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Data 09.01.2017

Revolução Pernambucana de 1817 inspira artistas a criar obras em homenagem ao movimento libertário

Data comemorativa vai ter exposições dedicadas a ela; a primeira é 17 por 12, que entra em cartaz na próxima terça, na Arte Plural Galeria

Há 200 anos, Pernambuco exercitou ao máximo seu ímpeto histórico para a revolta. A Revolução de 1817 foi a expressão local das ideias de liberdade, igualdade e fraternidade espalhadas no mundo pela Revolução Francesa. Integrantes do clero, maçons, militares e comerciantes brasileiros, descontentes com o domínio político português, uniram-se para proclamar uma república independente no dia seis de março e, durante 74 dias, a capitania teve constituição própria, liberdade de imprensa e até embaixador nos Estados Unidos. Esse tema, que vem povoando a imaginação de vários artistas, ganha ainda mais relevo neste ano de 2017, quando se comemora o bicentenário da Revolução. A primeira ação artística do ano, nesse sentido, é a mostra 17 por 12, que vai expor na Arte Plural Galeria, a partir da próxima terça-feira, dia 10, obras inéditas de doze artistas plásticos de várias gerações, pernambucanos ou radicados no Estado. Todos foram convidados pela Companhia Editora de Pernambuco (Cepe) a criar telas ou desenhos inspirados em recortes temporais daquele momento histórico. Entre eles, está a eleição do governo provisório de Pernambuco e o fuzilamento do Padre Roma, um dos líderes revolucionários, além da bênção da bandeira da Revolução, já retratada pelo pintor José Cláudio. Os mesmos trabalhos também ilustram o calendário que será distribuído este ano pela Cepe. Cada artista ficou encarregado de trabalhar um tema, selecionado por sorteio. O curador da mostra, Raul Córdula, afirma que a iniciativa é uma continuação de uma tradição pictórica local. %u201CA pintura histórica é uma tendência da arte do Recife. Vejamos o mural Batalha dos Guararapes, de Brennand, na Rua das Flores, e o Revoluções Libertárias, de Corbiniano Lins na Praça Abreu e Lima, entre outros. O que é interessante nesta exposição é a diferença de tendências artísticas nos 12 pintores. Além do mais, vão constar da exposição reproduções de três obras de Antonio Parreiras pintadas para o centenário da Revolução Paraibana, em 1917%u201D. Durante o processo de feitura das obras, os artistas convidados travaram um contato maior com uma história que a maioria deles mal conhecia, assim como boa parte da população pernambucana. Jessica Martins ficou com o tema da liberação dos desfiles de maracatus pelas ruas, antes proibidos pela Coroa Portuguesa. %u201CComecei meu processo de criação remontando ao visual da época, mas não consegui me circunscrever a essa realidade. Meu trabalho é muito colorido, é como se a imagem se dissolvesse. Não quis fazer algo fotográfico, mas mostrar a alegria de quem acreditava na revolução. Não deu certo, mas ao menos houve a tentativa. Na época, como hoje, havia uma forte polarização política e econômica. Os portugueses tinham os privilégios e os brasileiros não tinham valor social, éramos gente de terceira%u201D. O holandês radicado em Pernambuco Roberto Ploeg, outro artista convidado pela Cepe, reforça o paralelo entre o presente e a História. Sua obra, que ilustra o bloqueio do Porto do Recife pela Marinha Portuguesa, destaca o peso do fator econômico na derrota da Revolução. %u201CO contexto atual faz a gente ver o passado com mais curiosidade. Não sabia bem como pintar esse tema, mas optei por retratar um porto com navios quase em branco, sem poder negociar nada, e, em contraste, mostrar as velas das fragatas e navios portugueses, para simbolizar esse domínio sobre uma economia pernambucana paralisada. Convivemos com isso hoje, com o governo golpista entregando o patrimônio nacional e promovendo a recolonização da América Latina%u201D. Os desdobramentos finais da Revolução de 1817, com a morte de seus principais nomes, foi o tema

abordado por Renato Valle, com um desenho sombrio, feito para ilustrar o fracasso desse projeto de país. %u201CMeu tema, a morte do Padre João Ribeiro, um dos líderes, é muito duro por revelar muito do que nós somos hoje. Pernambuco só mudou em uma coisa: não somos mais um estado revolucionário. O que me chamou mais a atenção foi a crueldade da punição %u2013 a pena de morte. No entanto, o padre cometeu suicídio antes de ser executado. Sua cabeça foi exposta em um pelourinho onde hoje é o Marco Zero, na frente da Igreja do Corpo Santo, destruída para dar lugar às obras de ampliação do Porto do Recife, no início do século 20. As destruições, seja do corpo de alguém ou de um patrimônio, estão arraigadas nas nossa sociedade%u201D. Além dessa mostra, o Museu da Cidade do Recife vai realizar sua própria exposição de longa duração sobre o tema, que abrirá no dia 5 de março, véspera da data da revolução, em parceria com o Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano. %u201CO museu está bastante comprometido com a data, por ser um local bastante simbólico. Já fizemos uma pesquisa grande com o nome dos presos que ficaram aqui por conta da revolução%u201D. Também está prevista a reedição e o lançamento de várias obras sobre o tema pela Companhia Editora de Pernambuco (Cepe). Uma revolução desconhecida pelos pernambucanos Embora os nomes dos heróis e mártires de 1817 %u2013 Cruz Cabugá, Padre Roma, Vigário Tenório, Leão Coroado %u2013 batizem várias ruas recifenses, o movimento histórico ainda é muito pouco conhecido. Esta é a opinião de Paulo Santos, autor do romance A noiva da Revolução, sobre o tema, jornalista e editor convidado do especial Pernambuco: História e Personagens, publicado semanalmente no Diario. %u201CFoi um dos eventos mais importantes da História do Brasil, democrático, republicano, independentista e abolicionista. Oliveira Lima dizia ser esta a única revolução brasileira merecedora deste nome%u201D. O esquecimento daquele evento histórico, segundo Paulo, se deve à fala de interesse em reavivar sua memória, uma fonte de inspiração para novas rebeliões democráticas. %u201CSomente na República Velha, porque interessava ao regime então vigente, 1817 foi valorizado. O dia seis de março, no centenário da Revolução, em 1917, foi até feriado nacional. O Império, o Estado Novo e o regime militar de 64, porém, empurraram aquele movimento para baixo do tapete.%u201D. A psiquiatra, historiadora, romancista e integrante do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano Maria Cristina Cavalcanti de Albuquerque também ressalta a importância do evento como simbólico para um ideal de justiça social em Pernambuco. %u201CO movimento buscou isso. Ninguém pensava que a Igreja Católica, com maçons, gestasse um movimento libertário e foi o que aconteceu. Frei Miguelinho imaginava uma sociedade justa, como a Escandinávia de hoje. O modo como o Iluminismo nos iluminou foi fantástico. A Revolução de 1817 não foi bem organizada politicamente nem militarmente, mas, naquele tempo o avanço foi muito grande - ainda hoje é%u201D, afirma.

