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Edição 90 do jornal que é publicado quinzenalmente.
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1Segunda quinzena - Junho 2010
As crianças têm cada vez mais responsabilidade com o futuro do meio ambiente. É através da educação, das escolas que estão elevando o grau de responsabilidadea elas diante da incerteza que envolve a natureza em virtude dos estragos ocasionados pelos adultos. A
Semana do Meio Ambiente foi marcada por inúmeras ações dos pequenos. Pag 03
A responsabilidade dos pequenosAno V - Nº 91 - Segunda Quinzena - Junho/2010 - www.jornalvidaenatureza.com.br
Brasil conclui lista de espécies da fl ora Pag 07
Outra empresa amplia RPPN no estado Pag 04
Cultura da soja tem nova versão no mercado Pag 11
Lei determina uso dechips em cães e gatos
Pag 06
2Segunda quinzena - Junho 2010Editorial
Diretor Geral - Paulo Chagas VargasConsultoria Ambiental
Bióloga Ana Clarice Granzotto O. Vargas
Projeto Gráfico - PCV ComunicaçõesJornalista Responsável - Betina Pinto
Reg. SC 01940 - JPDiagramação - PCV Comunicações
Tiragem: 3000 exemplares
Vida e Natureza é uma publicação da PCV Comunicações Ltda.
Rua: Presidente Roosevelt, 34Copacabana – CEP: 88.504 – 020
Lages – SCFone: (49) 9148-4045
E-mail: [email protected]
www.jornalvidaenatureza.com.br
Visão“Ser um meio de comuni-
cação referencial seguindo princípios e valores éticos, alcançando assim, a con-
sciência na preservação da Natureza”.
Missão “Fazer com que todos
tenham oportunidade de obter informações envol-vendo o meio ambiente e atingir a consciência
futura”.
Atitudes e atosA vida na natureza está em nossas
mãos e por isso, qualquer atitude contra
ela deve ser pensada, embora, até pouco
tempo praticamente ninguém refletia
a respeito. Felizmente, com leis mais
rígidas e consciência mais depurada, a
devastação, embora ainda avance, segue
contornos menores, mas com traumas
e reflexos perigosos para quem sonha
com um futuro melhor conciliado com
o meio ambiente.
A passagem da Semana do Meio
Ambiente, nestes primeiros dias de
junho aumentou o significado da im-
portância em se preservar. Em todos
os cantos do Planeta, houve atitudes e
atos procurando estreitar ao máximo
a relação humana com a naturalidade
ambiental, e acima de tudo, provocan-
do sentidos diretos, com o propósito
de despertar a nobreza da reflexão, do
respeito e da consciência sobre o que
ainda resta, e acima de tudo, o que deve
ser feito para preservar ou reconstituir
onde houve danos.
Exemplos simples de atitudes mos-
tram principalmente crianças dando o
maior exemplo, estimulados por profes-
sores que entendem bem a lição, e desde
cedo repassam os conhecimentos aos
pequenos. Está nas deles a dependência
de uma natureza mais bem conservada
para quem ainda não entende ou sabe o
que acontece ao seu redor, mas princi-
palmente para quem está por chegar.
Por outro lado, é no Congresso
Federal que homens se declinam nas
atitudes e atos visando modificar al-
guns critérios da Legislação Ambiental
Brasileira. Não vou aqui entrar nos
méritos da questão e nem na defesa de
ambientalistas ou ruralistas. Apenas
espero que haja entendimento, e acima
de tudo coerência em apontar o melhor
caminho para a manutenção do meio
ambiente, sem prejuízos para a natureza
e à sustentabilidade. O meio termo deve
ser atingido, para que sejam evitados
maiores traumas no futuro. A nova lei
deve elencar critérios que estabeleçam
diretrizes ou peculiaridades de cada re-
gião, mas desde que a razão prevaleça.
Todos sabem que o Código Ambien-
tal Brasileiro precisa de adequações.
Nestes últimos dias as discussões em
torno dele se acirram tão logo foi feita
a leitura do Relatório junto à Câmara
Federal. A votação está por acontecer, e
se vai ou não ser aprovado conforme o
que já foi proposto, não se sabe. Tomara
que esse embate tenha o fim que todos
almejam, e que os políticos saibam
exatamente o que estão fazendo, e não
deixem também de ouvir o lado dos
ambientalistas. Nesse caso a razão
parece ter via dupla. E, do lado de cá,
a população brasileira atenta ou não à
questão, não pode ser penalizada.
Expediente
Jovens são convocados a proteger o meio ambiente
Código Florestal: Relatório sobre alterações desagrada ambientalistas e ruralistas
A apresentação do relatório do
deputado Aldo Rebelo (PCdoB-RJ)
sobre mudanças no Código Florestal
causou polêmica entre deputados das
bancadas ruralista e ambientalista. A
leitura do parecer foi feita na quarta-
feira (9) na comissão especial da
Câmara dos Deputados que trata do
tema. Entre as mudanças propostas
pelo relator estão a atribuição de mais
autonomia aos estados para legislar
sobre meio ambiente e a retirada da
obrigatoriedade de reserva legal (fra-
ção destinada à preservação ambien-
tal) em pequenas propriedades.
O deputado Sarney Filho (PV-MA),
coordenador da Frente Ambienta-
lista, repudiou as alterações feitas
pelo relator. “Nós, ambientalistas,
vamos votar contra o código todo.
Vamos pedir vista se colocarem em
votação e vamos usar todos os meios
legítimos para protelar e obstruir essa
votação”.
Segundo Sarney Filho, há pelo
menos seis pontos que merecem
uma discussão mais aprofundada,
como a anistia geral e irrestrita a
todo desmatamento ilegal ocorrido
até julho de 2008 e a redução em até
50% das Áreas de Preservação Per-
manente (APP). “Isso é inconcebível,
pois vai favorecer a ilegalidade, vai
ensinar que não cumprir a lei é legal.
Nós entendemos e sabemos que algum
aperfeiçoamento na alteração do Códi-
go Florestal precisa ser feito, mas isso
[o relatório] mais parece um código de
agricultura. Acho que essa proposta
é nociva à discussão sobre um futuro
melhor e sustentável para o Brasil”.
Para o deputado Valdir Colatto
(PMDB-SC), vice-presidente da Frente
Parlamentar da Agricultura, o relató-
rio foi tímido nas mudanças. Segundo
ele, algumas questões apresentadas
ainda não foram esclarecidas. “Preci-
samos entender se a legislação que vai
ser feita pelos estados terá averbação
da reserva desmatada. A questão da
zona de amortecimento [áreas preser-
vadas onde a ação humana está sujeita
a restrições] também não está clara.
Aqui no meu estado isso inviabilizaria
10 municípios”
O ministro da Educação,
Fernando Haddad, quer que os
jovens de todo o mundo se com-
prometam a preservar o meio
ambiente. A convocação foi feita
por ele durante o encerramento
da 1ª Conferência Internacional
Infantojuvenil Vamos Cuidar do
Planeta, na quinta-feira (10) em
Brasília.
