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• Consulta do CUB tem queda gradativa no Pará. Pág. 4 • Terceiro módulo do Construção Saudável atrai grande público. Pág. 5 • Nova Independência desenvolve Região Metropolitana de Belém. Pág. 6 www.sindusconpa.org.br O Pará (não) pode parar Sinduscon-PA, poder público e entidades criticam a crise no setor que causa demissões e prejuízos em obras O CONSTRUIR BOLETIM INFORMATIVO - ANO 10 - Nº 118/JULHO 2015 SINDUSCON-PA Sindicato da Indústria da Construção do Estado do Pará

O Pará (não) pode parar - Sinduscon-PAsindusconpa.org.br/site/INFORMATIVO_118 JULHO_2015.pdf · “O Brasil atravessa um dos ciclos mais dramáticos de sua história, reflexo da

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• Consulta do CUB tem queda gradativa no Pará. Pág. 4• Terceiro módulo do Construção Saudável atrai grande público. Pág. 5 • Nova Independência desenvolve Região Metropolitana de Belém. Pág. 6

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O Pará (não) pode pararSinduscon-PA, poder público e entidades criticam a crise

no setor que causa demissões e prejuízos em obras

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EXPEDIENTESede Administrativa: Trav. Quintino Bocaiúva, 1588, 1º Andar, Nazaré – Belém/PACentral de Serviços: Trav. Dr. Moraes, 103 – Nazaré - (91) 3241-8383 - Belém/PAProjeto Gráfico: Belle Époque Produtora/Gilvan Capistrano – Edição: Belle Époque/Gil Sóter/Gilvânia SóterRedação: Roberto Rodrigues/Angélica Muller - Fotos: Ascom/Sinduscon-PA/Divulgação – Diagramação: Fábio BeltrãoCoordenação: Eliana Veloso Farias

www.sindusconpa.org.br

DNCS valoriza trabalhadores e familiares

O Sinduscon-PA realiza pela primeira vez o Dia Nacional da Construção Social (DNCS), evento inédito no Pará promovido pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) em parceria com o Sesi (Serviço Social da In-dústria) Nacional. O Sistema Fiepa (Federação das Indústrias do Pará) também participa da programação, que tem o apoio de diversas entidades.

Com o tema “Quer mudar o mundo? Mãos à obra!”, direcionado para o pú-blico jovem, o DNCS está marcado para o dia 22 de agosto na sede campestre do Sesi de Ananindeua (município da Região Metropolitana de Belém) das 10 às 16 horas, simultaneamente com outras 34 cidades e capitais. Serão desen-volvidas diversas ações de incentivo à saúde, cidadania, esporte e lazer para trabalhadores da construção civil e seus familiares.

Em sua nona edição nacional e primeira no Pará, o Dia Nacional da Constru-ção Social é considerado o maior evento de responsabilidade social do gênero no Brasil. A realização ocorre no País desde 2007 com o apoio do Seconci Brasil (Serviço Social da Indústria da Construção Civil) e já realizou, ao longo desses nove anos, 3.142 milhões de atendimentos a um total de 578 mil pesso-as em diferentes cidades. Em Ananindeua, está sendo aguardado um público de mais de 500 participantes.

Marcelo Gil Castelo BrancoPresidente

Alex Dias CarvalhoVice-Presidente

Jorge Manoel Coutinho FerreiraDiretor de Obras Públicas de Edificações

Luiz Pires Maia JuniorDiretor Adjunto de Obras Públicas de Edificação

Paulo Guilherme Cavalleiro de MacedoDiretor de Obras Públicas Rodoviárias

Lázaro Ferreira de CastroDiretor Adjunto de Obras Públicas Rodoviárias

Fernando de Almeida TeixeiraDiretor de Obras Públicas de Saneamento e Urbanismo

Wagner Jaccoud BitarDiretor de Obras e Serviços da Iniciativa Privada

Antônio Valério CouceiroDiretor de Indústria Imobiliária

Luiz Carlos Correa de OliveiraDiretor de Relações do Trabalho

Fernando José Hoyos BentesDiretor Adjunto de Relações do Trabalho

Fabrizio de Almeida GonçalvesDiretor de Materiais de Construção

Paulo Henrique Domingues LoboDiretor de Economia e Estatística

Daniel de Oliveira SobrinhoDiretor Adjunto de Obras do Setor Elétrico

Armando Uchôa Câmara JuniorDiretor Adjunto de Meio Ambiente

Jefferson Rodrigues BrasilDiretor Adjunto de Responsabilidade Social

Maria Oslecy Rocha GarciaDiretora Adjunta de Relações Institucionais

Oriovaldo MateusDiretor Regional Sul do Pará

SUPLENTES DE DIRETORIA

Álvaro Gomes Tandaya Neto1º SuplenteAlexandre de Souza Coelho2º SuplenteJosé Maria dos Reis Cardoso3º SuplentePaulo Mauricio de Oliveira Sales4º Suplente

CONSELHO FISCAL

Manoel Pereira dos Santos JúniorAntônio Clementino Rezende dos SantosClóvis Acatauassú FreireArthur de Assis MelloAntônio Fernando Wanderley MoreiraJosé Nicolau Netto Sábado

A indústria da construção está em crise. Demissões, obras lentas ou paran-do, queda na venda do material da construção e um horizonte nada animador pela frente. O setor é vítima de uma política econômica recessiva e que vem estrangulando empresas, penalizando trabalhadores e tirando a paz de muitas famílias que sonham com a casa própria. Na principal matéria do informativo deste mês, o Sinduscon-PA não fica em cima do muro com críticas.