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Data 09.01.2017

Verão atrai turistas a Pernambuco e deixa o Recife mais movimentado Junto com as férias escolares, temporada é propícia para passeios pela cidade e idas a praias do Litoral Sul

Verão, férias, sol, calor, mar... o cenário perfeito para botar aquele vestido florido, a bermuda confortável, sandálias e sair a explorar a cidade. É o que se vê pelas ruas do Recife. Gente tranquila, aproveitando os dias de folga e a temperatura agradável (às vezes, nem tanto). Até o trânsito está melhor, com a diminuição de carros circulando. É possível, assim, curtir melhor o Recife. Por outro lado, as "portas de entrada" de Pernambuco para os turistas estão mais movimentadas, com muitos procurando os destinos do Litoral.

Circular de carro pelo Grande Recife chega a ser quase agradável nesta época - algo raro no trânsito caótico principalmente da Capital. Pudera. No período de férias, segundo a Companhia de Trânsito e Transporte Urbano, o número de veículos rodando cai cerca de 25%. A Região Metropolitana tem uma frota flutuante de cerca de um milhão de carros; nas férias, são 250 mil a menos. A avenida, que possui um fluxo de 89 mil veículos por dia, recebe média de 70,4 mil na época sem aulas. E a combinação de férias com o Verão faz com que mais pessoas circulem pelas ruas, principalmente do Bairro do Recife, centro histórico da Capital, para conhecer melhor os pontos turísticos e as belezas naturais. Não é difícil ver caminhadas despreocupadas, roupas leves e câmeras penduradas nos pescoços ou em frente ao olho, capturando as paisagens.

Turismo aquecido Também mais turistas vêm a Pernambuco. Só no Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes, há um incremento de 17% no número de passageiros - 21 mil diariamente, contra 18 mil em outras épocas. Para atender à demanda, 800 voos extras estão sendo operados no terminal - 400 de chegada e 400 de partida segundo a Infraero. Turistas oriundos principalmente do Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Fernando de Noronha, Fortaleza e Belém.

Os destinos mais procurados são as praias do Litoral Sul, principalmente Porto de Galinhas. Por lá, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis em Pernambuco (ABIH-PE), a taxa de ocupação para o Verão deve chegar a 90%, mesmo patamar da mesma temporada em 2016. A expectativa é semelhante, também, para os hotéis de Fernando de Noronha. "Esses dois destinos estão sendo muito trabalhados com os mercados nacional, principalmente no Sudeste e Sul do Brasil, e internacional, com foco na Argentina. Esta talvez seja a melhor temporada de argentinos de todos os tempos no Estado", acrescenta o presidente da ABIH-PE, Artur Maroja. Já no Recife, que tem mais vocação para o turismo de negócios, a associação luta para que a ocupação fique em torno de 60%.

Thaís Nascimento é pernambucana, mas mora em Londres, na Inglaterra. Prestes a se casar com o britânico Nicolas Rolans neste fim de semana, na praia dos Carneiros, no Litoral Sul, ela trouxe a família do noivo para conhecer Pernambuco. Thaís já apresentou diversos pratos típicos aos "gringos", como feijoada, peixada e macaxeira, todos devidamente aprovados. "Estamos fazendo um tour pelos pontos turísticos mais famosos. O Alto da Sé em Olinda, a Casa da Cultura e o Marco Zero são os locais que não se pode deixar de visitar, além das praias", lista a anfitriã.

Quem vem de fora também aprova o que encontra, até mesmo o calor, que não tem dado trégua. "Por mais que chova um pouco, logo o tempo melhora. Você sempre vai ter sol e calor para se divertir", pontua o turista João Henrique Torres, que veio de Goiânia (GO) visitar parentes e aproveitar para conhecer algumas praias. Ele conta que conseguiu hospedagem a preço razoável, mas está gastando mais do que esperava com alimentação.

É também temporada de navios no Porto do Recife. Desde novembro de 2016, indo até o fim de abril de 2017, 20 navios atracam no equipamento. "Esses navios vão trazer, no total, cerca de 40 mil passageiros. A maioria deles só faz uma parada no Recife, ficando média de 12 horas, para depois seguir para outros destinos", informa o diretor Comercial e de Operações do Porto do Recife, Carlos Vilar. Muitos desses turistas já vêm com passeios fechados e têm oportunidade de visitar o Centro ou esticar para as praias do Litoral Sul.