“Terremotos e tsunamis são
tragédias inevitáveis, mas outras
estão sob nosso controle. Vocês
vieram ao Brasil num momento
muito delicado do mundo, em
que acontece um dos maiores
desastres ambientais da história,
no Golfo do México”, lembrou o
ministro. “Para satisfazer nossas
ambições de consumo, atacamos
a nós mesmos. A lógica, hoje, não
opõe apenas o homem contra a
natureza, mas o homem contra o
homem”, destacou.
Na opinião de Haddad, os jo-
vens representantes de 53 países
que participaram do encontro não
voltarão para casa do mesmo jeito
que chegaram ao Brasil. O papel
dos jovens é fundamental daqui
pra frente e devem atuar como
Manchas continuam espalhadas por todo o Golfoprotagonistas para reverter esses
conflitos. O ministro alertou a to-
dos os participantes da conferên-
cia sobre a necessidade de estar
comprometidos com uma causa
destinada a preservar a vida.
Fonte: IG
3Segunda quinzena - Junho 2010
O futuro do Planeta também nas mãos dos pequenosLages - Em todos os cantos
do planeta houve quem fizesse
algo para marcar o Dia Mundial
do Meio Ambientee da Ecologia,
e que se estendeu por vários
outros dias. Em Lages (SC), na
quinta-feira (10), no Bairro São
Miguel, localizado na periferia
da cidade, numa dessas tardes
frias, a Secretaria Municipal
do Meio Ambiente, atendeu de
imediato o pedido da diretora
auxiliar do Centro de Educação
Infantil João José Theodoro da
Costa Netto, Márcia Aparecida
Esteves para que alguém levas-
se algumas mudas de árvores
nativas e frutíferas para serem
plantadas no pátio, junto aos
brinquedos do parquinho e em
volta da Escola, pois, no local
não havia uma árvore sequer
até então.
Conforme a professora Már-
cia, além de estimular as crian-
ças à preservação do meio am-
biente, o plantio das mais de 50
mudas naquela tarde, efetuada
pelas crianças e sob a coorde-
nação do engenheiro agrônomo
responsável direto pela arbo-
rização e poda no município,
GiovanneTomaselliGuesser,e o
auxiliar dele José Moacir Ribeiro
Neto foi também a contribuição
das mais de 80 crianças para lem-
brar a Semana do Meio Ambiente.
Na verdade foi mais uma impor-
tante atividade alusiva à Semana.
“A atitude dessas crianças é um
exemplo para a comunidade, e,
principalmente, uma forma sim-
ples de estimular a consciência
ambiental. É o futuro da natu-
reza nas mãos dessas crianças
que também levaram uma muda
de árvore para ser plantada em
casa”, ressaltou Giovanni.
O secretário de Meio Am-
biente de Lages, Luiz Marin,
ressaltou que esta ação faz parte
das comemorações da Semana do
Meio Ambiente e de que em todo
o município foram realizadas ou-
tras atividades além do plantio
de mudas. “Um exemplo, são as
aulas de artesanato e palestras
ministradas no Centro de Edu-
cação Ambiental (Tanque), desti-
nadas aos estudantes”, disse.
Por Paulo Chagas
Chapecó – Com objetivo de
aumentar a consciência sobre os
complexos problemas das questões
ambientais, a ChapecóCriança – Ci-
dadania em Ação realizou na tarde
desta quinta-feira Ação Ecológica
em comemoração ao Dia Mundial
do Meio Ambiente, que ocorreu no
dia 05 de junho passado.
Despertando na criança a sa-
tisfação, o prazer e a consciência
de que com simples ações pode-
mos contribuir para melhorar a
cidadania e qualidade de vida da
comunidade, a Chapecó Criança
busca, empenhada nas questões
ambientais, fomentar um modelo
que aponte para a sustentabilidade
sócioambiental e a superação da
fragmentação das ações entre os
vários setores da comunidade.
No local, ocorreram várias
apresentações, entre elas, da Asso-
ciação Coral de Chapecó que apre-
sentou as músicas Ave Maria do
Morro e Amigos do Rio Uruguai. A
Banda da Escola Básica Municipal
Severino Rolim de Moura, coor-
denada pela Professora Juliana
Wincker, abrilhantou o evento com
50 componentes.
Para finalizar o evento, as
crianças da Escola Básica Muni-
cipal Fedelino Machado dos San-
tos fizeram um show, lançando
balões contendo sementes nativas
da região, no intuito de que se
espalhem por diferentes pontos
da cidade vindo a germinar, flo-
rescer e dar frutos às gerações
futuras. Em seguida, coordena-
doras e funcionários da Chapecó
Criança – Cidadania em Ação
entregaram às crianças mudas
de árvores que foram doadas pela
Fundema. A ação se encerrou dei-
xando o alerta: “O planeta pede
socorro. Ele tem vida e precisa
de sua ajuda”.
Ascom – Prefeitura de Chapecó
O município de Lages desen-
cadeou em 2010 uma atividade
forte para tornar a cidade mais
arborizada, num esforço conjunto
com empresas doadoras de mudas.
Desde o início do ano foram planta-
das mais de 3 mil mudas de árvores
nativas e frutíferas. Somente nas
margens do Rio Carahá, ao longo
da Avenida Belizário Ramos, e
que corta a zona central da cidade,
foram plantadas cerca de 1.500
mudas. Já no Parque Jonas Ramos
(Tanque) árvores exóticas e velhas
deram lugar a cerca de 100 novas,
todas nativas, frutíferas e algumas
ornamentais. São plantas que cor-
respondem às características da
região e perfeitamente adaptáveis
ao clima da região.
Na área central da cidade, em
uma única rua, a preocupação era
com a integridade física dos pedes-
tres e evitar maiores comprometi-
mentos com os passeios públicos
e a estrutura de energia elétrica
junto aos postes e estabelecimentos
comerciais. Apenas 13 árvores (le-
gustros) foram então retiradas e de-
ram lugar a 60 cerejeiras japonesas
que darão dentro de mais algum
tempo uma beleza diferenciada à
rua, e não oferecem risco como os
legustros que além dos estragos
citados, também causam alergia
em muitas pessoas.
Por Paulo Chagas
Mais de três mil mudas plantadas em 2010
Chapecó Criança promove ação ecológica
4Segunda quinzena - Junho 2010
De olho Por Paulo Chagas
AmbientenoProtestos
Em Brasília a reunião da Comissão Especial do Código Am-
biental foi conturbada, no dia 8 de junho, foi conturbada. Protes-
tos de ambientalistas e parlamentares contrários interromperam
a leitura do relatório. Difícil saber onde querem chegar sem a
manutenção do diálogo. Sabe-se que independente da interrupção
a continuidade do processo é necessária. Importante é que se obe-
deça a necessidade de cada estado e cada município, respeitando
as diferenças das regiões e às necessidades do Brasil.
