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Jose Da Silva - Um Pregador Leigo - Com Ilustracoes

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  • 2012Rio de Janeiro

    10 edio

    Jerry Stanley Key

  • Todos os direitos reservados. Copyright 2012 da Convico Editora

    Convico Editora

    Direo Geral Scrates Oliveira de SouzaDiretor Editorial Macias NunesAssistente Editorial Sandra R. Bellonce do CarmoIlustraes, por Hudson SilvaReviso, por Adalberto Alves de SouzaCapa e projeto grfico, por Rogrio de OliveiraDiagramao, por Jolsimar A. Oliveira

    10 edio: 2012Tiragem: 3.000

    Convico EditoraRua: Senador Furtado, 56 Maracan Rio de Janeiro, RJ CEP: 20270-020 (21) 2157-5557 - [email protected]

    Junta de Misses Nacionais da Conveno Batista BrasileiraRua: Gonzaga Bastos, 300 Vila Isabel Rio de Janeiro, RJ 20541-015(21) 21 2107-1818 www.missoesnacionais.org.br

    Junta de Misses Nacionais

    Direo Executiva Fernando BrandoGerncia Executiva de Evangelismo e DiscipuladoNilton Antonio de SouzaGerncia Executiva de Planejamento e EstratgiaJeremias Nunes

    K44j

    Key, Jerry Stanley Jos da Silva, o pregador leigo / Jerry Stanley Key.- Rio de Janeiro: Convico,2012.

    120p. ; 23 cm.

    ISBN - 978-85-61016-33-3

    1. Homiltica. 2. Sermes ------ Preparo. I. Ttulo.

    CDD 251

    ndices para catlogo sistemtico :1. Sermes: 252

    2. Pregao: preparo : 251.01

  • Apresentao

    Muitos crentes brasileiros so pregadores por natureza. A divulgao do evangelho os empolga e os torna ousados. Por isso, anos atrs houve a publicao de uma srie de artigos na revista O Cooperador, publicada pelo ento Departamento de Homens da Junta de Educao Religiosa e Pu-blicaes. Os artigos foram escritos pelo pastor Jerry Stanley Key, que serviu como professor de homiltica do Seminrio Teolgico Batista do Sul do Brasil de 1961 a 1996. A finalidade dos artigos era ajudar os pregadores leigos a se desenvolverem na arte do preparo e da pregao de sermes bblicos. E da srie de artigos nasceu este livro, que visava mobilizao do potencial masculino das igrejas. Dando asas sua imaginao, o autor elaborou um estudo prtico e fcil de ser entendido por aqueles que queriam aperfeioar sua transmisso do evangelho quando tinham a oportunidade de pregar em um lar, em sua igreja, ou em outro lugar ou igreja.

    O mtodo usado para introduzir os assuntos era a criao do persona-gem Jos da Silva, um membro de uma igreja, como muitas outras igrejas, que precisava aumentar o grupo de pregadores leigos. Este mtodo caiu na graa das igrejas, e o livro foi muito bem recebido no Brasil inteiro. Tanto que houve nove edies e 29.000 exemplares publicados. Foi um best sel-ler e um recurso que ajudou muitos pregadores leigos a se desenvolverem nesta arte de pregar. Nestes ltimos anos muitos irmos de igrejas em toda a parte tm dito que era preciso fazer algo e lanar uma nova edio do livro. Diante dos apelos e sentindo a necessidade mesma de estar disponvel, o li-vro agora, depois de estar esgotado h bastante tempo, est sendo reeditado.

    Como antes, agora o livro se torna um subsdio precioso queles que, no sendo chamados para servir como pastores ou missionrios, foram agraciados por Deus com a facilidade da comunicao, e que atuam como pregadores leigos.

    Que muitos possam fazer bom uso deste livro.

    Pr. Fernando BrandoDiretor Executivo da JMN

  • Sumrio

    PARTE I - O SERMO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9

    1 - O texto bblico do sermo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

    2 - O alvo ou objetivo do sermo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17

    3 - O assunto ou tema do sermo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21

    4 - Como organizar os pensamentos do sermo . . . . . . . . . . . . 27

    5 - A arte da introduo do sermo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35

    6 - A concluso do sermo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41

    7 - Como fazer o apelo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47

    8 - O uso de material ilustrativo no sermo . . . . . . . . . . . . . . . 55

    9 - O uso de bons hbitos na pregao . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61

    10 - A preparao espiritual do pregador leigo . . . . . . . . . . . . 67

    PARTE II - SERMES ESBOADOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73

    1. O homem que procura Jesus . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76

    2. O maior fracasso na histria da humanidade . . . . . . . . . . . . 79

    3. O homem que est em falta com Deus . . . . . . . . . . . . . . . 82

    4. Nova vida para voc . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84

    5. O maravilhoso convite de Deus . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 86

    6. Jesus vir outra vez . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 88

    7. Encontro inevitvel . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 90

  • PARTE III - IluSTRAES EVANGElSTICAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 93

    1 - O pintor e o mendigo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 96

    2 - Como o diabo trabalha . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 97

    3 - Desejvel transformao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 98

    4 - Na curva da morte . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 99

    5 - O milagre do evangelho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100

    6 - Encontro inevitvel . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 102

    7 - Falsos profetas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 103

    Verificao de aprendizagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 105

  • 1. Vantagens no uso de um texto bblico

    2. Como escolher o texto

    3. O uso devido no sermo

  • 12 / Jos da Silva, um pregador leigo

    O TEXTO BBLICO DO SERMO

    O pregador leigo naturalmente precisa de um bom texto para cada ser-mo que prega. O texto tem sido definido como a passagem bblica que serve de base para o sermo. Essa passagem deve sempre fornecer a ideia ou verdade central do sermo. Muitas vezes as demais verdades empregadas no desenvolvimento da mensagem tambm sero encontradas nessa mesma passagem. (Para o esboo de um sermo desse tipo verifique o esboo O Maravilhoso Convite de Deus - pg. 79). Nunca se deve tomar um texto somente por pretexto, e logo se esquecer dele.

    1. Vantagens no uso de um texto bblicoH muitas vantagens, tanto para o pregador como para os ouvintes, no

    uso de um texto para cada sermo:

    1) O texto d ao sermo a autoridade da Palavra de Deus, porque o pregador, antes de tudo, e sobretudo, deve pregar a Palavra!

    2) O texto constitui a base e a alma do sermo.

    3) Na pregao por textos, o pregador ensina a Palavra de Deus e leva o povo a conhec-la. O texto ajuda o povo a cultivar o gosto pela Palavra de Deus.

    4) Tambm o uso do texto ajuda os ouvintes a reter as ideias principais do sermo. As duas partes das nossas mensagens geralmente mais lembradas so as ilustraes e o texto.

    5) O texto limita e unifica o sermo. um bom texto nos ajuda no de-senvolvimento da nossa mensagem. muito mais fcil pregar com texto do que sem texto.

    6) H milhares de bons textos na Bblia. Portanto, conseguimos me-lhor variedade nas mensagens quando temos textos variados. Assim

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    no ficamos merc das sugestes circunstanciais, com a mente voltando-se s suas velhas rotinas.

    7) A pregao bblica por textos ajuda na converso de almas e no fortalecimento dos crentes, por ser a Bblia a arma, a espada do Esprito Santo.

    2. Como escolher o textoSem dvida alguma, a escolha do texto de grande importncia. Quan-

    do feliz nesta escolha, o pregador sente-se mais animado e os ouvintes prestam melhor ateno s suas palavras.

    Via de regra, o texto no deve ser extenso demais normalmente um pargrafo das Escrituras o bastante para um sermo edificante. Cinco a oito versculos nos parece o ideal. O uso de 20 a 30 versculos cria barreiras intransponveis para o pregador, a no ser que se trate de passagem histrica, que o pregador esteja expondo e aplicando situao contempornea.

    O texto deve ser bem claro. Exemplos: Salmo 1; Isaas 55.1-7; Marcos 10.17-27; lucas 19.1-10; Joo 3.16-21; Atos 16.25-34.

    O texto deve provocar a nossa imaginao de forma a prender nosso corao e mente. Procure novas ideias e textos. Mas tambm no se es-quea dos textos bem conhecidos, e no despreze os textos do o Antigo Testamento.

    O assunto ou tema do sermo deve estar de acordo com o texto. Certo seminarista, tendo de pregar sobre as qualidades do lar, escolheu 2Timteo 3.16 como texto: Toda Escritura divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justia. A aplicao dele foi que o lar proveitoso para ensinar e para corrigir. Como se pode notar, esse texto no tem qualquer relao com o lar ou a famlia. claro que se refere s Escrituras Sagradas. O mais apropriado seria escolher passagens como Efsios 5.22-31.

    Faa a escolha de textos que tenham objetividade para os ouvintes, que falem situao em que o nosso povo esteja vivendo.

    De sua leitura e estudo da Palavra de Deus o pregador leigo deve fazer e guardar uma lista de bons textos, para no ter de gastar muito tempo na

  • 14 / Jos da Silva, um pregador leigo

    procura de um texto quando receber convite para pregar. Assim ter mais tempo para dedicar preparao do prprio sermo. Alguns textos, alm dos j mencionados, que servem bem para sermes, so os seguintes: Salmo 23; Salmo 51.1-13; Isaas 53.1-7; Mateus 22.41-46; Mateus 25.24-30; Mateus 27.15-26; Marcos 10.17-22; lucas 10.25-37; lucas 12.15-21; lucas 13.1-5; lucas 14.16-24; lucas 15.1-7; lucas 15.11-24; lucas 16.19-31; lucas 18.9-14; Romanos 10.8-13; Romanos 12.1-2; Efsios 2.1-10; Hebreus 12.1-3; Apocalipse 22.17 e muitos outros.

    3. O uso devido do sermoNa preparao do sermo deve haver bastante cuidado no uso do

    texto, para no ser usado como mero pretexto daquilo que se quer dizer! Estude bem a fraseologia e o contexto da passagem (aquilo que vem antes e depois), usando comentrios bblicos, se possvel. Seria interessante fazer o estudo do texto em vrias verses da Bblia, tais como: (1) Bblia Devo-cional de Estudo, Traduo de Joo Ferreira de Almeida, Verso Revista e Corrigida; (2) Bblia Almeida Sculo 21; (3) A Bblia Sagrada, Verso Revi-sada da Traduo de Joo Ferreira de Almeida, de Acordo com os Melhores Textos; (4) A Bblia Viva, (5) e outras verses que o prprio pregador gostar de usar. A leitura assim muitas vezes ajuda o pregador a entender melhor certas ideias do texto.

  • 18 / Jos da Silva, um pregador leigo

    O ALVO OU OBJETIVO DO SERMO

    Todo sermo deve ter um alvo ou objetivo. Este o primeiro requisito do sermo eficaz. O alvo ajuda a determinar o assunto ou o tema do sermo. Tambm ajuda na seleo das ideias que o pregador queira, e, ainda, controla a sequncia das ideias. O sermo no poder ser claro e inteligvel para os ou-vintes, se o prprio pregador no souber aonde quer chegar com a pregao, ou finalidade do sermo que tem em mente.

