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Junho das Artes 2011

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arte contemporânea em óbidos

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JUNHO DAS ARTESJUNE OF ARTSTELMO HENRIQUE DANIEL CORREIA FARIA

FRONTEIRASBORDERSANA CALÇADA

APRESENTAÇÃO DO PROJECTO/FRONTEIRASPROJECT PRESENTATION/BORDERSCAROLINA RITO

MAPAMAP

ARTISTAS CONVIDADOSGUEST ARTISTS

ABOUT AN USELESS SPACERESIDÊNCIA ARTÍSTICA E ENCONTROARTISTIC RESIDENCY AND ENCOUNTER

PROGRAMADORES CONVIDADOSGUEST CURATORS

PROJECTS ROOMS

FICHA TÉCNICACREDITS

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ÍNDICEINDEX

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JUNHO DAS ARTESNa arqueologia programática das quatro edições do Junho das Artes ficaram sempre presentes algumas linhas, que, ainda hoje, nos inquietam e nos fazem reflectir. Algumas dessas linhas estão relacionadas com o espaço ou território, não fosse o Junho das Artes um evento de co-municação artística sem barreiras expositivas. Esta definição, apesar de menos prática, creio que corresponderá melhor ao que fazemos do que propriamente a definição de arte pública que co-mummente se utiliza. Talvez por isso quando pensámos o primeiro Junho das Artes partimos de algumas analogias entre a Vila e o processo criativo dos artistas e curadores enquanto motor do evento. Se o simbolismo e o pragmatismo do castelo são marcas indeléveis da nossa entidade, também não é menos verdade, que a necessidade da sua ampliação e de um certo rompimento desta barreira funcional, que é a muralha, foram frequentemente aspirações e práticas trans-versais à nossa História. São vários os registos que referem os panos da muralha como paredes de habitações onde inclusivamente eram abertos vãos para janelas e portas ou ainda o relato e o registo físico de apropriações de espaços públicos por privados, particularmente valiosos no exíguo espaço intramuros. Esta dialéctica de espaço aberto e fechado, público e privado, criação pessoal e leitura comunitária, apaixona-nos e é um dos catalisadores do Junho das Artes.

Outra pièce de résistance é a abordagem multigeracional que tentamos incutir, longe do concei-to que uma carreira na arte ou curadoria se faz acima de tudo pelos anos de carreira dedicado ao processo criativo. Assumimos o risco de colocar em igualdade, em edições distintas, nomes consagrados da arte contemporânea portuguesa com jovens que se lançam num meio muito erodido nas possibilidades de trabalho. Nesse sentido, a edição deste ano é coerente com esta visão crono-profissional, com a confiança numa curadora que conhece muito bem Óbidos e os seus projectos. Esta relação geracional que referi também é transposta para outros projectos e dimensões da nossa estratégia municipal de desenvolvimento da Criatividade. Ao colocarmos empresas de incubação com empresas consolidadas, professores com jovens animadores nas nossas escolas, os currículos escolares obrigatórios com projectos arrojados como os Ateliers Criativos dos nossos complexos escolares ou jovens designers a trabalhar com pessoas mais velhas em projectos como o Ódesign, o que procuramos transmitir é, precisamente, esta noção de que a idade não deve, ela própria, ser uma fronteira à procura e à realização. E este é um para-digma que tanto se aplica a pessoas como aos territórios onde se instalam. Óbidos, actualmente, reflecte muito este paradigma.

Uma nota final, de cariz emocional, para expressarmos uma homenagem ao Homem e à carrei-ra do curador Paulo Reis cujo percurso foi precocemente interrompido em Abril de 2011. Paulo Reis foi o primeiro curador do Junho das Artes e uma pessoa de trato ímpar e alguém que, no nosso caso particular, nos ajudou a vencer a inércia do arranque deste projecto cada vez mais marcante para Óbidos.