Em prol do Meio AmbienteGosto de ressaltar exemplos em prol das causas ambientais seja de
quem for, políticos, escolas, órgãos públicos ou empresas. Sendo assim
valorizo a atitude do Grupo de Gestão Ambiental da Damyller – grife de
jeans catarinense, que na Semana do Meio Ambiente desenvolveu uma
série de ações, que visam conscientizar colaboradores e comunidade em
prol do Meio Ambiente, por meio de capacitação e treinamento. Visita
dos colaboradores em escolas para participarem de palestras sobre o
tema, apresentação de coral, visita de alunos na Estação de Tratamentos
de Efluentes (ETE) e Rio São Bento são algumas das atividades realiza-
das pela Damyller em Nova Veneza, Santa Catarina. Para incentivar
ainda mais a responsabilidade ambiental, exposição de trabalhos de
estudantes na região, curso de compostagem e concursos internos de
fotografia e desenho. Todos os participantes das ações levam de presente
mudas de árvores. Mil delas já foram distribuídas.
SacrificadoO Secretário municipal
de Meio Ambiente de Lages,
Luiz Marin tem sido sacrifi-
cado com críticas mal cons-
truídas e mal fundamen-
tadas sobre o trabalho que
desenvolve, especialmente na
substituição de árvores em zonas centrais da cidade. Ao atender
apelo da própria população passou a substituir algumas árvores e
não foi bem entendido, exatamente por setores que deviam estar
bem informados. Ao retirar 12 árvores (legustros) e substituir
por outras sessenta mais adaptáveis ao local acabou sendo alvo
de muitas críticas. Bem ao contrário de Concórdia, que no final
do ano passado retirou da praçaDogeloGoss todos os legustros
por sibipirunas. O motivo da troca era relacionado a problemas
fitossanitários (relativo a pragas, fungos). O município ainda
promoveu a retirada de espécies exóticas invasoras que ameaçam
a biodiversidade. Lá, a sociedade compreendeu a atitude.
Vendem-se imagensTenho absoluta certeza de que durante as comemorações da Sema-
na do Meio Ambiente, não foram poucos os que venderam a palavra
“eco” e “sustentável” como principais fontes da “causa verde”. Afinal
de contas estão na mídia e viraram moda. Difícil é saber se na prática
tais filosofias verdadeiramente estão sendo aplicadas. Obviamente
houve muitos que realmente viveram e vivem ativamente trabalhan-
do pela causa ambiental. Há, não dá para esquecer-me daqueles que
vendem o verde somando-se ao marketing tendo como resultado a
colheita dos lucros, e tudo graças à melhoria da imagem.
Empresa passa a conservar mais de mil hectares de fauna e flora
O Brasil tem 12% da água doce do planeta
A Battistella Florestas, empresa
do grupo Battistella, recebeu a apro-
vação da ampliação da RPPN (Reser-
va Particular do Patrimônio Natural)
Emilio Fiorentino Battistella, mais
conhecida como Rota das Cachoei-
ras, do instituto Chico Mendes. A
área anteriormente constituída por
100,96 hectares, passa a ter agora um
total de 1.156,33 hectares.
Para o professor Ademir Reis, da
Universidade Federal de Santa Cata-
rina, a ampliação da RPPN só veio a
somar pontos. “Além de garantir a
preservação de plantas raras, haverá
uma maior probabilidade de novos
nichos ecológicos, propiciando a con-
servação e protegendo os recursos
hídricos. Desta forma, garante-se que
muitas nascentes do complexo do Rio
Novo e Bruaca fiquem mantidas em
estado natural”, explica.
Há uma lista de ocorrência
de 220 espécies dentro da reserva,
que com certeza será ampliada e
que se acredita existir em torno
de 400 novas espécies. Em parceria
com a Universidade Federal do Pa-
raná, estudos já começaram a ser
realizados na nova área da RPPN,
apontando inicialmente mais de 150
espécies de aves observadas. Já o le-
vantamento dos mamíferos deverá
ocorrer em parceria com outras ins-
tituições de ensino e pesquisa, mas
já é de conhecimento dos pesqui-
sadores a existência de porcos do
mato, antas, veados e onça-parda.
Com isso, aponta-se uma excelente
conservação da área.
CelmiraMilléo Costa (Sumi)
O Brasil mantém uma po-
sição privilegiada no cenário
mundial: detém cerca de 12%
da água doce superficial do
planeta, enquanto regiões da
Europa, como Portugal e Espa-
nha, além de Oriente Médio e
grande parte da África, lutam
contra a escassez crônica do
produto. Mas a distribuição pelo
território brasileiro é desigual,
mal distribuída.
A Amazônia derrama no
mar 78% da água superficial do
Brasil, com um excedente hí-
drico que atrai a cobiça global.
O Sudeste fica com apenas 6%,
e tem de irrigar quase metade
da produção agrícola do País e
dar de beber a cerca da metade
dos 190 milhões de brasileiros,
além de for necer água para
mover 50% do Produto Interno
Bruto industrial. Isso coloca a
região em um patamar crítico,
com menos de 10% do volume
de água /habitante preconizado
pela ONU, ou apenas 200 metros
cúbicos por segundo/ano.
5Segunda quinzena - Junho 2010
Região da Serra Catarinense vai ter nova PCH
Lojistas catarinenses promovem campanha de reciclagem
São José do Cerrito - A Ele-
trosul vai construir mais uma
Pequena Central Hidrelétrica
em Santa Catarina. A região
escolhida é a Serra Catarinense
e vai abranger os municípios de
São José do Cerrito, Campo Belo
do Sul e Lages.
As assinaturas do contrato
com o Consórcio Energia e da
ordem serviço para início da cons-
trução da PCH João Borges, que
será construída no rio Caveiras,
aconteceu quarta-feira (dia 02/06),
no Salão Paroquial de São José do
Cerrito. O evento contou com a
participação da Diretoria da Ele-
trosul e diversas autoridades.
Com uma potência instalada
de 19MW – suficiente para abas-
tecer 44 mil residências – a obra
deve estar concluída em 2012. Du-
rante o período que durar a obra
devem ser gerados 800 empregos,
entre diretos e indiretos.
Esta é o segundo empreendi-
mento de geração que a Eletrosul
inicia em Santa Catarina após a
privatização do parque gerador
da empresa, em 1998. Com inves-
timentos total de R$ 114,6 milhões
e financiamento do banco alemão
KfW – R$ 97,3 milhões – sendo que
o restante dos recursos virá da
própria Eletrosul. O empreendi-
mento foi adquirido por meio de
chamada pública e a concessão é
por 30 anos. Na mesma época, a
Eletrosul adquiriu a PCH Barra
do Rio Chapéu - que está em cons-
trução na região Sul catarinense
–, Pinheiro e Itararé. A Eletrosul
ainda está estudando a implanta-
ção da duas últimas.
Dos benefíciosA instalação da PCH trará
benefícios para a região, con-
tribuindo para a movimentação
econômica e, consequentemen-
te, para ampliação do recolhi-
mento de impostos e tributos
locais, que voltam em forma
de benefício para a sociedade.
A obra atinge 39 propriedades
rurais, cujos proprietários já
estão sendo indenizados.