    Quando o pregador est procurando uma passagem bblica em que basear sua mensagem, deve sempre pensar nos possveis alvos. Muitos ser-mes no so interessantes porque lhes falta um alvo claro, positivo. Talvez a primeira considerao do pregador leigo, quando comea a pensar sobre sermo, deva ser: Que desejo que Deus opere nos coraes dos meus ou-vintes com este sermo? Que efeito eu gostaria que este sermo produzisse no pensamento e na vida do povo? Portanto, bom ter em mente a resposta que se deseja por parte da congregao, isto , o que se quer alcanar como resultado do sermo. um exemplo: num sermo baseado em Joo 3.16, com o tema A Necessidade do Novo Nascimento, obvio que o pregador quer evangelizar os no crentes por intermdio de sua mensagem, mas deve especificar ainda mais. Nessa passagem o pregador quer ajudar os perdidos a receber o novo nascimento como o nico meio ou caminho de salvao, mas este alvo s poder ser alcanado quando se mostrar quo necessrio o novo nascimento. E, enquanto o pregador estiver preparando a sua mensa-gem, sempre estar pensando no alvo.

    O alvo sempre bem formulado em termos de efeito do sermo na expe-rincia dos ouvintes. Isso muito importante! O pregador no apenas prega a verdade, mas tambm busca decises, e espera que os ouvintes mudem certas atitudes depois de ouvirem as mensagens.

  • 1. A definio do assunto do sermo

    2. A necessidade de um assunto

    3. Caractersticas de um bom assunto

    4. Anunciando o assunto aos ouvintes

    Concluso

  • 22 / Jos da Silva, um pregador leigo

    O ASSUNTO OU TEMA DO SERMO

    Como nasce um sermo? Quando se descobre a ideia que se quer pre-gar. Na maioria das vezes essa ideia nasce relacionada com uma passagem das Escrituras Sagradas. Por exemplo, o pregador est lendo a Palavra de Deus e encontra uma passagem, como Joo 3.1-21, que ele quer usar como texto, e falar sobre o novo nascimento.

    Porm, a ideia do sermo tambm nasce, s vezes, sem ter um texto bblico estabelecido. Isso acontece, por exemplo, quando o pregador quer falar sobre uma doutrina, como a f, a graa, o cu, ou o inferno. logo no in-cio de sua preparao, o pregador leigo deve combinar ou casar o assunto do seu sermo com um texto da Palavra de Deus. Seno, ele estar falando da sua prpria sabedoria e no da sabedoria de Deus!

    1. A definio do assunto do sermoQue assunto e como defini-lo? Assunto ou matria aquilo de que se

    trata no sermo. a ideia central do sermo. o nome prprio da mensagem que Deus coloca no corao do pregador.

    2. A necessidade de um assuntouma das fraquezas da pregao atual que os assuntos nem sempre

    so formulados com preciso. Precisamos trabalhar mais para refinar os nossos assuntos. Quando uma criana nasce, recebe um nome e conserva esse nome durante toda a sua vida. No devemos cair no erro de uma tentativa de comunicao com os ouvintes, sem dizer-lhes o que temos a transmitir.

    uma editora no publicaria um livro sem ttulo. As revistas capricham nos ttulos dos seus artigos para conseguir mais vendas. Certa vez uma re-vista de circulao mundial aproveitou o ttulo sensacional de um artigo, para despertar o interesse dos leitores: No cometers adultrio. O artigo

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    era o resumo de um sermo pregado numa igreja evanglica na Amrica do Norte, e despertou grande interesse por se tratar de um problema de mbito universal.

    Certo jornal publicou uma entrevista com um executivo do mundo do cinema. Entre outros assuntos, veio tona o problema de dar s produes cinematogrficas ttulos adequados, para despertar o interesse pblico. O ttulo meio caminho para o sucesso.

    Ser que tudo isso tem aplicao na arte de pregar? claro que sim! O pregador deve empregar todo o esforo para conseguir o melhor assunto ou tema possvel, pois muitas vezes o assunto que fixa o sermo na mente dos ouvintes.

    3. Caractersticas de um bom assuntoO assunto ou tema deve ser preciso e exato. Ele deve obedecer aos limi-

    tes do sermo. Se anunciamos que vamos falar sobre As bnos na vida do dizimista, no devemos gastar muito tempo falando sobre as objees que alguns levantam quanto a dar o dzimo.

    O assunto deve ser claro e simples, colocado em termos bem conhecido pelos ouvintes. A simplicidade e a clareza so foras poderosas na pregao da Palavra.

    O assunto deve ser interessante. Eis alguns exemplos:

    1) A grande pergunta da vida;

    2) O Cristo perdido;

    3) O bom samaritano do sculo vinte e um;

    4) Quando as tragdias se tornam triunfos;

    5) A grandeza do amor de Deus;

    6) A mais importante das estruturas de base (um sermo sobre o novo nascimento, pregado durante a poca em que se falava muito em estruturas).

    O assunto deve ser expresso em termos de hoje e no de ontem. Isso muito importante. Em vez de falar sobre A vida de Joo Batista, melhor usar o seguinte assunto: As caractersticas de um grande servo de Deus.

  • 24 / Jos da Silva, um pregador leigo

    O assunto deve ser especfico, e no geral. melhor falar sobre O sig-nificado do novo nascimento do que sobre o assunto mais geral, O novo nascimento. Outro exemplo: As bem-aventuranas de um lar feliz me-lhor do que apenas falar sobre O lar, que um assunto demasiadamente generalizado para se esgotar em um s sermo.

    O assunto deve ser oportuno e de acordo com a necessidade dos ouvin-tes; deve ser breve (normalmente apenas 2 a 7 palavras); e deve ser formula-do, via de regra, com as prprias palavras do pregador. Exemplo: em vez de falar sobre o assunto Recebereis poder seria melhor falar sobre o mesmo assunto, mas usando o tema: O poder de Deus para a igreja de hoje.

    4. O anncio do assunto aos ouvintesO pregador precisa informar os seus ouvintes sobre aquilo que ele vai

    falar. Quantas vezes temos ouvido um pregador que no anunciou o seu assunto, e no sabamos o tema de que ele estava tratando at quase o fim da mensagem. Quando o pregador anuncia o seu assunto, no h qualquer confuso por parte dos ouvintes.

    O assunto pode ser anunciado assim: Nosso assunto de hoje ..., O ttulo do sermo que Deus tem colocado em meu corao para esta hora ...; Gostaria que pensssemos hoje sobre..., etc.

    ConclusoAs ideias para sermes so as mais variadas. Faa o possvel, amigo pre-

    gador leigo, para descobrir assuntos dignos que possam ajudar os seus ser-mes a serem mais bem entendidos e mais interessantes. E lembre-se tam-bm que, quando o pregador anuncia o assunto do seu sermo aos ouvintes, ele tem o compromisso solene de desenvolver aquele assunto.

  • 1. Qualidades do sermo bem organizado

    2. Sugestes para melhorar os esboos

    3. Anlise de um esboo, aplicando algumas das sugestes acima

    4. O nmero de divises

    5. Como anunciar as divises

  • 28 / Jos da Silva, um pregador leigo

    COMO ORGANIZAR OS PENSAMENTOS DO SERMO

    um dos passos mais importantes na preparao de um sermo a boa organizao dos pensamentos que vo ser apresentados. A mensagem mal organizada difcil de entender. Por outro lado, uma mensagem bem organizada e que pode ser seguida, ponto por ponto, at terminar num clmax satisfatrio, sempre uma inspirao e uma ajuda para nossa vida espiritual.

    Quando o pregador leigo descobrir o seu texto bblico, o objetivo e o assunto ou tema que vai pregar, deve comear a pensar em como organizar melhor as ideias que sero apresentadas. mais fcil preparar a mensagem quando dividimos o nosso assunto em vrios pontos. Essas divises no pre-cisam ser muitas. Duas, trs ou quatro bastam.

    Algum pode perguntar: Mas como descobrir essas divises do nosso assunto? Podemos fazer um estudo pormenorizado do texto, anotando as ideias principais da passagem. Essas ideias, por sua vez, vo nos ajudar a pensar em outras. Deve-se apresentar uma das ideias mais interessantes no comeo da mensagem e se deve terminar com um desafio. J temos dito que necessrio incluir algumas ilustraes para tornar o sermo mais interessan-te e mais claro.

    1. Qualidades do sermo bem organizadoAs qualidades essenciais de um sermo bem organizado so: unidade,

    ordem lgica, proporo e progresso.

    uNIDADE Algum disse que muitos sermes so semelhantes aos dicion-rios com ideias interessantes e observaes importantes, mas sem um fio de pensamento para lig-las. Para haver unidade, os pontos devem desenvolver o assunto ou tema, cada um ocupando o seu devido lugar. O sermo deve ter uma ideia central e harmonia no desenvolvimento dessa ideia.

  • Jerry Stanley Key / 29

    ORDEM lGICA um filsofo observou certa vez que os bons pen-samentos so abundantes, mas a arte de organiz-los no nada fcil! Normalmente um sermo ou qualquer discurso alcana seu objetivo e eficaz na proporo que bem organizado, com ideias claras e ordem lgica.

    PROPORO Esta outra qualidade essencial de um sermo bem orga-nizado. Quando falamos em proporo estamos nos referindo poro de tempo de cada diviso de ideias. Por exemplo, uma dona de casa que vai dividir um bolo, o faz proporcionalmente. Pensaramos que algo estaria des-coordenado se uma das fatias fosse maior que a metade do bolo. Da mesma forma, quando um ponto do sermo ocupa quase todo o tempo, a distribui-o deixa de ser proporcional e harmoniosa.

    PROGRESSO O bom sermo deve marchar para o seu alvo com uma in-tensidade crescente. Progresso o movimento dos pensamentos em direo ao alvo. Cada diviso, subdiviso, e at ilustraes e explicao, tem de apontar como uma flecha na direo do alvo especifico, e em ordem de interesse crescente.

    Se o esboo tiver essas quatro qualidades: unidade, ordem lgica, pro-poro e progresso, e se o assunto ou tema discutido for importante e inte-ressante, o sermo alcancar xito.

    2. Sugestes para melhorar os esboos1) O assunto deve abranger o pensamento de todas as divises ou

    pontos, todos.

    2) Cada diviso do esboo deve discutir uma faceta distinta do assun-to.uma das fraquezas mais comuns em muitos sermes que as di-vises tm praticamente o mesmo significado, porm em palavras diferentes. Por isso h muita repetio em nossos sermes.

    3) Nenhuma diviso pode ser igual ou equivalente ao assunto. (um pedao de bolo no pode ser igual ao bolo todo!)

    4) As divises devem ser organizadas em ordem lgica e de interesse crescente, para que o sermo possa ter um bom clmax. Assim, o ltimo ponto deve ser o mais interessante e persuasivo.

  • 30 / Jos da Silva, um pregador leigo

    5) As divises devem ser formuladas de tal forma que sejam o mais interessante possvel. um famoso esboo de um sermo pregado sobre a parbola do bom samaritano, com o ttulo Trs Filosofias de Vida, mostra essa qualidade:

    (a) O que teu meu; vou tom-lo (filosofia dos ladres)

    (b) O que meu s meu; vou guard-lo (filosofia do sacerdo-te e do levita)

    (c) O que meu teu; vamos repartir (filosofia do bom sama-ritano).

    6) Cada ponto, se for subdividido, ter de ter pelo menos duas subdi-vises.

    7) As partes que chamamos de introduo e concluso, bem como as ilustraes, no devem ser enumeradas no esboo.