Para se ter uma ideia do quão desagradável está a situação, o presidente Marcelo Castelo Branco diz que “é uma medida de extremo cinismo” o lança-mento da terceira etapa do Programa Minha Casa, Minha Vida sem que o go-verno federal quite os débitos acumulados com as empresas. Recentemente, a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) divulgou anúncio de conclamação com todos os Sinduscons do País a entidades empresariais do mercado imobiliário para um “diálogo nacional” – a peça regional, com o endosso do nosso sindicato, está reproduzido na página 3 deste número.

Apresentamos também matéria sobre a importância da pesquisa do CUB pelas empresas e a excelente aceitação do terceiro módulo do projeto Cons-trução Saudável, entre outros temas interessantes.

Boa leitura.

A Diretoria.

[email protected]@hotmail.comsindusconpa2012

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A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e entidades que representam expressiva parcela da economia brasileira, manifestam:

“O Brasil atravessa um dos ciclos mais dramáticos de sua história, reflexo da atual crise política, ética e econômica que atravessamos. Convivemos com uma crescente taxa de desemprego e um elevado índice de inflação, que se aproxima dos dois dígitos. Não podemos continuar nessa situação! O Brasil precisa reagir, reconstruir, olhar para frente!

Os efeitos negativos se projetam em muitos setores, dentre os quais o da habitação, da infraestru-tura e de toda cadeia produtiva da construção, responsável por 9% do PIB. As perspectivas apontam para o desemprego de 480 mil trabalhadores neste ano, perfazendo o total de 750 mil nos últimos dois anos.

Por conta desse quadro, e da consequente queda da confiança de toda sociedade, chamamos todos os brasileiros a promoverem um diálogo que nos permita discutir o Brasil com a dimensão e profundidade que a atual situação exige.

As crises econômica e política se alimentam mutuamente, impactando na queda do PIB, na eleva-ção do risco Brasil, na dificuldade de empreender e no desestímulo aos investimentos. É preciso diminuir o tamanho do Estado e torná-lo mais eficiente, o que requer firme vontade política e apoio da sociedade, mesmo que eventualmente sejam necessárias medidas impopulares.

Diante dessas dificuldades, manifestamos absoluta crença nos valores da democracia, a intransigente de-fesa da livre iniciativa, repúdio à elevação injustificada de impostos, apoio ao combate à corrupção e ao diálogo suprapartidário, sempre com respeito às necessidades dos brasileiros, às leis e à Constituição Federal.

É preciso buscar soluções de consenso entre os Poderes Executivo e Legislativo que precisam urgentemente superar o atual estágio de conflito. Só assim, juntos, como brasileiros, encontraremos uma solução que fortaleça nossa economia, estabeleça o equilíbrio nas relações politico-partidárias e promova a necessária governabilidade”.

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ENTIDADES EMPRESARIAIS DO MERCADO IMOBILIÁRIO CONCLAMAM AO DIÁLOGO NACIONAL

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O diretor de Economia e Estatísticas do Sindus-con-PA, Paulo Henrique Domingues Lobo, revelou que o número de pesquisas mensais do principal indi-cador do setor da construção, o Custo Unitário Básico (CUB), vem caindo no Estado, e que medidas serão tomadas para estimular as empresas a praticar com frequência o estudo. Em quase cinco anos, a média é decrescente, embora o índice seja recomendado como referência por região.

“A retração tem ocorrido de maneira diretamente proporcional à quantidade de associados adimplentes do sindicato”, afirmou Paulo Domingues. “Com a crise que se instalou no setor da construção a partir de 2012, agravada em 2014, tivemos uma diminuição no núme-ro de associados. Independente disso, é importante as empresas do setor tomarem conhecimento que não se faz obrigatório ser associado ao Sinduscon para forne-cer dados para a pesquisa mensal”, esclareceu.

Para ele, é importante as companhias partici-parem regularmente do levantamento. “Em qualquer tratamento estatístico, como no caso feito com a pesquisa para a definição do número índice do CUB, quanto maior e melhor escolhida a amostragem, me-lhor o resultado médio da pesquisa”, observou. “Dessa maneira, é importante uma maior amostragem, mesmo que de informações fornecidas por empresas não as-sociadas, para que se tenha um bom índice de valor referência para o setor da construção civil.”

De acordo com o diretor, não faltam informa-ções sobre as vantagens em consultar o CUB no seg-mento em âmbito nacional. “No meio da Engenharia, ele é bastante conhecido e divulgado por meio de boletins e publicações técnicas. Fora do meio, não é muito conhecido e poderia ser mais divulgado”, ad-mitiu. Ele esclareceu que “os índices mais utilizados nos contratos de obras e serviços de engenharia são

CUB tem consulta baixa no Estadoos publicados pela Fundação Getúlio Vargas [FGV], dentre eles o INCC – Índice Nacional da Construção Civil, que são nacionais”.

Paulo Domingues faz uma análise sobre esse aspecto: “Muitas vezes as diversas regiões do Brasil apresentam peculiaridades que influenciam em uma variação maior ou menor dos índices para cada re-gião. Nesse caso, as pesquisas do CUB, por serem regionalizadas, exprimem uma melhor realidade da variação de preços para cada local no País. No caso da necessidade do equilíbrio econômico-financeiro de um contrato defasado de obra de engenharia civil, o CUB seria de melhor utilidade para as empresas que atuam no ramo da construção de unidades habi-tacionais e comerciais, por ser um índice específico e regionalizado”.

O diretor sindical afirmou que ações estão sen-do desenvolvidas para melhorar a participação das empresas paraenses do setor. “O Sinduscon tem bus-cado soluções”, salientou. “Nós temos tentado mos-trar a importância da participação de mais empresas na pesquisa de informações para a produção do valor índice por meio de correspondências endereçadas às empresas associadas ao Sinduscon. Nosso próximo passo é estender essas correspondências às empre-sas não associadas, mostrando a importância e a ne-cessidade futura que essas empresas possam ter e se beneficiar com a utilização desse índice.”