Esta PCH será uma hidrelétri-
ca a fio d’água, com um reservató-
rio de 4,05 km² e deve gerar energia
suficiente para abastecer uma
cidade de 150 mil habitantes.
A energia gerada será trans-
mitida por meio de uma linha de
transmissão de energia de 34,5kV,
com 12,3 quilômetros de extensão
e que se conectará até a Subesta-
ção coletora Itararé, que ainda
será construída. A conexão com
o Sistema Interligado Nacional
será feito por meio de secciona-
mento da linha de transmissão
que interliga as subestações
Herval d´Oeste e Vidal Ramos
Júnior, ambas de propriedade
da Celesc.
A PCH João Borges já obteve
a Licença Ambiental Provisória
(LAP) e a Licença Ambiental
de Instalação (LAI), bem como
a aprovação dos projetos e estu-
dos arqueológicos pelos órgãos
ambientais. Com a emissão da
Ordem de Serviço é dado inicio
ao projeto executivo
Lojistas catarinenses mobi-
lizam-se para conscientizar a
população sobre a correta des-
tinação do lixo, através de cam-
panha. A intenção é diminuir a
emissão de lixo e incentivar a
coleta seletiva e a reciclagem no
dia-a-dia dos catarinenses. Esta
é a nova bandeira da Federação
das CDLs de Santa Catarina
(FCDL/SC) com a campanha de
conscientização Recicla CDL -
Educação ambiental para um
futuro melhor. Promovida com
o apoio da Fundação do Meio
Ambiente (Fatma). A iniciativa
prevê além do alerta à preserva-
ção da natureza medidas para o
recolhimento e destino dos resí-
duos e produtos recicláveis.
“As 171 CDLs do estado, bem
como os lojistas associados,
estarão engajados nesta etapa
da campanha direcionada à
reciclagem de componentes ele-
trônicos, na maioria das vezes
descartados de forma indevida”,
ressalta Sergio Medeiros, presi-
dente da FCDL/SC. O dirigente
acrescenta que o exemplo virá
dos próprios empresários catari-
nenses que estarão empenhados
em reciclar também o lixo dos
seus estabelecimentos.
Nesta segunda fase da campa-
nha, iniciada em janeiro, serão ins-
talados postos de coleta pelo estado
por meio de parceria com a empre-
sa Compuciclado Reciclagem Ltda,
de Florianópolis, responsável pelo
recolhimento de computadores,
impressoras, placas eletrônicas,
processadores, estabilizadores,
celulares e baterias.
“Esta é a primeira de inúme-
ras parcerias que pretendemos
firmar para fazer da reciclagem
uma cultura entre os catarinen-
ses. A campanha será contínua e
ainda terá muitos desdobramen-
tos”, frisa Medeiros.
Para dar força à iniciativa, a
FCDL/SC investiu em ações pu-
blicitárias com a produção de ví-
deos, jingles, fôlderes, adesivos,
cartazes, entre outras estratégias
de divulgação. Interessados em
fazer parte deste movimento ou
obter mais informações podem
entrar em contato pelo e-mail
ou pelo telefone (48) 3251-5100.
6Segunda quinzena - Junho 2010
Município normatiza uso de chip em cães e gatos
Chapecó - Localizar um
cão ou gato perdido
pode se tornar mais fá-
cil se o animal possuir um chip
de identificação. O registro de
animais em Chapecó é uma das
propostas do Projeto de Lei de
“Guarda Responsável”.
A iniciativa é do vereador
I tamar Agnoleto, da ONG
Amigos dos Bichos de demais
entidades. Com o projeto apro-
vado, a criação, propriedade,
posse, guarda, uso e transpor-
te de cães e gatos terão regras
específicas. Atualmente, o
projeto de lei está no executivo
para estudo de viabilidade fi-
nanceira, uma vez que gerará
ônus para o município. Em
municípios como Lages e Flo-
rianópolis, a implantação dos
chips nos animais já é lei.
O registro de animais será
obrigatório e deve ser executado
pelos proprietários no prazo de
360 dias após a promulgação da
lei. A identificação, que ocorre
através da implantação de um
chip subcutâneo no animal, será
realizada em um órgão munici-
pal responsável pelo controle de
zoonoses ou em estabelecimen-
tos veterinários credenciados.
No momento do registro, deverá
ser apresentada carteira ou
comprovante de everminação e
vacinação. A medida pretende
coibir o abandono de animais,
maus-tratos e negligência, mas
também servirá para localizar
cães perdidos.
Período de vigência da Lei
Os animais que nascerem
a partir da vigência da lei
deverão ser registrados entre
o terceiro e quinto mês de
idade, recebendo também as
vacinas. No Registro Geral
do Animal (RGA) constarão
informações como nome, sexo,
cor, raça, data de nascimento,
nome do proprietário, RG, CPF
e endereço completo, além da
foto do animal. Também serão
informados o número e série
do chip de identificação.
O RGA ficará com o pro-
prietário, com vias do for-
mulário arquivadas no local
onde o registro foi realizado
e também no órgão municipal
responsável, alimentando um
banco de dados.
Para fazer o registro, será
cobrada uma taxa, ainda não
estipulada. Ficarão isentos do
pagamento pessoas com renda
familiar igual ou inferior a dois
salários mínimos, que deverão
realizar o registro somente no
órgão municipal responsável
pelo controle de zoonoses. Ficam
isentos também os animais ado-
tados das sociedades protetoras
dos animais, desde que devida-
mente comprovado através de
respectivo cadastro de adoção
Punição
Quem não se adequar à lei,
receberá uma Intimação para
que faça o registro no prazo
máximo de 30 dias. Em caso
de ausência do animal sem
comprovação ou óbito sem lau-
do de um veterinário a multa
aplicada será de 50UFRMs.
Vencido o prazo, o proprietá-
rio estará sujeito à multa de
três vezes o valor do registro.
Chip permitirá identificar a procedência de animais abandonados.
De acordo com a presidente
da ONG Amigos dos Bichos, Jo-
vaneBottin, diversas entidades
já discutiram a lei, entre elas,
Apache, Vigilância Sanitária e
Ambiental, Núcleo dos Veteri-
nários do Oeste e CRMV.
Segundo ela, a lei também
permitirá o controle do comér-
cio de animais, desenvolvimen-
to e incentivo de programas
de controle de populações
animais e implementação de
programas de educação para
a Guarda Responsável dos
Animais. “A lei prevê multas
e outras formas de punição
para maus-tratos, abandono,
comércio ilegal de animais
domésticos entre outras ações
importantes para a regulamen-
tação da guarda de animais
domésticos. “Acreditamos que
a Prefeitura não se isentará da
sua responsabilidade, prevista
em lei, e aprovará estas medi-
das que tem o objetivo de evi-
tar superpopulações de cães e
gatos e todos os problemas que
isso acarreta para os animais e
para a sociedade.”, ressalta.
