44
Publicação integrante do portal www.logweb.com.br A multimídia a serviço da logística Automação Comércio Exterior Embalagem Logística Movimentação e Armazenagem SCM Transportes EDIÇÃO Nº46— DEZEMBRO 2005 LogWeb LogWeb J O R N A L Este jornal e outras informações também estão no portal www.logweb.com.br A multimídia a serviço da logística J O R N A L J O R N A L MULTIMODAL Nesta edição: Grupo Pão de Açúcar comemora resultados da parceria com fornecedores Para integrar, otimizar e melhorar os proces- sos logísticos, o Grupo Pão de Açúcar criou a certificação ‘Top Log’ para os seus fornecedo- res e mantém um forte trabalho focado em melhorias da cadeia de distribuição. E já colhe os bons resultados. (Página 33) Armazéns estruturais: Soluções para armazenagem temporária De rápida montagem, estes armazéns aten- dem às necessidades temporárias. Mas, também, podem ser usados por longos períodos. (Página 35) Paletes PBR Bastante usados, mas enfrentando os “piratas” e o comércio de usados O palete PBR foi criado em 1990, após intensos estudos e ensaios, com o objetivo de aumentar a produtividade da movimentação, armazenagem e trans- porte, permitir a distribuição física paletizada e criar um sistema de embalagem modular, resultando em redução de custos. (Página 20) Courrier Problemas são externos às empresas Mas, nem tudo está perdido. Existem inúmeras soluções, de modo a permitir às empresas de courrier alcançar o seu real e importante papel dentro da logística. (Página 30) Empilhadeiras Em foco, a atuação dos operadores Quais os problemas ocasionados por operadores de empilhadeiras não espe- cializado ou não treinados? Como treinar? Estes e outros assuntos são destaque nesta matéria especial. (Página 38) ALIANÇA NAVEGAÇÃO E LOGÍSTICA, CONNEXION E TRANSPORTADORA RISSO SÃO OS DESTAQUES NESTA SEÇÃO. (PÁGINA 8)

JORNAL LogWeb · sos logísticos, o Grupo Pão de Açúcar criou a certificação ‘Top Log’ para os seus fornecedo-res e mantém um forte trabalho focado em

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: JORNAL LogWeb · sos logísticos, o Grupo Pão de Açúcar criou a certificação ‘Top Log’ para os seus fornecedo-res e mantém um forte trabalho focado em

Publicação integrante do portal www.logweb.com.br A multimídia a serviço da logística

❚❚❚❚❚ Automação ❚❚❚❚❚ Comércio Exterior ❚❚❚❚❚ Embalagem ❚❚❚❚❚ Logística ❚❚❚❚❚ Movimentação e Armazenagem ❚❚❚❚❚ SCM ❚❚❚❚❚ Transportes

EDIÇÃO Nº46—DEZEMBRO—2005

LogWebLogWebJ O R N A L

Este jornal e outrasinformações também estão no portalwww.logweb.com.br

A multimídia a serviço da logística

J O R N A LJ O R N A L

M U LT I M O D A LNesta edição:

Grupo Pão deAçúcar comemoraresultados daparceria comfornecedores

Para integrar, otimizar e melhorar os proces-sos logísticos, o Grupo Pão de Açúcar criou acertificação ‘Top Log’ para os seus fornecedo-res e mantém um forte trabalho focado emmelhorias da cadeia de distribuição. E já colheos bons resultados. (Página 33)

Armazénsestruturais:Soluções paraarmazenagemtemporária

De rápida montagem, estes armazéns aten-dem às necessidades temporárias. Mas, também,podem ser usados por longos períodos.(Página 35)

Paletes PBR

Bastante usados, mas enfrentando os“piratas” e o comércio de usados

O palete PBR foi criado em 1990, após intensos estudos e ensaios, com oobjetivo de aumentar a produtividade da movimentação, armazenagem e trans-porte, permitir a distribuição física paletizada e criar um sistema de embalagemmodular, resultando em redução de custos. (Página 20)

Courrier

Problemas são externos às empresasMas, nem tudo está perdido. Existem inúmeras soluções, de modo a permitir

às empresas de courrier alcançar o seu real e importante papel dentro da logística.(Página 30)

Empilhadeiras

Em foco, a atuação dos operadoresQuais os problemas ocasionados por operadores de empilhadeiras não espe-

cializado ou não treinados? Como treinar? Estes e outros assuntos são destaquenesta matéria especial. (Página 38)

ALIANÇA NAVEGAÇÃO ELOGÍSTICA, CONNEXION ETRANSPORTADORA RISSOSÃO OS DESTAQUES NESTASEÇÃO. (PÁGINA 8)

Page 2: JORNAL LogWeb · sos logísticos, o Grupo Pão de Açúcar criou a certificação ‘Top Log’ para os seus fornecedo-res e mantém um forte trabalho focado em

2 LogWeb EDIÇÃO 46 — DEZEMBRO — 2005 www.logweb.com.br

ÁGUIA

No início da década desetenta, a cidade de PontaGrossa, situada no centro-sul do Paraná, iniciou seuprocesso de industria-lização atraindo diversosgrupos econômicos. Nestecenário, em 1973, surgiu aMetalúrgica Águia que,pela qualidade de seusprodutos e criatividade deseus projetos, cresceu etornou-se uma empresa degrande prestígio no setorde movimentação earmazenagem demateriais. Hoje, a holdingAsas Participações éformada pelas empresasÁguia Sistemas deArmazenagem, ÁguiaQuímica e Águia FlorestalIndústria de Madeiras.

A linha de produtos daÁguia Sistemas deArmazenagem abrangeestruturas porta-paletesconvencionais edeslizantes; cantilever;push-back; transportado-res manuais, gravita-cionais ou mecanizadosque podem ser dotados deacessórios que comple-mentam seu uso, comobalanças, transferidores decarga, separadores,cancelas, leitoras decódigo de barras, etc.;divisórias industriais;mezaninos; contêinerescom estrutura tubular;contêineres especiaisdesenvolvidos através deprojetos específicos paraatender às mais diversasnecessidades de armaze-nagem ou transporte depeças com volume e pesovariável; contêineresaramados; elevadores decarga; estantes; divisóriastermo-acústicas; flow-rack;estanterias paraarmazenagem dinâmicapaletizada; drive-in/drive-through; porta-paletes decorredores estreitos eautoportantes; eacessórios para estruturasde armazenagem, comoprotetores frontais decoluna, protetores decanto, guard rayl, guiaspara paletes e bandejasaramadas, entre outros.

Page 3: JORNAL LogWeb · sos logísticos, o Grupo Pão de Açúcar criou a certificação ‘Top Log’ para os seus fornecedo-res e mantém um forte trabalho focado em

EDIÇÃO 46 — DEZEMBRO — 2005 LogWeb 3www.logweb.com.br

SAUR

A Saur foi fundada em1926, na cidade Panambi,distante cerca de 380 km dePorto Alegre, RS. Na linha deequipamentos para empilha-deiras, produz, entre outros:alongadores de garfos,aparelhos giratórios,basculadores frontais elaterais, deslocadoreslaterais, empilhadores frontaissimples, pantográficos, lateraisa 45º e trilaterais, empur-radores e fixadores de cargas,garfos, garras basculantes ehidráulicas, inversores eempurradores de cargas,posicionadores de garfos,push-pul, spreaders, suportesde garfos e torres de elevação.Também são produzidosequipamentos para guindas-tes, pontes rolantes e paramovimentação manual,manipuladores hidráulicosestacionários, plataformasniveladoras de docas eelevadores, entre outros.

VEGAS

Com forte atuação nomercado de turismocorporativo há mais de 5anos, a Wegas Turismooferece soluções praticas demodo a agilizar a logística deviagens nas empresas.

Atendendo a todoterritório nacional, a WegasTurismo esta focada em 70%em vendas corporativas e30% em vendas diretas,oferecendo o que há demelhor em pacotes nacionaise internacionais e transporteaéreo, marítimo e terrestre.

Especializada em hotéisnacionais e internacionais,conta com um atendimentodiferenciado e com umaequipe altamente treinadapara atender aos maisdiversos tipos de empresas eoferecer o melhor serviço emviagens corporativas.

Page 4: JORNAL LogWeb · sos logísticos, o Grupo Pão de Açúcar criou a certificação ‘Top Log’ para os seus fornecedo-res e mantém um forte trabalho focado em

4 LogWeb EDIÇÃO 46 — DEZEMBRO — 2005 www.logweb.com.br

Wanderley Gonelli Gonç[email protected]

triker é diretor de logísticada Sadia. Ele é graduadoem Engenharia Civil e Ad-

ministração de Empresas, ambos peloMackenzie. Ingressou na Sadia em1984 como assistente da diretoria ge-ral. Em 1986 ocupou o cargo de ge-rente da área de operações, sendo pro-movido a diretor em 1987. Em 1995assumiu o cargo de gerente regionalde vendas Sudeste/Centro-Oeste e umano depois também atuou comoregional de vendas Norte/Nordeste.Em 1998 foi promovido a gerente detrade marketing, sendo responsávelpelas áreas de grandes contas, geren-ciamento de categorias e promoção/merchandising. Em 2000 assumiu agerência de marcas e planejamentoestratégico e em março de 2002 foipromovido a gerente geral de logís-tica. Em maio de 2003 passou a serdiretor de logística.

LogWeb: Como é feita a logística daSadia?

Striker: A “inteligência” é todafeita por nós, enquanto o transporte étodo terceirizado. Usamos vários ti-pos de transporte, e todo o planeja-mento é feito por nós, internamente.Executamos desde o transporte de pin-tinhos de um dia e de ração até de pro-dutos acabados. São mais de 700 itens,abrangendo perus, presuntos, morta-delas, frangos, massas, doces, pizzase outros que vão para a mesa da donade casa no Brasil e no exterior.

LogWeb: Como é dado o start paraas entregas?

Striker: Um vendedor visitaum determinado cliente e, normal-mente, 24 horas depois ou, em al-gumas regiões mais distantes, 48horas, os produtos adquiridos sãoentregues pela frota da Sadia.

LogWeb: Quantos CDs são usados?Striker: No mercado interno

são oito: em Porto Alegre, Curitiba,Jundiaí, Belo Horizonte, Rio de Ja-neiro, Salvador, Recife e Manaus.

Entrevista

De pintinhos de um dia a pizzas.Paulo Francisco Striker falasobre a logística da SadiaPor envolver produtos perecíveis, esta é uma logística diferenciada.E mais ainda quando os produtos chegam ao mercado externo.

S

LogWebLogWeb

Editor (MTB/SP 12068)Wanderley Gonelli Gonç[email protected]

MarketingJosé Luíz Nammur

[email protected]

Diretoria ExecutivaValeria Lima

[email protected]

Diretoria ComercialDeivid Roberto Santos

[email protected]

Representante ComercialRJ: [email protected]

Administração/FinançasLuís Cláudio R. Ferreira

[email protected]

Direção de ArteFátima Rosa Pereira

Redação, Publicidade,Circulação e Administração:

Rua dos Pinheiros, 234 - 05422-000São Paulo - SP

Fone/Fax: 11 3081.2772Nextel: 11 7714.5379 ID: 15*7582

Redação:Nextel: 11 7714.5381 - ID: 15*7949

Comercial:Nextel: 11 7714.5380 - ID: 15*7583

Publicação mensal, especializadaem logística, da LogWeb EditoraLtda. Parte integrante do portal

www.logweb.com.br

J O R N A L

Os artigos assinados nãoexpressam, necessariamente,

a opinião do jornal.

Expediente

Palavra do Leitor

“Recebo mensalmente estejornal, o mesmo possuiexcelentes informações,reportagens e serve de muitasconsultas para profissionais delogística como eu. Parabéns!!!!!Só quero discordar dareportagem feita com a logísticado Carrefour na edição 45 –novembro 2005 – página 4.Na reportagem, a mesmatransparece como sendo modelode gestão logística, o que narealidade não é fato. Em todasas empresas que trabalhei (queatendem ao segmento de varejo),esta cadeia era a que mais davaproblemas - entregas recusadassem nenhuma explicação,veículos que passam até 2/3 diaspara serem descarregados, alémda total falta de sintonia entre aárea de recebimento e compras,ou seja, o pedido é colocadopelo comprador que nãointerage com o recebimento,gerando muitas devoluções. Porque o LogWeb não faz umapesquisa com grandesembarcadores e profissionaiselegendo as melhores e pioreslogísticas nas grandesempresas?Coloco ainda outro comentário:Carrefour e outras grandesredes fazem com que os fretesfiquem cada vez mais caros elogicamente com custos queindiretamente são pagos pornós, consumidores.”

Rui B. FreitasGerente de Logística

No exterior, trabalhamos com umsistema diferente, os estoques sãoterceirizados, ou seja, ficam em es-paços alugados. Temos CDs na In-glaterra, na Holanda e na Alemanha,entre outras.

LogWeb: Como é a logística interna-cional da Sadia?

Striker: Tudo é movimentadopor meio de navio refrigerado, comlocais para contêineres ou inteirosrefrigerados. Para cada local domundo usamos uma estratégiadiferente e de acordo com o volumee necessidades dos clientes. NoOriente Médio temos em cada paísum distribuidor exclusivo, e ele temos estoques e faz a distribuição paraos clientes. Via de regra, no exterior,em cada região procuramos ter rela-cionamentos de longo prazo comparceiros que fazem a distribuiçãopara nós.

LogWeb: Quantas fábricas a Sadiapossui?

Striker: São doze fábricas, des-de o sul até o centro-oeste. As fábri-cas ficam localizadas no Paraná (5unidades), Santa Catarina (2), RioGrande do Sul (1) Rio de Janeiro (1),Distrito Federal (1), Minas Gerais(1) e Mato Grosso (1).

LogWeb: Explique como funciona afrota.

Striker: Ela é terceirizada, mastrafega com a bandeira da Sadia. Sãoempresas pequenas e médias quefazem o serviço de transporte paranós. Todos os caminhões são espe-ciais, tanto de baú tanto providos deequipamento de refrigeração, paramanter as temperaturas adequadasaos nossos produtos. Operam paraa Sadia cerca de 2000 veículos emtodo o Brasil.

LogWeb: No caso de terceirização dasoperações logísticas, como funciona?

Striker: Por exemplo, emCuritiba, dentro de um CD da

Standard, alugamos um espaço e nósmesmos operamos lá. Nos outroscasos, temos os CDs próprios, comoperação própria.

LogWeb: Quais os problemas enfren-tados? E as soluções?

Striker: Os nossos maiores pro-blemas ocorrem junto aos supermer-cados, por isso temos procurado tra-balhar com agendamento, combinan-do horário de recebimento dos pro-dutos, para que a questão do produtoser muito sensível seja minimizada.Fizemos vários acordos com clientessupermercadistas e estabelecemosprocesso de agendamento que facili-ta a questão da entrega. No caso daentrega noturna estabelecida em SãoPaulo, SP, nos adaptamos à questãoda legislação e às necessidades docliente.

LogWeb: Quais os diferenciais dalogística da Sadia em relação às ou-tras empresas do mercado?

Striker: Por trabalharmos comperecíveis, temos uma logística com-pletamente diferente. Temos que ze-lar pelo self-life, pela vida de prate-leira do produto para entregar ao clien-te dentro dos requerimentos que sãoexigidos. Trata-se de uma gestão doque vai ser produzido e vai ser entre-gue à medida que o mercado vaiabsorvendo estes volumes – umaciência completamente diferente deum produto com vida de prateleiramuito maior e que não tenha estademanda. Os cuidados são diferentes.Agora no final de ano, temos grandesmudanças na logística: o peru que vaiestar na mesa na noite do Natal já estáproduzido, já está estocado, precisarser distribuído num curtíssimo espa-ço de tempo. Isto envolve todo um pla-nejamento, uma estratégia, tanto deestocagem nos pontos mais próximosdos distribuidores, quanto de distri-buição física em si.

Fone: 0800-702-88-00 (Serviço deInformação ao cliente)

Editorial

Finalde ano

hegamos a mais umfinal de ano. Horade rever as atitudes

tomadas durante 2005 – fazeruma análise do que foi feitode certo e de errado, ou o quedeixamos de cumprir – eplanejar o que realizar nopróximo ano.

Aproveitamos este espaçopara desejar aos nossosleitores, aos nossosanunciantes, colaboradores eamigos, que a análise dorealizado durante este ano queagora termina seja bastantepositiva, tanto em nívelpessoal quando da empresaem si. “Torcemos” para que orealizado durante o ano supereem muito o que deixou de serrealizado, o que ficou apenascomo “frustração pelo nãoatingido”.

E que no próximo ano,tudo o que ficou pendente sejaconcretizado da melhormaneira possível, trazendobenefícios para as pessoas, asempresas e para o país comoum todo.

Dois mil e seis será umano de eleições e de copa domundo. Portanto, um ano umtanto diferente.

Tomara que váriasdiferenças, todas no sentidopositivo, também sejamcomuns em 2006. São osnossos votos.

C

Page 5: JORNAL LogWeb · sos logísticos, o Grupo Pão de Açúcar criou a certificação ‘Top Log’ para os seus fornecedo-res e mantém um forte trabalho focado em

EDIÇÃO 46 — DEZEMBRO — 2005 LogWeb 5www.logweb.com.br

ISMA

A Isma está há 35 anosno mercado e tambémexporta para todos ospaíses da América do Sul eda América Central. Atuanas áreas de móveis de aço,sistemas de armazenagem esistemas deslizantes.

No caso dos móveis deaço, produz arquivos,armários, bancadas,balcões, roupeiros eestantes. Com relação aossistemas de armazenagem,são fabricados porta-paletes, mezaninos, drive-in,cantilevers, estanterias,push-back, flow-rack eporta-paletes dinâmico.

Em termos de sistemasdeslizantes, desenvolvearquivos e estantes desli-zantes. Tem investido cadavez mais em equipamentosprodutivos e na qualidadepara constante aprimora-mento de seus produtos.

DIELETRO

A Dieletro está localiza-da em São Paulo desde1982 e é voltada para odesenvolvimento, execuçãoe comercialização deprodutos destinados à áreaeletroeletrônica, em equipa-mentos de controles depotência. A equipe Dieletroé composta de profissionaiscom larga experiência naárea de projetos especiais,com laboratórios e moder-nos equipamentos de apoio.

A linha de produtosDieletro avança nos setorespara controles industriais,telecomunicações, infor-mática e eletrônica médica,além de projetos especiaisno segmento militar e naval.A partir de um rigorosocontrole de matéria-prima epesquisa avançada, aDieletro oferece resultadosexcelentes em durabilidadee baixo custo demanutenção.

Page 6: JORNAL LogWeb · sos logísticos, o Grupo Pão de Açúcar criou a certificação ‘Top Log’ para os seus fornecedo-res e mantém um forte trabalho focado em

6 LogWeb EDIÇÃO 46 — DEZEMBRO — 2005 www.logweb.com.br

Segurança

Inaugurações noPorto do Rio Grande, RS,atendem ao ISPS Code

om a presença do secretárioestadual dos Transportes, Alexan-dre Postal, do prefeito municipal

de Rio Grande, RS, Janir Branco, e do su-perintendente do Porto do Rio Grande, VidalÁureo Mendonça, foi inaugurado, no dia28 de novembro último, o pórtico de aces-so e controle de pedestres e veículos doPorto Novo (Portão 4), o prédio destinadoà Unidade de Segurança Portuária e os sis-temas de vigilância eletrônica e rádio. Osinvestimentos, num total de R$ 2,5 milhões- recursos provenientes do Estado e da União- foram realizados para cumprir as exigên-cias do Código Internacional para Proteçãode Navios e Instalações Portuárias (ISPSCode). O novo pórtico de acesso possuicobertura metálica de 580 m², para melho-res condições de trabalho durante as inspe-ções; duas vias de acesso; uma guarita decontrole de 22 m²; uma sala de identifica-ção e detecção com 82 m², onde será reali-zado o reconhecimento de pessoal atravésda geometria da mão e cartões de identifi-

cação; e um prédio com 398 m², onde estáinstalada a Unidade de Segurança Portuária(Guarda Portuária), com uma Central deVigilância Eletrônica equipada com apare-lhos para o monitoramento através do cir-cuito de TV e para o Sistema de Comunica-ção Via Rádio.

Entre os próximos investimentos estãoa aquisição de uma lancha para realizar omonitoramento por mar e a construção doPórtico de Acesso ao Porto Novo, no Portão2. A nova estrutura deverá ser construída nomesmo padrão do Portão 4 - nesta serão

cinco vias de acesso, sendo duas para entra-da e duas para a saída de cargas e uma paraentrada e saída de cargas. Além disso, umadas vias contará com trilhos para a recep-ção de trens. Essa estrutura, que deverá tersua construção iniciada em quatro meses,também contará com a construção de doisprédios, com 650 m² cada.

No prédio Sul serão instalados, no an-dar térreo, o Setor de Exportação do Porto,Sala do ICMS, Sala de Logística e Setor deCadastramento da Guarda, enquanto no pri-meiro andar ficará o Ministério da Agricul-tura, com salas para inspeção e laboratório.

Já o prédio Norte terá, no seu andar tér-reo, a Vigilância Aduaneira, Agência Nacio-nal de Vigilância Sanitária (Anvisa), Polí-cia Federal e Ministério do Trabalho. O pri-meiro andar será destinado exclusivamenteà Receita Federal. Além disso, será instala-do entre os dois prédios, servindo de cober-tura para as cinco vias de acesso, uma co-bertura metálica com 850 m². O projeto tam-bém conta com seis guaritas de inspeção. ■

C

Page 7: JORNAL LogWeb · sos logísticos, o Grupo Pão de Açúcar criou a certificação ‘Top Log’ para os seus fornecedo-res e mantém um forte trabalho focado em

EDIÇÃO 46 — DEZEMBRO — 2005 LogWeb 7www.logweb.com.br

COMFRIO

Atuando no mercado dearmazenagem frigorificadadesde 1996, a Comfrio iniciousuas atividades comoprestadora de serviços dearmazenagem de produtoscom temperatura controlada,operando em todo o Estado deSão Paulo. Posteriormente,além de ampliar seu raio deabrangência, chegando aquase todo o territórionacional, passou a oferecerestrutura de transportes dedistribuição. Hoje realiza osprocessos de cross-docking etransbordos, separação,fracionamento, etiquetagem,paletização e estufagem decontêineres para exportação.Suas unidades têm capacida-de de frio que pode variar de- 35ºC a 35ºC. Localizadaestrategicamente no interiordo Estado de São Paulo, comsede na cidade de Bebedouro,atende a um raio de 250 km.

