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jornal Diretora HÁLIA COSTA SANTOS - Editora JOANA MARGARIDA CARVALHO - MENSAL - Nº 5501 - ANO 112 - DISTRIBUIÇÃO GRATUITA abrantes de NOVEMBRO 2012 · Tel. 241 360 170 · Fax 241 360 179 · Av. General Humberto Delgado - Ed. Mira Rio · Apartado 65 · 2204-909 Abrantes · [email protected] GRATUITO Baja Portalegre está de volta A prova rainha do todo o terreno está de regresso em novembro. São alguns os pilotos da região que vão marcar presença nesta prova de referência no país. página 6 DESPORTO Saúde oral é uma preocupação na região O ACES do Zêzere está a desenvolver sessões sobre saúde oral nos complexos escolares e nas IPSS. O JA acompanhou uma iniciativa e perce- beu que a adesão das crianças é notória. página 4 Hotel Turismo de Abrantes ganha nova vida O administrador do Hotel explica como é que esta unidade se prepara para ter uma nova vida. Prático, por um lado, com charme, por outro, o Hotel já abriu começou a servir almoços para abrir as portas ao público. página 03 SAÚDE ENTREVISTA páginas 11 a 14 O Médio Tejo está cada vez mais a ganhar expressão nos produtos regionais. São algumas as empresas, autarquias e entidades que se dedicam à promoção destas iguarias. Neste número pode ficar a conhecê-las. Rui André O bom sabor da vida! Vá de Férias! Encosta da Barata - Bloco F - ABRANTES tel.: 241 372 822 | [email protected] *Consulte, na loja, os detalhes desta campanha/oferta. Faça compras no Robalo & Filho e aproveite a campanha especial de OFERTA de uma semana de férias no Algarve* ELECTRODOMÉSTICOS

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jornalDiretora HÁLIA COSTA SANTOS - Editora JOANA MARGARIDA CARVALHO - MENSAL - Nº 5501 - ANO 112 - DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

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NOVEMBRO 2012 · Tel. 241 360 170 · Fax 241 360 179 · Av. General Humberto Delgado - Ed. Mira Rio · Apartado 65 · 2204-909 Abrantes · [email protected]

Baja Portalegre está de volta A prova rainha do todo o terreno está de regresso em novembro. São alguns os pilotos da região que vão marcar presença nesta prova de referência no país.

página 6

DESPORTOSaúde oral é uma preocupação na regiãoO ACES do Zêzere está a desenvolver sessões sobre saúde oral nos complexos escolares e nas IPSS. O JA acompanhou uma iniciativa e perce-beu que a adesão das crianças é notória.

página 4

Hotel Turismo de Abrantesganha nova vidaO administrador do Hotel explica como é que esta unidade se prepara para ter uma nova vida. Prático, por um lado, com charme, por outro, o Hotel já abriu começou a servir almoços para abrir as portas ao público. página 03

SAÚDEENTREVISTA

páginas 11 a 14

O Médio Tejo está cada vez mais a ganhar expressão nos produtos regionais. São algumas as empresas, autarquias e entidades que se dedicam à promoção destas iguarias. Neste número pode ficar a conhecê-las.

Rui

And

O bom sabor da vida!

Vá de Férias! Encosta da Barata - Bloco F - ABRANTEStel.: 241 372 822 | [email protected]*Consulte, na loja, os detalhes desta campanha/oferta.

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2 NOVEMBRO 2012ABERTURA

FICHA TÉCNICA

DiretoraHália Costa Santos

(TE-865)[email protected]

EditoraJoana Margarida Carvalho

(CP.9319)[email protected]

Sede: Av. General Humberto Delgado – Edf. Mira Rio,

Apartado 652204-909 Abrantes

Tel: 241 360 170 Fax: 241 360 179

E-mail: [email protected]

RedaçãoRicardo Alves

(TP.1499)[email protected]

Alves JanaAndré Lopes

Paulo Delgado

PublicidadeMiguel Ângelo

962 108 785 [email protected]

Ramiro Farrolastel: 962 108 766

[email protected]

SecretariadoIsabel Colaço

Design gráfico António Vieira

Produção gráficaSemanário REGIÃO DE LEIRIA

ImpressãoGrafedisport, S.A.

Editora e proprietáriaMedia On

Av. General Humberto Delgado Edf. Mira Rio, Apartado 65

2204-909 Abrantes

GERÊNCIAFrancisco Santos,

Ângela Gil

Departamento FinanceiroÂngela Gil (Direção) Catarina Branquinho, Gabriela Alves

[email protected]

Sistemas InformaçãoHugo Monteiro

[email protected]

Tiragem 15.000 exemplaresDistribuição gratuitaDep. Legal 219397/04

Nº Registo no ICS: 124617Nº Contribuinte: 505 500 094

Sócios com mais de 10% de capital

Sojormedia

jornal abrantesde

Em que “gorduras” está a cortar no seu orçamento?

Marco Pinto Abrantes

Face a tudo o que nos está a acon-tecer, é mesmo impossível fazer al-gumas coisas, pelo menos tão à vontade com há uns anos atrás. Eu cortei muito nas saídas à noite, ab-diquei da tv cabo e vou para o tra-balho “a meias” com outros colegas, para poupar no combustível. Para-lelamente à minha atividade pro-fi ssional, arranjei um part-time que veio ajudar ao equilíbrio do meu or-çamento.

O exercício do dever cívico

FOTO DO MÊS EDITORIAL

INQUÉRITO

Mudam coisas nos hospitais e mu-dam coisas nas freguesias, mas tam-bém mudam coisas nos tribunais. É certo que a maioria de nós não recorre aos tribunais como recorre aos servi-ços de saúde. Mas quando temos que recorrer aos serviços da Justiça sabe-mos que são processos que parecem não ter fi m, com atrasos e adiamentos.

Para agravar a já complicada situação, a curto prazo parece que vamos ter que acrescentar os quilómetros. Se o docu-mento que tem já a forma de proposta de lei se vier a concretizar, os cidadãos de todas as zonas menos centrais terão que se preparar para passar horas nas estradas, gastando combustível e pa-gando portagens, sempre que tiverem um processo em tribunal. E se não tive-rem carro próprio, a situação é ainda pior.

O estranho é que, numa assembleia de cidadãos marcada para discutir este as-sunto, poucos cidadãos – apenas nessa condição – tenham comparecido. Apare-ceram os advogados, os funcionários do tribunal de Abrantes, autarcas e outros políticos, pessoas com ligações profi s-sionais diretas ou indiretas às questões de justiça e um pequeno conjunto de outras pessoas, simplesmente no exer-cício do seu dever cívico: estar infor-mado e participar em momentos que podem ser decisivos para o futuro.

Por muito que o FMI diga que ainda vamos sofrer mais, pelo menos devía-mos deixar claro o nosso protesto por perder serviços que, pelos dados apre-sentados, são mais efi cientes do que muito outros e que fi cam ao pé da nossa porta, sendo este um direito adqui-rido do qual não devíamos abdicar.HÁLIA COSTA SANTOS

Margarida BernardoTramagal

Tenho de facto feito muito para orientar o orçamento familiar, por-que não há outro remédio. Estamos a ser destruídos. Eu tinha uma pe-quena loja de roupa que tive que fechar, e fui fazer limpezas. Com 56 anos não é fácil, mas trabalhar não me assusta. Lá em casa, sempre adorámos comer manga, mas atual-mente temos que substituir por pêra. São exemplos do que se pode fazer para poupar uns tostões.

Telma Fernandes Malpique

É preciso fazer um grande esforço para reinventar as formas de man-ter o dinheiro na carteira. Deixei de fumar. Deixei de ir jantar fora. Tomo sempre o pequeno-almoço, almoço e jantar em casa. Se sair à noite tomo uma bebida ou duas, em vez de quatro ou cinco. Tenho que fa-zer cerca de 60 quilómetros por dia para trabalhar. Com as poupanças que faço no resto invisto no com-bustível.

Mesmo ao lado da Junta de Freguesia de São Vicente, no centro histórico de Abrantes, deparamo-nos com esta selva feia e inadequada a uma cidade.

UMA POVOAÇÃO Sempre Castelo BrancoUM CAFÉ Infelizmente, porque fe-chou, a antiga Rosel bem no centro de Castelo Branco.PRATO PREFERIDO Isso agora…. são tantos e tão difíceis de esco-lher.UM RECANTO PARA DESCOBRIR Planalto de Santo António, bem no centro da Serra de Estrela. UM DISCO Nunca me irei esquecer do Hybrid Theory dos Linkin Park. Fabuloso e apanhou-me na idade

certa para o ouvir.UM DISCO Doce Novembro, por-que a vida continua…..UMA VIAGEM Ao Vaticano. Tantos e tantos tesouros, todos no mesmo sítio.UMA FIGURA DA HISTÓRIA D. Nuno Álvares Pereira. Um exemplo de patriotismo, coragem e humil-dade, valores que bem precisamos.UM MOMENTO MARCANTE O nascimento da Leonor. É tão bom ser pai e ter um relógio vivo que nos lembra que o tempo, efetivamente,

passa.UM PROVÉRBIO“Vive e deixa vi-ver” e “Com pequenos gestos se atingem grandes alegrias”.UM SONHO Ser feliz ao pé da mi-nha família. Porque as coisas sim-ples são as mais difíceis de obter.

UMA PROPOSTA PARA UM DIA DIFERENTE NA REGIÃO Incluir, em qualquer roteiro pelo concelho, a passagem pela Biblioteca Munici-pal António Botto. Um recanto de sonhos.

SUGESTÕES

Luís Filipe Santos

IDADE 32 anosRESIDÊNCIA Castelo Branco PROFISSÃO Bibliotecário na Biblioteca António Botto, em Abrantes

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3NOVEMBRO 2012 ENTREVISTA

RICARDO ALVES

Carlos Marques é administrador do Hotel Turismo de Abrantes há cerca de quatro meses. Referência para a cidade, o hotel foi marcando o seu lugar ao longo dos seus 55 anos de existência. Marques quer dar nova imagem ao hotel, honrando a sua história e tradições, dar-lhe outra dinâmica. É nesse sentido, diz, que se prepara para apresentar o pro-jeto de ampliação do equipamento hoteleiro. O terreno das antigas Pis-cinas Municipais, contíguo ao Hotel Turismo de Abrantes, foi alienado à empresa gestora e com as obras finalizadas dotará a unidade com mais 69 quartos.

Qual é o balanço que faz destes primeiros quatro meses à frente do hotel?

O balanço é positivo. Até agora não tenho dúvida nenhuma de que foi uma decisão bem tomada, uma boa aposta. Abrantes precisa que o hotel esteja dinâmico, o que não acontecia: estava completamente obsoleto, parado no tempo. Nos últimos quatro meses nós temos dado um certo incentivo e o resul-tado é uma dinâmica completa-mente diferente.

Qual é a sua ideia para o Hotel Turismo, tendo em conta que é um hotel com grande tradição na história abrantina?

Quando fi z a aquisição das quotas da sociedade, a ideia que tínhamos - os sócios eram de um grupo de saúde espanhol – era transformar a unidade de Abrantes num hotel hospital. Entretanto, com a econo-mia espanhola a fi car cada vez pior, eles desistiram da ideia e eu tomei a iniciativa de reorganizar o hotel, pô-lo outra vez em alta. A ideia de ‘hotel saúde’ caiu por terra e tive de

assumir o hotel como uma unidade hoteleira de referência, para a ci-dade e região. O hotel tem uma his-tória de há muitos anos, importan-tíssima para a cidade e abrantinos e eu assumi perante a cidade que ia reconstruir o hotel e deixá-lo como ele foi, mas dando-lhe uma dinâ-mica de cidade e referência para Abrantes. A ideia é essa, honrando a história que tem, os princípios e o carinho que os abrantinos têm pela unidade, respeitando a arquitetura que o hotel tem e onde está envol-vido, torná-lo uma referência para toda a gente que gosta do hotel.

O projeto que será apresentado no dia 8 de novembro vem na li-nha dessa ideia?

Exatamente. Através da presi-dente da Câmara, que nos tem aju-dado bastante e tem tido uma di-nâmica que não é muito normal nos políticos atuais - que se preo-cupam mais com a imagem - ela

preocupa-se mais com o hotel. Foi a primeira pessoa a explicar a ne-cessidade de ter um hotel de refe-rência na cidade e explicou a histó-ria que o hotel tinha para todos os abrantinos. Foi ela que me deu as primeiras ideias e o primeiro incen-tivo e tem-me ajudado bastante nesta fase, nesta mudança de um hotel hospital para uma unidade hoteleira a sério, com condições, preservando o que está feito mas com inovação, pois temos de fazer obras e reconstruir o que está de-gradado. O hotel estava muito de-gradado, parecia – desculpem a ex-pressão – mais uma casa mortuária que um hotel, era uma coisa ob-soleta. As pessoas que lá traba-lhavam não tinham dinâmica, es-tavam acomodadas, não tinham força para fazer coisa nenhuma. Nós demos uma dinâmica dife-rente e temos conseguido. A taxa de ocupação do hotel tem sido su-perior à que existia.

E agora também têm um restau-rante no hotel…

Temos refeições, coisa que não se fazia. Hoje é já um restaurante de referência na cidade, com preços económicos. À hora de almoço o restaurante funciona com um preço simbólico de 7,5 euros por refei-ção, com comida de hotel regional, como se costuma dizer, com todas as bebidas incluídas. É isso que es-tamos a fazer, a investir nesta dinâ-mica, a incentivar as pessoas a vi-sitar o hotel e comerem no hotel. Para a cidade é importante, para quem trabalha em Abrantes é im-portante e também o é para quem nos visita: ter um hotel de referência tanto em restauração como na pró-pria dormida. Temos evoluído tam-bém nas roupas, renovámos tudo. Temos roupas do nível de 4 e 5 es-trelas que o hotel não tinha antes, era tudo velho e gasto. É verdade que o imóvel tem 55 anos, é velho, mas quem for lá hoje vê que tem

outras condições.

A vocação do hotel será mais no sentido dos negócios – em-presários - ou mais virado para o turismo?

Temos duas vertentes para o ho-tel. Eu fi z o estudo económico e no novo projeto de ampliação (a ma-quete já está feita, vai ser uma coisa inovadora) o hotel vai ter uma ver-são mais prática, usando a imagem do IKEA para a defi nir, mais empre-sarial, para um empresário ou um técnico que venha a Abrantes e aqui pernoite. Depois terá uma outra versão, um hotel mais de charme, que é o pai e a mãe deste projeto, mais virado para o turismo, um tu-rismo mais de qualidade, religioso inclusivamente. Estamos em con-tacto com operadores dos Estados Unidos por causa do turismo reli-gioso. Queremos aproveitar a proxi-midade de Fátima e com uma outra unidade que tenho no Alentejo, fa-zer um circuito onde os dois hotéis se complementam.

Falou noutra unidade. Tem mais unidades hoteleiras?

Sim, tenho mais uma na nossa vi-zinha Espanha, junto à fronteira, e agora adquirimos uma no Alentejo, em Portel, um hotel de referência também, muito bonito, rural. É o único hotel de Portel, um hotel de charme. E estamos a completar as duas unidades para fazermos um circuito em que possamos dar qua-lidade a esses turistas que nos estão a pressionar, que querem vir visitar Portugal e querem ter um hotel em condições. Em Portel também te-mos uma escola de cozinha regio-nal, algo que estou também a pen-sar fazer em Abrantes, no próprio hotel, onde damos cursos de cozi-nha, para as pessoas que também tenham vontade de visitar o hotel.

