençóis e córrego Corvo Branco, poderão ser preservadas ou quais deverão ser removidas para evitar novos danos à população.

As ações que devem definir res-ponsabilidades seguem paralelas às que visam a prevenção e atendimen-to rápido à população atingida, de acordo com a Promotora de Justiça Débora Orsi Dutra. “Encaminhei o ofício com urgência ao IPT para que os técnicos venham a Lençóis e façam mapeamento de todas as áreas de risco”, afirmou. Com o levantamento, será possível definir, segundo a Promotora, onde as fa-mílias poderão continuar morando ou não, assim como os locais onde a Prefeitura deverá realizar obras de prevenção. “Com relação a prevenção e resolver o problema da população em relação à moradia, os laudos do IPT vão nos ajudar”.

Após o levantamento, o MP deve convocar a Prefeitura, para que através de convênios com a CDHU (Companhia de Desen-volvimento Habitacional e Ur-

Laudo pedido por MP vai apontar quais imóveis permanecem em áreas de risco em Lençóis

bano) seja oferecido à população tanto auxílio moradia temporá-rio, durante a reconstrução do que possa ser recuperado, como a entrega definitiva de casas para as pessoas que não puderem re-tornar para seus imóveis. “Isso já vinha sendo falado entre Prefei-tura e CDHU em relação à Vila Contente. Mas, de acordo com as tratativas e as informações da Prefeitura e CDHU foi afastada a possibilidade em relação ao local, mas agora essa tratativa deve ser retomada”.

RepresasA pedido do Ministério Pú-

blico, na segunda-feira, dia 18, técnicos do DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica), do Estado, vistoriaram nove represas em Borebi. Em seis delas, foi cons-tatado rompimento. As vistorias ajudarão nas ações preventivas, mas deverão contribuir para apurar

responsabilidades. Embora não tenham sido fisca-

lizadas represas em Lençóis Paulis-ta, onde o jornal Sabadão do Povo apurou que ao menos quatro tive-ram transbordo ou rompimento, a Drª. Débora Orsi Dutra afirmou que as vistorias poderão ainda ser feitas, de acordo com o andamento do inquérito civil instaurado na semana passada para apurar as causas da enchente.

A reportagem do jornal Saba-dão esteve na região das Chácaras Tia Emília, onde o rompimento de uma represa destruiu a estrada municipal que dá acesso à região de Virgílio Rocha e a um pesqueiro. A estrada passava sobre o riacho, cuja a represa usava a estrada como bar-ragem. Com a quantidade de água acumulada, a terra não suportou e cedeu justamente com a estra-da. “A gente vai trabalhando de acordo com informações que vão

chegando. Apurando a necessidade de diligência a gente vai fazendo”, garantiu a Promotora.

2006 sem culpadosEntre os procedimentos já ins-

taurados no Ministério Público, relativos a enchentes ocorridas em anos anteriores, a Promotora afirmou que aguarda o retorno do Promotor de Meio Ambiente, Ricardo Takashima Kakuta, para averiguar toda documentação, porém já pode verificar que, após uma grande enchente, em 2006, foi instaurado um inquérito que não apurou na época a respon-sabilidade da inundação, apenas apurando os danos ambientais. “Infelizmente, os laudos técnicos da época não atribuíram respon-sabilidades, falaram apenas em chuva e o procedimento continuou apenas para apurar danos ambien-tais”, lamentou.

PREFEITURA MUNICIPAL DE BOREBIDECRETO Nº 005 / 2016

Declara ESTADO DE CALAMIDADE PÚBLICA, por consequência de situação de alteração intensa e grave das condições de nor-malidade caracterizada como CHUVAS INTENSAS – COBRADE 1.3.2.1.4, conforme IN/MI 01/2012, na área territorial do município Borebi-SP e dá outras providencias.