TELMO HENRIQUE DANIEL CORREIA FARIAPresidente da Câmara Municipal de Óbidos

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JUNE OF ARTSIn programmatic archeology of the last four editions of the June of Arts was always present some lines that even today, disturb and make us reflect. Some of these lines are related to space or territory, wasn’t June of Arts an event of artistic communication without barriers of exhibi-tion. This definition, though less practical, I believe that will correspond better to what is exactly the definition of public art which is commonly used. Perhaps that is why when we thought about the first June of Arts we started with some analogies between the Town and the artists and curators creative process as the engine of the event. If the symbolism and pragmatism of the castle are indelible marks of our entity, it is no less true that the need for its expansion and a certain rupture of this functional barrier, which is the wall, were very often aspirations and practices cross our History. There are several records that make reference to the wall panels as walls of houses where they even open gaps for windows and doors or the reporting and physical recording of appropriations of private or public spaces, particularly valuable in the limited space within the walls. The dialectics of open and closed space, public and private, personal creation and communal reading, amazes us and is one of the catalysts for the June of Arts.

Another pièce de résistance is the multigenerational approach that we try to instill, away from the concept that a career in art or curatorship is made above all, by the years of career dedica-ted to the creative process. We assumed the risk of putting equally, in separate editions, known names of Portuguese contemporary art with young people who are engaging in a much eroded job opportunity. In this context, this year is consistent with this chrono-professional view, trus-ting a healer who knows very well Óbidos and its projects. This generational relationship I’ve mentioned is also transposed to other projects and municipal development of a Creative stra-tegy dimension. By placing incubation companies with consolidated companies, teachers with young leaders in our schools, compulsory school curricula with bold projects such as Creative Workshops of our school complex, or young designers working with older people in projects such as Odesign, what we seek convey, is precisely this notion that age should not be itself a border in search and fulfillment. And this is a paradigm that can be applied equally to people as well to territories where they settle. Óbidos currently reflects this paradigm, very much.

One final note of emotional nature, to express a tribute to the career as curator and to the Man Paulo Reis whose path was yearly discontinued in early April 2011. Paulo Reis was the first curator of June of Arts and a unique person, someone who in our particular case helped us overcome the inertia of the beginning of this project more and more remarkable for Obidos.

TELMO HENRIQUE DANIEL CORREIA FARIAMayor of Óbidos

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FRONTEIRASO território de Óbidos reclama a participação de gentes com criatividade para durante o mês de Junho contaminarem este lugar com experimentação, reflexão e com intensa produção artísti-ca.

O Junho das Artes procura a produção artística na sua construção conceptual e formal, focada no papel genuíno da experimentação artística tendo como palco a Vila de Óbidos. Num diálogo permanente entre a riqueza dum lugar feito de património construído, lendas e magias como património imaterial e a materialização da criatividade e inovação dos artistas.

A palavra FRONTEIRA, ideia chave do programa deste Junho das Artes, remete-nos para um conceito de actualidade, no sentido do que é oportuno discutir hoje. A fronteira como espaço e como tempo. Neste tempo não-linear, onde acontecem coisas simultaneamente em diferentes lugares (ou em não-lugares).

A Arte Contemporânea expandiu o seu campo de intervenção, nas suas múltiplas e diversas for-mas de expressão artística; alterou o seu modo de expressão, de se relacionar com cada arte e com os espaços. E NÓS TAMBÉM MUDÁMOS. As características das artes, alteraram-se, porque os conceitos operativos, os limites das artes no seu todo e de cada uma em particular, são imprevi-síveis, perdendo de todo as características de universalidade.

Contamos com essa construção do inesperado, do que surge em cada nova proposta dos artistas, criando experiências espaciais estruturalmente cenográficas, quase integralmente concebidas a partir do espaço desta vila.

ANA CALÇADACoordenação Junho das Artes

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BORDERSThe territory of Óbidos demands the participation of people with creativity, which during the month of June contaminates this place with experimentation, reflexion and intense artistic pro-duction.

The June of Arts seeks for the artistic production in its conceptual and formal construction, fo-cused on the role of genuine artistic experimentation having as a scene the Town of Óbidos. A permanent dialogue between the richness of a place made of built heritage, legends and magic as an intangible heritage and the materialization of creativity and artists innovation.

The word FRONTIER, key idea of this June of Arts program, brings us to a concept of actuality, in the meaning of what´s worth discussing today. The frontier as space and time. In this non-linear time where things happen simultaneously in different places (or non-places).

Contemporary Art has expanded its field of intervention, in its many and various forms of artistic expression; changed its mode of expression of relating to each art and with the spaces. AND WE HAVE ALSO CHANGED. The characteristics of the arts, have changed, because the operational concepts, the limits of the arts as a whole and each in particular, are unpredictable, losing all the characteristics of universality.

