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O IMORTAL JORNAL DE DIVULGAÇÃO ESPÍRITA Diretora Responsável: Jane Martins Vilela Ano 62 Nº 737 Julho de 2015 R$ 1,50 “A vida é imortal, não existe a morte; não adianta morrer, nem descansar, porque ninguém descansa nem morre.” Marília Barbosa “Nascer, morrer, renascer ainda e progredir continuamente, tal é a lei.” Allan Kardec Batuíra ........................................................ 13 Crônicas de Além-Mar ............................... 15 De coração para coração .............................. 4 Divaldo responde ....................................... 12 Editorial........................................................ 2 Emmanuel .................................................... 2 Espiritismo para as crianças ....................... 14 Eventos espíritas ........................................ 11 Grandes vultos do Espiritismo ..................... 7 Histórias que nos ensinam ......................... 13 Jane Martins Vilela..................................... 15 Joanna de Ângelis ........................................ 2 Marcel Bataglia .......................................... 12 Múcio Teixeira ............................................. 7 O Espiritismo responde ................................ 4 Pílulas gramaticais ....................................... 4 Ainda nesta edição Embriologia à luz do Espiritismo Na palestra O Milagre da Vida, que proferiu no dia 5 de junho, dentro da programação do MED- NESP 2015, realizado em Goiânia, o professor Dr. Romário de Araú- jo Mello apresentou ao público aspectos de seu mais recente livro – Em- briologia e Fetologia da Alma, em que narra, de forma clara e objetiva, o processo de formação fetal e suas relações com a espiritualidade. Embriologista e espe- cialista em malformações embrionárias envolven- do aspectos genéticos e ambientais, com mes- trado e doutorado pela UNICAMP, Dr. Romário Mello já foi agraciado com diversos prêmios internacionais pela dis- tinção em seu trabalho. Pág. 16 Inter-Regional Norte reúne um público expressivo MEDNESP 2015 marca a consolidação do movimento médico-espírita Por que realizar o Evangelho no lar? Segundo Abel Sidney, pode parecer insistência retomar al- guns temas básicos da vivência espírita, como a prática do cha- mado Evangelho no lar. Mas não é; trata-se de uma necessidade, visto que entre saber e praticar, entre ter noções e vivenciar vai às Realizou-se nos dias 3 a 6 de junho, no Cen- tro de Conven- ções de Goiânia, a 10ª edição do Congresso Mé- dico-Espírita do Brasil, o MED- NESP 2015, do qual participa- ram cerca de 1.900 pessoas, oriundas de vá- rios lugares do nosso país. Um dos conferencistas do evento foi o médico Dr. Décio Iandoli Jr., que abordou o tema “Da Alma ao Corpo Físico”, tema de seu livro homônimo. Na abertura do Congresso, após uma comovente homena- gem prestada à Dra. Marlene vezes longa distância. Isto não é nenhuma crítica, é simples cons- tatação. E revela quanto somos ainda humanos, demasiadamente humanos, no trato das questões mais profundas, aquelas que di- zem respeito ao Espírito imortal que somos. Pág. 3 É preciso mais atenção com a Revue Spirite No texto intitulado “A indi- ferença dos espíritas para com a leitura da Revista Espírita”, o confrade Enrique Eliseo Bal- dovino, de Foz do Iguaçu (PR), evoca o que Henri Sausse, um dos biógrafos de Allan Kardec, escreveu 40 anos depois da de- sencarnação do Codificador do Espiritismo. Segundo ele, mui- tos acreditavam, erroneamente, que os textos da Revue Spirite haviam envelhecido e perdido a atualidade, pensamento esse que o tempo se incumbiu se desmentir. Pág. 5 Nobre, recentemente desen- carnada, a Orquestra Sinfônica Jovem de Goiás presenteou o público com momentos de grande beleza e criatividade musical. E, na sequência, o psiquiatra Sérgio Lopes (foto) pronunciou as palavras iniciais relatando o aniversário de 20 anos da AME-Brasil. Pág. 6 O Centro Espírita Nosso Lar, de Londrina (PR), reuniu no dia 21 de junho um público numeroso que ali compareceu para participar de mais um encontro da Inter-Regional Norte, tradicional evento que é realizado anualmente na cidade, sob os auspícios da Federação Espírita do Paraná (fotos). No evento, 70% das Na noite anterior, dia 20, realizou-se, como de costume, uma importante reunião entre membros da Diretoria da Fe- deração Espírita do Paraná e os presidentes de Casas Espíritas e das Uniões Regionais Espíritas vinculadas à Inter-Regional Norte. Luiz Henrique da Sil- va, presidente da Federação Espírita do Paraná, dirigiu as atividades. Págs. 8 e 9 Casas Espíritas da região esti- veram representadas.

Julho_2015

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  • O IMORTALJORNAL DE DIVULGAO ESPRITA

    Diretora Responsvel: Jane Martins Vilela Ano 62 N 737 Julho de 2015 R$ 1,50

    A vida imortal, no existe a morte; no adianta morrer,

    nem descansar, porque

    ningum descansa nem morre.

    Marlia Barbosa

    Nascer, morrer,renascer ainda e

    progredircontinuamente,

    tal a lei.Allan Kardec

    Batura ........................................................ 13Crnicas de Alm-Mar ............................... 15De corao para corao .............................. 4Divaldo responde ....................................... 12Editorial ........................................................ 2Emmanuel .................................................... 2Espiritismo para as crianas ....................... 14Eventos espritas ........................................ 11Grandes vultos do Espiritismo ..................... 7Histrias que nos ensinam ......................... 13Jane Martins Vilela..................................... 15Joanna de ngelis ........................................ 2Marcel Bataglia .......................................... 12Mcio Teixeira ............................................. 7O Espiritismo responde ................................ 4Plulas gramaticais ....................................... 4

    Ainda nesta edioEmbriologia luz do Espiritismo

    Na palestra O Milagre da Vida, que proferiu no dia 5 de junho, dentro da programao do MED-NESP 2015, realizado em Goinia, o professor Dr. Romrio de Ara-jo Mello apresentou ao pblico aspectos de seu mais recente livro Em-briologia e Fetologia da Alma, em que narra, de forma clara e objetiva, o processo de formao

    fetal e suas relaes com a espiritualidade.

    Embriologista e espe-cialista em malformaes embrionrias envolven-do aspectos genticos e ambientais, com mes-trado e doutorado pela UNICAMP, Dr. Romrio Mello j foi agraciado com diversos prmios internacionais pela dis-tino em seu trabalho. Pg. 16

    Inter-Regional Norte rene umpblico expressivo

    MEDNESP 2015 marca a consolidao do movimento mdico-esprita

    Por que realizar oEvangelho no lar?

    Segundo Abel Sidney, pode parecer insistncia retomar al-guns temas bsicos da vivncia esprita, como a prtica do cha-mado Evangelho no lar. Mas no ; trata-se de uma necessidade, visto que entre saber e praticar, entre ter noes e vivenciar vai s

    Realizou-se nos dias 3 a 6 de junho, no Cen-tro de Conven-es de Goinia, a 10 edio do Congresso M-dico-Esprita do Brasil, o MED-NESP 2015, do qual participa-ram ce rca de 1.900 pessoas, oriundas de v-rios lugares do nosso pas. Um dos conferencistas do evento foi o mdico Dr. Dcio Iandoli Jr., que abordou o tema Da Alma ao Corpo Fsico, tema de seu livro homnimo.

    Na abertura do Congresso, aps uma comovente homena-gem prestada Dra. Marlene

    vezes longa distncia. Isto no nenhuma crtica, simples cons-tatao. E revela quanto somos ainda humanos, demasiadamente humanos, no trato das questes mais profundas, aquelas que di-zem respeito ao Esprito imortal que somos. Pg. 3

    preciso mais atenocom a Revue Spirite

    No texto intitulado A indi-ferena dos espritas para com a leitura da Revista Esprita, o confrade Enrique Eliseo Bal-dovino, de Foz do Iguau (PR), evoca o que Henri Sausse, um dos bigrafos de Allan Kardec, escreveu 40 anos depois da de-

    sencarnao do Codificador do Espiritismo. Segundo ele, mui-tos acreditavam, erroneamente, que os textos da Revue Spirite haviam envelhecido e perdido a atualidade, pensamento esse que o tempo se incumbiu se desmentir. Pg. 5

    Nobre, recentemente desen-carnada, a Orquestra Sinfnica Jovem de Gois presenteou o pblico com momentos de grande beleza e criatividade musical. E, na sequncia, o psiquiatra Srgio Lopes (foto) pronunciou as palavras iniciais relatando o aniversrio de 20 anos da AME-Brasil. Pg. 6

    O Centro Esprita Nosso Lar, de Londrina (PR), reuniu no dia 21 de junho um pblico numeroso que ali compareceu para participar de mais um encontro da Inter-Regional Norte, tradicional evento que realizado anualmente na cidade, sob os auspcios da Federao Esprita do Paran (fotos). No evento, 70% das

    Na noite anterior, dia 20, realizou-se, como de costume, uma importante reunio entre membros da Diretoria da Fe-derao Esprita do Paran e os presidentes de Casas Espritas e das Unies Regionais Espritas vinculadas Inter-Regional Norte. Luiz Henrique da Sil-va, presidente da Federao Esprita do Paran, dirigiu as atividades. Pgs. 8 e 9

    Casas Espritas da regio esti-veram representadas.

  • O IMORTALPGINA 2 JULHO/2015

    Editorial EMMANUEL

    No captulo XI de O Livro dos Espritos, referindo-se lei de justia, amor e caridade, os Espritos dizem que o sentimento de justia de tal modo natural que os homens se revoltam com o pensamento de injustia e que o progresso moral desenvolve, sem dvida, esse senti-mento, mas no o d. Deus o ps no corao do homem e muitas vezes encontramos noes mais exatas de justia entre os homens simples e primitivos do que entre pessoas de muito saber.

    Definindo a justia, respondem que ela consiste no respeito aos direitos de cada um, sendo que os direitos so determinados por duas coisas: a lei humana e a lei natural. A lei humana muda, conforme o progresso dos homens. A lei natural compreendida como a orientao de Jesus aos homens, no querer para os outros o que queremos para ns mesmos. Na incerteza do que deve fazer para o semelhante em dada cir-cunstncia, que o homem pergunte a si mesmo como desejaria que se agisse com ele. O guia mais seguro , pois, sua prpria conscincia.

    Diante disso e do grande desres-

    A conscincia da culpa torna-se azorrague de lamentvel aflio para quem delinque, constituindo presena indesejvel na vida irre-gular. Todos os homens com me-diana capacidade de discernimento sabem como se devem conduzir e quais os mecanismos corretos de que se podem utilizar, a fim de lobrigarem xito nos tentames de uma existncia sadia.

    O erro, que fator para a aprendizagem, ensinando a melhor metodologia para a fixao do acerto, na rea do comportamento

    No faltam recursos de traba-lho espiritual a todo irmo que deseje reerguer-se, aprimorar-se, elevar-se.

    Lacunas e necessidades, pro-blemas e obstculos desafiam o es-prito de servio dos companheiros de f, em toda parte.

    A ignorncia pede instrutores, a dor reclama enfermeiros, o deses-pero suplica orientadores.

    Onde, porm, os que procuram abraar o trabalho por amor de servir?

    Com raras excees, observa-mos, na maioria das vezes, a fuga, o pretexto, o retraimento.

    Aqui, h temor de responsabili-dade; ali, receios da crtica; acol, pavor de iniciativa a benefcio de todos.

    Como poder o artista fazer ouvir a beleza da melodia se lhe foge o instrumento?

    Nesse caso, temos em Jesus o artista divino e em ns outros, encarnados e desencarnados, os

    Nunca desfalecerpeito que tem havido, com agres-ses e crimes que vm chocando o Pas, aqueles que consideramos, com justia, cidados de bem, que caminham segundo os preceitos do Cristo no corao, esses no preci-sam das leis humanas. Eles agem naturalmente, guiando-se pelas suas conquistas morais. Sentem-se na grande maioria, no entanto, lesados pelas leis humanas, que no lhes esto dando a sensao de segu-rana que, como cidados corretos e responsveis, merecem ter. Tal o clamor ento, por justia, que se tem observado nas terras brasileiras.