• “A taxa de ocupação tem sido superior à que existia”

CARLOS MARQUES, ADMINISTRADOR DO HOTEL TURISMO

“Dar ao hotel uma dinâmica de cidade e de referência para Abrantes”

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4 NOVEMBRO 2012DESTAQUE

O ACES do Zêzere, Agrupa-mento de Centros de Saúde do Médio Tejo, está a promo-ver junto das Instituições de Solidariedade Social e das es-colas básicas, secundárias e jardins-de-infância do Médio Tejo sessões sobre a saúde oral.

Filipa Serra é higienista res-ponsável por levar a cabo este serviço nos concelhos de Constância, Sardoal, Ma-ção e Abrantes. O JA acompa-nhou uma sessão sobre a im-portância de lavar dos dentes, que aconteceu no passado dia 19 de outubro no Colé-gio Nossa Senhora de Fátima, em Abrantes, para cerca de 40 alunos.

O trabalho foi bastante di-nâmico. Filipa Serra começou por explicar a importância da escovagem diária dos dentes, o que acontece quando esta tarefa não é efetuada e os pro-blemas que daí advêm: como a placa bacteriana, o apareci-mento das cáries, o mau há-lito e a gengivite. A reação das crianças foi automática: uns fi caram sensibilizados com as imagens dos dentes cariados que Filipa levou para a aula; outros não pararam de fazer intervenções sobre a forma

como lavaram os dentes an-tes de ir para a escola, sobre os seus hábitos alimentares, sobre as suas escovas e as pas-tas dentárias.

Filipa Serra caracterizou as sessões como trabalhosas, mas bastante compensado-ras. “Como realizo este tra-balho desde o ano de 2008, foram já algumas as sessões que promovi e as consultas que posteriormente realizei. Hoje vejo crianças que não ti-nham qualquer tipo de cui-dado com os seus dentes a terem uma atenção máxima com a sua saúde oral. É de facto compensador.”

Para além destas sessões, Filipa Serra ainda se dedica à realização de rastreios den-

tários e consultas a jovens e a crianças. A higienista disse ao JA que as situações mais comuns são crianças com cá-ries dentárias. “Nos dentes de leite a frequência de cáries que me surge é assustadora. Isto é sinal que há uma des-valorização destes dentes, o que é totalmente errado, pois estas cáries passam de den-tes para dentes, ou seja dos de leite para os defi nitivos. A saúde oral é importantíssima, essa sensibilização deve de passar pelos próprios pais e isso nem sempre acontece.” Apesar desta realidade, Filipa Serra acrescentou que um es-tudo revelou, recentemente, que as crianças do Médio Tejo entre os seis e os doze anos,

apresentam uma média de menos cáries do que o pano-rama nacional. “Estamos com bons resultados, e isso está re-lacionado com o trabalho le-vado a cabo pelo ACES, pelas autarquias, que transportam as crianças para as consultas, e com a nossa insistência na escovagem e no bochecho do fl úor nas escolas.”

“Hoje lavei os dentes!”Esta é uma das expressões

que Filipa Serra ouve diaria-mente quando se desloca às escolas básicas. A higienista considera que uma boa apre-sentação dentária é atual-mente uma máxima para o bem-estar da pessoa e para o alcançar de qualquer ob-jetivo pessoal e profissional. Filipa Serra explicou, por úl-timo, que o trabalho de um higienista não substitui o tra-balho de um dentista. “O hi-gienista é um profi ssional que tem sobretudo um trabalho de prevenção e de acompa-nhamento das práticas essen-ciais que promovem uma boa saúde oral: colocamos selan-tes, tratamos de gengivites e periodontites e fazemos des-tartarizações.”

Joana Margarida Carvalho

SESSÕES DE SAÚDE ORAL COM CRIANÇAS E JOVENS JÁ ESTÃO A DAR RESULTADOS POSITIVOS

Lavar os dentes é o objetivo

Clínica Médica e Médica Dentária Domus Salutem, Unipessoal, Lda.

Av. Dr. António Augusto da Silva Martins, nº 630 - Rossio ao Sul do Tejo

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A partir de que idade e com que regularidade a criança deve consultar um médico dentista?

A primeira consulta deve ser realizada quando os pri-meiros dentes temporários (ou «de leite») erupcionam ou, no máximo, até à criança completar o primeiro ano de vida, de modo a estabelecer um programa preventivo de saúde oral e intercetar hábitos que possam ser preju-diciais. Idealmente, quando existe uma boa saúde oral, a criança deve ser observada cada seis meses. Em situações de elevado risco de cárie, esta periodicidade deve ser re-duzida para intervalos de três meses.

Como se pode prevenir o aparecimento de cáries precoces de infância?

Várias medidas são importantes na prevenção de lesões de cárie na primeira infância: promover a amamentação materna pelo menos até aos 4-6 meses de idade, colocar apenas leite ou água no biberão e oferecer à criança so-bretudo durante o dia e nunca quando esteja a dormir; não colocar líquidos açucarados no biberão nem na chu-peta; logo que os primeiros dentem erupcionem, promo-ver a sua higiene com uma gaze, dedeira ou escova ma-cia, idealmente após as refeições.

As crianças podem usar fi o dentário?A utilização do fi o/fi ta dentária coadjuva a higienização

dos espaços interdentários e deve ser iniciada logo que possível, acreditando-se que por volta dos 8-10 anos a criança começa a ter a destreza manual e autonomia ne-cessárias.

O que é um selante de fi ssuras e para que serve?Um selante de fi ssuras é uma espécie de «verniz» que se

aplica na superfície fi ssurada de dentes sãos com o obje-tivo de prevenir o aparecimento de lesões de cárie den-tária. Constitui um recurso efi caz em termos preventivos, no entanto a sua aplicação deve basear-se na avaliação do risco de cárie, não devendo constituir uma medida isolada mas antes integrada num programa mais alar-gado de prevenção. Está, por norma, indicada a aplicação de selante de fi ssuras nos primeiros e segundos molares defi nitivos, bem como nos pré-molares, cujo período de erupção varia entre os 5-8 anos e os 11-14 anos, respe-tivamente. A reaplicação está indicada caso se verifi que perda parcial ou total do selante, maximizando a sua efi -cácia.

Informações recolhidas no sítio da Ordem dos Médicos Dentistas: http://www.omd.pt/publico/criancas

ACES

Zêz

ere

• As crianças de Constância, Sardoal, Mação e Abrantes já cuidam melhor dos seus dentes

Perguntas e respostas sobre saúde oral nas crianças

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5NOVEMBRO 2012 PUBLICIDADE 5

Um sorriso bonito é uma arma de simpatia e, mais do que revelar o nosso bem-estar físico e psíquico, poder sorrir com confi ança é um óptimo cartão de visita. Actual-mente, saúde oral não representa apenas uma boca sem dentes cariados. A cor e o aspecto saudável dos dentes têm muita importância no nosso relacionamento social.

Há quanto tempo esconde o seu sorriso com medo de mostrar dentes escurecidos? Através das técnicas de branqueamento dentário pode transformar o pesadelo dos dentes amarelos no sonho de um sorriso saudável.

Há diversos factores que podem causar o escureci-mento do esmalte dentário. As manchas superfi ciais são normalmente provocadas por alguns alimentos ou be-bidas que ingerimos, como o café, o chá, o vinho tinto, a coca-cola, as cerejas, as amoras e também pelo ta-baco. As manchas intrínsecas fazem parte do próprio esmalte e podem ser derivadas do processo natural de envelhecimento (que se acentua a partir dos 35 anos), de tratamentos com antibióticos aquando da formação dos dentes, de traumatismos ou terem causas genéticas provocando uma cor que pode ir do acastanhado ou acin-zentado, até quase ao negro.

Com o tratamento branqueador poderá tornar a sua vida mais alegre e descontraída, havendo já homens e mulheres que recorrem com frequência a este tipo de tratamento. Assim revelam cada vez mais a sua preo-cupação com a imagem e vão melhorando a sua auto-estima.

Técnicas de branqueamento externoInicialmente, o médico dentista deve fazer um exame à

cavidade oral onde avalia a cor dos dentes segundo uma escala, certifi cando-se de que não existem outros proble-mas a nível dentário. O tratamento pode ser efectuado:

- no consultório, pelo médico dentista, através da apli-

cação sobre os dentes de um gel branqueador (sem que haja contacto com lábios e gengivas) que é activado por um feixe de luz (laser ou LED) durante cerca de 30 a 60 minutos consoante o caso;

- em casa, pelo paciente, através da aplicação sobre os dentes de um gel branqueador (mais fraco) no interior de moldeiras em plástico transparente (confecionadas com base nos moldes previamente efectuados aos dentes do paciente) para uso preferencialmente à noite durante uma a duas semanas, consoante o protocolo defi nido pelo médico dentista.

Ambas as técnicas de branqueamento são efi cazes, não causam alteração na estrutura dos dentes, conse-guem uma melhoria de dois ou três tons mais claro que o tom inicial e o seu efeito perdura de dois a três anos dependendo dos cuidados do paciente. No entanto, con-vém advertir que não se conseguirá atingir o branco alvo, pois o branqueamento tem como limite a cor natural dos dentes. O branqueamento não é recomendado a grávi-das ou mulheres em fase de amamentação nem a crian-ças com idades inferiores a 16 anos.

Além do branqueamento, a medicina dentária estética possui um vasto leque de tratamentos e algumas tonali-dades só poderão ser obtidas artifi cialmente através de prótese fi xa com a colocação de coroas ou facetas de cerâmica.

As consultas de medicina dentária devem ser efec-tuadas com regularidade, pois há sempre uma solu-ção adequada a cada problema quando se intervém atempadamente.

Maria José Candeias SilvaMédica dentista

A autora escreve de acordo com a antiga ortografi a

Mais saúde, mais auto-estimaDentes saudáveis são sinónimo de um tratamento diário cuidado e de idas regulares ao/à dentista, mas também são sinónimo de maior confi ança, maior auto-estima. Um bom sorriso move montanhas e evita muitos problemas de saúde. Sugestões de clínicas onde pode dar um passo em frente no seu bem-estar.

Ana Cortês, lisboeta, conta que fi cou por Abrantes porque gostou muito da região, mas também por Artur, dentista como ela e abrantino. Juntos estuda-ram Medicina Dentária em Lisboa e jun-tos abriram há dez anos, em Abrantes, a primeira de três clínicas. Depois abriram outra em Ponte de Sor e, mais recen-temente, uma terceira em Lisboa. Para além disso, um dia por semana traba-lham em Torres Novas numa coopera-ção com os montepios de Torres Novas e Nazaré.

Ana Cortês conta tudo num imenso sor-riso: “As pessoas gostam muito do que aqui fazemos, agora até me estou a dedi-car à estética!” Todo este trabalho é fruto da vontade de inovação. “Trazemos tudo aquilo que é inovador, vamos ao estran-geiro tirar cursos que depois aplicamos nas clínicas.”

Na clínica de Ana e Artur, recuperam-se sorrisos através de implantes, mesmo que os clientes não tenham quaisquer dentes ou mesmo osso. “Passam a con-seguir mastigar, sorrir, comer maçãs,

sentem-se melhores” - afi rma a dentista. “Em termos de ortodôncia o que faze-mos é colocar corretamente os dentes nos maxilares. Há pessoas com 40 anos que nunca usaram aparelho de correção e têm dores de cabeça e mal-estar de vi-são. Com uma oclusão mais correta es-ses problemas são corrigidos.”

Ao nível estético, apesar de este acon-tecer imediatamente após o tratamento ortodôncio, há opção do branqueamento. “Quem tem os dentes bonitos e arranja-dos gosta de os branquear, as pessoas

gostam muito de se ver no final. Mas para quem não tem uns lábios muito bo-nitos para sorrir com os dentes que nós arranjamos, fazemos o preenchimento labial em ácido idorônico e do sulco na-sogeniano.”

Ana diz que as melhorias são muito evi-dentes e que a procura pelo embeleza-mento da boca é cada vez maior pois “a saúde dentária está hoje mais presente e permite que se pense para além do as-pecto funcional”.

Implantologia é uma especialidade cirúrgica da Medicina Dentária que se dedica a implan-tes dentários. Os implantes dentários são es-truturas feitas de titânio puro que são coloca-dos no maxilar ou mandíbula para substituir as raízes dos dentes perdidos ou ausentes. Eles oferecem uma solução segura e permanente para substituir um ou mais dentes, funcionando como suporte para coroas individuais, pontes parciais ou totais, fi xa ou removível.

Com implantes dentários, o paciente já não tem de usar soluções desconfortáveis e ines-téticas, como próteses removíveis suportadas apenas por membranas mucosas e pode mais uma vez experimentar o conforto oferecido por dentes naturais.

Em pacientes desdentados totais, podem também ser feitos vários meios de retenção para “segurar” as próteses colocando cirurgi-camente implantes dentários com ruptores de força (attachments), que podem ser em bola, barra ou magnetos, que têm capacidade de dar

maior estabilidade e conforto ao paciente, aca-bando com o desconforto de ter as próteses mal adaptadas.

Outras vantagens dos implantes incluem: - Manter a estrutura óssea e estética facial

que se perdem com a ausência de dentes; - Restaurar a capacidade mastigatória e po-

der comer sem os impedimentos inerentes de não ter dentes naturais;

- Manter a integridade dos dentes vizinhos, uma vez que eles não são afetados, como acontece no caso de pontes dentárias;

- Melhoria substancial da confi ança e da se-gurança oferecida por dentes naturais, garan-tindo uma melhor auto-estima para o paciente, sem quaisquer impedimentos sociais.

Dr. Diogo FragosoMedico Dentista

Especialista em ImplantologiaClinica Domus Salutem

Clínica Cortês“A medicina dentária está hoje mais presente”

Publireportagem

Branqueamento dentário para um sorriso saudável Implantologia, uma solução segura e permanente

Implantes dentários com Ruptores de Força tipo bola Implante Dentário Unitário

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6 NOVEMBRO 2012REGIONAL

BAJA PORTALEGRE 500

AUTARCA DE TORRES NOVAS CRITICA O FIM DA ISENÇÃO NA A23 E APONTA CONSEQUÊNCIAS

A prova do todo o terreno vai voltar a fazer as delícias dos apreciadores

Aumenta a degradação de estradas e equipamentos

A prova rainha do todo o terreno volta a Portalegre entre os dias 1 a 3 de novembro. Este ano a Baja Portalegre 500 vem carregadinha de novidades, nomeadamente com a participação do campeão do mundo Hélder Rodrigues, que vai fazer as delícias dos amantes das motorizadas na sua Honda CRF 450 Rally.

A região vai estar bem represen-tada com cerca de quatro equipas abrantinas e uma do concelho de Mação.

Orlando Romana, da organização e diretor de prova das motas, ex-plicou ao JA que, “à semelhança do ano anterior, os percursos vão ser mais ao menos idênticos, com algu-mas alterações na zona sul, são 400 km de todo o terreno com muitos pilotos em prova e muitas acroba-

cias para serem apreciadas”. Em au-tomóveis vão estar 74 equipas e nas motas, nas mais diversas classes, 280 pilotos.

Esta é uma prova de referência no país que Orlando Romana diz que já passou por melhores dias, devido à redução do número de patroci-nadores. “A crise está afetar tudo e nós não somos exceção, é um ano complicado e para o ano não sabe-mos o que vai acontecer. É uma lou-cura ver uma prova destas a estar em causa. O apoio da autarquia de Portalegre tem sido uma mais-valia, mas não é o sufi ciente, até mesmo com as inscrições não é fácil.” A Baja Portalegre pode representar um in-vestimento de 400 mil euros, se-gundo o organizador.