RETRAK

A Retrak foi fundada em1993 e tem como principalatividade a locação deequipamentos. Sua frota incluimais de 950 empilhadeiras,sendo 85% elétricas e 15% acombustão. É representante eserviço autorizado da Still doBrasil para venda deempilhadeiras novas e peçasde reposição originais.Também é especializada nanacionalização e desenvolvi-mento de componentes paraempilhadeiras. Ofereceprogramas de manutençãopreventiva e corretivamediante contrato de manu-tenção e desenvolve equipa-mentos para áreas classifica-das, além de modificaçõeselétricas para equipamentosimportados. E faz adaptaçõesem equipamentos, comogarfos especiais e largura depatolas especiais, e tambémdesenvolve projetos especiaispara equipamentos demovimentação.

Page 8: JORNAL LogWeb · sos logísticos, o Grupo Pão de Açúcar criou a certificação ‘Top Log’ para os seus fornecedo-res e mantém um forte trabalho focado em

8 LogWeb EDIÇÃO 46 — DEZEMBRO — 2005 www.logweb.com.br

A

TRANSPORTE MARÍTIMO

ALIANÇA BATIZA SEU NOVONAVIO NO PORTO DE SANTOS

Aliança Navegação e Logís-tica [Fone: 11 5185.5600]realizou, no dia 10 de novem-

bro último, o batismo do navio Alian-ça Mauá, no Terminal Santos Brasil,no Porto de Santos, em São Paulo.

Com 272 metros de comprimen-to, 40 metros de boca e capacidadede 5.552 TEU’s, a embarcação tevecomo madrinha Ana Maria Furlan,esposa do Ministro de Desenvolvi-mento, Indústria e Comércio Exte-rior do Brasil, Luiz Fernando Furlan.

O navio, entregue como MonteVerde no final de agosto de 2005pela Daewoo Shipbuilding & MarineEngineering (DSME), vai operar narota Europa – Costa Leste da Amé-rica do Sul.

Segundo o diretor-executivo daAliança Navegação e Logística,Julian Thomas, além de contar comum motor principal com 63 mil ca-valos de potência, a nova embarca-ção apresenta inúmeros outros di-ferenciais, como a modernidade e agrande capacidade para cargafrigorífica. “Com 1.365 conexõespara contêineres refrigerados, oAliança Mauá é atualmente, ao ladodos outros cinco navios da classeMonte, o maior navio do mundopara o transporte de bens refrigera-dos, ou seja, carne, peixe e frutas.Para dar uma idéia do que isto re-presenta, apenas a central elétricainstalada neste navio para manter arefrigeração da carga tem uma po-tência de 15.000 kW, o equivalenteà demanda de energia de uma cida-de de 20.000 habitantes. Além dis-so, desenhado especialmente paraas limitações dos portos da região,o navio, na sua capacidade máximade carga, tem um calado relativa-mente pequeno, de 12,5 m, o que épouco comum para um navio dessetamanho”, explica.

Ele complementa afirmando queo Aliança Mauá também vai ser usa-do no transporte de carga seca,manufaturados e outros insumos,em um espaço para mais de 2500TEUs/viagem.

Atualmente, a Aliança opera umafrota de 25 navios porta-contêineres

e oito graneleiros. Desse total, 13são de bandeira brasileira, sendocinco próprios, sete em regime debare boat (tripulado pela Aliança) eum fretado.

“Apostamos no crescimento domercado em 2006. Este ano, a Alian-ça Navegação e Logística terá umfaturamento de US$ 900 milhões etransportará cerca de 500 mil TEUs.Para o próximo ano, a expectativa éampliar o faturamento e o volumetotal de contêineres transportadosem 8%”, completa Thomas.

Características do Aliança MauáCapacidade de carga ........... 5.552 TEUsTomadas para contêineresfrigoríficos ...................................... 1.365Comprimento total ................ 272 metrosComprimento entreperpendiculares .................... 259 metrosLargura ................................... 40 metrosCalado máximo .................. 12,50 metrosVelocidade ......................... 23,3 Kn (nós)

Potência do motor principal .. 45.765 KW

ALIANÇA ENFRENTA

A SECA NA REGIÃO

AMAZÔNICA

Apesar da seca dos rios da re-gião amazônica, a maior registra-da nos últimos 60 anos, a AliançaNavegação e Logística manteve,ininterruptamente, todo o abaste-cimento da região. Nenhum naviosofreu limitações de carregamen-to em função da baixa profundida-de do rio.

Para isso, a Aliança contratouuma empresa especializada embatimetria, a Praticagem dos RiosOcidentais da Amazônia (Proa),para levantar informações sobre ospontos críticos do rio Amazonas,

M U L T I M O D A L MULTIMODAL MULTIMODAL MULTIMODAL MULTIMODAL

Page 9: JORNAL LogWeb · sos logísticos, o Grupo Pão de Açúcar criou a certificação ‘Top Log’ para os seus fornecedo-res e mantém um forte trabalho focado em

EDIÇÃO 46 — DEZEMBRO — 2005 LogWeb 9www.logweb.com.br

N

como o estreito deTabocal.

“Apesar da reduçãodo leito do rio, cujaprofundidade baixoude 28,10 m em junhopara 14,75 m em ou-tubro, mantivemosininterruptamente oabastecimento da região Norte”, dizo diretor de operações, logística ecabotagem da Aliança, José Antô-nio Balau.

Ainda segundo ele, para fazer abatimetria, os técnicos acompanha-vam o exato momento em que aembarcação atravessava um pontocrítico. “Dessa forma, todos os na-vios, independentemente do calado,fizeram levantamentos batimétricospara conhecer a real profundidade

dos estreitos ea melhor formade passar poreles”, explica.

Em apenasum dia, quandoo leito do rioAmazonas es-tava muito bai-

xo, a empresa propôs o transbor-do, via balsa, para que não hou-vesse nenhum cancelamento noembarque e desembarque de car-gas. “A operação, realizada noestreito de Tabocal, que fica a 4horas de Manaus, foi um suces-so. O transbordo de cargas donavio Aliança Copacabana foi fei-to com total segurança, atingindoos resultados desejados”, afirmao executivo. ●

TRANSPORTE AÉREO

PARA A CONNEXION, ALGUNS SEGMENTOS SÃO“DEPENDENTES PERMANENTES” DESTE MODAL

o Brasil, o transporte aé-reo já é parte integrante eestratégica nas relações

comerciais.” A afirmativa é deEduardo Bianchini, diretor daConnexion Cargas Aéreas eLogística (Fone: 11 6161.3311).

Segundo ele, com o constantecrescimento e modernização do se-tor aéreo, o tempo das transações semodificou, impulsionando segmen-tos diversos em regiões distantes dosgrandes centros, tornando-os capa-zes e viáveis, portanto dependentespermanentes do modal aéreo.

“É impensável imaginar que umapequena encomenda de alto valoragregado siga para as regiões maisdistantes via transporte rodoviário.Não observamos mais as grandescompras, como era no passado, queserviam para diluir o custo do trans-porte. Hoje, a compra é racional efracionada e está integrada numa ca-deia de abastecimento just-in-time”,diz ele. Ainda de acordo comBianchini, a praticidade, segurança,velocidade e a correta utilização domodal aéreo compensam o preço datarifa. Além disso, quanto maior aobsolescência do produto no desti-no, mais barato ele se torna.

De acordo com o diretor daConnexion, alguns setores da eco-nomia enxergam na utilização des-te modal um diferencial competiti-vo importante para o seu negócio,pois aproxima o cliente, antes con-siderado distante. Segundo ele,quem compra tem pressa e a satis-fação do cliente em poder ter suamercadoria em 24 horas o tornadiferenciado também, principal-mente no tocante às empresasprestadoras de serviços, como as-sistência técnica e distribuição dejornais e revistas. ”O crescimentodas vendas pela internet é tambémum grande aliado deste modal e um

fator de demanda que deve crescera cada ano, não só em função dapraticidade na compra do produtopor parte do consumidor, mas tam-bém porque contém o perfil de car-ga ideal para despacho por via aé-rea - leve, pequena, de alto valoragregado e de fácil manuseio -,principalmente para os vôos maisregulares, somando uma receita im-portante. Sem o transporte aéreo,a performance das operações do e-commerce ficariam reduzidas a tre-chos com no máximo mil quilôme-tros de distância dos centros de dis-tribuição, onde se verifica a opçãotambém pelo transporte terrestre”,explica Bianchini.

Ainda segundo ele, não se podever o transporte aéreo de cargascomo um segmento isolado. Eleserve como plataforma que integratoda a cadeia logística, agregandovalor a uma variada gama de pro-dutos e serviços cada vez maiscomplexos e sofisticados.

PROBLEMAS E SOLUÇÕESO diretor da Connexion também

diz que, por se tratar de um seg-mento estratégico e de grande in-teresse setorial, o transporte aéreoesteve sempre vulnerável a interfe-rências, principalmente as de ordempolítica.

“É importante lembrar que o mo-nopólio dos Correios na remessa dedocumentos e pequenas encomen-das causa grande impacto no se-tor. A falta de uma política clara epermanente coibiu investimentosdurante anos, retardando o proces-so de melhoria das empresas nacio-nais e aumentando a vantagemcompetitiva das empresas estran-geiras.

Outro fator de dificuldade é en-contrar espaço disponível nos po-rões das aeronaves de linha que ine-vitavelmente carregam no mesmoporão a bagagem dos passageiros.Este problema é agravado para asmercadorias de peso unitário acimade 80 kg e dimensões que ultrapas-sam as medidas das portas dos po-rões das aeronaves. Na prática,

A PRATICIDADE,SEGURANÇA,

VELOCIDADE E ACORRETA UTILIZAÇÃO

DO MODAL AÉREOCOMPENSAM O

PREÇO DA TARIFA.

L MULTIMODAL MULTIMODAL MULTIMODAL MULTIMODAL MULTIMODAL MULTIMODAL

Page 10: JORNAL LogWeb · sos logísticos, o Grupo Pão de Açúcar criou a certificação ‘Top Log’ para os seus fornecedo-res e mantém um forte trabalho focado em

10 LogWeb EDIÇÃO 46 — DEZEMBRO — 2005 www.logweb.com.br

M U LT I M O D A L M U LT I M O D A L M U LT I M O D A L M U LT I M O D A L

perdemos receita com as restrições.”Outro agravante – ainda de acor-

do com Bianchini - é que está con-centrada, nos grandes pólos expor-tadores, uma oferta muito grande decarga, tornando as tarifas de partidacaras - lei da oferta e procura. Emcompensação, as tarifas de retorno,principalmente do nordeste, são re-lativamente baratas. As aeronaves,com exceção do trecho São Paulo/Manaus/São Paulo, voltam com es-paço ocioso, que poderia serotimizado.

“O incremento de carga da regiãonordeste com destino ao sul do pais- inclui-se aí a carga com destino às exporta-ções brasileiras de produtos artesanais ou con-fecção por exemplo, que têm como aeroportode embarque Guarulhos, Galeão e Viracopos -viabilizaria em muito a receita das companhiasaéreas, tornando-as cada vez mais regularesem suas rotas de aeronaves cargueiras. Destaforma, com mais oferta, teríamos tarifas maisacessíveis também nos grandes centros, por-tanto, maior utilização deste modal para pro-dutos de valor agregado menor, o que se veri-fica em outros paises.”

Alguns outros fatores são fundamentais noprocesso para melhoria do setor, segundo o di-retor da Connexion: funcionamento das lojasde cargas nos aeroportos das capitais 24 ho-ras por dia 7 dias por semana – “imagine umpaciente na UTI de um hospital que aguardaum medicamento ou uma fábrica parada porfalta de uma peça de reposição e etc.”;priorização das companhias aéreas na transfe-rência de cargas aeroporto/aeroporto; exclusi-vidade para as empresas credenciadas peloSNEA e DAC a operar na atividade de agencia-mento de carga aérea – “percebemos muitasempresas informais praticando esta atividadede forma permissiva e sem a devida compe-tência, prejudicando a imagem das empresasdevidamente estabelecidas”; isenção dos im-postos sob o preço dos combustíveis de avia-ção e das alíquotas de imposto de importaçãoIPI e ICMS das partes e peças de manutençãode aeronaves; e criação de uma carteira de in-vestimento que possibilite os agentes de car-gas, transportadoras e operadores logísticos aparticipar de um pool de negócios juntamentecom as companhias aéreas na aquisição de ae-ronaves cargueiras, por exemplo, o que pode-ria servir de plataforma para redefinição dascompetências de cada um neste processo.

Sobre o que poderia ser feito para incenti-var o uso deste modal, Bianchini diz que nãopodemos nos esquecer que nenhum transpor-te possui uma estrutura operacional tão cara esofisticada como o transporte aéreo. “O con-texto do agente no mercado é fundamental parabarateamento do custo do modal aéreo, porque

proporciona tarifas mais atrativasdevido a sua capacidade de con-solidação de cargas”.

A urgência de remessas vincu-lada a contratos com prazo de en-trega só é possível ser cumpridacom a utilização do transporte aé-reo, diz Bianchini, destacando queessa velocidade, no entanto, re-quer um planejamento minucioso.Não basta colocar a carga noavião. Embarcar não significa car-ga entregue na porta do cliente.Alguns incidentes não previstosem vôo podem deixar a carga pelocaminho.

Na prática, sem o agente de carga, o usuá-rio final muitas vezes se vê impotente para re-solver determinados problemas, colocando emrisco suas vendas e o seu próprio negocio, ava-lia Bianchini.

“Outro fator positivo é que vivemos ummomento mais amadurecido no que diz res-peito às relações com as companhias aéreas,que apesar de oferecerem também o serviçoporta-a-porta, tornando essa relação uma zonade conflito constante, o mercado está maiscriterioso e atento quanto à contratação deempresas prestadoras de serviços.”

DEZ ANOSA Connexion está comemorando 10 anos,

oferecendo diversos tipos de serviços.Por exemplo, o Connexion Parceiros é um

produto voltado para o agente de carga queutiliza a estrutura operacional da Connexion afim de otimizar custos e serviços a partir daemissão do conhecimento de transporte aé-reo de cargas até a entrega da mercadoria noseu cliente final, através de representantescredenciados.

Já o Connexion Dedicados, “exclusividadeno atendimento, atende o cliente que, além dedemandar a carga aérea, utiliza outros modais,como distribuição urbana, carros dedicados aviagens de emergência, atendimento 24 horaspor dia, gerenciamento de informações emtempo real e relatórios via web. Entramos nacasa do cliente e sugerimos mudanças, nossentimos parte da empresa”, explica Bianchini.Por sua vez, o Connexion Express tem sidoresponsável por garantir embarques em situa-ções de emergência. A carga tem hora marcadapara chegar ao destino e atende a diversassituações e segmentos diferentes.

O Connexion Promocional atende às agên-cias de propaganda e marketing, produtos des-tinados às campanhas promocionais que ne-cessitam de armazenagem, controle de esto-que, manuseio, montagem de kits, embalagem,implantação de balcões em diferentes estabe-lecimentos, expedição de material e distribui-ção até o ponto de venda. ●

Bianchini:setor é

vulnerável ainterferências

Page 11: JORNAL LogWeb · sos logísticos, o Grupo Pão de Açúcar criou a certificação ‘Top Log’ para os seus fornecedo-res e mantém um forte trabalho focado em

EDIÇÃO 46 — DEZEMBRO — 2005 LogWeb 11www.logweb.com.br

DHL SOLUTIONS

Com as qualidades daDHL Worldwide Express,Danzas e Deutsche PostEuro Express unidas sob amarca DHL, é oferecidauma gama completa desoluções logísticas e paratransporte expresso, apartir de uma única fonte.

Para cobrir todas asnecessidades de serviços,existem cinco divisõesespecializadas dentro daDHL: DHL Express, paratransporte expresso e deencomendas por todo omundo; DHL Freight, queoferece soluções interna-cionais e nacionais paratransporte de carga parcialou total dentro da Europa;DHL Danzas Air & Ocean,voltada para soluções delogística em todo o mundopara transportes aéreos emarítimos; Global Mail daDHL, que oferece serviçosde correio internacionalcompletos e forneceexpertise em serviços demarketing diretointernacional e soluções depublicação; e DHLSolutions, quedisponibiliza produtos eserviços customizadoscom soluções de logísticaespecíficas para a indús-tria, desde consultoria atéà concepção de cadeias deabastecimento, logística dearmazenamento e vendasaté a produção e gestão detransportes.

As soluções logísticassão customizadas para irao encontro das neces-sidades específicas dossetores da indústria, comoautomobilística, farmacêu-tica/cuidados de saúde eeletrônica.

Os serviços prestadospela DHL Solutionsincluem; processamento,gestão de inventário earmazenagem de produtos;soluções integradas de TI;gestão da cadeia deabastecimento a partir deum único fornecedor;gestão de redes detransporte e distribuição;e distribuição global.

Page 12: JORNAL LogWeb · sos logísticos, o Grupo Pão de Açúcar criou a certificação ‘Top Log’ para os seus fornecedo-res e mantém um forte trabalho focado em

12 LogWeb EDIÇÃO 46 — DEZEMBRO — 2005 www.logweb.com.br

M U L T I M O D A L M U L T I M O D A L M U L T I M O D A L M U L T I M O D A L

TRANSPORTE RODOVIÁRIO

TRANSPORTADORA RISSO DESENVOLVE PROGRAMA DE TREINAMENTO PARA MOTORISTAS

Transportadora Risso (Fone:14 3604.3000) desenvolveum trabalho de treinamento

voltado para a direção econômica edefensiva com todos os motoristas daempresa – é o “Programa DirigirBem”.

Segundo João Francisco De Lucca,supervisor de Estudos Econômicos daRisso, o treinamento é realizado naprópria empresa, aos sábados, sendoque a participação dos motoristas évoluntária. “No inicio do projeto erampoucos os participantes, mas com opassar dos meses os motoristas fo-ram se motivando. Muitos temas fo-ram e estão sendo abordados nos en-contros, como código de trânsito(atualizações, multas, legislação); con-servação do veículo; informações so-bre média de consumo, postos deabastecimentos e paradas especificas;sistema de rastreamento; comporta-mentos (clientes, filiais, policiais); apa-rência do motorista; segurança nas es-tradas (locais com índice de roubos eacidentes mais freqüentes); desenvol-vimento pessoal (alcoolismo, tabagis-mo, drogas, depressão, alimentação,doenças sexualmente transmissíveis,saúde bucal, stress); responsabilida-des/atribuições; cargas perigosas; se-guro de carga/seguro de frota; e PRCC(Projeto de Redução no Consumo deCombustível).”

De Lucca destaca que, no início, aRisso enfrentou o problema de resis-tência por parte dos motoristas, masque a solução encontrada para incen-tiva-los a participar da reunião foi ofe-recer uma premiação, que tinha comocritério a participação, idéias e suges-tões.

A

CONSUMO DE COMBUSTÍVEISDe Lucca explica que o Projeto de

Redução no Consumo de Combustí-vel (PRCC) teve início em maio de2005, prevendo uma redução do con-sumo em torno de 5%. O treinamentodos motoristas está voltado para a di-reção econômica, ou seja, dirigindo nafaixa de menor consumo do veículo(faixa verde) e acompanhando as mé-dias por abastecimento, o profissio-nal estará controlando sua perfor-mance no veículo. Foi criado um for-mulário, onde todos os motoristas, noato do abastecimento, verificam amédia de consumo no período. E coma criação de metas de consumo pelaempresa, eles verificam o quanto al-cançaram da meta padrão proposta.

A média padrão é uma analise demédia de consumo por tipo de veícu-lo acrescida de um percentual (meta),deixando essa média padrão comouma meta de consumo de combustí-vel. Desta forma, o próprio motoristafaz a sua análise de consumo.

No início do programa, determi-nou-se uma quantidade de quilôme-tros que seria tida como base para cál-culos. Foi feita uma média de quilô-metros rodados no período de janeiroa abril de 2005 e obteve-se 603934km ao mês.

A tabela 1 mostra quantidade delitros e valores:

Mês Litros %Economizados Redução

Total 19666 12,75%Média 6555,33 4,25%

A tabela 2 mostra a economiaalcançada nos meses da implantaçãodo programa:

Mês Economia % ReduçãoTotal R$ 24.033,73 9,28%Média R$ 8.011,24 3,09%

A projeção para doze meses éR$ 96.134,92, com uma economiamédia de R$ 8.011,24 mensais.

“O resultado esperado nos trêsmeses do programa era de 5%. No en-tanto, o treinamento com os motoris-tas está sendo satisfatório no que dizrespeito à redução no consumo decombustível e qualidade de serviço”,completa De Lucca.

Paralelo a este programa, a redu-ção das infrações de trânsito tambémestá apresentando resultados positi-vos - afinal, os veículos trafegam emmenor velocidade, reduzindo os riscoscom acidentes e os valores pagos comas infrações.

Para dar continuidade a este pro-jeto, a empresa esta proporcionandoaos motoristas premiação mensal -todos concorrem no final do mês àpremiação de melhor consumo decombustível.

É analisado o melhor consumo e omelhor percentual de aproveitamento,lembrando que, após o primeiro mêsdo projeto, a taxa de crescimento men-sal de cada veículo também é levadaem consideração.

“Atualmente, a premiação é con-cedida ao motorista que apresentar omaior percentual de redução de consu-mo de combustível no mês, ou seja, seum motorista da categoria (truck, ¾,toco, cavalo-carreta) fizer o maiorpercentual de aproveitamento, será omotorista premiado. Além do sucessocom este projeto (PRCC), este treina-mento ou orientação, pelo fato deabordar vários temas profissionais epessoais, ajudou na produtividade daempresa, no reconhecimento por par-te dos próprios motoristas da impor-tância de sua função, facilidade de co-municação e auxílio nos processosque o envolvem e companheirismo”,completa De Lucca. ●

Motoristas da Transportadora Rissorecebendo premiação do mês desetembro de 2005

Da esquerda para a direita: TiagoAugusto Melloni, Carlos AlexandreMessa, Endrigo Monteiro Gonçal-ves, João Francisco De Lucca,Diogo Salomão - Equipe de EstudosEconômicos da Risso

Page 13: JORNAL LogWeb · sos logísticos, o Grupo Pão de Açúcar criou a certificação ‘Top Log’ para os seus fornecedo-res e mantém um forte trabalho focado em

EDIÇÃO 46 — DEZEMBRO — 2005 LogWeb 13www.logweb.com.br

PALETRANS

Fundada em 1985, aPaletrans atua no mercadofabricando e comercia-lizando equipamentos paramovimentação de materiaise cargas paletizadas.Com capital 100% nacional,a Paletrans é a maiorfábrica de transpaletes daAmérica Latina, fabricandomais de 20.000 unidadesdesse equipamento porano. Com forte potencialcompetitivo e com umaexcelente qualidade, aPaletrans exporta seusprodutos para mais de 20países.