DADOS - O Sinduscon-PA constatou que há uma média de dezessete empresas participantes na pesquisa mensal, quantidade baixa comparado-se a outros Estados, que utilizam em média 30 empresas. Em 2014, foram coletadas 184 amostras para cálculo do CUB, com uma média de 17 empresas por mês. O ano que obteve melhor média foi 2011, com cerca de 20 empresas participantes mensais.

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Módulo III do Construção Saudável inaugura com grande procura

Ao completar quatro anos em execução, o Projeto Construção Saudável inaugurou o seu Mó-dulo III de palestras. O intuito do programa é ofertar informações sobre saúde que melhorem a qualida-de de vida dos trabalhadores do setor da construção no Pará. Em julho, o tema desse módulo ministrado nos canteiros de obras pelos profissionais do Sin-duscon-PA foi “Doenças crônicas: lombalgia, hiper-tensão e diabetes”, escolhido após votação entre os próprios colaboradores.

Ao longo do mês, as palestras foram realizadas em seis canteiros de obras de cinco empresas constru-toras do Estado. Somadas, elas contaram com a par-ticipação de 685 trabalhadores. Eles foram orientados a respeito dos sintomas das doenças, seu tratamento e técnicas de prevenção. Além do módulo III, alguns canteiros ainda receberam palestras dos módulos I (dengue, hanseníase e tuberculose) e II (DSTs, taba-gismo e alcoolismo).

Um dos primeiros canteiros a receber o novo programa foi o da Citing Way, na Travessa Angustura, após solicitação da Sinergy Incorporadora. A palestra foi realizada no dia 14 de julho para 66 colaboradores. Luciney Santos, engenheira responsável pela obra, explicou que levar a equipe do Sinduscon-PA ao lo-cal serviu para “mostrar aos colaboradores que a empresa se interessa em todo tipo de conhecimento e se preocupa com a saúde de seus funcionários. As palestras do Construção Saudável promovidas pelo sindicato fazem com que isso ocorra de forma ainda mais eficaz”, afirmou.

Dando continuidade na agenda de palestras do módulo III, 171 trabalhadores da empresa Senen-ge Construção Civil e Serviços receberam orientações

no dia 15, no canteiro do novo salão de eventos da Assembleia Paraense, localizado no bairro do Souza, e no dia 22, no canteiro da Telecom, dentro da Univer-sidade Federal do Pará (UFPA), no bairro do Guamá.Outro local que recebeu a equipe do Sinduscon-PA para a execução do módulo III foi a obra do Bourbon Residense, projeto imobiliário da Record e da Rotsa Incorporações. No dia 23 de julho foram 69 trabalha-dores participantes da palestra.

No canteiro do La Place Residente, localizado na Rua dos Tamoios, da Urbana Engenharia, foram dois dias de apresentação. Devido ao grande núme-ro de trabalhadores, as palestras foram divididas em dois dias: 2 e 3 de julho. Foram 180 trabalhadores orientados sobre os perigos de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), tabagismo e alcoolismo. “Gos-tei muito de todos os temas. Não conhecia algumas doenças. As palestras foram esclarecedoras”, afirmou Marivaldo da Silva, de 36 anos, que trabalha onze me-ses como pedreiro na empresa.

“Doenças Crônicas” foi tema no canteiro de obras Citing Way

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A nova avenida Independência, importante via de acesso e escoamento de Belém, será entregue oficialmente neste mês de agosto pelo governo do Pará. Integrante do Ação Metrópole, as obras de prolongamento da via começaram a ser executadas em março de 2013 e concluída sob o custo total de R$ 159 milhões. Ela possui infraestrutura completa e pavimentação de 9,5 km, desde a Rodovia do 40 Horas até o km 9 da BR-316, interligando os bairros do Coqueiro, Paar, Curuçambá e Distrito Industrial à Alça Viária. A entrega será feita no dia 8 de agosto pelo governador Simão Jatene.

“Essa obra é fundamental por permitir o me-lhor escoamento do tráfego para quem deseja entrar ou sair de Belém, a partir de Marituba, sem precisar passar pela BR-316”, explicou a titular da Secreta-ria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Obras Públicas (Sedop), Noêmia Jacob. “É, sem dúvida, uma rota alternativa importantíssima e mostra, mais uma vez, a preocupação do governor Jatene com a melhoria da qualidade de vida da nossa população, já que vai beneficiar todos os moradores da Região Metropolitana”, concluiu.

Com as obras de prolongamento em fase de conclusão, a Sedop iniciou, na última semana, o tra-balho social para informar e orientar os moradores

dos cinco bairros que serão diretamente atendidos pela abertura da nova via. Reunidos no auditório da Unidade Integrada Pro Paz (UIPP), cinquenta mora-dores da região tiveram a oportunidade de esclarecer dúvidas e conhecer detalhes sobre o projeto de exe-cução da nova Avenida Independência.

Bernadete Costa, que é Diretoria de Relações Comunitárias da Sedop, conduziu a reunião. “Não há dúvidas de que essa obra terá um impacto muito grande, principalmente na vida dos que moram aqui no entorno. Por isso é importante esse trabalho inte-grado com a comunidade, especialmente no que se refere às ações de educação no trânsito e ambiental”, destacou.

FinalizaçãoA primeira etapa da obra de prolongamento

incluiu serviços de terraplenagem, drenagem e pavi-mentação de nove quilômetros no trecho que começa na rodovia do 40 Horas e vai até a BR-316. O projeto incluiu a construção de calçadas, ciclofaixas e qua-tro pontes, sendo duas sobre o Rio Maguary-Açu e outras duas sobre o canal do 40 Horas. A segunda etapa do projeto, que deve entrar em licitação neste segundo semestre, prevê a construção de um viaduto de interligação da Independência com a BR-316.

