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IMPRESSO ESPECIAL 1790/2004-DR/ES SEDES/UVV CORREIOS Saiba o que acontece na comunidade UVV Páginas 2 e 3 Conheça o Serviço de Orientação ao Aluno Página 6 Os encantos da dança do ventre Página 7 Aquecimento global: um problema de todos ANO II • Nº 33 JORNAL DO CENTRO UNIVERSITÁRIO VILA VELHA • UVV • FACULDADE DE VITÓRIA • FACULDADE DE GUAÇUÍ • MARÇO/ABRIL/2007

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Conheça o Serviço de Orientação ao Aluno Páginas 2 e 3 Página 6 Página 7 ANO II • Nº 33 JORNAL DO CENTRO UNIVERSITÁRIO VILA VELHA • UVV • FACULDADE DE VITÓRIA • FACULDADE DE GUAÇUÍ • MARÇO/ABRIL/2007 IMPRESSO ESPECIAL 1790/2004-DR/ES SEDES/UVV CORREIOS

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IMPRESSO ESPECIAL1790/2004-DR/ES

SEDES/UVVCORREIOS

Saiba o que acontece na comunidade UVV

Páginas 2 e 3

Conheça o Serviço de Orientação ao Aluno

Página 6

Os encantos da dança do ventre

Página 7

Aquecimento global: um problema de todos

ANO II • Nº 33 JORNAL DO CENTRO UNIVERSITÁRIO VILA VELHA • UVV • FACULDADE DE VITÓRIA • FACULDADE DE GUAÇUÍ • MARÇO/ABRIL/2007

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Jornal Saber“Saber” é uma publicação interna do Centro Universitário Vila Velha (UVV)

Faculdade de Vitória e Faculdade de Guaçuí Ano II – Número 33 – MAR/ABR/07

Conselho Editorial: Luciana Dantas, Ana Maria Bartels Rezende, Maria Anunciata Mitrogiani Costa, Ester Maria Klippel, Alessandro Darós, Flávia Borges Varejão, Marlene Elias Pozzatto, Elaine Colodetti, Francisca Selidonha Pereira da Silva e Simone Patrocínio.

Jornalista responsável: Simone Patrocínio – ES01585/JP

Edição: Comunicação Institucional da UVV – Simone Patrocínio

Textos: Simone Patrocínio, Ravane De Nadai (5º período de Jornalismo), Raphael Marques (5º período de Jornalismo).

Revisão: Zenóbia Hortência Leão Pires

Fotografias: André Dantas, Raphael Marques e Juliana Guedes

Colaboração: Felipe Batista Maurício

Projeto gráfico e editoração: Bios Ltda

Fotolitos e impressão: Grafitusa

Tiragem: 10.500 exemplares

Centro Universitário Vila Velha (UVV)

Reitor: Manoel Ceciliano Salles de Almeida

Vice-reitora: Luciana Dantas da S. Pinheiro

Pró-reitor acadêmico: Paulo Régis Vescovi

Pró-reitor administrativo: Edson Franco Immaginário

Rua Comissário José Dantas de Melo, 21Boa Vista, Vila Velha, 29.102-770www.uvv.br • [email protected]

Tel.: (27) 3421.2001

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) aprovou o Programa de Mestrado em Ecologia e Ecossistemas apresentado pela UVV. O curso é inédito no Estado do Espírito Santo e o segundo no Brasil em instituição privada. O curso visa fomentar pesquisas que contribuam para a conservação dos ecossistemas capixabas, além de preparar

profissionais na área de meio ambiente para lidar com problemas ambientais típicos do Estado, tais como impactação por mineração, poluição do ar, poluição causada por produtos liberados nos rios, como agrotóxicos, e esgotos lançados na natureza. “O Espírito Santo possui uma grande diversidade de ecossistemas terrestres, lacustres, fluviais, estuarinos

e marinhos que constituem uma rica fonte de alimento e sobrevivência para as comunidades tradicionais envolvidas e de extrema importância para a economia do Estado. Essa peculiaridade merece ser investigada para que o desenvolvimento do ES aconteça de forma sustentável”, observa Zilma Maria Cruz, coordenadora do mestrado.