Em sua linha deprodutos estão: trans-paletes manuais para 2000e 3000 kg e transpaletestracionários para 2000 kg,empilhadeiras manuaispara até 1000 kg de carga eelevação de até 1600 mm,empilhadeiras de traçãomanual e elevação elétricapara 1000 kg de carga eelevação de até 3400 mm,empilhadeiras de tração eelevação elétricas para até1600 kg de carga e emmodelos para até 4500 mmde elevação e carrospantográficos manuaispara 1000 kg de carga eelétricos para 1500 kg decarga.

Na linha de trans-paletes manuais, além dotradicional modelo em açocarbono pintado, a Paletransoferece também os modelosem aço carbono zincado emodelos em aço inoxi-dável. Tudo isso visandoatender ao máximo asexigências do mercado demovimentação de materiais,pois são equipamentosamplamente utilizados emindústrias farmacêuticas ealimentícias.

Como novidade para2006, a Paletrans estádesenvolvendo umaempilhadeira retrátil paraoperador a bordo, comelevação de até 11,50 m ecapacidade de carga de2000 kg. A previsão delançamento é agosto de2006.

Page 14: JORNAL LogWeb · sos logísticos, o Grupo Pão de Açúcar criou a certificação ‘Top Log’ para os seus fornecedo-res e mantém um forte trabalho focado em

14 LogWeb EDIÇÃO 46 — DEZEMBRO — 2005 www.logweb.com.br

Errata

Na matéria “OperadoresLogísticos: Ainda são muitosos problemas. Mas, também,as soluções”, publicada àpágina 24 da edição 45 (novem-bro 2005) do jornal LogWeb, háum erro na legenda da foto daterceira coluna. Não se trata deHelder Jaime Lazzarin, coorde-nador técnico comercial daServilog - Armazéns Gerais eLogística, mas, sim, de VanderleiCardoso de Oliveira, gerente delogística da Starlog OperadorLogístico.

Vanderlei Cardoso deOliveira, gerente delogística da StarlogOperador Logístico

BERTOLINI

Fundada em agosto de 1969,a Bertolini atua com quatrounidades de negócios: Cozinhasde Aço, Móveis Planejados emMDF - Evviva! Bertolini, Sistemasde Armazenagem e Móveis dedesign exclusivo para redesespecializadas.

Na área de Logística eDistribuição, a unidade Sistemasde Armazenagem oferecesoluções para estocagem emovimentação de materiais,contando com uma equipetécnica especializada e umdepartamento de engenharia eprojetos.

Com uma participação cadavez maior do mercado nordesti-no, a Bertolini instalou, recente-mente, uma filial em Pernambuco,mais precisamente na cidade deRecife – é a terceira filial daempresa, primeira fora do Estadodo Rio Grande do Sul, e ocupauma área de 2500 m2.

Empilhadeiras

Yale apresentanovas versões deempilhadeiras

m evento realizado nodia 10 de novembro úl-timo, no Clube Transa-

tlântico em São Paulo, SP, a Nacco(Fone: 11 5521.8100) fez o lança-mento da linha Yale Veracitor deempilhadeiras, em capacidadespara 2 a 3,5 toneladas.

Segundo Álvaro Sousa, presi-dente da Nacco, este lançamentofaz parte de um grande projeto daNacco Universal, iniciado há cincoanos e no qual já foram investidosentre 130 e 140 milhões de dóla-res e um milhão de horas de testes.

“Trata-se de um novo patamarde empilhadeiras, completamentediferente do que existe no merca-do, no sentido de alta tecnologia,performance, eletrônica embar-cada, eficiência e custo operacionalmais baixo em relação às outrasmáquinas oferecidas no mercado”,destacou Sousa.

E

Linha ampla“Na verdade, a linha compre-

ende máquinas em capacidades de1 a 9 toneladas, sendo que as de 2a 3,5 toneladas serão produzidasno Brasil já a partir da segundaquinzena de janeiro próximo. Emtrês anos já deveremos ter substi-tuído toda a linha de máquinas de1 a 8 toneladas pela nova versão,

além de acrescentar equipamentospara até 9 toneladas”, destacou, naocasião, João Passarelli Campos,diretor comercial da Nacco. Eletambém ressaltou que as máquinasde 3,5 toneladas são novas na fa-mília e atendem, principalmente,ao setor garrafeiro, podendo ope-rar com frontal duplo. ■

Medabil produzsistemasconstrutivosmetálicos

A Medabil Varco Pruden é umaempresa que atua no setor desistemas construtivos metálicospara construção civil. Possui trêsfábricas, sendo duas em NovaBassano e uma em Nova Araçá,todas no Rio Grande do Sul, comuma capacidade produtiva instaladade mais de 50.000 toneladas/ano. Aempresa também opera dentro efora do Brasil através do SistemaBuilder, que são empresas parceirasque atuam em nichos de mercadoespecíficos. Atualmente, a Medabilconta com 14 empresas atuandodesta forma, sendo nove dentro doBrasil e cinco no exterior (Turquia,Argentina, Uruguai, Nigéria, Angola).Fornece soluções construtivas paraarmazéns, depósitos, centros dedistribuição, prédios comerciais,industriais e de múltiplos andares,entre outros projetos.Fone: 51 2121.4006

Page 15: JORNAL LogWeb · sos logísticos, o Grupo Pão de Açúcar criou a certificação ‘Top Log’ para os seus fornecedo-res e mantém um forte trabalho focado em

EDIÇÃO 46 — DEZEMBRO — 2005 LogWeb 15www.logweb.com.br

REALIZA EXPRESS

Fundada em 1998, emSão Paulo, a Realiza Expressatua no modal de cargasaéreas e rodoviárias,expressas e convencionais,door-to-door, com distribui-ção em todo o territórionacional. Conta com frotaconstantemente renovada,profissionais em constantetreinamento, além de sólidasparcerias com as principaiscompanhias aéreas existen-tes no mercado, o quegarante a rapidez e pontuali-dade que o cliente tantonecessita. Seus serviçosincluem: cargas aéreasconvencionais (1o dia útil);cargas aéreas emergenciais(seguem de imediato);cargas aéreas programadas(pré-agendadas); cargasrodoviárias urbanas - SP(capital/Grande São Paulo);cargas Rodoexpress(exclusivo ao cliente); ecargas rodoviárias diárias(Rio de Janeiro).

TRADIMAQ

A Tradimaq foi fundadaem 1986, como prestadora deserviços de movimentaçãointerna de cargas. Desde oinício, sua vocação foi pelaprestação de serviçocompleta, ou seja, terceiri-zação da movimentação demateriais. Desde 2000 écertificada ISO 9001 e, alémda terceirização, oferece alocação simples deempilhadeiras, ambas paratodo o território nacional.

A partir setembro de2002, a Tradimaq foi nomea-da Distribuidor Yale paraMinas Gerais. Ainda paraatuação naquele Estadovieram outras nomeações:em abril de 2004, foi nomea-da distribuidor Genie; emagosto de 2005, foi a vez daIsma nomeá-la sua represen-tante; e em setembro de2005, a Rite Hite também anomeou como seudistribuidor.

Page 16: JORNAL LogWeb · sos logísticos, o Grupo Pão de Açúcar criou a certificação ‘Top Log’ para os seus fornecedo-res e mantém um forte trabalho focado em

16 LogWeb EDIÇÃO 46 — DEZEMBRO — 2005 www.logweb.com.br

Supply Chain Management

Tendências no desenvolvimento doSCM no Brasil

Na última década, a compreensão e o interesse pelas apli-cações e potencialidades do Supply Chain Management têmcrescido mundialmente. As conseqüências no Brasil têm sidosignificativas nas áreas de serviço, notadamente operadoreslogísticos e consultoria, e na indústria, particularmente na áreaautomotiva, que vêm se empenhando em tornar as propostasde práticas inovadoras em práticas efetivas nas empresas, se-jam elas nacionais ou multinacionais, que compõem sua cadeiade abastecimento.

Situação atual

O Outsourcing, utilizado inicialmente em áreas de suporte,como informática, vem se tornando a cada dia uma prática maisefetiva e amplamente utilizada nas áreas de produção, manu-tenção, distribuição e marketing. A opção por terceirizar áreasespecíficas e estratégicas passou a significar uma relação deparceria e integração nos negócios, que deve ser bem planeja-da e implementada, de preferência balizada por uma entidadeexterna (consultoria), com o objetivo de garantir que as necessi-dades atuais e futuras das partes serão atendidas, em termosde crescimento do relacionamento colaborativo, desenvolvimentointerdependente e investimentos necessários. Na Indústria, o pro-cesso de seleção de um novo parceiro logístico tem um impactoimportante no seu desempenho junto ao mercado, que vai alémdo inbound e outbound, chegando ao maior grau de facilidadena concepção e desenvolvimento de produtos e planos de cres-cimento do negócio.

O Benchmarking se tornou também uma ferramenta queviabiliza disponibilizar e obter informação no mercado, com oobjetivo de integração das estratégias competitivas das cadeiasprodutivas, compatibilizando e adequando as medidas de de-sempenho de cada empresa às realidades e aos objetivos dosegmento onde estão inseridas.

Agregando-se a esse compartilhamento de informações eintegração de infra-estrutura entre clientes e fornecedores, seinserem diversas Iniciativas de Integração que passam por sis-temas e práticas gerenciais (EDI, Reposição Automática, ECR,Lean Manufactoring, SCOR), agilizando as operações no pa-drão just-in-time e diminuindo a necessidade de estoques aolongo da cadeia, aumentando a visibilidade das necessidadesde abastecimento dos clientes e o grau de previsibilidade da de-manda, beneficiando o balanceamento da capacidade produti-va por parte dos fornecedores e adicionalmente demandandodas partes um alto grau de agilidade na solução de gap´s e des-vios operacionais.

O Desenvolvimento Colaborativo de novos produtos, como envolvimento prévio dos fornecedores, tem se mostrado tam-bém como tendência irreversível, proporcionando uma drásticaredução de tempo entre o projeto e a finalização do produto aca-bado, além de diminuição de custos inseridos nesse processo.

A contínua Reestruturação e Consolidação da Quantida-de de fornecedores e clientes têm possibilitado um maior graude sinergia nos resultados finais, tanto econômicos quanto liga-dos ao aumento de nível de serviço e eficiência, ao aumento dorelacionamento colaborativo e ao surgimento e construção deparcerias anteriormente inviáveis no médio/longo prazo.

O objetivo básico do SCM é maximizar e efetivar apotencialidade sinérgica da empresa com os player´s de suacadeia produtiva, atendendo os clientes de forma eficiente, comcusto reduzido e adicionando valor ao produto final, com maiorgrau de automação e previsibilidade da demanda.

Colaboração técnica: Fernando Neres, consultor sênior delogística da Qualilog Consulting, que desenvolve atividades noaconselhamento e implementação de soluções em logística eSupply Chain Management no nível estratégico e operacional.www.qualilog.com.br

Empilhadeiras

Hyster lança novaversão deempilhadeiras de2 a 3,5 toneladas

m evento realizado no dia 7 de novembro último, no ClubeTransatlântico em São Paulo, SP, a Nacco (Fone: 115683.8500) fez o lançamento da linha Hyster Fortis de

empilhadeiras, em capacidades para 2 a 3,5 toneladas. “Na verdade, alinha compreende máquinas em capacidades de 1 a 9 toneladas, sendoque as de 2 a 3,5 toneladas serão produzidas no Brasil já a partir dasegunda quinzena de janeiro próximo, enquanto as com as demais ca-pacidades serão importadas, inicialmente, e terão a sua produção localiniciada num período de 12 a 24 meses”, destacou, na ocasião, JoãoPassarelli Campos, diretor comercial da empresa.

EvoluçãoDiscursando também no evento – que reuniu representantes da im-

prensa e de várias empresas, além de cerca de 120 integrantes da redenacional da Nacco -, Álvaro Sousa, presidente da Nacco, ressaltou quehá cerca de cinco ou seis anos, a Nacco estabeleceu um programa derenovação das empilhadeiras na faixa de 1 a 8 toneladas, desenvolvendotoda uma linha específica, com o máximo de tecnologia embarcada.

Ele também ressaltou que, há 12 anos, houve a decisão da Nacco deproduzir no Brasil empilhadeiras de nível mundial, num momento emque os fabricantes locais estavam se retirando, demonstrando suaconfiança no mercado nacional. “Agora, num segundo passo, estamoslançando um produto pioneiro”, completou.

Século 21Por sua vez, Campos salientou que a nova empilhadeira Hyster Fortis

é um produto do século 21, em função desde a tecnologia até o custooperacional. “Realmente, em 2000, começamos a repensar o produtocomo um todo – as empilhadeiras eram até consideradas commodity.Então, repensamos o produto e os conceitos e surgiu a questão do custooperacional baixo e da produtividade alta. A partir daí, fizemos a sinergiaentre as várias famílias de máquinas, que possuíam componentes dife-rentes, o que permitiu uma redução dos custos dos produtos e a criaçãodesta nova linha de máquinas. Em três anos, estaremos substituindotoda a linha de 1 a 8 toneladas por estas máquinas mais modernas, eagora acrescentando a versão de 9 toneladas”, disse o diretor comercial,salientando que a novidade é a empilhadeira para 3,5 toneladas. ■

E

Page 17: JORNAL LogWeb · sos logísticos, o Grupo Pão de Açúcar criou a certificação ‘Top Log’ para os seus fornecedo-res e mantém um forte trabalho focado em

EDIÇÃO 46 — DEZEMBRO — 2005 LogWeb 17www.logweb.com.br

MOURA

Há quarenta anos, aidéia de produzir bateriaspara automóveis na regiãodo Nordeste do Brasilparecia um projetoimpossível. No entanto,Edson Mororó Moura, quena época iniciava suacarreira de químico, juntocom sua esposa, insistiramna realização do seusonho. Em 1957 elesfundaram a primeirafábrica de baterias, entãoequipada com máquinasrudimentares.

Quatro décadasdepois, os resultadosfalam por si só. Hoje, oGrupo Moura possui cincofábricas e 45 empresas dedistribuição comercial. Sãoaproximadamente 2.000funcionários e a Moura élíder de vendas na somados mercados demontadoras de veículos ede vendas de baterias dereposição. É fornecedorade peça original dasprincipais montadoras doMercosul, como Ford,Volkswagen, Fiat,Mercedes-Benz, Renault eAgrale.

No mercado externo,possui expressivaparticipação na Argentina,Uruguai, Portugal e PortoRico. Além disso, a Mouramantém parceriastecnológicas e comerciaiscom os maiores fabrican-tes de baterias da Europa eEstados Unidos.

Sua linha de produtosinclui baterias automotivas“inteligentes” – com vidaútil superior em até 50% àdas baterias automotivasconvencionais e produzi-das com novos agentes denatureza química, elétrica emecânica (Agentes QEM) -,baterias tracionárias – asbaterias Moura LOG comelementos individuais, queoferecem elevado desem-penho nas mais severascondições de uso,especialmente asresultantes das operaçõesem pisos irregulares e emaltas temperaturas -baterias estacionárias enáuticas.

Page 18: JORNAL LogWeb · sos logísticos, o Grupo Pão de Açúcar criou a certificação ‘Top Log’ para os seus fornecedo-res e mantém um forte trabalho focado em

18 LogWeb EDIÇÃO 46 — DEZEMBRO — 2005 www.logweb.com.br

Eleita a diretoria daAslog para o biênio2006/2007

Em Assembléia Geral Ordináriarealizada em 10 de novembro último, foieleita a nova diretoria da Associação Bra-sileira de Logística – Aslog para o biênio2006/2007.

Comandada por Adalberto Panzan Jr.,vice-presidente da entidade na gestão an-terior, a chapa eleita foi a “Ação Logística”,e a nova diretoria tomou posse no dia 22de novembro.

Na ocasião, Panzan Jr. agradeceu oapoio de todos, principalmente do ex-pre-sidente, Altamiro Borges, que o incentivoua comandar a entidade nos próximos doisanos, além de permanecer ao seu ladocomo presidente do Conselho Deliberativoda Aslog. “É um privilégio ter um grupo deprofissionais e associados desse nível con-fiando no nosso trabalho mais uma vez”,disse o novo presidente.

Diretoria Eleita 2006/2007Presidente: Adalberto Panzan Jr. (ADSMicroLogística)Vice-presidentes: Walter Vighy (CesaTransportes) e Paulo Fernando Fleury(Coppead/UFRJ)Secretários: Alessandro Dessimoni(Menezes & Lopes) e Maurício Fabri(Runtec Tecnologia)Tesoureiros: Altamir Cabral (ViaPajuçara) e Fernando Vilar (AB Group)Diretor Técnico: Miguel Petribu (SPDL)Diretor Social: Bruno Teixeira (Merca-dor/Telefônica)Conselho Deliberativo: Altamiro BorgesJr. (AB Group), Alexandre Germuts (LGElectronics), Alfredo Neto (CedrosConsultoria), Anderson Salmazo (GrupoTPC), Antonio Caetano Pinto (Transpor-tadora Grande ABC), Antonio CarlosCôrtes (Embraer), Célio Mauro Placer(USP), Geraldo Damazio (Grupo J.Macedo), Geraldo Vianna (NTC &Logística), Gilberto Miranda (Ebamag),Márcio Dias (IBMEC), Marcos Tognato(GolLog), Orlando Fontes (LATL/Unicamp), Ozoni Argenton Jr. (Comfrio),Rafael Villarroel (Bayer Cropscience) eRodrigo Vilaça (ANTF).Conselho Fiscal: Antônio Luiz Leite(Primax Transportes), Carlos Chies(Adubos Trevo), Carlos Menchik (Núcleode Logística do RS), Celso Luchiari(Transportadora Americana), MiltonXavier (Secretaria Estadual dosTransportes SP) e Urubatan Helou(Braspress).Conselho de Ética: Antônio Ballan(Caramuru Alimentos), Arthur Hill(Accenture), Eduardo Atihe (Time &Place) , Eduardo Mariath (Exel Logistics),James Tavares (Ipiranga Química) e LuizRicardo Maçães (Norlog).

E

Empilhadeiras

Still lançaempilhadeiraselétricas e acombustão

m evento realizado no dia 10 de no-vembro último no Espaço Único, emSão Paulo, SP, a Still (Fone: 11

4066.8100) fez o lançamento de duasempilhadeiras.

Uma delas é a elétrica a contrapeso RX20,com capacidade para 2000 kg, que apresentauma linha futurista e capacidade para operarem corredores estreitos. Segundo a empresa,este máquina não possui pastilha de freio – ope-ra com freio lamelar regenerativo – e atua comdois motores de tração. Também não possuipedal de aproximação.

A outra novidade da Still é a empilhadeiraa combustão BR20, a qual, ainda segundo a em-presa, apresenta o conceito de operação dasmáquinas elétricas. Também possui capacida-de para 2000 kg, operando sem pastilha de freioe sem pedal de aproximação e com dois moto-res de tração, além de transmissão hidrostática.

Durante o evento – que reuniu cerca de 500pessoas, entre representantes, clientes e forne-cedores da Still – Adriana Firmo, gerente co-mercial, e Eduardo Aché Assumpção, super-visor comercial, explicaram as característicasdas máquinas elétricas e a combustão. Emseguida houve um show das empilhadeiras e aapresentação da cantora Rosana Melo. ■

Assumpção e Adriana apresentam as novasmáquinas

Page 19: JORNAL LogWeb · sos logísticos, o Grupo Pão de Açúcar criou a certificação ‘Top Log’ para os seus fornecedo-res e mantém um forte trabalho focado em

EDIÇÃO 46 — DEZEMBRO — 2005 LogWeb 19www.logweb.com.br

INTRUPA

A Intrupa ManufacturingCompany é uma dasmaiores empresas mundiaisespecializada em peçasoriginais para o mercado deempilhadeiras elétricas e acombustão, atendendo atodas as marcas dispo-níveis, tanto no mercadoamericano, europeu,asiático como no brasileiro.Com sede em Grayslake,próxima a Chicago, nosEstados Unidos, e filiais naHolanda, Alemanha,França, Inglaterra, Canadá,EUA, México, Itália e Brasil,está comemorando 45 anosde excelentes negócios,sendo hoje uma das líderesno segmento.

A Intrupa está presenteno Brasil desde 2001comercializando asmelhores peças paraempilhadeiras existentes,consolidando sua credibi-lidade mundial no mercadobrasileiro. São mais de250 000 itens à disposição.“Ao escolher a Intrupa,mais do que peçasoriginais, a empresa levacom segurança, o melhoratendimento de pós-vendado mercado. Possuímosuma linha de produtosampla e variada paraatender, com profissiona-lismo e comprometimento,a todos os nossosclientes”, diz NewtonSantos, gerente geral daempresa. Ele tambéminforma que, além disto,todos os meses, sãoincluídos novos itens nasua lista de opções deprodutos e que a empresaconta uma uma logísticaque permite o atendimentoem qualquer ponto doBrasil.

Entre os produtosoferecidos estão: pneus,controladores, motores,contatores, suportes epeças para sistemas derefrigeração, de exaustão,combustão, direção ediferenciais, sistemas dedireção, de freios,hidráulicos, de acopla-mento e elevação e parasistemas de gás, além detransmissões, entre outras.

Page 20: JORNAL LogWeb · sos logísticos, o Grupo Pão de Açúcar criou a certificação ‘Top Log’ para os seus fornecedo-res e mantém um forte trabalho focado em

20 LogWeb EDIÇÃO 46 — DEZEMBRO — 2005 www.logweb.com.br

Bastante usados, masenfrentando os “piratas”e o comércio de usadosO palete PBR foi criado em 1990, após intensos estudos e ensaios, com o objetivo de aumentar aprodutividade da movimentação, armazenagem e transporte, permitir a distribuição física paletizada e criarum sistema de embalagem modular, resultando em redução de custos.

proposta do palete PBRsurgiu em 1986, atravésda ABRAS – Associa-

ção Brasileira de Supermercados,entidades de classe e do engenhei-ro José Geraldo Vantine, sendo di-rigido inicialmente aos supermer-cados e seus fornecedores, com oobjetivo de se criar um Palete Pa-drão Brasil retornável, de custobaixo e que implementasse o sis-tema de intercâmbio entre as em-presas, ou seja, elas trocariampaletes nas suas operações, redu-zindo custos com armazenagem,transporte, carga e descarga.”

A história do PBR é contadapor Valdir Zelenski, gerente comer-cial da Matra do Brasil (Fone: 114648.6120). Ele continua, infor-mando que, em 1990, o projetotornou-se realidade e atualmente oPBR é, realmente, o Palete PadrãoBrasil e utilizado pelos mais diver-sos setores industriais, operadoreslogísticos e transportadores, sendoresponsável por 80% do consumode paletes no Brasil.