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Obra da Independência gera impacto positivo na economia do Estado

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De 23 a 25 de setembro de 2015, Salvador receberá o 87º Encontro Nacional da Indústria da Construção (ENIC), o único evento que reúne toda a cadeia do setor para discutir os caminhos para o futuro da construção. Um espaço para o mercado avaliar o cenário, buscar inovações e criar oportunidades através de debates e trocas de experiências.

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Crise pode se agravar, diz Sinduscon-PA Painel econômico que afeta a construção ci-

vil no Pará passou dos limites e faz estragos. O presidente do Sinduscon-PA, Marcelo Gil Castelo Branco enumera alguns deles na entrevista a se-guir, como empresas sem fôlego de capital para tocar obras, empreendimentos em compasso lento ou sem previsão de conclusão. Para ele, o pano-rama está cercado de incertezas e pode ficar mais crítico. Para superar as dificuldades, ele recomen-da “bom-senso e espírito público”.

Qual o tamanho do prejuízo nas obras do PAC no Pará com essa crise nacional?

O PAC, Programa de Aceleração do Cres-cimento, teve início no governo anterior ao atual. Portanto as obras que ainda permanecem em an-damento já somam mais de seis anos. O programa contemplava obras de infraestrutura e habitação em áreas de invasão, além da Hidrelétrica de Belo Monte, que é a grande obra do PAC no Estado.O programa poderia ser um sucesso, porém o exces-so de burocracia, projetos inconsistentes e fraca atuação dos órgãos gestores ocasionaram sua fa-lência. Muitas obras ainda hoje continuam incon-clusas e sem solução, e outras sendo executadas a conta-gotas, gerando prejuízos incalculáveis ao Estado – que já arca com mais da metade dos re-cursos apenas com reajustamentos e as empresas que mantêm administração no local das obras sem que haja produção. A maioria das construtoras já rescindiu seus contratos por não suportar os custos e a falta de decisão dos contratantes. Com exce-ção de Belo Monte, cujos recursos são federais e ainda permanece em andamento – embora já tenha ultrapassado o custo inicial em mais de R$ 6 bi-lhões –, as demais obras permanecem inconclusas e muitas paralisadas.

O que está ruim pode piorar? Sim. O momento que vivenciamos está ape-

nas começando. As divergências políticas, o nível altíssimo de corrupção e a ausência de decisões pra reverter o momento de estagnação que vive o País nos leva a crer que o setor atravessará mo-mentos de muita dificuldade.

Essa é a pior crise do setor em todos os tempos? Empresas no Pará podem quebrar? O que o senhor propõe?

É cedo para essa afirmativa, porém as pre-visões não são boas. As obras do Programa Minha Casa, Minha Vida, que são as grandes geradoras de emprego, correm sério risco de sofrer descontinui-dade devido aos constantes atrasos e o não-cumpri-mento das medidas por parte do governo federal.O Estado também atravessa graves dificuldades finan-ceiras. Muitas construtoras associadas ao sindicato já chegaram ao seu limite de operação e exauriram suas reservas financeiras. Sugerimos à administra-ção estadual a execução de obras de menor porte com contratação exclusiva de empresas locais como forma de amenizar a grave crise que se apresenta.

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Marcelo Castelo Branco: dificuldades causam muitas preocupações

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O novo atraso de pagamento no valor aproxima-do de R$ 100 milhões pelo governo federal para cerca de 30 construtoras no Pará relacionadas na condução de 131 empreendimentos no Estado – o valor é cor-respondente aos débitos nos meses de junho e julho – compromete 25 mil empregos diretos, dez mil indiretos e principalmente a conclusão de 50 mil unidades que poderia beneficiar pelo menos 250 mil pessoas.

Sem dinheiro, o ritmo das obras na maioria dos 45 municípios com canteiros é “bastante lento”, revelou o vice-presidente do Sinduscon-PA, Alex Carvalho, pre-ocupado com o adiamento da conclusão dos imóveis para famílias carentes que alimentam o sonho da casa própria e diante dos complicadores financeiros além das projeções orçamentárias. Vivenciando um drama, as empresas de-

Crescimento do desemprego é

ameaçaAlex Carvalho, vice-presidente

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vem encarar novos custos e escalonamento.“Teve contrato que já repactuou para nove me-

ses, e cada mês que atrasa o pagamento é um mês de atraso da obra. Cada contrato tem um prazo a de-pender da data de assinatura”, explicou o executivo. Ele informou que o pior é que o governo já adiantou que não dispõe de recursos para pagar tudo o que deve. Apenas 1/3 do R$ 1,5 bilhão foi pago referente às obras do Minha Casa, Minha Vida no País.

O quadro geral tem outros complicadores. “Se o governo [federal] novamente não cumprir com es-ses pagamentos, a tendência é que haja uma eleva-ção substancial do índice de desemprego”, advertiu Alex Carvalho, lembrando que o atraso nos repasses por par-te da União remonta a outubro do ano passado.

O vice-presidente do Sinduscon-PA declarou que procedimentos pelo não-cumprimento de paga-mento pelo governo federal devem ser debatidos em conjunto com outros sindicatos e eventuais decisões levadas à Câmara Brasileira da Indústria da Constru-ção (CBIC), que representa o setor junto à União. A esperança de atualização do pagamento estaria cen-trada em portaria que aprova o repasse do valor às construtoras por meio de um aporte externo de re-cursos para o Fundo de Arrendamento Residencial. A portaria só precisa de assinatura.

BeneficiadosO Ministério das Cidades garante que aplicou

neste ano mais de R$ 9 bilhões para pagamento dos fornecedores do Programa Minha Casa, Minha Vida. Satisfeito com os resultados sociais, o governo federal anunciou para 10 de setembro o lançamento da terceira fase do MCMV pela presidente Dilma Rousseff.

