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Fabiano, Henrique, Janaína, Rodolfo, Marina e Silvio Muitas pessoas não sabem que o mês de setembro é dedicado a uma campanha de prevenção ao suicídio no Brasil. Dian- te do aumento do número de suicídios, principalmente entre os jovens, institui- se esse mês como uma forma de alerta a essa situação tão impactante na vida dos brasileiros. As mídias impressas tradicionais co- meçam a se preocupar com esse assunto bastante delicado. Anteriormente esse tema era pouco debatido por ser um tabu em nossa sociedade, como se o debate pudesse estimular a morte de outros jo- vens. Entretanto, viu-se a importância de “falar sobre” como uma forma de pre- venção. O desejo de morrer pode advir de vá- rios fatores, entre eles, uma grande con- fusão mental ou um sentimento de não se sentir encaixado na realidade. Os familia- res e as pessoas que estão à volta geral- mente não tem o pre- paro para lidar com o sofrimento do outro. Costuma-se acreditar que os sinais que an- tecedem o suicídio são apenas formas de chamar atenção— o que é um erro. Tem pessoas que se auto-mutilam ou chegam a tentar mais de uma vez o suicídio, mas não são todos que verbalizam esse dese- jo, sofrem silenciosamente e, mesmo assim, chegam ao ato. Setembro amarelo NESTA EDIÇÃO: Editorial 1 Prevenção ao suicídio 2 Início da primavera 2 Memórias não destruí- das 3 Clínica dia 4 Paralimpía- das Rio 2016 4 Finanças e crise econô- mica 5 Linhas e agulhas 6 Jornal Ser ou Não Ser SEGUNDO SEMESTRE/2016 SÉTIMA EDIÇÃO-MÊS SET É importante dizer que o suicídio po- de ser prevenido. O apoio dos familiares, o tratamento medicamentoso e psicoló- gico, a construção de rotinas saudáveis são fundamentais. Suicídio não é simplesmente se colo- car em risco por acidente, mas sim, algo pensado que pode ser decorrente de to- dos os tipos de pressões sociais e inter- nas do indivíduo. Há ainda um tabu religioso acerca desses assunto: quem realiza o suicídio, segundo algumas religiões, não poderá entrar no paraíso. Além disso, há a questão financeira, pois a morte por sui- cídio não é coberta pelo seguro de vida. Mais informações: setembroamarelo.org.br cvv.org.br continua p.2 Foto: Internet

Jornal Ser ou Não Ser - sersaudemental.com.br · te do aumento do número de suicídios, principalmente entre os jovens, institui- ... chamar atenção— o que é um erro. Tem pessoas

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Fabiano, Henrique, Janaína, Rodolfo,

Marina e Silvio

Muitas pessoas não sabem que o mês

de setembro é dedicado a uma campanha

de prevenção ao suicídio no Brasil. Dian-

te do aumento do número de suicídios,

principalmente entre os jovens, institui-

se esse mês como uma forma de alerta a

essa situação tão impactante na vida dos

brasileiros.

As mídias impressas tradicionais co-

meçam a se preocupar com esse assunto

bastante delicado. Anteriormente esse

tema era pouco debatido por ser um tabu

em nossa sociedade, como se o debate

pudesse estimular a morte de outros jo-

vens. Entretanto, viu-se a importância de

“falar sobre” como uma forma de pre-

venção.

O desejo de morrer pode advir de vá-

rios fatores, entre

eles, uma grande con-

fusão mental ou um

sentimento de não se

sentir encaixado na

realidade. Os familia-

res e as pessoas que

estão à volta geral-

mente não tem o pre-

paro para lidar com o

sofrimento do outro.

Costuma-se acreditar

que os sinais que an-

tecedem o suicídio

são apenas formas de

chamar atenção— o que é um erro. Tem

pessoas que se auto-mutilam ou chegam

a tentar mais de uma vez o suicídio, mas

não são todos que verbalizam esse dese-

jo, sofrem silenciosamente e, mesmo

assim, chegam ao ato.

Setembro amarelo

N E S T A

E D I Ç Ã O :

Editorial 1

Prevenção

ao suicídio

2

Início da

primavera

2

Memórias

não destruí-

das

3

Clínica dia 4

Paralimpía-

das Rio 2016

4

Finanças e

crise econô-

mica

5

Linhas e

agulhas

6

Jornal Ser ou Não Ser S E G U N D O S E M E S T R E / 2 0 1 6 S É T I M A E D I Ç Ã O - M Ê S S E T

É importante dizer que o suicídio po-

de ser prevenido. O apoio dos familiares,

o tratamento medicamentoso e psicoló-

gico, a construção de rotinas saudáveis

são fundamentais.