Mestrado em Ecologia de Ecossistemas na UVV

Trote da CidadaniaOs calouros do 1º semestre participaram da 13ª

edição do Trote da Cidadania, realizado nos dias 7, 8 e 9 de março, no Campus Boa Vista, em Vila Velha. Com o tema “Desenvolvimento Sustentável: cuidando do meu ambiente”, os novos alunos participaram de palestra; de ações de conscientização, com o curso de Zootecnia; de apresentação musical de Amaro Lima e Banda; e de game com a Rádio Cidade. Foram arrecadadas 834 latas de leite em pó, encaminhadas às instituições: Creche Tia Loura, Casa Lar de Aribiri, Associação Renascer e Comunidade de Porto de Santana. E 94 bolsas de sangue para o banco do Hemoes. O curso que mais se destacou nas doações de leite foi o curso de Estética e Cosmetologia.

Orientação profissional

A Clínica de Psicologia da UVV está oferecendo serviço de orientação profissional. “Os objetivos do serviço são: mensurar a aptidão do orientando e possibilitar uma escolha mais assertiva e amadurecida da questão profissional”, explica a coordenadora do curso de Psicologia, Adriana Pessoa Gomes. Além do serviço de orientação profissional, a Clínica de Psicologia também passa a oferecer, a partir do mês de abril, atividades com técnicas de relaxamento. Os interessados podem obter informações pelo telefone (27) 3421.2161.

Para 2007, foram aprovados 11 novos projetos de Extensão financiados pela UVV, além de outros 20 projetos que já vêm sendo realizados. O curso de Biologia está com dois projetos novos: “Minha Casa e o Rio” e “Valorização das Comunidades Ribeirinhas – Canal Bigossi”. O curso de Direito está lançando o projeto “Paternidade Responsável – A Família”. O curso de Enfermagem vai desenvolver o projeto “Detecção Precoce de Complicações da Obesidade Infantil no Município de Vila Velha” e “Aprendendo Fazendo“. Os projetos ”Conscientização e Prevenção de Abusos de Substâncias Químicas: uma parceria entre o curso de Farmácia e a Vigilância Sanitária nas escolas” e “Uso Racional de Anticoncepcionais Orais: um programa de

assistência farmacêutica a mulheres de baixa renda” serão desenvolvidos pelo curso de Farmácia. O curso de Medicina Veterinária está lançando o projeto “Bicho Solidário”. O curso de Psicologia realiza “Serviço de Orientação Profissional à Comunidade UVV”. O projeto “Avicultura e Piscicultura Ornamental Como Meio de Promoção de Desenvolvimento Rural Sustentável” será desenvolvimento pelo curso de Zootecnia; e o curso de Farmácia vai desenvolver o projeto “Atenção Fisioterapeutica na Unidade de Saúde da Glória”. Em 2006, foram desenvolvidas 156 atividades de Extensão, beneficiando 43.566 pessoas. “Esperamos que esse número seja superado este ano”, torce a coordenadora de Extensão, Maria Araci Grapiuna de Carvalho.

Projetos de Extensão aprovados

Bicho solidárioO curso de Medicina Veterinária, em parceria com os cursos de Psicologia e

Enfermagem, inicia, a partir deste mês, o projeto de Extensão “Bicho Solidário”. Trata-se de um projeto de atividade e terapia assistida por animais em um lar de idosos e em abrigo para menores, em Vila Velha. “O objetivo é levar alegria e saúde através dos animais terapeutas”, comenta a coordenadora do projeto, professora Fernanda de Toledo Vieira.

OuvidoriaA comunidade acadêmica da UVV conta com

o apoio do setor de Ouvidoria, que tem como objetivo aproximar as comunidades interna e externa. Através de sugestões e críticas de alunos, professores e da sociedade civil, ela atua como agente de mudanças e integração do diversos segmentos que compõem a universidade. Para expor suas dúvidas, críticas e sugestões, a Ouvidoria da UVV atende às segundas-feiras, das 15 às 18 horas, às terças-feiras, das 18 às 21 horas, às quintas-feiras, das 16 às 18 horas e às sextas-feiras, das 19 às 21 horas. A responsável pela Ouvidoria é a professora Rossana Ferreira da Silva Matos. As informações também podem ser obtidas no site www.uvv.br ou pelo telefone (27) 3421.2137.