We rely on this construction of the unexpected, which appears in each of the artists’ new pro-posal; creating spatial experiences structurally scenographic, almost entirely conceived from the space of this Town.

ANA CALÇADACoordination June of Arts

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APRESENTAÇÃODO PROJECTO/FRONTEIRASNão seria possível abordar a ideia de fronteira no contexto da Vila de Óbidos sem olhar para a grande muralha que a envolve. Apesar da sua aparência formal remeter para o princípio da na-cionalidade, tanto o desenho actual do Castelo como o da Muralha remontam ao mais recente passado do nosso país. No âmbito da campanha de propaganda levada a cabo pelo Estado Novo para as comemorações dos oitocentos anos da Fundação de Portugal, algumas vilas na-cionais viram as ruínas medievais dos seus modestos sistemas defensivos serem inflacionadas ou mesmo substituídas por construções monumentais (Pombal, Óbidos, Guimarães, etc). Nestes monumentos que se apresentam como vestígios de um passado longínquo nunca nenhum ho-mem lançou uma flecha pela defesa do seu território, nem estas altas fortificações enfrentaram o perigo da presença do inimigo.

A quarta edição do Junho das Artes, mais do que questionar a veracidade dos documentos como prova dos factos históricos (porque dentro desta questão teríamos certamente que distin-guir o que se entende por verdade e facto), pretende indagar sobre as variáveis que condicionam a construção da narrativa histórica, tomando-a como um terreno permeável às circunstâncias dos tempos e do posicionamento daqueles que olham de novo. No entanto, este não é o ponto de chegada, pois a Fronteira, enquanto espaço que divide o diferente e junta o semelhante, é também entendido como um lugar simultaneamente de encontro entre esses opostos e onde se potencia espaço para negociações e construção de alternativas.

A programação encontra-se dividida em três ciclos distintos, procurando ramificar as leituras que o conceito Fronteira suscita. O primeiro ciclo concentra-se fisicamente nos espaços expo-sitivos da Galeria novaOgiva (Filipa César, Manuel Santos Maia e Pedro Neves Marques), Galeria Casa do Pelourinho (Patrícia Almeida) e Museu Municipal (João Ferro Martins e Manuel Santos Maia). As obras que protagonizam este primeiro ciclo abordam a subjectividade da memória na reconstrução dos factos históricos e o discurso utilizado na apresentação do que se quer como realidade. No Museu Municipal, esta reflexão é sugerida pela fragilização do discurso e disposi-tivos museológicos através da introdução de novas histórias e objectos.

No segundo ciclo de programação o espaço expositivo prolonga-se para o exterior, partindo do convite a oito artistas (Inês Milagres, Inês Botelho, Henrique Neves, André Banha, João Ferro Martins, Von Calhau!, Luís Sezões e Tiago Baptista) para olharem para o território do Concelho de Óbidos e inscreverem o seu trabalho no espaço público do intra-muros. Neste movimento pretende-se provocar o diálogo entre o lugar de representação e o contexto das localidades e lugares do Concelho, superando e problematizando a barreira física e simbólica que os separa.

Neste ciclo, propõem-se também o extravasar dos limites entre o objecto artístico e o processo que o subjaz, olhando para o segundo como um espaço-tempo de acção e inscrição de nature-za artísticas. Esta cronotopia pode ser partilhada com o público no último piso da Galeria Casa

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do Pelourinho, no espaço denominado de About an useless space - apropriação do título de um texto de George Perec, estabelecendo também um diálogo com o projecto do colectivo Oda Projesi que teve lugar em Istambul entre 2000 a 2007. Neste espaço, Inês Milagres, Von Calhau ! e João Ferro Martins estarão em residência durante todo o período do Junho das Artes. Haverá também espaço para conversas, visionamento de filmes, workshops ou performances de acor-do com o desenrolar do processo. As actividades serão actualizadas diariamente no quadro de divulgação presente na sala ou no o jornal de publicação semanal do Junho das Artes.

O terceiro ciclo parte do convite a duas estruturas de programação independentes a operar na região: o Museu Bernardo, sediado nas Caldas da Rainha, e a Associação a9))), localizada em Lei-ria. Ambos foram convidados a desenhar uma programação que deslocasse para Óbidos o seu espaço de acção, aproximando lugares e criadores, e fazendo de Óbidos o seu palco de encontro e mostra. Com esta iniciativa pretende-se valorizar e homenagear a actividade e o papel destas estruturas no tecido cultural das localidades onde operam.