O Prefeito Municipal de Borebi, SR. MANOEL FRIAS FILHO, usando das atribuições que lhe são conferidas por Lei, e

Considerando que, o território do Município de Borebi estende-se à Leste/Nordeste até o leito do Rio Lençóis, e que, seus principais afluentes, no Município, são o Ribeirão São Matheus e Córrego das Antas;

Considerando que, a Área Urbana do Município de Borebi en-contra-se circundado pelo Córrego das Antas (principal), Coronel Leite e Córrego do Jacu, sendo que, nesses locais existem pontos de represamento de águas fluviais;

Considerando que, entre os dias 08 e 13 de janeiro ocorreu uma forte chuva na bacia do Rio Lençóis e afluentes a qual ultrapassou 430 milímetros, sendo que, 260 mm penas no dia 12 de janeiro, causando, neste dia, o aumento anormal das águas fluviais;

Considerando que as represas existentes nas cabeceiras do Córrego das Antas, Córrego Coronel Leite e Ribeirão São Matheus não suportaram o grande volume de água do dia 12 de janeiro e acabaram cedendo;

Considerando que, com a ruptura das represas, as águas es-tocadas ali desceram com grande velocidade e violência por seus respectivos cursos causando grandes estragos nas áreas Urbana e Rural do Município de Borebi e Lençóis Paulista;

Considerando que, a forte enxurrada provocada pelas águas dessas represas destruiu Ruas, Calçadas, Avenidas, Tubulações, Pontes, Estradas, Galerias, alagou Casas, derrubou Muros, Alam-brados, Postes de Energia, cavou Crateras, desbarrancou o Leito dos Córregos, destruiu Áreas de Preservação Permanente, entre outros danos de menores proporções;

Considerando a necessidades de regularizar uma situação jurí-dica especial, que permita o atendimento rápido às necessidades temporárias de excepcional interesse público das áreas atingidas;

Considerando por fim, que os prejuízos apurados vão além do inicialmente quantificado, e que, não serão superáveis e suportáveis pelo Governo Municipal, e que, o restabelecimento da situação de normalidade dependerá da mobilização de Órgãos de outras esferas Administrativas.

D E C R E T A :

ARTIGO 1º. Fica declarado ESTADO DE CALAMIDADE PÚBLI-CA nas áreas do município contidas no Formulário de Informações do Desastre – FIDE e demais documentos anexos a este Decreto, em virtude do desastre classificado e codificado como DESASTRE METEOROLÓGICO – CHUVAS INTENSAS – COBRADE 1.3.2.1.4, conforme IN/MI nº 01/2012.

ARTIGO 2º. Autoriza-se a mobilização de todos os órgãos muni-cipais para atuarem sob a coordenação sob a coordenação da Dire-toria Municipal do Meio Ambiente e Agricultura, Diretoria Municipal de Obras, Engenharia e Serviços Púbicos e Defesa Civil, nas ações de resposta ao desastre e reabilitação do cenário e reconstrução.

ARTIGO 3º. Autoriza-se a convocação de voluntários para refor-çar as ações de resposta ao ESTADO DE CALAMIDADE PÚBLICA e realização de campanhas de arrecadação de recursos junto à comunidade, com o objetivo de facilitar as ações de assistência à população afetada pelo desastre, sob a coordenação da Diretoria Municipal de Ação Social, Diretoria Municipal do Meio Ambiente e Agricultura, Diretoria Municipal de Obras, Engenharia e Serviços Púbicos e Defesa Civil.

ARTIGO 4º. De acordo com o estabelecido nos incisos XI e XXV do artigo 5º da Constituição Federal, autoriza-se as autoridades ad-ministrativas e os agentes de defesa civil, diretamente responsáveis pelas ações de resposta ao ESTADO DE CALAMIDADE PÚBLICA, em caso de risco iminente, a:

I – penetrar nas casas, para prestar socorro ou para determinar a pronta evacuação;

II – usar de propriedade particular, no caso de iminente perigo público, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano.

Parágrafo Único: Será responsabilizado o agente da defesa civil ou autoridade administrativa que se omitir de suas obrigações, relacionadas com a segurança global da população.

ARTIGO 5º. De acordo com o estabelecido no Art. 5º do De-creto-Lei nº 3.365, de 21 de junho de 1941, autoriza-se o início de processos de desapropriação, por utilidade pública, de propriedades particulares caso se faça necessário.

ARTIGO 6º. Com base no Inciso IV do artigo 24 da Lei nº 8.666 de 21.06.1993, sem prejuízo das restrições da Lei de Responsabilidade Fiscal (LC 101/2000), ficam dispensados de licitação os contratos de aquisição de bens necessários às atividades de resposta ao desastre, de prestação de serviços e de obras relacionadas com a reabilitação dos cenários dos desastres, desde que possam ser concluídas no prazo máximo de cento e oitenta dias consecutivos e ininterruptos, contados a partir da caracterização do desastre, vedada a prorrogação dos contratos.