    8) As divises devem ser formuladas de tal forma que haja significado para os ouvintes hoje. Depois de ter estudado a passagem que que-remos usar como texto para a nossa mensagem, devemos notar o ensino, as possveis divises para o nosso sermo, fazendo a devida aplicao aos nossos dias. Por exemplo: O Salmo 51 uma passa-gem das mais conhecidas. A primeira parte nos mostra como Davi reconheceu e confessou seu pecado contra Deus. Acompanhe com sua Bblia aberta. A primeira ideia, portanto, a confisso com o consequente pedido de perdo. Depois Davi quis receber novamen-te a alegria da salvao que gozara antes do seu pecado (Verifique os versculos 7 a 12). No versculo 13, Davi promete fazer algo para Deus quando for perdoado. Ele diz que ensinar aos transgressores os caminhos de Deus, e que por intermdio do seu testemunho os pecadores se convertero a Deus. O assunto de uma mensagem ba-seada nessa passagem poderia ser: O crente e seu pecado, ou, Do pecado ao perdo, com as seguintes divises:

    (a) Quando o crente peca, deve confessar os seus pecados a Deus (vv. 1-6);

    (b) Quando o crente confessa os seus pecados, recebe o per-do de Deus (vv. 7-12);

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    (c) Quando o crente recebe o perdo de Deus, testemunha desse perdo recebido (vv. 13-17).

    Esse assunto e esboo tm aplicao vida de todos os ouvintes. um assunto assim muito mais interessante do que um assunto histrico, como O perdo de Davi, ou Quando Davi foi perdoado.

    9) Tome cuidado para no desviar as divises (pontos do assunto es-colhido). um autor d os seguintes exemplos: O primeiro de um sermo baseado em 2Corntios 7.10, com o assunto: O arrepen-dimento verdadeiro. O pregador comea assim: Vamos ver algu-mas ideias erradas sobre o arrependimento. Ele faz a exposio de algumas dessas ideias, e realmente no entra na discusso sobre o arrependimento verdadeiro. Neste caso, o assunto dele seria: Tipos de falso arrependimento, em vez daquele anunciado.

    O segundo exemplo de um sermo baseado em Joo 8.32, com o assunto A verdade vos libertar. O esboo consiste de dois pontos:

    (a) O que a liberdade?

    (b) O que a verdade?

    Neste caso, o pregador simplesmente no chegou a desenvolver o assunto, somente deu uma definio das palavras do assunto. Essa definio deveria ser feita na introduo ao sermo em foco. Outro esboo mais expressivo do mesmo assunto A verdade vos libertar:

    (a) A verdade aponta-nos o nosso pecado.

    (b) A verdade mostra-nos como somos escravos do nosso pecado.

    (c) A verdade aponta-nos o libertador, o Filho de Deus.

    3. Anlise de um esbooGostaria que o leitor fizesse uma crtica do seguinte esboo, usando

    como base as sugestes mencionadas acima:

    Assunto: A salvao, dom de Deus

    Texto: Efsios 2. 8,9

    Esboo: 1) A salvao no vem das obras.

    2) A salvao dom de Deus.

  • 32 / Jos da Silva, um pregador leigo

    3) Jesus morreu para nos salvar.

    4) Cornlio no foi salvo pelas obras.

    Ser que h unidade nesse esboo? uma rpida observao nos mos-trar o seguinte: A primeira diviso est de acordo com o assunto, mas a segunda equivalente ao assunto, quando deveria tratar de apenas uma de suas facetas. A terceira diviso no foi extrada do assunto, muito embora contenha base bblica. A quarta diviso nos parece mais uma ilustrao que mesmo um ponto. A concluso a que se pode chegar que esse esboo no divide nem desenvolve o pensamento do assunto.

    Outro exemplo mais bem baseado no mesmo texto:

    Assunto: A salvao pela graa

    Texto: Efsios 2:.8,9

    Esboo: 1) A salvao pela graa no depende das obras.

    2) A salvao dom de Deus.

    3) A salvao alcanada pela f.

    4. O nmero de divisesNo h nmero ideal de divises, ou pontos, para um sermo. Devemos

    usar tantas divises quantas forem necessrias para desenvolver o assunto e o texto de maneira adequada. H, porm, fortes razes para que o nmero de pontos seja relativamente pequeno. Normalmente um sermo tem entre duas e cinco divises principais.

    5. Como anunciar as divisesO pregador deve anunciar as divises principais, porque os ouvintes

    precisam saber como est progredindo o sermo. Pode-se usar o mtodo tradicional de introduzir as divises: Em primeiro lugar, Em segundo lugar, etc. Ou se pode usar um mtodo mais indireto: uma das ideias que encontramos no texto lido ... (e segue-se a declarao da diviso em foco).

    No necessrio chamar a ateno para as subdivises da mensagem, e, sim, somente para as divises principais.

  • Jerry Stanley Key / 33

  • 1. A finalidade da introduo

    2. Caractersticas de uma boa introduo

    3. Coisas a evitar na introduo

    4. Vrios mtodos para a preparao de uma boa introduo

  • 36 / Jos da Silva, um pregador leigo

    A ARTE DA INTRODUO DO SERMO

    O sermo constitudo de trs partes: Introduo (ou Exrdio), Corpo e Concluso (ou Perorao). Todas as trs partes so importantes, mas quere-mos focalizar a primeira delas.

    Certo autor diz que no se pode exagerar a importncia do bom incio.

    importante que o pregador atraia a ateno dos ouvintes desde o co-meo da sua mensagem, e que mantenha esse interesse at o fim.

    1. A finalidade da introduoA introduo deve provocar interesse e despertar a ateno dos ouvin-

    tes. Esse interesse no ser independente, mas servir para conduzir os ou-vintes ao assunto que est sendo tratado no sermo. Para despertar a ateno dos ouvintes necessrio que comecemos com alguma coisa que interesse a eles, que digamos alguma coisa relacionada vida deles.

    A introduo prepara a mente dos ouvintes, para que possam compre-ender o assunto do sermo e as ideias a serem desenvolvidas no corpo do sermo. Ela ajuda a captar a simpatia do povo.

    2. Caractersticas de uma boa introduoH vrias caractersticas de uma boa introduo, sem as quais ela no

    pode atingir a finalidade que se prope. Note as seguintes:

    Deve ser pertinente ao assunto. A introduo deve apresentar algum pensamento muito ligado ao assunto do sermo. um exemplo deste ponto o grande sermo do apstolo Paulo, quando pregou sobre O deus desco-nhecido, em Atos 17. Ele comeou falando sobre o altar dedicado ao deus desconhecido, e fez a aplicao de tal maneira que deixou uma impresso profunda. Algumas pessoas creram em Cristo (Atos 17.22-34).

    Deve ser breve e proporcional. Normalmente a introduo no deve ocupar mais de 15% do tempo do sermo. uma senhora disse que o pas-

  • Jerry Stanley Key / 37

    tor da igreja dela levava tanto tempo preparando a mesa que ela perdia o apetite antes de comer. Muitos pregadores gastam a maior parte do tempo na introduo, e tm pouco tempo para o corpo do sermo. Devemos ser concisos e breves em tudo que temos a dizer. Para que a introduo possa ser breve, necessrio limitar o material usado nela a um s pensamento.

    Deve ser clara e simples. Devemos evitar ideias confusas, palavras dif-ceis de serem entendidas, sentenas compridas, etc. O pregador no deve ser pretensioso, querendo mostrar-se grande orador ou intelectual.

    Deve ser interessante. No podemos despertar o interesse dos ouvin-tes se no nos esforamos, preparando introdues interessantes. Para que o pregador tenha introdues com estas caractersticas apresentadas ne-cessrio preparar bem essa parte do sermo, que vital. uma introduo improvisada apresenta-se quase sempre, imprecisa, obscura e hesitante. E isso impressiona mal os ouvintes. Mas uma introduo com as qualidades acima mencionadas uma grande ajuda pregao, o que trar honra para o nosso Senhor Jesus Cristo e levar almas a Ele.

    3. Coisas a evitar na introduoH algumas coisas que precisam ser evitadas na introduo. Entre elas

    esto as seguintes:

    As desculpas. Geralmente as desculpas impressionam muito mal os ouvintes e criam uma atitude adversa ou negativa em relao mensagem. Quando h desculpas na introduo h falta de firmeza e de segurana necessrias para um bom comeo. O pregador nunca deve apresentar des-culpas por si mesmo, por uma preparao inadequada, por enfermidade ou indisposio fsica, ou qualquer outra sorte de acontecimento. Quando apresentamos tais desculpas estamos preparando nossa derrota antes de terminar a introduo.

    um pregador comeou uma mensagem: Este distinto auditrio mere-ce ouvir um pregador altura e no um pobre, muito atribulado e humilde servo de Deus como este que vos fala. Todavia, pela dificuldade de conseguir um outro, e pela pena que tive do pastor Fulano, eis-me aqui para vos abor-recer por alguns minutos. Creio que, dizendo os meus pensamentos mal ali-

  • 38 / Jos da Silva, um pregador leigo

    nhavados, estarei apenas reproduzindo os vossos pensamentos. O pregador leigo deve ter o cuidado de nunca comear assim, usando tais expresses de falsa modstia, fazendo comparao com os mais dignos.

    Deve-se evitar prometer mais do que o sermo encerra. No bom comear com alguma ideia dramtica ou to impressionante que o corpo do sermo se torne fraco em comparao. A introduo no deve ser to fervorosa a tal ponto que se torne impossvel manter o ritmo desenvolvido no incio da mensagem. Algum, ao ouvir um sermo desse tipo, fez essa ob-servao: O pregador comeou por fazer um alicerce para um arranha-cu, mas acabou construindo apenas um galinheiro!.

    Deve-se evitar o uso de argumentos e ideias que vo aparecer mais tarde na mensagem. um erro fatal usar na entrada da casa uma pedra da qual precisaremos mais tarde na construo das paredes. Somente um perito pode prender a ateno depois de ter explicado tudo que ele pensa em dizer mais tarde na sua mensagem.

    Deve-se evitar sobrecarregar a introduo com muito material. Isso seme-lhante quele que tenta remar num barco com toda a carga pesada na proa. Tal-vez a melhor maneira de se evitar isso seja a introduo com apenas uma ideia.

    Devem-se evitar piadas que somente fazem o povo rir. O humor, se usado, melhor no desenvolvimento do sermo, e no na introduo ou na concluso. Devemos deixar as histrias jocosas e piadas mais para os palha-os, que tm o seu ganha-po nisso!

    4. Vrios mtodos na preparao de boas introduesH vrios mtodos que podem ser usados pelo pregador para introduzir

    os seus sermes. Alguns desses mtodos so os seguintes:

    A introduo textual. uma fonte do contedo pode ser o texto ou o contexto, especialmente se o significado do texto precisa ser explicado para que possa ser entendido. Esse tipo de introduo pode incluir uma explica-o e aplicao do contexto ou fundo histrico do texto.

    O assunto ou tema do sermo pode fornecer material para a introdu-o. um pregador falou certa vez sobre A igreja dos meus sonhos. Come-ou o sermo falando dos sonhos que tivera quando criana e jovem. Depois

  • Jerry Stanley Key / 39

    disse que os seus sonhos passaram a ser sobre a igreja de Cristo. No corpo do sermo falou sobre as qualidades que tinha a igreja dos seus sonhos, fazen-do aplicao sua prpria igreja. Esse tipo de introduo serve muito bem quando o pregador trata de alguma necessidade ou problema atual.

    A ocasio pode fornecer material para a introduo. Esse mtodo de co-mear o sermo muito oportuno e vlido, especialmente quando o sermo pregado numa poca de um feriado ou em ocasio que fornea a ideia para o assunto do sermo.

    uma ilustrao pode servir bem para introduzir um sermo. A ilustrao evangelstica Como o Diabo trabalha (pg. 88) foi usada certa vez para introduzir um sermo sobre O perigo do amanh. Este um dos melhores tipos de introduo.

  • 1. A importncia da concluso

    2. Caractersticas da boa concluso

    3. Alguns erros a serem evitados na concluso

    4. Vrios tipos de concluso

  • 42 / Jos da Silva, um pregador leigo

    A CONCLUSO DO SERMO

    Concluso, tambm chamada perorao, aquela parte do sermo que tem o propsito de levar o assunto tratado a um fim adequado. O ideal que a concluso relacione permanentemente a verdade pregada vida dos ouvintes.