CAROLINA RITOComissária Convidada

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PROJECT PRESENTATION/BORDERSIt would not be possible to approach the idea of frontier in the context of Óbidos without looking at the great wall that surrounds it. Despite its formal appearance, it refers to the beginning of nationality, both the Castle and the Great Wall of this picturesque town date back to the most recent past of our country. As part of the propaganda campaign carried out by the New State to celebrate its eight hundred years of the Foundation of Portugal, some national towns have seen the medieval ruins of their modest defensive systems overstated or even replaced by monumen-tal constructions (Pombal, Óbidos, Guimarães, etc). In these monuments that stand as remains of a distant past no man has ever fired an arrow to defend its territory, never these high fortifications have faced the danger of the enemy presence.

The Fourth Edition of the June of Arts, rather than questioning the veracity of the documents as proof of historical facts (because in that matter we would certainly have to distinguish what it means to be truth or fact), intends to inquire about the variables that affect the construction of historical narrative, turning it as a permeable land to the circumstances of times and from the perspective of those who look once again. However, this is not the end point, because the fron-tier, as a space that splits the different and joins the similar, is also understood as both a place of encounter between these opposites and where space is potentiate for negotiations and construc-tion of an alternative. It is at the intersection of these various layers that the video of Filipa César «The Four Chambered Heart» enters, operating as a part from which the derivations of the term Frontier ramify themselves.

In that context, the program is divided into three distinct cycles in order to establish a connec-tion with the many possibilities that the concept of Frontier rises. The first cycle is physically assembled in the exhibition spaces of the Gallery NovaOgiva (Filipa César, Manuel Santos Maia and Pedro Neves Marques), Pelourinho Gallery (Patrícia Almeida) and Municipal Museum (João Ferro Martins and Manuel Santos Maia). The works that are the protagonists of this first cycle deal with the subjectivity of memory in the construction of historical facts and the redesigning of their language. So, as in the remaining cycles, the Frontier, whether territorial, disciplinary, or symbolic, is invoked not only as a limit, but also as the place where the negotiation of ano-ther option can be carried out. In the Municipal Museum, this reflection is suggested by the weakening of museological speech and museological devices, while at the Pelourinho Gallery the work of Patrícia Almeida moves us to the Algarvean landscape away from the local cultural paradigm, approaches the aesthetics of homogenizes leisure resorts in other latitudes, making it arreferencial.

In the second programming cycle the exhibition space extends outdoor, based on the invitation made to eight artists (Inês Milagres, Inês Boltelho, Henrique Neves, André Banha, João Ferro Martins, Von Calhau!, Luís Sezões and Tiago Baptista) to look at the territory of the Municipality of Óbidos. In this movement it is intended to cause dialogue between the intramural place of re-

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presentation and places, localities on the Municipality context, outperforming and problematizing the physical and symbolic barrier that separate them.

In this circle, it is also propose to go beyond limitations between the artistic object and the pro-cess that lies behind, looking at the second as a space-time of action and inclusion of artistic nature. This chronotope can be shared with the public on the top floor of the Pelourinho Gallery, where Inês Milagres, Von Calhau and João Ferro Martins work will be exhibited during the June of arts. The visitor is invited to visit the space, where he can follow the process closely.

The third cycle is the result of an invitation that was made to two independent programming structures operating in the region: The Bernardo Museum, located in Caldas da Rainha, and the Association a9))), located in Leiria. Both were invited to design a program that shift towards Óbi-dos its original space of action, bringing together creators and places, and the purpose of that action will be to have the Town of Óbidos as a showing and meeting stage. With this initiative it is intended to value the activity and the function of these structures in the culture tissue.

CAROLINA RITOGuest Curator

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FRONTEIRASFRONTEIRADIÁLOGOMURALHAOCUPAÇÃOPATRIMÓNIOHISTÓRIAMARCOLIMITESINTERVENÇÃOTERRITÓRIO

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ARTISTASCONVIDADOSGUEST ARTIST

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ANDRÉ BANHA

A obra sem título de André Banha desenhada especificamente para

o contexto de Óbidos foi edificada, pedaço a pedaço, pelo artista in

loco. Banha identificou um espaço residual na malha do território

obidense que, apesar de ter pouca visibilidade, permitiria trabalhar

a expectativa nos transeuntes e visitantes da exposição, aquando do

encontro com a peça. Num fosso entre a grande muralha (onde esta

atinge mais de dez metros) e o alto de uma habitação (cerca de cin-

co metros), sem título parece ter caído naquele espaço inadequado

e desconfortável. A composição sugere a narrativa de que uma vez

caída terá ficado suspensa devido ao diâmetro da sua forma esférica.

