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Edição Nº 274 28 l julho l 2015 Ano XIV O EVANGELHO DA CRIAÇÃO FORMAÇÃO Colegiado Litúrgico reflete sobre a Igreja em saída PÁG. 3 Educação Permanente PÁG. 9 PÁG. 8

Jornal São Judas Tadeu - Edição Nº 274

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Edição Nº 27428 l julho l 2015

Ano XIV

O EVANGELHO DACRIAÇÃO

FORMAçãO

Colegiado Litúrgico refl ete sobrea Igreja em saída

PÁG. 3Educação permanente

PÁG. 9

PáG. 8

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2EDITORIAL

solidários e comprometidos com as transformações das estruturas injustas e de morte desse mundo em situações de vida plena e justa para todos. Vivenciamos um momento muito doloroso em nossa socieda-de, onde a ganância e o interesse próprio falam mais alto, e o com-promisso ético social deixou de existir. É vergonhoso ter que reco-nhecer que aqueles que têm em nosso meio a vocação de exercer a política em favor do bem comum, usam de suas estruturas e fun-ções para acumular quantidades aviltantes de dinheiro em um país com imensa pobreza. Para a comunidade cristã, a Eucaristia é o momento privile-giado em que se descobre a força de Cristo e em que se obtém a ca-pacidade de repetir o prodígio por ele realizado. Ele saciou a fome daquela multidão, para nos ensi-nar que o Reino de Deus, embora não sendo deste mundo, está em relação direta com ele. Somos vocacionados a um esforço contínuo de promoção hu-mana ao qual todos, e cada um, sejam reconhecidos em sua digni-dade fundamental de pessoas, no sentido de uma só grande família.

Pe. Aureo Nogueira de FreitasVigário Episcopal para a Ação Pastoral

Reitor do Santuário

Palavra do Reitor

Santuário Arquidiocesano São Judas TadeuArquidiocese de Belo HorizonteRua Macaé, 629 - Bairro da GraçaBelo Horizonte / MG

Telefax: (31) 2526-4164 / [email protected]

EXPEDIENTE Diretor: Pe. Aureo Nogueira de FreitasCoordenação Editorial:Álvaro SoaresÍcaro SilvaProjeto Gráfico e Diagramação:Ícaro SilvaImpressão:Gráfica Pampulha - (31)3465-5300

Jesus pontua para todo ser humano, cristão ou não, um critério fun-damental da verda-deira relação com o transcendental. Esta não acontece de fato se não nos fazermos

MENSAGEM DO SANTUÁRIO

São Judas Tadeu, apóstolo escolhido por Cristo, eu vos saú-do e louvo pela fidelidade e amor com que cumpristes vossa missão. Chamado e enviado por Jesus, sois uma das doze colunas que sustentam a verdadeira Igreja fundada por Cristo. Inúmeras pessoas, imitando vosso exemplo e auxiliadas por vossa oração, encontram o caminho para o Pai, abrem o cora-ção aos irmãos e descobrem forças para vencer o pecado e su-perar todo o mal. Quero imitar-vos, comprometendo-me com Cristo e com sua Igreja, por uma decidida conversão a Deus e ao próximo, especialmente o mais pobre. E, assim convertido, assumirei a missão de viver e anunciar o Evangelho, como membro ativo de minha comunidade. Espero, então, alcançar de Deus a graça... Que imploro confiando na vossa poderosa intercessão. São Judas Tadeu, rogai por nós! Amém!

São Judas Tadeu, apóstolo escolhido por Cristo, eu vos saú-do e louvo pela fidelidade e amor com que cumpristes vossa missão. Chamado e enviado por Jesus, sois uma das doze colunas que sustentam a verdadeira Igreja fundada por Cristo. Inúmeras pessoas, imitando vosso exemplo e auxiliadas por vossa oração, encontram o caminho para o Pai, abrem o cora-ção aos irmãos e descobrem forças para vencer o pecado e su-perar todo o mal. Quero imitar-vos, comprometendo-me com Cristo e com sua Igreja, por uma decidida conversão a Deus e ao próximo, especialmente o mais pobre. E, assim convertido, assumirei a missão de viver e anunciar o Evangelho, como membro ativo de minha comunidade. Espero, então, alcançar de Deus a graça... Que imploro confiando na vossa poderosa

Amém!