    1. A importncia da conclusoA concluso a parte do sermo que talvez receba menos ateno na

    sua preparao do que qualquer outra parte. Muitas concluses so monto-nas e fracas. E isso apesar do fato de a concluso ser considerada a parte mais importante do sermo, com exceo do texto! Em qualquer obra literria, escrita ou de oratria, nada h que tenha tanta importncia como o princpio e o fim. O que acontece nos ltimos minutos do sermo de suma impor-tncia para o seu xito. O pregador pode comear bem e discutir o assunto de maneira admirvel, mas se no terminar bem, disso que os ouvintes vo se lembrar! Se as primeiras impresses so as mais notveis, as ltimas, mui-tas vezes, so as mais duradouras. Muitos sermes sobem como um foguete e tambm descem da mesma forma. Isso porque o pregador no tem foras para continuar no mesmo ritmo que comeou. Algum disse que o sermo deve ser como um rio, que tem foras cada vez mais aumentadas.

    Se devemos comear o sermo com alguma coisa interessante, tambm necessrio terminar com poder, levando ou ouvintes a quererem fazer a vontade de Deus. uma concluso desanimada deixar os ouvintes desani-mados. uma concluso confusa deixar os ouvintes confusos. uma conclu-so animada e clara deixar os ouvintes animados e prontos para seguirem o caminho marcado com o alvo do sermo. O pregador leigo deve ter todo o cuidado ao preparar a concluso para as suas mensagens. Ele sabe que, como o construtor nunca pensaria em construir um edifcio sem ter em mos a planta completa, o pregador precisa ter em mente como vai terminar o ser-mo, antes de comear a preg-lo. Portanto, devemos pensar como terminar o sermo da forma mais eficiente possvel.

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    A melhor maneira de preparar a concluso voltar a pensar sobre o objetivo especifico que se tem em mente, a razo pela qual se quer pregar o sermo. O ouvinte precisa saber aquilo que o pregador quer que ele faa, luz das verdades apresentadas na mensagem. Deve haver aplicao dessas verdades vida dos ouvintes ao longo do sermo todo; mas a concluso o clmax da aplicao, como o da mensagem toda. Nenhum sermo est terminado at que seja gravado no corao e na conscincia dos ouvintes, fazendo-os sentir alguma coisa que possa modific-los.

    2. Caractersticas da boa conclusoA concluso vem do assunto do sermo e deve ser, at certo ponto,

    necessria ao assunto que o pregador est discutindo. A concluso deve ter-minar a discusso da maneira mais natural, prpria e adequada. Ela deve ser a concluso do sermo todo, e no apenas do ponto final ou da ltima ideia apresentada. Ela deve ser pessoal, o ponto alto da relao ntima entre o pre-gador e os ouvintes. A concluso deve ter vida, deve mostrar o calor da alma daquele que est pregando. A nota final deve vibrar de amor e compaixo. A concluso deve ser clara e especfica. Nela o pregador dar mais nfase s ideias positivas do que s negativas.

    A concluso deve ser proporcional e breve. O pregador no deve pregar um segundo sermo na concluso! Ela ocupar normalmente dez a quinze por cento do tempo do sermo, ou seja, trs a cinco minutos.

    3.Alguns erros a serem evitados na conclusoH certos erros um tanto comuns entre ns quanto concluso. Vamos

    notar alguns, para evit-los.

    A concluso no deve introduzir pensamentos novos. Estes fazem parte da discusso ou corpo do sermo, o que vem antes da concluso. Se o pre-gador comear a apresentar ideias novas na concluso, dar a impresso de que est comeando outra mensagem.

    O pregador no deve dar a impresso de que vai logo terminar. As fra-ses como por ltimo, finalizando e em concluso devem ser usadas com muito cuidado. Nunca se deve usar uma expresso dessas mais de uma

  • 44 / Jos da Silva, um pregador leigo

    vez. Recentemente certo pregador disse: Estamos chegando ao fim de nossa mensagem. Porm continuou pregando mais uns quinze minutos. Depois daquela frase indicando o fim do sermo houve muita inquietao e movi-mento, porque psicologicamente o sermo estava terminado para os ouvintes.

    Nunca se deve pedir desculpas na concluso. Se ruim pedir desculpas no comeo do sermo, muito pior no fim.

    O pregador deve evitar o esgotamento fsico. Sempre deve deixar algu-ma fora de reserva.

    Nunca se deve mexer com alguma coisa, tal como relgio, culos, etc. Isso tira a ateno daquilo que est sendo dito.

    O pregador deve evitar as piadas na concluso. Esta a parte mais sria do sermo.

    Concluses barulhentas devem ser evitadas. O barulho um mau subs-tituto para ideias poderosas e certas.

    O pregador no deve ficar preso a quaisquer anotaes, esboo ou ma-nuscrito no fim do sermo.

    4. Vrios tipos de concluso bom que o pregador aproveite diferentes tipos de concluso, no ter-

    minando todos os sermes da mesma maneira. Examinemos agora alguns tipos de perorao ou concluso.

    um dos melhores tipos de concluso com uma recapitulao, ou re-sumo, das ideias principais do sermo. uma concluso assim d aos ouvintes uma ltima oportunidade de refletir sobre os vrios pontos discutidos. A introduo mostra aos ouvintes para onde iro; a concluso, aonde foram. Este mtodo mais til quando pregamos sobre alguma doutrina ou verda-de, para que os ouvintes gravem melhor os pontos principais do argumento. o mtodo mais fcil de concluir um sermo, mas por isso no se deve abu-sar dele. O pregador deve usar de variedade.

    um outro tipo de concluso aquele em que o pregador faz uma apli-cao final vida dos ouvintes. A concluso deve sempre ter elementos de aplicao e de desafio, porque a parte do sermo cujo objetivo tem aplica-

  • Jerry Stanley Key / 45

    o mais diretamente vida dos ouvintes. A ltima parte do sermo precisa mostrar aquilo que o ouvinte deve fazer luz da verdade apresentada na mensagem. Ao contrrio do que acontece com um ensaio ou uma confe-rncia (no religiosa), o sermo deve conduzir ao, mesmo que seja s no corao do pregador. Como exemplo de aplicao prtica nessa parte do sermo, ver a concluso da parbola do profeta Nat, quando estava falando perante o rei Davi (2Sm 12. 7-14).

    A concluso tambm pode ser o apelo deciso, em que um grande esforo feito para alcanar o corao, a conscincia e a vontade do ouvin-te. muito oportuno o apelo direto para que a verdade pregada seja aceita. Conta-se que, quando o grande pregador ingls pastor Charles Spurgeon pregava, era como se cada ouvinte sentisse Deus falando com ele. Ver a con-cluso do sermo de Josu, em Josu 24.14,15, que um apelo claro, direto e muito oportuno.

    Muitas vezes o melhor tipo de concluso uma ilustrao que esclarea a verdade central da mensagem. Este mtodo pode ajudar muito a produzir o efeito desejado, iluminando o assunto e conduzindo os ouvintes a uma deciso. Porm o pregador deve usar todo o cuidado na escolha da ilustrao a ser empregada na concluso. Normalmente essa ilustrao deve ser relati-vamente breve, focalizando a ateno naquilo que o pregador quer que os ouvintes faam.

    H vrios tipos de concluso: uma exortao dirigida aos crentes, es-timulando-os ao; um reforo do texto, voltando ideia do texto e seu fundo histrico, etc.

    Na preparao da concluso o pregador talvez queira usar elementos de mais de um dos tipos acima descritos, e isso perfeitamente cabvel.

    O importante, porm, que, qualquer que seja o tipo da concluso, ela deve ser preparada com muito cuidado. A concluso pode inutilizar ou salvar todo o resto do discurso. Por isso precisa ser bem preparada e nunca feita de improviso, o que dar a impresso de que o sermo foi interrompido sem terminar.

  • 1. Por que fazer apelo

    2. Caractersticas do apelo que atinge seu objetivo

    3. Como variar os mtodos usados no apelo

    4. Conselhos finais

  • 48 / Jos da Silva, um pregador leigo

    COMO FAZER O APELO

    Algum definiu o apelo como uma chamada concreta deciso por Cristo, depois de uma exposio clara do evangelho. um convite para viver de acordo com a vontade de Deus, tal como esta foi apresentada no sermo.

    O sermo em si deve ser um apelo ao corao de todos os ouvintes. Mas isso no quer dizer que o pregador leigo no deva fazer um apelo para uma manifestao pblica de deciso ao lado de Cristo. O sermo evangelstico fica incompleto e deixa a desejar quando o pregador termina a sua mensa-gem sem fazer um apelo direto ao corao do ouvinte no crente.

    1. Por que fazer apeloH varias razes que fazem do apelo, ou chamada a uma manifestao

    pblica e concreta, parte necessria pregao evangelstica. Notemos algu-mas delas:

    O apelo bblico. Ele tem suas bases oriundas nas Escrituras Sagradas. A Bblia est cheia de exortaes e apelos ao povo para tomar posio ao lado de Deus. Joo Batista sempre apelava para decises pblicas (Mt 3.5,6). Os pecadores precisam fazer uma confisso pblica de sua f em Cristo (Mt 10.32,33). As seguintes passagens so suficientes para comprovar que o ape-lo bblico: xodo 32.36; Josu 24.15; Isaas 55.1-6; Marcos 5. 25-34 (eis aqui um caso digno de nota, no qual Jesus exige da mulher um testemunho pblico). At 2.40; At 3.19; At 19.8,26; At 20.20,31; At 26:28, At 28:23, Rm 10.10; Ap 22.17.

    O apelo histrico. Grandes evangelistas e pastores ao longo dos scu-los tm feito do apelo parte integrante de sua pregao. Ver as biografias de Wesley, Whitefield, Finney, Moody, Spurgeon, Billy Graham, etc.

    O apelo lgico e natural. Ele o clmax do sermo. A razo bvia pela qual buscamos criar um ambiente espiritualmente favorvel para que resultados em decises se materializem.

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    Por exemplo: se um homem fosse pescar e, depois de muita despesa e tempo gasto, pegasse um grande peixe, e com muito esforo conseguisse traz-lo para perto dele, ser que permitiria que o peixe escapasse? Ou ser que um pescador lanaria sua rede e depois abandonaria os peixes que nela cassem? Ou ser que um fazendeiro prepararia a terra, semearia a boa se-mente, cuidaria das tenras plantas que aparecessem e, na hora da ceifa, dei-xaria tudo apodrecer? Da mesma maneira, no h nada mais lgico e natural do que o pregador fazer o apelo ao chegar concluso de sua mensagem.

    O apelo psicolgico. A emoo da hora vai passar. O homem sem Cristo precisa fazer a sua deciso enquanto o Esprito Santo est tocando fortemente em seu corao. H quem diga que no bom tomar qualquer deciso sob a influncia da emoo. Mas a verdade que nenhuma das grandes decises da vida tomada sem emoo. Seria possvel um moo abordar pela primeira vez o assunto de casamento com a namorada sem es-tar influenciado pelas emoes? Do mesmo modo, Deus usa o sermo evan-gelstico para tocar nas emoes, aspiraes e desejos do ouvinte no crente!

    O apelo prtico. prtico por diversas razes:

    1) prtico porque permite a identificao dos interessados e dos no-vos convertidos. Muitas vezes a pessoa que faz uma deciso pblica no tem compreenso bastante para fazer uma deciso real. Mas a sua deciso pblica facilita a sua identificao, e ela pode ser levada, por meio de melhores informaes e explicaes, a ter uma verda-deira experincia de salvao. Ao mesmo tempo, uma vez a pessoa realmente convertida e identificada, a igreja pode acompanh-la melhor em sua vida espiritual.