Suicídio não é simplesmente se colo-

car em risco por acidente, mas sim, algo

pensado que pode ser decorrente de to-

dos os tipos de pressões sociais e inter-

nas do indivíduo.

Há ainda um tabu religioso acerca

desses assunto: quem realiza o suicídio,

segundo algumas religiões, não poderá

entrar no paraíso. Além disso, há a

questão financeira, pois a morte por sui-

cídio não é coberta pelo seguro de vida.

Mais informações:

setembroamarelo.org.br

cvv.org.br

continua p.2

Foto: Internet

P Á G I N A 2

J O R N A L

S E R O U

N Ã O S E R

C L Í N I C A

S E R – S A Ú D E

M E N T A L

S E T — 2 º

S E M E S T R E /

2 0 1 6

Início da primavera Silvio, Fabiano, Rodolfo

No hemisfério sul, setembro representa o início da estação

das chuvas, já no hemisfério norte, representa o início do desgelo e

da floração. Até os animais que hibernam acordam nesse mês. O

dia da primavera é festejado na passagem do dia 22 para o dia 23.

Antigamente as pessoas plantavam no dia da primavera, como um

ato simbólico, uma muda de Ipê para florir e embelezar Brasília. Na

seca vemos a cidade colorida por diferentes espécies de Ipês: roxo,

amarelo, rosa e branco - surgem nessa ordem.

No período de seca, enquanto a grama de verde passa para mar-

rom, o Ipê se destaca com sua cor. A imagem dessa árvore nos emociona. Como a

natureza é dadivosa! Após a secura, podemos ser comtemplados com as plantas

do cerrado. O Ipê é um símbolo de várias árvores que florescem na seca.

O início da primavera representa um tempo de reflexão, de

gratidão e florescimento. J O R N A L S E R O U N Ã O S E R

Fotos: Internet

Fabiano, Henrique, Janaína, Rodolfo, Marina e Silvio

A pessoa com depressão deve estar bem

amparada pelos familiares, é preciso evitar que ela

permaneça sozinha. Muitas vezes ela precisa de

um estímulo para realizar as atividades básicas

como comer, para sua higiene pessoal, para sair de

casa, socializar, assim como buscar a espirituali-

dade.

Desde da década de 70, Brasília é conside-

rada uma das cidades com o maior índice de suicí-

dio, principalmente entre mulheres casadas. Seus

maridos passavam a maior parte do tempo traba-

lhando e elas ficavam restritas à vida doméstica,

sem lazer—já que na época não existiam shop-

pings, parques, comércio movimentado, etc.

Hoje a razão é outra. Em geral, o estilo de

vida adotado pelo brasiliense é marcado pelo indi-

vidualismo. Moramos em apartamentos, mas não

conhecemos nossos vizinhos, não nos encontramos em praças, a Lei do Silêncio é bas-

tante rígida e o lazer é pouco diversificado. A arquitetura da cidade privilegia o uso indi-

vidual do automóvel, o que mantém as pessoas sozinhas e afastadas.

Entretanto, é possível mudar essa cultura procurando melhorar o relacionamento

com as outras pessoas: do vizinho ao garçom, do parente ao porteiro.

Prevenção ao suicídio

Início da primavera

Memórias não destruídas

P Á G I N A 3 S É T I M A E D I Ç Ã O - M Ê S S E T J O R N A L S E R O U N Ã O S E R

Raimundo

Subo em companhia de meu amigo

O morro que envolve nosso lugar de infância

A subida é íngreme e me causa

grande satisfação meu esforço, minha aventura

O desafio me contagiava a alma de alegria,

Eu podia mais para eu mesmo

O verde, o ar, minha mente, meu corpo

Era alegre, vivaz e inocente...

Um filme, uma memória que poderia ser

Esquecida, perdida no tempo, para sempre

Mas não foi, mesmo diante da escuridão, tristeza, aban-

dono, desprezo que sobreveio em minha vida

Prisioneiro em um momento, acorrentado,

Ser, impedido de sorrir e de subir o

Íngreme aclive de minha própria vida

que eu construí

neste momento aflito estava quase só.

Minha querida mãe não me deixou no

tormento de momentos angustiantes

O tempo seguiu seu curso inexorável

A maturidade é vista agora na minha

Existência com perplexidade diante

de tanta indiferença

Algo me torturou, onde procurávamos minha mãe

e eu um lugar de acolhimento, foi o abandono

E desprezo de gente que odiava gente, que

Não respeitava com dignidade eu e outras gentes

que encontrei

A vida tempos adiante, sorriu

outros não puderam, pois foram

impedidos desta boa sorte, o que fazer?