Saiba mais
Entre as propostas que com-
põem a lei, também constam:
- Os proprietários de ani-
mais deverão mantê-los afas-
tados de portões, campainhas,
medidores de luz e água e
caixas de correspondência,
a fim de que funcionários
das empresas prestadoras
desses serviços possam ter
acesso sem sofrer ameaça ou
agressão real por parte dos
animais, protegendo ainda os
transeuntes.
- Não serão per mitidos,
em residência particular, a
criação, o alojamento e a ma-
nutenção de mais de 10 (dez)
cães ou gatos, no total, com
idade superior a 90 (noventas)
dias.
- Em estabelecimentos de
manipulação e comercializa-
ção de alimentos fica proibida
a entrada de animais obedeci-
das as leis e normas de higiene
e saúde. Os cães guias para
deficientes visuais devem ter
livre acesso a qualquer esta-
belecimento, bem como aos
meios de transporte público
coletivo.
- O comércio de animais
domésticos ficará regido por
normas e cada estabelecimen-
to deverá estar adequado às
normas de bem-estar animal,
legislação sanitária e fiscal
vigentes.
Segunda quinzena - Junho 20107
Está disponível a versão
online da Lista de Espécies da
Flora do Brasil. Trata-se do
maior compilado sobre o tema
já realizado no País. O trabalho
é fruto de um acordo assumido
pelo Brasil na Convenção sobre
a Diversidade Biológica (CDB).
Dentre os compromissos firma-
dos está a execução da Estraté-
gia Global para a Conservação
de Plantas (GSPC). A elabora-
ção de uma “lista funcional am-
plamente acessível das espécies
conhecidas de plantas de cada
país, como um passo para a ela-
boração de uma lista completa
da flora mundial” é a primeira
das 16 metas estabelecidas.
A lista exibe 41,1 mil espécies
da flora brasileira, sendo 3,6 mil
de Fungos, 3,5 mil de Algas, 1,5
mil de Briófitas, 1,7 mil de Pte-
ridófitas, 23 de Gimnospermas
Concluída a lista de espécies da flora do Brasil
Universidade promove 2º Trote AmbientalA Unoesc Chapecó promoveu
no domingo, dia 13, a 2ª edição
do Trote Ambiental, com a parti-
cipação dos calouros. O objetivo
é despertar cuidados básicos e
a consciência para preservação
ambiental, além de possibilitar um
trote responsável e que promova
a integração entre os estudantes,
familiares, professores e funcio-
nários da Unoesc. Participaram da
atividade os estudantes beneficia-
dos pela Lei Jorginho Mello, que
ingressaram no ensino superior
no mês de maio deste ano. A pro-
gramação do encontro educativo
contou com palestra abordando
a consciência ambiental, passeio
“orientado”, coleta de lixo, e plan-
tio de mudas de árvores. A Unoesc
presenteou os acadêmico com
camiseta do seu curso e certifica-
do de quatro horas de atividades
complementares. A participação
esteve aberta para familiares ami-
gos dos alunos, professores e para
o corpo técnico administrativo da
Unoesc.
Na primeira edição, que ocor-
reu no mês de março, foram reti-
rados da mata 20 metros cúbicos
de lixo, pesando cinco toneladas,
através de uma força-tarefa for-
mada por 180 acadêmicos, todos
calouros dos cursos oferecidos
pela instituição. Além disso, foram
plantadas 200 mudas nativas no en-
torno do espaço de preservação de
manancial da Unoesc Chapecó.
e 31,2 mil de Angiospermas.
Apesar da imensa diversidade
florística do País, a única com-
pilação desse porte datava do
período entre 1846 e 1906, quando
vonMartius, Eichler&Urban edi-
taram a Flora brasiliensis, com
22,7 mil espécies.
Os trabalhos para elaboração
da lista tiveram início em setem-
bro de 2008. A equipe responsável
pelo trabalho envolveu aproxi-
madamente 400 taxonomistas
brasileiros e estrangeiros. Os ta-
xonomistas trabalharam em uma
base de dados única. A intenção
dos organizadores é que a lista
seja dinâmica e atualizada perio-
dicamente para incluir novas es-
pécies e mudanças taxonômicas
ao longo do tempo.
O Instituto de Pesquisas
Jardim Botânico do Rio de Ja-
neiro (JBRJ) foi designado pelo
Ministério do Meio Ambiente
para coordenar, por intermédio
do Centro Nacional de Conser-
vação da Flora (CNCFlora), o
trabalho de elaboração da Lista,
que está disponível em: http://
floradobrasil.jbrj.gov.br/2010/.
Por Secom Governo Brasileiro
Centro de Educação Ambiental fortalece atividadesLages – Depois de um longo
período com poucas atividades
envolvendo as escolas e a comu-
nidade, o Centro de Educação
Ambiental Ida Schmitd, loca-
lizado no Parque Jonas Ramos
(Tanque) no Centro da cidade
de Lages, voltou a mexer com
o público externo. Conforme o
biólogo responsável, Fernando
Marcelino, a retomada dos tra-
balhos iniciou no último dia 7
de junho durante a Semana do
Meio Ambiente e da Ecologia.
Até agora mais de 450 crianças
passaram pelo local. “Nós não
esperávamos tanta gente. Tanto
que decidimos prorrogar o tem-
po de visitas até o dia próximo
dia 25”, ressaltou Fernando.
Nestes dias de atendimento
os estudantes e o público visi-
tante participaram de palestras
ambientais e tiveram oportuni-
dade de participar de oficinas
de reciclagem, e ainda contem-
plaram exposições de animais
taxidermizados (empalhados)
e no laboratório, inúmeras
outras espécies conservadas
em formol. “Nosso trabalho
não vai mais parar. Assim que
terminar essa primeira etapa,
vamos trabalhar o tema da bio-
diversidade/florestas, bastando
apenas que as escolas agendem
antecipadamente”, assinala o
biólogo.
Segunda quinzena - Junho 20108
Produção economicamente sustentável a partir da agroecologiaO conceito de agroecologia
quer sistematizar todos os esfor-
ços em produzir uma proposta
de agricultura abrangente, que
seja socialmente justa, economi-
camente viável e ecologicamente
sustentável; um modelo que seja o
embrião de um novo jeito de rela-
cionamento com a natureza, onde
se protege a vida toda e toda a vida.
Nesta visão se estabelece uma ética
ecológica que implica no abandono
de uma moral utilitarista e indivi-
dualista e que postula a aceitação
do princípio do destino universal
dos bens da criação e a promoção
da justiça e da solidariedade como
valores indispensáveis.
Na agroecologia a agricultu-
ra é vista como um sistema vivo
e complexo, inserida na natureza
rica em diversidade, vários tipos
de plantas, animais, microor-
ganismos, minerais e infinitas
formas de relação entre estes e
outros habitantes do planeta Ter-
ra. Não podemos esquecer que a
agroecologia engloba modernas
ramificações e especializações,
como: agricultura biodinâmica,
agricultura ecológica, agricultu-
ra natural, agricultura orgânica,
os sistemas agro-florestais, per-
macultura, etc.