    2) prtico porque permite a deciso pblica, como demonstrao da deciso tomada no ntimo, vem fortalecer a f e o comeo de um bom testemunho. O apelo ensina o novo crente a no se envergo-nhar de sua nova f em Cristo. O testemunho pblico o ajudar a vencer as inibies, e o primeiro passo no testemunho de sua f.

    3) Tambm o apelo prtico porque, quando uma pessoa se decide, abre o caminho para outras pessoas mais tmidas fazerem suas deci-ses ao lado de Jesus.

  • 50 / Jos da Silva, um pregador leigo

    4) Finalmente, o apelo prtico porque motivo de inspirao para a igreja. Todos ns, que somos crentes, conhecemos a sensao de gozo ao ver outras pessoas se decidindo ao lado de Cristo em reunies de carter evangelstico. Quando h decises, a igreja ex-perimenta um novo impulso. Nada mais natural, porque a igreja vive para fazer discpulos.

    uma senhora humilde foi convidada a falar num dos pontos de prega-o de sua igreja. Deu seu testemunho e falou sobre uma passagem bblica. Depois deu uma oportunidade aos ouvintes no crentes para que aceitassem a Cristo como Salvador. Ela ficou muito contente quando duas pessoas se decidiram. Se aquela senhora, com poucos recursos, pde fazer assim, que podem fazer os nossos irmos pregadores leigos com a ajuda de Deus?

    2. Caractersticas do apelo que atinge seu objetivoH certas caractersticas que corroboram a eficincia do apelo. Note-

    mos as seguintes:

    O apelo deve ser claro e especifico. Certa vez um pastor fez o ape-lo numa grande reunio evangelstica num ginsio coberto, e este foi to confuso e vago que muitas pessoas que j eram crentes levantaram a mo! Os ouvintes precisam entender o que o pregador quer que eles faam, e a maneira pela qual devam expressar publicamente sua deciso (levantando a mo, indo frente, etc.).

    O apelo deve ser breve, no se abusando da boa vontade dos ouvintes quando ningum est se decidindo. Porm, no se deve parar o apelo se h pessoas se decidindo.

    O apelo deve ser baseado no ponto ou argumento mais forte do ser-mo. Se o sermo sobre o novo nascimento, o apelo deve ser baseado nessa ideia. Se versou a respeito do arrependimento, o apelo deve ser ligado ideia proeminente da mensagem.

    Deve-se fazer o apelo no esprito de orao e dependncia do Esprito San-to. Esta a hora mais sria do culto. Todos os ouvintes devem estar em orao durante o apelo. O pregador no pode converter ningum! Somente o Esprito Santo de Deus pode convencer o mundo do pecado, da justia e do juzo

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    (Joo 16.8). Assim que, em nossos apelos, devemos depender do Esprito e no da lgica de nossos argumentos ou do fervor de nossas exortaes.

    O apelo deve ser feito no esprito de f e confiana. O otimismo con-tagiante. O pregador deve ter f que Deus vai abenoar a semente lanada (Is 55.11; Sl 126.6).

    O apelo deve ser positivo, sugerindo aos ouvintes o que precisam fazer, e no aquilo que eles no devem fazer.

    O apelo deve ser feito com cortesia e sem coao. O pregador nunca deve baratear o evangelho, usando truques e outros mtodos que no con-vm. uma das razes por que muitos crentes reagem contra apelos para decises visveis justamente o fato do abuso de alguns pregadores.

    Certo pregador estava pregando numa srie de conferncias em um dos nossos colgios e no estava conseguindo os resultados esperados. No ltimo dia, quando poucos alunos haviam se decidido, o conferencista mostrou ao auditrio a sua mquina fotogrfica e disse que iria tirar a fotografia de todos os decididos. Continuou com o apelo, e muitas crianas fizeram decises. Algum j observou: Fazer apelo como procurar frutos numa rvore; se balanarmos normalmente, caem os maduros; mas se insistirmos demais, caem tambm os verdes.

    O pregador deve apelar aos motivos; tais como o desejo de felicidade, o desejo para ter uma vida melhor, o desejo de ser bom, o desejo de ter segurana, o desejo de ser liberto dos pecados, o desejo de exercer uma influncia benfica, a necessidade de unir os lares a Cristo e igreja, etc.

    O apelo deve ser feito com esprito compassivo. Devemos nos expressar como se apelssemos a uma questo de vida ou morte, o que realmente o apelo . Devemos amar as almas com intensa compaixo. O apelo deve ser feito com toda a nossa sinceridade.

    3. Como variar os mtodos usados no apelo O pregador deve variar os mtodos usados no apelo para no cair na

    rotina. Eis algumas possibilidades, que, entretanto, no esgotam o assunto:

    1) Pode-se pedir aos que aceitam a Cristo como Salvador que levantem uma de suas mos.

  • 52 / Jos da Silva, um pregador leigo

    2) Pode-se pedir aos que esto se decidindo que fiquem em p, en-quanto os outros ouvintes permanecem assentados.

    3) Tambm pode-se pedir que os decididos venham frente.

    4) Pode-se apelar quelas pessoas que tm aceitado a Cristo h algum tempo, porm sem dar a sua profisso de f, que reafirmem a deci-so de seguir a Cristo.

    5) Pode-se fazer um apelo progressivo, perguntando quantas pessoas esto querendo as oraes do povo de Deus. Depois da orao em favor daqueles que levantaram a mo, o apelo continua. uma adver-tncia: Este mtodo no deve ser usado como truque.

    6) Pode-se usar um versculo bblico, tal como Provrbios 28.13 (O que encobre as suas transgresses, nunca prosperar; mas o que as confessa e deixa, alcanar misericrdia), e depois prosseguir com o apelo.

    7) No fim do apelo, pode-se pedir a qualquer pessoa que, por qualquer motivo, no haja feito a sua deciso publicamente na oportunidade, que fique para conversar com o pregador depois, recebendo melho-res esclarecimentos.

    4. Conselhos finais1) Devemos ajudar o povo a reconhecer o apelo como um elemento

    bsico nos cultos evangelsticos, quer sejam realizados em pontos de pregao, congregaes ou cultos da igreja.

    2) sempre bom ter um grupo de pessoas preparadas para lidar com os decididos, dando literatura (folhetos, um exemplar de um Evangelho ou do Novo Testamento), orando com eles e dando informaes a respeito da igreja, o horrio dos trabalhos, etc.

    3) Tambm os decididos devem ser visitados o mais breve possvel.

    4) O pregador deve procurar sempre novas ideias a respeito de como fazer o apelo.

  • 1. Fontes de boas ilustraes

    2. Caractersticas de boas ilustraes

    3. Outras sugestes

  • 56 / Jos da Silva, um pregador leigo

    O USO DE MATERIAL ILUSTRATIVO NO SERMO

    um dos pontos mais fracos na pregao hodierna a falta do uso de bom material ilustrativo nos sermes. Muitas mensagens, contendo forte ali-mento, deixam de atingir o corao dos ouvintes, passando como que por cima da cabea, devido falta de ilustraes que trariam luz e entendimento verdade exposta.

    O material ilustrativo semelhante a uma janela, que tem por finalidade deixar a luz entrar e iluminar a sala. As ilustraes permitem que os ouvintes vejam em suas mentes as verdades apresentadas no sermo. Elas despertam a ateno, explicam as verdades e fortalecem os argumentos apresentados, auxiliam os ouvintes a reter as ideias do sermo, tocam nos sentimentos e proporcionam descanso mental para os ouvintes. Sim, o bom material ilus-trativo faz tudo isso!

    Os pregadores bblicos usaram muitas ilustraes. O Senhor Jesus sem-pre tinha uma boa histria para iluminar as verdades que ensinava ao povo. Ningum pode deixar de ser impressionado pelo drama da histria do bom samaritano. Os grandes pregadores neotestamentrios, como Pedro, Paulo, Estvo e outros empregavam boas ilustraes em suas mensagens.

    uma das partes do sermo mais apreciadas a parte das ilustraes. Elas so a vida da mensagem; esclarecem aquilo que sem elas ficaria obscuro, re-contam ao ouvinte, em termos de experincia, a verdade bblica j exposta. Portanto, de suma importncia que o pregador leigo empregue bom mate-rial ilustrativo nos seus sermes, assim tornando-os mais claros.

    1-Fontes de boas ilustraesAs fontes de boas ilustraes so muitas. Ns encontramos material ilus-

    trativo em todos os lugares:

  • Jerry Stanley Key / 57

    AprpriaBbliaumverdadeirotesourodeilustraesparaopre-gador leigo. As parbolas e histrias das Escrituras so uma grande fora na pregao. O povo gosta de histrias que vm da Bblia.

    Encontramosmaterial ilustrativoemnossas leiturasdiriasde jor-nais, revistas, livros, etc.

    Hmuitomaterialilustrativonahistriageralenahistriaeclesistica.

    Aletradeumhinoumasdasmaioresfontesdeilustraes.

    Muitasvezesouvimosumailustraodeoutropregador,quedeve-mos anotar para usar no futuro.

    Experinciaspessoais,quevmporintermdiodaprpriaobservao

    Prestaratenoaosacontecimentoscotidianossofontesdemuitovalor. Alm de tudo, o pregador pode falar da sua prpria experi-ncia de salvao, dando testemunho daquilo que ele mesmo tem experimentado em sua vida.

    Como estamos vendo, o campo no tem limites. Realmente h ilustra-es em todos os lugares.

    O material ilustrativo existe em toda a parte. Precisamos ficar sempre com a mente e a imaginao abertas, para que possamos aproveitar ao m-ximo os incidentes que podem servir como ilustraes para as nossas men-sagens.

    Encerramos nosso estudo sobre o material ilustrativo no sermo ci-tando a Palavra de Deus. O profeta Habacuque estava ansioso, querendo receber a mensagem do Senhor para anunciar ao povo. Em Habacuque 2.2 encontramos o seguinte: Ento o Senhor me respondeu, e disse: Escreve a viso, e torna-a bem legvel sobre tbuas, para que a possa ler quem passa correndo. Esta a nossa responsabilidade. Tornar to clara a nossa mensagem, de forma que os ouvintes possam entender e levar a mensagem a outrem!

    2 Caractersticas de boas ilustraesEntre as caractersticas de boas ilustraes se destacam as seguintes:

    Elasdevemsersimples,eopregadornodeveencobriraverdadecentral dela com detalhes.

  • 58 / Jos da Silva, um pregador leigo

    Elasdevemterunidadedepensamentocomotemaqueestamospregando.

    Elasdevemtermovimentoouprogresso.

    Elasdevemfornecerfatosdeinteressehumano.

    Elasdevemestarcheiasdevida.

    Elasdevemseraplicadasverdadequeestsendoilustrada.

    Eelasdevemterumpontoaltoouumclmax.

    3 Outras sugestes bom que o pregador leigo tenha algum sistema para guardar as boas

    ilustraes que ele encontra com o passar do tempo. Pode escrever os pontos essenciais num caderno de ilustraes, usando um caderno comum para este fim. Tambm pode usar uma espcie de lbum. Alguns pregado-res gostam de colocar as ilustraes em envelopes. Mas, qualquer que seja o mtodo usado, o pregador deve seguir um sistema ou mtodo para que no perca o material muito til para sermes que ele encontra quase que constantemente.