O objetivo é chegar a 3 milhões de unidades no País. Seriam, de acordo com o ministério, 28 milhões de beneficiados em todas as fases – a partir de 2003 já teriam sido investidos R$ 3,126 bilhões em mobili-dade urbana, saneamento e infraestrutura.

Apesar dos atrasos nos pagamentos às em-presas é possível manter o otimismo, já que a dívida é nacional e vem se transformando numa bola de neve?

O momento é extremamente preocupante, mas acreditamos que existem alternativas para amenizar essa grave crise. É fundamental que sejam quitados os débitos existentes para o prosseguimento das obras já contratadas, que seja pactuado um equilíbrio financei-ro, uma vez que os prazos foram prorrogados e, com o aumento da inflação, as empresas não suportarão. O lançamento de nova fase do programa MCMV sem a quitação dos débitos existentes é uma medida de extre-mo cinismo. O setor ainda crê em medidas em que pre-valeçam o bom-senso e o espírito público. O momento é de grande expectativa.

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CEF garante que obras serão normalizadas

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Obras do Residencial Quinta dos Paricás - Etapa I, em Outeiro, distrito de Belém, estão com término previsto para dezembro, mas podem atrasar

A Caixa Econômica Federal (CEF) informou, ao ser procurada pela Assessoria de Comunicação do Sinduscon-PA, que de um total de 131 obras contra-tadas, apenas seis estariam de fato paralisadas – são duas localizadas em Breves, duas em Cametá, uma em Ananindeua e outra em Marituba. Em todos os casos as interrupções foram atribuídas a questões gerenciais das próprias companhias.

De acordo com a CEF, 57 já foram entregues e que no geral, quatro obras estão em processo de re-tomada dos trabalhos e duas aguardam propostas de empresas de construção para ser concluídas.

A Caixa explicou que foram contratados 131 em-preendimentos do Programa Minha Casa, Minha Vida (PMCMV), e que além dos 57 entregues, 74 estão com contratos ativos – dos quais encontram-se as seis obras paradas. Dessas, como já foi citado, quatro poderão ser retomadas ao longo dos próximos meses. Os 131 em-preendimentos sob contrato totalizam 79.785 unidades habitacionais, dos quais 28 mil já foram entregues. Os cálculos apontam que foram beneficiadas cerca de 140 mil pessoas.

Outras 50.998 encontram-se em produção, de-vendo beneficiar em torno de 255 mil moradores. Os municípios de Ananindeua, com dezoito, Castanhal, com dez, e Belém, com oito, concentram a maior quan-tidade de obras. No quadro nesta página, está reprodu-zido quadro com a relação de localidades e respectivos empreendimentos com detalhes como a quantidade en-tregue e em produção.

OBRAS PARALISADAS2 em Breves2 em Cametá1 em Ananindeua1 em Marituba

NúMEROS GERAISEmpreendimentos entregues: 57Empreedimentos em produção: 74Total de empreendimentos: 131

Unidades habitacionais entregues: 28.000Unidades habitacionais em produção: 50.998Total de unidades habitacionais: 79.785

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Fonte: MTE/Caged Elaboração: Dieese/PA

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É preocupante o retrato do emprego no setor da construção alusivo ao período de janeiro deste ano, re-produzido em balanço feito pelo Departamento Intersin-dical de Estatística e Estudos Socioeconômicos do Pará (Dieese/PA) com base em informações do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), segundo dados do Cadas-tro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O estudo compõe o projeto do Observatório do Trabalho do Estado do Pará em parceria com o Dieese por meio da Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster).

Nos primeiros seis meses deste ano, segundo o levantamento, o Estado já perdeu cerca de 7 mil postos de trabalho no segmento. Em análise mais ampla, o Pará tem os piores índices na flutuação dos empregos formais entre profissionais admitidos e desligados na região nor-te num tempo de até um ano. Em caso específico, tam-bém não é animador o perfil na Região Metropolitana de

Belém (RMB), a principal área econômica. A construção civil compõe o tripé responsável pela queda de vínculos empregatícios – o comércio e a área de serviços também respondem pelo decréscimo.

O MTE/Caged aponta que tanto o mês de junho com nos primeiros seis meses do ano houve saldo nega-tivo de desempregados no Pará. O saldo vermelho de ju-nho foi de 1.274 postos de trabalho a menos, pois houve 6.608 admissões contra 7.882 desligamentos. O detalhe é que no mesmo período de 2014 foi constatado saldo positivo de 5.628 postos (12.626 admissões contra 6.998 desligamentos).

No entanto, maio já indicava baixas no setor com a maior perda de postos de trabalho do norte do País – foram 1.274 trabalhadores fora do mercado. O Dieese apurou que na região houve em junho 13.781 demissões e apenas 11.578 contratações, o que gera um total nega-tivo de 2.203 postos (veja tabela abaixo).

Dieese-PA mostra quadro do desemprego

Quadro demonstrativo da flutuação dos empregos formais no setor da construção civil na região norte no 1º semestre/2015 (jan-jun)

Estados Admitidos Desligados Saldo

Roraima 1.333 2.071 -738Amazonas 9.373 10.179 -806Tocantins 7.367 8.256 -889Acre 1.713 2.643 -930Amapá 1.008 2.208 -1.200Rondônia 9.151 14.873 -5.722Pará 41.460 48.305 -6.845 Região norte 71.405 88.535 -17.130

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End.: ROD. PA-150 (ALÇA VIÁRIA) KM 2,5 S/N - MARITUBA/PATEL/FAX.: (91) 3184-8500 / 3184-8560

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Provocados pela instabilidade econômica, desdobramentos pontuais de problemas-chaves do setor da construção civil estão recaindo sobre instituições governamentais e alcançando dura-mente os trabalhadores. Como em efeito domi-nó, o governo do Estado, a Prefeitura de Belém e representações de classe acabaram afetados em seus projetos e calendário de obras. A Fe-deração dos Trabalhadores na Indústria da Construção dos Estados do Pará e Amapá (Fe-tracompa) constata que houve aumento do de-semprego no setor no Estado, o maior problema reclamado pelos sindicatos diretamente vincula-dos à entidade e ratificados em levantamentos de órgãos oficiais.