É importante saber os vários
conceitos do termo agroecologia,
a partir de vários estudiosos, não
significa que você está pronto
para adotar as práticas agroe-
cológicas. Fazer agroecologia é
apenas uma fase posterior ao pro-
cesso Sentir Agroecologia e Viver
Agroecologia no coração, com-
preender a vida a partir de um
organismo vivo, seja ele planta,
animal ou próprio ser humano.
Apreender as relações conjuntas
e apreender que o planeta terra
não é o lugar do qual vivemos, e
sim, no qual vivemos.
Bom Retiro - A Associação de
Apicultores de Bom Retiro (Api-
bom), acaba de receber novos
equipamentos para a produção
de mel, adquiridos através de
um termo de cessão entre Epa-
gri e Prefeitura de Bom Retiro.
Cerca de 40 produtores de mel
que integram a Apibom, esti-
veram no ato que contou ainda
com as presenças do deputado
estadual Elizeu Mattos (PMDB),
do prefeito José Antônio de Melo
(PP) e secretários municipais, do
presidente da Federação de Api-
cultores de Santa Catarina, Né-
sio Fernandes, do presidente da
Apibom, Paulo César da Rocha e
de representantes da Epagri.
O parlamentar, responsável
por intermediar junto à Epagri,
o repasse de um cilindro alveo-
lador de cera e um derretedor de
cera à associação, destacou a luta
dos apicultores para se mante-
rem no mercado interno, devido
ao pouco incentivo ainda dado a
apicultura. Já o vice-presidente
da Apibom, Francisco Coelho
Melo, disse que90% da colheita
do mel é exportada para a Ale-
manha e que a previsão é atingir
até o final da safra 2009/2010, cer-
ca de 350 toneladas. Ele lembrou
que a qualidade do produto pro-
duzido em Bom Retiro, tornou
o município conhecido como a
Capital Catarinense do Mel e
que esse título só foi conquistado
graças ao trabalho incansável de
famílias inteiras que sobrevivem
dessacultura.
Texto e foto Carla Reche
Reforço de novos equipamentos para produção de mel
Lages - A Secretaria da
Educação do Município de
Lages (SEML) promoveu na
quinta-feira, dia 10 de junho, o
Seminário Boas Práticas com
relação ao Meio Ambiente. O
evento foi realizado no audi-
tório da Acil. Participaram do
seminário professores, orien-
tadores e gestores da rede de
ensino municipal, além de
estudantes do curso de Biolo-
gia da Uniplac e comunidade
em geral.
O Seminário foi realizado
em parceria da secretaria mu-
nicipal do Meio Ambiente e
Semasa. O evento contou com
o apoio da Polícia Ambiental,
representada pelo policial
Agustini; do Ministério Públi-
co, representado pelo promotor
Lio Marin e de empresas que
trabalham com a reciclagem de
materiais. Cada representante
teve 15 minutos para explana-
ções sobre os temas envolvidos
pelo órgão ou entidade que
representavam.
Segundo a Secretária da
educação, Sirlei Rodrigues, o
objetivo do evento é o de dar vi-
sibilidade para as boas práticas
já desenvolvidas pelas empresas
e discutir maneiras de orientar
e conscientizar a comunidade
para os problemas ambientais.
“As nossas ações fazem com que
os recursos naturais se esgotem
cada vez mais, colocando em
risco o futuro do planeta. Pre-
cisamos pensar e agir articula-
damente para conscientizar as
pessoas e resolver as questões
ambientais”.
Texto: Ascom PML
Foto Toninho Vieira
Encontro com apicultores aconteceu na Associação do Banco do Brasil
Secretaria de Educação promove seminário do Meio Ambiente
Segunda quinzena - Junho 20109
Segunda quinzena - Junho 201010
Parlamentar pede atenção do STF para questão quilombola, indígena e ambiental
Brasília – O deputado federal
Valdir Colatto (PMDB/SC) em
reunião, na quinta-feira (10/06),
com o ministro do Supremo Tri-
bunal Federal (STF), Marco Au-
rélio Mello, pediu que a suprema
corte intensificasse as atenções
para a questão fundiária brasi-
leira, principalmente, relacio-
nada às desapropriações para
demarcação de terras quilombo-
las, indígenas e ambientais.
O parlamentar catarinense
reiterou o pedido de análise
da Ação Direta de Inconstitu-
cionalidade (ADI) nº3239, que
julga inconstitucional o decreto
presidencial 4887/2003, “que re-
gulamenta o procedimento para
identificação, reconhecimento,
delimitação, demarcação e titu-
lação das terras ocupadas por
remanescentes das comunidades
dos quilombos de que trata o art.
68 do Ato das Disposições Consti-
tucionais Transitórias”.
“Existem vários instrumen-
tos normativos para regularizar
as demarcações de terra no
Brasil, mas não há controle. É
preciso fazer um planejamento
territorial mais concreto e jus-
to, que divida claramente quais
áreas serão destinadas para
ocupação indígena e quilombola
e ambiental”, ressaltou o parla-
mentar.
Colatto observou ainda que,
no país, existem 86 milhões de
hectares de áreas para a reforma
agrária. “Até hoje essas áreas
não foram tituladas e nem foram
entregues aos seus verdadeiros
donos, que são os agricultores
assentados. Agora são áreas im-
produtivas, que não produzem
sua subsistência”, ressaltou o
parlamentar. Colatto lembrou
ainda do estudo do IBOPE em
que revelou que 73% das famílias
assentadas dependem de bolsa
família por não terem auto-sus-
tento com o que produzem.
Uma outra realidade apre-
sentada pelo deputado Valdir
Colatto é que o principal critério
utilizado para demarcação de
terras indígenas e quilombolas
é a auto-declaração. “Em Santa
Catarina, em Invernada dos
Negros, 36 famílias se intitulam
como remanescentes de quilom-
bo, eles próprios fazem a indica-
ção das terras e querem ocupar
por oito mil hectares de terra do
Estado, expulsando os agricul-
tores, que são os seus vizinhos”,
explicou o parlamentar sobre a
atual situação das desapropria-
ções no estado catarinense.
A área, de oito mil hectares,
abrange os municípios de Cam-
pos Novos e Abdon Batista, na
região meio oeste catarinense.
Atualmente, uma fábrica de
celulose com mil empregados,
cerca de 80 pequenas proprie-
dades rurais, além de estradas
e agroindústrias estão inseri-
das na área pretendida pelos
quilombolas. “A demarcação
vai alterar profundamente a
produção de alimentos e de
celulose em Santa Catarina”,
alertou Colatto.
O deputado federal Valdir
Colatto é autor do Projeto de
Decreto Legislativo 44/2007,
que susta o decreto presidencial
nº 4.887, de 2003 – que regula-
menta os procedimentos para
identificação, reconhecimento,
delimitação, demarcação e titu-
lação das terras ocupadas por
remanescentes das comunida-
des quilombolas – e do Projeto
de Lei 5887/2009 que “submete
ao Congresso Nacional as de-
sapropriações por interesse
social, para fins de reforma
agrária, de imóveis rurais”.