À semelhança do ano passado, os mais pequenos vão poder ter uma

participação especial, com um mo-mento de prova para quem tenha entre os 11e os 15 anos. A prova reúne várias classes, é em mota, e vai decorrer na sexta-feira no dia do prólogo. “A mini Baja já tem cerca de 30 e tal miúdos que vão estar en-volvidos nesta adrenalina que é a Baja Portalegre. É uma maneira de atrairmos aquilo que é futuro para este tipo de provas. A maioria des-tas crianças são fi lhos de pilotos.”

Orlando Romana disse ainda que a Baja é um momento de referência e de excelência no país, mas que tam-bém requer uma organização bas-tante grande, profi ssional e onde a exigência física é uma máxima nos dias da prova.

Joana Margarida Carvalho

Pilotos da região e viaturas que vão estar em prova

Frederico Miranda Buggy

Hugo Damásio e João Nazaré Buggy

Rui MarquesNissan Navara

Pedro Morgado e Manuel Espadinha PiresIsuzu Rodeo

José MendesMitsubishi Strakar

As isenções na A23 já terminaram e agora o que resta aos automobilis-tas residentes na região é uma taxa de redução da tarifa em cerca de 15%. Esta ação do Governo suscitou a indignação das pessoas e deu ori-gem a duras críticas por parte dos autarcas do Médio Tejo.

Em entrevista à radio Antena Livre, António Rodrigues, presidente da Câmara Municipal de Torres Novas, disse que a entrada das portagens na A23 só veio prejudicar as popula-ções e as cidades. O autarca defende que a medida não está a benefi ciar em nada o Estado, pois o número

de automobilistas reduziu drastica-mente na autoestrada. “Penso que acima de tudo estão os interesses do país, para além das motivações partidárias. E nesta questão da A23, os governantes estão a ser burros e não sabem o que estão a fazer. A autoestrada está às moscas, e com esta nova taxa de redução as coi-sas não vão mudar, pois volta a ser dispendioso e indigno. Andamos a reconstruir cidades para nada, com afl uência de veículos estamos a assistir a uma destruição gradual das estradas nacionais e de alguns equipamentos.” O autarca dá exem-

plos: “As avenidas estão destruídas, os candeeiros estão partidos, o ín-dice de sinistralidade aumentou significativamente. Se tivéssemos governantes inteligentes já tinham percebido que têm de reduzir esta tarifa a um preço simbólico, pois esta situação não é rentável e só está a destruir o nosso país.”

São centenas de veículos que es-tão a passar diariamente nas estra-das nacionais no concelho de Torres Novas, Entroncamento e Abrantes. Em Torres Novas, António Rodrigues fala na estrada nacional que passa na localidade de Zibreira, uma zona

onde o trânsito aumentou subs-tancialmente, o que tem causado imensos prejuízos, constrangimen-tos. Por isso, o autarca diz que, mais cedo ou mais tarde, quem paga é o povo. “Se formos a comparar os pre-ços praticados na A1 e na A23, é in-concebível”.

Apesar da revolta, a medida do Governo é para vigorar. Nos trans-portes de mercadorias há também uma redução da tarifa em 10% du-rante o dia e 25% à noite.

Joana Margarida Carvalho

Segurança Social de Sardoal muda de instalações

O Balcão Permanente da Se-gurança Social, em Sardoal, que funcionou provisoriamente du-rante alguns dias no edifício da Câmara Municipal, passou desde 11 de outubro para novas insta-lações, situadas no Bairro da Ta-pada do Milheiriço (conhecido pelo “Bairro da Câmara”), no rés-do-chão, da Rua Santa Isabel N.º 11. O espaço é cedido pelo mu-nicípio à Segurança Social de Santarém, de forma gratuita, no âmbito de um protocolo assi-nado para o efeito. O município justifi ca esta cooperação institu-cional como um grande esforço para manter o Balcão da Segu-rança Social no concelho, impe-dindo a sua deslocalização para um município vizinho.

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7NOVEMBRO 2012 REGIONAL

JSD de Abrantes está de volta

Vasco Estrela é candidato à Câmara de Mação

A Juventude Social-Dem-ocrata (JSD) está de regresso ao concelho de Abrantes. Foi no passado dia 6 de ou-tubro que um grupo de jo-vens voltou a reativar o mo-vimento político juvenil.

“A JSD Abrantes apres-enta-se à comunidade abrantina numa altura par-ticularmente difícil, porque os jovens percebem a fase complicada que o país atra-vessa e querem fazer parte da mudança, querem ser o impulso e a solução que o país precisa.” Esta é a men-sagem que se pode ler no comunicado enviado à co-municação social.

O presidente da JSD, José Miguel Vitorino, disse que os objetivos para um man-dato de dois anos em prol da comunidade passam por um conjunto de atividades ligadas à mobilização dos jovens, militantes ou não, para uma geração mais pre-parada no futuro.

Na opinião do presidente, “o Governo não tem esta-belecido uma mensagem

de esperança aos jovens do país”, mas também defende que é necessário que estes jovens se façam ouvir e es-tabeleçam um maior elo com as políticas vigentes.

A elevada taxa de desem-prego na classe jovem é algo que preocupa a JSD de Abrantes. José Miguel Vitorino adiantou que a JSD está estabelecer al-guns contactos com outras concelhias de Juventude Social-Democrata que têm promovido feiras de em-prego, que podem servir atenuar a elevada taxa.

As próximas iniciativas que a Juventude Social-Democrata está a preparar estão associadas a eventos culturais, desportivos, ins-trução de jovens e debates sobre assuntos da atuali-dade. “Ponto de Partida” é o nome da atividade que o movimento já está a le-var a cabo, onde se estabe-lece uma interação entre os jovens e assuntos do quo-tidiano: ambiente, saúde, voluntariado, politica, etc.

Vasco Estrela vai ser o candidato à autarquia ma-çaense pelo PSD. A comu-nicação foi feita na reunião da Assembleia Distrital do PSD. Trata-se de uma candi-datura para as autárquicas de 2013, que se vão realizar no mês de outubro.

O atual vice-presidente da Câmara Municipal de Mação disse à Antena Livre que es-pera vir a cumprir um bom trabalho e que esta candi-datura seja um desafi o ga-nho para a comunidade. Numa altura de crise eco-nómica, Vasco Estrela incide as suas preocupações nas famílias de Mação. “Os pre-sidentes de câmara de hoje já não podem ser os mes-mos de há uns anos atrás, hoje a política deve ser feita com proximidade, tendo em conta a realidade que rodeia os munícipes. O que devemos fazer é uma polí-tica de apoio constante, no sentido de tentarmos miti-gar ao máximo as difi culda-des que se sentem e que se vão sentir no futuro.”

Saldanha Rocha é o atual presidente da autar-quia, que já não se pode recandidatar ao cargo de-vido à lei de limitação dos mandatos nas câmaras, lei que é aplicada também nas juntas de freguesia. O má-ximo de mandatos é de três num total de 12 anos.

A sessão extraordinária da Assembleia Municipal de Abrantes que aconteceu a 12 de outubro foi bastante agi-tada, sobretudo por causa de um dos três temas propostos para aprovação: a reorgani-zação do território. Embora sem grande discussão, ou-tros dois temas foram trata-dos: a intervenção na Estrada Nacional 118, em Alvega, foi aprovado sem grande de-bate; a revisão do contrato de concessão do serviço de águas residuais do município de Abrantes também esteve em discussão (ver artigo na pág. 8).

Ao fi m de três horas de de-bate, a Assembleia Municipal de Abrantes acabou por não fazer nenhuma pronúncia sobre a agregação de fregue-sias proposta na Lei da Reor-ganização Administrativa de 30 de março de 2012. Esta foi a conclusão que foi aprovada pela maioria socialista, com sete votos contra do PSD, três dos Independentes pelo con-celho de Abrantes e um do

deputado independente Ma-ximino Chaves.

Maria do Céu Albuquerque, presidente da Câmara Muni-cipal de Abrantes, disse que as competências das Juntas de Freguesia não se podem confundir com as competên-cias da Câmara Municipal e que são essenciais para as populações, acrescentando que este modelo de reforma do território está longe de ser o ideal para o bem das comu-nidades. A título de exemplo, caso as freguesias urbanas do concelho sejam agrega-das, a autarquia de Abrantes fi cará responsável pela reso-lução de problemas de 18 mil habitantes.

Para João Viana, eleito pelo ICA, “esta é uma lei feia e má”, pois assenta no elo mais fraco, as freguesias. Por sua vez, o PSD defendeu a implementação desta lei. Se-gundo a deputada Manuela Ruivo, ao longo das últi-mas décadas os executivos camarários socialistas con-duziram ao despovoamento

da cidade e das freguesias rurais, onde as populações não se fixaram, acabando o concelho, na sua opinião, por perder muito.

A presidente da concelhia do PSD apresentou como proposta à Assembleia Muni-cipal a agregação das fregue-sias urbanas (São João, São Vicente, Alferrarede e Ros-sio ao Sul do Tejo) devendo São Vicente assumir a sede de todas estas juntas. Já no que diz respeito às fregue-sias rurais, Manuela Ruivo de-fendeu uma reorganização apenas no norte do conce-lho, defendo a agregação das Fontes e do Carvalhal à fre-guesia do Souto . De acordo com esta proposta, a Aldeia do Mato deveria agregar-se a Rio de Moinhos.

Esta proposta do PSD foi au-tomaticamente chumbada e gerou o debate na Assem-bleia Municipal, com 30 vo-tos contra e três abstenções.

A sessão “aqueceu” quando Diogo Valentim, presidente da Junta de Freguesia do

Souto, veio reforçar a ideia da agregação das Fontes e do Carvalhal ao Souto. O autarca justifi cou esta proposta “pelo bem das populações e pela melhoria das condições de vida no norte do concelho de Abrantes”.

Após estas declarações do jovem autarca Diogo Valentim, foi a vez de Antó-nio Lourenço, presidente da Junta de Freguesia do Car-valhal, dizer que esta é uma proposta que não agrada à população do Carvalhal e que é uma falta de respeito pela sua freguesia.

Por último, Manuel Aivado, presidente da Junta de Fon-tes também mostrou o seu grande descontentamento pela proposta apresentada pelo PSD e reforçada pelo presidente da Junta de Fre-guesia do Souto. Este autarca chegou a referir que a loca-lidade de Fontes tem mais condições para ser sede de Junta do que o Souto.

JMC

ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE ABRANTES NÃO SE PRONUNCIOU SOBRE ALTERAÇÕES NAS JUNTAS DE FREGUESIAS

Falta de entendimento quanto à reorganização do território

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8 NOVEMBRO 2012REGIÃO

ABRANTES RPP SOLAR

A Câmara Municipal de Abrantes aprovou em Assembleia Municipal, com os votos contra dos vereado-res do PSD, ICA E BE, a revisão do contrato de concessão do serviço de águas residuais urbanas no mu-nicípio.

Na base desta revisão está a con-vicção da autarquia de que deve ser alterado o plano de investimen-tos anteriormente assumido pelo consórcio que tem a concessão, a Abrantáqua. O objetivo é aumen-tar a cobertura de rede de esgotos e alargá-la à Barca do Pego, Bicas, Ca-brito, Coalhos, Fojo e Tubaral, para além do aumento da capacidade da ETAR Carochos / Fontinha e enca-minhamento dos efl uentes de Car-reira do Mato e Aldeia do Mato para Martinchel.

Por outro lado, a autarquia quer in-cluir na concessão o sistema de dre-nagem de águas pluviais e a criação de tarifários sociais.

António Manuel, deputado do Bloco de Esquerda criticou a “des-responsabilização do poder poli-tico” sobre questões que considera da máxima importância para a po-pulação e também a “privatização” de serviços essenciais. “Os poderes locais têm de gerir a causa pública, não faz sentido termos serviços mu-nicipalizados”, adiantou o deputado, acrescentando que também não se justifi ca o pagamento de “uma taxa enormíssima entregando a priva-dos esta gestão”. António Manuel falou em “privatização do lucro e so-cialização da despesa”.

A presidente da Câmara, Maria do Céu Albuquerque, falou sobre um

processo complicado que decorre há cerca de quatro anos e admi-tiu algumas lacunas no contrato. “Os serviços municipalizados têm a gestão dos resíduos sólidos ur-banos e do saneamento há prati-camente quatro anos, mais ou me-nos desde a mesma altura em que este contrato foi assinado.” Nessa altura “viu as suas competências re-forçadas, nomeadamente no acom-panhamento da execução do con-trato de saneamento”, mas “dada a complexidade que é ter um terri-tório com 700 km2, com tantas po-voações dispersas, a preparação de todo este procedimento foi muito complicada”.

A autarca reforçou a dificuldade do processo para justifi car a revisão do contrato: “Foi particularmente di-fícil montar toda esta estrutura para permitir fazer este contrato, por isso

mesmo este contrato tem lacunas e assumimos isso.” A revisão decorre do facto de “hoje existirem outras exigências que na altura não foram acauteladas, pensadas, exigidas, e isto é importante demais”. Maria Céu Albuquerque lembrou ainda que os serviços do município par-tiram de “uma cobertura na casa do 75 por cento, muito acima da média nacional”. Por isso mesmo entende que “nem a Câmara nem os serviços municipalizados tinham disponibi-lidade para avançar”.

A revisão implica uma mudança da estrutura tarifária e o alarga-mento da concessão por mais cinco anos, a acrescentar aos 25 anos ini-ciais, com um plano de investimen-tos que passa de oito milhões para 9,8 milhões de euros.

Ricardo Alves

Contrato de concessão de águas vai ser revisto

Av. Dr. Mário Soares,Lt. 37 B - R/c - Lj.4 - Quinta dos Pinheiros 2200-220 ABRANTES

Tel./Fax: 241 331 554Tlm: 919 396 791 | 919 391 475

J. Rosa Mediação Seguros, Lda.

E-mail: [email protected]

Alexandre Alves falha novo prazo mas apresenta proposta irrecusável

Dois dias antes do fim de mais um prazo, 15 de outubro, o pro-motor do projeto RPP Solar apre-sentou novo cronograma para conclusão das obras, proposta que deixou a Câmara de Abrantes “sem alternativa”, levando à sua aceitação.

Alexandre Alves não cumpriu nenhum dos prazos estabeleci-dos pela autarquia abrantina para a apresentação de uma garantia bancária de 1.1 milhões de euros. No dia 17 de setembro o projeto parecia condenado ao fracasso, com o cerco a apertar-se ao pro-motor da mega fábrica de painéis solares na margem sul do Tejo do município abrantino.

O processo teve agora novo epi-sódio, neste caso um volte-face. O empresário antecipou-se ao novo prazo de entrega da garantia ban-cária e propôs um novo crono-grama para conclusão do projeto. Mas não se fi cou por aí. Para além do cronograma, substituiu a ga-rantia bancária, um documento emitido por uma instituição ban-cária a favor do benefi ciário da ga-rantia (Câmara de Abrantes) que defi ne a obrigação de, nos termos do texto da garantia, satisfazer determinadas obrigações se es-tas não forem cumpridas pontual e integralmente pelo seu cliente (Alexandre Alves), por um cheque no mesmo valor da supracitada.

Ou seja, o promotor não conse-guiu quaisquer garantias bancá-rias no valor de 1.136.414 euros mas garantiu que vai depositar um cheque no mesmo valor em

nome da autarquia, cobrindo as-sim todas as despesas suporta-das pela Câmara aquando do pro-cesso de facilitação da instalação da fábrica em Casal Curtido.