ARTIGO 7º. Este Decreto entrará em vigor na data de sua publi-cação devendo vigorar por um período de 180 (cento e oitenta) dias, podendo ser prorrogado por igual período se necessário.

ARTIGO 8º. Fica revogado o Decreto Nº. 004/2016 de 13 de Janeiro de 2016 o qual dispõe sobre Situação de Emergência.

REGISTRE-SE, PUBLIQUE-SE, CUMPRA-SE.

Borebi/SP, 19 de janeiro de 2016.

MANOEL FRIAS FILHOPrefeito Municipal

Publicado no Átrio da Prefeitura em 19 de Janeiro de 2016 às 09:00h.

Vila Contente - Em área de risco, casas ficam submersas na enchente

Fotos: Billy Mao

Page 5: Jornal Sabadão do Povo edição 149 - 2016

RÁPIDASSAÚDE 5

LENÇÓIS PAULISTA, 23 DE JANEIRO DE 2016 - SABADÃO DO POVO

www.saletecortez.com.br

Atingidos devem buscar porprogramas e benefícios disponíveis

Receitaspara você!Chef Paulo Campanholi

CARNE DESFIADA COM PURÊ DE MANDIOCAINGREDIENTES

1 kg de coxão duro limpo (deixe um pouco da gordura)2 dentes de alho amassados2 colheres (sopa) de tomilho fresco½ colher (sopa) de alecrim3 colheres (sopa) de azeite2 xícaras (chá) de caldo de carne3 colheres (sopa) de vinagre balsâmico (aceto balsâmico)4 xícaras (chá) de água500 g de mandioca descascada e cortada em pedaços2 colheres (sopa) de manteiga2 colheres (sopa) de salsinha picada grosseiramenteSal a gosto

Modo de preparo Tempere a carne com sal, o alho, o tomilho e o alecrim. Em

uma panela de pressão, aqueça o azeite e frite a carne até dourar bem de todos os lados. Junte o caldo e o vinagre e tampe a pane-la. Cozinhe por 1 hora e 30 minutos em fogo baixo (marcados quando a panela começar a chiar). Enquanto a carne cozinha, prepare o purê de mandioca: em uma panela média, coloque a água, junte a mandioca e cozinhe, por 25 a 30 minutos ou

até que fique macia. Escorra a água e amasse com um garfo ou espremedor de batatas até obter um purê. Volte ao fogo, junte a manteiga e o sal e misture até formar uma massa cremosa. Retire a panela da carne do fogo e espere sair a pressão. Verifique se a carne está macia.

Deixe amornar ligeiramente, desfie em lascas grandes e pol-vilhe salsinha. Sirva a carne desfiada com o purê ao lado. Bom apetite!!

As mais de 1.000 pessoas que foram atingidas pela enchente do dia 13 de fevereiro, de acordo com dados da Prefeitura de Lençóis Paulista, devem procurar a direto-ria de Assistência Social do muni-cípio para fazer o cadastro que dará acesso a programas sociais e outros benefícios disponíveis por lei. Os prejuízos causados pela enchente em Lençóis devem ser de R$ 35 milhões, somados os estragos na região agrícola e no comércio. Em Borebi, levantamento preliminar aponta prejuízos podem chegar a R$ 15 milhões.

Nesta sexta-feira, dia 22, a Prefeitura de Lençóis informou que 30 imóveis continuam inter-ditados, sem previsão de serem liberados, dos 300 que foram atingidos pela enchente. Somados os danos causados na zona rural, no comércio e no município de forma geral, o custo para a recupe-ração deve ser de R$ 35 milhões.

Embora tenha o número de famílias atingidas, é preciso que as vítimas façam o cadastro junto à Assistência, no Tonicão ou na sede da diretoria, para poderem

ser beneficiadas por programas sociais disponíveis, como auxílio moradia ao aluguel social, uma vez que a Prefeitura não deve fazer um chamamento público às vítimas, cabendo a cada família se garantir de que será beneficiada.

Esta semana, apenas a ponte que dá acesso à Vila Repke (Frigol) continuava em manutenção, de acordo com a assessoria da Prefei-tura, com previsão de ser liberada ainda na sexta-feira, dia 22.

Levantamento feito pela Acil-pa (Associação Comercial e Industrial de Lençóis Paulista), divulgado esta semana, aponta que 82 empresas – entre estabe-lecimentos comerciais, indústrias e prestadores de serviço – foram atingidas pela enchente do rio Lençóis, com um total que varia entre R$ 12 e R$ 15 milhões em prejuízos materiais.