Comitiva da UVV na Creche Tia Loura

Ação do projeto

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EM PAUTA

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Feira Internacional de Econegócios e Tecnologias Limpas

Ops!Na cartilha “Desenvolvimento Sustentável:

Cuidando do Meu Ambiente”, distribuída durante a programação do Trote da Cidadania 2007.1, foram publicadas as seguintes frases nas páginas 12 e 14, respectivamente: “Antes de comprar qualquer ave, informe-se em várias lojas sobre as necessidades de espaço e alimentação para tratá-la de forma adequada”. O CORRETO É: Antes de comprar qualquer ave, informe-se com um médico veterinário sobre as necessidades de espaço e alimentação para tratá-la de forma adequada. E “Restos de comida, doces, massas e tudo o que for prescrito pelo médico veterinário devem ser evitados, mesmo que o bichinho goste ou queira comer”. O CORRETO É: Somente a alimentação prescrita pelo médio veterinário deve ser obedecida, mesmo que o bichinho queria comer restos de comida, doces e massas. Os professores Marcelo Renan de Deus Santos e Tayse Domingues de Sousa são autores apenas dos textos referentes aos animais na cartilha.

Fórum sobre saúde e prevenção de doençasNos dias 10 e 11 de abril, o

curso de Nutrição realiza o “Fórum sobre os impactos da dietética na promoção da saúde e na prevenção de doenças”. O evento conta com a participação da Drª Valéria Pachoal, de São Paulo. A nutricionista de expressão

nacional realizará um curso sobre a temática para os participantes do fórum. Simultaneamente ao fórum, acontece o III Encontro de Egressos do curso de Nutrição da UVV. “É uma oportunidade para fazermos uma confraternização entre os colegas,

além de promover debates em mesas-redondas e palestras sobre a formação e inserção do nutricionista nas mais diversas áreas de atuação”, comenta a coordenadora do curso de Nutrição, Ana Maria Bartels Rezende. Informações pelo telefone (27) 3421.2070.

Dez anos do curso de Zootecnia

O curso de Zootecnia da UVV está completando

dez anos de existência. “O curso foi construído

a muitas mãos, vencendo os preconceitos

profissionais, divulgando a profissão e se

adequando aos ajustes curriculares necessários

para que pudesse formar profissionais

empreendedores”, comenta a coordenadora

do curso, Maria Araci Grapiuna de Carvalho.

Nesses dez anos, o curso colocou no mercado

120 profissionais.

Serviços prestados à comunidadePesquisa sobre a síndrome metabólica

O curso de Enfermagem, em parceria com os cursos de Farmácia, Nutrição e Comunicação Social, realiza, na comunidade do entorno da UVV, uma pesquisa sobre a síndrome metabólica, que se caracteriza por alterações no metabolismo glicídico, obesidade, hipertensão e dislipidemia. O objetivo é obter informações sobre as condições de saúde da população, identificando a prevalência e determinantes de uma das situações que mais preocupam a saúde pública na atualidade: a síndrome metabólica. A pesquisa será coordenada pela professora e coordenadora do curso de Enfermagem, Ângela Maria Castro Simões.

Já foram retomados os serviços oferecidos pela UVV à comunidade. O hospital veterinário voltou a atender de segunda a sexta-feira, das 8 às 12 horas e das 14 às 18 horas. Mais informações pelos telefones (27) 3421.2176 e 3421.2185. As clínicas de Fonoaudiologia e Fisioterapia estão atendendo de segunda a sexta-feira, das 7 às 12 horas, e das 13 às 18 horas. Informações pelos telefones (27) 3421.2190 e (27) 3421.2191, respectivamente. Os atendimentos da

Clínica de Psicologia estão acontecendo de segunda a sexta-feira, das 7h30min às 12h30min. Mais informações pelo telefone (27) 3421.2161. A Clínica de Nutrição está funcionando segunda, terça, quarta e sexta-feira, das 8 às 12 horas. Informações pelo telefone (27) 3421.2170. Os atendimentos jurídicos, através do Núcleo de Práticas Jurídicas (Nuprajur), estão sendo realizados de segunda a sexta-feira, das 8 às 17horas. Informações pelo telefone (27) 3421.2104.