Já Marcelo Canozo, diretor daFort Paletes (Fone: 15 3532.4754)e presidente da ABRAPAL - As-sociação Brasileira dos Fabrican-tes de Paletes PBR (Fone: 113255.8566), destaca que o setorque mais utiliza o PBR ainda é aindústria alimentícia, de higiene elimpeza e os grandes fornecedoresda rede varejista. Em seguida podeser citada a indústria farmacêuticae os operadores logísticos.

“Esse fato deve-se à exigênciado grande varejista em receber

mercadorias em paletes PBR, jáque a padronização gera melhorcontrole e fluxo da cadeia de dis-tribuição. Tem-se notado nos últi-mos anos novos segmentos quepassaram a utilizar o PBR, como aindústria automobilística e a quí-mica”, destaca Canozo, com a con-cordância de José Ricardo Bráulio,coordenador da José BraulioPaletes (Fone: 11 3229.4246). Paraeste último, ainda os grandes usuá-rios são os setores alimentícios ede bebidas, além de todos os for-necedores de grandes mercadosvarejistas e atacadistas, comoCarrefour, Wal Mart e CBD.

Tendências ePerspectivas

Com relação às tendências/perspectivas de uso do PBR noBrasil, Zelenski, da Matra, acreditaque, após o período de maturaçãodo palete PBR, a locação e o poolde paletes sejam a grande tendên-cia para os próximos anos. “Osistema de pool atende a todas asnecessidades do usuário, desde oabastecimento, gerenciamento dofluxo de paletes, manutenção,higienização e a coleta de paletes,eliminando investimentos em ati-vo fixo, paradas de produção porfalta de paletes, manutenção e co-letas de paletes e estoques ociososde paletes em períodos de baixademanda. Já o sistema de loca-ção simples atende às necessida-des em períodos de picos de de-manda e/ou sazonalidades, quan-do o usuário aluga paletes somen-te pelo tempo necessário parasuprir as suas necessidades.”

Pelo seu lado, Canozo, da FortPaletes e da ABRAPAL, acredita

que a tendência de uso do PBR sótende a aumentar no Brasil, devi-do às vantagens quanto à utiliza-ção de um palete padrão, “ondepodemos trabalhar no processo deintercambialidade, proporcionandoà cadeia de distribuição um custo/beneficio bem favorável”.

O presidente da ABRAPALdiz que outra tendência de aumen-to na utilização do PBR que sepode perceber é a entrada de no-vos setores da indústria/serviçoscomo usuários.

Para o coordenador da JoséBraulio Paletes, o mercado só ten-de a crescer e se firmar cada vezmais. “Este projeto foi muito bemfeito, o PBR é bom e barato”,acrescenta.

Comércio paraleloTodos sabem que existe um

mercado paralelo de paletes PBRque estende-se por todo o país,principalmente nos grandes cen-tros, como São Paulo e Rio de Ja-neiro.

Mas, quem está por trás destecomércio paralelo?

Segundo o gerente comercialda Matra e o coordenador da JoséBraulio Paletes, no mercado depaletes novos, são empresas nãocredenciadas pela ABRAS e quese aproveitam de usuários que bus-cam somente o preço e acabamadquirindo paletes totalmente forado padrão.

“No mercado de paletes usa-dos, a situação é bem mais com-plicada, pois todo o palete PBR temum dono e, portanto, não deveriaexistir o comércio de PBR usado.Tudo leva a crer que os paletes usa-dos são originários de estoques daspróprias indústrias e da rede de su-permercados, desviados em algumponto de sua circulação. Ao com-prar paletes usados, o usuário podeestar adquirindo seus própriospaletes e alimentando ainda maiso sistema de desvio de paletes”,adverte Zelenski.

Canozo, da Forte Paletes e daABRAPAL, considera que existemduas práticas que podem serlistadas no mercado paralelo.

A primeira diz respeito aos“paletes piratas”, ou paletes mode-lo PBR fabricados por empresasnão credenciadas à ABRAS/IPT.“Esta prática é considerada ilegalpor vários fatores. Por exemplo:crime, pois utilizam a marca PBRindevidamente (é de propriedadeda ABRAS); ilegalidade quanto àqualidade/padronização: os paletesfabricados por empresas nãocredenciadas não sofrem nenhumtipo de vistoria e são produzidossem nenhuma responsabilidadeperante as normas estabelecidaspelo IPT – Instituto de PesquisasTecnológicas (órgão fiscalizador enormatizador dos fabricantes dePBR credenciados) – sabemos devários acidentes em grandes CDsonde o palete PBR é um ‘pirata’,ou seja, fabricado por empresa nãocredenciada à ABRAS; Responsa-bilidade Social, já que, na maioriados casos, as empresas que fabri-cam paletes PBR sem credencia-mento utilizam-se de mão-de-obra

infantil, não respeitam meio am-biente (madeira não certificada), etc.”

Para melhor entendimentoquanto ao seu ponto de vista, o pre-sidente da ABRAPAL informa queo PBR segue normas rígidas gera-das pelo IPT e gerenciadas peloCPP – Comitê Permanente dePaletização, vinculado à ABRAS,que também é detentora do regis-tro da marca PBR.

Através da propriedade da mar-ca, o CPP/ABRAS mantém con-trato de cessão de uso da mesmacom os fabricantes credenciados,e esses, para serem credenciados,passam por um rígido processo deauditoria, também pelo IPT.

“Hoje dispomos de um poucomais de 30 fabricantes creden-ciados em todo o Brasil, que exer-cem a liberdade de mercado, per-mitindo ao comprador executar amais saudável concorrência”, diz.

Retornando às práticas ilegaisdo mercado, ele cita o segundocaso: comércio de paletes usados.

“Há algum tempo estamosacompanhando o movimento decomercialização de paletes usados,e é crescente a evidência de quegrande parte desses paletes usadosé de origem ilegal (roubados). Oprocesso é simples: fornecedor dovarejo (indústria) entrega seus pro-dutos com o paletes PBR na redevarejista e recebe um ‘vale paletes’.Após algum tempo, a rede varejis-ta devolve os paletes via transpor-tador (freteiros) à indústria, e nomeio do caminho esse palete é‘vendido’. Nota-se que existemvários ‘compradores’ embaixo deviadutos nas grandes capitais(‘Compra-se paletes PBR’). Apósessas etapas, o paletes é ‘coloca-

A

Paletes PBR

Page 21: JORNAL LogWeb · sos logísticos, o Grupo Pão de Açúcar criou a certificação ‘Top Log’ para os seus fornecedo-res e mantém um forte trabalho focado em

EDIÇÃO 46 — DEZEMBRO — 2005 LogWeb 21www.logweb.com.br

do’ no mercado novamente como‘palete recuperado/usado’. O quetemos sentido muito é que gran-des indústrias que compram paletesusados não checam sua origem -podendo até mesmo estar com-prando seus próprios paletes nova-mente.”

Sobre quem compra e quemvende os paletes no mercado para-lelo, o gerente comercial da Matrainforma que os paletes novos sãovendidos por empresas não creden-ciadas pela ABRAS e os paletesusados em diversos pontos próxi-mos à rodovias, num mercado to-talmente informal. Os comprado-res são dos mais diversos segmen-tos, inclusive grandes indústrias.“Já tivemos notícias, inclusive, decontaminação de produtos porpaletes usados e sem higienização.Os usuários que mais reclamam dosistema PBR, com relação à perdae demora do retorno de paletes, sãoos mesmos que se utilizam dessessegmentos. Quando eles consegui-rem fechar o circuito total de cus-tos com paletes, com certeza terãosurpresas. Por exemplo: os paletesPBR ‘piratas’ são aceitos pelasgrandes redes de supermercados,

mas não são creditados para o for-necedor, ou seja, são consideradospaletes one-way (descartáveis) enão retornam para os seus ativos,o que gera uma maior necessidadede compra de paletes e, conseqüen-temente, um aumento nos custosde seus produtos”, diz Zelenski.

Bráulio, da José BraulioPaletes, acrescenta que muitasempresas optam pelo PBR para-lelo devido ao preço mais barato,o que nem sempre é verdade, se-gundo ele, pois uma ocorrênciaou um sinistro dentro de sua plan-ta vai ficar bem mais caro queesse economia. Ainda para ele,quem vende os paletes no merca-do paralelo são empresas não ho-mologadas junto a Abras.

“Quem compra são indústrias,varejistas, operadores logísticos.Acredito que compram por nãoestarem informados da ilegalidadeque estão praticando, e tambémporque buscam cade vez mais cus-tos baixos”, diz Canozo.

Logicamente, este comércioparalelo trás sérias conseqüênciaspara o setor de paletes PBR queatua na legalidade.

“A maior conseqüência e difi-

culdade dos fabricantes creden-ciados de palete PBR é justificar adiferença de preço entre o PBRpadrão e o ‘pirata’. Um palete PBRpadrão custa em torno de R$ 32,00e o palete ‘pirata’ em torno de R$24,00. E por incrível que pareça, opalete pirata está custando maiscaro. Vejamos: um PBR padrãoutiliza 0,066 m3 de madeira e cus-ta R$ 32,00, ou seja, R$ 484,85 porm3. Um palete ‘pirata’ utiliza emmédia 0,047 m3 de madeira e cus-ta R$ 24,00, ou seja R$ 510,64 porm3. Não consideramos as diferen-ças de custos de pregos espiraisutilizados no palete padrão parapregos lisos utilizados no palete‘pirata’”, avalia o gerente da Matra.

Ainda segundo ele, curioso éver que o palete “pirata” custa5,32% mais caro que um paletePBR credenciado. Essa diferençade volume de madeira no paleteafeta a sua capacidade de carga,vida útil e, mais grave, é conside-rado pelas grandes redes um paletedescartável.

“As conseqüências para quemcompra paletes ‘piratas’ podem serlistadas: falta de segurança, quali-dade, padronização, etc., sem con-tar com a falta de responsabilida-de social, conforme citado. Jáquem compra paletes usados poderesponder por crime de receptação,conforme Artigo 180 do CódigoPenal”, acrescenta Canozo.

Por sua vez, o coordenador daJosé Braulio Paletes não vê nenhu-ma conseqüência para o comércio“legalizado”, pois, segundo ele, omercado paralelo está com os diascontados. “O próprio cliente com-prador perceberá que não vale apena e os riscos que corre aoadquirir paletes no mercado para-lelo”, completa.

Há forma de acabar com estemercado paralelo?

Para Zelenski, da Matra, exis-tem várias formas para combateresse mercado, mas as ações devemser tomadas pelo CPP da ABRAS,detentora da marca PBR, da recei-ta de royalties cobrados dos fabri-cantes e dos poderes legais paraações judiciais. “Mas, em primei-ra instância, o CPP deve fazer cum-prir o seu regulamento e controle

da qualidade nas empresas creden-ciadas.”

Pelo lado da ABRAPAL,Canozo diz que aquela Associaçãoe a ABRAS estão estabelecendoalgumas ações de combate à pira-taria e ao comércio de paletes usa-dos de origem duvidosa.

Segundo ele, por ser atrativocomercialmente (baixo valor), omercado paralelo tem aumentadosua participação gradativamente,ano após ano. Esse fato tem preo-cupado muito tanto a ABRAScomo a ABRAPAL, fazendo comque as duas entidades foquem seusesforços totalmente no combate aessa ilegalidade.

“Porém, o que sempre temosbatalhado e vamos focar cada vezmais é na conscientização do usuá-rio/comprador. Essa é a pessoa cha-ve que deve conhecer todo esseprocesso (empresas credenciadas -porque de comprar somente decredenciados, porque não comprarpaletes usados, etc.)”. ■

GKOA GKO Informática é líder no

mercado de soluções paragestão de fretes terceirizados,tendo desenvolvido o sistemaGKO FRETE implantado em maisde 200 empresas em todo o país.

Este sistema de gestão éreconhecido pelo mercado comomarca líder (Prêmio Top Log doIMAM de 2005 no segmento TMS)e atende às demandas deembarcadores que contratamoperadores logísticos,transportadoras ou autônomos,apoiando o processo deembarque, permitindo a auditoriade 100% dos conhecimentos defrete e a adoção de pré-fatura,viabilizando negociações maiseficazes por meio de simulações,dando transparência aoacompanhamento deocorrências de entrega etracking, apoiando a criação deindicadores de qualidade emedição de performance.

Page 22: JORNAL LogWeb · sos logísticos, o Grupo Pão de Açúcar criou a certificação ‘Top Log’ para os seus fornecedo-res e mantém um forte trabalho focado em

22 LogWeb EDIÇÃO 46 — DEZEMBRO — 2005 www.logweb.com.br

Operador Logístico

McLane avalia rigorosamenteas transportadoras antes defechar contrato

ara oferecer solução logísticacom prontidão em todos osmodais, a McLane do Brasil

(Fone: 11 2108.8800), provedora eintegradora de serviços logísticos, traba-lha atualmente somente com transporta-doras homologadas, isto é, que foram ava-liadas criteriosamente antes de fechar aparceria com a McLane.

“Hoje trabalhamos com 120 transpor-tadoras homologadas, são cerca de 5,5 milveículos a nossa disposição em todo país.Temos a garantia de utilizar esses veícu-los quando precisarmos e, caso não sejasuficiente, dependendo da região, levamosuma transportadora de outro local para lá”,afirma Marcos Ferreira, diretor de opera-ções da Mclane do Brasil

Segundo ele, independente se há ne-gócio na área ou não, a Mclane busca par-ceiros para oferecer transporte em diver-sos segmentos – de alimentos, commodi-ties, eletroeletrônicos, farmacêutico, pro-dutos refrigerados, insumos e produtosacabados em geral. “Quando fechamos ocontrato com o cliente, ficamos respon-sáveis pelo gerenciamento da transporta-dora. Por isso, prezamos por parceiros quetenham infra-estrutura tecnológica no trá-fego de informações e qualidade de aten-dimento. Também sempre buscamos con-tratos a longo prazo”, acrescenta.

HomologaçãoPara ser homologada, a transportado-

ra passa por uma avaliação geral. Umaequipe interna da Mclane é responsávelpela vistoria das atividades da empresacomo um todo – ela checa desde as insta-lações da transportadora e sua saúde fi-nanceira até a postura dos profissionaisno atendimento ao cliente e atenção coma carga, além da qualidade, com base nanorma ISO 9000. “Já avaliamos cerca de300 transportadoras, dessas somente ho-mologamos a metade. Há muitas com pro-blemas de tecnologia para o rastreamentode cargas e organização dos processos,além do nível de treinamento e apresen-tação dos caminhoneiros. Ter o melhorpreço nem sempre significa ter o melhorparceiro. Procuramos empresas que agre-guem valor ao serviço”, explica.

Ferreira também deixa claro que estahomologação das transportadoras passa

pela segurança, pelo gerenciamento de ris-co que entra na certificação. Segundo ele,hoje em dia, há cada vez mais necessida-de de gerenciamento de risco. “Antes seconsiderava o valor agregado da merca-doria. Hoje, há necessidade de gerencia-mento de risco. Saímos simplesmente doroubo de carga para entrar em rastrea-mento de informação – ou seja, saberpor que o veículo está demorando, o queo condutor está fazendo. Ou seja, estáembutida uma parte de controle, de ges-tão da frota”, assinala.

BenefíciosAntes de falar sobre os benefícios

alcançados com estas medidas, Ferreiraexplica como funciona o processo.“Credenciamos empresas em váriasregiões, desde para serviços de courrieraté para o transporte de grandes volumese cargas fechadas, bem como para todotipo de transporte, como de líquidos, re-frigerados e isotérmicos. O papel daMclane é identificar os melhores trans-portadores das diversas regiões, propician-do o credenciamento de acordo com os seusobjetivos, com os seus padrões de serviços.”

Portanto, ainda segundo o gerente deoperações, os benefícios apontam para ofato de que, com um único operador, ocliente consegue ter uma solução com-pleta, e não fica falando com vários trans-portadores, além de ter um padrão de aten-dimento e de serviço de qualidade, inde-pendente do que está no caminhão.“Atuamos em vários Estados, com a trans-portadora ‘a’ ou ‘b’, de modo transparen-te, oferecendo um serviço com qualidadeindependente do ponto onde está sendofeita a entrega.”

Ferreira também diz que, para as trans-portadoras, o benefício está na possibili-dade de movimentar todos os volumesque haja naquele segmento, naquela re-gião, se comprometendo com a quali-dade e dentro da capacidade que possui.“O primeiro ponto da parceira é acapacitação, ou seja, é a Mclane indicaro volume que irá ser transportado na re-gião. Para o transportador, é oferecida agarantia de volume de vários clientes naregião, além de mais uma captação co-mercial.”

Problemas Referindo-se aos problemas que po-

dem surgir nesta relação da Mclane comas transportadoras – é bom lembrar quea meta da empresa também é estendereste processo às empresas dos outrosmodais de transporte – é a certificaçãoem uma dada região.

Pode acontecer de, em uma determi-nada região, não ter nenhuma transpor-tadora que se qualifique no processo, porpadrão de qualidade de serviço não-confiável, estrutura fora das especi-ficações, etc. Neste caso, a Mclane ofe-rece os serviços para os parceiros pró-ximos, que queiram atuar naquela re-gião, e, se ninguém quer ir e é precisorealizar entregas, a Mclane investe emfrota para entrar na região, até ter alguémcom capacidade.

“Prezamos muito a nossa parceira.Aquela coisa de ‘atender o Brasil intei-ro’, como enfocam algumas transporta-doras, não funciona. Queremos garanti-as, um bom nível de serviço. Não inves-timos em equipamentos, e contamoscom empresas que já têm os ativos.”

Ferreira também destaca que, antesde investir, a Mclane dá oportunidadepara as empresas parceiras se desenvol-vam e cresçam junto no processo. “Nãoqueremos simplesmente ter um agrega-do, e sim um parceiro. Ainda é bom des-tacar que, além de parceira, a transpor-tadora também ganha uma extensão co-mercial. Às vezes, a transportadora per-de negócios por não ter, por exemplo,um armazém. Com a parceria, ela passaa ter toda a estrutura da Mclane, passa ausar esta estrutura, obtendo uma exten-são de sua área comercial.” ■

P

Page 23: JORNAL LogWeb · sos logísticos, o Grupo Pão de Açúcar criou a certificação ‘Top Log’ para os seus fornecedo-res e mantém um forte trabalho focado em

EDIÇÃO 46 — DEZEMBRO — 2005 LogWeb 23www.logweb.com.br

ULMA

A Ulma HandlingSystems desenvolve suasatividades como engenha-ria integrada em projetosde Material Handling deArmazenagem Automáticae Sistemas de Movimenta-ção. Desde o princípiomantém uma permanentecolaboração profissional etecnológica com aempresa Daifuku, líder nosetor que permite disporos meios técnicos maisavançados e adaptáveis acada projeto. A Ulmaoferece um completoserviço altamente espe-cializado em engenharialogística do tipo “chave namão”, desde o serviço deconsultoria até o projeto edesenho com a implanta-ção e serviço de pós-venda.

A inovação tecnológicano desenvolvimento deSistemas de ArmazenagemAutomática e de Prepara-ção de Pedidos garante aocliente a eliminação doscustos das ações que nãoaportam valor ao produtomanipulado, mediante umaanálise logística que possaculminar em umaautomação parcial ou totalde suas atividadeslogísticas.

Conta com mais de 200referências no desenvolvi-mento de sistemasautomáticos de logísticaimplantados em empresascomo Roge, EBF-Vaz, TRW,Hitachi, Monroe, SMC,Onron, Danone eMatsushita.

A Ulma tem estabeleci-do um importante ponto dereferência ao converter-seem uma empresa líder demercado na Espanha ePortugal e no desenvolvi-mento de soluçõesautomáticas em sistemasde ArmazenamentoAutomático.

Na atualidade,encontra-se em processoinverso de internacio-nalização e conta com umarede técnico-comercial quecongrega delegações naEspanha, França, Brasil,Itália e Holanda.

Page 24: JORNAL LogWeb · sos logísticos, o Grupo Pão de Açúcar criou a certificação ‘Top Log’ para os seus fornecedo-res e mantém um forte trabalho focado em

24 LogWeb EDIÇÃO 46 — DEZEMBRO — 2005 www.logweb.com.br

Empilhadeiras

Retrak está emnovo endereço

R epresentante damarca Still, aRetrak está, des-

de o dia 10 de novembro úl-timo, em nova sede própria:Av. Papa João Paulo I, 2101,Guarulhos – SP. O novo te-lefone é (11) 6431.6464.

As novas instalaçõespossuem área total de22 000 m2, sendo a área ini-cial construída de 5 000 m2,com ampliação prevista para8 000 m2.

Além de escritórios, asnovas instalações abrigam aoficina de reparos de equi-pamentos, uma área para baterias espe-cialmente projetada para limpeza e manu-tenção, com caixa para retenção de líqui-dos oriundos da lavagem ou de vazamen-tos, área de limpeza de equipamentos eum show-room para que o cliente possaverificar, em local adequado para demons-tração, as capacidades dos equipamentosque estará locando – a locação, terceiri-zação de frota e venda de máquinas são

pontos fortes na atuação da Retrak.Por outro lado, com a mudança, dois

serviços passam a ser explorados commais afinco: a reforma de empilhadeirase o suprimento de peças de reposição.