“Perante esta manifestação e a apresentação do novo crono-grama que, segundo o promotor, terão sido retomadas no dia 15 de outubro e terminarão em ja-neiro, a Câmara aceitou estas con-dições. No fundo, a Câmara fi cou sem alternativa para a declaração da caducidade pois há de novo um compromisso” - afi rmou Maria do Céu Albuquerque, presidente da autarquia abrantina, à Antena Livre.

A autarca explicou ainda que a Câmara “está a notifi car o promo-tor no sentido de fazer um depó-sito de um cheque no montante de 1.136.414 euros que servirá para fazer face ao investimento feito naquele terreno”. Questio-nada precisamente sobre o facto de Alexandre Alves nunca ter apre-sentado uma garantia bancária no valor estipulado mas agora pro-meter um cheque precisamente no mesmo valor, Maria do Céu Al-buquerque foi taxativa: “Não sei, nós não fazemos juízos de valor. O que sabemos é que há um atraso signifi cativo na execução dos tra-balhos, compreendemos que as condições são diferentes de há cinco anos a esta parte e, por isso, o que temos feito é criar as condi-ções necessárias para o promotor levar este projeto a bom porto.”

Ricardo Alves

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9NOVEMBRO 2012 REGIONAL

BASTONÁRIO DA ORDEM APOIA ADVOGADOS E AUTARCA DE ABRANTES CONTRA PROPOSTA DE REFORMA JUDICIÁRIA

Duas razões estão na ori-gem da contestação à re-forma judiciária que, depois de três primeiras versões, surge agora em proposta de decreto-lei: primeiro, esvaz-iando-se os tribunais de de-terminadas competências e encerrando-se outros, perde-se a justiça de proximidade; segundo, embora sejam apresentadas razões de cariz económico, avistam-se pou-cas poupanças para o Estado e muitas despesas para todos os envolvidos em processos judiciais.

Estes argumentos, apresen-tados recorrentemente na assembleia de cidadãos que no passado dia 19 de outu-bro trouxe a Abrantes o bas-tonário da Ordem dos Advo-gados, Marinho Pinto, acaba-ram por dominar um debate animado e recheado de críti-cas ao Ministério da Justiça. Em relação ao último debate

que se fez em Abrantes sobre o mesmo assunto, pouco ou nada se adiantou, simples-mente porque as propostas de alteração então apresen-tadas à tutela não foram con-sideradas. Por isso mesmo, foi decidido pedir uma au-diência à ministra da Justiça.

Marinho Pinto garantiu que a atual proposta de reforma judiciária se insere “numa operação mais vasta de ani-quilamento da democracia”. Lembrou que, a ser aplicada, “centenas de milhares de pes-soas vão fazer milhões de qui-lómetros por ano”. Por outro lado, transformando-se os tri-bunais em algo semelhante a balcões de Lojas do Cidadão, perde-se a justiça de proximi-dade. O bastonário lembrou ainda que “as mensagens de prevenção e dissuasão que as sentenças contêm devem ser tomadas nos locais onde os factos se deram”.

Américo Simples, da De-legação de Abrantes da Or-dem dos Advogados, não só sublinhou o elevado número de processos do Tribunal de Abrantes, como frisou a rapi-dez com que são resolvidos. Argumentos que seriam su-ficientes para, ao contrário do que propõe o Ministério da Justiça, manter em Abran-tes o Tribunal de Menores, o Tribunal de Trabalho e os jul-gamentos dos crimes cíveis com penas de mais de cinco anos. Na sua opinião, a pro-posta da tutela que retira es-tas valências de Abrantes “al-tera o paradigma da proximi-dade e é inconstitucional”.

“Reforma a passo de Troika”

Vítor Tomás, presidente do Conselho Distrital de Évora da Ordem dos Advogados, refe-riu-se à proposta apresen-

tada pela tutela como “uma reforma apresentada a passo de Troika”, sublinhando que, apesar disso, “as economias que traz são números insigni-fi cantes”. Na sua opinião, o ob-jetivo é claro: “deslocalização e centralização, o primeiro passo para que os tribunais que ficam com diminuições de competências se tornem depois em extensões”.

Apesar de suspeitar que um novo parecer volte a “cair em saco roto”, Maria do Céu Al-buquerque insiste na neces-sidade de voltar a contestar as alterações propostas, que afetam não só os abrantinos, mas todos aqueles que se ha-

bituaram a vir a Abrantes re-solver os seus problemas. A autarca voltou a evidenciar que nesta cidade existem condições físicas para man-ter as valências dos tribunais que aqui estão.

A determinação com que a autarca socialista tem vindo a conduzir o processo de con-testação à reforma judiciária, sobretudo porque “afasta o sistema judicial da vida das pessoas”, valeu-lhe um ras-gado elogio público do re-presentante do CDS-PP, An-tónio Velez, advogado de profi ssão.

Hália Costa Santos

Os tribunais não podem transformar-se em Lojas do Cidadão

• Marinho Pinto, bastonário dos advogados, acusou a ministra da Justiça de não conhecer Portugal “a norte de Sacavém”

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“Imaginem um homicídio em Abrantes. Por que é que há-de ser julgado em Santarém? Um princípio elemen-tar do direito penal e das penas em direito criminal é de conterem uma mensagem de dissuasão... Terem uma fi -nalidade de prevenção geral, ou seja, impedir, ameaçar, qualquer futuro criminoso de cometer aquele crime. A sentença não responde só às partes do processo onde é proferida, ela contém uma mensagem clara dirigida à comunidade no seu conjunto. Dizendo aos que esti-verem tentados a cometer um crime: ‘se o fi zeres vai-te acontecer isto’. Dizendo às vítimas ou às pessoas que podem vir a ser vítimas que é no tribunal e na justiça que estas questões se resolvem, e não fazendo justiça pelas próprias mãos. Se aqui houve um homicídio ou um crime grave por que é que vão andar 70 e tal quiló-metros para fazer o julgamento? Os julgamentos e as mensagens que as sentenças contêm de prevenção é para serem feitas e produzidas nos locais onde ocorre-ram os factos que determinam o próprio julgamento. Aí é que a sentença produz todos os seus efeitos e isto está-se a quebrar.”

Bastonário da Ordem dos Advogados, Marinho Pinto, em Abrantes

“Os julgamentos têm que ser feitos nos locais onde ocorreram os factos”

A partir de 19 de novem-bro o Hospital de Abrantes deixa de efetuar cirurgias programadas, valência que será garantida pela unidade de Tomar, confi rmou o Dire-tor Clínico do Centro Hospi-talar do Médio Tejo (CHMT). Paulo Vasco explicou que esta decisão não é uma no-vidade, “as alterações foram programadas e decididas em janeiro, e pensamos que vai funcionar melhor”.

Paulo Vasco explica ainda que a partir de novembro, na unidade de Abrantes, as únicas cirurgias programa-das serão de ortopedia e ginecologia. Em relação às alterações ao nível do pes-soal médico, o diretor clí-nico do CHMT diz que “há necessidade de haver mo-vimentos das pessoas, mas terão em conta o benefício das mesmas”, ou seja, “irão para Tomar as pessoas que são daquela cidade”.

As alterações não fi carão por aqui. Até ao fi m do ano “ainda há coisas por resol-ver”, nomeadamente na “área da medicina interna e na área dos meios com-plementares de diagnós-tico”. Esta reorganização de-corre do “plano de reestru-turação do CHMT”, no qual está prevista esta “concen-tração da atividade de ci-rurgia programada na uni-dade de Tomar, mantendo-se em Abrantes a atividade cirúrgica urgente”.

Para além disso, os doen-tes que estavam a fazer de-terminados tratamentos no Hospital de Dia de Abran-tes, nomeadamente de on-cologia, já foram transferi-dos para Tomar, a partir do dia 22 de outubro. O es-quema de transportes pú-blicos entre as três unida-des do Centro Hospitalar do Médio Tejo mantém-se.

Ricardo Alves

Serviço de cirurgia passa para Tomar

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NOVEMBRO 2012 ESPECIAL PRODUTOS REGIONAIS 11

ABRANTES

Praça dos Sabores em prol dos produtos regionais

A Praça dos Sabores já fez um de existência no Mercado Cria-tivo. Este é um espaço onde os produtos regionais do concelho de Abrantes, Constância e Sardoal têm grande destaque. Desde os azeites, os vinhos, os doces, tudo o que é tradicional pode ser encon-trado neste espaço que mensal-mente promove iniciativas para a comunidade.

“Tem sido um projeto curioso de acompanhar.” Foi assim que Pedro Saraiva, o técnico coordenador da TAGUS, caracterizou o ano que já passou e que tem sido enriquece-dor para a região.

É um projeto que financeira-mente ainda não sobrevive do nú-mero de visitas que recebe, mas com as atividades que se orga-nizam no espaço há uma aproxi-mação dos clientes aos produtos que acabam por comprar e, assim, compensar o investimento que se tem vindo a fazer.

Desde o passado mês de julho que a Praça dos Sabores está a tra-balhar com uma entidade que pro-move visitas turísticas no país, e que está a incluir nas suas rotas este espaço de promoção. “Já rece-bemos duas visitas, uma primeira de cerca de 70 pessoas e uma se-

gunda que aconteceu o mês pas-sado com cerca de 30 visitantes. Nestas alturas, fazemos uma pro-moção clara dos produtos, com uma prova de azeites e tem corrido muito bem. Estas visitas são mais uma oportunidade de atrair receita e de levar por diante o nosso ob-jetivo” - explica o técnico coorde-nador.

Os próprios produtores da região responsáveis pelos produtos em venda têm participado nas inicia-tivas que vão ocorrendo na Praça e, segundo Pedro Saraiva, “pare-cem satisfeitos com o trabalho de-senvolvido pela TAGUS e têm res-

pondido muito bem aos desafi os que lhes são colocados, como por exemplo as provas de vinho, de azeite, entre outras situações”.

Durante este mês de novembro a TAGUS volta a convidar uma perso-nalidade para a edição Merendas com Personalidade. Nesta inicia-tiva, que ocorre na Praça dos Sabo-res mensalmente, o objetivo é le-var a pessoa a preparar um petisco com os produtos regionais e falar um pouco sobre o seu trabalho ou sobre uma aptidão que tenha. Para além das Merendas, o mês de novembro é o mês dos cabazes de Natal. Vão estar disponíveis vá-

rios cabazes com vários tamanhos e preços, que os interessados po-dem oferecer como prenda. A par-ticularidade destes cabazes é que serão compostos só com os produ-tos da região.

Os Sabores de Outono é outra ini-ciativa que está a decorrer ao longo deste mês de novembro, todas as terças, quintas e sábados. Em se-manas alternadas a praça prepara um lanche com produtos da re-gião e em cada sessão há sempre uma sugestão, por exemplo: os fo-lhados de farinheira, morcela com ananás, entre outras delícias.

Joana Margarida Carvalho

ABATE DE GADO - PRODUÇÃO DE CARNE “Desde sempre tem feito todos os artigos de salsicharia baseando-se na sabedoria antiga ... No tradicional.”

Margarido e Margarido,Lda.

Parque Industrial de Alferrarede | Abrantes

[email protected]

www.margaridos.pt

Talho 1 | Av. Dr. António Augusto

Silva Martins, nº130 | Rossio Sul Tejo

Talho 2 | Travessa Afonso Vasques

Correia, nº26 | Abrantes

• O antigo mercado passou a ser um espaço de convívio e de promoção

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NOVEMBRO 201212 ESPECIAL PRODUTOS REGIONAIS

VINHOS DO TEJO CADA VEZ MAIS INTERNACIONAIS

Se a produção nacional de vinhos pode aumentar entre quatro e cinco por cento em relação à cam-panha do ano passado, a do Tejo deverá aumentar 25%. Também a qualidade deverá ser superior. A estimativa é do Instituto da Vinha e do Vinho (IVV), anunciada em mea-dos de setembro.

Nem todas as regiões apresentam previsões de crescimento, algumas deverão apresentar um decrés-cimo na produção, como é caso dos Açores - a região vitivinícola do país com maiores quebras –, a do Minho e a do Algarve, onde são es-peradas quebras na produção ava-liadas em 15 e 30 por cento.

As condições c l imatér icas registadas na generalidade do ter-ritório estão na base tanto dos au-mentos como das quebras. A Pe-nínsula de Setúbal (30 por cento), a Madeira (24 por cento), o Tejo (25 por cento) e Lisboa e Trás-os-Mont-es (20 por cento) são as regiões mais beneficiadas. A acrescer às condi-ções climatéricas estarão também

produções mais baixas que o nor-mal em 2011, mas não só.

A reconversão e plantação de vi-nha e a ausência de pragas podem explicar o aumento no número de uvas. No Tejo houve aumento de hectares de alguns dos produtores e, como explicou António Anacleto da ‘Quinta do Côro’ do Sardoal, muitos aderiram ao ‘Programa VI-TIS’, o Regime de Apoio à Recon-versão e Reestruturação das Vinhas no Continente. Esta reconversão permite que as vinhas velhas se-jam destruídas e substituídas com vinhas de castas com maior qua-lidade.

Internacionalização

A Comissão Vitivinícola Regio-nal do Tejo (CVR Tejo) tem levado a cabo várias ações que visam a penetração em mercados interna-cionais das suas marcas. Uma das mais recentes aconteceu entre os dias 10 e 12 de outubro, que le-vou a CRV Tejo e 10 produtores até

Miami e Nova Iorque, nos Estados Unidos da América (EUA), numa operação que visou convencer os importadores locais da qualidade dos vinhos do Tejo.

Entre os produtores estavam os do ‘Casal da Coelheira’ (Tramagal) e da ‘Quinta do Vale do Armo’ (Sar-doal). Nesta visita a solo norte-americano os produtores puderam

dar a conhecer mais de uma cen-tena de vinhos.

O sucesso dos vinhos do Tejo não estará alheio ao fato de cada vez mais serem premiados internacio-nalmente traduzindo-se num po-tencial aumento na penetração dos vinhos em novos mercados e no seu reforço naqueles para onde já exportam. Para os EUA, o obje-

tivo é triplicar o consumo em dois anos, sendo que é um mercado que já consome quantidades signi-fi cativas de vinhos do Tejo.

Em 2011 a região do Tejo foi cam-peã do crescimento (mais 28%) e para 2012 o objetivo da CVR Tejo são mais 10%, contando para isso com as exportações. Em apenas quatro anos, a região passou de uma quota inexpressiva de 1,5% para 5%.

São já 11 os agentes da região que operam no mercado chinês. Angola lidera a lista de exporta-ções dos vinhos de Tejo e duplicou as vendas em dois anos.

Já no mercado doméstico, o Tejo ainda está atrás de outras regiões do país em termos da imagem. O Douro ou Alentejo continuam a ter melhor desempenho, mas esta é uma realidade que não se sente no exterior. Em 2012, a CVRT conta certificar o equivalente a 17 mi-lhões de garrafas, gerando uma re-ceita de €40 milhões.

Ricardo Alves

Previsto aumento de 25% na produção em 2012

O Outono já começou e o Inverno aproxima-se a passos largos. Voltam os cheiros de lareira a vaguear pela rua, o recato ainda mais desejado do lar e as reuniões entre amigos e/ou família aquecendo o dia-a-dia gé-lido. Da Quinta do Côro, maravilho-samente instalada num pequeno vale no Sardoal, chegam-nos sabo-res que prometem tornar estes mo-mentos ainda mais inesquecíveis.

Desde os vinhos tintos, voluptuo-sos e quentes, aos sabores da mar-melada 100% natural, aos fi gos Con-fi tados, o Doce de Figo, os Figos em Calda, são muitos os sabores que a Quinta do Côro propões aos consu-midores, não esquecendo a Com-pota de Rosas. Se por si só os doces e

vinhos já chamam à degustação, em conjunto significam combinações de sabores que se exponenciam en-tre si, tornando-as viagens a um pa-raíso terreno e… ribatejano.