No mês de agosto, a Grande Vitória será o cenário da primeira Feira Internacional de Econegócios e Tecnologias Limpas. O evento será realizado entre os dias 22 e 25, no Pavilhão de Carapina, e trabalhará o tema: “Revertendo Custos em Benefícios”. “O nosso objetivo é, além de mostrar as oportunidades que estão contidas em todos os segmentos, sensibilizar parceiros e mobilizar a comunidade em geral”, afirma Tereza Romero, representante do Instituto de Desenvolvimento Integrado para Ações Sócio-Ambientais (Ideias). O conceito da Feira foi lançado em março, no auditório do Sebrae, com a participação de vários representantes de órgãos públicos, Ongs e empresas parceiras do projeto. No evento, a UVV será representada pelo professor Edson Valpassos que também

é colaborador do Programa Capixaba de Materiais Reaproveitáveis. Durante a Feira, alunos e professores da UVV irão expor trabalhos e compartilhar conhecimentos referentes à tecnologia e à produção limpa.

A coordenadora do curso, Maria Araci, e egressos de Zootecnia

Apresentação do projeto no auditório do Sebrae

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E S P E C I A L

Agora a moda é preservarPequenas ações representam muito quando o assunto é aquecimento global

Ravane De Nadai

Já foi o tempo em que a preocupação com as estações do ano se resumia em coleção outono-inverno. Agora, mais do que nunca, a preocupação é com o planeta terra. Nada de cores ou texturas. A moda agora é procurar ações que ajudem a minimizar os impactos do aquecimento global no nosso ambiente.

Você nunca se deu conta de que as capas dos jornais, as revistas, os noticiários de TV, enfim, todos os meios de comunicação abordam, diariamente, situações como as catástrofes climáticas, as bruscas mudanças de temperatura , o aumento do nível dos oceanos, os furacões, os tufões, os ciclones, entre outros casos que afetam diretamente a vida humana na Terra? Pois é, a moda agora é discutir aquecimento global e seus vários impactos na natureza.

Antes de mais nada, é preciso esclarecer o que significa aquecimento global. Trata-se do aumento da temperatura média superficial de

nosso planeta que vem ocorrendo nos últimos 150 anos. As causas apontadas pelos cientistas para justificar esse fenômeno podem ser naturais ou provocadas pelo homem. Cada vez mais as pesquisas apontam o homem como o principal responsável.

Vale lembrar que o aquecimento global é, apenas, um dos vários resultados do efeito estufa. Está complicado? O mestre em biociências e biotecnologia, professor da UVV, Werter Krolling explica tudo de maneira simples e fácil. “O efeito estufa é um processo natural, entretanto o que se pode notar é que, nos últimos anos, a concentração de dióxido de carbono na atmosfera tem aumentado muito além do natural. Assim, o efeito conjunto dessas substâncias fazem com que a radiação solar seja retida na atmosfera causando o efeito estufa e, consequentemente, o aquecimento global”, diz.

Se isso tudo é um processo natural, o que você tem a ver com isso? Então, a concentração de dióxido de carbono tem aumentado cerca de 0,4%, anualmente, graças à

utilização de petróleo, gás e carvão de forma indiscriminada e à destruição das florestas tropicais, além da concentração de outros gases, como metano e CFCs (clorofluorcarbonetos). Então, está claro que você, de uma maneira ou de outra, contribui para o aquecimento global.

Vai ficar aí parado? Não há nenhuma forma de acabar com o efeito estufa, uma vez que esse é um processo natural, porém há maneiras de minimizar suas ações, como “diminuindo a queima de combustíveis fósseis, utilizando melhor os recursos, as indústrias devem utilizar filtros em suas chaminés e, o mais importante, plantar árvores”, afirma o professor do curso de Ciências Biológicas da UVV, Werter Krolling. Então, já se pode começar a agir, afinal, plantar árvores é contribuir para o meio ambiente e para um planeta melhor.