A Retrak oferece uma vasta gamade equipamentos, além de peças origi-nais, tendo se especializado no desen-volvimento de peças especiais paraempilhadeiras. ■

Logística de Suprimentos –Gestão de Materiais e das

ComprasPeríodo: 7 de janeiroLocal: Recife – PE

Realização: Focus TrigueiroConsultoria e Treinamento

Informações:www.focustrigueiro.com.br

[email protected]: (81) 3432.7308

Smart Tags RFIDPeríodo: 10 de janeiroLocal: Campinas – SPRealização: Cebralog

Informações:www.cebralog.com/agenda.php

[email protected]: (19) 3289.4181

Gestão de Comprase Suprimentos

Período: 12 de janeiroLocal: Campinas – SPRealização: Cebralog

Informações:www.cebralog.com/agenda.php

[email protected]: (19) 3289.4181

Ferramentas Avançadas deExcel Aplicadas à Logística

Período: 13 de janeiroLocal: Rio de Janeiro – RJ

Realização: CebralogInformações:

www.cebralog.com/[email protected]: (19) 3289.4181

Logística de Distribuiçãoe Transporte

Período: 21 de janeiroLocal: Recife – PE

Realização: Focus TrigueiroConsultoria e Treinamento

Informações:www.focustrigueiro.com.br

[email protected]: (81) 3432.7308

Estatística Aplicada à LogísticaPeríodo: 26 de janeiroLocal: Campinas – SPRealização: Cebralog

Informações:www.cebralog.com/agenda.php

[email protected]: (19) 3289.4181

Formação de Supervisores eCoordenadores de Logística

Período: 31 de janeiroLocal: Campinas – SPRealização: Cebralog

Informações:www.cebralog.com/agenda.php

[email protected]: (19) 3289.4181

As empresas que irão promovereventos nas áreas de logística e

comércio exterior(cursos, seminários, feiras, etc.)

em 2006 podem nos mandarinformações pelo

e-mail [email protected]

Janeiro 2006

Page 25: JORNAL LogWeb · sos logísticos, o Grupo Pão de Açúcar criou a certificação ‘Top Log’ para os seus fornecedo-res e mantém um forte trabalho focado em

EDIÇÃO 46 — DEZEMBRO — 2005 LogWeb 25www.logweb.com.br

LINDE

“A Linde é umaempresa de origem alemãe uma das líderesmundiais na fabricação ecomercialização deequipamentos de movi-mentação e armazenagem,além de ser a única domundo a ter o sistema de‘freio sem freio’. Fundadaem 1879, sua entrada nomercado de empilhadeirasaconteceu em 1958 e numprazo de 5 anos firmou-secomo a empresa número 1do planeta. Acreditando nogrande potencial do Brasil,em 1996 a Linde chegouao país com a representa-ção de equipamentos e,em seguida, instalou umafilial em Osasco/SP, paraproporcionar o atendimen-to dentro dos padrõesmundiais de qualidade navenda e pós-venda.”

As informações são deChristopher Dühnen,diretor comercial da Lindeno Brasil. Ainda segundoele, no final de 2003, aempresa passou a utilizarpeças nacionais parareposições nos equipa-mentos importados, o quediminuiu consideravel-mente os valores demanutenção das máqui-nas. No segundo semestrede 2004, a empresa inicioua fabricação de algunsmodelos de empilhadeirasno Brasil, como asretráteis e as transpa-leteiras, que antessomente eram disponibi-lizadas pela Linde aomercado através deimportações da Alemanha.”A empresa tem mais de120 modelos de equipa-mentos e é o únicofabricante mundial quepossui a gama inteira deempilhadeiras, além de sera inventora do sistemahidrostático – sistemarevolucionário em que amáquina freia sem freios.No Brasil, a Linde possuimais de 2 mil máquinascom representação em 23Estados, atuando em 3segmentos de mercado:venda, manutenção elocação”, diz Dühnen.

Page 26: JORNAL LogWeb · sos logísticos, o Grupo Pão de Açúcar criou a certificação ‘Top Log’ para os seus fornecedo-res e mantém um forte trabalho focado em

26 LogWeb EDIÇÃO 46 — DEZEMBRO — 2005 www.logweb.com.br

Livro

Gestão de CustosLogísticosAutores: Maria de Fatima Gameiroda Costa e Ana Cristina de FariaEditora: AtlasNº Páginas: 432Informações: 0800-171944

Esta obra bus-cou identificar emensurar osCustos Logís-ticos Totais pro-venientes dostrês processoslogísticos: Abas-tecimento, Plan-ta e Distribuição,

visando atender a natureza das deci-sões logísticas em seus diversos ní-veis. Afinal, segundo as autoras, cus-tos minimizados, ativos logísticosotimizados e serviços de excelênciaprestados aos clientes agregam va-lor aos acionistas e clientes, bemcomo são fundamentais para que asparcerias na cadeia de suprimentospossam atingir seus objetivos. Nabusca desses resultados, osgestores da logística empregam mo-delos de raciocínio próprios – os con-ceitos e técnicas de Logística Inte-grada – os quais demandam informa-ções contábil-gerenciais específicas.Esta obra é recomendada para pro-fissionais focalizados na Gestão daLogística.

Distribuição

DM é o novooperador logísticoda Vonpar

Vonpar Refrescos, res-ponsável pela fabrica-ção e distribuição de

bebidas das linhas Coca-Cola eÁgua Mineral Charrua e pela dis-tribuição da linha Kaiser para osestados do Rio Grande do Sul eSanta Catarina, contratou a DMTransporte e Logística Interna-cional [Fone: 51 3481.7100]como operador logístico na im-portação de preformas PET – quesão transformadas em garrafasplásticas - de seus fornecedoresna Argentina e no Uruguai.

Assim, a DM passa a contro-lar todo o processo de transporte,importação, desembaraço adua-neiro, armazenagem e entrega dascerca de 45 mil caixas carrega-das em 900 viagens por ano des-te cliente. A Vonpar é a terceiramaior distribuidora de Coca-Colano Brasil e possui, atualmente,quatro fábricas – em Porto Ale-

gre, Farroupilha e Santo Ângelo,RS, e Antônio Carlos, SC - e qua-tro centros de distribuição, aten-dendo ¾ do mercado gaúcho e co-brindo 100% de Santa Catarina.Nos dois Estados atende cerca de82 mil clientes e chega a 13 mi-lhões de consumidores.

O relacionamento entre a DMe a Vonpar existe desde 2002, quan-do a operadora logística começoua transportar preformas PET doUruguai e da Argentina para asquatro fábricas da franqueadaCoca-Cola no sul do Brasil.

Como operador logístico, aDM passa a ser o único interlocutorentre a Vonpar e seus fornecedoresde insumos para as embalagensPET, tornando-se responsável pelaintegração de todas as atividadese pelo desenho e planejamentojunto ao cliente de uma cadeialogística mais eficiente para suaoperação, a partir de um estudosobre o melhor modal para ser uti-lizado em cada momento e a me-lhor fronteira, as rotas e proces-sos aduaneiros mais adequados eembalagens para as preformasque atendam ao conceito de me-nor custo global. ■

A

Page 27: JORNAL LogWeb · sos logísticos, o Grupo Pão de Açúcar criou a certificação ‘Top Log’ para os seus fornecedo-res e mantém um forte trabalho focado em

EDIÇÃO 46 — DEZEMBRO — 2005 LogWeb 27www.logweb.com.br

CLARK

A Clark nasceu emChicago, centro da redeferroviária americana. Em1917 inventou e começou aoperar o seu primeiroveiculo de movimentação decargas, chamado deTructractor. Através da DaboMaterial Handling Equip-ment Brasil, reforça umapresença de cerca de 40anos no país. A sua linha deprodutos e serviços inclui:venda de equipamentosnovos; locação de equipa-mentos novos e usados;venda de peças de reposi-ção; assistência técnicacom mecânicos treinados;venda de carrinhoshidráulicos manuais e delubrificantes com marcaprópria; contratos demanutenção e de compo-nentes remanufaturados; etreinamento para operado-res de empilhadeiras.

SCHEFFER

A Scheffer desenvolveprojetos de estruturasporta-paletes, drive-in ecantilever, além demezaninos e estantes deencaixe. Chocolates Garoto,Johnson&Johnson, Jacto,Makro, Renault e Labora-tórios Farmacêuticos sãoalguns de seus clientes.

A empresa tambémproduz arquivos comsistema de trilhotelescópico, sobre esferas,com sistema de segurançabaseado em fechaduracentralizada que acionaduas travas por gaveta,praticamente impedindo oarrombamento; armários emaço para escritório, comportas de abrir e de correr,puxadores cromados efechaduras tipo Yale; eroupeiros com portasdotadas de três pontos detravamento e dobradiçasinternas.

Page 28: JORNAL LogWeb · sos logísticos, o Grupo Pão de Açúcar criou a certificação ‘Top Log’ para os seus fornecedo-res e mantém um forte trabalho focado em

28 LogWeb EDIÇÃO 46 — DEZEMBRO — 2005 www.logweb.com.br

E

Coleta e Entrega de Encomendas

Direct Express investe paraatender à demanda docomércio eletrônico

mpresa de courrier privado es-pecializada no comércio eletrô-nico B2C (Business To

Consumer), a Direct Express (Fone 113511.0046) se estruturou fortemente paraatender à demanda típica do final de ano.

Segundo o diretor comercial da em-presa, Luiz Henrique Cardoso, “a chega-da do final de ano trás muito otimismo aomercado varejista em relação às vendasde Natal, em que a expectativa é supe-rar R$ 370 milhões em vendas (cresci-mento de 30% em relação ao ano passa-do e novo recorde do comércio eletrô-nico). Para atender a essa demanda, in-vestimos pesado em tecnologia e infra-estrutura de hubs, frota e filiais própriaspara melhorar a operacionalidade dasencomendas”, diz ele.

Cardoso considera a tecnologia essen-cial para garantir que os produtos sejamentregues no prazo estipulado. “Fomosprecursores no uso de redes sem fio(wireless) e WAP para permitir umainteratividade eficaz durante todo o pro-cesso. Com Pockets PCs equipados comesses recursos, nossos courriers podeminformar em tempo real sobre ocorrên-cias que impossibilitem a entrega, comoerros de endereçamento, cancelamentode pedido, ausência de destinatário oumudança de endereço.”

O diretor destaca que, graças a esserecurso, aliado aos investimentos em maisum novo hub e Centro Operacional emSão Paulo e ao aumento da capacidadede produção das rotas, através da substi-tuição da frota de Unos Furgão paraFiorinos e Mini-Vans, a Direct Expressestá conseguindo, no período que antece-de o Natal, realizar cerca de 20 mil entre-gas por dia em todo o Brasil, em períodosque variam de 24 horas (principais capi-tais) a 72 horas (interior).

Ainda referindo-se especificamenteàs festividades de final de Ano, Cardo-so aponta o que mais muda em termosde logística: crescimentoda demanda, de 14.000entregas/dia para 20.000entregas/dia (média);período de férias, aumen-tando, assim, o número deocorrências no processo,como, por exemplo,

destinatários ausentes; maior dificuldadenas transferências aéreas, com falta deespaço físico nas aeronaves (período deférias); e nível de exigência e ansiedadepor parte dos clientes muito elevado emrelação aos outros meses do ano.

“Os principais investimentos que rea-lizamos, especificamente para atender àdemanda do final de ano, foram: aumen-to imediato da frota em 40% e da capaci-dade fixa instalada (área, pessoas e equi-pamentos) em 50%; criação de recursosextras contingênciais - o principal delesfoi um banco de 250 courriers treinados -para atender ao aumento em curtíssimoprazo de até 20% da capacidade instala-da; adequação dos postos do Call Centerpara reduzir para 12 horas o prazo médiode tratamento das ocorrências de entrega- utilizando tecnologia WAP - e para 45minutos o tempo médio de resposta aosclientes; e adequação dos planos de trans-ferência às restrições de capacidade damalha aérea utilizando-se de maior fre-qüência nos embarques e da integraçãodesse modal com o rodoviário.”

EstruturaTendo como clientes as principais

companhias do comércio eletrônico, en-tre elas Americanas.com, Submarino,Extra.com, Natura, Embratel, Ponto Frio,

Siciliano, Ingresso Fácile Flores On-Line, o dire-tor comercial acreditaque a Direct deve ser res-ponsável por 28% das 7,2milhões de entregas docomércio eletrônico a se-rem realizadas em 2005.

“A empresa conta com 175 colabora-dores diretos e aproximadamente 500 in-diretos ao redor do Brasil, além de 180courriers Direct alocados nas unidadespróprias, 72 unidades credenciadas de en-trega, 700 courriers credenciados e trei-nados em toda rede de entregas, frota pró-pria de 120 veículos, todos equipados comcelulares (WAP), e 700 veículos tercei-rizados”, diz o diretor.

A administração central da Direct estálocalizada em Tamboré, região metropo-litana da cidade de São Paulo, em umaárea de 2.500 m2, próxima ao rodoanel deSão Paulo. A empresa atinge atualmente503 municípios, através de uma rede dedistribuição que é composta por 10 cen-tros operacionais próprios (3 em São Pau-lo Capital, Campinas, Rio de Janeiro, BeloHorizonte, Porto Alegre, Brasília, Salva-dor, Recife) bem como 82 pontos de en-trega, sendo exclusivos aqueles das se-guintes localidades: Porto Alegre,Curitiba, Belo Horizonte, Recife, Salva-dor, Campinas e Brasília. Os pontos deentrega não exclusivos da Direct são con-tratados para a execução dos serviços,porém operam no padrão tecnológico ede qualidade da Direct. Também estão dis-poníveis três hubs, em São Paulo, no Riode Janeiro e no Recife.

A projeção de demanda para 2005 éde 3,5 milhões de entregas.

Comércio Eletrônico no BrasilLojas: ................................................................ 2.500Usuários: .................................................... 4 milhõesCrescimento: .......................................... 40% ao anoTíquete Médio: .......................................... R$ 297,00Itens comercializados: ................................ 7 milhõesItens mais vendidos: . CDs, DVDs, VHS (22%); livros,revistas e jornais (17%); aparelhos eletrônicos (12%)Entregas: ............... 7,2 milhões em 2005 (estimativa)

(Fontes: e-Bit e Câmara e-Net)

FaturamentoAno Valor (R$)2004 1,75 bilhão2005 2,3 bilhão(**)

Fonte: e-Bit / (**) Estimativa

Principais datas Comemorativas 2005(Milhões R$) Crescim.

2004/2005Dia das Mães 92 28%Dia dos Namorados 106 10%Dia dos Pais 100 10%Dia das Crianças 108 60%Natal 370(**) 30%(**)

Fonte: e-Bit / (**) Estimativa ■

Cardoso: Perspectiva é superarR$ 370 milhões em vendas

Page 29: JORNAL LogWeb · sos logísticos, o Grupo Pão de Açúcar criou a certificação ‘Top Log’ para os seus fornecedo-res e mantém um forte trabalho focado em

EDIÇÃO 46 — DEZEMBRO — 2005 LogWeb 29www.logweb.com.br

Somov alugaa empilhadeiranº 1000A Somov, maior distribuidorde empilhadeiras Hyster doBrasil, acaba de entregar aempilhadeira nº 1000 da suafrota de locação. Emboraseja uma marca expressivapara qualquer empresadeste setor, a Somovacredita que está preparadaem termos de recursosfísicos e, principalmente,humanos para dar continui-dade à filosofia de oferecersoluções diferenciadas emequipamentos de movimen-tação de materiais para todoo Brasil, e chegar a médioprazo a 2000 máquinas.Fone: 11 3718.5090

Porto deParanaguámantém níveisaltos namovimentaçãode produtosAs exportações de cargascongeladas pelo Porto deParanaguá obtiveram umcrescimento de 45% noacumulado do ano emcomparação ao mesmoperíodo do ano passado.Segundo dados divulgadospela Administração dosPortos de Paranaguá eAntonina (APPA), entrejaneiro e novembro foramexportadas 677.270toneladas do produto,enquanto que no acumuladode 2005, o volume foi de467.755. As cargas congela-das fazem parte do segmentodenominado Carga Geral,que teve um crescimento de5% no acumulado deste anoem relação ao ano passado.As operação conteinerizadastambém vêm promovendoresultados importantes nosvolumes registrados. Emcomparação ao ano passado,houve crescimento de 8%nas exportações decontêineres. Já os embar-ques de veículos alcançaramíndice positivo de 107%. Dejaneiro a novembro foramexportadas 97,8 mil unidadesneste ano, contra 47,3 milunidades no mesmo períodode 2004.Fone: 41 3420.1100

Page 30: JORNAL LogWeb · sos logísticos, o Grupo Pão de Açúcar criou a certificação ‘Top Log’ para os seus fornecedo-res e mantém um forte trabalho focado em

30 LogWeb EDIÇÃO 46 — DEZEMBRO — 2005 www.logweb.com.br

Problemas sãoexternos às empresasMas, nem tudo está perdido. Existem inúmeras soluções, de modo a permitir às empresas de courrier alcançaro seu real e importante papel dentro da logística.

Courrier

proximam-se as festasde final de ano e, nestemomento, nenhuma

outra empresa é tão lembrada, emtermos de logística, do que as decourrier.

Afinal, depende delas a entre-ga das inúmeras compras – prin-cipalmente realizadas via internet– para os milhares de locais emtodo o Brasil e em todo o mundo.

É bom lembrar que, no final de2001, o erro, ou a falta de umaestratégia logística para a entregadas várias compras realizadas viainternet ocasionou sérios proble-mas, colocando em cheque, inclu-sive, a eficiência das lojaspontocom.

Por outro lado, também é bomdestacar que as perspectivas parao Natal de 2005 são otimistas. Deacordo com a Câmara Brasileira deComércio Eletrônico - Camara-e.net, as vendas on-line neste Na-tal devem crescer pelo menos 50%em relação ao ano passado e otíquete médio das compras devechegar aos R$ 360.

Já de acordo com os dados di-vulgados pela consultoria e-bit, em2004 o e-natal cresceu cerca de39% em relação a 2003.

Tudo parece perfeito, principal-mente se levarmos em conta que,hoje, a maioria dos problemas quesurgem nesta época foi soluciona-da – principalmente os de distri-buição. E que, em alguns casos, jáé possível receber o produto nomesmo dia da compra ou da entre-

ga da mercadoria na empresa decourrier para envio.

Mas, como dizemos, nem to-dos os problemas foram solucio-nados. Alguns deles existem,como veremos nesta matéria es-pecial, onde também são indi-cadas as possíveis soluções.

Problemas e soluçõesPor exemplo, Bruno Henrique

Souza, gerente da Divisão Produ-tos da Logistech (Fone: 113207.0022), aponta os problemascom base nas atitudes, ou falta de,do governo.

“Na ânsia desenfreada por au-mentar suas receitas, o governo nãoleva em conta o tamanho das em-presas nem a importância dos se-tores para a economia. Todos sãotaxados acima de suas possibilida-des e carregam o ônus de pagarpelos erros de uma estrutura pú-blica desequilibrada. E é tristeconstatar que esse quadro está lon-ge de tornar-se mais justo. Há, tam-bém, o incrível fato de que as em-presas privadas de distribuição eentrega não podem exercer livre-mente suas atividades. Elas têmsido podadas pelo forte lobby exer-cido pelos Correios para manter aexclusividade sobre a entrega decorrespondências e pequenas en-comendas. Uma das soluções se-ria a liberação de linhas de finan-ciamento pelo BNDES”, avalia ogerente da Logistech.

Sérgio Brito, gerente comerci-al da Total Express (Fone: 112168.3200), salienta que a grandedificuldade das empresas courriersestá em agrupar necessidades ex-tremamente diferentes, com o ob-jetivo final igual, ou seja, a realiza-ção da entrega. Entretanto, segun-do ele, os caminhos a serem per-corridos são cada vez mais diferen-tes. Hoje, todo cliente tem a expec-tativa de personalizar sua entrega.Ele quer que o entregador tenha oseu formato, sua linguagem, suaidentidade e seja uma extensão desua empresa.

“O desafio consiste em trans-formar o entregador em um repre-sentante do nosso cliente, sabendoque em um roteiro de entregaspodem existir até 60 entregas declientes diferentes”, diz o gerentecomercial da Total Express.

Ele também aponta outro pon-to de dificuldade sentido pelo mer-cado de courrier: o nível de infor-mação, cada vez maior e persona-lizado. Além destas, podem ser ci-tados muitos outros: baixa freqüên-cia de vôos cargueiros; trânsito dasgrandes cidades; dificuldade deestacionamento nas grandes cida-des; estradas em péssimas condi-ções; demora no desembaraço dascargas em determinados aeropor-tos; e alta carga tributária oneran-do os serviços prestados.

“Quando se fala em soluções,as palavras-chave são inovação eflexibilidade – projetos desenha-dos sob medida, quebra deparadigmas, uma empresa que semantém fechada para as necessi-dades do mercado está fadada amorrer. O custo do serviço é im-portante no momento da contra-tação, mas não fundamental, nos-sos clientes estão conosco porquebuscamos sempre lhes oferecersoluções inovadoras que muitasvezes fogem de uma simples en-trega”, diz Brito, complementadoque a logística de distribuiçãoganhou conceitos bem mais am-pliados.

Clóvis Toniolli, diretor daTransfolha (Fone: 11 4133.8221),diz que não há problemas, mas,sim, acontecimentos normais deuma logística muito complexa, seconsiderarmos desde o início (ar-mazenagem, controle de estoques,etc.) e que principalmente correcontra o tempo e busca a perfeiçãoa cada dia. “Alguns estão sob agestão do operador logístico, po-rém outros não, como, por exem-plo, acidente envolvendo o trans-portador ou entregador, roubos,intempéries, falta de energia, etc.Constantemente tomamos medidaspreventivas, mas mesmo assim po-demos ser pegos de surpresa”, dizo diretor da Transfolha.

As soluções, de acordo comele, são os constantes investimen-tos em desenvolvimentos tecno-lógicos, visando aprimorar cadapasso da operação, tomando, sem-pre que possível, medidas preven-tivas, ao invés de corretivas. Tam-bém é preciso investir em comuni-cação entre o operador e suas ba-ses e entre elas e seus entregadores.As soluções também envolvem,ainda segundo Toniolli: ter umapolítica bem clara de resoluçõespara cada problema; ter uma polí-tica bem clara da performance queé esperada de cada profissional en-volvido nesta logística; investirsempre em treinamento; dar e re-ceber feedback.

Já a gerente geral de CargaExpressas e Franquias da VarigLog (Fone: 0300 788.7003), Ma-ria Fan, alega que chegar aos pon-tos mais distantes do país, a custosbaixos para o usuário, é um gran-de desafio no nosso país face àsdimensões territoriais, à dificulda-de de acesso pelas estradas maisremotas e à concentração econô-mica. “O Brasil tem quase 5600municípios – dos quais 4800 sãoatendidos pela Varig Log, que tam-bém opera em 210 países -, sendoque a concentração econômica estáem 10% deles. Para 90% dos mu-nicípios, a quantidade de remessasé baixa, e é onde o custo de trans-

A

Page 31: JORNAL LogWeb · sos logísticos, o Grupo Pão de Açúcar criou a certificação ‘Top Log’ para os seus fornecedo-res e mantém um forte trabalho focado em

EDIÇÃO 46 — DEZEMBRO — 2005 LogWeb 31www.logweb.com.br

porte é mais elevado. O ganho deescala é fator decisivo na viabili-dade das empresas de entregas ex-pressas. No entanto, as empresasde logística que se preocupam ematender de fato às necessidades dosseus clientes quanto à distribuiçãonacional precisam chegar até lá dealguma forma, e não limitar-se aatender somente o ‘filé mignon’.Para isso, acabam subsidiando asentregas no interior dos estados. Asparcerias são a melhor solução paraminimizar o prejuízo, onde váriosoperadores vão até um determina-do ponto e a partir daí um só reali-za a entrega final. A Varig Log tem320 franqueados espalhados por250 municípios brasileiros, osquais são responsáveis pela distri-buição, através de frota própria ede parcerias. Quanto mais capila-rizada a rede de uma empresa delogística, maior será a vantagempara o usuário, tanto na velocida-de da entrega como no custo final”,diz ela.