oração

Queridos irmãos, Jesus veio dar vida e vida em plenitude (cf. Jo 10,10). Hoje, vivemos em uma sociedade fragmentada, sucateada, onde falta recursos para a educa-ção, para o trabalho, a segurança e a saúde. Ao mesmo tempo, te-mos um dos aparatos legais mais avançados do mundo. O Brasil, é um dos países que possui leis que, não só protegem nossas crianças e adolescentes, como também lhes dão obrigações e deveres, que estes devem cumprir. Nossos representantes, eleitos para lutar e falar por nós, são os primeiros a causar o sucate-amento de nossas instituições. Ao invés de promoverem a vida, como temos visto nos noticiários, estão tentando roubar a dignidade, a in-fância e a adolescência de tantos desfavorecidos. Não é superlotando presí-dios que iremos diminuir os índices de criminalidade em nosso país. Sabemos que o sistema penal que temos hoje não proporciona a recu-

peração do indivíduo, muito menos o reintegra à sociedade. Pelo contrá-rio, a superlotação carcerária, bem como, a falta de uma estrutura física adequada e condições de vida justa contribuem para a formação de um sistema de violência, influenciando, negativamente, no comportamento e na vida do preso. Devemos, portanto, lutar pela elevação da qualidade da edu-cação pública, por exemplo, afim de oferecer melhores condições de tra-balho. Isso contribui para o desen-volvimento psicossocial de nossas crianças e adolescentes. A Igreja Católica no Brasil conclama toda so-ciedade a repensar e, sobretudo, im-pedir que leis como a da Redução da Maioridade Penal sejam aprovadas. Não diminuiremos a criminalidade se não mudarmos as condições de vida dos menos favorecidos.

Pe. Marco Antônio G. PortoVigário Paroquial do Santuário

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BEM ESTAR 3

EducaçãopErmanEntE Nós, seres humanos, somos eternos aprendizes. Seja para man-ter a sobrevivência ou para conquis-tar nossa qualidade de vida, estamos sempre buscando novos conheci-mentos e novas possibilidades. Em qualquer fase da vida somos capazes de aprender. A aprendizagem está no centro da nossa existência. O homem é um ser sociocul-tural, e através da cultura surgem

Débora GuizoliPsicóloga (CRP 04/31433)

(Instrutora da Oficina de Memória)

isso, entendemos que, de certa for-ma, somos responsáveis pelo bom funcionamento dele e pelo nosso en-velhecimento. A educação permanente deve ser vista como algo natural e de extrema importância para os idosos e para a sociedade, como um todo. Existem, atualmente, algumas insti-tuições preparadas para receber este público, que hoje consegue cada vez mais um lugar no processo da edu-cação. Cursos, oficinas, academias, instituições religiosas, clubes, entre

zades, troca de culturas e momentos de lazer. Outro aspecto muito impor-tante, que a educação permanente produz no ser humano, é o compor-tamento de vida saudável. Quanto mais se aprende, mais nos preocu-pamos com nossos hábitos de vida, e assim nos aproximamos cada vez mais da qualidade de vida. A educação permanente, por gerar vínculos, auxilia, principalmen-te o idoso, a adquirir comportamen-

novas possibilidades e novos caminhos para se conseguir uma boa qualidade de vida. Como a so-ciedade e a cultura são mutáveis, o ser humano necessita se atualizar constante-mente. Isso nos im-plica numa aprendi-zagem contínua para compreender e agir-mos em sociedade, de forma assertiva. É possível aprender na velhice? Uma pessoa idosa é capaz de adquirir novos conhecimentos e aprender a utilizar novas tecnologias? Claro que sim. No envelhecimento, o cérebro, na ausência de doenças, não perde as atividades cognitivas e intelectu-ais. O que se observa é uma mudan-ça no ritmo da velocidade do pro-cessamento das informações. Mas se a aprendizagem ocorre de forma prazerosa e a pessoa possui um inte-resse em aprender, ela é capaz de se envolver e fixar novos conhecimen-tos. Fatores ambientais como uma boa alimentação, estilo de vida, educação e lazer influenciam no fun-cionamento do nosso cérebro. Por

outros oferecem educação de quali-dade, e entende que, hoje, o idoso não é um público passivo, mas sim um público interessado, na sua gran-de maioria, em continuar aprenden-do. A educação permanente também possibilita ao idoso o con-vívio social e o afasta do isolamen-to. Nos cursos, além de aprenderem algo novo e exercitarem o cérebro, há o convívio com pessoas da mes-ma faixa etária, o que promove ami-