Ainda relacionado à Santa
Catarina, Colatto cobrou a
posição do ministro quanto à
ADI 4252, a qual julga incons-
titucional o Código Ambiental
Catarinense, lei 14.675 devido
a alguns artigos que tratam de
definições relativas inclusive à
reserva legal.
Mudanças na inseminação artificial de bovinos reduzem custos Chapecó –Mudanças no
sistema operacional do Proje-
to de Inseminação Artificial
de Bovinos no município de
Chapecó prometem facilitar o
acesso dos produtores, oferecer
mais qualidade ao serviço e
incremento de renda familiar.
Depois de análise criteriosa no
processo de fertilização ofere-
cido, a Secretaria de Agricul-
tura e Serviços Rurais inicia
um novo trabalho, que vêm a
atender as necessidades dos
produtores.
Com a proposta de encon-
trar alternativas mais eficazes
para o sistema, a Secretaria
buscou experiências exitosas
em outros municípios e procu-
rou adequar os projetos à rea-
lidade de Chapecó. A principal
mudança está na forma de dispo-
nibilizar a inseminação. Antes,
o Poder Público dispunha de 15
botijões com sêmen que eram
deslocados até as propriedades
na medida em que os produtores
faziam o pedido. Agora, serão
apenas dois técnicos com um
botijão cada, mas que estarão à
disposição em qualquer hora do
dia. Cada um fará o trabalho em
uma região da cidade, na ala sul
e na ala norte. O deslocamento
será através de moto e o técnico
levará apenas a quantidade de
sêmen necessária, dependendo
do número de animais a serem
fertilizados.
De acordo com o Secretário
Mauro Zandavalli esta forma
apresenta melhor qualidade
e é mais ágil e econômica,
tanto para o produtor como
para a Administração. Com a
mudança do serviço, haverá
redução de 50% nos gastos por
parte da Administração.. Para
o produtor também há benefí-
cios. Antes o valor pago pela
inseminação por animal ficava
em torno de R$ 25,00. Agora, o
preço reduziu para R$ 15,00, ou
seja, um decréscimo de cerca
de 40%.
Outra meta a ser alcança-
da com as modificações é em
relação ao número de insemi-
nações. Com o modelo atual,
eram realizadas em média 250
fertilizações mensais. Com o
novo sistema, espera-se elevar
esse índice para no mínimo
1.500 aplicações por mês.
Segunda quinzena - Junho 201011
VisãoSustentável
Seguindo o conceito de respeito ao meio ambiente adotado
pela Honda globalmente, a partir deste mês, todos os manu-
ais de motocicletas da marca passam a ser produzidos com
papel proveniente do manejo ecologicamente adequado, trazendo
o selo florestal “FSC”, certificação do Conselho Brasileiro de Ma-
nejo Florestal. Além disso, a impressão passa a ser realizada com
tinta a base de soja, que contém quantidades variáveis de óleo de
soja em substituição aos óleos de petróleo. O óleo de soja é atóxico
sendo inclusive utilizado em cozinha e o processo de impressão é
reconhecido internacionalmente por sua contribuição ambiental
com o selo “SoyInk”.
O Grupo Amazonas, conceituado na fabricação de com-
ponentes para calçados, desenvolveu em 1992 sua linha
de adesivos Base Água com o objetivo de eliminar dos
processos de colagens os Compostos Orgânicos Voláteis, também
conhecidos como “VOC”, grandes causadores de problemas sócio-
ambientais, ou seja, agridem o meio ambiente e contribuem para
a instabilidade no sistema nervoso central dos indivíduos em caso
de inalação. Após este período, a empresa deu continuidade
a pesquisas para a criação de novos produtos que contribuam
ainda mais com a natureza e o ser humano.
A Ericsson vislumbra um futuro em que as telecomuni-
cações formem a base para a infraestrutura do acesso
à informação no século 21. Nossa tecnologia deve ter a
capacidade de criar um planeta mais sustentável, transforman-
do indústrias e capacitando pessoas no mundo inteiro. Para a
Ericsson, a sustentabilidade é baseada em três pilares: justiça
social, prosperidade econômica e desempenho ambiental em
longo prazo. O relatório intitulado “Você vê o que nós vemos?”,
detalha o compromisso da Ericsson com desempenho ambiental,
prosperidade econômica e justiça social durante 2009. O docu-
mento descreve como nossa tecnologia pode ter a capacidade de
criar um planeta mais sustentável, transformando indústrias e
capacitando pessoas mundialmente.
Desde agosto
do ano passa-
do, crianças
do ensino fundamen-
tal da rede municipal
de São Paulo partici-
pam do Movimento
Respirar, projeto de
educação ambiental
da Controlar, empresa responsável pela inspeção veicular na
capital paulista. O tema do projeto neste semestre, “Os Quatro
Elementos”, está propiciando aos alunos a chance de conhecer
um pouco mais sobre a importância de preservar a Natureza,
em palestras e atividades educativas e recreativas, conduzidas
por Paulo Dutra, da ONG Mata Nativa.
Empresas transformam lixo em artigos de luxo
Aprovada versão final do padrão para a Soja Responsável
São Paulo – Há muito se ouve
sobre a necessidade de conscienti-
zar as pessoas e as empresas para
o pedido de socorro que emerge da
natureza. Hoje, o conceito de reci-
clagem não se limita mais à simples
separação de lixo. Em vez disso, uma
nova visão empreendedora toma
conta das discussões produtivas e
sustentáveis, além do processo que
o mundo se encontra de reeducação
ambiental. A renovação nos concei-
tos de lucratividade e o desempenho
consciente têm andado em paralelo
e fazem parte de discursos político e
da abordagem da mídia em geral.
Como forma de regulamentar
e incentivar as empresas, alguns
órgãos em defesa do meio ambiente
desenvolveram listas como o Gui-
detoGreenerElectronics (Guia dos
Eletrônicos Verdes), do Greenpeace.
Para tanto, companhias mundo
afora têm lutado para garantir seu
espaço de notoriedade e participam
de uma “saudável” disputa para
serem os melhores negócios eco-
logicamente corretos, sem perder
o padrão de qualidade e aceitação
no mercado. Dentre os requisitos
para uma empresa ganhar espaço
neste cenário estão a capacidade de
“limpar” os seus produtos, ou seja,
produzi-los sem utilizar materiais
químicos nocivos à saúde; reutilizar
e reciclar; além de reduzir o impacto
ambiental na produção e logística.
Dentro deste contexto, empreen-
dimentos brasileiros despontam
como inovadores e referências na
produção sustentável.
Outra possibilidade encontrada
pela Lepri é a de criar peças de cerâ-
micas que são idênticas à madeira.
Para isso, esses produtos são criados
a partir da reciclagem de lâmpadas
fluorescentes. Vale ressaltar que,
se não for retirado da natureza,o
mercúrio metálico desse material
contaminaria o solo e o vidro dessas
lâmpadas demoraria 200 anos para
se decompor. Desta forma, é possível
compreender a importância da res-
ponsabilidade socioambiental por
parte das empresas.