Ainda segundo Maria, outraquestão é o desbalanceamento dotráfego sul/norte e norte/sul, poisas regiões norte, nordeste e centrooeste do país são eminentementereceptoras das remessas de enco-mendas. Os transportadores aére-os e rodoviários precisam garantira ocupação dos aviões e veículosno retorno, para evitar o prejuízo.

Para Guilherme Gatti, diretorde marketing, automação e atendi-mento ao cliente para América doSul, Porto Rico e Caribe daFedEx Express (Fone: 080090.3333), as principais bar-reiras que as pequenas emédias empresas enfrentamé o desconhecimento e a bu-rocracia, principalmente nocaso da exportação. “Porisso a FedEx Express bus-ca informar e auxiliar osclientes com programaspara facilitar sua exporta-ção”, completa.

Pelo seu lado, RogerioTaleb, diretor da Tacex(Fone: 11 3845.4016), acre-dita que os maiores proble-mas no momento são a fra-ca legislação courrier e o ex-cesso de burocracia, quecria barreiras intranspo-níveis. “No inicio deste ano,os europeus pediram aoBrasil na OMC – Organi-

zação Mundial de Comércio queabra o setor de serviços postais. AUnião Européia (UE) pediu for-malmente ao Brasil para liberali-zar o setor postal e garantir a en-trada de empresas européias, alémde regras sobre concorrência e acriação de uma agência regulado-ra independente nesse setor. Essaé uma das prioridades da nova de-manda européia feita na negocia-ção de serviços na OMC. Sendoassim, a quebra do monopólio pos-tal e uma nova legislação courrierseriam partes das soluções se ogoverno brasileiro agir com impar-cialidade”, avalia Taleb.

Complementando esta matériaespecial, Leonardo Zambitte, ge-rente de marketing da DHLExpress (Fone: 0800 701.0883),destaca que, com freqüência, ouvequeixas de clientes em relação aosimpostos cobrados, requisitospara desembaraço aduaneiro edesconhecimento do processoalfandegário. Para ele, estes seri-am os problemas do setor. ■

RFID

Chep apresentaa etiquetainteligente 3x1

T

Em eventorealizado na FIESP– Federação dasIndústrias doEstado de SãoPaulo em 21 denovembro último, aChep Brasil [Fone:11 3371.0333]apresentou o seumais novo produtocom a tecnologiaRFID (RadioFrequencyIdentification).

rata-se da etiqueta inte-ligente 3 em 1, que ofe-rece a facilidade de ser

lida através de radiofreqüência,pelo código de barras e, ainda, vi-sualmente, por meio de um nú-mero de identificação.

Para mostrar a novidade, o di-retor geral da Chep no Brasil,Pedro Francisco Moreira, convi-dou um grupo de 80 pessoas, en-tre empresários e executivos,para, naquela data, acompanhar

a exposição do indiano PuneetSawhney, gerente mundial daempresa para projetos RFID.

“Pelas diferentes formas per-mitidas de leitura - RFID, códigode barras e identificação visual -,a nova etiqueta reduz a necessi-dade de leitores de radiofre-qüência em todos os locais dacadeia de suprimento. Ela tam-bém possui memória que dá aocliente da Chep a possibilidade degravar informações relacionadasao seu produto, além de permitira Chep identificar de forma per-manente os seus ativos em circu-

lação”, disse Moreira.A primeira utilização dessa so-

lução estará ocorrendo no negóciode contentores IBC da Chep Esta-dos Unidos. Esses contentores sãoutilizados para enviar matéria-pri-ma líquida e ingredientes alimen-tícios. Na seqüência virão ospaletes. “Hoje a empresa gerenciamovimentos diários de aproxima-damente 265 milhões de paletes econtentores que circulam por umarede mundial de 440 centros deserviços em 42 países. No mundo,são 300 mil clientes”, completouo diretor geral. ■

Da esquerda para a direita: Moreira e Sawhney

Page 32: JORNAL LogWeb · sos logísticos, o Grupo Pão de Açúcar criou a certificação ‘Top Log’ para os seus fornecedo-res e mantém um forte trabalho focado em

32 LogWeb EDIÇÃO 46 — DEZEMBRO — 2005 www.logweb.com.br

Gestão de Estoques e Suprimentos

Havaianasimplementa projetoe aumenta vendas

Havaianas, marca desandálias da São Pau-lo Alpargatas, imple-

mentou em 2005 um projeto degestão de estoques e cadeia desuprimentos junto a seus distri-buidores que requereu investi-mentos de aproximadamente R$400 mil e deve integrar dezenasde pontos de distribuição daempresa.“Em pouco mais de seis mesesos resultados já apareceram.Mantivemos o nível de estoque,vendemos melhor e nos aproxi-mamos ainda mais dos distribui-dores”, explica Ricardo Ammira-bile Vianna, gerente comercial daHavaianas.

Hoje, três distribuidores daempresa já estão participando dopiloto, mas isso deve ser expan-dido para 26 outras contas, quejuntas respondem por 20% dosnegócios da marca.

Comércio ColaborativoSegundo Vianna, o objetivo

principal do projeto, chamado “Co-mércio Colaborativo”, foi imple-mentar uma solução que facilitas-se ao máximo os processos dereposição de produtos com os dis-tribuidores de Havaianas, elevan-do o nível de serviço e otimizandoos estoques na cadeia de suprimen-tos. “Este projeto marca um novomomento no gerenciamento dosnegócios com o canal de distribui-ção. As negociações de condiçõescomerciais, preço e prazo deixamde ser os principais focos da rela-ção e podemos investir na gestãoeficaz das informações paramelhoria dos resultados de todosos envolvidos”, diz ele.

O conceito utilizado é o VMI(Vendor Managed Inventory), emque a gestão dos estoques dos pro-dutos Havaianas é realizada combase em informações compartilha-

das pelos próprios distribuidores.Na implementação deste processo,a Xplan Business Solutions (Fone:11 3889.2110) foi contratada paratrazer seus serviços de consultoriae treinamento, além de sua solu-ção de VMI, que possibilita a rea-lização desta gestão com os distri-buidores conectados ao projeto.“Neste processo, troca-se a incer-teza de demanda, em um dos elosda cadeia de suprimentos, por in-formação. Com ela, é possível rea-lizar uma melhor gestão de todos

os processos envolvidos na reposi-ção de produtos, aumentando a efi-ciência da operação e reduzindo oscustos operacionais”, explica PauloViola, gerente de Projetos da Xplan.

Hoje, com o apoio dos distribui-dores integrados no projeto, o novoprocesso de recomendação de pedi-dos já está implementado. A equi-pe comercial pode analisar, a qual-quer momento, uma recomenda-ção mais precisa, com base nas in-formações originadas dos própri-os distribuidores. “Com o monito-ramento de processo da ferramen-ta utilizada é possível realizar oacompanhamento de desempenhode todo o processo, monitorandodatas de entrega e quantidades emestoque, mostrando a hora certa paratomar ações de planejamento con-junto. Isto vai gerar mais vendas eotimizar estoques, melhorando o flu-xo de caixa”, afirma Viola.

Segundo o gerente comercialda Havaianas, o projeto “Comér-cio Colaborativo” tornará o traba-lho junto aos distribuidores maisestratégico, sendo a avaliação deperformance dos produtos e renta-bilidade para ambos algumas dasprincipais ações para o planeja-mento conjunto. “Em médio pra-zo teremos como definir o portifó-lio de produtos ideal para cadaregião”, completa. ■

A

CENA CEN, empresa nacional

fabricante de rebocadoreselétricos, paleteiras eempilhadeiras elétricas eequipamentos elétricosespeciais, possui uma equipetécnica pronta para o desenvol-vimento de novos projetos comtecnologia totalmente nacionalem parceria com as melhoresempresas da área de equipa-mentos e peças.

Este trabalho em conjuntovisa o atendimento das neces-sidades dos clientes, buscandosoluções e novas alternativas,para o aperfeiçoamentotecnológico. A linha de produtosinclui: motores elétricos paraempilhadeiras e rebocadoreselétricos, motores de partida ealternadores para empilhadeirasGLP e diesel, bem como suaspartes e peças.

Grupo Martins adotasolução de WMS daHighJump SoftwareA 3M do Brasil, por meio da suaempresa especializada emsoluções de supply chain, aHighJump Software, comemora aconquista do Grupo Martins comocliente. A HighJump implementaráa sua solução de WMS nas trêscentrais de armazenagem -Uberlândia, MG, João Pessoa, PB,e Manaus, AM - e também seráresponsável por otimizar os 45centros de distribuição avançadaespalhados pelo país. Para odiretor de logística do GrupoMartins, Avenor Teixeira, aexpectativa com a adoção doWMS da HighJump está ligada àcontinuidade do crescimento daempresa. “Esperamos que aimplantação do novo WMSsustente os nossos planos decontínua expansão, com amelhoria nos processos dequalidade e na redução noscustos”, afirma Teixeira.Fone: 0800 132.333

Vianna: investimento na gestãoeficaz das informações

Page 33: JORNAL LogWeb · sos logísticos, o Grupo Pão de Açúcar criou a certificação ‘Top Log’ para os seus fornecedo-res e mantém um forte trabalho focado em

EDIÇÃO 46 — DEZEMBRO — 2005 LogWeb 33www.logweb.com.br

Cadeia de Suprimentos

Grupo Pão de Açúcar comemoraresultados da parceria com fornecedores

eficiência logística éuma ferramenta estraté-gica da Companhia Bra-

sileira de Distribuição (CBD) -Grupo Pão de Açúcar (Fone: 080011 5060), que vem fazendo inves-timentos contínuos na Cadeia deSuprimentos.

Com mais de 550 lojas distri-buídas em 13 estados brasileiros, aempresa entende que a cadeia desuprimentos é uma das principaisfrentes de trabalho para ganhosreais de produtividade e lucrativi-dade. E que a melhoria dos pro-cessos logísticos envolve direta-mente o fornecedor e depende fun-damentalmente da interação de to-dos os elos dessa cadeia.

“Para integrar, otimizar e me-lhorar esses processos a CBDcriou, em dezembro de 2004, acertificação ‘Top Log’ e mantémum forte trabalho focado em me-lhorias da cadeia de distribuição- rupturas, gerenciamento de es-toques e custos de distribuição -com mais qualidade e melhorescustos aos produtos comerciali-zados nas lojas. É a equação: ofer-ta + variedade + frescor + preço”,explica Luis Ricardo MarquesPedro, diretor de logística integra-da da CBD.

Certificação

Marques Pedro contaque um grupo seleto de for-necedores - Reckitt, Col-gate, Ceras Johnson, Coca-Cola, Procter & Gamble,BDF Nivea, Johnson &Johnson, Kaiser, Gillette,Sadia, Perdigão, Avipal,Elegê, Samsung, Sony,Toshiba, Novadata, BSH,Nestlé, Masterfoods, Meli-tta, Saint Gobain e EMI,entre outros – foi convida-do pela CBD para partici-par de uma parceria e acei-tou o desafio de melhorar etornar mais eficiente os pro-cessos logísticos de toda acadeia de abastecimento,que inclui plena disponibi-lidade de produtos (dimi-

nuição de ruptura), modelos ade-quados de abastecimento, esto-ques balanceados e relaciona-mento empresa-fornecedor.

“Todos esses pontos, conside-rados peças-chave do processologístico, estão sendo acompanha-dos e sua evolução com ganhos deeficiência será avaliada e irá resul-tar numa certificação, o ‘Top LogCBD’”, diz o diretor de logística.

Baseada nos pilares ruptura,serviço de abastecimento, cobertu-ra de estoques e custo de distribui-ção, a empresa e seus parceiros tra-çaram algumas diretrizes que de-vem contribuir para melhorar sen-sivelmente o formato da cadeia deabastecimento no Brasil.

A certificação “Top Log CBD”organizou esses processos em trêsgrandes pilares, de modo que a evo-lução dos fornecedores nesse pro-grama possa ser avaliada e receberuma pontuação de acordo com asmelhoras obtidas ao longo dos pro-jetos de acordo com os seguintesrequisitos: nível de serviço -acuracidade, pontualidade, agenda-mento das entregas; adequação aocliente - prazo e freqüência de en-trega, índice logístico e serviçopós-entrega; integração - propos-tas contínuas de melhoria.

Após aceito o convite, os for-necedores começaram a se reunirmensalmente com a Gestão deAbastecimento da CBD para ana-lisar a performance individual eplanejar as próximas ações dentrodas premissas do programa. Alémdisso, a companhia estabeleceu umcalendário de visitas técnicas como objetivo de conhecer os seus par-ceiros, buscando ganhos para acadeia de suprimentos e integran-do todas as áreas de logística.

“Oito meses após a implanta-ção já é possível avaliar os resulta-dos do programa: nível de serviço- aumento de seis pontos per-centuais em mercearia e 4% emperecíveis; ruptura em loja - que-da de 36% em mercearia e 50%em perecíveis (Comparativo 1ºsemestre de 2005/1º semestre2004)”, aponta Marques Pedro.

O objetivo agora é que as par-cerias sejam permanentes e com aparticipação de todos os parceiros.Em ruptura, o objetivo é que o índicede falta de mercadoria seja o menordo varejo brasileiro - para isso con-tribuem medidas como gestão dademanda e integração das cadeiasde abastecimento (fornecedor eCBD). No serviço de abastecimen-to, a idéia é atingir patamares inter-nacionais. “Hoje, esse nível está, emmédia, em 81%. Isso significa quea cada 100 pedidos apenas 81 eramentregues na quantidade e períodopreviamente determinado. Esse nú-mero já melhorou para 86%. O ob-jetivo é chegar próximo a 100. Nacobertura de estoques, atualmen-te em torno de 30 dias, o objetivoé reduzir para 25, como acontecenos melhores modelos internaci-onais”, diz o diretor de logística.

A

Os atuais custos de distribuiçãotambém serão merecedores defoco. Ao longo do próximo anoserão realizados esforços no senti-do de diminuir os atuais custoslogísticos e trabalhar com proces-sos mais inteligentes, como a en-trega agendada, implantada pelaempresa há 4 anos, e a revisão dosmodelos atuais de abastecimento.

Cadeia de Suprimentos

A cadeia de suprimentos doCBD engloba todas as funçõeslogísticas dos produtos comercia-lizados por todas as Unidades deNegócio do Grupo - Supermerca-dos Pão de Açúcar, CompreBem,Sendas e Extra Hipermercados.

A estrutura logística respondepelo abastecimento de produtos àslojas, desde a gestão de estoquesaté o fluxo físico das mercadorias.As duas atividades juntas são ca-pazes de agregar valor à operaçãomelhorando a receita, reduzindo aruptura (falta de produtos nas lo-jas) e diminuindo custos e investi-mentos em estoque. Para isso, aCBD opera uma rede de centros dedistribuição do Brasil localizadosnas cidades de São Paulo, Brasília,Fortaleza, Curitiba, Rio de JaneiroSalvador e Recife. São cerca de320.000 m² de área total de estoca-gem. Para reduzir eventuais perdas emelhorar o gerenciamento de ca-pital de giro, 83% de todo estoqueda empresa é centralizado. Soma-do a isso, a automação aplicada aoscentros de distribuição garante quea gestão das mercadorias aconteçade maneira rápida e eficiente. ■

Page 34: JORNAL LogWeb · sos logísticos, o Grupo Pão de Açúcar criou a certificação ‘Top Log’ para os seus fornecedo-res e mantém um forte trabalho focado em

34 LogWeb EDIÇÃO 46 — DEZEMBRO — 2005 www.logweb.com.br

Monitoramento de Frotas

Blue Tec fornece sistemade gerenciamento deempilhadeiras

solução ForkLog, daBlue Tec Automação(Fone: 19 3213.5502), é

um sistema de monitoramento defrotas de veículos de movimenta-ção interna.

“Trata-se de uma solução com-pleta, com software, computadorde bordo e comunicador RF, queautomatiza o gerenciamento de empi-lhadeiras e outros veículos indus-triais. É uma ferramenta que podeser usada na gestão de frota demovimentação interna em indús-trias, armazéns ou canteiros deobra”, diz Bruno Bolzam, do depar-tamento de marketing da empresa.

Segundo ele, através de com-putadores de bordo instalados nosveículos, receptores de dados viaradiofreqüência e softwares espe-ciais, a Blue Tec Industrial oferece

uma solução diferenciada.“Com o sistema é possível

saber como os veículos estão sen-do operados e quais operadores de-vem ser premiados ou treinadosmelhor. Também permite melho-rar os índices de segurança, redu-zir custos e ter um monitoramentode frota apto a contribuir com acertificação e programas de quali-dade”, completa Bolzam.

Computador de bordoEle também informa outra no-

vidade da empresa: o computadorde bordo Bluetec 400i. Esta solu-ção possui caixa, leitor de identifi-cação por microchip e antenaacoplados, acelerômetros internos,192 kb de memória configurável enão-volátil, transmissão de dadosvia radiofreqüência, identificador

do motorista e operações pormicrochip, sonorizador (buzzer) ebloqueio de partida, além de saídado tipo serial 232 que possibilita acaptura de dados e fazer o setupvia cabo através de notebook oupor radiofreqüência. Tem, ainda,três conectores, sendo um delespreparado para interface com pe-riféricos ou sistemas de rastrea-mento.

“Através do computador debordo Bluetec 400i é possível sa-ber ‘o que está sendo feito?’, ‘quemestá fazendo?’ e ‘como está sendofeito?’. E pode-se acoplar opcio-nais como teclado, módulo de GPS‘off line’ ou sistemas de rastrea-mentos, de acordo com a necessi-dade do monitoramento desejadoe com isso saber ‘onde está sendofeito?’. Os sistemas de rastrea-mentos permitem o acompanha-mento e logística ‘on line’ do veí-culo e, quando integrados com oBluetec 400i, podem fornecer da-dos fundamentais para o gerencia-mento da frota em tempo real”,explica o representante demarketing.

Outra forma de se identificar o“onde” da operação é a instalaçãode baliza, sistema desenvolvidopela Blue Tec para registrar, de for-ma automática, a passagem do ve-ículo em um determinado local,através de um pequeno emissor derádio instalado no ponto que sedeseja monitorar. Esse sistema per-mite também a alteração da pro-gramação (setup) do computadorde bordo de forma remota paramudança dos parâmetros de alar-me e violação de velocidade. ■

A

DIPACK

A Dipack provê serviços de“Intralogística”, disponibilizandopessoal capacitado e serviços depadrão internacional.Seu foco é projetar, implementare gerenciar soluções para asnecessidades de logística Internade seus clientes, sejam elesgrandes ou médias empresas.Os serviços prestados incluem:entrada fiscal, recebimento demateriais, controle de qualidadede entrada, almoxarifado,embalagem, montagem de kits,abastecimento de produção,saída fiscal, expedição, logísticareversa, gerenciamento detransporte, movimentação demateriais, manuseio de documen-tação, picking, estufagem edesova de contêineres eetiquetagem. Atua junto aempresas metalúrgica,automotiva e componentes,alimentícia, petroquímica eeletrônica, entre outras.

Bysoft fecha parceria comIntercraft

A Bysoft, empresa que desenvolvesistemas para comércio exterior,acaba de fechar uma parceria coma Intercraft, empresa de trading.O projeto terá duração de um ano eprevê a criação do software i-Trade,um sistema completo para tradings,desenvolvido em tecnologia Java.Segundo Edneia Moura, diretora daBysoft, o novo sistema acompanha-rá todas as etapas do operacionalde uma trading. “O i-Trade permitiráque a empresa cumpra osprocedimentos administrativos efiscais adotados, segundo aLegislação pertinente ao RegimeEspecial de Trading, e o cruzamen-to de dados quanto à documenta-ção que ampara as operações deimportação, de exportação,financeiras e de faturamento, suaeficiência e regularidade, inclusivequando envolve terceiros.Fone: 11 5583.3336

Page 35: JORNAL LogWeb · sos logísticos, o Grupo Pão de Açúcar criou a certificação ‘Top Log’ para os seus fornecedo-res e mantém um forte trabalho focado em

EDIÇÃO 46 — DEZEMBRO — 2005 LogWeb 35www.logweb.com.br

Comércio

Exterior

Novo programada FedExExpress trazsoluções parapequenos emédiosexportadores

A FedEx Express(Fone: 0800 90.3333)anunciou, juntamente com oCentro das Indústrias doEstado de São Paulo -CIESP e o Banco do Brasil,o lançamento oficial doprograma FedEx PyMEXMembership. Com ele, asinstituições envolvidas criamum conjunto de soluções ebenefícios completos eintegrados para pequenas emédias empresasexportadoras ou compotencial para exportação.

Além de consultoriaon-line e on-call sobreexportações, acesso gratuitoao Laboratório de Embala-gem da FedEx em Memphis,Estados Unidos, recebimen-to periódico de informaçõese análises sobre o mercadoe suporte em missõescomerciais, os membros doFedEx PyMEx Membershipterão acesso privilegiado auma série de seminários, emtodo o país, sobre processose oportunidades deexportações. Essesseminários serão disponibi-lizados às empresasassociadas ao CIESP econtarão com a presença depersonalidades e especialis-tas de comércio exterior.

O compromisso daFedEx Express com ospequenos e médiosempresários será reforçadopela coordenação de açõesconjuntas entre a empresa eo CIESP. A ex-MinistraDorothea Werneck lidera oprograma em sua concep-ção e estruturação, inclusivedos seminários, onde oBanco do Brasil apresenta-rá, através de palestras e“workshops”, suas soluçõesem comércio exterior, comênfase no Balcão deComércio Exterior.

Armazéns estruturais

Soluções paraarmazenagem temporária

De rápida montagem, estesarmazéns atendem àsnecessidades temporárias.Mas, também, podem serusados por longos períodos.

Vantagens e onde usar. Estes sãoos enfoques desta matéria especialde LogWeb. Participam: Pedro LuizPela e Sérgio Enout Assunção, res-pectivamente diretor presidente ediretor comercial da Nautika; SilvioHein, gerente da divisão macro-galpões da Rentank; RenatoChristen, vendedor da Sansuy;Marilyn Acras, supervisora adminis-trativa da Top Flex: e SimoneMilano, gerente comercial da Tópi-co Coberturas Alternativas.

Vantagens de usarPela e Assunção: Os armazéns

estruturados são de rápida monta-gem e têm uma excelente ventila-ção, trazendo maior conforto para ousuário. Como são montados emmódulos de 5 m, podem ter o seutamanho aumentado ou diminuído,conforme a necessidade do cliente.