AçõesA UVV saiu na frente. Mais

do que a preocupação em formar profissionais empreendedores, a UVV busca preparar e capacitar seres humanos aptos a atuar, interagir e intervir na sociedade. Assim, os diversos cursos estão voltados para o desenvolvimento de valores éticos, morais, científicos e, é claro, na busca da preservação do meio ambiente.

Algumas dessas ações puderam ser notadas, com mais ênfase, no período do dia 07 ao dia 14 de março por meio do Trote da Cidadania que teve como tema central “Desenvolvimento Sustentável: Cuidando do Meio Ambiente”. Todo o campus acadêmico se mobilizou através de palestras, cartilhas e ações que procuravam conscientizar os alunos a preservar o meio ambiente.

Os cursos de Ciências Biológicas e Zootecnia foram os cursos apoiadores do Trote e realizaram, no Centro de Vivência, ações de conscientização. “O trabalho desenvolvido é muito importante porque permite aos alunos externar, de forma consciente, toda

Efeitos para o Espírito Santo Aumento de temperatura

Distribuição irregular de chuvas

Queda na produção agrícola e animal

Perda de áreas costeiras pelo mar

Problemas de saúde na população

Enchentes mais fortes

Desemprego

A UVV aderiu à coleta seletiva no campus

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CAPA

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a problemática ambiental dos dias atuais”, comenta a coordenadora do curso de Ciências Biológicas, Zilma Maria Cruz.

PesquisasDo início das pesquisas, em 1860,

até hoje, a situação só piorou como mostra os estudos da Organização Não Governamental (ONG) Green Peace. Nos últimos cem anos, a Terra ficou 0,7º C mais quente. Parece pouco, mas esse aquecimento já está alterando o clima em todo o planeta, causando derretimento de geleiras, elevação do nível do mar, furacões mais intensos, enchentes e secas cada vez mais fortes.

Nas grandes cidades, a queima de combustíveis fósseis provoca sérios danos à saúde e contribui para o aquecimento global. Assim, a utilização de combustíveis de transição, como o álcool e o biodiesel devem ser amplamente consumidos por veículos particulares e coletivos.

Não pense que o Brasil escapou dos efeitos. Ao contrário, a Unicamp e a Embrapa acabam de concluir um estudo que projeta cenários para cinco culturas agrícolas. “De acordo com o cenário traçado pelos especialistas, café, arroz, feijão, milho e soja terão suas áreas de cultivo reduzidas praticamente pela metade assim que a temperatura média da Terra estiver 5,8 graus Celsius acima da atual – situação prevista para ocorrer num prazo de 50 a 100 anos”, relata o estudo.

Sendo assim, com a temperatura 5,8ºC mais quente do que a atual, o

café desapareceria dos estados de São Paulo, Minas Gerais e Goiás e seriam transferidos cada vez mais para o sul do país e nós, provavelmente, passaríamos a tomar o café produzido na Argentina. Isso comprova que as mudanças afetarão diretamente a economia brasileira.

ImpactosAlém disso, com a globalização,

os impactos econômicos e sociais, a descapitalização da agricultura, o desabastecimento do mercado, a elevação do preço dos produtos e o crescimento do desemprego em toda cadeia do agronegócio serão problemas graves para as sociedades. Isso tudo causado pelo efeito estufa.

O Espírito Santo não ficou de fora. Os principais efeitos para o Estado serão semelhantes ao que acontecerão ao mundo inteiro, como aumento de temperatura, distribuição irregular de chuvas, dentre outros.

Em toda a cadeia, o ser humano será o mais afetado. Aliás, de acordo com o mestre em fisiologia, professor da UVV, Miguel Ângelo Alves dos Santos, “é preciso analisar o ‘ecossistema’ do corpo humano já que as doenças crônicas degenerativas têm duas causas específicas: a redução do gasto energético e a alimentação com alto valor calórico e baixo valor nutricional”.

“Se o ser humano insistir em não tratar bem o seu corpo, as conseqüências serão drásticas e já podem ser vistas na população mundial, como obesidade, hipertensão, doenças cardiovasculares, diabetes,

dentre outras”, completa Miguel Ângelo Alves dos Santos, professor do Curso de Educação Física da UVV.