    Uma minoria desrespeitosa prejudica uma grande maioria, denotando o desequilbrio em que se encontra. o egosmo a fonte disso. Falta educao moral. A mo-ralidade precisa ser incentivada. Os pais precisam voltar a ensinar a seus filhos o respeito, a honestidade, a honra. A tica precisa ser trabalhada em todos os lugares e, sobretudo, no lar e nas escolas. A conscincia adormecida precisa despertar.

    De conformidade com Jesus, preciso incentivar o indivduo a agir para com o outro de acordo com o

    que gostaria que lhe fizessem. Um ser que aprende isso desde a mais tenra infncia pode estar vivendo na pobreza, que no chafurdar em cri-mes, se for um Esprito esclarecido.

    O grande problema da atualida-de esse. Confundiu-se violncia e crime com pobreza e misria. Tal no se d. A questo fundamental moral e o problema cresceu tanto que agora atinge todas as classes sociais. Quando a desonestidade e o crime agem, fazendo sofrer uma nao, esta revela a enfermidade moral em que se encontra.

    Urge, pois, que cada um viven-cie os ensinamentos do Cristo, sem nunca desfalecer, porque a espiritu-alidade superior, em nome de Jesus, est atenta e o Pas no se encontra ao abandono.

    Que cada um faa a sua parte, cumprindo retamente seus deveres e buscando agir com respeito, sendo um foco de luz por onde passar, exemplificando sempre. Os clamo-res dos homens de bem esto sendo ouvidos, as oraes sero atendidas e um pas melhor haver de surgir.

    Confiemos. O bem triunfar. O amor ser vitorioso.

    Um minuto com Joanna de ngelismoral assume papel preponderante, gerando consequncias de breve ou longo curso, conforme a ao negativa desencadeada. Na Terra, face aos compromissos tico-so-ciais que impem a aparncia, no raro em detrimento da realidade, aquela exige que os indivduos se permitam duas condutas: a que se aceita e aquela que se vive na in-timidade do ser. Tal atitude desen-cadeia distrbios emocionais que se transformam em processos de alienao mental e comportamental infelizes. (...)

    De nimo forte

    instrumentos dEle para a eterna melodia do bem no mundo.

    Se algemamos o corao ao medo de trabalhar em benefcio co-letivo, como encontrar servio feito que tranquilize e ajude a ns mes-mos? Como recolher felicidade que no semeamos ou amealhar dons de que nos afastamos suspeitosos?

    Onde esteja a possibilidade de sermos teis, avancemos, de nimo forte, para a frente, construindo o bem, ainda que defrontados pela ironia, pela frieza ou pela ingra-tido, porque, conforme a palavra iluminada do apstolo aos gentios, Deus no nos deu o esprito de temor, mas de fortaleza, amor e moderao.

    JOANNA DE NGELIS, orientadora espiritual de Divaldo P. Franco, autora, entre outros li-vros, de Momentos de Meditao, do qual foi extrado o texto acima.

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    EMMANUEL, que foi o men-tor espiritual de Francisco Cndido Xavier e coordenador da obra medinica do saudoso mdium mineiro, autor, entre outros, do livro Vinha de Luz, do qual foi extrado o texto acima.

    Age corretamente sempre. No te anestesies com os vapores do erro moral ou de qualquer outra procedn-cia. Sofre hoje a falta, de modo a no padeceres longamente, mais tarde, o que usaste de forma indevida. O jbilo de poucos momentos, no vale o remorso de muito tempo. Felicidade sem renncia capricho dourado que se converte em pesadelo. Tudo passa! Eis que o tempo, na sucesso das horas, conceder-te- em paz o que agora te falta, durante o conflito. Tem pacincia e persevera no bem, na retido. As leis de Deus encontram-se registradas na conscincia humana, para que saibamos como agir, para que agir e por que agir sempre da maneira melhor para todos.

    Assim, no te comprometas com o mal, o crime, o vcio, libe-rando-te da culpa por antecipao. Tal atitude ser, na tua felicidade, uma questo de conscincia.

    EXPEDIENTE

    O ImortalFundadores: Luiz Picinin e Hugo Gonalves (25.12.53)

    Sede: Rua Par, 292 - CP 63 -CEP 86180-970 - Camb - PRTel. (43) 3254-3261 - E-mail: [email protected]

    CNPJ/MF 75.759.399/0001-98 - Reg. Tit. Doc. N 5, fls. 7Livro da Comarca de Camb, em 22.12.59

    Diretora Responsvel: Jane Martins VilelaDiretor Administrativo: Emanuel Gonalves

    Diretor Comercial: Cairbar Gonalves SobrinhoEditor: Astolfo Olegrio de Oliveira Filho

    Jornalista Responsvel: Itacir Luchtemberg

    Departamentos do C.E. Allan Kardec:- Lar Infantil Marlia Barbosa- Clube das Mes Cndida Gonalves- Gabinete dentrio Dr. Urbano de Assis Xavier

    - Consultrio Mdico Dr. Luiz Carlos Pedroso- Livraria e Clube do Livro- Cestas alimentares a famlias carentes- Coral Hugo Gonalves

    Porque Deus no nos deu o esprito de temor, mas de fortaleza, amor emoderao.

    Paulo. (II Timteo, 1:7.)

  • O IMORTALJULHO/2015 PGINA 3

    Pode parecer insistncia retomar alguns temas bsicos da vivncia esprita, como o ora abordado. Mas no . necessidade mesmo.

    Entre saber e praticar, entre ter noes e vivenciar vai s vezes longa distncia. Isto no nenhuma crtica, simples constatao. E revela quanto somos ainda humanos, dema-siadamente humanos, no trato das questes mais profundas, aquelas que dizem respeito ao Esprito imortal que somos...

    O caso que as reunies do Evangelho no Lar, nos lares espritas, sofrem das intermi-tncias do entusiasmo, isto , alternam-se perodos de bom nimo, perseverana, alegria, com aqueles outros de desnimo e quase indiferena, quando, por vezes, cumpre-se apenas um dever assumido (quando ainda se age assim, diga-se de passagem, ainda est bem!). Por vezes, em casos extremos, e no raros, encerram-se simples-mente as reunies, por motivos diversos, na maioria das vezes injustificveis.

    Somos, ento, obrigados, a fazer esta reunio semanal? Bem, se por bons motivos pudermos nos abster das van-tagens de se realizar o nosso Evangelho no Lar, no h nenhum problema! Qual a famlia, no entanto, que pode dispensar(2):

    O Evangelho no Lar

    ABEL SIDNEY DE [email protected]

    De Porto Velho, Rondnia

    dispensvel em um lar. Ou que o Evangelho no Lar no possa ter uma parcela de contribui-o em nossa paz, equilbrio e sade!

    As referncias histricas prtica do Evangelho do Lar remontam poca de Jesus, conforme relatado em Jesus no Lar, do autor espiritual Neio Lcio. L narrada a primei-ra dessas reunies, quando o prprio Mestre, em casa de Simo Pedro, demonstrou-lhes a importncia do lar diante do mundo:

    O bero domstico a pri-meira escola e o primeiro tem-plo da alma. A casa do homem a legtima exportadora de caracteres para a vida comum.

    Se o negocian-te seleciona a mercadoria, se o marceneiro no consegue fazer um bar-co sem afeio-ar a madeira aos seus pro-psitos, como esperar uma c o m u n i d a d e segura e tran-quila sem que o lar se aperfei-oe? A paz do mundo comea sob as telhas a que nos aco-lhemos. Se no aprendemos a viver em paz, ent re quat ro paredes, como

    aguardar a harmonia das na-es? Se nos no habituarmos a amar o irmo mais prximo, associado nossa luta de cada dia, como respeitar o Eterno Pai que nos parece distante?(3)

    No romance Renncia, de Emmanuel, o autor ao traar o longo e penoso herosmo e martrio da personagem Alc-one, que vivera no sculo XIV, nos informa sobre o Evangelho no Lar realizado em casa de seus patres. Eis as palavras de Alcone:

    ... no devemos acreditar que o Cristo s haja trazido ao mundo a palavra revigoradora e afetuosa, seno tambm um roteiro de trabalho, que pre-ciso conhecer e seguir, em que

    1) A opor-t u n i d a d e d e reunir-se para a troca de ideias, a discusso dos problemas pes-soais e fami-liares, a comu-nho de pen-samentos mais elevados, sob a inspirao da Espiritualidade Superior?

    2) A higie-nizao do lar c o m n o s s o s pensamentos e sentimentos elevados, per-mitindo faci-litar o auxlio dos mensagei-ros do bem?

    3) A modificao do pa-dro vibratrio dos nossos pensamentos e sentimentos, desanuviando as nossas men-tes congestionadas de criaes inferiores, agentes da enfermi-dade e dos desequilbrios?

    4) O estudo e a meditao do Evangelho, para que suas lies sejam mais bem compreendi-das, sentidas e exemplificadas?

    5) Os momentos de paz e de compreenso que ele nos oferece, proporcionando-nos uma vivncia mais tranquila?

    O bero domstico a primeira escola

    Em s conscincia, ningum pode alegar que tudo isso seja

    pesem as maiores dificulda-des. Para isso, indispensvel tomar os nossos sentimentos e raciocnios como campo de observao e experincia, trabalhando diariamente com Jesus na construo da arca ntima da nossa f.

    Como se v, o roteiro nos indica o vasto campo do lar como local privilegiado de convivncia e aprendizado. E Jesus, neste contexto, deve ser sempre o Orientador Maior de nossas vidas. Para tanto, contudo, preciso o nosso esforo para mant-lo conos-co em casa.

    Como fazer o Evangelho no Lar?

    A ttulo de informao complementar, pode-se in-cluir o roteiro extrado do informativo publicado pelo Centro de Orientao Espiri-tual Amigos da Vida.

    Como fazer? Escolha um dia e uma

    hora da semana em que seja possvel a presena de todos os membros da famlia ou da maior parte deles.

    Observar rigorosamente esse dia e o horrio para facilitar a assistncia espiri-tual e consolidar o hbito da reunio.

    Iniciar a reunio com uma prece simples e espontnea num local da casa menos exposto as perturbaes ex-teriores. (Conclui na pg. 10 desta edio.)

    Abel Sidney

    Quando o Lar se converte em santurio, o crime se recolhe ao museu. Quando a famlia ora, Jesus se demora em casa. Quando os coraes se unem nos liames da F, o equilbrio oferta bnos de consolo, e a

    sade derrama vinho de paz para todos. - Joanna de ngelis(1)

  • O IMORTALPGINA 4 JULHO/2015

    De corao para corao

    O tema aristocracia um dos assuntos que Allan Kardec examinou em um dos captulos que compem a 1 parte do li-vro Obras Pstumas. No texto que escreveu, Kardec faz uma previso acerca do advento futuro em nosso mundo do que ele chamou de aristocracia intelecto-moral.

    Que significa aristocracia intelecto-moral?

    O termo intelecto-moral, que tem valor de adjetivo, uti-lizado quando queremos dizer que determinado fato ou coisa d relevncia, ao mesmo tempo, inteligncia e moralidade. Quanto palavra aristocracia, sabe-se que nos veio do grego Aristos, o melhor, e Kratus, poder. Aristocracia significa, assim, o poder dos melhores,

    conquanto saibamos que o sen-tido primitivo da palavra foi por vrias vezes deturpado.

    De acordo com o texto escri-to por Kardec, verificaram-se na histria da Humanidade terrena cinco espcies de aristocracia:

    1 - Aristocracia dos pa-triarcas

    Nas sociedades primitivas, quando surgiu, em decorrncia da formao dos grupos sociais, a necessidade de uma autorida-de, esta foi conferida aos chefes de famlia, aos ancios e aos patriarcas. Surgia assim a pri-meira de todas as aristocracias, um fenmeno que ainda se v em pleno sculo 21 em algumas comunidades indgenas.

    2 - Aristocracia da fora Com o surgimento dos con-

    flitos e das guerras, a autoridade

    foi sendo transferida aos poucos para os indivduos fortes e vigo-rosos, ocorrendo ento o adven-to dos chefes militares. Surgia com isso o segundo modelo de aristocracia.

    3 - Aristocracia do nasci-mento

    Os detentores do poder foram, com o tempo, transfe-rindo seus privilgios e sua autoridade aos descendentes. Nascia ento o terceiro mode-lo de aristocracia, geralmente fundamentada em leis ou-torgadas por quem estava no poder e nisso tinha interesse. Na organizao poltica atual, como por exemplo no Brasil, senadores e deputados costu-mam inserir seus filhos e netos na poltica, transferindo-lhes o seu prestgio e seus votos, o

    que constitui um resqucio do terceiro modelo de aristocracia surgida no mundo.