Hein: As vantagens de se utili-zar os armazéns estruturais são: ca-pacidade de armazenar os mais

variados produtos e matérias-primas,pois possuem vãos livres de até 55m de largura; velocidade de monta-gem, que chega a 450 m²/dia; fácilremoção; ampliação de acordo coma necessidade do cliente; baixo custopor m2; não têm limite quanto à áreaúnica de instalação, sendo que hojehá galpões da ordem de 7.000 m² emuma única área instalada e tambémoutros complexos que chegam a13.000m².

Christen: Construção em prazocurto, disponibilizando rapidamenteo espaço para armazenagem; cons-trução econômica quando compara-dos aos armazéns de alvenaria; po-dem ter suas dimensões ampliadas nosentido do comprimento; permitemtransferência de seu local de instala-ção original para outro, com reapro-veitamento total dos materiais; pos-sibilitam aproveitamento total noarmazenamento, visto que não têmcolunas na parte interna e podem seroferecidos com pé direito de até 7 m.

Marilyn: As vantagens de utili-zar os armazéns lonados são várias,dentre elas: evitam toda burocraciaem termos de construção civil; evi-tam que a empresa altere seu IPTU,bem como tenha que aprovar plantajunto à Prefeitura local; as empresas

têm como lançar em despesas em seufluxo de caixa, pois se tratando delocação destes galpões, pode haverdedução do Imposto de Renda; agrande vantagem também é quecomo hoje em dia as empresas sãomuito dinâmicas, haverá uma gran-de facilidade em transferir de localeste galpão, ao contrário de umaconstrução em alvenaria, que é fixa.

Simone: As vantagens de se usaros armazéns estruturais são: monta-gem rápida; não são consideradoscomo área construída; o galpão émodular, apresentando flexibilidadede ser aumentado e diminuído aqualquer hora e até mesmo desloca-do para outra área; a lona não propa-ga fogo, e a estrutura é dimensionadapara suportar até 162 km/h de vento.

Quando usarPela e Assunção: Normalmen-

te, as empresas solicitam o galpão emcaráter de urgência, mas hoje já te-mos várias empresas multinacionaisque adquirem ou alugam os galpões

e os consideram como um galpão prá-tico e funcional para uso definitivo,inclusive em processos de industria-lização.

Hein: Os macrogalpões podemser utilizados em diversas situações esetores, sempre que existir uma ne-cessidade logística de armaze-namento, como: excesso de produ-ção, mudança do layout do galpão,armazenamento diferenciado e novaárea de produção, entre outras.

Christen: Quando houver neces-sidade de solução rápida e econômi-ca para problemas de armazenagem,onde itens como facilidade de acessoe capacidade de estocagem possamser adaptados às necessidades.

Marilyn: Os galpões lonados eestruturados podem ser utilizadospara armazenagem em curtos, médi-os e longos períodos, podendo seradquiridos definitivamente ou loca-dos por um dia, uma semana, um mês,um ano, etc. Podem ser utilizados,também, para eventos de todos os ti-pos, festas, casamentos, confraterni-zações, etc.

Simone: Quando houver a neces-sidade de armazenagem e produção,ou seja, se a empresa não quer inves-tir em construção, tem a opção de lo-cação por período determinado. ■

Page 36: JORNAL LogWeb · sos logísticos, o Grupo Pão de Açúcar criou a certificação ‘Top Log’ para os seus fornecedo-res e mantém um forte trabalho focado em

36 LogWeb EDIÇÃO 46 — DEZEMBRO — 2005 www.logweb.com.br

FORTTES

Junto com a AnchietaComércio e Recapagem dePneus, a Forttes marcapresença no mercado há 40anos. Contando com umaplanta industrial na cidade deVinhedo, instalada numa áreade 30 mil metros quadrados,dos quais 8 mil de áreaconstruída, atende monta-doras, indústrias de auto-peças e locadoras deequipamentos. É responsávelpela fabricação do primeiropneu maciço superelásticonacional. Por sua maiorresistência e durabilidade, ospneus superelásticos sãoideais para empilhadeiras,inclusive em trabalhos degrande esforço. Este equi-pamento, até então encontra-do apenas no exterior, aindapode ser não manchante paratrabalho em pisos especiais.Também produz pneus nostipos cushion.

EASYTEC

Fundada em 1995, aEasytec fixou como objetivosprincipais serviços deusinagem, caldeiraria,serralheria industrial eferramentaria, objetivando oprojeto e a fabricação degabaritos e dispositivos paraautomação industrial nasáreas de usinagem, soldageme linhas de montagem. Com opassar dos anos concentrousuas atenções também noramo de logística, fabricandocom exclusividade carrinhos,estrados e pórticos para trocade baterias para a Still doBrasil. Seguindo adiante, hojefabrica subconjuntos paraempilhadeiras da Still doBrasil. O seu mais novoprojeto é uma Sala Modular deBaterias seguindo conceitosutilizados na Europa. Essesala, que está em fase detestes e avaliações, deverá serlançada em 2006.

Page 37: JORNAL LogWeb · sos logísticos, o Grupo Pão de Açúcar criou a certificação ‘Top Log’ para os seus fornecedo-res e mantém um forte trabalho focado em

EDIÇÃO 46 — DEZEMBRO — 2005 LogWeb 37www.logweb.com.br

HYSTER

Em 1993, a fusão deduas das maiores indústriasfabricantes de empilha-deiras, a Hyster Company ea Yale Materials HandlingCorporation, deu origem auma nova empresa: aNacco Materials HandlingGroup. Hoje, a empresa é aforça gestora de engenha-ria e manufatura por trás decada empilhadeira vendidasob as conhecidas marcasHyster ou Yale. Porém, ébom destacar que asorganizações de vendas,marketing e concessio-nárias são exclusivamenteHyster ou Yale. Afinal,segundo a empresa, umaestratégia importante nestafusão foi proteger cuidado-samente a identidademercadológica individual ea lealdade à marca deambas as linhas deprodutos Hyster e Yale.

Por sua vez, a Hysterfoi fundada no Brasil em1957, iniciando suaprimeira produção com oguindaste KD “KarryKrane”. Em 1959 iniciou afabricação de empilha-deiras em capacidades de1 500 a 2 500 kg e, emseguida, de 3 000 a7 000 kg. Foi a primeiraempresa a fabricarempilhadeiras no Brasil.Em 2000 foi adquirida pelaNacco e adotou o nomeNacco Materials HandlingGroup Brasil.

A novidade da empresaé a linha Hyster Fortis deempilhadeiras. “O mercadovai conhecer um novoconceito de empilhadeira,tanto no que se refere aodesempenho, custooperacional mais baixo emaior conforto e eficiência.A linha Fortis, comcapacidade de carga de 1 a9 toneladas, é consideradaum marco em empilhadeiraa combustão, e terá suaprodução liberada noBrasil a partir de janeiro de2006, inicialmente comequipamentos na faixa de2,5 a 3,5 toneladas”,informa Álvaro Sousa,presidente da Nacco.

Aevido ao aumento de de-manda no transporte decarga aérea do Centro-

Oeste para todo o país, o GrupoFaster Brasex (Fone: 11 4772.8000)inaugurou, no mês de novembro úl-timo, bases de expedição em Brasíliae Goiânia, sendo que um númeroexpressivo da carga parte de Brasília,onde a oferta de vôos é maior. Atéentão, o Grupo Faster Brasex pos-suía bases de expedição em São Pau-lo, Rio de Janeiro e Campinas.

“Há um grande número de em-presas do segmento farmacêuticoinstaladas na região, em virtude dosincentivos fiscais. Já havíamos per-cebido um aumento na demanda detransporte rodoviário e a procura poroperações aéreas também tem cres-cido bastante”, afirma Patricia Cos-ta, presidente do Grupo FasterBrasex.

Segundo ela, a Faster Brasex élíder no transporte rodoviário de pro-dutos farmacêuticos para a regiãoCentro-Oeste, tendo como clientesos maiores laboratórios do país - aotodo são 26 laboratórios.

Ainda segundo a presidente, aregião possui grande potencial de ne-

gócios. Em Goiás são mais de 80empresas de produtos farmacêuticose veterinários. A 140 km de Brasília,na cidade de Anápolis, estado deGoiás, existe um pólo farmacêuticocom política de incentivos para ins-talação e expansão de indústrias dosetor farmoquímico.

“O Centro-Oeste virou um póloemissor para o segmento farmacêu-tico”, diz Patricia, ressaltando que,diante deste novo cenário, o GrupoFaster Brasex vem investindo cadavez mais na região – e agora buscauma estrutura mais ampla emGoiânia e deve mudar em breve.

Em Brasília, o Grupo dispõe deoperações distintas no modal aéreoe rodoviário e conta também cominstalações diferenciadas. O CD pos-sui 2.800 m2 de área, isolamentotérmico no teto para evitar oscilaçõesde temperatura, área separada paramanuseio de medicamentos de altovalor agregado, gerenciamento derisco e equipes treinadas para reali-zar operações em um prazo de 24horas, independente do destino. Umaexigência do setor farmacêutico, es-pecialmente quando se trata de pro-dutos oncológicos. ■

D

Carga Aérea

Grupo Faster Brasexinaugura bases noCentro-Oeste

s empilhadeiras compac-tas EP 12 e EP 14, comcapacidades para 1200 e

1400 kg, respectivamente, lançadasrecentemente pela Skam (Fone: 114582.6755) para pequenos e médi-os armazéns, acabam de obter umalinha especial de crédito através doCartão BNDES.

Este Cartão foi criado pelo Ban-co Nacional de DesenvolvimentoEconômico e Social (BNDES) como principal objetivo de dispo-nibilizar seus recursosfinanceiros para apoi-ar a realização de investimentose de criar um novo espaço alternati-vo para realização de negócios entreempresas e fornecedores, de umaforma ágil e segura, como o Portalde Operações do Sistema BNDES,via internet.

Para viabilizar esta nova formade operar, o BNDES estabeleceu di-versas parcerias com a indústria decartões de crédito. No caso das EP12 e 14, o sistema é viabilizado pelaadministradora VISA.

De acordo com o engenheiroMaks Behar, presidente da Skam,este programa permite que empre-

sas de micro, pequeno emédio porte, que estejamem dia com suas obriga-ções e tributos federais,possam adquirir os produ-tos da Skam utilizando

esta linha de crédi-to. “Já estamos ha-bilitados a vendernossos produtosatravés do portalwww.cartaobndes.gov.br, e contamoscom um catálogoque contém mais

23 produtos para consulta, alémda série EP. No site existe ainda umatela de simulações, onde o interes-sado pode escolher os produtos quedesejar e definir em quantas parce-las deseja pagar“, afirma.

Ainda de acordo com Behar,dentre as principais vantagens ob-tidas com esta adesão ao Portal deOperações do Sistema BNDES estáa segurança operacional dos cartõesde crédito. “Como o titular do car-tão possui crédito pré-aprovado,temos a garantia do recebimento dovalor do produto em torno de 30dias”, conclui. ■

Empilhadeiras

Máquinas da Skamobtêm linha decrédito especial

Page 38: JORNAL LogWeb · sos logísticos, o Grupo Pão de Açúcar criou a certificação ‘Top Log’ para os seus fornecedo-res e mantém um forte trabalho focado em

38 LogWeb EDIÇÃO 46 — DEZEMBRO — 2005 www.logweb.com.br

Empilhadeiras

S em dúvida, o operador éo grande responsávelpela performance da

empilhadeira, como também dafluidez do processo logístico. Afi-nal, este veículo é básico em qual-quer processo logístico e a sua ope-ração correta, além de evitar aci-dentes, faz com que a sua vida útilseja prolongada e que a operaçãoseja maximizada.

Mas, no dia-a-dia, não é bemisto que se percebe. Operadores deempilhadeiras não especializadosou não treinados adequadamentepodem trazer sérios problemas.

Perda de produtividadeO engenheiro Marco Aurelio

Carmacio, gerente regional de ven-das e marketing da Dabo Brasil/Clark (Fone: 19 3881.1599) enu-mera vários problemas. O primei-ro é a perda de produtividade doequipamento. “E isso é simples deser medido: a) deve-se identificaro CCV (custo do ciclo de vida deuma empilhadeira) = produtivida-de x custo da produtividade. Comisso pode ser medido o custo porpalete movimentado. As informa-ções de faturamento x movimen-tação por palete mensal dão à em-presa uma clara visão da perda deprodutividade e imediatas ações aserem tomadas.”

Ainda segundo Carmacio, ou-tro problema é o aumento do custooperacional e de manutenção: es-tima-se que 30% dos custos de ma-nutenção são originados da má ouabuso na operação. E, por fim, háos processos trabalhistas – já quemuitos operadores são instruídosa processar empresas após seu des-ligamento, pois o mesmo deve sertreinado por um órgão oficial. “Ostreinamentos operacionais são in-vestimentos com retorno garanti-do, pois a produtividade aumenta

Em foco, a atuaçãodos operadoresQuais os problemas ocasionados por operadores de empilhadeiras nãoespecializados ou não treinados? Como treinar? Estes e outros assuntos sãodestaque nesta matéria especial.

de forma imediata, porém é de fun-damental importância a reciclagemdesses profissionais, que deve serfeita anualmente, atendendo àsnormas do Ministério do Traba-lho”, completa.

José Roberto Coelho, gerentede pós-vendas da Still (Fone: 114066.8100) também reconhece es-tes problemas. Para ele, operado-res não especializados ou sem trei-namento incidem em alguns pro-blemas como, além dos já citados,possíveis danos aos produtos e ris-cos de acidentes com as empilha-deiras, caminhões e porta-paletes.

De fato, operadores desquali-ficados podem ocasionar diversosproblemas e dificuldades para asempresas, como risco de aciden-tes envolvendo pessoas, principal-mente, e riscos à sua própria inte-gridade, além de danos ao patri-mônio da empresa, às cargas trans-portadas e ao equipamento, poroperação inadequada.

Esta análise converge os pen-samentos de Cyro Corrêa Aranha,representante distrital de vendassênior da Yale (Fone: 115521.8100), e de Isan GeorgesHayek, gerente de contratos da

Bauko (Fone: 11 9900.3427).De acordo com Antonio

Augusto Pinheiro Zuccolotto, di-retor de operações da Paletrans(Fone: 16 3951.9999), “é funda-mental que o operador de empilha-deiras tenha em mente o limiteoperacional do equipamento. Aconsciência desse limite é a garan-tia de que o equipamento trabalhecom segurança e que a máquinatenha a maior vida útil possível.Capacidade residual de carga, con-dições de operação, elevação má-xima, procedimento de recarga debateria, velocidade máxima detranslação, entre outros, são infor-mações que devem estar bem fixa-das na mente dos operadores. Issoevita uma série de problemas comotombamentos de carga, atropela-mentos, colisões, danos na estru-tura física da empilhadeira e pro-porciona uma redução nos custosde reparos e manutenção.”

Luiz Antonio Gallo, gerentecomercial da Skam (Fone: 114582.2286) avalia que treinar, ha-bilitar e conscientizar o operadorde empilhadeira são fatores direta-mente ligados à segurança. E queo fator segurança e os acidentesestão intimamente ligados a ope-rações inadequadas. Mesmo que ooperador seja treinado e habilita-do, em alguns casos existem erros

e/ou irresponsabilidade nas opera-ções. “Operadores que fazem brin-cadeiras com as empilhadeiras ge-ralmente acabam provocando al-gum acidente”, alerta.

Para Gallo, tornar cíclico o trei-namento de operadores é uma dasações mais importantes para aconscientização dos trabalhadoresdessa área. “Treinar, para operaruma empilhadeira com os critéri-os de segurança e com o conheci-mento técnico das funções damáquina, é obrigação de todas asempresas, pois uma empilhadeirapode se tornar um instrumentomuito perigoso nas mãos de umapessoa inabilitada, ou de alguémque a utilize mal qualquer uma dassuas funções”, diz o gerente daSkam.

Mário Valentini e Nobo Yana-gihara, gerentes de operação daSomov (Fone: 11 3718.5090), tam-bém consideram que, em princípio,o problema mais grave é aquelecausado pela imperícia e/ou negli-gência e, em adição, acidentes quepodem causar parada de produção.

Ainda sobre este assunto, JoséValentim Maia, supervisor técnicoda Retrak (Fone 11 6431.6464), vai

por um caminho diferente. Para ele,os operadores em geral não rece-bem treinamentos por empresasespecializadas. “Em geral, os equi-pamentos evoluem muito rapida-mente e algumas empresas nãoacompanham este desenvolvimen-to.” Em função disto – ainda deacordo com Valentim - os opera-dores continuam usando as máqui-nas sem utilizar todos os recursosdisponíveis e, por conseqüência,gerando desgastes desnecessários.“Como exemplo podemos citar quea grande maioria dos equipamen-tos possui um sistema de frenagemeletrônica com desgaste ‘zero’ e osoperadores continuam usando ofreio mecânico.” Outro ponto im-portante é o conhecimento das re-gras básicas de segurança na ope-ração. “Muitos operadores nãoconseguem interpretar corretamen-te a identificação de capacidade decarga existente nas máquinas. Amaioria dos acidentes poderia tersido evitado através de um treina-mento adequado”, pondera osupervisor da Retrak.

Respeito às leis Sobre se existe alguma lei que

obrigue a especialização destesoperadores, as opiniões dos entre-vistados são divergentes.

Carmacio, da Dabo Brasil/Clark, Valentim, da Retrak, Coe-lho, da Still, e Aranha, da Yale,apontam a norma NR-11 11.5.5 doMinistério do Trabalho, que diz que“nos equipamentos de transporte,com forca motriz própria, o opera-dor devera receber treinamento es-pecifico, dado pela empresa, que ohabilitará nessa função”.

Neste aspecto, o supervisor téc-nico da Retrak lembra que um cur-so de máquina a combustão é bemdiferente de um curso para máqui-na elétrica.

Por sua vez, o gerente de pós-vendas da Still diz que devemoslembrar que várias empilhadeirasoperam em locais onde existemprofissionais circulando pelo mes-mo espaço físico, sendo que osmesmos precisam ter habilitação etreinamento especificos para queexista harmonia entre ambos. Já orepresentante distrital de vendassênior da Yale aponta que os ope-radores treinados por empresasespecializadas recebem certificado,enquanto que as empresas que

Valentim: operadores usamempilhadeiras sem empregartodos os recursos

Gallo: brincadeiras comempilhadeiras acabam provocan-do acidentes

Coelho: velocidade e tempo naMAM são excelentes indicadoresde desempenho

Page 39: JORNAL LogWeb · sos logísticos, o Grupo Pão de Açúcar criou a certificação ‘Top Log’ para os seus fornecedo-res e mantém um forte trabalho focado em

EDIÇÃO 46 — DEZEMBRO — 2005 LogWeb 39www.logweb.com.br

treinam seus operadores adotammeios próprios de credenciamento

Hayek, da Bauko, destaca quea obrigatoriedade legal para o exer-cício da atividade para condutor deveiculo automotor, onde se incluio de operador de empilhadeira, estácontida no Código de Transito Bra-sileiro, Lei 9503, de 23 de setem-bro de 1997, e é uma exigência dosórgãos de fiscalização do Ministé-rio do Trabalho.

Por outro lado, ainda segundoele, as exigências legais envolvempossuir Carteira Nacional de Ha-bilitação e Certificado de Conclu-são de Curso de Operador deEmpilhadeiras, este último realiza-do por órgão credenciado junto aoMinistério do Trabalho, (SENAI,Sest/Senat, etc.).

De acordo com o gerente decontratos da Bauko, no caso daCNH, normalmente se exige a clas-sificação com a letra “B” e exis-tem segmentos onde se exige cate-goria de habilitação com as letras“C” ou “D“ , dependendo da com-plexidade das atividades e dos pro-dutos movimentados.

Também ocorrem atividadesonde se exige do operador de

empilhadeiras formação escolarmínima em 2o Grau e até com for-mação em cursos técnicos.

“Na Portaria 3214, a NR - Nor-ma Regulamentadora 11, em seuitem 11.1.6, diz que ‘os operadoresde equipamento de transporte mo-torizado deverão ser habilitados esó poderão dirigir se durante o horá-rio de trabalho portarem um car-tão de identificação com nome efotografia em lugar visível’. Oitem 11.1.6.1 diz que ‘o cartão terávalidade de 1 ano salvo imprevis-to e, para a revalidação, o empre-gado deverá passar por um exa-me de saúde completo, por contado empregador’”.

Pelo seu lado, Gallo, da Skam,responde à pergunta se há algumalei que obrigue a especializaçãodestes operadores com um sim ecom um não.

“Sim, existe uma norma doMinistério do Trabalho que exigecarteira de habilitação e curso paraoperadores de empilhadeiras comoperador sentado e máquinas acombustão em geral. E não paramáquinas de pequeno porte quesão dirigidas por timão e opera-dor a pé (não se exige a carteira

de habilitação) e, em muitas em-presas, a CIPA exige pelo menosque os operadores possuam cur-so especifico, ou um certificadode operação.”

Zuccolotto, da Paletrans, tam-bém opta pelo não. “Para as empi-lhadeiras manuais e elétricasfabricadas pela Paletrans, que têmcapacidade de carga de até 1600kg e elevação máxima de até 4,50m, não existe obrigatoriedadelegal. Isso não exclui a importân-cia do conhecimento técnico paraa operação desse tipo de equipa-mento”, destaca.

Valentini e Yanagihara, daSomov, afirmam que o que a le-gislação obriga é que os operadorestenham carteira de habilitação, nomínimo na categoria “B”, e cursode operador de empilhadeira mi-nistrado por um órgão credenciado.

Como treinar?A esta pergunta, Carmacio, da

Dabo Brasil/Clark, responde queexiste o método tradicional em umaescola aprovada pelo ministério dotrabalho. “A Clark tem sua estraté-gia diferenciada de treinar os ope-radores de todo território nacional,independente da sua localização.Isso é possível através do nossoprograma de treinamento a distân-cia. O sistema foi elaborado comquestionários que são preenchidose acompanhados pela Clark. Ooperador recebe um certificado sefor aprovado nas várias etapas dequalificação”, afirma.

Para o diretor de operações daPaletrans, a melhor forma de trei-nar o operador é no próprio localde uso do equipamento, mostran-do o funcionamento da empilha-deira e instruindo o operador so-bre como utilizá-la de forma segu-

ra. “A Paletrans realiza a entregatécnica da sua linha de empilha-deiras elétricas sempre no ato dacompra. Essa entrega técnica érealizada pela rede de revende-dores”, completa.