António Anacleto conta que a mar-melada “já é distribuída para todo o país”. Para o supervisor de produ-ção “não há uma marmelada igual à nossa no mercado. O processo é igual à que é feita em casa, não tem segredos, é um processo artesanal”.

Nos vinhos, António Anacleto pro-põe dois vinhos tintos que “estão ex-cecionais: o ‘Quinta do Côro Reserva 2010’ e o ‘Quinta do Côro Syrah/Tou-riga 2010’, ambos medalhados com Ouro no Concurso Mundial de Bru-xelas de 2012 e que têm uma exce-

lente relação qualidade/preço. De-pois também temos o ‘Quinta do Côro Encruzado’, um vinho branco, uma gama nova, do qual as pessoas têm gostado muito”.

A regra que impera na ‘Quinta do Côro’ é produzir com a melhor qua-lidade possível, pois segundo Antó-nio Anacleto “quem não tiver qua-lidade vai ter difi culdade no futuro em se aguentar” afi rmando convicto que o caminho é a “qualidade acima de tudo, ter uma linha, segui-la e não desviar o rumo”.

Qualidade acima de tudo

Nos doces, com a atual conjuntura, os custos de produção a aumen-

tar e consequentemente com as margens de lu-cro a baixar, a re-ceita é ainda assim a mesma. “O nosso produto é de uma gama média alta e a crise tem-se notado nas vendas mas nós não podemos fugir da linha da qualidade, só com a qualidade se consegue combater”.

Sobre a marmelada realçar que esta foi referenciada de forma muito elogiosa numa análise do Diário Eco-nómico apelidando a ‘Marmelada em Tijela de Loiça’ da Quinta do Côro como “nada menos que uma bên-ção”. Na fábrica de marmelada, por

altura desta reportagem, cerca de trinta mulheres lavavam, poliam e descascavam os marmelos à mão dos quais apenas a polpa branca é aproveitada. Junte os vinhos e doces num cabaz e tem a companhia per-feita para as noites mais frias deste Inverno.

Ricardo Alves

Quinta do Côro: uma paleta de sabores para o Inverno

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O nosso uma gama crise tem-se endas mas nós

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NOVEMBRO 2012 ESPECIAL PRODUTOS REGIONAIS 13

Quentes, fofas, saborosas, amare-las, suculentas, tradicionais, com anos e anos de existência no conce-lho de Abrantes. Sim, são mesmo as tigeladas.

É no forno de Fátima de Macedo que se faz o melhor da vida, um dos doces mais tradicionais que nas-ceu nos conventos da cidade de Abrantes e que depressa foi levado para a freguesia de Rio de Moinhos e, mais tarde, para a localidade de Pucariça, de onde a doceira é na-tural.

Cozinhar as tigeladas não é uma tarefa fácil: são necessárias pelo me-nos quatro horas e duas pessoas. Fátima Macedo explica que “uma cozinheira deverá fi car a controlar a temperatura do forno e a outra em-penhada na confeção do preparado que vai entrar nas taças de barro.”-Mas é concretamente no forno a le-nha que está o segredo das delicio-sas tigeladas.

A doceira explicou ao JA as parti-cularidades da confeção deste doce: “Fazer o doce no forno elétrico ou

no forno a lenha dos antigos são si-tuações diferentes e com resultados distintos. O sabor é inigualável, as propriedades que provêm da lenha entram diretamente no doce. Se for oliveira, é a oliveira que esta iguaria vai cheirar e até saber ligeiramente. Depois é o bater do preparado que

tem muito que se lhe diga! Primeiro é necessário ter consciência que ba-ter com uma máquina elétrica não tem nada a ver quando o trabalho é feito com as nossas mãos. O resul-tado fi nal com nossas mãos é sem-pre melhor.”

Os ingredientes são importantís-

simos nesta tarefa delicada e tra-balhosa, é no conceito ‘natural’ que incidem as palavras de Fátima Ma-cedo. “Para fazer tigeladas saboro-sas é preciso ter em conta o que va-mos utilizar. Nós aqui na Pucariça só recorremos a produtos naturais: desde o leite retirado diretamente

da vaca, os ovos caseiros que costu-mam ser das nossas galinhas e tudo o resto é nosso, a farinha, o açúcar, o limão, entre outros produtos es-senciais.”

Fátima Macedo aprendeu com a avó a confecionar este doce. Junta-mente com as vizinhas dedica-se a esta atividade há 15 anos. A doceira acrescentou ainda um pormenor que mostra a importância da tradi-ção: “Quando se faz as tigeladas no meu forno é para toda a localidade, é um convívio que se estabelece de um bairrismo grande que existe na Pucariça”.

Neste momento já não há nin-guém em Rio de Moinhos que con-fecione as tigeladas desta forma tão tradicional. Assim, os pedidos têm surgido com alguma frequência na casa de Fátima Macedo. Apesar de alguma afl uência, a doceira diz não querer tornar esta atividade num negócio. “Faço por gosto e pelo con-vívio com as minhas vizinhas.”

Joana Margarida Carvalho

• Fátima Macedo faz tigeladas “por gosto e pelo convívio”

MEMÓRIAS DE FERNANDO SIMÃO, UMA VIDA LIGADA AO AZEITE ANDORINHA

TIGELADAS, UM DOCE CONVENTUAL

Desde tempos imemoriais, que se perdem na bruma da história, que o azeite marcou a sua presença fi el, como elemento fundamental na dieta dos portugueses.

Mesmo em tempos de grandes dificuldades, quando a pobreza grassava pela sociedade portu-guesa, no período das Guerras, o azeite não deixava de estar pre-sente nos nossos lares. Para ilus-trar essa importância, conta-nos Fernando Simão um caso viven-ciado, no norte, onde até a água de uma simples lavagem das peque-nas garrafas usadas no seu armaze-namento, para reutilização futura, era aproveitada para a sopa: “Nin-guém comprava um litro de azeite”, que na altura custava quatro escu-dos. Havia mesmo quem só com-prasse 0,5 decilitros. Ou ainda o caso de pessoas que, por lugares ermos, entre montes e vales, deixa-vam o dinheiro e as pequenas gar-

rafas debaixo de pedras para que quando o azeiteiro passasse pu-desse reabastecer os seus clientes.

Tudo remonta a 1927, fruto duma iniciativa familiar, de um empresá-rio de Abrantes (pai de Fernando Simão) que, aproveitando o seu es-pírito empreendedor e a sua expe-riência no ramo em Moçambique, cedo percebeu a apetência para o consumo do azeite, junto da diás-pora portuguesa. Foi fácil fazer a projeção mundial de um produto português: o Azeite Andorinha.

Uma história de sucesso com mais de 80 anos

Feito especificamente para o mercado externo (Brasil, Angola e Américas), a comercialização do azeite Andorinha é uma história de sucesso com mais de 80 anos. Parte desse percurso, construído desde 1927, passa pelo concelho

de Abrantes e pelo nome de Fer-nando Simão e da sua família.

Nesses tempos, Alferrarede co-nhece uma época de grande ex-pansão que os caminhos-de-ferro vieram potenciar. Tempos de difi -culdade faziam acorrer aqui pes-soas de localidades limítrofes na esperança de verem aumenta-dos os seus parcos rendimentos. Traziam todo o género de produ-tos para vender: lenha, ovos entre outros produtos que eram leva-dos para Lisboa. “A partir de 2 de novembro (dia dos Santos), aqui afl uíam mares de gente destinada à apanha da azeitona, ranchos de pessoas vindos das Beiras. Havia dezenas de lagares por toda a re-gião, oito armazéns e o azeite era uma riqueza imensa, motivo de orgulho e prosperidade. Podemos seguramente afi rmar que Abrantes é a capital do azeite”, refere Fer-nando Simão, com a voz embar-

gada e comovida pelo peso dos seus noventa anos de idade, recor-dando os tempos de outrora.

Com o passar dos anos e com a vinda de novas gerações, a mo-dernização da produção e o aban-dono da agricultura foram-se per-dendo todos estes laços que nos ligam à terra. Contudo, a empresa foi vendida e tudo acabou. No en-tanto, ainda subsiste hoje, com al-guma expressão, esta indústria em Abrantes. E o Azeite Andorinha re-vive glórias de tempos passados agora pela mão da Sovena, uma empresa 100% portuguesa e a se-gunda maior empresa de azeites a nível mundial, encontrando-se há mais de oito décadas em mercados internacionais como Brasil Canadá, África do Sul, Angola, Macau, Timor Leste, Polónia, Suécia e Alemanha.

Francisco Rochaaluno de Comunicação Social da ESTA

“Podemos seguramente afi rmar que Abrantes é a capital do azeite”

O bom sabor daquilo que é natural

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NOVEMBRO 201214 ESPECIAL PRODUTOS REGIONAIS

MEL DE MAÇÃO

O mel é um dos principais produ-tos regionais do concelho de Ma-ção. No território maçaense 90% do mel é multifloral, os restantes são de rosmaninho e urze. Estas plan-tas encontram-se nos cerca de 130 terrenos dedicados à exploração da apicultura.

A cooperativa MelBandos de Ma-ção está desde 2006 implementada neste mercado apícola. Trata-se de uma entidade que se dedica ao acompanhamento dos produ-tores de mel de Proença-a-Nova, Vila de Rei, Sertã e Mação. No total são cerca de 86 sócios agregados a esta entidade. Fernando Monteiro, o presidente da direção, explicou ao JA que a MelBandos reúne um conjunto de responsabilidades para com estes profi ssionais, desde a rea-lização de formações, a certifi cação, extracção, o embalamento do mel e, por último, o combate de doen-ças nas abelhas.

Fernando Monteiro adianta que a produção de mel pelos produto-res associados chega a atingir entre 200 a 250 toneladas por ano, daí a região ter uma grande expressivi-

dade no que diz respeito a este pro-duto. “Em Mação, devido ao denso mato e às boas temperaturas climá-ticas, podemos produzir mel todo o ano. Nem todas as regiões do país têm esta facilidade. A própria Mel-Bandos produz mel, mas também compra aos seus associados para depois comercializar no pequeno comércio da vila.”

“O mel tem sido uma aposta ganha”

Desde que a Marca Mação foi lançada em 2010, o mel foi auto-maticamente integrado nesta ação de promoção e comercialização

feita pela autarquia. António Louro, vereador responsável pela Marca, garante que “o mel tem sido uma aposta ganha”. E acrescenta: “O ob-jetivo da Marca Mação foi potenciar as fileiras com maior importância económica no concelho. Entende-mos que o mel era um produto de excelência a integrar pela expressi-vidade e grande tradição que tem. Os responsáveis por este sucesso têm sido a cooperativa MelBandos e, recentemente, uma empresa pri-vada denominada Terra Mação.”

De acordo com António Louro, este trabalho da Marca tem sido muito bem recebido pelos produto-res que estão envolvidos. O autarca lembra ainda que este é um traba-lho que exige continuidade e muita dedicação. Foi devido a estes dois motivos que autarquia decidiu criar uma associação que vai apenas dedicar-se a resolver os problemas e as tarefas que Marca Mação exige. A associação chama-se Amar Ma-ção e é presidida pelo próprio ve-reador António Louro.

Joana Margarida Carvalho

Um produto de tradição e de excelência

Situado em pleno coração da ci-dade, junto ao edifício da Câmara Municipal do Entroncamento e numa das zonas mais movimenta-das da cidade, o ‘Sabores do Mer-cado’ abriu portas no dia 28 de se-

tembro e apresenta um conceito inovador que junta várias valências num só espaço.

O Centro Cultural do Entronca-mento, inaugurado em 1991 de-pois de obras efetuadas no antigo

Mercado Diário, é agora casa de dois bares que fazem parte de um projeto que futuramente deverá incluir um restaurante, ainda por concessionar.

Um dos bares chama-se ‘Sabores do Mercado’ e aposta nos vinhos, nas cervejas e nas tapas. Em lingua-gem anglo-saxónica, será um es-paço percursor das ‘Wine and Beer Houses’, designação que, aliás, é uti-lizada na imagem do espaço. O ou-tro bar, a ‘Praça Velha’, apresenta-se como cafetaria e pastelaria. Apesar das diferenças, a ideia dos irmãos Manuel Luís e José Carlos Luís é fa-zer com que ambos os espaços se complementem.

Durante a semana o horário de funcionamento é das 7h30 às 24h00 e nos fi ns-de-semana o en-cerramento acontece apenas às 2h00. Será precisamente durante os fi ns-de-semana que os empresários apostarão numa vertente funda-mental para o sucesso do projeto: animação cultural, ou não fosse o edifício a casa da cultura da cidade ferroviária.

Música ao vivo, exposições, even-tos e espetáculos multidisciplina-res serão bem-vindos a este novo espaço num edifício que é por si só polivalente. Por lá, desde a inaugu-ração, já passaram artistas da cidade como ‘Pedro Dyonysyo’, Ricardo Oli-

veira ou a banda ‘Fun2Rock’. As noi-tes têm sido animadas e a adesão alta.

Se no Outono e Inverno o frio leva ao fecho de qualquer fresta para manter o calor lá dentro, no Verão cada um dos bares se estenderá para a via pública, cada um com a sua esplanada, numa zona da ci-dade que foi alvo de requalifi cação nos últimos seis anos, nomeada-mente através de obras de embe-lezamento, e onde se realizavam as festas da cidade, agora relocaliza-das para o amplo Recinto Multisu-sos. A festa está de volta ao local.

Ricardo Alves

Conceito inovador revitaliza Centro Cultural do Entroncamento

• Fernando Monteiro, da cooperativa MelBandos (à esquerda), e António Louro, vereador da Câmara de Mação (à direita)

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15NOVEMBRO 2012 REGIONAL

‘DESENHARTE’ ATÉ 3 DE NOVEMBRO, NO CENTRO CULTURAL DE VILA NOVA DA BARQUINHA

“Chamámos ‘Desenharte’ a esta iniciativa, que faz parte da Trienal de Desenho, DESE-NHA’12, que é a nível nacio-nal, em que há mais de 100 parceiros que estão a fazer qualquer coisa à volta do de-senho. Nós estávamos um bocadinho apreensivos por-que, com o Museu da Escul-tura, tivemos um verão bas-tante atribulado e não partici-pámos nesta iniciativa como queríamos, que era fazer um ‘storyboard’ e pôr os artistas a fazer parte de um trabalho conjunto, com um contexto ou uma história sobre o con-celho. Mas queríamos partici-par. Pedimos aos artistas que frequentam o ateliê de artes da Barquinha e a outros ar-tistas para que participassem com um desenho ou com um apontamento. Poderiam in-clusivamente discutir os tra-balhos e interagir uns com

os outros. Ou seja, um podia fazer um desenho de alguém a correr e o outro punha um cãozinho atrás. Passou por ser uma brincadeira, mas uma brincadeira tornada sé-ria. Pensámos em desenhar a própria parede porque vai a ser a última exposição neste espaço. A galeria vai trans-formar-se em gabinetes e os gabinetes vão passar a ser o Posto de Turismo. Isso deu-

nos a facilidade de desenhar-mos a própria parede, o que foi interessante. Como vamos ter uma galeria nova, esta é a despedida da antiga gale-ria, com a participação de to-dos os que participaram nos ateliês de arte e de alguns artistas convidados, como o Sam Abercomby e como o Carlos Dias, pessoas ligas às artes há já alguns anos. Esta é a participação da Barqui-

nha nesse evento nacional. Poderá depois haver troca de experiências, embora a nossa seja difícil levar daqui. Mas fi -cará um documento vídeo e um caderno de fotografias que poderão ser trocados com os parceiros. Enquanto os artistas estiveram a fazer os trabalhos, as pessoas foram passando e entrando. A ideia era que durante a feitura da exposição o espaço estivesse aberto para as pessoas inte-ragirem, poderem comunicar e dar ideias. E isso foi feito. Ao todo participaram 26 pessoas, dos oito aos 65 anos, mas nem todos se consideram artistas. Houve casos de pessoas que simplesmente gostam de de-senhar (como o do jornalista ilustrado na fotografi a).”