    4 - Aristocracia do di-nheiro

    Com o surgimento das gran-des fortunas, elevou-se na Ter-ra um novo poder, o do ouro, visto que com o ouro pode-se dispor de homens e coisas. O que no se concedia mais aos ttulos, concedeu-se fortuna e esta, como ainda bastante co-mum em nossos dias, passou a ser detentora do poder. Foi esse o quarto modelo de aristocracia verificada no planeta.

    5 - Aristocracia da inteli-gncia

    Este modelo o que vai se insinuando no mundo, em que tcnicos e especialistas nas mais diferentes reas que ditam as regras que governam os povos. Ocorre que a inteligncia, por si s, no garantia de que todos os seres humanos de igual forma sero contempla-dos pelos detentores do poder. O desenvolvimento intelectual sem o guia dos princpios mo-rais pode, como sabemos, ter

    consequncias desastrosas para a sociedade.

    Kardec previu, ento, no texto a que nos reportamos, o surgimento de uma sexta forma de aristocracia no mundo, como decorrncia da prpria evoluo da Humanidade: a aristocracia intelecto-moral, em que, por definio, a inteligncia e a moralidade estaro presentes na autoridade, a que todos podem submeter-se, confiados em suas luzes e em sua justia.

    Algo semelhante j se v em algumas comunidades espiritu-ais, como a colnia Nosso Lar, descrita por Andr Luiz no livro de mesmo nome. O governador de Nosso Lar reuniria, ainda que relativamente, as duas condies que o Codificador do Espiritismo assinala como caractersticas da aristocracia intelecto-moral.

    Quando tal se der, podemos ter certeza de que a corrupo, a falta de comprometimento e o descaso pela coisa pblica tero desaparecido de vez do mundo em que vivemos. O nico seno que falta muito para que isso ocorra...

    AristocraciasASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO - [email protected]

    De Londrina

    Algum nos pergunta se est correta a expresso cole-ta em domiclio, utilizada por um laboratrio que envia seu funcionrio residncia das pessoas e ali efetua a coleta de sangue para exame.

    Domiclio [do latim do-miciliu] significa, como sa-bemos, casa de residncia; habitao fixa; lugar onde algum reside com nimo de permanecer.

    A expresso coleta em domiclio est, portanto, corretssima e no cabe usar, na hiptese citada, esta outra: coleta a domiclio, uma vez

    Plulas gramaticaisque a preposio a que com-pe a expresso subentende a presena de um verbo que indique movimento, como vemos nestes exemplos:

    Levar a domiclio. (Le-vamos sua encomenda a do-miclio.)

    Enviar a domiclioTransportar a domiclio.

    *O verbo aterrissar [do fr.

    atterrisser] significa pousar em terra (aeronave); aterrizar, aterrar; descer terra; aterrar. A forma aterrizar escrita com z est, portanto, correta e , por sinal, muito usada.

    Um leitor nos pergunta qual , segundo o Espiritismo, a primeira necessidade do mdium, para que se torne um bom intrprete dos Espritos.

    Se do ponto de vista do mecanismo da comunicao a mediunidade, em si mesma, no depende do fator moral, do ponto de vista da assistn-cia espiritual o fator moral torna-se relevante. Mdiuns moralizados contam com o amparo de Espritos elevados. E por mdium moralizado que-remos referir-nos ao mdium que pauta sua vida como um autntico homem de bem,

    Espritos e destacando-se pelo cultivo sincero da humildade e da f, do devotamento e da confiana, da boa vontade e da compreenso.

    Segundo o que Kardec escreveu em O Livro dos Mdiuns, as qualidades que atraem os bons Espritos so: I. a bondadeII. a benevolnciaIII. a simplicidade do coraoIV. o amor ao prximoV. o desprendimento das coi-sas materiais.

    Os defeitos opostos a essas qualidades, evidentemente, os afastam de ns.

    O Espiritismo respondeprocurando ser uma pessoa humilde, sincera, paciente, per-severante, bondosa, estudiosa, trabalhadora e desinteressada.

    A primeira necessidade do mdium, conforme inmeros estudiosos, evangelizar-se a si mesmo, antes de entregar-se s grandes tarefas doutrinrias, pois de outro modo poder es-barrar sempre com o fantasma do personalismo, em detrimento de sua misso.

    O mdium eficiente aque-le trabalhador que melhor se harmoniza com a vontade do Pai Celestial, cultivando as qualidades que atraem os bons

  • O IMORTALJULHO/2015 PGINA 5

    criteriosas, escritas com o ardor e a lucidez de quem sabe e domina com segurana o assunto que est expondo:

    Quantos preceitos ju-diciosos, quantos conselhos sensatos e esclarecedores, quantos exemplos vivencia-dos pululam nos primeiros doze anos da Revista Esp-rita! Em minha opinio, te-mos errado bastante quando desprezamos essa FONTE DE ENSINAMENTOS TO RICOS, que nos deveriam interessar mais de perto, visto que abrangem todos os pontos em que se desdobra a Doutrina Esprita. Para me documentar sobre Allan Kar-dec, acabo de fazer uma nova peregrinao por aquelas pginas reconfortantes, nas quais o mestre traava, dia aps dia, ao sabor dos aconte-cimentos, seus pensamentos ntimos, suas reflexes to judiciosas, seus conselhos to claros, to precisos, to metdicos. Em cada uma de suas linhas sentimos vibrar a alma de seu autor, SEN-TIMOS ALLAN KARDEC IRRADIAR-SE e mostrar-se tal como sempre foi: bom, generoso e benevolente para com todos, mesmo com os inimigos. Por mais que o ata-cassem, o desacreditassem e caluniassem, ele se mostrava sempre tolerante e calmo, contestando com argumen-tos irrefutveis os ataques dirigidos contra a Doutrina Esprita, mas ignorando as injrias e maldades que lhe chegavam de todas as par-tes.(2) (Destaques nossos em caixa alta.)

    Quem est falando algum que leu, releu, estudou e viveu

    As fortes palavras acima, que escolhemos para o ttulo do nosso artigo, so do primeiro bigrafo do emrito Codificador Allan Kardec, o francs Henri Sausse (toile-sur-Rhne [Dr-me], 06/05/1852 Idem, Frana, 26/02/1928), em seu notvel Prlogo do autor sua Biographie dAllan Kardec, Prlogo escrito em Lyon a 31 de maro de 1909.

    H. Sausse disse com muita pro-priedade e sabedoria, exatamente nos 40 anos de desencarnao do mestre da Codificao Esprita:

    [...] Uma coisa que sem-pre me contristou e que muitas vezes verifiquei ao longo de 25 anos em que, como presidente, dirigi os trabalhos da Socie-dade Fraternal, A INDIFE-RENA DOS ESPRITAS PARA COM A LEITURA DA REVISTA ESPRITA, edi-es de 1858 a 1869, nas quais Allan Kardec esboou as obras fundamentais da Doutrina Esprita e nas quais at hoje se sente a f ardente e a profunda convico que o animavam, f e convico que ele sabia tor-nar to comunicativas. Muitos creem, ERRONEAMENTE, que tais escritos envelheceram e perderam a sua atualidade, no nos oferecendo hoje a sua leitura o menor interesse, tamanha a rapidez com que tem marchado a ideia esprita nestes ltimos tempos. ERRO PROFUNDO E LAMENT-VEL. No, os escritos de Allan Kardec no envelheceram, no caducaram, mantendo, ao contrrio, todo o seu vigor, toda a sua pertinncia, toda a sua clareza, toda a sua atuali-dade.(1) (Destaques nossos em caixa alta.)

    Notvel repositrio doutrinrio

    Continua Sausse, profun-damente inspirado, tamanha atualidade das suas palavras

    profundamente os ensinos da preciosa Coleo dos 12 volumes da Revue Spirite, que esteve sob a segura direo do Codificador do Espiritismo desde o dia 1 de janeiro de 1858 at o ms de abril de 1869, porque, apesar de Kardec ter desencarnado em 31/03/1869, j havia deixado preparada com antecedncia a Revista de abril de 1869 (3), tamanha a disciplina, dedicao, organizao e trabalho exempla-res do mestre de Lyon.

    E prossegue Henri Sausse na sua valorosa Biografia de Allan Kardec:

    Somente ao reler estas pginas, pude compreender melhor e admirar ainda mais Allan Kardec, e SER REPRODUZINDO ESSAS PROLAS, ESSAS JOIAS, ESSES DIAMANTES que se acham nesse rico escrnio a Revista Esprita que mais facilmente poderei torn-lo conhecido. Assim, esta biografia ser uma au-tobiografia, pela qual Allan Kardec vir, de alguma sor-te, descrever-se a si mesmo e revelar-se tal como sempre foi: pensador profundo, leal, metdico, escritor vigilante e preciso, esprita esclareci-do e convicto, afvel e tole-rante, esforando-se sempre por regular sua conduta de conformidade com os princpios que professava, praticando-os ele mesmo ao ensin-los aos outros.(4) (Destaques nossos em caixa alta.)

    Henri Sausse: bigrafo e escritor

    Alm da referida Biographie dAllan Kardec(5), apesar de

    algumas imprecises observadas na mesma por outros importantes bigrafos Kardequianos, como Zus Wantuil e Francisco Thiesen (FEB), o bigrafo e escritor Henri Sausse foi autor de vrias outras obras, a saber:

    Biographie de Lon Denis (Biografia de Lon Denis); Es-prance et courage (Esperana e coragem); Le Spiritisme Lyon (O Espiritismo em Lyon); Des preuves?? En voil!! (Provas? Ei-las!); La Rincarnation selon le Spiritisme (A reencarnao se-gundo o Espiritismo); Les sances du Groupe Amiti (As sesses do Grupo Amizade); Mmoire adress au Congrs Spirite de 1925 (Memria dirigida ao Con-gresso Esprita de 1925); Spiritis-me transcendental (Espiritismo transcendental); la recherche des origines de lme humaine (Em busca das origens da alma humana), etc.

    Dotado de vontade frrea e de muita perseverana, lutador disposto a sacrifcios, H. Sausse participou de inmeras Socie-dades, entre elas a Union Fra-ternelle de Valence e a Union Spirite Franaise, sendo muito estimado.

    Sausse dedicou-se, a partir de 1869, difuso intensiva do Es-piritismo, revelando-se admirador de Allan Kardec (1804-1869) e, mais tarde, de Lon Denis (1846-1927). Integrou-se no Movimento Esprita de Lyon, onde foi um dos fundadores da Socit Spirite Lyonnaise em 1873. Durante mais de 20 anos foi presidente muito dinmico da Socit Fraternelle pour ltude du Spiritisme (So-ciedade Fraternal para o Estudo do Espiritismo).

    Em 1885 foi tambm um dos fundadores da Fdration Spirite Lyonnaise e o seu Secretrio Geral

    ENRIQUE ELISEO BALDOVINO

    [email protected] De Foz do Iguau, PR

    A indiferena dos espritas para com a leitura da Revista Esprita

    at 1923. Escreveu nos principais peridicos espritas europeus.

    Os bigrafos febianos men-cionados acima nos informam (na biobibliografia Allan Kardec, vol. III, pp. 300-301) que H. Sausse era comerciante de profisso, precisando enfrentar, no raro, mo-mentos difceis, crticos mesmo, contestando acusaes gratuitas que estes faziam contra os espritas e contra a Doutrina, alm das per-seguies movidas por adversrios intransigentes, exigindo de Henri Sausse testemunhos heroicos.

    Revue Spirite: farto manancial de Luz

    Ficamos muito felizes, real-mente, quando constatamos que algumas revistas, peridicos e jornais espritas da atualidade abrem cada vez mais espaos, em suas luminosas pginas mensais ou bimensais, para a publicao e transcrio de artigos da Re-vista Esprita, de Allan Kardec, ou de comentrios doutrinrios a respeito desta Obra monumental para o estudo e a prtica completa do Espiritismo.

    A tendncia que, com as tradues que existem da Revue Spirite, at hoje trs em portugus (da EDICEL, do IDE e da FEB), e uma em espanhol (da EDICEI, em andamento), os adeptos do Espiritismo comecem a ler e a estudar essa magnfica Obra, a fim de VENCER A INDIFERENA que ainda teima em perturbar o estudo e a vivncia da referida e preciosa Coleo.