São Paulo - A partir de 2011 o
mundo poderá consumir soja res-
ponsável. Essa possibilidade se torna
real graças à aprovação do Padrão
RTRS de Soja Responsável, ocorrida
na quinta-feira (10), em São Paulo.
Após o término da V Conferência
Internacional da Soja Responsável,
membros da RTRS (RoundTableon-
ResponsibleSoyAssociation) – produ-
tores e representantes da indústria
e sociedade civil - se reuniram em
Assembleia Geral para votar a ver-
são final da Carta de Princípios e
Critérios da Soja Responsável. Esta
versão é resultado de um trabalho
desenvolvido desde 2007 pelo Grupo
de Desenvolvimento e Grupo Técnico
Internacional da RTRS..
O documento apresenta as di-
retrizes que norteiam a produção
responsável da soja, a partir de um
desenvolvimento sustentável. Con-
formidade legal e boas práticas de
negócio, condições de trabalho res-
ponsável, relação responsável com
as comunidades, responsabilidade
ambiental e boas práticas agrícolas,
são os requisitos básicos do docu-
mento a serem cumpridos para a
certificação.
Esse novo padrão será agora lan-
çado no mercado, para os produtores
interessados em obter a certificação.
De acordo com a RTRS, já na próxima
safra, os produtores que aderirem
às novas diretrizes já colherão soja
responsável.
Os últimos painéis do encontro
apresentaram exemplos de inicia-
tivas em prol da conservação am-
biental e pela discussão de diretrizes
capazes de promover o conceito de
governança sustentável.Outro mo-
mento importante da conferência
foi a discussão em torno do biocom-
bustível à base de soja. A criação de
pagamentos por serviços ambientais
também despontou como um grande
tema na pauta sobre responsabilida-
de socioambiental.
Segunda quinzena - Junho 201012
Operação Bico Solto apreende 212 aves em SCTimbó - Com apoio da Polícia
Federal e da Polícia Militar Am-
biental, o Ibama estourou um gran-
de criadouro de pássaros ilegais na
região do Alto Vale de Santa Catari-
na, durante a Operação Bico Solto
na semana que passou. Os fiscais
apreenderam 54 aves relacionadas
em listas de extinção, sem origem
legal, com documentação irregu-
lar, mantidas em local inadequado,
entre outras ilicitudes. Lá, foram
encontrados araras, pica-paus,
papagaios e tucanos-tocos, de bico
verde e de bico preto, além de tiri-
vas e araçaris.
O proprietário foi preso em
flagrante pela Polícia Federal, teve
todas as aves recolhidas pelo Iba-
ma e pagará multa de R$ 216 mil.
Os animais eram vendidos pela
internet, em site não registrado e
sem autorização do Ibama.
Na sequência, o Ibama embar-
gou o maior criadouro comercial
de aves silvestres da região. O
criadouro tinha licença do órgão
ambiental federal para operar, mas
estava trabalhando de forma ilegal.
A coordenadora da Operação Bico
Solto, a analista ambiental Gabrie-
la Breda, revelou que se constatou
uma gama de irregularidades co-
metidas pelo proprietário por meio
da averiguação da documentação e
visitas de rotina.
“A partir da nossa última vi-
sita, ele foi oficiado de que não
poderia vender nenhum animal
de seu plantel ou comprar outros
animais até que o Ibama decidisse
sua situação, já que havia muitas
irregularidades em seu criadouro.
Mas, quando lá chegamos para fa-
zer o embargo do estabelecimento
e o recolhimento dos animais,
muitos já haviam sido vendidos,
inclusive espécimes de origem
ilegal”, disse.
Numa vistoria completa, o
Ibama descobriu que o criadouro
apresentava informações e relató-
rios falsos, fornecia dados frauda-
dos, tinha em cativeiro 89 aves sem
procedência legal e comercializou
69 aves silvestres sem procedên-
cia legal. Grande quantidade de
araras, tucanos, trinca-ferros,
papagaios e pica-paus foram en-
contrados sem origem legal, com
anilhas adulteradas e alguns mu-
tilados. Com o auxílio da Polícia
Militar Ambiental, todos foram
recolhidos.
A destinação desses animais
será zoológicos e criadouros cre-
denciados pelo Ibama, na região
do Alto Vale de Santa Catarina
e de Florianópolis. O Ibama
lavrou quatro autos de infração,
resultando um total de R$ 892 mil
em multas e o responsável pelo
criadouro comercial ainda terá
de responder na Justiça Federal
pelos atos ilícitos cometidos.
A analista Gabriela Breda
alerta as pessoas para não com-
prarem animais silvestres sem
procedência, pois isso é crime.
“Muitas vezes, as pessoas não
sabem que estão cometendo um
crime ambiental ao comprar
animais silvestres sem proce-
dência, ficam encantadas com a
beleza dos bichos e se esquecem
de pedir a Nota Fiscal, por exem-
plo. É importante que exigir a
documentação de procedência e
consultar o Ibama para saber se
o criadouro é credenciado pelo
órgão. Ter em cativeiro animais
silvestres sem procedência é
crime”, insiste.
Badaró Ferrari - AscomIbama/SC
Foz do Iguaçu (PR) - O Refúgio
Biológico Bela Vista ganhou novos
habitantes recentemente: são dois fi-
lhotes de harpia, nascidos em 23 e 29
de maio. Como sempre, os pequeni-
nos foram recebidos com muita festa
e mimos pela equipe. E não é para
menos: as harpias (nome científico
Harpia harpyja) são aves muito
raras, e tem havido um esforço por
parte de diferentes instituições para
ampliar sua população. Cada filhote
que nasce é uma nova chance de
sobrevivência para a espécie.
Com a chegada dos filhotes, o
Refúgio conta agora com seis harpias:
duas aves adultas, dois dos filhotes que
nasceram no ano passado – um macho
e uma fêmea – e os recém-chegados. É
o maior plantel da região Sul e um dos
maiores do País. “Aos poucos, vamos
aperfeiçoando os cuidados com os ani-
mais. Usamos um protocolo criado por
uma bióloga panamenha, mas fazemos
as adaptações que percebemos necessá-
rias, pois cada ave tem um caráter pró-
prio. A chance de sobrevivência deles é
cada vez maior, pois já aprendemos com
muitos erros e acertos”, conta o biólogo
Marcos de Oliveira.
Os dois filhotes dividem uma in-
cubadora que mantém a temperatura
constante em 36,6°C. Cinco vezes ao
dia, o biólogo Marcos José Oliveira os
alimenta, sempre tomando o cuidado
de ficar em total silêncio e ligar um
aparelho de MP3 com sons gravados
na natureza de piados de filhotes e
vozes de adultos de harpia. “Isso é
importante para que os filhotes não
relacionem a alimentação aos sons e
imagens humanos”, explica Marcos.
Fertilidade no Refúgio: nascem dois bebês-harpias
Com paciência e delicadeza, Marcos alimenta os filhotinhos no mais absoluto silêncio. Apenas o som gravado das harpias ecoa pela sala - e os pios dos pequeninos.