to resiliente diante das perdas, que são muito frequentes nesta fase da vida. Resiliência é a capa-cidade de passar por adversidades, preser-vando a saúde física e mental. Participar de atividades em gru-po é uma experiência riquíssima que todos devem experimentar. O convívio em grupo fortalece o ser huma-no! Apesar de existirem vários lo-cais que oferecem

educação permanente em nossa ci-dade, ainda há necessidade de se oferecer muito mais, pois a popula-ção brasileira encontra-se num pro-cesso rápido de envelhecimento. Portanto, as pessoas que já procuram a educação permanente, estão no caminho certo e devem continuar para manter uma boa qua-lidade de vida. Se você ficou interes-sado, procure, na sua região, grupos, universidades, instituições religiosas, ou clubes que oferecem atividades e busque aprender sempre. O apren-dizado faz parte do ser humano, em qualquer fase da vida!

Participar de atividadesem grupo é uma experiência

riquíssima que todosdeveriam experimentar.

O grupo fortaleceo ser humano!

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truído pela comunidade através da entrega e doação de tantos homens e mulheres, revela para todos que somos o Templo do Senhor. O olhar de Deus sobre tudo que é terreno, e feito pelas mãos humanas, é positi-vo. “E Deus viu que era bom...”. Por ser um lugar especial, desde a antiguidade, a casa onde se destina à reunião do povo de Deus e a celebrações das ações litúrgicas,

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4LITURGIAdEdicação do tEmploPe. Wagner Douglas G. de Souza

CATEQUESE

A igreja, povo santo e peca-dor, é reunida pela unidade do Pai, do Filho, e do Espírito Santo, cons-truída de pedras vivas. O edifício de pedras é sinal sacramental para a comunidade. A imagem da igreja-e-difício nos remete que somos igreja, assembleia dos chamados que, em nome de Cristo pela obra do Espírito, louvamos ao Pai. O edifício-igreja, ao ser cons-

Vocação cristã a sErViço do mundo

Fábio Cristiano RabeloTeólogo e Catequista

Hoje, quando falamos em vocação, pensamos em profissão ou vida religiosa. Entre as comuni-dades cristãs, identifica-se o vocá-bulo com o ministério presbiteral ou com a vida religiosa. Também se fala em vocação matrimonial. Contudo, o termo tem um significado mais abrangente do que aquele assumido pela população em geral. Vocação vem do latim “vo-care” e significa chamado. Para nós, não é qualquer chamado, mas um convite de Deus. O primeiro chama-mento divino é à vida. Mas para que vida somos chamados? Pelo Batismo somos convocados a anunciar a boa nova do Reino de Deus a toda huma-nidade.

Como anunciar a boa nova? Anunciar com a vida. A boa nova é amor, amor sem limites a toda cria-ção. É tornar-se Cristo na comunida-de, e com a comunidade. Ser capaz de se colocar completamente a ser-viço de outrem. Ser para os outros, isto significa, ser Igreja. Todos somos chamados a uma vida de amor e entrega a toda humanidade. A vocação humana é a vida de Cristo. A vida de Cristo é a plenitude do humano. Assim, somos chamados a viver a vida de Cristo nos estados de vida matrimonial ou solteiros. Somos também chamados a viver o carisma laico de ser presen-ça de Cristo no mundo, ou ao caris-ma religioso de denunciar ao mundo

seus pecados por uma vida santa. E, nesta vocação cristã, so-mos chamados a exercer um minis-tério na vida da comunidade. Seja o ministério ordenado ou ministério não ordenado. Podemos ser cate-quistas, leitores, ministros extraor-dinários da comunhão, diáconos ou padres. Portanto, além da vida pro-fissional, a vocação se estende à vida concreta. Diz respeito a ques-tão do propósito e sentido último da existência. Ao aceitarmos a nossa vocação, devemos nos tornar outros “cristos” sobre a Terra. Mas nós que-remos isto?

a igreja deve ser dedicada ao Senhor em uma celebração solene. Assim, o Templo é dedicado a Deus Pai, Filho e Espírito Santo, e sob a invocação de Nossa Senhora ou de algum santo de devoção da comunidade. A Celebração da Dedicação de uma igreja é muito significativa e muito rica de sinais litúrgicos: as pa-redes da igreja e o povo de Deus são aspergidos com a água, recordando o Batismo; escuta-se a Palavra de Deus do Livro de Neemias 8,1-10; canta-se a Ladainha de todos os Santos, manifestando a comunhão dos San-tos; deposita-se Relíquias de Santos, caso houver; e o Altar e as paredes da igreja são ungidos com o óleo do Santo Crisma, para que o Senhor san-tifique com sua força o seu Templo. Todo esse rito manifesta a grandeza de Deus que deseja ficar muito perto de nós por meio dos lu-gares sagrados.