    Os 12 volumes da Revista Esprita so valiosos repositrios doutrinrios, infelizmente ainda pouco estudados e consultados pelos espritas em geral, com fe-lizes excees. (Conclui na pg. 10 desta edio.)

  • O IMORTALPGINA 6 JULHO/2015

    O IMORTAL na internetAlm de circular com seu formato impresso, o jornal O

    Imortal pode ser visto tambm na internet, bastando para isso acessar o site www.oconsolador.com, em cuja pgina inicial h um link que permite o acesso do leitor s ltimas edies do jornal, sem custo algum.

    Para contactar a Redao do jornal, o interessado deve utilizar este e-mail: [email protected].

    Aconteceu entre os dias 3 e 6 de junho, no Centro de Convenes de Goinia, a 10 edio do Congresso Mdico-Esprita do Brasil, o MEDNESP 2015 (foto). Logo na abertura, um vdeo produ-zido pelo Sr. Oceano Vieira, da DVD Verstil, apresentou falas e momentos da Dra. Marlene defendendo as causas militadas por todos os mdicos espritas. Ao final e ainda sob forte emoo, o coordenador do evento, Dr. Vicente Pessoa Jr., vice-presidente da AME--Gois, presenteou o filho da Dra. Marlene, Dr. Marcelo Freitas Nobre, com um quadro com a imagem da idealizadora das AMEs.

    Na sequncia, a Orquestra Sinfnica Jovem de Gois pre-senteou os quase 1.900 presen-tes com momentos de grande beleza e criatividade musical. E, como no podia deixar de ser, uma grande palestra deu brilho solidificao do novo paradigma: o psiquiatra Srgio Lopes pronunciou as palavras iniciais relatando o aniversrio de 20 anos da AME-Brasil e citando o crescimento e expanso por todo o territ-rio brasileiro, hoje marcado por 58 Associaes Mdico--Espritas.

    Quatro auditrios - A partir da quinta-feira, dia 4, o pblico teve a satisfao de conferir a palestra magna do Dr. Dcio Iandoli Jr. falando sobre o tema Da Alma ao

    Um sucesso o MEDNESP 2015

    Corpo Fsico, tema de seu livro homnimo. Da em diante, o pblico se dividiu entre os qua-tro auditrios existentes.

    As discusses variavam so-bre a biotica esprita, a impor-tncia de uma gestao segura, combate ao aborto, nuances da pediatria e adolescncia sob a tica do Esprito imortal, as doenas psiquitricas e suas relaes com a espiritualida-de, as dependncias afetivas e qumica, a mediunidade, fsica quntica e sade, os cuidados paliativos ao final da vida, a reencarnao e a incessante tarefa de evoluir sempre atravs dos tempos.

    Autgrafos - Muitos lan-amentos tambm marcaram esta edio do MEDNESP, a saber: Na Viagem da Vida, do Dr. Roberto Lucio Vieira de Souza; Reconciliao, do Dr. Andrei Moreira de Souza, Aqum e Alm do Tempo, do psiclogo Gelson Lus Roberto, Da Alma ao Corpo Fsico, de Dcio Iandoli Jr.; Conectando Cincia, Sade e Espiritualida-de volume 3, e a Cartilha do Envelhecimento Sadio, ambos

    do Dr. Carlos Durgante, e Embriologia e Fetologia da Alma, do Dr. Romrio Mello.

    Seminrio Internacional - O Seminrio Internacional foi um evento acadmico, chance-lado pela PUC-Gois. Por ter caracterstica de evento acad-mico, o evento teve inscries parte e permitiu ao pblico brasileiro ver reunidos em seu auditrio pesquisadores do porte de Pim Van Lommel (Holanda), Mario Beauregard (Canad / USA), Giancarlo Lucchetti (UFJF), Mario Pe-res (UNIFESP), Alexander Moreira-Almeida (UFJF) e Leonardo Caixeta (UFG). Os temas apresentados pelos palestrantes internacionais, como o Crebro Espiritual, de Mario Beauregard e Experin-cias de Quase-Morte, com Pim Van Lommel, foram os mais aguardados do dia.

    Nota da Autora: Todo o evento foi filmado e ter seu contedo disponvel atravs de pendri-ves, que podem ser adquiridos na loja virtual da AME-Brasil - www.amebrasil.org.br

    GIOVANA CAMPOS [email protected]

    De Santos, SP

    Congresso marca consolidao do movimento mdico-esprita

  • O IMORTALJULHO/2015 PGINA 7

    Grandes Vultos do EspiritismoMARINEI FERREIRA REZENDE - [email protected]

    De Londrina

    Ali Halfeld

    Ali Halfeld nasceu em 18 de maro de 1900, em gua Limpa (hoje Coronel Pacheco), Minas Gerais, onde fez o Curso Primrio com o Prof. Paulo Estelita. Em 1907 mudou-se para a cidade de Juiz de Fora, em companhia de seus pais, senhor Pedro Halfeld e D. Hortnsia de Pinho Halfeld.

    No ano de 1910 sua fa-mlia o levou para Caxambu, mas, dentro de poucos meses, regressou ele para Juiz de Fora, a fim de continuar os estudos, passando, ento, a residir com seu padrinho, o Sr. Cludio Fernandes. O Curso Ginasial foi feito at 1915 no antigo Ginsio Santa Cruz, dos saudosos professores e irmos Alpio e Oscar Peres. Em 1916, sendo de famlia de poucos recursos, no pde continuar os estudos. Fez, ento, um curso rpido de Co-mrcio e Datilografia, a fim de poder trabalhar, e logo depois se empregou como auxiliar de escritrio em uma oficina mecnica, de propriedade do Sr. Francisco Kascher. No ano de 1918 mudou de emprego, indo trabalhar na Drogaria Americana, que, na ocasio, pertencia ao Sr. Bruno Bar-

    bosa, a permanecendo at julho de 1921. Em 1 de agosto do mesmo ano associou-se com o farmacutico Francisco Queiroz Caputo, na Farmcia S. Sebastio, organizando a firma Caputo & Halfeld, hoje Drogafar S.A, firma na qual permaneceu at a sua desen-carnao.

    Em 18 de setembro de 1924 casou-se com D. Carmem Bac-cara. Do matrimnio nasceram cinco filhos: Kleber, Maurcio, Alvair, Ruth e Iclea. Sua esposa foi sempre uma pessoa dedi-cada. Companheira em todos os momentos, esteve sempre a seu lado, conformando-o e estimulando-o a continuar a luta em todos os seus setores. Ainda no campo profissional foi, durante muitos anos, di-retor do laboratrio Melpoejo Ltda., juntamente ao lado de Francisco Queiroz Caputo e Maria Silveira Alvim.

    Tendo abraado o Espiritis-mo em decorrncia de artigos espritas que eram escritos no Correio da Manh por estudiosos da Doutrina, Ali Halfeld foi logo despertado pelo desejo de trabalhar em benefcio dos semelhantes. Auxiliou com entusiasmo e equilbrio todas as entidades de assistncia social que lhe solicitavam ajuda. No setor esprita, devemos mencionar a Fundao Joo de Freitas, obra de amparo velhice e viuvez, que construiu, e para a qual foi eleito presidente

    em 2 de fevereiro de 1934, e o Instituto Jesus, destinado ao menor abandonado, que, fundado em 19 de maro de 1944, foi inaugurado em 18 de setembro de 1955. Eleito pre-sidente na prpria assembleia que fundara o Instituto Jesus, Ali Halfeld permaneceu em sua direo at 26 de maro de 1960, quando, por motivo de doena, teve de afastar-se da direo da entidade.

    Grande entusiasta da im-prensa esprita, Ali Halfeld co-laborou com muito amor junto Associao de Publicidade Esprita, mantenedora, durante muitos anos, da revista O M-dium. Eleito vice-presidente em 9 de agosto de 1937, deu Associao todo o seu esforo. Ainda no setor do Espiritismo, entre outras atividades deve-mos mencionar o estudo que, durante anos a fio, fez da obra O Livro dos Espritos, na tribuna da Casa Esprita, assim como o trabalho que escreveu: O Problema do Menor, cuja publicao foi feita pelo jornal Dirio Mercantil, em apresen-taes semanais.

    Poucas vezes teve ele con-tato direto com a Federao Esprita Brasileira, mas foi o bastante para se aquilatar a grandeza espiritual que res-sumbrava de suas palavras se-renas e humildes. O presidente da FEB, Sr. Wantuil de Freitas, teve a feliz oportunidade de conhec-lo pessoalmente e at mesmo de visitar em Juiz de

    Fora a elogivel obra que a Fundao Joo de Freitas.

    Embora sempre se ocultan-do no silncio e na humildade, no pde evitar, entretanto, que seu nome, aureolado do respeito, da admirao e da gratido de toda uma coletivi-dade, transpusesse as frontei-ras de Minas Gerais. Esprito modesto, Ali Halfeld sempre declinou das homenagens que a Manchester mineira lhe quis tributar. Dizia que a humildade era, a seu ver, uma das virtudes mais difceis de ser cultivada. No entanto, quem com ele

    conviveu ter observado que aquela virtude, entre outras, ele a soube muito bem exem-plificar.

    Ali Halfeld foi tambm amigo do setor artstico, ten-do ocupado a presidncia da Orquestra Filarmnica de Juiz de Fora, antes de desen-carnar, aos 67 anos de idade, em 13 de Setembro de 1967, aps ter combatido o bom combate.

    Fonte: WANTUIL, Zus.Grandes Espritas do Brasil.FEB,1 edio.

    No celeiro da preceNevoeiro... Torpor... Eis que a treva se adensa.E na senda abismal, sem luz que a reconforte,

    Vagueia a multido dos viajores da morte,Sob rude aquilo na treva espessa e imensa.

    Trazem na mente em sombra a insensatez sem norte,O vcio, a usura, a inveja, a maldade e a descrena,

    O desencanto, o fel... e tudo o que condensaA dor de quem viveu no escrnio prpria sorte.

    Irmos que partilhais os dons da escola humana,Vinde prece e ajudai a triste caravana

    Em desesperao no caminho inseguro!...

    E aprendei, desde agora, a servir cada instante,Preparando no bem luminoso e incessante

    A glria do presente e a ascenso do futuro.

    Do livro Vozes do Grande Alm, constitudo de mensagens recebidas psicofonicamente pelo mdium Francisco Cndido Xavier. O soneto acima foi transmitido na noite de 28 de julho de 1955, em Pedro Leopoldo (MG).

    Mcio Teixeira

  • Nosso Lar recebe um timo pblico no encontro da Inter-Regional

    O Centro Esprita Nosso Lar, de Londrina (PR), reuniu no domingo passado, dia 21 de junho, um pblico numeroso, no encontro da Inter-Regional Norte, tradicional evento que realizado anualmente sob os auspcios da Federao Esprita do Paran (fotos).

    O evento foi antecedido, na noite anterior, dia 20, pela j tradicional reunio entre membros da Diretoria da Fe-derao Esprita do Paran e os presidentes de Casas Espritas e das Unies Regionais Espritas vinculadas Inter-Regional Norte. A reunio, assim como o encontro do domingo, realizou--se nas dependncias do Centro Esprita Nosso Lar.

    Luiz Henrique da Silva, pre-sidente da Federao Esprita do Paran, dirigiu o evento que foi aberto com uma apresentao do Coral Esprita Nosso Lar, que cantou duas lindas msicas.

    Aps as apresentaes das pessoas presentes no recinto, ocorreu uma exposio doutri-nria acerca do tema Implan-tando o Reino de Deus na Ter-ra, sendo lanado em seguida o CD Momento Esprita n 27. Na oportunidade, Maria Helena Marcon fez um breve relato his-toriando como surgiu e como feito o CD Momento Esprita.

    Na sequncia, cada um dos coordenadores de reas fa-lou sobre a importncia desse contato feito diretamente com os Centros Espritas. Karina Greca, responsvel pelo projeto

    Qualificao do Trabalhador Esprita, explicou que ele est sendo aplicado em todas as Uni-es Regionais Espritas de nosso estado.

    Findas as exposies, a reu-nio foi encerrada com a apre-sentao de uma mensagem do Dr. Bezerra de Menezes por inter-mdio de Divaldo Pereira Franco.