  • 1. Usar linguagem simples e clara

    2. Procurar usar o prprio estilo

    3. Falar de tal forma que todos possam ouvir

    4. Falar diretamente aos ouvintes

    5. Falar com o corpo todo

    6. Falar com convico

    7. Falar com entusiasmo

    8. Falar com amor

    9. Ser breve

    10. Pregar no poder do Esprito

  • 62 / Jos da Silva, um pregador leigo

    O USO DE BONS HBITOS NA PREGAO

    um fator muito importante na comunicao da mensagem do evangelho a maneira como falamos quando temos a incumbncia de pregar. Todos ns j ouvimos vrios tipos de pregador e orador: alguns interessantes, outros fracos e sem nenhum brilho; alguns falando com ideias breves e claras, outros demorando muito em expressar o que querem dizer; alguns com uma mensagem vital, outros sem nada para dizer, usando palavras destitudas de sentido, valor e clareza.

    Pense um momento. Como podemos ser mais atraentes ao proferir ou apre-sentar as mensagens? O nosso desejo, por certo, prender a ateno dos ouvintes para que ganhem o mximo daquilo que Deus tem colocado em nosso corao. Quais so alguns bons hbitos que o pregador leigo deve mostrar na sua fala?

    1- Usar linguagem simples e clara O nosso Senhor Jesus Cristo, embora Deus-Homem, falou em termos cla-

    ros e perfeitamente compreensveis para o povo comum. Ele poderia ter usado uma linguagem profunda e difcil. Mas escolheu palavras simples para o povo. Se ele nosso exemplo em todas as coisas, devemos segui-lo nessa parte.

    2- Procurar usar o prprio estiloNo deve o pregador imitar ningum, deve ser natural e usar a prpria

    personalidade que Deus tem lhe dado. Especialmente quanto ao tom de voz que usa ao falar, o pregador deve usar o seu prprio tom habitual.

    3- Falar de tal forma que todos possam ouvirum dos principais problemas de muitas pessoas que falam em pblico

    o de serem ouvidas ou entendidas. s vezes o volume ou fora de voz no suficiente para que os que esto mais afastados possam ouvir sem dificuldade.

  • Jerry Stanley Key / 63

    O pregador precisa pronunciar distintamente cada palavra. Alguns fa-lam depressa demais, quase em ritmo de metralhadora. Devemos tomar o mximo cuidado com a articulao ou enunciao de nossas palavras.

    4- Falar diretamente aos ouvintesNormalmente no temos problemas em falar aos nossos vizinhos ou a ou-

    tros crentes de nossa igreja. Falamos com amigos sem nenhum embarao. Do mesmo modo, quando falamos a um grupo mais fcil, se considerarmos os ouvintes como amigos, falando-lhes em tom de conversa. No devemos nunca causar a ideia de que somos superiores a eles. Devemos olhar s vrias partes da congregao, procurando falar como se tivssemos algo de pessoal para di-zer a cada ouvinte. Os olhos podem ser usados como uma espcie de segun-da voz. Assim manteremos uma comunicao direta com os nossos ouvintes.

    5- Falar com o corpo todoSe a pregao uma espcie de conversa animada, devemos utilizar as

    nossas mos para dar nfase quilo que dizemos. Se a mensagem estiver cheia de vida, no teremos muito problema em reforar as nossas palavras com gestos.

    Todo pregador representa o Rei dos reis. Deve apoiar-se em ambos os ps e permanecer ereto, com um p frente do outro, por ser mais confor-tvel. De quando em vez, enquanto est falando, deve mudar de posio.

    6- Falar com convicoConvico uma caracterstica dos grandes pregadores de todos os

    tempos. Para alcanarmos xito na pregao, muito depende da convico com que falamos. uma das fontes principais de popularidade e magnetismo pessoal no plpito uma convico inabalvel, um alvo definido.

    O ex-presidente Wilson, dos Estados unidos da Amrica do Norte, dis-se, certa vez, que onde h fogo, a os homens levaro seus lampies para serem acesos. um auditrio responde ao pregador que fala com convico. Se no temos esta qualidade, seremos como o metal que soa ou o sino que tine. impossvel convencer algum de alguma coisa em que ns mesmos no cremos!

  • 64 / Jos da Silva, um pregador leigo

    7- Falar com entusiasmoO entusiasmo uma outra qualidade que est ligada convico. O

    entusiasmo ajuda muito a qualquer palestra ou sermo. Esta qualidade atraente e contagiante. Entusiasmo por parte do pregador gerar entusiasmo nos ouvintes.

    Devemos mostrar o nosso entusiasmo em nossa voz, expresso facial e tambm em nossa maneira de falar. Se vale a pena pregarmos a nossa men-sagem, valer tambm sermos entusiasmados com ela. Se os professores e as pessoas que fazem palestras se entusiasmam ao proferir aulas e palestras, quanto mais ns, que temos a Boa-Nova de salvao e perdo para os nossos ouvintes!

    8- Falar com amor Que prazer ouvir algumas pessoas falarem! O rosto delas parece radiar

    o gozo, a paz e o amor do Senhor. fcil prestar ateno quilo que dizem. Sentimos o amor de Deus quando falam. Como tm uma atitude simptica e no de condenao ou superioridade! Sigamos o exemplo dessas pessoas, e no o exemplo negativo de algumas que falam sem manifestar o amor e a compaixo do nosso Mestre.

    9- Ser breveSe temos cinco minutos para falar, no culto ao ar livre, no devemos

    ir alm do tempo designado. Se vamos pregar num ponto de pregao, melhor que a nossa falta esteja em falar menos. melhor deixar os ouvintes com o desejo de ouvir mais, do que deix-los preocupados com a hora em que vamos terminar. A mensagem breve tem uma oportunidade melhor de alcanar xito do que aquela que cansativa.

    10- Pregar no poder do EspritoO apstolo Paulo assim escreveu em 1Corntios 2.4,5: A minha lingua-

    gem e a minha pregao no consistiram em palavras persuasivas de sabe-doria, mas em demonstrao do Esprito e de poder; para que a vossa f no

  • Jerry Stanley Key / 65

    se apoiasse na sabedoria dos homens, mas no poder de Deus. Portanto, o alvo do pregador e de sua pregao est nossa frente. Devemos sempre procurar pregar com poder. S assim que teremos o xito que todos ns almejamos.

    Foram estes os conselhos que o irmo Jos ouviu na aula que o pastor Joo lhe ministrou. Que os nossos prezados irmos pregadores os utilizem para honra e glria do nosso Senhor Jesus Cristo!

  • 1. O preparo do corao

    2. Orao e preparo espiritual

    Concluso

  • 68 / Jos da Silva, um pregador leigo

    A PREPARAO ESPIRITUAL DO PREGADOR LEIGO

    Deve o pregador leigo depender de si mesmo? Falar ele de si mesmo? Pregar a sua prpria palavra? No! Ele um instrumento de Deus. um arauto. uma voz. E s isso! As nossas mensagens devem ser preparadas na presena de Deus e com a ajuda de Deus. Porque a mensagem no nossa, e, sim, dele!

    A pregao mais do que uma palestra; no so apenas algumas pa-lavras humanas faladas durante alguns minutos. A pregao representa uma vida. O sermo verdadeiro tem vida. O sermo brota e frutifica na mente do pregador, porque tem vida. O sermo santo, porque o homem santo em sua vida de crente. Por isso o pregador deve chegar ao momento da pregao j tendo cuidado do preparo espiritual.

    Se ns vamos comunicar a verdade de Deus aos homens, devemos ou-vir a voz de Deus e nos preparar em comunho com ele. Mas como pode-mos cultivar a espiritualidade? Este o problema por excelncia do crente, especialmente o problema do pregador do evangelho. O sucesso do seu esforo depender da sua espiritualidade.

    Como a comida necessria ao desenvolvimento do corpo, do mes-mo modo a vida espiritual depende da alimentao do esprito. A pedra de esquina da pregao da Palavra de Deus a vida devocional do pre-gador. A palavra positiva do profeta Zacarias ainda est em vigor: No por fora nem por poder, mas pelo meu Esprito, diz o Senhor dos exr-citos (Zc 4.6).

    1 - O preparo do coraoum corao preparado mais importante do que um sermo prepara-

    do. um corao realmente preparado far um sermo preparado. Algum disse: Gnio, crebro, brilhantismo, fora, dons naturais no salvam. O evangelho derrama-se atravs dos coraes.

  • Jerry Stanley Key / 69

    um dos erros mais srios e mais comuns na pregao hodierna o de colocar em nossas mensagens mais pensamentos do que orao, mais cre-bro do que corao! A nossa necessidade a preparao do corao. Ainda verdade: um sermo que contenha mais crebro do que corao, no ter eficcia nos ouvintes... A orao faz do pregador um pregador de cora-o. A orao pe o corao do pregador na mensagem; a orao coloca a mensagem do pregador no seu corao.

    2 - Orao e preparo espiritualA mensagem s pode ser poderosa se sua preparao marcada com

    orao fervorosa ao Deus Altssimo.

    A orao tem sido chamada de chave ou segredo da preparao. Sem a orao nenhuma mensagem prevalecer. No queremos desprezar o es-tudo, mas se o pregador tem usado os seus talentos ao mximo em estudar a Palavra de Deus e na preparao de sua mensagem, deve completar a sua preparao nos seus joelhos, buscando a uno de Deus. A orao d inte-ligncia, traz sabedoria, alarga e fortalece a mente. O recinto secreto um perfeito professor e escola para o pregador. O pensamento no s ilumina-do e aclarado na orao mas o pensamento nasce na orao.

    O grande pastor batista ingls Spurgeon disse, certa vez: No h nada que possa substituir a orao na vida do pregador: nem a cultura recebida nem as vastas bibliotecas. Quanto maior for a familiaridade com a corte do cu, tanto melhor realizar a sua funo na terra.

    Mediante a orao a ss com Deus crescemos em graa, aumentamos em f e chegamos a ser poderosos em palavras e atos.

    Na preparao da mensagem, de joelhos na presena do Senhor, obte-remos a direo sbia e, em resposta aos nossos clamores sinceros, ele des-pertar as ideias, esclarecer a mente e revelar a sua vontade... A presena de Deus o melhor gabinete de estudo. Ali novos pensamentos brotaro do texto como rios... Empregando diligentemente a orao para penetrar nas pro-fundidades da Palavra de Deus, como se emprega a ferramenta para explorar a mina, achareis veios to ricos de metal precioso que vos assombrareis.

    Ningum ter mais influencia sobre os homens do que aqueles que lu-tam em secreto com Deus. No existe melhor eloquncia do que a do co-

  • 70 / Jos da Silva, um pregador leigo

    rao, e em nenhuma escola se pode aprend-la como se aprende ao p da cruz. A retrica possui o seu valor, porm a uno divina, nascida de um corao movido pelo Esprito Santo, infinitamente superior...

    Enquanto prega, o mensageiro sentir a iluminao celeste, como resul-tado da ntima comunho com Deus.

    O pregador no pode salvar os ouvintes nem persuadi-los a receber a ver-dade. Pode, sim, rogar a Deus em favor deles para que Deus os converta e salve. Spurgeon outra vez diz: Como o jardineiro rega a sua planta, deve o pregador umedecer com lgrimas a semente lanada. O talento e a instruo se tornam vos ou se anulam, se no sabeis abundar em intercesso pelos vossos ouvintes.

    O pregador leigo pode trabalhar muito na preparao de sua mensagem, pode se esforar para tornar claro e simples aquilo que vai dizer, pode usar a tcnica moderna de comunicao, mas se faltar a preparao espiritual, a vida devocional, a orao, a meditao na Palavra de Deus, tudo ser vo.