O Executivo estadual admite dificuldades e já incluiu a temática da infraestrutura numa gran-de agenda administrativa que ocorrerá no próxi-mo mês. No centro das atenções estão pastas como a Secretaria de Estado de Desenvolvimen-to Urbano e Obras Públicas (Sedop) e a Compa-nhia de Habitação do Estado do Pará (Cohab).

Somente a Sedop mantinha, apenas cinco meses atrás, exatas 308 obras ativas e armados planos de saneamento básico e de mobilidade ur-bana. Até então as obras licitadas somavam so-zinhas investimentos da ordem de R$ 1,7 bilhão.

ATRASOS – A Secretaria de Habitação de Belém (Sehab) confirma que houve prejuízos in-ternos com o momento desfavorável do segmento da construção. De acordo com o titular da pasta, João Cláudio Klautau, no que se refere às obras em curso na cidade, “a demora nos repasses para as construtoras no [programa] Minha Casa, Minha Vida geram dois impactos”, adiantou.

“O primeiro é o atraso na entrega das uni-

dades habitacionais para as famílias, e o segun-do é o aumento de custos das obras que podem provocar a inviabilidade de empreendimentos”, observa. “Quanto ao planejamento, Belém foi muito prejudicada, considerando que somente a partir da gestão do prefeito Zenaldo Coutinho [PSDB] foi contratado o primeiro Minha Casa, Minha Vida de Belém, após a aprovação da Lei do [programa] ‘Viver Belém’, que dá incentivos fiscais - a isenção de ISS, ITBI e IPTU - e ur-banísticos: a diminuição da exigência de vagas de garagem e utilização de 100% do pavimento térreo para habitação”, explicou.

“Belém teria capacidade de contratar até 14 mil unidades habitacionais no Minha Casa, Minha Vida 2 - Faixa 1, porém foram contratadas 9 mil unidades, o que não deixa de ser um nú-mero extraordinário para o município de Belém”, considerou o secretário. Sobre os maiores pre-juízos contabilizados até agora na administração municipal, ele salientou: “Podemos destacar os atrasos no atendimento das famílias mais neces-sitadas, na diminuição do déficit habitacional e a diminuição da quantidade de propostas de em-preendimentos apresentados pelas construtoras para a Prefeitura no Minha Casa, Minha Vida”.

João Klautau disse que medidas foram to-madas para minimizar os efeitos danosos da crise na construção. “A Secretaria Municipal de Habita-ção está dando foco em construções individuais e na redução do déficit habitacional qualitativo, ou seja, melhorando as condições de habitabilidade de quem já tem casa própria, em parceria com o governo do Estado por meio da Cohab. Além de negociações com o Ministério das Cidades para solucionar a situação de obras do PAC”.

“Efeito dominó” atinge poder público

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Dispensas atormentam Fetracompa O presidente em exercício da Federação dos

Trabalhadores na Indústria da Construção dos Esta-dos do Pará e Amapá (Fetracompa), Antonio Fonse-ca, confirmou que “o maior impacto” da crise no seg-mento “é o desemprego”. “É a palavra mais falada, comentada e anunciada na atualidade”, garantiu. “As conseqüências se refletem na família. Deve-se somar a cada trabalhador demitido pelo menos mais três dependentes. Sob o ponto de vista econômico, o aumento do desemprego reduzirá o rendimento dos consumidores, baixará a demanda, gerando uma oferta excedentária nas empresas, levando à insolvência de muitas que não conseguem vender e, com isso, aumentará ainda mais o desemprego.”

O líder sindical confirma que o clima é de in-satisfação no meio. “Recebemos diversas reclama-ções dos sindicados afiliados. A principal é [sobre] o grande número de demissões, principalmente no setor da construção civil, onde muitas demissões feitas decorrem de um ajuste que as empresas fize-ram em seu quadro de funcionários. Dessa forma, demitiram usando a crise como desculpa”, revelou.

“As empresas, por seu lado, reclamam que não recebem suas produções, principalmente do governo, seja municipal, estadual ou federal. Já os trabalhadores reclamam do atraso de pagamento de salário mensal, verbas rescisórias e demais benefí-cios sociais”, apontou.

RETRAÇÃO – A Associação Brasileira da In-dústria dos Materiais de Construção (Abramat) teve queda de 9,1% na venda de materiais no período de janeiro a julho passados. O presidente da entidade, Walter Cover, confessou que o setor aguarda o iní-cio das obras do Programa Minha Casa, Minha Vida – Fase 3, que poderá travar o ritmo descendente da venda de materiais – o lançamento da terceira

edição está previsto para setembro. Apesar disso, Cover projetou que a situação das vendas no norte do País deverá piorar nos próximos meses. Segun-do ele, os níveis de retração na área ficarão acima da média nacional, que é de 7% de queda para o primeiro semestre.

Antonio Fonseca disse que o assunto do momento é o desemprego

Desligamentos no setor cresce e venda de material sofre quedas

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A Cen tral de Serviços do Sinduscon-PA promoveu um curso de aperfeiçoamento voltado para as necessida-des do aumento da qualidade das obras e ao rigor no cum-primento de prazos: “Gerenciamento da Pro dutividade na Construção Civil”. Devido à grande procura a capacitação, a programação ocorreu em dois momentos – de 13 a 16 e de 27 a 30 do mês de julho.