    O encontro no domingo de manh No domingo, dia 21, as atividades comearam s 9h, registrando-se excelente pblico, estimado em 210 pessoas, alm dos organizadores. Das Casas Espritas existentes na rea da Inter-Regional Norte, 70% esti-veram representadas no evento, cuja abertura foi feita por Mari-nei Rezende, presidente da 16 URE tambm conhecida como URE Metropolitana de Londrina.

    Compuseram a mesa os pre-sidentes das UREs que integram a Inter-Regional Norte, o presi-dente da Federao Esprita do Paran, Luiz Henrique da Silva, e o 1 vice-presidente, Adriano Lino Greca. A prece inicial foi feita pelo confrade Dorival, pre-sidente da 4 URE, sediada em Bandeirantes (PR).

    Na sequncia, Luiz Henrique da Silva saudou a todos e falou sobre a importncia do compro-misso de cada um de ns com a implantao do Reino de Deus onde quer que estejamos.

    Finda sua fala, os participan-tes se dirigiram para as salas onde se realizariam os estudos e escla-recimentos espritas, conforme previamente divulgado. Ao todo, foram 8 as reas definidas para esse fim, conforme adiante se demonstra.

    rea Administrativa/Insti-tucional Luiz Henrique da Sil-va e Adriano Lino Greca foram os coordenadores. O tema escolhido versou sobre livrarias espritas. Luiz Henrique disse que a FEP a nica federativa que financia o movimento esprita em seu esta-do. Ou seja, as outras federaes so mantidas por contribuies das casas e das UREs e a FEP faz o movimento contrrio, pois ela que ajuda os Centros Espritas e as UREs nos eventos voltados para o movimento esprita, o que possvel devido ao giro de vendas da livraria Mundo Esp-rita. Se todas as casas espritas tivessem livrarias, elas estariam aumentando a renda mensal, ajudando assim na cobertura das despesas das entidades espritas e divulgando o livro esprita.

    rea de Unificao/Expan-so do Movimento Esprita Jos Virglio Ges e Sstenes Carvalho Cornlio foram os coordenadores. Essa rea, que no muito divulgada, muito importante para a expanso do movimento esprita, pois exis-tem cidades que no tm centros espritas, embora na regio da 16 URE existam centros esp-ritas em quase todas as cidades. Uma pesquisa contatou que 50% das URES ainda esto com n-mero baixo de centros, signifi-cando que algumas cidades no tm acesso doutrina esprita e que os simpatizantes acabam se deslocando para cidades vizi-nhas para participar de palestras e estudos.

    rea de Atendimento Espi-ritual Maria Leonides Mees

    PGINA 8 PGINA 9O IMORTAL JULHO/2015JULHO/2015

    ANGLICA [email protected]

    De Londrina

    Rabel e Joo Edson Alves foram os coordenadores. Nessa rea o assunto principal foi como os centros esto preparando seus trabalhadores para recepcionar os que chegam casa esprita e como feito o atendimento espiritual, inclusive os passes. O Evangelho no Lar tambm foi abordado e dito que est sendo feita uma divulgao com orientao acerca do Evangelho no Lar. Sobre o passe discutiu--se a seguinte questo: - certo o passista tocar o paciente na hora do passe? O esclarecimento dado que o passe nada mais do que a simples imposio das mos dos mdiuns sobre a fronte das pessoas, transmitindo-lhes fluidos magnticos e espirituais, no intuito de fortalecer-lhes o corpo e a parte espiritual. Os passistas no ficam incorporados pelos Espritos, apenas recebem sua influncia mental e fludica. Enfatizou-se que no existe nun-ca a necessidade de o passista tocar na pessoa que recebe o passe. Toques, apertos, carcias oferecem grande possibilidade de serem mal-interpretados, gerando confuses, e por isso so dispen-sveis nessa prtica esprita.

    Estiveram reunidos em salas separadas cerca de 30 jovens que participaro do CONBRAJE SUL, que acontecer em setem-bro na cidade de Guarulhos (SP). Em outra sala foi trabalhado o tema Implantao do Reino de

    dos trabalhos assistenciais que ser realizado em todas as casas espritas do Paran, para saber quantas casas realizam trabalho assistencial e que tipo de traba-lho a entidade desenvolve e com qual pblico. Muitas vezes os espritas preferem abrir novas entidades, em vez de trabalhar junto com as que j existem; se assim fizessem iriam fortalecer a que j est em plena atividade.

    No final da manh de ativi-dades, cada presidente de URE agradeceu a participao do pblico, deixando a mensagem sobre o compromisso que todos temos diante da casa esprita e do movimento esprita, lem-brando que uma vara fcil de quebrar, mas um feixe no.

    rea de Comunicao So-cial Esprita Maria Helena Marcon e Mary Ishiyama foram as coordenadoras. Foi mostrado na oportunidade como se montam os slides para apresentao dou-trinria em power point. Falou-se tambm sobre o uso dos CDs do Momento Esprita na preparao dos trabalhos realizados no cen-tro esprita. Foi lembrado que nos dias 19 e 20 de setembro prximo ocorrer, no Recanto Lins de Vas-concellos, um Encontro Estadual de Comunicao Social, do qual participaro duas pessoas de cada URE, as quais depois repassaro os temas abordados em suas res-pectivas regies.

    Deus na Terra com os evange-lizadores.

    rea de Estudo da Mediu-nidade Danilo Arruda da Luz e Cesar Luiz Kloss foram os coorde-nadores. Foram abordados os te-mas mediunidade e seus cuidados e a responsabilidade do mdium diante do trabalho na casa esprita. Houve um questionamento sobre o mdium que bebe e fuma. Lem-brou-se que o mdium tem uma responsabilidade grande na reu-nio medinica, tanto o mdium que d passividade, quanto o m-dium esclarecedor; a reunio me-dinica como um pronto-socorro para irmos necessitados, na qual atendem os Bons Espritos dando orientaes e tambm se mani-

    rea de Estudo da Dou-trina Esprita Karina Della Giacoma Greca foi a coordena-dora. Essa rea responsvel pela implantao do Projeto de Qualificao de trabalhadores espritas. Foi dito que em alguns centros espritas no existem grupos de estudos, sendo men-cionados textos em que Allan Kardec recomenda os estudos na casa esprita. Est previsto para o ms de agosto um seminrio em que o tema ser o Estudo e sua importncia.

    rea de Orientao In-fncia e Juventude A equipe DIJ/FEP coordenou a atividade.

    festam Espritos sofredores que so ajudados atravs da conversa fraterna com os esclarecedores. Foi dito que, para se conseguirem bons resultados na doutrinao dos Espritos, necessrio que mdium e doutrinador tenham uma vida moral sadia. Vcios materiais como o cigarro, a bebida ou as drogas, e vcios morais, como o adultrio, o orgulho, a sensualidade exagerada e a mentira, devem ser combatidos por aqueles que se dispem a tra-balhar em nome de Jesus em um centro esprita.

    rea de Orientao ao Ser-vio Social Esprita A co-ordenao foi feita por Shou Wen Allegretti e Ilca Justen. Foi falado sobre o cadastramento

    Vista parcial do pblico presente

    Adriano Greca no momento de sua fala

    Equipe da FEP e demais dirigentes e coordenadores

    No evento realizado no domingo passado 70% das Casas Espritas se fizeram representar

  • O IMORTALPGINA 10 JULHO/2015

    H tambm fatores ex-ternos que podem preju-dicar a formao do beb?

    Sim, no livro fao tam-bm uma abordagem de como drogas como cigarro, lcool e outras substncias, at mesmo medicamentos triviais, que chamamos de cabeceira, podem atingir a criana em desenvolvimen-to. Mostro tambm que se a criana aps o seu nascimen-to pode reconhecer a voz da me e se acalmar com ela,

    isto pode acontecer tambm com o pai, se o mesmo inte-ragir com a criana princi-palmente a partir do quarto ms de gestao, quando o seu aparelho auditivo est completo. Importante tam-bm salientar que o livro retrata tambm que a mulher grvida, alm da prestao de servio orgnico en-tidade que se reencarna, igualmente constrangida a suportar-lhe o contato espi-ritual que sempre constitui um sacrifcio quando se trata de algum com escu-ros dbitos de conscincia. Assim, a organizao fe-

    minina durante a gestao sofre verdadeira enxertia mental. Os pensamentos do ser que se acolhe no seu ntimo envolvem-na total-mente, determinando signi-ficativas alteraes em seu corpo biolgico. Se o filho senhor de larga evoluo e dono de qualidades morais, consegue auxiliar o campo materno, prodigalizando--lhe sublimadas emoes e convertendo a maternidade, habitualmente dolorosa, em estado de esperanas e alegrias intraduzveis. Mas quando ambos me e filho apresentam encarnaes

    de ajustes nas mesmas d-vidas e na mesma posio evolutiva, influenciam-se mutuamente.

    A me, por estar ges-

    tando, pode influenciar espiritualmente o beb que est gerando?

    A me atua de maneira decisiva na formao do novo ser, estabelecendo fenmenos perturbadores em sua constituio, pois a mulher tem de doar de seu prprio magnetismo fluidos necessrios ao desenvolvi-mento embrionrio e fetal. Assim a permuta de im-presses entre ambos ine-vitvel e os padecimentos que a criana traz na mente so impressos na mente materna, que os reproduz

    no prprio corpo. muito importante que ns homens tenhamos conscincia des-ses acontecimentos para entendermos as mudanas de comportamento que po-dem acompanhar a gravidez e estarmos aptos sempre a ajud-las nessa difcil fase de transio. preciso que nesse perodo possamos dar toda a tranquilidade emocional de que a mulher grvida precisa para levar a bom termo sua gravidez. Ns homens somos os sus-tentadores emocionais de nossa companheira, pois as mentes da me e do filho se l igam, se entrelaam mantendo-se em perma-nente comunho at que se complete o desenvolvimen-to embrionrio e fetal.

    O Milagre da Vida(Concluso da entrevista publicada na pg. 16.)

    Concluamos o nosso artigo, ento, com a palavra avalizada do bigrafo do mestre lions, agradecen-do a Deus e a Jesus pela elevada honra de conhecer o ldimo contedo das pgi-nas imortais dos citados 12 volumes (nada menos que 4409 pginas no original francs) da imprescindvel Coleo da Revista Espri-ta, de Allan Kardec:

    Eis o homem que deu ao Espiritismo a sua bela divisa: Fora da caridade no h salvao, divisa que ele no s proclama, como pe em prtica. Seu nico desejo, pois, v-la regular tambm a conduta de todos os que se dizem e

    creem espritas. Meu nico mrito neste novo estudo sobre Allan Kardec se re-duz, portanto, a um trabalho de copista. Seduzido pela verdade, pela grandeza e pela beleza de certos ensi-namentos do Mestre, julguei por bem EXTRA-LOS DOS DOZE VOLUMES que os contm, a fim de submet--los aos meus irmos e irms em crena, sem ou-tra pretenso e sem outro desejo seno o de FAZER QUE ELES TAMBM O ADMIREM.(6) (Destaques nossos em caixa alta.)

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS: (1) SAUSSE, Henri. Bio-grafia de Allan Kardec . Traduo de Evandro Noleto Bezerra. 208 pp. Prlogo do autor, p. 22. 1 ed. Rio de Janeiro: FEB, 2012.

    (2 e 4) . . Prlogo, pp. 22-23. (3) KARDEC, Allan. Re-vista Esprita - Peridico de Estudios Psicolgicos (Ao 1858). Traduo, do francs para o espanhol, de Enrique Eliseo Baldo-vino. XC-356 pp. Prlogo--homenaje a Allan Kardec, pgina III. 1 ed. Braslia: EDICEI, 2005. (5) SAUSSE, Henri. Bio-graphie dAllan Kardec. A edio integral contm, alm do Prlogo do autor, um Prefcio de Lon Denis ( 4 edio de 1927) e tam-bm um Prefcio de Gabriel Delanne (1910); a 1 edio (1896), bem mais resumida, foi includa posteriormente pela FEB no opsculo O Que o Espiritismo. (6) SAUSSE, Henri. Bio-grafia de Allan Kardec. Prlogo do autor, p. 23.

    A indiferena dos espritas para com a leitura da Revista Esprita

    (Concluso do artigo publicado na pg. 5.)