Carlos Vicenteartista plástico, comissário da

‘Desenharte’

Arte desenhada nas paredes

Palha de Abrantes promovida em Lisboa

A TAGUS - Associação para o Desenvolvimento Integrado do Ribatejo Interior esteve em Campo de Ourique, Lisboa, a promover a doçaria tradicional de Abrantes, Constância e Sardoal, através de um dos ícones da gastronomia da região: a Palha de Abrantes. O doceiro Manuel Correia organizou uma ofi cina com 60 alunos do Jardim-Escola João de Deus. Já no espaço Turismo a Azul e Verde, sito na rua Coelho da Rocha, Palha de Abrantes e broas de noz e mel foram servidas a mais de 50 transeuntes que foram convidados a entrar na loja. Para além de sensibilizar para as tradições do Ribatejo Interior, esta ação pretendeu chamar a atenção para a 11ª Feira Nacional de Doçaria Tradicional, da organização da TAGUS e da Câmara Municipal de Abrantes, que se realizou entre os dias 26 e 28 de outubro, no Centro Histórico de Abrantes.

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16 NOVEMBRO 2012REGIONAL

“Foi dado mais um passo para o processo de coopera-ção-colaboração entre os ato-res territoriais.” É desta forma que Luís Mota Figueira, pro-fessor do Instituto Politécnico de Tomar (IPT) e um dos or-ganizadores do Colóquio de Turismo e Património que, entre 20 e 21 de outubro de-correu em Vila Nova da Bar-quinha, sintetiza os objetivos

alcançados. Para além deste aspeto, sublinha-se que as 29 comunicações e os restantes contributos das individuali-dades convidadas permiti-ram estabelecer o ‘estado da arte’, em sentido geral, e es-pecifi camente para a região de infl uência do IPT. Em de-bate estiveram temáticas re-lacionadas com o Património, a Arqueologia e o Turismo.

A oportunidade, de acordo com a organização, permi-tiu mostrar “projetos com vi-sibilidade e futuro, quer de natureza académica e cien-tífica, quer no domínio em-presarial e institucional, bem como na esfera autárquica e no âmbito das comunida-des locais”. Por isso se con-clui que “a transferência de conhecimentos aconteceu,

muito por via das partilhas de problemas e da expecta-tiva sobre a investigação e aplicação dos resultados, que os promotores tentaram sus-citar”. A iniciativa contou com o apoio da Câmara de Vila da Barquinha e do Centro de In-terpretação de Arqueologia do Alto Ribatejo.

AGREGAÇÃO DE FREGUESIAS

COLÓQUIO DE TURISMO E PATRIMÓNIO

José Soares, presidente da Junta de Freguesia de Pe-nhascoso, diz que desconhe-cia proposta de agregação da sua freguesia à de Mação, ao contrário do que adian-tou o presidente da Assem-bleia de Junta, Abílio Diogo, na última edição do JA. Am-bos são do PS.

“A agregação é um assunto encerrado”, palavras de Abílio Diogo (PS) presidente da As-sembleia de Freguesia de Pe-nhascoso, após um processo conturbado e até caricato que durou quatro dias – fi-nalizado em Assembleia ex-traordinária de 24 de setem-bro - período no qual vin-

gou a proposta do autarca de agregar a freguesia do Pe-nhascoso à de Mação.

Na altura, o JA tentou contactar o presidente da Junta de Freguesia de Pe-nhascoso, José Soares (PS), para o confrontar com a pro-posta do colega partidário que, a ser derradeiramente aceite, levaria à extinção da freguesia. Os vários contactos foram infrutíferos, sendo im-possível contactar o autarca até fecho da edição do JA de setembro.

Abílio Diogo afirmou aos microfones da Antena Livre que José Soares teria conhe-cimento da proposta, mas o presidente da Junta refuta

essa hipótese: “Eu não tinha conhecimento da moção apresentada.” Só na altura de usar a palavra, uma vez que não tinha poder de voto na-quela Assembleia, José Soa-res afi rmou que “não vendia a minha freguesia por 15% a mais que viesse”.

Confrontado com o facto de tanto o presidente da As-sembleia, como o da Fregue-sia serem do mesmo partido – Partido Socialista – e ques-tionado sobre a coesão que esta situação supostamente deveria criar, algo negado neste caso, José Soares foi claro: “Há uma falta de comu-nicação. Da minha parte disse que fi quei revoltado com a si-

tuação, eu deveria ter sido o primeiro a saber.”

“Fui apanhado nesta em-brulhada sem nada saber” - conclui José Soares, que conta que foi abordado pe-los populares que se insur-giram contra a extinção da freguesia do Penhascoso. O assunto, apesar dos esclareci-mentos do autarca, fi cou en-cerrado a 24 de setembro. A relação dos autarcas, Abílio e José, fi cou marcada, tendo o presidente da Junta pedido a demissão do primeiro e ad-mitindo que o PS fi cou cha-muscado com a situação.

Ricardo Alves

Presidente da Junta de Penhascoso recusa ser mau da fi ta

EDITAL N° 09/2012MIGUEL JORGE ANDRADE PITA MORA ALVES

PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE SARDOALFAZ PÚBLICO que, para efeitos do art. 91° da Lei nº 169/99, de 18 de se-tembro, na redação dada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de janeiro, se publi-cam as deliberações da Assembleia Municipal, tomadas em sessão ordiná-ria, realizada no dia 28 de setembro de 2012:- Autorização prévia no âmbito da Lei dos Compromissos - Proposta;(Deliberado por unanimidade aprovar a proposta);- Taxa Municipal de Direitos de Passagem para 2013;(Deliberado por unanimidade não aplicar);- IMI- Taxas a aplicar para o ano de 2012, avigorarem em 2013;(Deliberado por maioria aprovar, para prédios rústicos, 0,8%; prédios urba-nos, 0,7%; prédios urbanos avaliados nos termos do CIMI, 0,375%; com, dez votos a favor, cinco abstenções e um voto contra);- Derrama / Participação variável no IRS;(Deliberado por unanimidade manter o valor do ano transato);- 1” Revisão às Grandes Opções do Plano e 1” Revisão ao Orçamento;(Deliberado por unanimidade aprovar);- Programa de Apoio à Economia Local - PAEL· Empréstimo;(Deliberado por maioria aprovar, com onze votos a favor e cinco absten-ções);- Programa de Apoio à Economia Local - PAEL - Plano de Ajustamento;(Deliberado por maioria aprovar, com onze votos a favor e cinco absten-ções);E para constar se lavrou o presente Edital e outros de igual teor que vão ser afixados nos lugarespúblicos de estilo.Paços do Município de Sardoal, 8 de outubro de 2012O Presidente da Assembleia MunicipalMiguel Jorge Andrade Pita Mora Alves

O Clube de Filosofia de Abrantes convidou os re-presentantes dos partidos políticos para falarem sobre ação e trabalho que eles es-tão a desenvolver numa al-tura de crise. BE, CDS, CDU e PS aceitaram o desafi o. “O projeto parte do princípio de que os partidos são enti-dades nucleares da vida do país e que todos nós somos parte implicada no pro-cesso”. Esta é a informação que consta na nota enviada à imprensa.

A iniciativa visa o debate da política nacional e não da política concelhia.

As sessões vão decorrer nas instalações da Junta de Freguesia de S. Vicente, em Abrantes, às terças-feiras,

às 21h30, a partir do pró-ximo dia 30 de outubro. O coordenador deste pro-jeto no Clube de Filosofia de Abrantes é Nelson Car-valho.

Clube de fi losofi a promove debate sobre a política nacional

Oportunidade para mostrar projetos com futuro

Sessões

30 de outubro BE6 de novembro CDS13 de novembro CDU20 de novembro PS

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17NOVEMBRO 2012 REGIONAL

A autarquia de Abrantes integra a lista dos 35 municípios portugueses distinguidos com o título “Autarquia +Familiarmente Responsável 2012”. O anúncio foi feito pelo Observató-rio das Autarquias Familiarmente Responsáveis.

Este reconhecimento resulta de um inquérito realizado a nível na-cional ao qual responderam 103 autarquias e onde foram analisadas as políticas de família dos municí-pios em várias áreas. Entre as dez autarquias do concelho de Santa-rém que responderam ao inqué-rito, Abrantes foi a única a obter o galardão da bandeira que distingue as melhores práticas.

As boas práticas das autarquias foram avaliadas através de um in-quéirto sobre diferentes aspetos: apoio às famílias com necessidades especiais; serviços básicos; educa-ção e formação; habitação e urba-nismo; transportes; saúde; cultura, desporto, lazer e tempo livre e ou-tras iniciativas. Foram ainda analisa-

das as boas práticas das autarquias para com os seus funcionários autárquicos em matéria de concilia-ção entre trabalho e família.

No site www.observatorioafr.org é possível analisar os dados resultan-tes do inquérito, nomeadamente no que diz respeito às políticas in-tegradas de família e aos meios uti-

lizados para divulgar essas políticas. Para além de Abrantes, foram pre-miadas as autarquias de Amadora, Boticas, Cascais, Estarreja, Faro, Funchal, Fundão, Guarda, Lisboa, Loures, Lousá, Mealhada, Mértola, Mirando do Corvo, Praia da Vitória, Seia, Vieria do Minho e Vila Nova de Foz Côa.

O município de Abrantes vai apoiar financeiramente projetos empresariais, promovidos por em-presas com sede e/ou incidência no concelho, que sejam aprovados no âmbito do sistema de incentivos do QREN e do PRODER e que recorram a serviços das entidades instaladas no TAGUSVALLEY – Tecnopolo do Vale do Tejo.

Na atual conjuntura de estagna-ção e desemprego, este esforço fi -nanceiro do município tem três ob-jetivos: apoiar a atividade econó-mica local; estimular a inovação e desenvolvimento tecnológico em-

presarial da região; dinamizar e par-tilhar os recursos oferecidos pelos serviços instalados no Parque Tec-nológico (LINE, OTIC, MEDIOTEJO 21, aLOGOS e INOVLINEA).

Segundo o Regulamento deste apoio, aprovado na reunião de Câ-mara de 22 de outubro de 2012, a Câmara comparticipará com um montante integrante da compo-nente nacional no âmbito da can-didatura, nos projetos relacionados com atividades de investigação in-dustrial e desenvolvimento tecno-lógico, em particular as situadas nos sistemas de incentivos I&DT, e as

elegíveis no PRODER, de apoio ao investimento na agricultura e na agro-indústria.

O apoio consiste na atribuição à empresa do montante equivalente a comparticipação dos encargos ti-dos com serviços contratados às en-tidades instaladas no Tecnopolo.

O incentivo não ultrapassará o montante integrante da compo-nente nacional, no máximo de 20% do valor de comparticipação das despesas elegíveis aprovadas nas respetivas candidaturas, e num li-mite máximo, por projeto, de 10.000€.

Abrantes distinguida por boas práticas

Câmara apoia investimento na agricultura e na agro-indústria

Morreu Carlos Santana Maiaantigo Bastonário da Ordem dos Médicos

Morreu Martinho Jorge, o homem bom da Mercar

No passado dia 3 de Outubro, faleceu na Figueira da Foz, Carlos Alberto Santana Maia. Natural de Mouriscas (1936-2012), destacou-se a vários títulos, tanto como mé-dico como cidadão interveniente. Foi sepultado na sua terra natal.

No campo da Medicina, o seu exercício como médico e respon-sável na administração hospitalar foi reconhecido por várias distin-ções honoríficas, tantas que se-ria fastidioso enumerá-las. Regist-em-se apenas que era membro honorário da Academia Brasileira de Medicina e do American Col-lege of Physicians e que recebeu a Medalha de Mérito da Ordem dos Médicos e a Medalha de Ser-viços Distintos do Ministério da Saúde, para além do Diploma de Sócio Honorário da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna. Dos vários cargos assumidos na Medicina, tem natural realce o de

Bastonário da Ordem dos Médi-cos (1992-1996), o de Presidente do Comité Permanente dos Médi-cos Europeus (1993-1994) e os de membro do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida e do Conselho Económico e Social.

No campo da intervenção polí-tica, militou na Oposição Demo-crática antes do 25 de Abril e, de-pois, foi deputado à Assembleia da República (em 1983 e 1985) pelo PS, do Governador Civil de Coimbra, presidente da Assem-bleia Municipal de Coimbra e vice-presidente da Câmara Municipal de Coimbra.

Bastam estas referências para dar a perceber o respeito que rodeava o seu nome. Foi, sem dúvida, um médico e um cidadão ilustre, da-queles que só ganhamos em re-cordar.

Alves Jana

No passado dia 16 de Outubro, faleceu Martinho Jorge (1943-2012), o homem que o JA desta-cou na sua edição de Dezembro de 2009. O espírito que punha nas relações de trabalho pode ser per-cebido através do que então nos contou com emoção: “Quando se deu o 25 de Abril, a empresa não era minha, mas eu era o gestor. En-tão, garanti aos trabalhadores que, enquanto eu estivesse à frente, eles estariam tão bem quanto eu, que ao dia 30 não haveria falta de vencimento, nem que eu tivesse que perder dinheiro.” E acrescen-tava: “Até hoje.” Repeti-lo aqui, no presente contexto social e político é uma homenagem e o reafi rmar de uma lição. Sim, foi um homem bom, e isso não o impediu de ser um empresário de sucesso.

Natural de Vale da Serra (con-celho de Torres Novas), onde foi

sepultado, começou a trabalhar aos 14 anos. Em 1973 vem insta-lar no Rossio uma delegação da empresa onde trabalhava e em 1974 instala-se em Abrantes. Em 1983 é constituída a Mercar que Martinho Jorge e a esposa aca-bam por comprar em 1994. Em 2010, Martinho Jorge recebeu o Galardão Empresa atribuído na Gala Antena Livre à Mercar.

Para lá de um empresário que criou e geriu do nada uma em-presa, que marcou a paisagem empresarial da cidade e da região, foi sempre um homem com quem se podia contar e muitas foram as instituições que a ele recorre-ram com proveito. Era de uma afa-bilidade bem acima do comum, uma pessoa singular que a vida nos trouxe até Abrantes.

Alves Jana

NECROLOGIA

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18 NOVEMBRO 2012

Na última edição, o JA noticiava que o Edifi co Milho “já tem aulas”, em concreto aulas da Escola Supe-rior de Tecnologia. Mas a verdade é que esse passou foi um grande salto para aquele edifício.

Edifi cado no início da década de 20 do século passado, a verdade é que apenas agora foi integralmente ocupado.

Na fachada, ao nível do rés-do-chão, ainda se pode ler: Grandes Ar-mazéns / Luiz Alves Milho / Edefi cio Fundado em 1922.

Mas o Jornal de Abrantes de 3 de Junho de 1923 ainda anunciava: “Grandes Armazéns de Moveis / de / Luiz Alves Milho / Abrantes/ Esta casa brevemente vai inaugurar as suas vastas secções de: / Moveis, vidros, bijuterias, perfumarias, cu-telarias e outras pertencentes ao

mesmo ramo. / É já a que melhor sortido apresenta na província e de-pois de definitivamente instalada no seu novo edifício ficará sendo uma das melhores do nosso país.”!