Lamentar não move a história, o que

Posso e podemos fazer para evitar

A barbárie do desprezo, da dor, do

Abandono de quem não tem voz nem vez?

Não posso imaginar, pois sofro, com a

existência atual de manicômios,

Viva a vida, a compaixão e a solidariedade.

Era jovem e isto, a juventude, me ajudou a

me libertar.

Não me conheço ainda

Ainda sou um enigma com esperança de ser feliz

E encontrar meu eu verdadeiro.

Foto: Raimundo J O R N A L S E R O U N Ã O S E R

P Á G I N A 4

J O R N A L

S E R O U

N Ã O S E R

C L Í N I C A

S E R –

S A Ú D E

M E N T A L

S E T -

2 º S E M E S T

R E / 2 0 1 6

Rodrigo

A clínica dia é um encontro fornecido por família e convênio de pacientes que

tem por objetivo fazer a manutenção do tratamento, tratar da preocupação com

medicamento, fazer uma rotina mais adequada para os pacientes. Com a clínica

dia os pacientes aprendem a conviver melhor uns com os outros. E se recuperam

melhor do período de internação, bem como avaliam e são avaliados sobre seus

dias futuros. Dentre as oportunidades que a clínica dia oferece estão a arte terapia

e cuidados corporais. O paciente pode se soltar e ir um pouco além do tratamento

tradicional isso porque os terapeutas exploram sua capacidade.

Fotos: Internet

O que é a clínica dia?

Paralimpíadas Rio 2016 Rodolfo e Shirlei

Inspirados pelos jogos olímpicos que surgiram em 1896 em Atenas,

nasce a Paralimpíada em 1960, em Roma, com 23 países participantes Pode-se

dizer que essa demora ocorre em função da exclusão social e das dificuldades

das cidades em implementar políticas públicas para essa população.

Visando melhorar essa situação, o Brasil se inspira na Convenção so-

bre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo no § 3º

do art. 5º da Constituição e aprova no país o Estatuto da Pessoa com Defi-

ciência que foi sancionado pela presidente Dilma Rousseff em 6 de julho de

2015.

O mundo está começando a abrir os olhos para essa minoria que gra-

dativamente vem recebendo mais assistência médica, psicológica, além de es-

paços adaptados. O resultado disso foi uma venda de ingressos para os jogos

paralímpicos que superou as expectativas brasileiras. Ainda assim, o número

continua inferior em relação aos jogos olímpicos. Merece destaque o nadador

Daniel Dias, detentor de oito medalhas de ouro e recordista mundial nas pro-

vas de 100m e 200m livre, 100m costa e 200m medley.

J O R N A L S E R O U N Ã O S E R

Finanças pessoais e

crise econômica

P Á G I N A 5 S É T I M A E D I Ç Ã O - M Ê S S E T J O R N A L S E R O U N Ã O S E R

Marconi

O Brasil está passando atualmente por uma crise econômica

que afeta toda a população, principalmente as camadas mais desfavore-

cidas. A crise consiste no descontrole da inflação pelo governo que ge-

rou um aumento dela acima da meta e que reduziu o valor do da moeda

nacional e o poder de compra dos salários.. Dessa forma, a população

tem mais dificuldade para pagar contas e dívidas e comprar o que é ne-

cessário, afetando bastante o equilíbrio das finanças pessoais.

Devido a isso, o Jornal Ser ou Não Ser pensou em passar aos

seus leitores informações sobre cuidados com as finanças pessoais du-

rante uma crise econômica.

Um bom começo é analisar o orçamento. Colocar em uma planilha a receita mensal e, também, todas as des-

pesas mensais. Quanto às despesas, deve-se incluir as contas (telefone, luz, água, etc.), gastos com mercado, vestuário,

gastos com a casa, medicamentos e todos os outros gastos. E deve-se evitar gastar mais do que ganha.

É necessário cortar despesas (numa situação de crise, muitos itens podem ser cortados). Haverá uma queda no

padrão de vida, mas, desse modo, será possível pagar as contas (o que é mais importante).

Quanto às dívidas, é melhor evitar contrair empréstimos para quitar dívidas pois, assim, uma dívida leva a

outra. Esse caminho só é vantajoso quando não há alternativas. Uma solução melhor é cortar o máximo possível os

gastos, negociar às dívidas com os credores e pagar prioritariamente os empréstimos com juros maiores. É importante

também evitar acumular dívidas no cartão de crédito pois os juros são muito altos.