    Como entender a relao entre a embriologia e a alma humanaGIOVANA CAMPOS [email protected]

    De Santos

    ENRIQUE ELISEO BALDOVINO

    [email protected] De Foz do Iguau, PR

    Em seguida, fazer a lei-tura de um trecho de O Evangelho segundo o Es-piritismo, aberto ao acaso ou previamente programado para estudo em sequncia.

    Fazer comentrios bre-ves sobre o trecho lido, trocando opinies com o grupo quanto aplicao dos ensinamentos na vida diria, evitando discusses, crticas e julgamento de membros do grupo ou de conhecidos em funo da mensagem evanglica.

    A reunio deve ser di-rigida pelo chefe do lar ou pela pessoa que tiver mais conhecimento doutrin-rio, que dever estimular

    a participao de todos e conduzir as explicaes ao nvel do entendimento pr-tico dos presentes. Pode-se fazer outras leituras afins.

    A durao deve ser de at 30 minutos, incluindo a prece de encerramento, em que se agradecer a assistncia espiritual, lem-brando a prxima reunio.

    Bibliografia:(1) Messe de Amor, de Joan-na de ngelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco.(2) Orientaes extradas dos informativos publica-dos pela Confraria Esprita, pelo Centro de Orientao Espiritual Amigos da Vida e pelo Grupo Esprita Be-zerra de Menezes.(3) Jesus no Lar, de Neio Lcio, psicografia de Fran-cisco Cndido Xavier.

    O Evangelho no Lar(Concluso do artigo publicado na pg. 3.)

    ABEL SIDNEY DE SOUZA

    [email protected] Porto Velho, Rondnia

  • O IMORTALJULHO/2015 PGINA 11

    O IMORTAL na internetAlm de circular com seu formato impresso, o jornal O

    Imortal pode ser visto tambm na internet, bastando para isso acessar o site www.oconsolador.com, em cuja pgina inicial h um link que permite o acesso do leitor s ltimas edies do jornal, sem custo algum.

    Para contactar a Redao do jornal, o interessado deve utilizar este e-mail: [email protected].

    Eventos espritas

    Palestras no Centro Esprita Allan Kardec Realiza-se em julho mais um Ciclo de Palestras no Centro Esprita Allan Kardec, localizado na Rua Par, 292, em Camb. As palestras ocorrem s quartas-feiras, a partir das 20h30.Eis os palestrantes convidados:dia 1, David Jos de Oliveira, de Londrinadia 8, Vanderci Aguilera, de Lon-drinadia 15, Eurpedes Gonalves, de Cambdia 22, Jos Miguel da Silveira, de Londrinadia 29, Gilson Luiz Ribeiro, de Londrina.

    Reduo da maioridade penal Noeval de Quadros profere, no dia 12 de julho, a partir das 10h da manh, palestra sobre o tema A reduo da idade da maioridade penal. O evento ser realizado no Teatro da FEP, na Alameda Cabral, 300, em Curitiba.

    Inter-Regional Noroeste em Maring No dia 5 de julho, das 9h s 12h30, realiza-se mais um encontro da Inter-Regional Noroeste, evento coordenado pela Federao Esprita do Paran. O

    local ser o Recanto Esprita Somos Todos Irmos, na Rua Rose Moreno Junior, 725. Tema: Implantando o Reino de Deus na Terra.

    Jornada Esprita de Jacarezinho No dia 29 de agosto, a palestrante convidada para a XXXVI Jornada Esprita ser a psicloga Lour-des Possato, de So Bernardo do Campo (SP), psicoterapeuta com larga experincia no atendimento de adultos, casais e famlias, e autora de vrias obras relacionadas com a busca do crescimento interior.

    Crculo de Leitura Anita Borela de Oliveira A reunio de julho, no dia 12, a partir das 18h, ser no edifcio San Michel, na Rua Mato Grosso, 1767, em Londrina, onde reside Maria Eloiza Ferreira. O tema do estudo ser A morte e seus mistrios.

    Dezir Vencio em Londrina Mdico e membro da Associao Mdico-Esprita do Estado de Gois, professor aposentado da Universidade Federal de Gois e ex-vice-presidente da FEEGO - Federao Esprita do Estado de Gois, Dezir Vencio (foto) profere no dia 12 de julho, s 10h, no Centro

    Esprita Nosso Lar, uma palestra sobre o tema A famlia - configu-rao atual.

    Mediunidade tema de palestra em Wenceslau Braz Luiz An-tonio da Silva far uma palestra sobre o tema Mediunidade no dia 9 de julho, s 20h, no Centro Esprita Joo Batista, localizado na Rua Prefeito Benedito Correa, s/n.

    Ch com Livros A Casa Esprita Anita Borela de Oliveira promove um novo encontro do Ch com Livros no dia 18 de julho, s 17h. A obra em exame ser o livro No Invisvel, de Lon Denis. A enti-dade localiza-se na Rua Benedicto Sales, 42 - Conjunto Parigot de Souza III, em Londrina.

    Seminrio sobre a Famlia em Umuarama No dia 11 de ju-lho, das 14h s 18h, no Centro Esprita Allan Kardec, na Rua Bahia, 4.369, a equipe do DIJ/FEP ministrar o Seminrio A Famlia na Casa Esprita para Construo da Nova Era.

    Mais informaes em http://www.internorteparana.com.br/eventos/agenda

    Dezir Vencio

  • O IMORTALPGINA 12 JULHO/2015

    Liberdade

    Em filosofia, liberdade pode ser compreendida tanto negati-va quanto positivamente. Sob a perspectiva negativa, denota a ausncia de submisso e de servido, j na segunda, a au-tonomia e a espontaneidade de um sujeito racional. Segundo o dicionrio Michaelis, liberdade um estado de pessoa livre e isenta de restrio externa ou coao fsica ou moral. Poder de exercer livremente sua vontade ou condio do ser que no vive em cativeiro. A busca da liber-dade sempre foi uma constante na histria da raa humana. Ela compe o conjunto dos elemen-tos que habitualmente se ima-gina sejam necessrios ao bem--estar das criaturas. Parece de pouca serventia possuir alguns bens, da espcie que sejam, sem a liberdade de desfrut-los. Para ser livre, muitas vezes o homem trilhou caminhos tortuosos. Para Carlos Bernardo Gonzlez Pecotche (1901-1963), a liber-dade prerrogativa natural do ser humano, j que nasce livre, embora no se d conta at o momento em que sua conscin-cia o faz experimentar a neces-sidade de exerc-la como nico meio de realizar suas funes primordiais da vida, e o objetivo que cada um deve atingir como ser racional e espiritual. Como princpio, assinala ao homem e lhe substncia sua posio den-tro do mundo, enfim, preciso vincul-la muito estreitamente ao dever e responsabilidade in-dividual, pois estes dois termos, de um importante contedo moral, constituem a alavanca que move os atos humanos, pre-servando-se do excesso, sempre

    prejudicial independncia e liberdade de quem nele incorre. A liberdade pode ser dita de diversas formas: liberdade do fazer; do querer; autonomia; direito ou participao polti-ca. De vrias formas tambm ela emprega-se: como arma poltica ou elemento doutrinal; como simples palavra ou como conceito; como ideia regulado-ra ou apelo experincia. Jesus afirmou que o conhecimento da verdade nos libertaria. De fato, uma compreenso mais aprofundada das leis da vida, ao despir o homem de suas iluses, livra-o da mesquinhez, do egosmo e do orgulho. Em O avesso da liberdade de Adauto Novaes, h um grupo de artigos dedicados ao que poderia se chamar de transcendental: a liberdade pensvel? nos fazendo refletir em quais os impasses, as dificuldades con-ceituais, os paradoxos que preciso vencer ou enfrentar para que faa sentido o empre-go dessa noo? Tudo depende do quadro conceitual em que nos movemos, por exemplo, pensar a liberdade nos quadros de uma doutrina materialista. Como pensar, sem fazer re-curso a outra realidade seno a da matria, sem recorrer ao esprito ou a qualquer outra forma de dualismo, a ao, a voluntariedade e a liberdade que lhe so prprias, se a mat-ria o elemento de uma ordem natural, cujas determinaes ela sofre desde o exterior?

    Em O Livro dos Espritos, Allan Kardec ao buscar respos-tas sobre a liberdade absoluta, encontra as sbias palavras afir-mando que o homem no gozar de absoluta liberdade porque to-dos precisam uns dos outros. No convvio familiar ou social,

    de faz-lo. Temos o poder para imprimir na nossa existncia o padro de felicidade ou de aflio com o qual desejamos conviver. A liberdade Lei da vida, que faz parte do concerto da harmonia universal. Somos o que de ns prprios fazemos, movimentando-nos no rumo que elegemos. A busca da feli-cidade uma meta comum entre todos os seres humanos. Todos almejamos, de alguma forma, alcan-la. Cada ser a idealiza de modo diferente dos demais. Para alguns a felicidade ter uma famlia, para outros estar sadio e sentir-se bem, ou ainda, confundida, por alguns, com conforto material. Na realidade, sabemos que a felicidade verda-deira no deste mundo, como nos ensinou Jesus. O homem s pode agir sobre o mundo que o rodeia e sobre sua prpria natureza, aplicando os poderes que em si possui, por meio dos rgos das suas diversas facul-

    dades. O material de que ho de ser feitas estas faculdades tem que ser perfeito: sentimentos bons e generosos, uma mente dotada e educada, uma natureza espiritual pura e profunda. De-vemos abrir os caminhos limpo e puro atravs do labirinto da vida, sem jamais consentir em desvios do propsito traado. Avaliemos se nossos atos, nos-sas escolhas de agora, sero motivos de sofrimento ou de ventura mais adiante. Somos livres para semearmos o que bem nos aprouver, conscientes, no entanto, de que estaremos obrigatria e inafastavelmente vinculados colheita de seus frutos. Saibamos ser livres dos vcios que corroem a raa hu-mana, e utilizemos da Sabedoria para orientar no caminho da vida; da Fora para nos animar a sustentar em todas as dificul-dades e a Beleza para adornar todas as nossas aes, nosso carter e nosso esprito.

    impossvel ser totalmente livre. Os seus direitos terminam onde comeam os direitos do seu pr-ximo, pois a completa libertao possvel a das paixes, dos instintos inferiores, que tanto infelicitam a humanidade. Ao traar as metas da vida, deve-mos buscarmos antes libertar-se da dor e do desequilbrio. Para tal, um padro de conduta reto e equilibrado, marcado pelo bom--senso, sempre ser o melhor roteiro. No pensamento goza o homem de ilimitada liberdade, pois que no h como pr lhe peias. A conscincia um pen-samento ntimo, que pertence ao homem, como todos os ou-tros pensamentos, pois podem reprimir-se os atos, mas a crena ntima inacessvel, exceto para Deus. O homem tem o livre--arbtrio de seus atos, ou seja, assim como tem a liberdade para pensar, tem igualmente a de obrar. H portanto, liberdade de agir, desde que haja vontade

    MARCEL [email protected] Balnerio Cambori, SC

    Observam-se mdiuns com permanentes dvidas quanto autenticidade das comunicaes, mesmo quan-do estas ocorrem por seu in-termdio. Como super-las?

    Divaldo Franco: Insistindo no exerccio da educao me-dinica. Sempre usamos uma imagem um tanto grotesca. Quando se vai ao dentista, a primeira frase que ele pronun-cia : Abra a boca. Se ns dissermos: No vou abrir, nada poder ser feito.

    Na prtica medinica a primeira atitude do sensiti-vo abrir a boca (da alma) e ficar aguardando a ideia para exterioriz-la. A tarefa do doutrinador que conhece a pessoa a de examinar o que o mdium est falando. Da, a necessidade do relacionamen-to antecipado para aquilatar a qualidade do comunicado.

    o sensitivo no teve nenhuma encarnao na Grcia ou na Turquia no poder falar o idio-ma desses pases, simplesmente porque no possui matrizes sedimentadas no seu perisprito para que se d o fenmeno de xenoglossia.

    Um exemplo: sou um indi-vduo analfabeto e digo a duas pessoas: D este recado a beltrano. Uma de mdia cultura e outra lcida. Pergunta-se: Quem dar melhor o recado?. A que tiver melhor capacidade intelectual, o lgico. Assim na questo da mediunidade: os mdiuns mais bem dotados possuem uma capacidade maior de transmitir o pensamento das Entidades comunicantes.

    preciso tambm adicio-nar-se, a, o fator filtragem, que fruto de um trabalho de educao medinica, a longo curso, no qual se incluem a sintonia e o exerccio.