Não nos foi possível confirmar quando se terá mudado para as no-vas instalações, mas sabe-se que o edifício ficou por concluir, pois estava oco por dentro, tendo ape-nas a estrutura que o mantinha de pé. Apenas, por isso, o nível térreo estava ocupado, com o imediata-mente superior a servir de arreca-dações. Ao lado, onde hoje é a porta de acesso aos andares superiores, era a residência dos proprietários.

Era, pois, um edifício imponente, por fora, mas doente por dentro. Quando a Casa Milho fechou, outra empresa comercial ocupou o seu lugar. Mais tarde, quando o edifício

da Câmara Municipal, na rua José Estevam, foi sujeito a obras, foi no Edifício Milho que estiveram provi-soriamente instalados os serviços de Secretaria da Câmara.

Mais tarde, o imóvel foi adquirido pelo Grupo Lena. O projeto che-gou a prever diminuir-lhe um an-dar, mas a autoridade de tutela do Património não permitiu. Acabou por ser recuperado com o mesmo perfi l. Mas, posto à venda, não en-controu comprador.

Até que foi necessário mudar al-gumas das funções da ESTA e a Câ-mara adquiriu o imóvel para alojar ali salas de aulas.

Foi assim o edifício Milho devol-vido a uma vida que nunca teve, a não ser sonhada no projeto inicial.

Alves Jana

EDUCAÇÃO

Novos laboratórios para a ESTA

Edifício “Milho”, enfi m cheio de vida

• Estúdios de rádio e de televisão passam para o Tecnopólo

A Escola Superior de Tecnologia de Abrantes (ESTA) vai ver as suas valências ampliadas. Na última reunião do executivo camarário abrantino, que aconteceu no pas-sado dia 8 de outubro, foi anun-ciado um novo investimento para o estabelecimento de ensino.

O objetivo é converter as três naves que estão sediadas no Tecnopólo do Vale do Tejo, em Alferrarede, em laboratórios de inovação industrial e empresarial. Este novo espaço vai ser destinado às aulas práticas dos cursos de En-genharia Mecânica e de Comuni-cação Social e para que o Line (La-

boratório de Inovação Industrial do Instituto Politécnico de Tomar) possa continuar a desenvolver a sua atividade tecnológica nas me-lhores condições.

O curso de Engenharia Mecânica já tem algumas aulas práticas neste espaço de Alferrarede, mas passará a ter mais condições; no caso de Comunicação Social, trata-se de transferir para o Tecnopólo os es-túdios de rádio e de televisão, que este ano letivo ainda funcionam no Convento de São Domingos e que são também utilizados pelos alunos do curso de Vídeo e Cinema Documental.

O Line encontra-se sediado den-tro do edifício InovPoint e neste momento a sala que ocupa já não é sufi ciente para os muitos proje-tos empresariais que tem em mar-cha. Maria do Céu Albuquerque, presidente da autarquia, explicou que este é um investimento muito importante para a economia da região. “Pretendemos transformar aquilo que é o conhecimento e o saber dos docentes, assistentes e alunos em valor para a economia. O objetivo é haver aqui uma liga-ção entre a comunidade educativa e o sector empresarial dentro des-tes laboratórios.”

Maria do Céu Albuquerque consi-dera que os novos espaços da ESTA constituem “mais um grande in-vestimento para Abrantes”. A obra terá um valor de cerca de 1 milhão e 100 mil euros.

Numa altura de crise, a presidente vê este novo investimento como uma oportunidade ao emprego, ao aumento de valor e inovação para as empresas da região e para os jovens estudantes. A TAGUS Val-ley vai ser a responsável pela candi-datura aos fundos necessários para levar por diante este investimento.

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Seis filmes realizados pelos alunos do curso de Vídeo e Cinema Documental do Insti-tuto Politécnico de Tomar fo-ram selecionados para a sec-ção Verdes Anos do DocLis-boa 2012.

Dos 22 filmes a concurso, seis foram realizados pe-los alunos do curso de Vídeo e Cinema Documen-tal (VCD), da Escola Superior Tecnologia Abrantes (ESTA), que pertence ao Instituto Politécnico de Tomar, e foram selecionados para participa-rem no DOCLisboa de 2012, na secção Verdes Anos. Três destes filmes foram realiza-dos no âmbito do workshop com o realizador francês Syl-vain George, que decorreu no passado mês de julho.

Os fi lmes selecionados são: “Horizontes” de Jorge Roma-riz e Tiago Siopa; “Heteroto-pia” de Tiago Siopa; “Cantores do Submundo” de Fernando Miguel Moreira; “Paisagens de Papel” de Pedro Almeida e André Pisca; “Cenas de uma Comunidade Política” de Diogo Allen, Sofi a Aguiar e Ângela Melo; e ainda “Um Passeio no Vazio” de Rodrigo Lopes e Gonçalo Cardeira.

Sofi a Aguiar, uma das alunas selecionadas, acredita que o seu filme vai ser bem rece-bido pelas pessoas e diz que “ter um fi lme num festival de cinema é sempre motivador para continuar o trabalho de realização de fi lmes”.

Gonçalo Leite Velho, diretor de curso de VCD, mostrou-se satisfeito com a participa-ção dos alunos neste festi-val: “É uma oportunidade dos alunos poderem ver o seu trabalho exibido e visto pu-blicamente. A ESTA já não é nenhuma desconhecida no meio, muito pelo contrário, desperta até uma certa cu-riosidade”.

Catarina FernandesAluna de Comunicação Social

da ESTA

ESTA presente no DocLisboa 2012

•“Grandes Armazéns” trans-formam-se em Escola Superior

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19NOVEMBRO 2012 CULTURA

LUGARES COM HISTÓRIA

A Senhora da LuzTERESA APARÍCIO

A capela de Nossa Senhora da Luz fi ca na Abrançalha de Cima, junto à estrada que se-gue para o Paul e é um local antigo, onde se fazem roma-gens desde tempos imemo-riais. Com efeito, ele aparece já mencionado na lenda de Abrantes, referida por Manuel António Morato, que por sua vez se baseou nos aponta-mentos do bispo Frei João da Piedade (século XVI), que vi-veu em Abrantes na sua juven-tude e que aqui a deve ter re-colhido da tradição popular.

Conta este que, quando Abrantes foi tomada aos mouros em meados do sé-culo XII, era alcaide do castelo um velho mouro de nome Abraham-Zaid, pai da bela e famosa Zahara. Este era se-nhor “de quase todas as veigas da ribeira da Abrançalha, que antigamente se chamava de Nossa Senhora da Luz, em ra-zão de uma ermida que ali há

e na qual se venera com muita devoção a dita Senhora e por trazer os seus fundamentos do tempo dos godos, os mouros a consentiram aos cristãos.” É claro que esta referência apa-rece apenas integrada numa lenda, não havendo outros documentos a comprová-la, mas não deixa de ser um ates-tado de antiguidade que a tradição popular já então lhe atribuía.

Passando agora para fac-tos históricos, foi neste local que teve o primeiro assento o convento de Santo António. Segundo Frei Francisco de S.Tiago, cronista da província da Soledade, foi no ano de 1526 (segundo outros de 1521), que o provincial de então, Frei João de Albuquerque, aceitou a oferta que lhe foi feita pelo 3º conde de Abrantes, D. Lopo de Almeida, para a constru-ção de um mosteiro, no local onde já existia uma ermida dedicada a Nossa Senhora da Luz, na ribeira de Abrança-

lha, “que por ser tão antiga se não sabe do seu princípio.” Os frades estiveram ali durante quarenta e cinco anos, sendo depois “obrigados por mui-tas doenças” a mudar de lo-cal, tendo ido para a chamada hoje Quinta d’Arca, em Vale de Rãs e, mais tarde, para o sítio onde está agora a torre herteziana, já em Abrantes.

Para ajudar na construção do novo mosteiro, o antigo e as suas hortas foram ven-didos aos padres da Ordem de Cristo, em Maio de 1571, que por sua vez, em 1600, os venderam a António Pimenta de Almeida e, a partir daí, nas mãos de particulares se fo-ram conservando ao longo dos tempos. Os restos do con-vento foram ruindo, mas a ca-pela foi sobrevivendo, até que em 1938, por tão danificada que estava, acabou por ser fechada ao culto, perante a consternação da população, para quem Nossa Senhora da Luz continuava a ser objecto

de grande devoção. Esta si-tuação terminou em 1953, quando passou a integrar a paróquia de S. Vicente, tendo a população contribuído, com grande generosidade, para a sua recuperação.

A imagem tão venerada de Nossa Senhora da Luz, quase de tamanho natural, é feita de pedra de ançã e deve ter sido trazida pelos frades de Santo António, no século XVI, em-bora o culto, como se viu, seja bastante anterior, perdendo-se na noite dos tempos. Pe-dindo ajuda para os seus pro-blemas e afl ições, por ali têm passado muitas gerações de devotos, cheios de fé nos mi-lagres da Senhora, de que se contavam antigamente inu-meráveis prodígios.

A festa principal ocorria e ocorre em Setembro, presen-temente no dia oito, sendo ainda muito concorrida pela população das redondezas que ali vai participar na missa e na procissão e à noite ao ar-

raial, realizando-se este agora no fi m de semana mais pró-ximo. Embora ainda animada, a actual romaria não se com-para com as realizadas no iní-cio do século XX e de que os jornais de então fazem eco. Como exemplo damos a no-tícia relatada no Jornal de Abrantes de 17 de Setembro de 1922: “Poucas vezes temos visto ali tão grande concorrên-cia, pois Abrantes quase se des-povoou por completo, tendo dado um alegre aspecto à festa os grupos familiares que sa-boreavam os seus farnéis, na margem da estrada, desde o adro até à fonte sob a orla som-bria das árvores.” Houve missa e procissão, como habitual-mente e à noite o arraial teve baile, descantes e fogo de ar-tifício “que foi de lindo efeito”. E facto digno de nota, foi neste ano que apareceu pela pri-meira vez no arraial a ilumina-ção eléctrica “que muito contri-buiu para que a romaria tivesse brilhantismo”.

Hoje Abrantes já não se des-povoa para ir à Senhora da Luz, nem se fazem piqueni-ques à beira da estrada (de resto o local está bastante mais seco do que era então), mas todos os anos, a oito de Setembro, a Fé e a Vida conti-nuam a estar ali entrelaçadas.

Bibliografi a:- MORATO, Manuel António e

MOTA, João V. Fonseca, “Memória Histórica da Notável Vila de Abrantes”, C. M. de Abrantes, 1981

- SILVA, Joaquim Candeias, “ San-tuários Marianos: Elementos para a História Religiosa do Concelho de Abrantes”, revista Zahara nº 19, Ju-lho de 2012

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20 NOVEMBRO 2012CULTURA

Jovens realizadores pedem a colaboração dos abrantinosOito jovens de Abrantes estão a participar num projeto interna-cional – que envolve também jo-vens de Espanha e de Marrocos – com o objetivo de produzirem filmes. Como tudo começou no país vizinho, o nome do projeto é em espanhol: “Holla, estás ha-ciendo una peli”. Os trabalhos são desenvolvidos por fases e rotati-vamente: um grupo de jovens faz o argumento, que passa ao grupo seguinte; o segundo grupo con-cebe os planos, que passa ao ter-ceiro grupo; o terceiro grupo faz a rodagem dos planos. O resultado será uma surpresa para todos.

Em Abrantes, o grupo de qua-tro raparigas e quatro rapazes tem trabalhado cerca de quatro horas por dia. Estão na fase de produção de planos do ‘storyboard’ que re-ceberam dos colegas espanhóis e que vão passar aos jovens marro-quinos, para eles fazerem a respe-tiva rodagem. Em dezembro será a altura dos jovens abrantinos fa-zerem a rodagem dos planos con-

cebidos por outros jovens. E aqui é que entra o principal apelo: o pro-jeto precisa da colaboração dos ci-dadãos abrantinos. Como o fi lme vai ter 120 planos e os jovens são só oito, são necessários mais 112

voluntários.Para participar não é preciso sa-

ber fazer filmes nem ter grande equipamento. Um simples câmara de filmar ou eventualmente até um telemóvel poderão servir. O

mais importante é a vontade de participar num projeto diferente mas especial. Quem decidir parti-cipar receberá um plano que deve seguir, com instruções claras sobre como fazer. Se for preciso, haverá sempre alguém para ajudar.

Esta ligação e envolvimento com as comunidades é, segundo Marta Blanco, responsável pelo projeto, uma das mais-valias. No fundo, o resultado dos fi lmes é um produto coletivo que será também um re-fl exo da própria comunidade.

Telma Rosa, de 17 anos, é uma entusiasta do projeto. Quer vir a ter uma carreira no mundo do cinema, mas este é o primeiro contacto que tem com a área. Soube deste pro-jeto através da diretora de turma e agarrou logo a oportunidade. Ex-plica que, para além dos fi lmes que são feitos e conjunto, os grupos de cada país vão fazer os seus pró-prios fi lmes, todos com uma pers-petiva autobiográfi ca. Juliana Oli-veira e Bárbara Pinhal Novo são outras das jovens que estão en-volvidas no projeto. Para além da

“piada” que tem fazer fi lmes, o co-nhecimento de outras culturas é aquilo que mais a está a atrair.

Apesar de o projeto já ter quatro anos de existência, é a primeira vez que chega a Portugal, especifi ca-mente através do Espalha Fitas, a secção de cinema da Associação Cultural Palha de Abrantes. Para já, o projeto só tem garantido o apoio de uma fundação holandesa, mas os responsáveis ainda acreditam que será possível ter também o apoio de outros fundações, no-meadamente portuguesas. Para além de Marta Blanco, estão tam-bém a trabalhar com os jovens portugueses os formadores Anouk Deville e João Paulo Dias.

Os interessados em fazer um plano deste filme coletivo pode fazer a sua inscrição através do Es-palha Fitas ou no blogue http://ho-laestashaciendo1peli.org/

Hália Costa Santos com Flávio Nunes, aluno de Comunicação

Social da ESTA

Desde pequeno que se ha-bituou a ouvir histórias à la-reira. Ouvia lendas de mou-ras encantadas e de potes de ouro por desenterrar. Mesmo sem ser escritor profi ssional, o resultado era fácil de antever: vários contos escritos, alguns premiados e, agora, o livro “Histórias (Des)encantadas”. O autor é José Martinho Gaspar, nascido em Águas das Ca-sas (Abrantes), sobretudo co-nhecido pela sua ligação ao património. Aliás, coordena o Centro de Estudos de His-tória Local de Abrantes e di-

rige a revista Zahara. No dia 25 de outubro apresentou a sua nova obra, na Biblioteca Municipal António Botto.

José Gaspar contou que es-creve sobre o que lhe está mais próximo: “Aquelas coisas que eu conheço, que eu sou, em que me envolvo e que eu sinto mais.” Por isso, nos con-tos do livro aparece a Histó-ria, o património, o desporto e outros temas que aparente-mente não têm ligação entre si. Mas esta heterogeneidade é também o resultado de con-cursos literários. Ou seja, es-

creve em função dos temas propostos pelos regulamen-tos.

Teresa Aparício, que apre-sentou o livro, ao fazer a re-senha de alguns dos contos “para aguçar o apetite” dos presentes na sessão de apre-sentação, sublinhou que as temáticas “são sempre aspe-tos diferentes, mesmo com muita atualidade, mesmo os que estão relacionados com a História”. Resumindo, trata-se de “uma leitura que traz pra-zer e nos faz refl etir”.