Outra coisa que pode ser feita é reduzir os gastos nas pequenas coisas como diminuir o tempo nas ligações

telefônicas e no banho, apagar as luzes quando não estiver usando, andar de ônibus para economizar gasolina, etc.

Uma outra coisa são certas questões da vida profissional. Deve-se verificar se o seu salário é compatível com

o que você faz. Se não for, você tentar uma negociação para elevar o salário. Não sendo possível, pode-se procurar

fontes de renda alternativas. Além disso, se sua esposa não trabalha, ela pode passar a exercer a uma atividade remune-

rável.

É importante fazer uma reserva de dinheiro para usar em gastos emergenciais que pode ser armazenada em

uma poupança porque ela possui um rendimento mensal (embora seja baixo) e é um investimento seguro. A reserva

poderá ser usada para gastos médicos, períodos de desemprego (nesse caso, é recomendável um reserva mínima de seis

meses de salário, principalmente para casos onde não há muita estabilidade no emprego), comprar ou trocar o carro,

viagens e outras intenções possíveis. Tem-se como referência de reserva um depósito mensal de 10% a 20% do salário.

Outra alternativa à poupança são os títulos de capitalização oferecidos pelos bancos. Depois do período de aplicação

(um ou mais anos), você recebe o dinheiro investido acrescido de correção monetária. Além disso, normalmente são

oferecidos sorteios semanais ou mensais de dinheiro ou bens. Uma terceira alternativa é o financiamento de um imó-

vel, principalmente lotes e terrenos de loteamentos recém-criados. A probabilidade de ele valer bem mais daqui a um

ano é muito grande. Casos de desvalorização de lotes e terrenos são considerados raros. Isso ocorre pois um novo lote-

amento vem com a concentração de pessoas e a possibilidade de negócios que surge com uma nova área urbana.

Com essas orientações é possível que você adquira o controle das suas finanças e possa usufruir de mais tran-

quilidade nesse tempo de crise econômica.

Referências: websites Finanças Pessoais, Uolnotícias, Gigaconteúdo.

J O R N A L S E R O U N Ã O S E R

Outubro rosa: Campanha de conscientização sobre a prevenção do câncer de mama.

Próximas Edições

Participantes dessa edição: Fabiano, Henrique, Janaína, Rodolfo, Marconi. Marina, Raimundo, Silvio,

Shirlei.

Sugestão ou crítica,

escreva para o

Jornal Ser ou Não Ser

[email protected]

S É T I M A E D I Ç Ã O - M Ê S S E T J O R N A L S E R O U N Ã O S E R P Á G I N A 6

J O R N A L

S E R O U N Ã O

S E R

C L Í N I C A

S E R – S A Ú D E

M E N T A L

S E T -

2 º S E M E S T R E

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Linhas e agulhas Shirlei

Meu primeiro contato com o crochê foi quando estava

grávida do me segundo filho. Queria aprender a criar sapati-

nhos de bebê. Decidi realizar um curso com minha vizinha, que

já era profissional.

No início tive dificuldades na utilização de agulhas e

linhas finas e fui orientada a trabalhar com barbante e agulhas

mais grossas. A minha primeira peça foi um tapete de barbante

num formato oval, depois não parei mais a produção.

O crochê passou a ser uma fonte de renda e

atualmente posso fabricar qualquer tipo de peça: roupas, tapetes,

almofadas, toalhas de mesa e bolsas. Cada peça é

única, não só pelos pontos, como pelas cores e for-

matos.

Essa atividade ajuda a diminuir a ansieda-

de, é tranquilizadora. Posso produzir respeitando

meus limites, meu tempo, proporcionando um rela-

xamento. Além disso, é um forma de compartilhar

conhecimentos e ensinar as pessoas interessadas.

Vale ressaltar que o crochê não é apenas para mu-

lheres, hoje já existem homens exercendo

essa atividade artisticamente como forma

de expressão.

Infelizmente não são todas as pes-

soas que reconhecem o valor do artesanato.

Principalmente a confecção de roupas, co-

mo blusas ou vestidos, são peças exclusivas.

Não tem como comparar com as produções

em série, despersonalizadas. Sendo assim, o

custo do artesanato é mais alto, não só pelo

material, como pela dedicação e carinho de quem produz.

Por fim, “eu amo crochê!”

Artesanato: Antônia

Artesanato: Shirlei