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dEiXar rastros

FAMÍLIA 7

Três acontecimentos comuns – ou nem tanto – na vida de pessoas comuns. Vou citar como exemplo pessoas que eu e minha esposa conhecemos. Bodas de ouro do casal Rui e Tânia, comemoração dos 90 anos de dona Maria, sepultamento de dona Rosa. Todos com um traço em comum, o encontro de um numeroso círculo de parentes – filhos, genros, noras e netos – e de amigos, conquistados no ambiente de trabalho, no convívio das entidades religiosas, das comunidades paroquiais e nos contatos com outras pessoas, que se deixaram cativar pelas suas virtudes. Participando desses três acontecimentos, emocionadamente, pensei em um cometa, que voa pelo espaço de tempos em tempos, deixando atrás de si um imenso

rastro de luz, ou na imensidão das areias da praia, onde um passante distraído imprimiu as suas pegadas. Depois que o cometa passou, nunca mais o céu será o mesmo, nem apagará aquele halo luminoso. O caminheiro se foi, mas a areia nunca conseguirá se livrar das marcas que ele deixou. Pessoas que deixaram rastros. Uma família que cultiva os valores humanos e cristãos da honestidade, da partilha, da solidariedade, da fraternidade, da abertura para o outro. Uma família que coloca Deus e os valores transcendentes como sua motivação e finalidade. Uma participação comunitária – no bairro, na paróquia, nas entidades beneficentes – marcada pelo serviço, pela doação de si, alegre e generosa, pela gentileza, pela responsabilidade

e pela bondade que irradia. É fatal que nós, na jornada terrena, deixemos rastros de luz, ou de trevas. Ou rastros de egoísmo, ou de doação. Queiramos ou não, o mundo não será o mesmo depois de nós. Ninguém passa pelo mundo. Nele fica sempre um pouco de nós. Penso muito no mistério da nossa existência. Cruzamos diariamente com tantas pessoas que, talvez, nunca mais veremos e nunca mais nos verão. Façamos nosso ideal deixar na retina delas um rastro luminoso, traduzido num sorriso, no ceder o passo, no abrir a porta, no estender a mão compassiva, no perdoar um gesto impensado ou proposital, numa recusa delicada e gentil. Mil poeiras de luz com que construímos o caminho do nosso cometa. Mil pegadas suaves, mas marcantes, deixadas na areia do nosso cotidiano, e que edificarão um mundo melhor de se viver e uma das muitas moradas que “o Pai nos preparou”.

José Wagner LeãoEscritor, Filósofo, Teólogo,

ex-professor de Língua Portuguesa e Latim do UNI-BH

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8FORMAÇÃO

o EVangElho da criação Certamente, muitos podem se perguntar sobre as razões que le-varam o Papa Francisco a escrever a Carta Encíclica Louvado Sejas - so-bre o cuidado da casa comum. Essa interrogação parece ser desdobra-mento da surpresa de ver um líder espiritual refletir sobre uma temática que desafia cientistas e leva os go-vernantes mundiais a equívocos - por não cumprirem os acordos firmados, tão necessários para a preservação do planeta. Questiona-se também sobre o que a fé traz de iluminação no tratamento dos enormes desafios contemporâneos relacionados ao meio ambiente. Bastaria considerar a situação abominável e vergonho-sa dos “descartados da sociedade”, como sublinha o Papa Francisco, desrespeitados em sua dignidade humana e privados do contato com a natureza, para compreender que a defesa do meio ambiente é compro-misso cristão. De fato, a vivência da fé é desafiada quando se constata a deterioração da ecologia, fruto da lastimável degradação humana e social. Em jogo está a dignidade de toda pessoa, que é dom sagrado. A fé cristã considera cada ser humano como morada de Deus. O desrespei-to à dignidade, em ações que pro-movem a miséria, a exclusão e todo o tipo de injustiça, é, portanto, injus-tificável ato de profanação. Há um complexo horizonte de descompassos - que abrange a violência, a dependência química, a exploração lucrativa e perversa - fe-rindo a dignidade humana. Gradati-vamente, “a casa comum” torna-se um caos, por condutas irracionais e mesquinhas. Para recuperar os vínculos de integração e de comu-nhão, é preciso a indispensável lu-