    A orao a chave que desvenda os mistrios da Palavra de Deus, e faz com que o pregador pregue com poder. Joo Wesley disse certa vez que, Deus nada faz, a no ser em resposta orao. a orao que d vida e poder s nossas mensagens. A orao a arma mais poderosa do pregador. S quando os pregadores se tornam homens de orao que o Esprito Santo pode us-los para efetuar o seu trabalho.

    obvio, ento, que o segredo de poder da mensagem est na orao. Como algum tem observado: Muita orao, muito poder; pouca orao, pouco poder. Se queremos que os nossos sermes sejam caracterizados pelo poder e calor do Esprito Santo, devemos orar. Deus aumenta o calor do fogo em nossos coraes somente quando somos zelosos na orao!

    Cada fase da preparao para pregar exige que haja uma preparao espiritual adequada.

    comum entre alguns pregadores trabalhar muito na preparao de seus sermes. Depois, na hora de pregar, acrescentam uma orao para que o sermo seja abenoado por Deus. Neste caso a orao vem tarde demais, quando o sermo j est preparado.

    As oraes que ajudam os nossos sermes so aquelas que acompanham cada passo do preparo da mensagem. No alguma coisa acrescentada so-mente depois de tudo pronto, como uma espcie de formalidade. O texto, o

  • Jerry Stanley Key / 71

    assunto a ser tratado, o corpo, tudo feito em orao. Devemos orar enquanto preparamos a mensagem. Devemos orar antes de preg-la. Devemos orar en-quanto pregamos. E devemos orar depois de ter pregado o sermo.

    O pregador que ora muito durante a preparao da mensagem manter--se- no caminho certo, dando prioridades s ideias mais importantes. A bssola das suas oraes fixar o roteiro seguro para seu sermo. claro que a orao no substitui o trabalho rduo que necessrio para se estar prepa-rado para pregar. A orao e o estudo andam de mos dadas na preparao.

    Devemos ser alunos na escola de orao, pois somente nela que po-demos aprender a pregar. O pregador nunca falar bem e com xito aos homens, at que tenha aprendido como falar a Deus em favor dos homens. O ar no mais necessrio aos pulmes do que a orao quele que prega.

    uma vida santificada exige que oremos na preparao de nossos sermes.

    A orao o segredo da vida santa. Daniel orava vrias vezes por dia. O apstolo Paulo nos exorta que devemos orar sem cessar. O nosso Mestre nos en-coraja: Pedi e dar-se-vos-; buscai e achareis; batei, e abrir-se-vos- (Mt 7.7).

    A santidade o segredo da uno, esta qualidade mstica na pregao, que por demais difcil de definir e que impossvel imitar. A uno uma das qualidades que distingue a pregao crist de todas as outras formas de ora-tria e discursos. a uno que torna a Palavra de Deus viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra at a diviso da alma e esprito, e de juntas e medulas, e apta para discernir os pensamentos e intenes do corao (Hb 4.12). um fato mais do que comprovado que a uno somente vem por intermdio da comunho com Deus. Pela uno o pregador mostra que o recado que ele prega vem de Deus, e no de si mesmo.

    ConclusoQuando Edward Payson estava prestes a morrer, disse: A orao a

    primeira, a segunda e a terceira coisa necessria ao pregador. O pregador deve gastar muito tempo em orao, respirando fundo a atmosfera celestial. Oremos, irmos, e muito!

    Que Deus abenoe os nossos irmos pregadores leigos para que sem-pre sejam homens espirituais, buscando a preparao espiritual para as suas mensagens, acima de todas as coisas!

  • 1. O homem que procura Jesus

    2. O maior fracasso na histria da humanidade

    3. O homem que est em falta com Deus

    4. Nova vida para voc

    5. O maravilhoso convite de Deus

    6. Jesus vir outra vez

    7. Encontro inevitvel

  • 76 / Jos da Silva, um pregador leigo

    1 - O HOMEM QUE PROCURA JESUS

    Assunto ou tema: O homem que procura Jesus

    texto: lucas 19.1-10

    Objetivo ou Alvo: levar os ouvintes no crentes a desejarem procurar Jesus, para que encontrem a verdadeira salvao e testemunhem da transformao que Jesus efetua.

    Introduo:

    Temos no texto uma das converses notveis do ministrio de Jesus. Descreve o texto a curiosidade de Zaqueu, a sua busca e ansiedade por ver Jesus, etc. Pode-se comear o sermo com alguma coisa a respeito de algum que procurou alguma coisa.

    Esboo:

    1. O homem que procura Jesus vence todos os obstculos para que possa v-lo (vv. 2,4).

    1) Vence o obstculo de sua profisso. (Zaqueu tinha uma profisso que era uma dificuldade para a sua vida de crente era publicano, chefe dos publicanos de Jeric. Isso significa que ele era o chefe da Diviso de Imposto de Renda da regio.)

    2) Vence o obstculo de sua posio na sociedade. (Zaqueu era um rejei-tado, um malvisto da sociedade por causa da profisso que exercia.)

    3) Vence o obstculo de sua condio financeira. (Zaqueu era rico e ti-nha vendido a sua honra para ganhar muito dinheiro. Mas o dinheiro no o fez feliz. O pregador pode mostrar tambm como os pobres, s vezes, tm certos obstculos no caminho que lhes dificultam a vida de crentes.)

    4) Vence o obstculo de sua condio fsica. (Zaqueu era homem de pequna estatura, e talvez tivesse problemas e complexos por causa

  • Jerry Stanley Key / 77

    do seu tamanho. Outros tm problemas, os mais diversos, de or-dem fsica, para serem vencidos antes de serem salvos.)

    5) Vence a multido. (Podemos imaginar a situao embaraosa de Zaqueu, com a multido zombando dele, enquanto tentava subir numa rvore para ver Jesus.)

    2. O homem que procura Jesus verifica, com surpresa, que Jesus tambm est sua procura (vv. 5, 7, 10)

    1) Jesus est procura de todos os pecadores. (Jesus chamou Zaqueu pelo nome conhecia Zaqueu e suas necessidades espirituais. Que graa maravilhosa! Verifique o verso 7. Que acusao mesquinha! Mas que bno Jesus ter esta caracterstica a de amar os pecado-res!)

    2) Jesus quer salvar todos aqueles que se reconhecem perdidos e afastados de Deus (v. 10).

    3. O homem que procura Jesus encontra a verdadeira salvao e paz para a sua alma (vv. 6 ,9).

    1) Apressa-se para hospedar Jesus no seu corao (v. 6).

    2) Recebe de bom grado Cristo no corao (v. 6). (Esta era a ltima oportunidade de Zaqueu, porque foi a ltima vez que Jesus passou por ali. Zaqueu foi um dos ltimos homens ganhos por Jesus antes de morrer na cruz.)

    3) Torna-se um verdadeiro filho de Abrao, pela f em Cristo (v.9)

    4. O homem que procura Jesus mostra ao mundo, por meio de sua vida e seu testemunho, a transformao que Jesus efetua (v.8)

    1) O novo crente quer confessar publicamente a nova f em Cristo.

    2) O novo crente quer endireitar a sua vida (v.8). (No questo de quanto o novo crente ter de deixar quando aceitar Jesus, mas de quanto pode fazer por aquele que o procurou e salvou!).

    3) O novo crente quer ser uma bno para a humanidade. (Ver o verso 8 ... dou aos pobres metade dos meus bens.)

  • 78 / Jos da Silva, um pregador leigo

    Concluso:

    O pregador pode terminar o sermo mais ou menos como o que segue:

    Voc pode ter a mesma paz e felicidade que Zaqueu experimentou quando encontrou Jesus naquele dia em Jeric. Jesus Cristo, o Salvador e Mestre, convida voc, agora, hoje! Ele conhece os seus problemas, as suas necessidades e os seus pecados. Ele sabe tudo a seu respeito!

    Jesus quer salvar voc, como salvou Zaqueu. Zaqueu foi um homem que procurou Jesus. Voc tambm deve procurar Jesus. Deve procurar a sal-vao naquele que morreu na cruz por voc. Jesus quer salvar voc agora mesmo.

    Faa, meu amigo, a mesma deciso que Zaqueu fez. Se ele tivesse es-perado mais, talvez nunca mais tivesse encontrado a salvao, porque Jesus nunca mais voltou a passar em Jeric. Hoje, Cristo est passando, e convida voc. Receba Jesus agora como o seu Salvador pessoal.

    Jesus v voc; Jesus conhece voc; Jesus quer voc; Jesus precisa de voc. D o seu corao a ele, hoje, agora!

    Hinos que podem ser usados com este sermo: Cantor Cristo: 229, 245, 396, 403, 425; HCC - 250, 252, 255, 256; Cnticos - Tua vida em minha vida, lieza Coelho Carpeggiani ; No poder do teu amor, Ana Paula Valado.

  • Jerry Stanley Key / 79

    2 - O MAIOR FRACASSO NA HISTRIA DA HUMANIDADE

    Assunto ou tema: O maior fracasso na Histria da humanidade

    texto: Mateus 26.14-25; 47-50; 27.1-5.

    Objetivo ou Alvo: levar os ouvintes no crentes a aproveitar a oportunidade que tm agora de aceitar Cristo, recebendo o perdo de Deus.

    Introduo:

    O pregador pode comear a sua mensagem contando a histria de al-gum que fracassou na vida. Pode dizer que essa pessoa no pode ser consi-derada o maior fracasso na histria da humanidade.

    Consideramos Judas Iscariotes o maior fracasso na histria da humani-dade, pelos motivos que seguem:

    Esboo:

    1. Judas perdeu a maior oportunidade

    1) Judas foi chamado para ser apstolo de Jesus. (Que bno singu-lar! Que privilgio extraordinrio!)

    2) Judas tinha excelentes qualidades:

    (a) Capacidade fora do comum em assuntos financeiros. (Foi es-colhido como tesoureiro do grupo de apstolos Joo 12.6).

    (b) um bom nome. (Judas era um nome predileto naquele poca. Significa louvor. Maria, me de Jesus, tinha outro filho com este nome. um grande heri do sculo II a.C., tinha esse nome Judas Macabeu.)

    (c) Muito respeitado pelos outros apstolos. (Ningum disse, na ocasio da ltima ceia, que suspeitava de Judas. Ningum perguntou a Jesus: Judas Iscariotes o traidor, no ?. So-mente Jesus sabia o que estava no corao de Judas.)

  • 80 / Jos da Silva, um pregador leigo

    3) Viveu com Jesus. (Durante os trs anos do ministrio de Jesus, ouviu os ensinos de toda a histria de Cristo, presenciou os milagres, e mesmo assim no aceitou Cristo como Salvador de sua alma!)

    4) Pregou o evangelho a outros, mas no foi salvo. (Aplicao: Hoje tambm h muitos no crentes que so membros de igreja Mt 7.21-23; Jo 6.64.)

    (Pode-se concluir o ponto, falando das muitas oportunidades de ou-vir o evangelho, ler a Bblia, conhecer Jesus pessoalmente, e receber o perdo dos pecados. Que que estamos fazendo para aproveitar as oportunidades que Deus nos tem concedido? A pessoa que no aproveita as oportunidades e privilgios que Deus concede semelhante a Judas Iscariotes!)

    2. Na pessoa de Judas Iscariotes encontramos o maior fracasso na his-tria, porque ele cometeu o maior erro: traiu Jesus!

    (Judas estava em posio de honra na ltima ceia. A pergunta que fez a Jesus esperava uma resposta negativa: Eu no sou aquele que h de tra-lo, sou? O valor das 30 moedas era de 80 dias de trabalho para um trabalhador comum.)

    1) Judas traiu o seu bom nome. (Hoje, quase ningum usa mais esse nome. usam, sim, os nomes: Pedro, Joo, Davi, Paulo e outros.)