Além disso, os cuidados com a saúde deverão ser redobrados, isto é, será preciso uma mudança no estilo de vida da população. Beber mais água, praticar atividades físicas em determinados horários, usar bastante filtro solar e com um fator de proteção mais alto, ter uma alimentação mais balanceada, enfim, cuidar melhor da saúde para que possa suportar todas essas mudanças.

E mais, se você está interressado em se aprofundar no tema, o Coordenador do Curso Seqüencial em Gestão Ambiental da UVV, professor Luis Manoel Silva de Noronha, colocou-se a disposição para tirar possíveis dúvidas. E aí, preservar é obrigatório, você já aderiu a moda?

Os animais sofrem diretamente

com as ações do homem

O impacto mais imediato e sério que percebo é sobre o que chamamos de “Segurança Alimentar e Nutricional” de uma população. Esse é um conceito que nos remete a outros dois, que estarão bastante comprometidos pelo aquecimento global: o “Direito Humano à Alimentação” – direito básico de qualquer ser humano de ter acesso a alimentos que lhe garanta a sobrevivência – e a “Soberania Alimentar de uma Nação”. No Brasil e em diversas regiões do Globo, os efeitos do clima e de outros elementos do meio ambiente sobre a produção e o abastecimento de alimentos é bastante ilustrativo e constitui um dos determinantes, por exemplo, da fome no sertão semi-árido e do aumento expressivo do preço de produtos de horticultura em épocas de chuva, nas regiões produtoras e distribuidoras do país. Imagine então os impactos de um super aquecimento global sobre esses fenômenos climáticos e ficará fácil compreender que esta deva ser uma das principais preocupações das nações nos próximos anos. E o que o profissional de Nutrição tem a contribuir? Participando nas instâncias que hoje discutem a Segurança Alimentar e Nutricional e enfrentando o problema da garantia de acesso aos alimentos de uma forma mais justa e sustentável. Da decisão do que se vai produzir até o desenvolvimento de tecnologias que podem agregar valor nutritivo aos alimentos, tudo será estratégico para enfrentar o “desabastecimento”, que pode provocar situações catastróficas associadas ao aquecimento global.

Ana Maria Bartels Rezende, coordenadora do curso de Nutrição da UVV. Jorn

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E D U C A Ç Ã O

Serviço de Orientação ao AlunoA UVV disponibiliza o SOA para ajudar alunos com conflitos emocionais e cognitivos

Raphael Marques

Há quatro anos, a UVV coloca à

disposição dos alunos o Serviço de

Orientação ao Aluno (SOA), que consiste

em acompanhamento psicológico

individual, com intervenções psicológicas

breves e com abordagem humanista

existencial. Achou difícil? Nada disso.

É um serviço para melhorar, ainda mais,

o rendimento do aluno. O SOA atende

tanto as demandas espontâneas de

alunos quanto por encaminhamento

do professor.

É feita uma triagem psicoterápica

breve e, quando necessário, um

encaminhamento para especialista

externo. O objetivo do SOA é tornar

o aluno apto a lidar melhor com suas

dificuldades emocionais e cognitivas.

O apoio psicológico breve distingue-se

da psicoterapia quanto ao tempo, à

O SOA está instalado próximo à Procuradoria da UVV, no campus Boa Vista. O atendimento funciona com agendamento prévio no DPE, todos os dias da semana, no horário das 8 às 17horas, pelo telefone (27) 3421.2069.

intervenção e aos objetivos.

O atendimento engloba dificuldades

psicoafetivas na aprendizagem e

problemas de adaptação ao ambiente

universitário. Segundo a psicóloga

Cláudia Balestreiro Pepino, responsável

pelo setor, as queixas apresentadas

pelos alunos, na maioria das vezes,

são: baixa auto-confiança; baixa auto-

estima; dificuldades cognitivas para

o desempenho acadêmico; ansiedade

para a apresentação de trabalhos orais

e realização de avaliações escrita; crise

na escolha profissional e dificuldades

emocionais mais profundas relacionadas

à história de vida.