minosidade da razão. Fundamental, também, é buscar a luz maior da fé, capaz de reorientar condutas e pro-cedimentos, tornando-os marcados por tudo o que é próprio do amor. Por isso mesmo, o Papa Francisco fala do Evangelho da Criação, cujo sustento e vivência se firmam nas razões e nas convicções da fé. O Santo Padre é muito rea-lista e direto quando comenta sobre aqueles que, no campo político e in-telectual, decididamente, rejeitam a ideia de que existe um criador ou a

esia, bem como à vida interior e à espiritualidade. Não é de se duvidar que a incompetência governamental e de segmentos da sociedade na efe-tivação de compromissos para a pre-servação do planeta deve-se à falta desses horizontes poéticos, artísticos e espirituais. Quando a vida interior não é bem cultivada, prejudica o exercício autêntico e qualificado da cidadania. Isso vale para todos - de governantes a religiosos, de autori-dades e construtores da sociedade pluralista a pessoas mais simples. É preciso acolher as diferen-tes luzes que podem indicar no fim do túnel a abertura de nova etapa para a humanidade, especialmente no que se refere ao modo de viver na “casa comum”. Indispensável é a luz da fé em diálogo com o pen-samento filosófico, que produz força de sustento no processo de cultivar a paz, a justiça e a prática efetiva da solidariedade. Nesse sentido, a fé cristã tem contribuições muito significativas e indispensáveis para promover o cuidado com a natureza. A fé desperta a consciência de cada pessoa a respeito de seu próprio lu-gar no conjunto da criação, a partir da obediência amorosa ao seu Cria-dor. A força da fé, indubitavel-mente, alcança mais resultados que protocolos mesquinhamente boico-tados no escondido das sombras, formadas pela ambição sem limites e por descasos humanitários tão fre-quentes. Todos estão convocados ao conhecimento das convicções funda-mentais da fé cristã para qualificar o exercício da cidadania com tudo o que é único, próprio e indispensável do Evangelho da Criação.

Dom Walmor Oliveira de AzevedoArcebispo metropolitano de Belo Horizonte

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considera irrelevante. A consequên-cia é o fechamento de portas para contribuições muito importantes, em diversos campos, como os da ética e da espiritualidade. As religiões po-dem oferecer ajuda indispensável, indicando caminhos para sair das muitas crises, inclusive a ambiental. Basta analisar a complexida-de da crise ecológica hoje enfrentada para reconhecer que apenas um tipo de consideração ou de contribuição não será suficiente para se encontrar soluções e transformar, com urgên-cia, a realidade. É preciso recorrer às riquezas culturais, à arte e à po-

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9NOTÍCIAS

colEgiado litúrgico

rEflEtE sobrE a igrEja Em

saída

Motivados pelo tema “Ide e anunciai: uma Igreja em saída”, os membros do Colegiado Litúrgico do Santuário Arquidiocesano São Judas Tadeu, deixaram-se conduzir pelo convite de Deus, para um momento de fortalecimento da fé e do compro-misso de ser Igreja viva em missão. O retiro aconteceu no dia

5 de julho, no Cenáculo em Venda Nova, e foi conduzido pelo reitor do Santuário, padre Aureo Nogueira de Freitas, e pela Irmã Margarida de Je-sus, coordenadora das Obras Sociais São Judas Tadeu. Cerca de 80 pes-soas participaram do encontro, que teve momentos de oração, partilha e adoração. O colegiado é composto pe-los ministérios dos Acolhedores, Acólitos, Músicos, Salmistas, Leito-res, Animadores e Ministros Extraor-dinários de Distribuição da Eucaris-tia. Padre Aureo, em um dos mo-mentos de reflexão, mergulhou na exortação do Papa Francisco, enfati-zando a importância de sermos men-sageiros da alegria e cristãos de uma igreja em saída. “Jesus nos convida a segui-lo, dando seu testemunho e