Ali permaneceu, a cerca de um metro do chão. Durante a noite a

peça é iluminada no interior por uma luz subtil que lembra um corpo

vivo incandescente.

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Nasceu em Santarém, em 1980. Vive e trabalha em Coruche. Licenciado em Artes Plásticas, pela Escola Superior de Arte e Design (ESAD), Caldas da Rainha.

Participou nas seguintes exposições colectivas (selecção): ESAD CALDAS 2005 IPL, Caldas da Rainha, 2005; LuzBoa, II Bienal Internacional da Luz, Lisboa, 2006; Anteciparte, 3ª. Edição, Lisboa, 2006 — participação em que obteve uma menção honrosa; Coimbra-Aix-en-Provence, Convento de S. Francisco, Coimbra, 2007; Fazer falar o desenho, Museu de Arte Contemporânea – Forte São Tiago, Funchal, 2007 (catálogo); Finisterra, no âmbito do evento Allgarve, Convento do Espírito Santo, Loulé, 2008; Jeune Création Européenne, (exposição itinerante de 2007 a 2009); Processo e Transfiguração, Casa da Cerca - Centro de Arte Contemporânea, Almada, 2010; Guimarães Arte Contemporânea 2011, Centro Cultural Vila Flor e Laboratorial das Artes, Guimarães, 2011. Das suas exposições individuais destacam-se: De dentro…, no espaço 20m3, Galeria Carlos Carvalho – Arte Contemporânea, Lisboa, 2007; Segurei-te o pôr-do-sol, VPF cream art gallery, 2008; Desenho e Escultura, Academia de Artes dos Açores, 2008; A casa das duas portas, Biblioteca da FCT/UNL, Campus de Caparica, 2010; desenho, escultura, VPF cream art gallery, 2010\11. Actualmente é representado pela VPF - cream art gallery - Lisboa.

He was born in Santarém in 1980. Lives and works in Coruche. Degree in Fine Arts, by the School of Art and Design (ESAD), Caldas da Rainha.

Participated in the following collective exhibitions (selection): 2005 IPL ESAD Caldas, Caldas da Rainha, 2005; LuzBoa, II International Biennial of Light, Lisbon, 2006; Anteciparte, 3rd Edition, Lisbon, 2006 - participation in which he received an honorable mention; Coimbra-Aix-en-Provence, Convent of S. Francisco, Coimbra, 2007; Fazer falar o desenho, Museum of Contemporary Art - Fort St. James, Funchal, 2007 (catalog); Finisterre, within the event Allgarve, Convent of the Holy Spirit, Loulé, 2008; Jeune Création Européenne, (traveling exhibition from 2007 to 2009) ; Process and Transfiguration, Casa da Cerca - Contemporary Art Center, Almada, 2010; Guimarães 2011 Contemporary Art, Cultural Center Vila Flor and the Arts Laboratory, Guimarães, 2011. Among his individual exhibitions stands out: From inside ... in a space of 20m3, Carlos Carvalho Gallery - Contemporary Art, Lisbon 2007, I held up the Sunset, VPF cream art gallery, 2008, Drawing and Sculpture, Arts Academy of the Azores, 2008; The house of two doors, Library of FCT / UNL, Caparica’s Campus , 2010, drawing, sculpture, cream art gallery VPF, 2010 \ 11. He is currently represented by VPF - cream art gallery – Lisbon.