A abordagem humanista, também

conhecida como psicologia compreensiva,

pauta-se em princípios como: aceitação

incondicional, escuta empática e

autenticidade. Tais princípios permitem a

construção de uma relação de ajuda. Esse

modelo de ajuda busca o crescimento e o

desenvolvimento pessoal e interpessoal,

não necessariamente pressupondo

dificuldade psíquica a ser curada.

“Conflitos psíquicos geram ansiedade

e confusão, levando o sujeito a despender

energia psíquica que poderia ser dirigida

a atividades gratificantes e não,

necessariamente, a atividades materiais

úteis e lucrativos”, explica Cláudia. A

psicóloga reforça, ainda, que perante as

tantas cobranças e pressões sociais para

consumo e jogo de imagens, o espaço

terapêutico facilita o contato consigo e

sua essência, na medida que o sujeito

“pensa sobre si”.

O SOA não tem como objetivo a

resolução de questões pedagógicas e

acadêmicas, como freqüência, abono

de faltas, dificuldades na rematrícula,

liberação de provas e outras. Seu campo

de atuação se limita aos alunos. O projeto,

ligado à Diretoria de Planejamento e

Ensino (DPE), conta com o atendimento

da psicóloga Cláudia Balestreiro Pepino,

e dois estagiários do curso de Psicologia

da UVV.

Cláudia Pepino

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DE BEM COM A VIDA

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D A N Ç A

Magia e MistérioA dança envolve todo o corpo e trabalha tanto o equilíbrio físico quanto o mental

de certo modo, acabou me ajudando

no curso. Antes de fazer dança, eu era

muito tímida, depois fui superando, e

para o curso de Jornalismo é preciso

ser desinibido, então, nesse sentido me

ajudou muito”, conta.

Nesses seis anos de carreira, com

apresentações feitas para grandes

públicos, momentos marcantes

é o que não faltam para

serem relembrados. “Uma

vez no Teatro de Vila

Velha, onde estavam presentes todos

os meus amigos e familiares, fui fazer

minha primeira apresentação solo, no

meio da apresentação a música parou de

tocar, não teve jeito, fiquei morrendo de

vergonha no palco, mas fui aplaudida no

final, consegui me sair bem”, lembra.

A Dança do Ventre exige uma

dedicação muito especial.

“Se não praticar e estudar

muito, a pessoa acaba

ficando estagnada, e não

consegue acompanhar

as novas modalidades,

mas o amor pela dança

é o mais importante.

O ensaio é também

fundamental, pois

é quando podemos

cometer erros, fazer

ajustes e repetir

quantas vezes

forem necessárias.

No momento, estou

me dedicando aos

sábados e, às vezes, aos

domingos. Tenho assistido

a muitos vídeos de dança de

apresentações de grandes bailarinas do

mundo inteiro”, afirma.

Suas inspirações vão de bailarinas

brasileiras a internacionais. “No Brasil,

me inspiro em Lulu Sabongi e Carlla

Sillveira, com quem eu já fiz workshop

de dança. E internacionais, admiro

muito a delicadeza de Jillina e o estilo

diferente de Rachel Brice” diz.

A dança, além de ser uma forma

para relaxar, é um ótimo exercício para

a saúde. “Primeiro porque ela é uma

modalidade artística que envolve todo

o corpo e segundo que a dança participa

tanto do equilíbrio físico quanto do

mental. Por isso, ela é uma promotora de

qualidade de vida”, explica a professora

do curso de Educação Física da UVV,

Mônika Queiroz.

O melhor de tudo é que não há

idade certa para dançar. “Dei aula

para uma senhora de 73 anos, que

procurou a dança como fuga

de problemas pessoais e que

acabou se descobrindo uma ótima

bailarina”, conta Letícia.

’’É na dança que

encontro refúgio

quando estou de mal

com a vida’’, Letícia.

Raphael Marques

Ritmo sensual, maquiagem carregada,

figurino expressivo, música misteriosa e

um olhar marcante. Nada menos do que

a Dança do Ventre. Aos 20 anos de idade,

bailarina há seis e professora há dois

anos, Letícia Passos Lisboa Freire, aluna

do 5º período do curso de Jornalismo da

UVV, encontrou na Dança do Ventre uma

forma de se sentir de bem com a vida.