Por sua vez, Valentim diz quea Retrak trabalha com a JGM, queé a empresa indicada pela Still. “Osinstrutores recebem treinamentosdiretamente na fábrica e isso nostranqüiliza quanto às informaçõesque são repassadas aos nossos fun-cionários, tanto relacionadas coma segurança como aos recursos téc-nicos dos equipamentos”, diz ele.

O supervisor técnico tambémdestaca que a Retrak oferece trei-namento para os operadores dasempilhadeiras quando o clientesolicita ou é identificada a necessi-dade. Ele explica que este treina-mento está voltado somente para anecessidade do operador conheceros vários recursos de seu equipa-mento e suas limitações – “não trei-namos a função armazenar”.

Gallo, da Skam, afirma que omais comum é obter esses treina-mentos no SENAI, que realiza cur-sos periódicos a custo acessívelpara máquinas a combustão e

AGRA

Desde o início das ativida-des, em abril de 1980, a Agrasempre prezou pela qualidade deseus produtos.

“Os produtos Agra/Astrocaracterizam-se pela preocupa-ção em atingir todos os segmen-tos do mercado, atendendo deforma altamente profissional asnecessidades de seus clientes”,afirma Eduardo Strefezza, diretoradministrativo da empresa.

Ainda segundo ele, a Agraconta com a experiência, o know-how e a garantia de umaempresa com mais de quarentaanos otimizando espaçoscomerciais e industriais noterritório brasileiro. Os principaisprodutos da Agra incluem: porta-paletes, porta-paletes conjuga-dos com gôndolas, cantilever,drive-in, gôndolas e acessórios,mezaninos, divisórias,estanterias, rack’s empilháveis echeck-out.

Aranha: Operadores treinadospor empresas especializadasrecebem certificado

Page 40: JORNAL LogWeb · sos logísticos, o Grupo Pão de Açúcar criou a certificação ‘Top Log’ para os seus fornecedo-res e mantém um forte trabalho focado em

40 LogWeb EDIÇÃO 46 — DEZEMBRO — 2005 www.logweb.com.br

Empilhadeiras

também elétricas. Esses cursos sãocertificados e reconhecidos peloMinistério do Trabalho. “A Skamrealiza treinamento de operadoresde máquinas elétricas sempre queo cliente solicita, e o treinamentotambém é realizado por ocasião daentrega da referida máquina no lo-cal de operação do cliente. Osclientes mais antigos ou grandesclientes, geralmente já possuemseus operadores devidamente trei-nados, embora tenhamos comonorma realizar uma entrega técni-ca dos equipamentos, onde passa-mos para os operadores uma gamade informações inerentes ao fun-cionamento da máquina e plenasnoções de segurança com o equi-pamento. Com os novos clientes,sempre pedimos para que permi-tam que façamos os treinamentose isso ocorre com freqüência”, ex-plica o gerente comercial da Skam.

Aranha, da Yale, também su-gere treinamento teórico e práticoatravés do SENAI – “é uma boaopção”. Ele também diz que aNMHG Brasil (fabricante dasempilhadeiras Yale e Hyster) nãooferece treinamento para operado-res externos, ficando essa ação acritério da rede de distribuidores.“O SENAI Ary Torres, de SantoAmaro, bairro de São Paulo, SP,conta com o apoio da NMHG Bra-sil, que disponibiliza, sempre quesolicitado, uma empilhadeira paraa parte prática de seus cursos deformação de operadores. Os dis-tribuidores Yale, regionalmente ea seu critério, estudam essa possi-bilidade de acordo com as neces-sidades dos clientes”, diz o repre-sentante distrital de vendas.

Já segundo Coelho, da Still,para operações convencionais, otreinamento teórico e prático paraoperadores pode ser efetuado em

cerca de 40 horas/aula, porém exis-tem diversas operações onde algu-mas habilidades pessoais são im-prescindíveis devido às caracterís-ticas exigidas nas operações, comocâmaras frigoríficas, espaços redu-zidos para manobras e cargas es-peciais, além de acessórios espe-ciais instalados nas empilhadeiras,como clamp, push-pull, altímetrose etc. O gerente de pós-vendas tam-bém diz que a Still oferece aosclientes cursos de formação ereciclagem em equipamentos elé-tricos e a combustão adequados àNorma NR 11, podendo os mes-mos serem uma condição comer-cial ou também perante uma so-licitação especifica do cliente.“Para o próximo ano, estaremosabrindo para os profissionais demercado, além de estarmos estu-dando parcerias com entidades domercado” completa.

Valentini e Yanagihara, peloseu lado, informam que “a Somovoferece cursos de treinamento deoperadores que pode ser feito ‘inhouse’ ou, dependendo da quanti-dade de operadores, em instalaçõesfora do cliente. Existe o treinamen-to de novos operadores, bem comoreciclagem com foco em movi-mentação com segurança. O trei-namento é feito com o envolvi-mento dos clientes, dos especialis-tas em operação da Somov e emparceria com instituições creden-ciadas”, informam os gerentes.

Hayek, da Bauko, explica queo treinamento deve ser feito sem-pre no ambiente de trabalho, com-preendendo fundamentalmente areciclagem da parte prática e dospontos teóricos e criando um ci-clo contínuo de teoria + execu-ção + acompanhamento continuopara garantir a qualidade e efici-ência das atividades.

“A Bauko oferece um treina-mento para segurança na opera-ção de empilhadeiras onde sãotratados temas como check-listantes de iniciar a operação deempilhadeira, habilitação e quali-ficação do operador, manutençãoe conservação e operação corretada empilhadeira e movimentaçãode cargas. Porém, esta modalida-de de treinamento não habilita paraoperação de empilhadeiras, ela tema finalidade de reciclagem”, com-pleta o gerente de contratos.

O que exigirSobre o que exigir do opera-

dor de empilhadeiras para o bomdesempenho de suas atividades,Carmacio, da Dabo Brasil/Clark,diz que o operador, assim comoqualquer funcionário de qualquerempresa, precisa ser motivado.“Como sugestão, as empresas po-deriam criar ‘competições’, medin-do as seguintes variáveis: operadorapresentou o melhor número depaletes movimentados x danos

ocorridos no período; quem melhorcuidou do seu equipamento atra-vés das inspeções diárias e perió-dicas efetuadas; aquele que apre-senta soluções voltadas para amelhoria do processo.”

Valentim Maia, da Retrak, des-taca que o operador deve conhe-cer o limite do seu equipamentoe ter condições de fazer uma pe-quena inspeção (diária) antes deiniciar a operação. Isto poderásalvar a vida dele e evitar danosaos equipamentos.

Pensamento semelhante temGallo, da Skam, para quem todooperador deve ter a consciência deque esta montado sobre um equi-pamento que pode se tornar muitoperigoso. “Se ele tiver atitudes brin-calhonas ou promover atos deirresponsabilidade com uma má-quina desse porte, poderá ocasio-nar graves acidentes, para sipróprio e para outras pessoas.”

Portanto – ainda segundo ogerente comercial da Skam -, deve-se exigir do operador muita respon-sabilidade, bom senso, seriedade econhecimento de todas as funçõesda máquina.

“A maneira como uma empi-lhadeira é operada aumenta ou re-duz a quantidade de manobras namovimentação e armazenagem dosmateriais, o consumo de energia/combustível durante o turno de tra-balho, a quantidade de manuten-ções corretivas do equipamento eo estado geral do equipamento.Além disso, velocidade e tempoutilizados na movimentação e ar-mazenagem dos materiais são ex-celentes indicadores de desempe-nho de operadores e também parao controle das máquinas”, avaliaCoelho, da Still.

Para Aranha, da Yale, a pergun-ta sobre o que exigir do operador

de empilhadeiras exigiria uma res-posta muito longa, tendo em vistaque são inúmeras as exigênciaspara uma operação segura.

“Entretanto, vamos abordar al-guns tópicos que, no nosso enten-der, são essenciais: observar e se-guir as regras de segurança em suaárea de trabalho; fazer verificaçõesdiárias e periódicas na máquinaantes de iniciar a operação; obede-cer às leis de segurança e tráfego;operar em velocidade compatívelcom a área de trabalho e a visibili-dade; nunca operar a empilhadeiraem via pública; não permitir quepessoas permaneçam próximas àempilhadeira ou debaixo da carga;e evitar sobrecargas, tendo a certe-za de que a máquina tem capaci-dade para a operação que está sen-do executada.”

Para os gerentes de operaçãoda Somov, movimentação e ope-ração segura e conhecimento daslimitações do equipamento queestá operando são o mínimo quese deve exigir do operador. Final-mente, para Hayek, da Bauko, éindispensável que o operador tenhaplena consciência da importânciade sua função. Não basta dirigiruma empilhadeira, é necessáriosaber como executar corretamentetodos os procedimentos que envol-vem sua profissão.

Segundo o gerente de contra-tos, é preciso conhecer a empilha-deira com a qual vai trabalhar - ternoções de suas características téc-nicas, abrangendo peculiaridadesdo equipamento e dos acessóriosque o compõe, saber operar utili-zando correta e adequadamentetodos os recursos da empilhadeira;conhecer a área de trabalho, o lo-cal onde será executado o trabalho,o tipo de piso, a largura dos corre-dores, a altura de empilhamento, a

Valentini e Yanagihara:problemas graves ocorrem porimperícia e/ou negligência

Page 41: JORNAL LogWeb · sos logísticos, o Grupo Pão de Açúcar criou a certificação ‘Top Log’ para os seus fornecedo-res e mantém um forte trabalho focado em

EDIÇÃO 46 — DEZEMBRO — 2005 LogWeb 41www.logweb.com.br

O papel dos distribuidores e representantes no treinamento dos operadoresdistância a ser percorrida, amovimentação de outras empi-lhadeiras e de pedestres, quala velocidade permitida, etc.;conhecer as atividades que se-rão realizadas, qual o fluxo demovimentação dos produtos,quais os procedimentos inter-nos para a atividade a ser exe-cutada, quais os tipos e carac-terísticas dos produtos a seremmovimentados, etc.; espíritode equipe, comprometimentoe responsabilidade, disponibi-lidade e disposição para semanter no posto de trabalhoem casos de possíveis faltas decolegas, não abandonar o pos-to de trabalho; estar atento aosproblemas que ocorrem coma empilhadeira, atenção e sen-sibilidade para identificar e sa-ber reportar qualquer proble-ma na empilhadeira, infor-mando ao mecânico de manu-tenção o ocorrido; conhecer ecumprir as normas de seguran-ça, de operação da empilha-deira, as internas do local detrabalho e as normas de legis-lação vigente; usar de formacorreta e sempre todos os EPIsexigidos e fornecidos para oexercício da atividade. ■

Vimos o quão fundamental éa atuação dos operadores para odesempenho rentável e segurodas empilhadeiras, e comopromover o treinamento dosmesmos. Mas, qual é o papel dosrevendedores, distribuidores erepresentantes dos fabricantes deempilhadeiras neste contexto?

Veja as opiniões de EmirDassoler, sócio-gerente daCatarinense (Fone: 473346.1100), distribuidor BT emSanta Catarina; Jean RobsonBaptista, sócio-gerente daEmpicamp (Fone 19 3289.3712),representante da Linde na regiãode Campinas, SP; José Nilo deSouza, sócio-gerente da Nimaq(Fone: 49 3328.4706), represen-tante da Ameise Jungheinrich naregião de Santa Catarina; MarlonGarighan, gerente comercial daRequimaq (Fone 49 3323.8797),representante da Still para oOeste Catarinense; MárioValentini e Nobo Yanagihara,gerentes de operação da Somov(Fone: 11 3718.5090), distribuidorHyster para os Estados de SãoPaulo, Mato Grosso do Sul, MatoGrosso, Roraima, Rondônia, Acree Amazonas.

ImportânciaLogWeb: Qual o papel e a importância do representante/distri-

buidor de empilhadeiras na boa formação do operador?Dassoler: Nós, como distribuidores BT, oferecemos aos nossos

clientes o treinamento aos operadores. Porém, aqui em Santa Catarinao único órgão oficial que treina e habilita os operadores é o SESI/SENAI.

Baptista: Começa por uma entrega técnica eficiente, para deixarum operador apto a lidar com as inovações tecnológicas e operacionaisque o novo equipamento oferece. Após isso, com um acompanha-mento da operação, para sanar dúvidas que venham a comprometere/ou causar vícios negativos à operação, principalmente em se tratan-do de equipamentos elétricos, no que se refere ao manuseio das ba-terias tracionárias.

Souza: É durante a entrega técnica que são prestadas todas asinformações e esclarecimentos para os operadores e equipe de ma-nutenção, desde o início da operação de uma empilhadeira. Somosnós que estamos mais próximos e os primeiros a esclarecer as dúvi-das dos mesmos.

Garighan: Acredito que a importância do representante/distribui-dor é fundamental. O representante deve informar e orientar o cliente daimportância na formação do operador e, ainda, contribuir para queisto aconteça, de forma a preservar o equipamento, as estruturas e o pró-prio operador, diminuindo sensivelmente os custos com manutenção.

Valentini e Yanagihara: Em caso de venda de empilhadeiras, efe-tuamos a entrega técnica e orientamos os operadores sobre a manei-ra correta e segura de operar os equipamentos de acordo com osprocedimentos do fabricante. Freqüentemente ministramos treinamentode reciclagem de operação “in company”, conforme a solicitação dosnossos clientes. Nos casos de locação com operação, antes de inici-armos as atividades, os operadores selecionados passam por umareciclagem e aprendem as características dos equipamentos, bemcomo a prática do procedimento padrão de operação.

TreinamentoLogWeb: O que vocês podem fazer para promo-

ver o treinamento do operador?Dassoler: Apenas incentivá-lo. No Brasil, infeliz-

mente, os cursos são precários, mal elaborados, compoucas ilustrações e material didático de péssima qua-lidade. Caberia aos fabricantes de empilhadeiras ela-borar manuais ilustrativos melhores.

Baptista: Incentivar as empresas a investir emtreinamentos, mostrando a diferença do aproveitamen-to do equipamento quando utilizado por um pessoaltreinado e, portanto, apto na utilização do mesmo.

Souza: Além de nossas informações técnicas,indicamos órgãos ou empresas especializadas emministrar cursos.

Garighan: Oferecemos aos nossos clientes, alémda entrega técnica dos equipamentos, conforme nor-mas dos fabricantes, curso de operação e segurançacom empilhadeiras. Na maioria das vezes é negociadojunto com os equipamentos - às vezes como cortesia.

Valentini e Yanagihara: No caso da necessidadede formação de novos operadores, a Somov criou aEFO - Escola de Formação de Operadores, que dáum treinamento intensivo e certifica nossos operado-res. Através do envolvimento dos nossos clientes e deinstituições credenciadas, ministramos treinamento emconjunto com os nossos especialistas. É um treina-mento teórico e prático de 100 horas, em que as pes-soas que são aprovadas são contratadas pela nossaempresa e inicialmente passam por estágio na nossaoperação, antes de efetivação definitiva no cliente. Jápassaram pelas EFOs cerca de 300 operadores, des-de a sua criação, no segundo semestre de 2004.

Page 42: JORNAL LogWeb · sos logísticos, o Grupo Pão de Açúcar criou a certificação ‘Top Log’ para os seus fornecedo-res e mantém um forte trabalho focado em

42 LogWeb EDIÇÃO 46 — DEZEMBRO — 2005 www.logweb.com.br

O fato tem desencadeado umasérie de ações de incentivo àsexportações, como linhas espe-

ciais de crédito, benefícios fiscais e ini-ciativas como a formação de consórciose missões com empresários que vêm de-mandando estudos do governo para ade-quação, de modo que estes tenham aces-so a linhas especiais de crédito e fundosde aval.

Mas, para atuarmos no cenário inter-nacional, a competitividade do produtonão deve ser entendida apenas de boaqualidade a um custo acessível, mas, sim,que esteja com o consumidor.

E é exatamente neste ponto que ga-nha destaque uma atividade tão discutidanos últimos tempos: a logística. De modosimplista, logística é o fluxo otimizado demateriais e informações desde o fornece-dor, que, para facilitar, consideraremos oexportador, até o cliente final. O desafionacional não está exatamente na produ-ção de produtos de qualidade a custobaixo, mas, sim, em fazer chegar o pro-duto ao cliente na quantidade, prazo elocal estabelecidos.

Parece simples como conceito, mas écomplexo na execução, considerando ain-da que deslocar o produto de um local aoutro agrega custo, inclusive aquele inci-dente sobre o capital investido para pro-dução de determinado produto que, en-quanto encontra-se “parado”, agrega cus-to, o qual comumente designamos custode manutenção dos estoques.

Vale ressaltar que os custos logísticosno Brasil estão além da estratosfera, secomparados com as melhores práticas,principalmente quanto ao custo do trans-porte. Como referência, o custo logísticonacional representa nada menos que21,5% da receita operacional líquida dasempresas produtoras, considerando que,destes, 7,1% estão associados ao trans-porte, enquanto que na Europa estesíndices são 12,1% e 3,7% respectivamen-te, conforme apurado em pesquisa reali-zada pelo Instituto IMAM.

Artigo

Logística:até que ponto estamospreparados?

O crescente aumento da oferta de produtos em função dos investimentosno aumento de produção da indústria nos últimos anos, aliado àdesaceleração do crescimento do mercado interno, conduziu à alternativade que devemos garantir a ocupação das indústrias, isto é, o nível deatividade na indústria nacional e, conseqüentemente, o de emprego, apartir do mercado internacional (a exportação).

Para uma realidade onde o custo docapital é tão elevado como a nossa, ostempos totais das operações logísticasconstituem elemento condicionante naformação de estoques e, conseqüente-mente, custo. Assim, devemos deslocaro material tão rápido quanto possível,resultando em uma estratégia de embar-ques menores e mais freqüentes. À me-dida que os tempos de entrega são redu-zidos, os clientes passam a trabalhar commenor estoque e redução de capital degiro. No sentido oposto, um aumento notempo significará transações comerciaisa custos mais elevados.

Para garantirmos a competitividadedo produto brasileiro devemos estruturaruma logística capaz de assegurar que osprodutos expedidos pelas indústrias sejamtransportados com grande facilidadepelos modais de exportação para entregaao menor prazo ao cliente.

Nesse contexto é que temos a maiordificuldade. A exemplo do que ocorreucom a oferta de energia elétrica, telefo-nia e outros serviços que necessitam infra-estrutura, o Governo optou pela estraté-gia de privatização, visando aumento daoferta destes serviços a partir do interes-se de terceiros.

Com o expressivo aumento de pro-dutos manufaturados e semimanufatu-rados na composição das exportaçõesbrasileiras, o momento é de nos preocu-parmos com uma infra-estrutura logísticapara intensa movimentação de contêi-neres, inclusive para embarcações cadavez maiores. O impacto desta nova frotade supercargueiros irá afetar em muitoos portos no mundo. Segundo estudosdesenvolvidos pelas autoridades na Bél-gica, com o advento das novas embarca-ções, apenas 7 ou 8 portos, ou melhor,“megaportos”, serão capazes de atendê-las.

Desta maneira é que as coisas podemcaminhar para uma infra-estrutura insu-ficiente no escoamento dos produtos aquifabricados. Em outras palavras, podere-mos vivenciar uma oferta de serviço em

determinadas regiões, sem a respectivademanda, e outras regiões com demandasuperior à oferta. Tudo isto devido à faltade uma visão sistêmica da logística, fru-to de incentivos isolados sem a devidaconfiguração de pólos e “corredores” paraexportação, também conhecidos comoplataformas exportadoras.

De modo objetivo, o Governo deveater-se a acompanhar as leis de mercadosem a criação de incentivos danosos àcompetitividade, simplesmente em fun-ção de interesses políticos. O porto ouqualquer zona de comércio exterior nãodeve ser entendido como uma área isola-da, os produtos que serão exportadosfreqüentemente deslocam-se por muitosquilômetros até chegarem a este ponto,quer seja por rodovias ou ferrovias, quemais uma vez, por falta de visão integra-da, não estão em coordenação com umalogística total.

Associado a este cenário de baixainfra-estrutura temos ainda a questão fis-cal aduaneira que deveria agir comofacilitadora do processo, e não comodificultoso. Acelerarmos o processo dedesembaraço aduaneiro apenas paraexportação pode não ser a solução, umavez que boa parte dos manufaturados esemimanufaturados exportados depen-de de componentes importados.

A hora é de questionarmos nossomodelo logístico atual e passarmos aapoiar os investimentos que estão ali-nhados com as demandas de mercado,sem deixar de considerar a adoção demodelos simples e racionalizados, paranão deixar que o projeto “Brasil Expor-tador” fique apenas como mais uma ini-ciativa que não deu resultado. ■

Edson Carillo Júnior - Presidente doInstituto IMAM. É graduado emEngenharia de Produção Mecânica,pós-graduado em AdministraçãoIndustrial, além de diretor, consultor einstrutor da IMAM [email protected]

Page 43: JORNAL LogWeb · sos logísticos, o Grupo Pão de Açúcar criou a certificação ‘Top Log’ para os seus fornecedo-res e mantém um forte trabalho focado em

EDIÇÃO 46 — DEZEMBRO — 2005 LogWeb 43www.logweb.com.br

YALE

Em 1993, a fusão deduas das maiores indús-trias fabricantes deempilhadeiras, a HysterCompany e a Yale MaterialsHandling Corporation, deuorigem a uma novaempresa: a Nacco MaterialsHandling Group.

Hoje, a empresa é aforça gestora deengenharia e manufaturapor trás de cadaempilhadeira vendida sobas conhecidas marcasHyster ou Yale. Porém, ébom destacar que asorganizações de vendas,marketing e concessio-nárias são exclusivamenteHyster ou Yale.

Afinal, segundo aempresa, uma estratégiaimportante nesta fusão foiproteger cuidadosamente aidentidade mercadológicaindividual e a lealdade àmarca de ambas as linhasde produtos Hyster e Yale.

A Yale iniciou suasatividades em 1860, comofábrica de fechaduras, e em1920 ingressou no mercadode movimentação demateriais, com a compra daC.W. Hunt, que acabava delançar uma plataforma debaixa elevação movida abateria – era o início daatuação da empresa nosetor de empilhadeiras.

Na década de 50,acrescentou empilhadeirasa GLP e a diesel a sua linhade produtos, e tambémapresentou a primeiratransmissão automática e oprimeiro eixo de traçãohipoidal.

Atualmente estãodisponíveis mais de 75modelos de empilhadeirasnas Classes I a V, e o maisrecente lançamento é alinha Yale Veracitor deempilhadeiras, emcapacidades para 2 a 3,5toneladas.

Page 44: JORNAL LogWeb · sos logísticos, o Grupo Pão de Açúcar criou a certificação ‘Top Log’ para os seus fornecedo-res e mantém um forte trabalho focado em