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SEM TÍTULOmadeira, dimensões variáveiswood, variable dimension

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FILIPA CÉSARO vídeo The Four Chambered Heart resulta de uma residência ar-tística que Filipa César realizou no Israeli Center for Digital Art em Holon, Israel. O filme La Pyramide Humaine, realizado em 1959 por Jean Rouch, serve como ponto de partida para o convite que a artis-ta endereça a vários estudantes de escolas de cinema do país anfi-trião. Nos anos 1950, Jean Rouch havia proposto, pelas suas próprias palavras, uma “experiência” entre dois grupos de estudantes brancos e negros da Costa do Marfim, colocando-os à conversa. Agora, Fi-lipa César convida estudantes, com ascendências árabes e hebrai-cas e propõe o visionamento de La Pyramide Humaine. The Four Chambered Heart filma, principalmente a partir de reaction shot, a conversa que os alunos têm após o respectivo visionamento. No “trazer de novo” geram-se outras conversas, nomeadamente, sobre a desconstrução do dispositivo cinematográfico, o papel do cinema e do realizador, e mais concretamente, sobre a intervenção de Filipa César como editora de um diálogo entre outros.

Nasce em 1975, no Porto. Vive e trabalha em Berlim, e estudou na Faculdade de Belas Artes do Porto e de Lisboa (1996-99), na Academia das Artes, em Munique (1999-2000) e está a fazer mestrado em Contexto da Arte, na Universidade de Artes de Berlim (2007).

Artista e cineasta cuja obra se reflecte sobre a natureza porosa da relação entre a imagem em movimento e a sua recepção pelo público. O seu interesse em explorar os aspectos ficcionais do género documental, e imbuído de um desejo de ressaltar a política por detrás das imagens em movimento, funciona como o F for Fake (2005), Rapport (2007), Le Passeur (2008), A Quatro Chambered Heart (2009), e Memograma (2010) - um andar na linha tênue entre o contar histórias, crónicas, documentários e filmes experimentais. As instalações de Filipa sugerem configurações possíveis para uma expansão da produção de imagens em movimento e que são constituídos pela presença de problemas de ordem sócio-política. No trabalho de Filipa César é a imagem que se desenvolve a partir de uma luta entre a memória real e a memória do cinema.

Exibiu, entre outros lugares em: Bienal de Istambul, 2003; Kunsthalle de Viena, de 2004; Museu de Serralves, 2005; Festival Internacional de Cinema de Locarno, 2005; Galeria de Arte CAG-Contemporâneo, Vancouver, 2006, Tate Modern, de 2007; Museu de St. Gallen, 2007; Trienal Internacional de Arte Contemporânea de Praga, de 2008; SF MOMA de São Francisco, 2009; 12º Bienal de Arquitectura de Veneza, 2010; 29º Bienal de São Paulo, 2010, São Paulo; Manifesta 8, Cartagena, e dois shows em solo no Solar-Galeria de Arte Cinemática, Vila do Conde, 2010 e Berlim TRABALHO 5 na Casa das Culturas do Mundo, em Berlim.

Was born in 1975, in Oporto. Lives and works in Berlin and studied at the University of Fine Arts in Oporto and Lisbon (1996-99), the Academy of Arts in Munich (1999-2000) and she is currently doing a Masters in Art Context , at the Arts University of Berlin (2007).

An artist and a filmmaker whose work reflects on the porous nature of the relationship between moving image and its public reception. Her interest in exploring the fictional aspects of the documentary genre, and imbued with a desire to emphasize the policy behind the moving images functions as the F for Fake (2005), Rapport (2007), Le Passeur (2008), The Four Chambered Heart (2009), and Memograma (2010) - a walk in the fine line between telling stories, chronicles, documentaries and experimental films .The Installations of Filipa suggest possible configurations for an expansion of moving images productions , which actively engage the viewer with its role as an observer, and are constituted by the presence of problems of socio-political order. In the study by Filipa Cesar it’s the picture that develops from a real struggle between memory and the memory of cinema.

Exhibited, among other places, in: Istanbul Biennial, 2003, Kunsthalle Vienna, 2004; Serralves Museum, 2005; International Film Festival of Locarno, 2005, Art Gallery CAG-Contemporary, Vancouver, 2006, Tate Modern , 2007; Museum of St. Gallen, 2007, International Triennial of Contemporary Art in Prague, 2008; SF MOMA San Francisco, 2009; 12th Architecture Biennale Venice, 2010; 29º Bienal de São Paulo, 2010, São Paulo; Expresses 8, Cartagena, and two concerts in the Solar-Cinematic Art Gallery, Vila do Conde, 2010 and Berlin in May WORKING 5, House of World Cultures in Berlin.