Tudo começou como hobby. O tempo

foi passando, a paixão aumentando,

quando percebeu, já estava fascinada e

envolvida com a dança. “Desde pequena

sempre gostei de dançar, minha tia fazia

aula de dança,

depois acabou

se tornando

professora, a

partir daí comecei

a participar dos

ensaios com ela e

entrei no grupo de

Dança Nataraja. A demanda

de alunos foi aumentando e

acabou precisando de professores para

dar aula, então, escolheram as alunas que

eram mais experientes. Foi quando deixei

de ser aluna e passei a ser professora”

afirma.

Tristeza, stress e mal-humor são

sensações que não fazem parte do dia-

a-dia de Letícia. “A dança me faz muito

bem. Quando estou triste, estressada,

de mal com a vida e com meu

corpo, encontro na dança

um ótimo refúgio”, diz.

A dança do ventre seria

um desafio? Leticia

conta que, no inicio, é

sim.”Quando comecei a

dançar, achei que podia

ir até um determinado

limite, mas depois

descobri que eu podia

passar além desses

limites, é um desafio

fascinante” afirma.

Além de estar

envolvida com a

dança, Leticia divide seu

tempo com a faculdade de

Jornalismo.”Gosto da dança,

gosto de jornalismo. A dança, Letícia Freire

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TALENTOS

Page 8: jornal saber 33

B I B L I O T E C A

A arte de guardar livrosPor Adilson Vilaça*

Na juventude, confesso que

acalentei o vibrante desejo de ser

jogador de futebol. Ponta-esquerda

por bom tempo, ali na beirada do

campo, talvez a posição tenha

me induzido a deixar o sonho no

escanteio. Escalei-me para driblar

palavras, lançando-me no jornalismo

e na publicidade, até atuação no

mestrado de Literatura. Depois,

entre sala de aula e gerência pública,

escreveria um pouco — algo além

de 30 livros, esticados a mais de

50 volumes, se contabilizadas as

parcerias autorais. Mas hoje escrever

já nem tanto me seduz: queria era

ser livreiro; ou bibliotecário.

Quase sócio de livraria, certa vez

perdi o gol por conta de meio toque

— faltou metade da grana para comprar

o passe do livreiro que seria substituído.

Coisas do azar; ou da sorte. Como chorar

não paga projeto de vida, investi parte

do troco ajuntado na carreira solo: para

não variar, comprei alguns pacotes

de livros. De maneira que aqui me

encontro, em terreno mágico, propício

a ser (ou não ser?) bibliotecário por

conta própria. Falta alguma arrumação,

herdada de insipiência técnica. Contudo,

se não sou, estou como o personagem

de Shakespeare, pleno ao recitar a fala

de Próspero: “Minha biblioteca / Era

ducado suficiente para mim”.

E é, sim. A cada vez, meu duplo

ofício de guarda-livros e de leitor me

faz irmão, amigo, amante da formação.

Pena que, desacudindo-me no Millôr

Fernandes, em tudo isso ao “ampliar em

10% o conhecimento, ampliou-se em

90% a ignorância”. São regras do jogo

da cultura. Regras que as lêem na palma

quem intermedeia a ação nesse campo:

entre autor e leitor, eis o bibliotecário.

Ele sabe, como já o disse Joseph Conrad,

que “O autor escreve apenas metade de

um livro. A outra metade fica por conta

do leitor”. Esta é a lição que as estantes

têm me ensinado: a ler e a ensinar a

ler. Por conseguinte, embora como

“penetra” em data alheia, senti-me

quase à vontade para comemorar o 12 de

março, guardado para o bibliotecário.

E reservado, ainda, para o acervo da

gratidão de quem ama essa arte: de

guarda e de partilha do conhecimento.

Vida livre? Longo viva ao livro!

Adilson Vilaça, é jornalista, escritor e professor dos cursos de

Comunicação Social da UVV.

8 MAR/ABR/07

Jorn

al Sa

ber

VITRINE UVV