    Divaldo responde

    Do livro Qualidade na Prtica Medinica, do Projeto Manoel Philomeno de Miranda, 2 Parte questo 56.

    Segundo Allan Kardec, no fe-nmeno medinico h nuances de natureza anmica, porque da personalidade. Se o Esprito d um recado, o mdium trans-mite-o da forma como entendeu, por uma razo a considerar: o pensamento do comunicante possui uma linguagem universal, portanto, a interpretao feita pelo intermedirio. O mdium no uma mquina gravadora. Se algum, no final dos trabalhos nos perguntar como foi a prtica medinica de hoje, vamos contar conforme a entendemos. Vai ser autntico porque retrata o esp-rito do trabalho de intercmbio espiritual e ser tambm um fe-nmeno pessoal, porque as ideias so vestidas com as palavras do narrador.

    Ningum pode esperar, du-rante a prtica medinica, que se comunique um Esprito falando grego ou turco imediatamente. Ele tem que usar o mdium. Se

  • O IMORTALJULHO/2015 PGINA 13

    Retirava-se Jesus do lar de Jeroboo, filho de Acaz, em Corazim, para atender a um pedido de socorro em casa prxima, quando quatro velhos publicanos parece-ram, de chofre, buscando-lhe o verbo reconfortante. Ha-viam recebido as notcias do Evangelho do Reino, tinham fome de esclarecimento e tranquilidade, suplicavam pa-lavras que os auxiliassem na aquisio de paz e esperana. O Mestre contemplou-lhes a veste distinta e os rostos vin-cados de funda inquietao, e compadeceu-se. Instado, porm, por mensageiros que lhe requisitavam a presena, o Excelso Benfeitor chamou Simo Pedro e pediu-lhe, ante os consulentes amigos:

    Pedro, nossos irmos chegam procura de renova-o e de afeto... Rogo sejas, junto deles, o portador do Bem Eterno!... Ampara-os com a verdade, prossigamos em nossa tarefa de amor...

    O apstolo relanceou o olhar pelos circunstantes e, to logo se viu a ss com eles, fez-se arredio e casmurro, es-perando-lhes a manifestao.

    Foi Elide, o joalheiro e mais velho dos quatro, que se ergueu e solicitou com modstia:

    Discpulo do Senhor, ouvimos a Nova Revelao e temos o esprito repleto de jbilo!... Compreendemos que o Messias Nazareno vem da parte do Todo-Poderoso arrancar-nos da sombra para a luz, da morte para a vida... Que instrues e bnos nos ds, oh! dileto companhei-ro das Boas Novas? Temos sede do reino de Deus que o Mestre anuncia! Aclara-nos

    a inteligncia, guia-nos o co-rao para os caminhos que devemos trilhar!...

    Simo, contudo, de olhar coruscante, qual se fora aus-tero zelador de conscincias alheias, brandiu violentamen-te o punho fechado sobre a mesa, e falou, rspido:

    Conheo-vos a todos, oh! vboras de Corazim!...

    E, apontando o dedo em riste para Elide, aquele mes-mo que tomara a iniciativa do entendimento, acusou-o, severamente:

    Que pretendes aqui, la-dro das vivas e dos rfos? Sei que ajuntaste imensa fortuna custa de aflies alheias. Tuas pedras, teus colares, teus anis!... que so eles seno as lgrimas cristalizadas de tuas vtimas? Como consegues pronunciar o nome de Deus?...

    Voltando-se para o se-gundo, na escala das idades, esbravejou:

    Tu, Moabe? A que vies-te? Ignoras, porventura, que no te desconheo a misria moral? Como te encorajaste a vir at aqui, aps extorquir os dois irmos, de quem furtaste os bens deixados por teu pai? Esqueces de que um deles morreu consumido de penria e de que o outro enlouqueceu por tua causa, sem qualquer recurso para a prpria manu-teno?

    Em seguida, dirigiu-se ao terceiro dos circunstantes:

    Que buscas, Zacarias? No te envergonhas de haver provocado a morte de Zoro-batel, o sapateiro, compran-do-lhe as dvidas e atormen-tando-o, atravs de execrveis cobranas, no s intuito de roubar-lhe a mulher? J tens o fruto de tua caa. Aniquilaste um homem e tomaste-lhe a viva... Que mais queres, infeliz?

    Pedro, que fizeste?Simo, desapontado

    frente daqueles olhos cuja linguagem muda to bem conhecia, tentou justificar-se:

    Senhor, tu disseste que eu deveria amparar estes ho-mens com a verdade...

    Sim, eu falei amparar, nunca te recomendaria ani-quilar algum com ela...

    Assim dizendo, Jesus acei-tou o convite que Jeroboo lhe fazia para sentar-se mesa e, sorrindo, insistiu com Elide, Moabe, Zacarias e Ananias para que lhe partilhassem a ceia. Organizou-se, para logo, bela reunio, na qual o verbo se mostrou reconfortante e enobrecido.

    Conversando, o Mestre exaltou a Divina Providncia de tal modo e se referiu ao Reino de Deus com tanta be-leza, que todos os comensais guardavam a impresso de viver no futuro, em prodigio-sa comunho de interesse e ideais.

    Quando os quatro publica-nos se despediram, sentiam-se diferentes, transformados, felizes...

    Jesus e Simo retiraram--se igualmente e, quando se acharam sozinhos, passo a passo, ante as estrelas da noite calma, o rude pescador exprobrou o comportamento do Divino Amigo, formulando perguntas, atravs de longos arrazoados. Se era necessrio demonstrar tanto carinho para com os maus, como estender auxlio aos bons? Se os ho-mens errados mereciam tanto amor, que lhes competia fazer, a benefcio dos homens retos?

    O Cristo escutou as objur-gaes em silncio e, quando o aprendiz calou as derradei-ras reclamaes, respondeu numa frase breve:

    Pedro, eu no vim Terra para curar os sos.

    (Texto extrado do livro: Es-tante da Vida, pelo Esprito Irmo X, editado pela FEB.)

    E, virando-se para o lti-mo, gritou:

    Que te posso dizer, Ana-nias? H muitos anos, sei que fazes o comrcio da fome, exigindo que a hortalia e o leite subam constantemente de preo, em louvor de tua cupidez... Jamais te incomo-daste com as desventuradas crianas de teu bairro, que falecem na indigncia, espe-ra de tua caridade, que nunca apareceu!...

    Simo alou os braos para o teto, como quem se propunha irradiar a prpria indignao, e rugiu:

    Scia de ladres, bando de malfeitores!... O Reino de Deus no para vs!...

    Nesse justo momento, Jesus reentrou na sala, acom-panhado de alguns amigos, e, entendendo o que se passava, contemplou, enternecidamen-te, os quatro publicanos arra-sados de lgrimas, ao mesmo tempo que se abeirou do pescador amigo, indagando:

    Histrias que nos ensinamJOS ANTNIO V. DE PAULA [email protected]

    De Camb

    Se trabalharmos... verdade que as dissen-

    ses so ainda grandes no campo de atividade que nos foi concedido lavrar, mas se trabalharmos pela harmonia, a harmonia nos assegurar mais amplo rendimento na Seara do Bem.

    verdade que a incom-preenso ainda nos afronta as melhores esperanas nas obras em andamento, nos vrios setores do Cristianis-mo Redivivo, entretanto, se trabalharmos a aceitao das realidades do Esprito nos facilitar as tarefas de ordem geral, a fim de que todos nos irmanemos para o xito dese-jado, na desincumbncia dos

    Esta a verdade: no nos lcito negar a existncia de faltas, conflitos, fraquezas, negaes, tentaes, omis-ses, empeos e provas na rea bendita de ao em que a Doutrina Esprita foi tra-zia, a operar, cooperando com Jesus na edificao do porvir... Nada disso podemos realmente desconhecer... Mas se trabalharmos se nos dis-pusermos a trabalhar servindo sempre, com esquecimento de ns mesmos todo dio se converter em amor, todo sofrimento se transubstanciar em alegria, toda lgrima se far bno, toda aflio se erigir por ensinamento e toda sombra se transformar em luz para sempre.

    compromissos assumidos. verdade que lutas e deser-

    es se observam, aqui e alm, dificultando-nos a movimenta-o em servio na lavoura da Luz, todavia, se trabalharmos possvel sanar todas as falhas e claros abertos nas fileiras da nossa legio de fraternidade em Jesus para que as promessas dele o Senhor se cumpram devidamente.

    verdade que problemas e desafios nos visitam em todas as direes, no entanto, se tra-balharmos obstculos e crises sero afastados, em definitivo, atravs de solues generosas e justas, para que os programas do Mais Alto se realizem no levantamento da Terra Melhor do futuro.

    Batura

    Do livro Mais luz, obra medinica psicografada pelo mdium Francisco Cndido Xavier.

  • O IMORTALPGINA 14 JULHO/2015

    Evangelho no LarA mame vivia preocupada com

    Laura, de doze anos, que no queria saber de fazer nada. Quando a me pediu que ela lavasse a loua do almoo, respondeu:

    Mame! Tudo eu? J tenho tanta coisa para fazer!...

    O qu, por exemplo? a me perguntou com serenidade.

    Ah! Eu tenho que arrumar minha cama, guardar minhas roupas e sapatos, ora essa!

    A me, com carinho, explicou: Laura, isso tudo obrigao sua.

    No entanto, temos que colaborar para o bom andamento das atividades do nosso lar. Cada um deve ajudar para que tudo esteja em ordem.

    A garota reclamou, mas acabou aju-dando de m vontade.

    Naquele dia, tarde, a famlia fazia o estudo do Evangelho no Lar. E Laura aproveitou para reclamar de suas obriga-es afirmando:

    No aguento mais, papai! Tudo eu! Tudo eu!...

    O pai olhou para a filha e respondeu: Laura, no exagere. Todos ns

    temos obrigaes que nos compete realizar. Ajudar na limpeza do lar obrigao de todos que se beneficiam da nossa moradia.

    No dia 12 de julho comemora-se o aniversrio daquele que viria a tornar-se um grande vulto da Doutrina Esprita: Jsus Gonalves. Nasceu no vilarejo de Borebi (SP), de uma famlia muito pobre e, ainda criana, dava duro tra-balhando na roa. Por isso, quase no teve oportunidade de frequentar uma escola, apesar do seu interesse pelos livros. Aproveitava para estudar nos momentos de folga.

    Sentia grande propenso para a msica e, bem jovem, j tocava na bandinha de Borebi. Com 17 anos, rfo, resolve tentar a vida numa idade maior e muda-se para Bauru (SP), onde se dedicou ao jornalismo, ao teatro e engajou-se na banda da cidade, tocando clarinete e alegrando os finais de semana da populao.

    Casa-se e tem filhos. Com 27 anos vai ao mdico e fica sabendo que est com o mal de Hansen, doena antiga-mente conhecida como lepra.

    Sente o mundo desabar sobre sua ca-bea. A lepra significa desprezo da sociedade, separao da famlia e dos amigos, perda do emprego, mutilao do corpo, entre outras coisas.

    Apesar de intima-mente abalado, Jsus aceita com resignao as determinaes da lei, que estabelece a inter-nao num leprosrio de toda pessoa contaminada pela doena. conduzido para o Hospital Colnia de Aymors, onde ter de viver dali em diante.

    Mas nem assim se entrega dor. Rapidamente torna-se o amigo e con-fidente dos outros enfermos. Tentando dar uma dinmica diferente s vidas montonas e sem atrativos, monta uma banda, funda um jornal, forma um grupo de teatro.

    Inteligente, criativo e cheio de energia, essa parece ser a tnica de sua existncia, porque, mais tarde, transfe-rindo-se para outro hospital-colnia, em Pirapitingui (SP), age com o mesmo dinamismo e fora de vontade, criando uma banda, fundando um jornal, for-mando um grupo de teatro e tambm montando uma emissora de rdio.

    Apesar da vida atarefada e cheia de atividades com que tenta preencher o tempo, Jsus sente um vazio: a falta da crena em Deus. Sendo materialista, ele

    no tinha a felicidade de ser sustentado pela f, que d a esperana de viver e nimo para enfrentar os problemas da vida.

    Muitas vezes, revoltava-se ante os sofrimentos e a dor dele e dos outros internos, de todas as idades, sobretudo das crianas, que nada tinham feito de mal para merecerem tal punio. E afirmava categrico: Deus no existe!