No decorrer das aulas os participantes puderam conhecer um sistema de gestão de obras desenvolvido e aplicado na prá tica com o uso de ferramentas da filosofia Lean, que trabalha a “construção enxuta”. O engenheiro e instrutor Willy Castelo Branco reforça a sua importância de investir na qualificação. “Esse tema tem uma representa-tividade muito forte no orçamento de uma obra, porque as variações que se têm para mais ou para menos é deter-minada pela produtividade dos colaboradores, tendo em vista que, para empreender com o mesmo padrão, não existe uma variação significativa com materiais”, explica.

O curso foi direcionado para engenheiros e estu-dantes de engenharia, técnicos de edificação e profis-sionais da construção. Um dos participantes da segunda turma foi o engenheiro de Produção Thomaz Osmar dos Santos Rocha, 52. “O curso dá oportunidade de aprendi-zado e de ampliar a rede de relacionamentos”, reconhe-ceu ele, que trabalha na empresa Sintese Moradia. A aula prática no canteiro da obra Way Bosque, da Citing Cons-

truções, marcou o encerramento do curso.DESPERDÍCIO – De 29 de junho a 2 de julho a

Central de Serviços do Sinduscon-PA promoveu o curso de “Logística Aplicada na Construção Civil: Diminuição de Desperdícios”, cujo conteúdo ofereceu uma abordagem atual e completa do planejamento, tecnologia empregada, or-ganização e controle das atividades logísticas na gestão da cadeia de suprimentos com foco específico para o setor.

O instrutor Janilton Maciel Ugulino, mestre em En-genharia Civil pela UFPA (Universidade Federal do Pará), destacou que, em meio à crise econômica que o Brasil passa, é importante que as empresas tenham preocupa-ção em evitar gastos desnecessários.

“O curso ajuda na orientação da gestão de orga-nização do canteiro de obra e também na diminuição de desperdícios, sendo ele de qualquer natureza, otimizan-do os custos para a maximização dos lucros”, salientou. A capacitação foi promovida para engenheiros, arquitetos, técnicos, mestres de obras, encarregados, estudantes e demais profissionais envolvidos na construção civil, como João Batista de Nascimento de Sousa, que há seis anos trabalha como encarregado de almoxarife na Quadra Engenharia. “O curso foi maravilhoso, só veio a somar com os meus conhecimentos. Já estou usando algumas técnicas adquiridas em minhas atividades diárias na em-presa”, revelou.

Maior produtividade foi tema de curso

CALENDÁRIO AGOSTO/SETEMBROBELÉM

CURSOS CARGA HORÁRIA INSTRUTOR HORÁRIOCurso: “Lean Thinking” Aplicada à Construção/ Construção Enxuta.Período: 17 a 21 de agostoCurso: Gestão de Recursos Humanos para o Setor da ConstruçãoPeríodo: 14 a 18 de setembroCurso: Tecnologia do Concreto e suas AplicaçõesPeríodo: 21 a 25 de setembro

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Jônatas Moraes

Wilirland Teixeira

Adriano Vasconcelos

18h às 22h

18h às 22h

18h às 22h

Informações e inscrições: Central de Serviços “Projeto Construir” - Trav. Dr. Moraes, 103 - (91) 3241-8383 www.sindusconpa.org.br - E-mail: [email protected] - Skype: [email protected] - Facebook: sindusconpa2012

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DISPENSA NO TRINTÍDIOA dispensa ocorrida no trintídio (trinta dias que antecedem à data base), regulamentada na Lei nº

7.238/84, mais precisamente em seu art. 9ª, que assim dispõe:“Art. 9º - O empregado dispensado, sem justa causa, no período de 30 (trinta) dias que antecede

a data de sua correção salarial, terá direito à indenização adicional equivalente a um salário mensal, seja ele optante ou não pelo Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS. (Lei nº 7.238, de 29 de outubro de 1984).

A respeito do tema, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) editou as seguintes súmulas:SÚMULA 182 TST: AVISO PRÉVIO. INDENIZAÇÃO COMPENSATÓRIA. LEI Nº 6.708, DE

30.10.1979 (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003. “O tempo do aviso prévio, mesmo indenizado, conta-se para efeito da indenização adicional prevista no art. 9º da Lei nº 6.708, de 30.10.1979.”(grifo nosso).

SÚMULA 306 TST: INDENIZAÇÃO. LEI 6.708/79 E LEI 7.238 /84.”É devido o pagamento da in-denização adicional na hipótese de dispensa injusta do empregado, ocorrida no trintídio que antecede a data-base. A legislação posterior não revogou os arts. 9º da Lei nº 6.708/79 e 9º da Lei nº 7.238 /84.” (grifo nosso).

SÚMULA 314 TST: INDENIZAÇÃO ADICIONAL. VERBAS RESCISÓRIAS. SALÁRIO CORRIGIDO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003. “Se ocorrer a rescisão contratual no período de 30 (trinta) dias que antecede à data-base, observado a Súmula nº 182 do TST, o pagamento das verbas rescisórias com o salário já corrigido não afasta o direito à indenização adicional prevista nas Leis nºs 6.708, de 30.10.1979 e 7.238, de 28.10.1984.” (grifo nosso).

Dessa forma, a demissão injustificada do obreiro dentro do trintídio, seja o aviso prévio indenizado ou trabalhado, enseja indenização no valor de 1 (um) salário mensal. Ressalte-se que o pagamento das verbas rescisórias ainda que com o salário corrigido, não ilide o pagamento da multa, conforme deter-mina a SÚMULA 314 do TST. Assim, para evitar o pagamento da multa, não se deve realizar a rescisão injustificada dentro do trintídio.