    2) Judas traiu o seu talento. (Recusou usar o seu talento no servio do Mestre. Podemos imaginar o que ele poderia ter feito, se consa-grasse seus talentos ao servio de Cristo. Mas usou os talentos para glorificar-se a si mesmo, e no para trazer honra e glria a Deus.)

    3) Judas traiu o Senhor. (Deveria ter recebido fortes impresses dos acontecimentos que observava na companhia de Jesus. Mas ele to-mou a oportunidade que tinha de estar perto do Senhor para tra--lo, a servio dos seus inimigos. Por que ele traiu Jesus? Ser porque foi vtima de ressentimentos? Ou porque no era um do grupo de apstolos mais ntimos de Jesus? Ser porque foi o nico apsto-lo no Galileu? Ou porque era supernacionalista, querendo mais a libertao do seu povo das mos romanas do que as bnos do reino de Deus?)

  • Jerry Stanley Key / 81

    3. Na vida de Judas aconteceu o maior fracasso porque ele recusou a maior oferta: o perdo do Senhor Jesus Cristo (Mt 27.1-5).

    1) Depois de ter trado Jesus, Judas ainda poderia ter-se arrependido. (A palavra arrependimento, em Mateus 27.3, significa com remorso ou com senso de culpa. Judas sentiu muito o que fizera. Porm, a palavra usada aqui bem diferente daquela que significa arrepen-dimento para a salvao, como consta em Mateus 3.2 e noutras passagens. O arrependimento carnal produz a morte (2Co 7.10).

    2) Judas confessou o seu erro com uma conscincia pesada, mas no confessou a quem deveria ter confessado (Mt 27.3-5).

    3) Judas procurou o suicdio, ao invs de procurar, arrependido, o perdo de Jesus (Mt 27.5; At 1.25).

    4) Perdendo tantas oportunidades, Judas foi para o seu prprio desti-no, o inferno (Joo 17.12; At 1.25).

    Concluso:Segue um exemplo de como o pregador poderia terminar o sermo:

    Assim termina a histria do exemplo clssico de um amigo falso.

    Assim termina o maior fracasso na histria da humanidade. Consideramos Judas o maior fracasso, porque ele perdeu a maior oportunidade, a da con-vivncia com Jesus por trs anos sem tornar-se crente nele. Judas cometeu o maior erro: traiu o seu melhor amigo. E ele o maior fracasso, porque recusou a maior oferta, a de ter o seu pecado perdoado por nosso Salvador e Mestre.

    Esta uma das histrias mais trgicas. Mas uma histria que se repete simbolicamente quando algum rejeita a salvao que Cristo oferece, ou quando algum no obedece ao que Cristo manda. E voc, meu amigo? Qual a sua posio perante Jesus? Voc tambm est traindo Cristo perante o mundo? Voc est pronto para receber Cristo como seu Salvador? Ento receba-o agora, neste momento. E pode ficar certo de que este ser o mo-mento mais feliz da sua vida!

    Hinos que podem ser usados com este sermo: Cantor Cristo: 197, 210, 226, 228, 289 e 306; HCC - 275, 285, 286; Cnticos - Corao igual ao teu, Ana Paula Valado; O meu corao, Eddie Espinosa.

  • 82 / Jos da Silva, um pregador leigo

    3 - O homem que est em falta com Deus

    Assunto ou tema: O homem que est em falta com Deus

    texto: Daniel 5.18-31 (especialmente o versculo 27)

    Objetivo ou Alvo: levar os ouvintes no crentes a reconhecer que esto em falta com Deus, para que aceitem o remdio que Deus providenciou para o homem pecador.

    Introduo:

    No preciso argumentar muito para fazer sentir que estamos em falta com Deus. A conscincia de cada um aprova ou reprova, vindo disso a satis-fao, ou o vazio; a paz com Deus, ou a morte espiritual.

    Esboo:

    1. H vrias razes por que o homem se acha em falta com Deus. (E essas razes sempre so as mesmas, em qualquer gerao.)

    1) O homem se acha em falta com Deus porque no aprende as lies que a histria ensina (vv. 18-21).

    (a) No aprende a lio de que todas as bnos vm de Deus (vv. 18,19,21).

    (b) No aprende a lio de que a confiana em si mesmo con-duz destruio (vv. 20,21).

    2) O homem se acha em falta com Deus porque no humilha o seu co-rao perante ele (v. 22). (O problema bsico do homem o orgulho prprio, a vaidade. O homem em falta com Deus, muitas vezes, no compreende que aquilo que ele semear, isso ceifar.)

    3) O homem se acha em falta com Deus porque no respeita nem ado-ra o Deus nico, o Deus criador (v. 23).

  • Jerry Stanley Key / 83

    (a) Profana as coisas sagradas. (Ver o versculo 23, e comparar tambm os versculos 2 e 3 deste mesmo captulo.)

    (b) Adora os deuses imaginados pelo homem e feitos por mos humanas (vv. 23,24).

    (c) No glorifica o Deus que o criou e que o sustentador da vida (v. 23).

    2. Os resultados de estar em falta com Deus tambm so sempre os mesmos.

    1) As bnos so tiradas e dadas a outrem (v. 28).

    2) Vm a runa e a morte (v. 30).

    3. O homem que est em falta com Deus deve aceitar o remdio para a sua situao perigosa.

    1) Deve humilhar-se perante Deus.

    2) Deve confessar os seus pecados a Deus.

    3) Deve adorar o Deus vivo, aceitando o Senhor Jesus Cristo como Sal-vador.

    4) Deve dedicar a sua vida ao servio a Deus.

    Concluso: O homem que est em falta com Deus cai no desagrado de Deus; no

    pode ser um homem feliz. Ser sempre um perdido. No seja essa a sua con-dio. Humilhe-se hoje. Confesse. Adore o Deus vivo. Aceite o seu Cristo. Salve-se agora.

    Hinos que podem ser usados com este sermo: Cantor Cristo: 37, 113, 198, 237, 243 e 249; HCC 136, 259; Cnticos Estrela da manh, Gesiel liash; tua graa, l. Manhes/T. Barbosa

  • 84 / Jos da Silva, um pregador leigo

    4 - NOVA VIDA PARA VOC

    Assunto ou tema: Nova vida para voc

    texto: Joo 3.1-21

    Objetivo ou Alvo: levar os ouvintes no crentes a desejarem experimentar o novo nascimento, para que possam ter uma vida completamente nova.

    Introduo:

    Pode-se falar sobre Nicodemos como um homem de grande cultura, de proeminncia social, de integridade moral, de realizaes religiosas, mas com a alma insatisfeita.

    Esboo:

    1. indispensvel a cada homem o novo nascimento.

    1) O homem precisa nascer de novo porque um pecador (v. 19).

    (a) uma pessoa no nasce no mundo como filho de Deus. So-mos por natureza pecadores. (Ver o Salmo 51, onde se diz que fomos concebidos em pecado, e Efsios 2.3, que diz que o pecador por natureza filho da ira.)

    (b) No podemos ter um novo mundo at que os homens ex-perimentem uma nova vida!

    2) O homem precisa nascer de novo, porque est perdido e condena-do. (Ver o versculo 18 do nosso texto, que diz: O homem pecador j est condenado.)

    2. O novo nascimento foi providenciado por Deus por causa do nosso pecado (vv. 14-16).

    Jesus mais do que Rabi ou Mestre, o termo usado por Nicodemos. Ele Deus encarnado. 2Corntios 5.21 nos informa que ele, que no conhe-ceu o pecado, se fez pecado por ns.

  • Jerry Stanley Key / 85

    3. O nascimento traz uma grande transformao vida do homem pe-cador.

    1) Muitas pessoas tm uma concepo errada a respeito do que seja o novo nascimento. Por exemplo:

    (a) uns acham que uma herana dos pais.

    (b) Outros acham que apenas uma reforma moral.

    (c) H os que acham que mera profisso de f, com os lbios.

    (d) E outros acham que batismo, ou tornar-se membro de uma igreja.

    2) A verdadeira natureza do novo nascimento outra.

    (a) uma transformao divina (vv. 6,7)

    (b) uma transformao misteriosa (v. 8)

    (c) uma transformao absoluta. (ver 2Corntios 5.17)

    (d) uma transformao que operada pela f. (Ver o verscu-lo 16 ... para que todo aquele que nele cr....)

    (e) uma transformao que faz com que o Esprito Santo ha-bite em ns (v.6)

    (f) uma transformao que nos faz herdeiros da vida eterna.

    (g) uma transformao que nos leva a crescer mais e mais. (O novo nascimento apenas o ponto de partida).

    Concluso:Fazer um resumo dos pontos principais do sermo, e terminar mostran-

    do que cada ouvinte pode experimentar a nova vida, pode ter a sua vida transformada, se aceitar Cristo como Salvador.

    Hinos que podem ser usados com este sermo: Cantor Cristo: 191, 195, 201, 217, 235 e 236; HCC 136, 279; Cnticos Oferta de amor, Willen Soares; Quero te louvar, Dalton Bianchi

  • 86 / Jos da Silva, um pregador leigo

    5 - O MARAVILHOSO CONVITE DE DEUS

    Assunto ou tema: O maravilhoso convite de Deus

    texto: Isaas 55.1-7

    Objetivo ou Alvo: levar o ouvinte no crente a decidir aceitar o maravilhoso convite que Deus est fazendo.

    Introduo:

    O pregador pode falar sobre vrios convites que tem recebido, e fazer uma comparao com o convite que Deus nos faz. uma coisa interessante considerar o fato de que encontramos o imperativo vinde ou outra forma do verbo vir mais de 600 vezes na Bblia. O nosso Deus se caracteriza pelo seu vinde!

    1. O convite de Deus oferecido a todos, sem distino: (Ver o verscu-lo 1 vs, todos os que tendes sede, vinde s guas...).

    2. O maravilhoso convite baseado na condio triste e perigosa dos homens. (Ver o versculo 2 Por que gastais o dinheiro naquilo que no po? E o produto do vosso trabalho naquilo que no pode satisfazer?)

    3. O maravilhoso convite de Deus s pode ser oferecido por causa do sacrifcio redentor do seu Filho. (Os versculos 3 e 4 falam do Filho de Davi, o Prncipe e Governador dos povos, o Salvador prometido. O profeta j dissera que Jesus sofreria para trazer-nos a salvao. Ver tambm Isaas 53.)

    4. O maravilhoso convite de Deus de tempo limitado (v.6). (Ver tam-bm Jeremias 8.20. No podemos buscar a Deus ao nosso bel-pra-zer. Devemos busc-lo enquanto se pode achar... enquanto est perto.)

    5. O maravilhoso convite de Deus tem certas condies e implica-es (v.7).

  • Jerry Stanley Key / 87

    1) Que o mpio deixe o seu caminho. (Deixe o mpio o seu caminho. Foi isso que o Filho prdigo fez. Ver lucas 15.17-20.)

    2) Que o homem maligno deixe os seus maus pensamentos. (E o homem maligno os seus pensamentos.)

    3) Que o pecador se converta ao Senhor, voltando-se para Deus. (...volte-se ao Senhor!)

    6. O maravilhoso convite de Deus traz bnos incontveis quele que o aceita (v.7).

    1) Traz a bno da misericrdia de Deus, porque ele mise-ricordioso com o pecador que confessa o seu pecado. (...que se compadecer dele...)

    2) Traz a bno do perdo de Deus, porque ele grandioso em perdoar.

    3) Traz a bno de ser filho de Deus por adoo, e de ter comunho com Deus.

    Concluso: Perguntar aos ouvintes se eles j aceitaram o maravilhoso convite de

    Deus. Se qualquer ouvinte ainda no o aceitou, deve aproveitar a opor-tunidade que Deus est lhe concedendo, aceitando o perdo que Deus prome