De acordo com a Acilpa, 64 empresários declaram suas per-das aproximadas entre estoque e produtos a venda, 10 não tinham contabilizado as perdas até a quarta-feira, dia 20, e oito não haviam sido localizados.

Uma tubulação do emissário de esgotos que segue para a Es-tação de Tratamento se rompeu na altura das vilas Contente e Mamedina e está despejando todo o esgoto coletado na ci-dade nas águas do rio Lençóis.

O rompimento ocorreu depois da enchente que assolou Lençóis Paulista. Com a força

Moradores enviaram a foto acima acompanhada de uma reclamação que está ocorren-do por toda a cidade: mato alto e bichos peçonhentos.

A reclamação se deve prin-cipalmente à quantidade de animais peçonhentos en-contrados dentro das casas. Os moradores relatam que a “aranha marrom” e até cobras são encontradas diariamente.

Este é um problema que se repete todos os anos devido o período de chuvas que colabo-ra com o crescimento rápido do mato e a busca frenética dos animais por locais quen-

Devido à quantidade de produtos arrecadados em Lençóis Paulista, destina-dos às famílias atigidas pela enchente, a diretoria de As-sistência Social fez, na terça-feira, dia 19, uma doação às famílias de Borebi, que tam-bém sofreram perdas devido à inundação.

De acordo com a diretora Elizabeth Athanásio, foram destinados 30 cestas básicas, 30 fardos de leite e 30 galões

Assistência de Lençóis repassa doações para Borebi

Emissário se rompe e esgoto escorre direto para águas do rio Lençóis

Moradores do Santa Terezinha eJardim Carolina reclamam de mato

de água, além de uma grande quantidade de peças de rou-pas, que foram transportados por um caminhão da Prefei-tura de Borebi.

A diretora afirmou que a quantidade de doações surpreendeu a todos, espe-cialmente de roupas, por isso, desde esta semana, as ret iradas de peças estava totalmente liberadas para as famílias atingidas, mesmo as que já haviam sido atendidas.

da correnteza, a cabeceira da ponte de travessia entre bairros não suportou a pressão e tam-bém ruiu, cooperando com o rompimento do emissário.

O SAAE deu início esta semana à recuperação da rede de coletores e interceptores que fazem parte do sistema da ETE.

tes e seguros. E as residências oferecem isso.

Para o morador, enquanto a manutenção desses locais públicos não ocorre, é bom ficar atento. Tapar os vãos das portas com pano de chão é uma opção para que esses animais não invadam as ca-sas. A atenção deve ser maior quando na residência houver crianças.

DrogasEsses locais também esta-

riam sendo pontos para escon-der drogas que são traficadas nos bairros periféricos.

Na quarta-feira, dia 20, os últimos abrigados devido à enchente deixaram o Csec, que atendeu durante uma semana pessoas que tiveram que deixar suas casas e não tinham para onde ir. Foram

90 atendidos, de acordo com a diretora, a maior parte de-les, voltaram para suas casas, após avaliação de engenheiros da diretoria de Obras, outra parte teve que alugar novos imóveis para se instalarem.

A Acilpa realizaria nesta sexta-feira, dia 22, uma reunião com os empresários afetados pela en-chente parar tratar dos problemas comuns a todos.

Até esta semana, muitos co-merciantes já haviam retomado suas atividades nos próprios pré-dios onde estavam instalados ou em endereços temporários, até que os imóveis sejam avaliados e liberados pela Defesa Civil.

Algumas lojas fizeram ven-das de estoque e promoções para movimentar o comércio e

injetar recursos na recuperação de suas perdas.

Em Borebi, os prejuízos causados podem chegar a R$ 10 milhões, de acordo com a Prefeitura, uma vez que um levantamento preliminar já atingiu o total de R$ 7,4 mi-lhões, mesmo sem ainda estar totalmente concluído, o que deve ocorrer na próxima sema-na. A Prefeitura contratou um engenheiro para fazer o estudo, e tem apoio das empresas do ramo canavieiro.

Centro - Av. 25 e adjacentes foram atingidas

Mato - Moradores fizeram parte da limpeza

Fotos: Billy Mao

Page 6: Jornal Sabadão do Povo edição 149 - 2016

A FARMÁCIA DA CRUZEIRO MUDOU

DE ENDEREÇO.CONFIRA!!!