HCS

“Uma leitura que nos traz prazer e faz refl etir”

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21NOVEMBRO 2012 DIVULGAÇÃO

SAÚDE

A Rádio Antena Livre sente que está cada vez mais perto do seu público-alvo. A comp-rová-lo estão os estudos de audiência que a colocam numa posição bem simpá-tica na tabela das mais ouvi-das do distrito, sendo mesmo a única do concelho a apare-cer na tabela das audiências.

Os conteúdos da estação emissora que emite a partir de Abrantes são equilibrados e, por isso, vão ao encontro de todos os gostos. Todas as terças e sextas-feiras, o “Disto e Daquilo” é um espaço de entrevista entre as 22h e as 24h, apresentado semanal-mente por pessoas diferen-tes. Como o próprio nome indica, neste espaço de emis-são fala-se de tudo, com con-

vidados nas mais diversas áreas, escolhidos por cada apresentador. Aqui privileg-ia-se a conversa descontraída e informal.

A informação diária é maio-ritariamente de âmbito re-gional, com noticiários alar-gados de informação às 00h, 04h, 12h e 18h, além de vá-rios intercalares “espalhados” pelo dia, numa informação de proximidade que chega cada vez mais às pessoas. A informação da Antena Livre começa na Edição da Manhã entre as 08h e as 11h. São três horas de informação onde nada fi ca para trás.

“Radar” acontece às quart-as-feiras das 22h às 24h, com moderação de uma jornalista e três comentadores resi-

dentes, sobre atualidade na-cional, regional e nacional. Na edição das 12h, a fechar os noticiários, diariamente existe um cronista para cada um dos dias, com a sua opi-nião sobre um tema à esco-lha de cada um.

Na Antena livre existem ainda programas dedicados à internet (Cyber Café) e até existe um programa de Fo-foquices dos famosos (Rosa Choque) para quem gosta do género. Durante o dia, a mú-sica é intercalada com diver-sas rubricas diárias sobre, a vida a partir da filosofia e a fi losofi a a partir da vida, mas também sobre história local. Ainda diariamente, rubricas sobre saúde, desportos mo-torizados, efemérides mun-

diais…Anualmente a Gala Antena Livre marca cada vez mais a agenda cultural da região, homenageando pessoas, empresas e associa-ções da região, bem como um nome nacional….e as-sim acontece a Antena Livre, que recentemente recolocou em antena os tradicionais re-latos de futebol, como uma equipa de luxo que, sendo da casa, esteve ausente nos últi-mos anos.

A rádio como você gosta, em emissão 24 horas por dia, com animadores a todas as horas….está para ficar, reu-nindo consensos, de ouvin-tes e anunciantes.

Paulo Delgado

Antena Livre em lugar de destaque no ranking de audiências

Foram publicados os resul-tados do estudo Bareme Rá-dio, relativo ao 3.º Trimestre de 2012 para a região Lito-ral Centro. As percentagens de audiências apontam para um domínio das rádios na-cionais com a Rádio Comer-cial (16,6%) a liderar a lista, seguida da RFM (12,1%), Re-nascença (6,7%) e Antena 1 (5,2%).

Ao nível do território co-berto pela Antena Livre, a “rá-dio como você gosta” aparece em destaque, logo a seguir às nacionais Antena 2 (0,4%) e Super FM (0,4%). Com uma audiência de 0,3%, a Antena Livre aparece à frente de rá-dios como a Cidade de To-mar, Dom Fuas, Iris FM, Liz FM, Rádio Sines, Torres Novas FM ou a nacional RDP África.

AS CARAS DA RÁDIO

“A rádio como você gosta”com uma grelha diversifi cada

A prevenção e deteção precoce do cancro da mama é essencial

O cancro da mama é o tipo de cancro mais comum en-tre as mulheres. É a segunda causa de morte por cancro, na mulher. Em Portugal, anualmente são detetados cerca de 4.500 novos casos de cancro da mama, e 1500 mulheres morrem com esta doença, ou seja, todos os dias morrem quatro mu-lheres vítimas de cancro da mama. Embora mais raro, pode atingir os homens em cerca de 1%.

O cancro da mama rara-mente provoca sintomas na fase inicial, pelo que uma deteção precoce é muito importante. O conheci-mento da mama, através do auto-exame, permite a deteção de lesões palpá-veis. A mamografia pos-sibilita achados de lesões não palpáveis (três a qua-tro anos antes do apareci-mento de sintomas). Dete-tado “a tempo”, aproxima-damente 90% dos cancros de mama têm cura. É essen-cial que as mulheres (45 aos 69 anos) adiram ao rastreio do cancro da mama, reali-zando mamografi a.

Nos concelhos do ACeS do Zêzere, o rastreio é as-segurado pela Liga Por-tuguesa Contra o Cancro (LPCC) através das unida-des móveis. A mamografi a é repetida de dois em dois anos. No último rastreio realizado no ACeS, apenas cerca de metade das mu-

lheres que receberam carta convite fizeram o exame, mas foi possível detetar 53 casos de cancro da mama. E as restantes, farão vigilân-cia de saúde noutro lado, ou continuam a adiar a sua saúde?

Estima-se que por meio da alimentação, nutrição e atividade física é possível reduzir em 28% o risco de ter cancro da mama (INCA, 2009). A sensibilização das mulheres para a importân-cia do controlo dos fatores de risco relacionados com o estilo de vida, como a pre-venção da obesidade, so-bretudo na menopausa, re-dução da ingestão de gor-duras, prática de exercício físico regular e abolição do consumo de bebidas al-coólicas, assim como o es-tímulo à participação nos programas de rastreio, rea-lizando mamografi a, são a melhor forma de combater o cancro da mama.

O conhecimento de sinais e sintomas facilita o diag-nóstico precoce. Se detetar nódulos (caroços) na mama ou axila, mudança da forma ou tamanho da mama, re-tração da pele (tipo casca de laranja) ou do mamilo, secreção sanguinolenta pelo mamilo, alteração da cor ou da sensibilidade, procure ajuda médica.

Paula GilEnfermeira

ACES Zêzere

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22 NOVEMBRO 2012CULTURA

AbrantesAté 31 de outubro – Exposição da IV Antevisão do Museu Ibérico de Arqueologia e Arte de Abrantes – Museu D. Lopo de Almeida, CasteloAté 30 de novembro – Exposição de produtos regionais “Sabores de Outono…das vindimas à apanha da azeitona” – Posto de Turismo, das 9h30 às 17h30Até 2 de novembro – Exposição “Michael Giacometti - 80 anos, 80 imagens” – Biblioteca António BottoAté 23 de novembro – Exposição de arquitetura “Aires Mateus & Associados, Lda.” – Galeria Municipal de ArteAté 30 de novembro – Exposição “As viagens de Mimi – Uma aventura animada”, quadros sobre a implementação da República, por Tânia Duarte e Ícaro – Biblioteca António BottoAté 30 de novembro – Exposição “O Vaivém do Tear – Etnografi a urdida no concelho de Abrantes” – Biblioteca António Botto5 a 30 de novembro – Exposição “O Medo Vai Ter Tudo”, exposição sobre violência doméstica – Biblioteca António Botto9 de novembro – Música com o quarteto de jazz “Chibanga Groove” – Cine-teatro São Pedro, às 21h3010 de novembro – Música Estatuna – Tuna de Abrantes – Casa do Povo de São Miguel do Rio Torto16 a 18 de novembro – III Feira de Artesanato Urbano – Mercado Criativo, das 10h às 20h17 de novembro – Música “Winx ao vivo” - Cine-teatro São Pedro, às 10h30 e às 15h30 de novembro – Teatro de Revista à portuguesa “Não há euros p’ra ninguém” – Cine-teatro São Pedro, às 21h30Cinema – Espalhafi tas – Cine-teatro S. Pedro, às 21h30:31 de outubro – “Bamako”7 de novembro – “Trás-os-montes”13 de novembro – “Ana”14 de novembro – “Jaime” e “Rosa de Areia”21 de novembro – “Migalhas do Contemporâneo”

Barquinha Até fi nal do ano – Filmes de Abílio Leitão - “Obras e Artistas – Dois Filmes de Abílio Leitão” - Galeria de Parque, Edifício dos Paços do ConcelhoAté 31 de outubro – Mostra Bibliográfi ca de Jorge Amado – Biblioteca Municipal, das 9h às 12h30 e das 14h às 17h30 Até 3 de novembro – Exposição Trienal Desenha´12 – Galeria de Arte do Centro Cultural1 a 30 de novembro – Mostra Bibliográfi ca de José Luandino Vieira – Biblioteca Municipal3 e 17 de novembro – Teatro “Corto Maltese”, pelo Grupo de Teatro “Fatias de Cá”- Centro Cultural, às 17h1710 de novembro – Poesia ao vivo com o grupo “Poetas da casa” - Galeria de Arte do Centro Cultural, às 19h12

Constância Até 31 de outubro – Mostra bio-bibliográfi ca de Luís Sepúlveda – Biblioteca Alexandre O´Neill8 a 31 de outubro – Exposição em Cartazes – Letras e Cores, Ideias e Autores da República – Biblioteca Alexandre O´Neill, das 10h às 18h30 12 de outubro a 4 de novembro – Exposição de Artes Decorativas, de Cláudia Assis – Posto de Turismo2 a 30 de novembro – Mostra bio-bibliográfi ca sobre Margarida Rebelo Pinto – Biblioteca Alexandre O´Neill4 de novembro – Concerto de órgão – Igreja Matriz de Constância, às 16h

10 de novembro a 2 de dezembro – Exposição de Artes decorativas de Carla Grácio – Posto de Turismo

19 a 30 de novembro – Exposição “60 anos do Campo Militar de Santa Marga-rida” – Casa Memória de Camões26 de novembro a 2 de dezembro – XXVI Feira do Livro – Cine-teatro DVDteca à sexta – Biblioteca Alexandre O´Neill, às 15h:2 de novembro – “A Viagem de Chihiro”9 de novembro – “Julie & Julia”16 de novembro – “Charlie e a Fábrica de Chocolate”23 de novembro – “Touching the void”30 de novembro – “As Aventuras de Tintim: Pisando a Lua”

Mação27 de outubro – 10º Encontro de Grupos de Cantares em Mação – Cine-teatro de Mação, às 21hSardoalAté 17 de novembro – Exposição “Era uma vez”, fotografi a de Paulo Sousa – Centro Cultural Gil Vicente4 de novembro – “II Concentração das Bonitas – Associação Recreativa da Presa, a partir das 8h30Cinema – Centro Cultural Gil Vicente:11 de novembro – “A Idade do Gelo 4” (16h)24 de novembro – “Os Mercenários” (16h e 21h30)

AGENDA DO MÊSWINX ao vivo em concerto

As WINX estão de regresso aos pal-cos nacionais com um novo es-petáculo cantado em português. Em Abrantes, as seis fadas vão es-tar no cine-teatro São Pedro, no dia 17 de novembro, pelas 10h30 e repetem a atuação às 15 horas do mesmo dia. Inspirado nas atua-ções das grandes bandas de Rock, este espetáculo é uma junção de luzes, som, projeções de vídeo e muita animação. Bloom, Stella, Musa, Tecna, Layla e Flora são as fadas que formam as WINX, pro-tagonistas da popular série “Club WINX”, e que vão dançar e cantar ao vivo todas as músicas favoritas da sua audiência especial. Em fe-vereiro de 2012 as WINX fi zeram a sua primeira digressão por 12 cida-des portuguesas, mas este um será espetáculo diferente, concebido a pensar nos mais novos, que pas-sará por sete cidades diferentes.

COORDENAÇÃO DE ANDRÉ LOPES

O Posto de Turismo de Constância re-cebe uma exposição de Artes Decorati-vas de Carla Grácio, de 10 de novembro a 2 de dezembro. A autora faz traba-lhos de artesanato com tecidos, fel-tro, fi tas, bordados, botões e agulhas. A inauguração da mostra acontece no dia 10 de novembro, pelas 16 horas. Outra exposição que pode visitar em Constância terá lugar na Casa Memó-

ria de Camões que se associa às come-morações do Campo Militar com uma mostra sobre os “60 anos do Campo Militar de Santa Margarida. A exposi-ção pretende mostrar algum material que prestou serviço no Campo Militar de Santa Margarida durante os últimos 60 anos, e a inauguração será no dia 19 de novembro, pelas 15 horas.

60 anos do Campo Militar de Santa Margarida em exposição

“Não há euros p’ra ninguém” é o título da peça que sobe ao palco do cine-teatro São Pedro, em Abrantes, no dia 30 de novem-bro, pelas 21h30. Em palco estarão os co-nhecidos atores Octávio Matos, Natalina José, Isabel Damatta, Paulo Oliveira, os jo-vens Ana Roque e Diogo Cruz, e a artista

Anita Guerreiro. A peça, com encenação e direção de atores de Octávio Matos, tem como tema principal a situação geral de falta de dinheiro e das diferenças sociais com que toda a população se debate atual-mente e leva os espectadores a usufruir de momentos de boa disposição. “Não há

euros p’ra ninguém”, com a duração de duas horas, pretende recriar alguns dos grandes sucessos da revista, que apesar de escritos nos anos 80 e 90 do século passado, têm por base temas que continuam atuais.

Teatro de Revista à Portuguesa em Abrantes

No mês de novembro, o grupo de teatro “Fatias de Cá” vai levar à cena a peça de teatro “Corto Maltese”, no Centro Cultural de Vila Nova da Bar-quinha, nos dias 3 e 17. Pelas 17h17 a companhia de teatro de Tomar apresenta um espetáculo retirado das “Célticas” de Hugo Pratt, numa versão de Carlos Carvalheiro. A história da peça vem na sequência da in-surreição irlandesa de 23 de abril de 1916, quando a sua República é de-clarada unilateralmente. O grupo “Fatias de Cá” foi pioneiro na teatrali-zação de uma obra de Corto Maltese, tanto a nível europeu como a nível mundial. Em dezembro, a peça continuará em cena no Centro Cultural da Barquinha nos dias 1, 16, 23 e 30, às 17h17.

“Fatias de Cá” levam “Corto Maltese” à Barquinha

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23NOVEMBRO 2012 PUBLICIDADE

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CONSULTAS POR MARCAÇÃO

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE ABRANTESCONVOCATÓRIA

ASSEMBLEIA GERALDe acordo com o n.º1 do Ar.º 30.º do Compromisso CONVOCO os Irmãos desta Santa Casa da Misericórdia de Abrantes, para a Reunião Ordinária da Assem-bleia Geral, que se realiza, Sábado, dia 10 de novembro de 2012, pelas 14H00, no Auditório do Sector Cultural – HOSPITAL D. LEONOR PALER CARRERA DE VIEGAS.

ORDEM DE TRABALHOS1-º - Apreciação e votação do Plano de Atividades e Orçamento Ordinário para o ano de 2013;2.º - Aprovação da contração de empréstimo bancário até € 4000 000,003.º - Análise e votação de propostas da Mesa Administrativa para alienação de prédios urbanos e rústicos;4.º - Período de 30 (trinta) minutos para se tratar de qualquer assunto que a As-sembleia considere de interesse para a vida da Instituição.Se há hora marcada não houver número suficiente para a Assembleia funcionar (mais de 50%), a mesma terá lugar uma hora depois (15 horas), com qualquer número de Irmãos, de acordo com o estatuído no n.º 2 de artigo 28 do Compro-misso da Irmandade.Abrantes, 22 de Outubro de 2012O PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA GERALDr. Humberto Pires Lopes

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