anunciando a Boa Notícia”, disse. O reitor lembrou, ainda, que Deus pede um desinstalar-se, citan-do a escolha de Abraão, um ancião, sinalizando os critérios divinos que seguem uma lógica diferente. Ele afirmou que não tem idade para co-meçar ou terminar a missão, e que o anúncio do Evangelho deve ser feito até quando for possível. “Não existe aposentadoria na vida cristã”, excla-mou. “Jesus se colocou como pe-regrino, sempre em saída, anuncian-do a partir daquilo que as pessoas estavam vivendo. Muitas vezes, te-mos a tentação de ficar com o que já está bom. Mas, para ser Igreja em saída, é preciso tomar a iniciativa, ter ousadia, envolver-se, acompa-nhar e renovar-se”, finalizou o padre.

passEio do colEgiado catEquético ao santuário do caraçaA viagem, que aconteceu no dia 12 de julho em Catas Altas - MG, foi uma iniciativa da coordenação do colegiado para promover um momento de partilha e diversão entre os integrantes do grupo.

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Áreas de atuação:*CRIMINAL *CÍVEL (FAMÍLIA)

*TRABALHISTA *PREVIDENCIÁRIOAgende seu atendimento:

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Atendemos todas as terças-feiras, de 9h às 12h e as quintas-feiras de

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COLABORE COM AS OBRAS SOCIAIS

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Solidariedade é o amor em movimento. Fazer o bem é dever cristão, independente do reconheci-mento. Todos precisamos de ajuda. Portanto, todos precisam ser ajuda-dos. Isto, porque ninguém consegue viver só. Olhemos ao nosso redor e veremos inúmeras possibilidades de sermos úteis ao nosso próximo. Há tantos que necessitam de uma pa-lavra amiga, um sorriso, um aperto de mão, um telefonema. Há momen-tos em que uma mínima atitude da nossa parte pode ser essencial para devolver a alguém a coragem e a for-ça para continuar na caminhada. O conhecimento deve ser partilhado e não guardado dentro de nós. Não nos furtemos em pres-tar nossa solidariedade a quem quer que seja, independente da cor, sexo ou religião. Somos todos irmãos, fi-lhos do mesmo Criador. Hoje alguém está necessi-tando do nosso amor, do nosso ca-rinho, da nossa amizade e da nossa compreensão. Mas amanhã, pode-remos ser nós mesmos os necessi-tados. Então, deixemos que nossos melhores sentimentos possam fluir, que nossa luz possa brilhar

dEVEr cristão

e iluminar a escuridão que esteja cir-cundando a vida de tantos ao nosso redor. Como nos disse Jesus: “Brilhe a vossa Luz”. Para vencer o mal, precisa-mos ser solidários, compartilhando felicidade, compaixão e humildade. O gesto de solidariedade é contagio-so. Contagie e se deixe contagiar.

Dra. Isabela Milani CanabravaAdvogada, parceira das Obras Sociais

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Informamos que, a partir do mês de agosto, a Sede das Obras Sociais São Judas Tadeu passará por reformas para melhor atender e aco-lher as pessoas. Continuamos oferecendo as seguintes atividades:• Atendimento pisicológico• Orientação Jurídica• Atendimento às comunidades ca-dastradas• Recebimento de carnês dos par-ceiros

Novo Endereço:Rua São Bento, 219 - B. da Graça

Belo Horizonte / MG As doações de cestas bási-cas, roupas, calçados, fraldas geriá-tricas, dentre outros deverão ser en-tregues na Secretaria do Santuário.

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INFORMAÇÕES: (31) 2526-3336 / 2526-5421

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FUNDADO EM 17 DE DEZEMBRO DE 1992

REUNIÕES:DOMINGOS ÀS 9h

Rua Jussara, 422 - Bairro da Graça - Belo Horizonte Ônibus: 8103 (Nova Floresta / Santa Lucia)

sErViçosFUNCIONAMENTO DA SECRETARIASegunda à sexta-feira de 7h às 19hSábados de 8h às 12h e 15h30 às 19h30Domingos de 8h às 13h e 17h às 20hHORÁRIOS DE MISSASMissa da Misericórdia: 1ª Sexta-feira do mês às 5h30Segunda à sexta-feira: 7h e 19hSábado: 7h, 16h e 18hDomingo: 7h, 9h, 11h, 18h e 20hDias 28: Missas de 2 em 2 horas, a partir das 6h