LENÇÓIS PAULISTA, 23 DE JANEIRO DE 2016 - SABADÃO DO POVOGERAL6

Enchente destruiu pontes e estradas rurais

Moradores estão preocupados com quantidades de lixo e o perigo da dengue

Cerca de 30 pontes e mais de 300 km de estradas teriam sido afetados pelas chuvas que caíram em Lençóis Pau-lista e toda a região, segundo informações da Defesa Civil.

Além desse estrago, pelo menos quatro represas teriam se rompido na zona rural do município. Três na região de divisa de Borebi e uma atrás das Chácaras Tia Emília e Pe-

A solidariedade da população lençoense e de outras cidades com as vítimas da enchente da semana passada impressionou, devido à rapidez da ajuda dos voluntários e da quantidade de doações alcançada. Mas, se para as pessoas esse amparo tem sido fundamental na retomada do cotidiano, para muitos ani-mais valeu suas próprias vidas. Apenas a Associação Protetora recolheu mais de 50 durante a inundação, além do trabalho de resgate feito por voluntárias, como do grupo de protetores Anjos da Rua, que assim como outros, mantém o amparo dos animais, após o ocorrido.

A presidente da Associação, Fabiane Ibarra Natali, contou que muitos animais foram socorridos durante a enchente, que invadiu casas de voluntárias e lares temporários que tinham animais sob sua guarda, mas também animais de rua foram sendo recolhidos no centro e bairros da cidade, conforme eram encontrados, andando perdido pelas ruas.

Voluntários são mãos que salvam, mesmo em meioà enchente; animais vão para abrigos para doação

A saída para abrigar todos, segundo ela, foi enviar emergen-cialmente parte do animais para um canil particular, custo que as voluntários terão que cobrir, além de novos lares temporários e de um espaço temporário foi cedido pela Prefeitura.

Generosas doações de ração têm ajudado a manter a alimen-tação de cães e gatos, inclusive de famílias que permaneceram com seus animais, mas não têm condições de custear a ração devido às perdas que tiveram.

Porém o maior problema enfrentado por todos os volun-tários continua sendo a falta de um local adequado para cuidar dos animais. Problema que se agravou com a enchente e a pre-cariedade dos recursos públicos disponibilizados. Tanto que o repasse feito para a Associação pela Prefeitura, que chegou a ser de R$ 5 mil mensais, após emendas feita ao orçamento por vereadores, baixou para R$ 2,8 mil, mesmo antes da enchente, o que fez com que as castrações de animais com dono

conhecido fossem suspensas, mantendo-se apenas as de ani-mais de rua, como determina o convênio com o município.

AnjosO grupo Anjos da Rua, for-

mado por protetores indepen-dentes, esteve no sábado, dia 16, nos bairros atingidos pela enchente, como vilas Conten-te,Bacili e Repke para auxiliar os cães e gatos de rua e aqueles cujos donos tiveram as casas atingidas. “Alimentamos e distribuímos

água a todos os que encontramos, indistintamente e distribuímos ração para as famílias que pos-suíam animal”, informou Ivani Bispo, uma das voluntárias. Foram mais de 50 kg de ração de cão e gato, segundo ela.

Além de comida, as vo-luntárias registraram todos os animais que apresentavam problema de saúde, e no do-mingo, dia 17, a pedido do grupo, a veterinária Mariana Pasqualinotto consultou e medicou vários animais, apli-cou injeção de antibiótico, vermifugou, aplicou remédio para carrapato e sarna. Foram atendidos até animais cujas casas não haviam sido atingi-das pela enchente, porém, de pessoas sem condições de levar os animais ao veterinário.

Os cuidados seguiram duran-te esta semana, com a entrega de ração, poda, castração e atendi-mento médico de animais cujos donos estão abrigados em casas de parentes e não podem man-ter sua guarda. Os cães foram colocados em lares provisórios.

dreira, na estrada municipal que vai para Virgílio Rocha e Pesqueiro Bom Jardim.

A reportagem do Sabadão do Povo fez um percurso e registrou vários pontos de estragos na zona rural. Na estrada de Santa Bárbara, a Osni Mateus - SP 261- a chuva causou erosão em vários trechos.