Vale lembrar que a jurisprudência dos Tribunais Regionais e do TST, é no sentido de garantir uma proteção ao empregado, interpretando a norma sempre da maneira mais favorável ao obreiro. Dessa forma, a mera comunicação da demissão dentro do trintídio, embora com aviso prévio trabalhado ou projetado se dê fora desses 30 dias, enseja o pagamento da multa.

Por fim, cumpre-nos destacar que a indenização de que trata a Lei nº 7.238, de 29 de outubro de 1984, só é devida para os contratos de trabalho que forem extintos sem justa causa. Nas extinções de contrato de trabalho por justa causa, nas demissões à pedido, contratos por prazo determinado, inclu-sive contrato de experiência (desde que em ambos os casos não haja rescisão antecipada), despedida por culpa recíproca e extinção da empresa (por motivo de força maior), improcede a multa.

Por José Fernando Oliveira de Freitas Assessor Jurídico do Sinduscon-PA

Silveira, Athias, Soriano de Mello, Guimarães, Pinheiro & Scaff

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Fonte: (1) Sinduscon/Pa (2)IBGE, (3) FGV (*) Sinapi/Pa (4) Dnit

Índices do mês - Junho 2015Índice Mês Ano 12 Meses Fonte % % % C.U.B 0,13 0,63 4,23 [1]C.U.B Desonerado 0,14 0,67 4,03 [1]Sinapi (*) 0,50 1,18 4,88 [2]Sinapi Desonerado (*) 0,51 1,25 4,72 [2]INCC - DI 0,95 3,30 5,72 [3]INCC - M 1,87 4,62 7,81 [3]Pavimentação 0,74 4,76 7,39 [4]Terraplenagem 0,16 4,44 8,05 [4]INPC 0,77 6,80 9,31 [2]IPCA 0,79 6,17 8,89 [2]IGP -M 0,67 4,33 5,59 [3]

Variação de Junho em relação a Maio 0,13%

C.U.B Junho de 2015 Projeto Custo R$/m2 Projeto Custo R$/m2R - 1B 1.057,59 R16 - A 1.341,33PP - 4B 1.003,66 CAL - 8N 1.212,04R -8B 958,64 CSL -8N 1.050,69PIS -B 709,25 CSL - 16N 1.405,36R1 - N 1.247,63 CAL -8A 1.293,49PP - 4N 1.178,54 CSL - 8A 1.139,04R8 -N 1.048,25 CSL - 16A 1.521,75R16 -N 1.016,79 RP1Q 1.063,26R1 -A 1.551,24 Gl 607,49R 8 -A 1.271,24

C.U.B Desonerado Junho de 2015 Projeto Custo R$/m2 Projeto Custo R$/m2R - 1B 1.003,80 R16 - A 1.270,90PP - 4B 958,44 CAL - 8N 1.145,81R -8B 916,13 CSL -8N 991,00PIS -B 672,61 CSL - 16N 1.325,89R1 - N 1.172,98 CAL -8A 1.226,64PP - 4N 1.112,53 CSL - 8A 1.077,71R8 -N 988,92 CSL - 16A 1.440,05R16 -N 959,71 RP1Q 991,80R1 -A 1.470,23 Gl 574,29R 8 -A 1.208,55

Variação de Junho em relação a Maio 0,14%

Fonte: CAGED – MTE – Banco de dados Sistematização e Elaboração: Diretoria de Economia e Estatística/Assessoria Econômica/Sinduscon-Pa. (1) Dezembro/2014-RAIS/MTE(2) Corresponde aos valores dos 143 municípios do Estado do Pará.(3) Dados do CAGED/MTE Quadro de ocupação dos municípios mais representativos na geração de empregos formais da Construção Civil Paraense.

Residencial UnifamiliarR1-B-Residencial Padrão Baixo: Residência composta de dois dormitórios.R1-N-Residencial Padrão Normal: Residência composta de três dormitórios.R1-A-Residencial Padrão Alto: Residência composta de quatro dormitórios.RP1Q-Residencial Popular: residência composta de um dormitório.

Residencial MultifamiliarPIS-Projeto de interesse social: Edificio com quatro pavimentos.PP4-B-Prédio Popular: Edificio com três pavimentos tipos.PP4-N-(Padrão Normal): Edificio com quatro pavimentos tipo.

Geografia do Emprego Formal* - Junho de 2015

Municípios Total de Admissão

Belém 1.554 1.717 -163 -0,51Ananindeua 596 366 230 3,20Barcarena 350 290 60 1,58Castanhal 30 49 -19 -2,01Marabá 284 254 30 0,58Parauapebas 551 939 -388 -5,00Tucuruí 6 5 1 0,36Santarém 57 76 -19 -0,87Paragominas 87 136 -49 -3,66Altamira 1.135 1.736 -601 -2,19Subtotal 4.650 5.568 -918 ***Estado PA(2) 6.608 7.882 -1.274 -1,10

Total de desligamento Saldo Variação de

Emprego %

CAL-8- Comercial Andar Livre: Edificio com 8 pavimentos tipo.

Galpão Industrial (GI) – Galpão com área administrativa, dois banheiros, um vestiário e um depósito.

Residencial PopularRP1Q- Residencia composta de um dormitório, sala, banheiro e cozinha.

Residencial MultifamiliarR8-B- Padrão Baixo: Edificio com sete pavimentos tipo.R8-N Padrão Normal: Edificio com 8 pavimentos tipo.R8-A-Padrão Alto: Edificio com 8 pavimentos tipos.R16-N-Padrão Normal: Edificio com 16 pavimentos tipo.R16-A-Padrão Alto: Edificio com 16 pavimentos tipo.

Edificação comercialCSL-8-Comercial Salas e Lojas: Edificio com 8 pavimentos tipo.CSL-16-Comercial Salas e Lojas: Edificio com 16 pavimentos tipo.

Discriminação dos projetos-padrões, de acordo com a ABNT NBR:

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