    Assim, quando sua esposa Anita desencarnou, sentiu-se completamente sozinho e desamparado. Longe da fam-lia e dos filhos, s ela estava ao seu lado, amparando-o moralmente.

    Tentando despertar nele a crena na imortalidade da alma, a esposa falecida, ainda no seu velrio, comunica-se com Jsus atravs de uma amiga, que era mdium. Fala-lhe a morta querida com tanto carinho, de coisas somente conhecidas pelos dois, que ele no du-vida de que seja ela, Anita, que ali est ajudando-o a sair do desespero.

    Aps esse fato, aba-lado na convico mate-rialista, Jsus comea a estudar as obras bsicas da Codificao de Allan Kardec. E passa a crer em Deus e a compre-ender sua justia, en-tendendo que, se estava sofrendo, porque com certeza teria merecido esse sofrimento. E se nada tinha feito de mal nessa vida, que o teria

    causado em outra encarnao.E Jsus Gonalves, a partir de

    ento, torna-se um grande batalhador da Doutrina Esprita, espalhando o bem e o amor a todas as criaturas, sem esmorecer jamais, at o final de sua existncia terrena.

    Fundou o Centro Esprita Santo Agostinho, dentro do Hospital Colnia de Pirapitingui, que continua at hoje a espalhar bnos a todos os necessita-dos de consolo e de esperana.

    Continuou na Espiritualidade a trabalhar, enviando mensagens atravs de Chico Xavier, de Divaldo Franco, e escrevendo os livros Perdoa!..., Aves sem ninho e Em busca da iluso, atravs da psicografia de Clia X.Camargo.

    Ao querido amigo Jsus Gonalves, tambm conhecido como o Apstolo de Pirapitingui, esteja ele onde estiver, as nossas sinceras homenagens e a nossa gratido.

    Parabns, Jsus Gonalves!

    No entanto, Jesus vai mais longe e nos pede para ajudarmos tambm nossos irmos em humanidade.

    Como assim, papai? Filha, ns recebemos de Deus

    bnos que grande parte da populao no tem! Nada nos falta!

    O que, por exemplo? indagou a menina rebelde.

    Uma casa para morar, dinheiro para comprar tudo que precisarmos; sade boa, possibilidade de estudar, de trabalhar, enfim... O que nos falta? Temos de tudo!

    Ah, papai! Mas eu estudo, fao minhas tarefas e arrumo minhas coisas. No suficiente?

    No, querida. A mame trabalha muito e precisa de ajuda, pois ela arruma a casa, faz compras, as refeies, lava e passa toda a roupa, e ainda faz sobremesas que todos ns adoramos! Voc acha pouco?

    A menina baixou a cabea e permane-ceu calada. O pai prosseguiu:

    Essas so nossas obrigaes dentro de casa, porm temos tambm que ajudar fora de casa, como nos recomenda Jesus.

    Por qu?... tornou a garota, revoltada.

    Porque Deus, nosso Pai, nos deu tudo o que precisamos para viver, porm a fora, nas ruas, existem pessoas que nada tm. No tm casa, comida, sade, roupas, calados, nem gua muitas vezes. Falta-lhes tudo! Ento, Jesus nos pede para ajudarmos esses irmos mais necessitados,

    pois o que lhes fizermos de bem retornar para ns mesmos. Entendeu?

    Entendi, papai. timo. Ento, coloque em sua

    cabecinha, filha: Jesus espera de ns, seus seguidores, algo mais. Nossas tarefas na escola, no lar, no trabalho, so obrigaes nossas. Porm, a doao em amor para os necessitados algo a mais, que nos render bnos no futuro.

    Est certo, papai. Mas o que eu posso fazer, por exemplo?

    Realizar suas tarefas com alegria, doar amor aos que vivem nas ruas, dar ateno aos enfermos, ajudar seus colegas de escola, enfim, tudo o que fizer de boa vontade lhe render bnos sem fim!

    Laura pensou um pouco e disse: Papai, agora eu entendo melhor o

    que Jesus espera de ns. Na escola, tenho colegas com grande dificuldade de entender as lies e se eu os ajudar, ensinando-os nas tarefas, estarei fazendo uma boa ao, no ?

    Sem dvida, filha. Voc estar dando de suas condies e do seu tempo.

    Ah! Tambm tenho colegas que vo com roupas velhas e, s vezes, rasgadas. Vou dar-lhes as que no me servem mais, assim como calados, livros que j usei... E o que sobrar em nossa casa.

    O pai olhou para a me, e ambos sorriram satisfeitos. Antes de encerrar, o pai disse:

    Hoje, nossa reunio semanal teve muito mais importncia. Obrigado, Senhor, pelas bnos deste dia e pelo entendimento do teu Evangelho que nos ilumina a mente!

    MEIMEI

    (Recebida por Clia X. de Camargo, em 5/01/2015.)

  • Quem bebe dessa gua

    Durante os dias que pas-sam cleres, s vezes vm minha mente muitas coisas interessantes para escrever. O Imortal tem o privilgio de receber estas crnicas, pois a minha ligao com este jornal j vem desde 1975 (40 anos atrs) quando fomos visitar pela primeira vez o Lar In-fantil Marlia Barbosa. Nesse dia ganhamos um exemplar do jornal das mos de Sr. Hugo, o Paizinho. Naquela poca, alm de diretor, era o nosso querido Sr. Hugo o editor do Jornal, como era tambm o presidente do Centro Esprita Allan Kardec e do Lar Marlia Barbosa. Lembro-me de ter dito ao Sr. Hugo que era a se-gunda vez que eu ia a uma casa esprita e ele, sorrindo, desceu

    nobres do Conselho Esprita Internacional, encorajando a todos os pases, mesmo onde haja brasileiros, a estudar, a propagar eventos espritas nos idiomas onde esto plantados. Que deixem uma semente no idioma do pas. Esse contributo s pode ser dado por quem tem a caridade na divulgao e no apenas fazer redutos brasileiros ou de outros idiomas, deixando de lado os irmos de terras de alm-mar sem o verdadeiro caminho da verdadeira vida - JESUS.

    um pouco os culos e me disse: Quem bebe dessa gua... e dei-xou no ar o que eu iria pensar... completei em pensamento ... jamais esquecer.

    Passados esses anos, estava esta semana passada participan-do da reunio da Coordenadoria Europa do CEI, criada em 1997, em Paris, como tambm foi cria-da a Coordenadoria das Amri-cas, mais tarde desmembrada em trs Coordenadorias Amrica do Norte, Amrica Central e Ca-ribe e Amrica do Sul. Ali, reuni-dos no salo do Hotel em Dublin, estavam representantes de 15 pases da Europa, mais visitantes do Brasil, participando da mesa de trabalhos. Olhando um a um, pensei nos anos passados e me lembrei de Sr. Hugo. Talvez ele ali estivesse em esprito trazen-do sua pacienciosa inspirao. Pensei: estou aqui ainda bebendo dessa gua iluminativa que a nossa Doutrina Esprita, que

    tanto bem nos traz, que um compndio de psicologia, arte, filosofia, moral ... uma doutrina completa.

    Tudo foi muito bem organi-zado pelos amigos voluntrios trabalhadores da Spiritist Society of Ireland Sociedade Esprita da Irlanda, da cidade de Dublin, capital irlandesa. Aconteciam ao mesmo tempo um Encontro Esprita Infantil, o 3 Encontro dos Educadores Espritas e a reunio do CEI Europa, que no tem carter deliberativo, mas , sim, uma reunio de trabalho.

    Para abrilhantar o trabalho do CEI Europa, est sendo organi-zado para o ms de outubro o 2 Encontro Europeu de Filosofia Esprita, desta feita na cidade de Vksy, distante uma hora e meia de Helsinque. Esse encon-tro ter como caracterstica ser falado totalmente em ingls. Os participantes sero os que no tm oportunidade de ter em seus

    pases eventos espritas em seus idiomas, por conta das dificul-dades de traduo e material em suas lnguas. Como se falam na Europa 60 idiomas, o ingls a ponte salutar desses trabalhos.

    De Londres iremos duas pessoas a fazer palestras, da Ir-landa tambm. Charles Kempf, Secretrio Geral do CEI, l esta-r, j que fala diversos idiomas; tambm o Pekka da Finlndia e o Konrad da Polnia. Teremos outros palestrantes na Finlndia, desconhecidos do pblico em geral. No um evento que est aberto a todos, mas o foco princi-pal so as pessoas de pases que no falam portugus, espanhol etc. mas se comunicam bem no ingls e que esto vidos de te-rem mais informaes e eventos, trazendo-os aos nossos coraes de espritas no mundo.

    Sendo assim, com essas ex-perincias, vamos compreen-do mais e mais os objetivos

    ELSA [email protected]

    De Londres, Inglaterra

    O IMORTALJULHO/2015 PGINA 15

    Vemos no captulo XIV, Hon-rai a Vosso Pai e a Vossa Me, do Evangelho Segundo o Espi-ritismo, no ltimo pargrafo do item 9, de Santo Agostinho, que os espritos que a semelhana de gostos, a identidade de pro-gresso moral e a afeio levam a se reunirem, formam famlias; esses mesmos espritos, em suas migraes terrestres, se procu-ram para se agruparem, como o fazem no espao, da nascendo as famlias unidas e homogne-as; e, se em suas peregrinaes esto momentaneamente separa-dos, reencontram-se mais tarde, felizes com os novos progressos.

    Na questo 890 de O Li-vro dos Espritos, os espritos dizem e, de fato, todos os que amam os filhos, principalmente as mes o sabem, que o amor materno persiste por toda a vida e comporta um devotamento e

    uma abnegao que constituem virtudes, sobrevivendo mesmo prpria morte, acompanhando o filho alm da tumba.

    Recordamos desse assunto, uma histria que nos foi contada h poucos dias, por uma jovem senhora de 32 anos, que estava indo de viagem para a Bahia. Essa histria digna de roteiro de filme, difcil de acreditar que ainda acontece na atualidade, mas aconteceu, o que denota as dificuldades morais ainda vividas no planeta. Ela nos disse que estava indo conhecer sua me biolgica, que mora l. Foi criada aqui no Paran por seu pai, que a trouxe para c, aos quatro anos de idade, juntamente com seu irmo mais velho, com seis anos nessa poca. Seu pai, que vivera com sua me alguns anos, sem um casamento oficial, casou-se aqui. Sua madrasta, sua grande e querida amiga, a criou desde ento e ao seu irmo. Cresceram ouvindo do pai que sua me os abandonara, no os

    todas as cidades em volta e no os encontrou. Desde ento orava e aguardava, pedindo a Deus que os reunisse de novo, um dia. E Deus atendeu suas preces. Ali estava ela, ao telefone.

    Essa jovem senhora per-guntou ao seu pai a verdade, agora que ela sabia de tudo. Ele confirmou a verso da me bio-lgica. O bom de tudo que ela e o irmo, sabendo de tudo, no guardaram mgoa do pai, conti-nuam a am-lo e pela madrasta, sua grande amiga, tem profunda gratido. A emoo deve estar sendo grande, pois ela est l agora. Sua av materna guarda as fotografias dela e do irmo daquela poca, os dois primeiros netos dela. Seu irmo ir depois. Levou consigo a filhinha de 2 meses e o marido, para conhe-cerem a famlia de l.

    Os espritos que se amam, se buscam, se procuram e, a despei-to dos erros humanos, o grande amor de Deus une sempre. A espiritualidade superior deve ter

    trabalhado muito, influenciando a madrasta, para esclarecer a histria, que ela conhecia h anos. Temia contar a verdade com medo de perder os filhos que criara com tanto amor. O amor, no entanto, vence sempre e seus filhos do corao com-preenderam e a amam. A me biolgica orou por toda a vida, numa provao difcil, separada dos filhos que amava. Agora a provao terminou. Tudo d certo sob a proteo de Deus. O amparo divino permanente e o pai, perdoado, poder quitar seu dbito enquanto ainda en-carnado, pois a me biolgica um esprito que j o perdoou. Como ele confessou seu erro, isso denota um arrependimento, que abrir caminho para a sua redeno. Ter que trabalhar por isso, como esprito, com a chance ainda aqui, antes de desencarnar. Deus Pai de in-finito amor e o amor vence uma multido de pecados, como dizia o apstolo Pedro.

    quisera, e, por