Na região do Vale da Ra-posinha, ainda em Lençóis Paulista, a erosão foi causada no meio do canavial e deve gerar prejuízos, tanto para a cultura, quanto para o meio ambiente. A areia assoreou grande parte da bacia do córrego Faxinal.

As represas conhecidas como “Garrido”, também se romperam e a estrada rural que liga Lençóis até Borebi está interditada devido o rompimento de pelo menos 20 metros do aterro.

Represas menores que não chegaram a se romper cooperaram com a enchente por terem transbordado. Foram várias por toda a zona rural. Uma que serve para abastecimento de caminhões na região do Faxinal teve seu nível tão elevado que chegou

a formar erosão nas bordas do aterro, ficando com a aparência de que não teria suportado e se rompido, caso a chuva tivesse continuado.

Lagos com menor propor-ção também sofreram uma inesperada cheia e trans-bordaram. Neste caso, esses “lagos” não entram nas esta-tísticas de rompimento.

Em Agudos, a represa da Fazenda Serrinha teria se rompido parcialmente e for-çado a barragem na rodovia da Amizade. Outra represa formada a partir da água do Pelintra, conhecida como região Ametista, também teria se rompido escorrendo para o rio Lençóis.

Ainda em Agudos, a repre-sa da Fazenda Santo Antônio também não suportou as chuvas e se rompeu, causan-do o rompimento da barra-gem na rodovia da Amizade próximo à Curva do Carvão, no Km 9 da rodovia.

Na região do Corvo Bran-co, pelo menos uma barra-gem teria se rompido e outra transbordado causando a primeira inundação em uma casa da Vila Bacilli ainda na madrugada da segunda-feira,

11, destruindo a ponte da rua André Bacilli.

Na ocasião, a Prefeitura informou que o ocorrido te-ria sido devido à quantidade de entulhos e inservíveis jo-

gados no córrego. O sistema de bombeamento implan-tado na Vila Contente não foi suficiente para evitar a enchente que deixou metade do bairro desabrigada.

Moradores de várias partes do município e Lençóis Paulista estão preocupados com a quan-tidade de lixo arrastado pela enchente e sacolas plásticas que ficaram presas nas margens do rio Lençóis e córrego da Prata.

Para os moradores que recla-maram da situação ao Sabadão do Povo, uma saída para ame-nizar a presença do mosquito da dengue, outro vilão que ater-

roriza a cidade, seria uma força tarefa com voluntários para fazer a coleta dessas sacolas e lixo.

Para internautas, na rede social Facebook, a praça Ézio Frezza é um dos locais que pode receber atenção do voluntariado. Nas conversas fica evidente que somente a Prefeitura não dará conta de remover toda a sujeira. “...poderia ser montado um gru-po de voluntários para cooperar

na coleta dessas sacolas. Parece pouco, mas se cada um ajudar um pouquinho, facilitaria...”, disse um dos internautas.

Várias ações para a limpeza das margens do rio já ocorrem no decorrer do ano, mas devido a urgência, uma frente deverá ser formada para minimizar o pro-blema, assim como ocorreu com o centro comercial na Avenida 25 de janeiro, onde a cooperação

mútua foi fundamental.

Diretoria de SaúdeEntre os dias 18 e 22 de janei-

ro, supervisores de saúde comu-nitária e agentes comunitários de saúde realizaram a Avaliação de Densidade Larvária e Índice de Breteau em Lençóis Paulista. A Sucen orienta que a medição seja feita no começo do ano, por se tratar de período de

maior infestação do mosquito aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. O bairro de Alfredo Guedes também será avaliado, mas em cronograma diferente.

Na área urbana, foram sortea-dos 946 imóveis para visitação, em diferentes bairros. A orienta-ção da Sucen é que pelo menos 600 imóveis passem por vistoria. Durante a visita, os supervisores e

agentes registram quantos locais estavam com água e apresenta-vam propensão ao surgimento de larva, assim como os locais que já tinham larvas e catalogaram o tipo de recipiente encontrado.

Esta semana Lençóis Paulista registrou o primeiro caso de dengue do ano. Trata-se de uma moradora da Bela Vista, que esteve em Jaboticabal, antes de apresentar sintomas.

Lençóis - Rompimento na divisa

Contente - Cão foi resgatado de telhado

Lençóis - Erosão na estrada de Santa Bárbara Lençóis - Caminho do Bom Jardim

Agudos - Rodovia da Amizade, faz. Serrinha

Fotos: Billy Mao