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THE FOUR CHAMBERED HEART, 200�HDV, cor, som, 2�’�0’’, soundHDV, colour, sound, 2�’�0’’

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HENRIQUE NEVESDentro das remodelações que foram operadas no território obidense a partir dos anos 1940 pelo Estado Novo, encontram-se a uniformi-zação das fachadas das habitações através da aplicação da cal bran-ca, complementada pelos contornos dos vãos, que poderiam variar entre o amarelo, azul, vermelho ou verde. Apesar de não se tratar de uma característica local (importada das paisagens alentejanas), esta passou a aliar-se a outros elementos, tais como a muralha e castelo reconstruídos, as sardinheiras à janela e a malha urbana intrincada. Desta forma, substanciou-se aquela que era a imagem da vila tipi-camente portuguesa, reforçando o sentido identitário nacional. Foi a partir deste movimento que Henrique Neves decidiu apropriar-se das cores (amarelo, azul, vermelho) e do material (cal) para proble-matizar a construção dos elementos identitários. Assim, intervindo em três elementos distintos (pedra, casa e árvores) transfere ou o uso ou o lugar de utilização destes elementos proporcionando si-tuações inesperadas e reposicionando o nosso olhar. Através deste movimento, Neves devolve o valor cromático e formal a cada um destes elementos, permitindo uma reflexão sobre a construção dos símbolos identitários.

Nasceu em 1975. Vive e trabalha em Lisboa. A nível de estudos relevantes há a mencionar o Programa de Estudos Independentes da Maumaus- Escola de Artes Visuais e o Mestrado em Teoria de Arte séc. XX , Goldsmiths College, Univ. de Londres.

Na sua prática artística, desenvolvida desde 2007, costuma trabalhar em espaços públicos condicionados e colaborar com outros artistas. Tal materializou-se em trabalho feito em e para espaços que, geralmente, não são os usuais para arte contemporânea.

A instalação Arte Popular NOW (2010, Palácio de Sta Catarina, Lisboa) foi realizada em colaboração com 15 artistas. Os artistas vinham de meios fora de arte contemporânea (graffiti, desenho na rua, pintura de capôs de automóveis). No trabalho Made in. (com C. Darrasse, 2010, SEF, Lisboa) re-decorou-se a sala de atendimento do SEF e melhorou-se o seu conforto, tendo em conta hospitabilidade, a estética e o uso da sala. A instalação Baile Ao Ar Livre (2009, Paços do Concelho, Lisboa) implicou fazer um padrão têxtil baseado numa saia de um filme etnográfico sobre Timor. O padrão foi usado nos estores de um gabinete da Praça do Municípo e num sofá do hall. Atualmente desenvolve um espaço infantil lúdico com as crianças das Olaias.

Was born in 1975. Lives and works in Lisbon. Concerning relevant education it is important to mention the Independent Studies Program Maumaus - School of Visual Arts and the Master in the XX Century Art Theory, Goldsmiths College, University of London.

In his artistic practice, developed since 2007, he usually works in conditioned public spaces and collaborates with other artists. This fact has been materialized in the work done in and on spaces that usually are not usual for contemporary art.

The Installation Art Popular NOW (2010, Palace of Saint Catherine, Lisbon) was performed in collaboration with 15 artists. The artists came from outside of contemporary art (graffiti, drawing on the street, painting the engine hoods of cars). In the work Made in. (With C. Darras, 2010, SEF, Lisbon) the SEF room re-decorated itself and its comfort was improved, regarding hospitality, aesthetics and the use of the room. The Installation Baile ao Ar Livre (2009, Town Hall, Lisbon) led to a standard textile based on an ethnographic film quilt about Timor. The standard was used on office blinds of the Municipal Square and a lobby couches.

He is currently developing a children playground area with children from Olaias.

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CAL, CAL É! CALPigmentos amarelo, vermelho e azul dimensões variáveisCalcium hydroxide, yellow, red and blue pigments variable dimensions

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INÊS BOTELHOInês Botelho apresenta na parede da casa junto ao Padrão Camo-niano a sua instalação desenhada especificamente para este espaço. De acordo com o trabalho que a artista tem vindo a desenvolver, as questões territoriais e suas delimitações habitam com frequência o seu universo plástico. Neste caso concreto uma corrente que deve-ria pender, obedecendo à força gravítica, inverte este movimento, e aponta em prumo para o céu. Ao subverter o fenómeno físico que afecta tudo o que tocamos, Botelho adiciona um outro elemento que reforça esta estranheza. Uma sombra difusa, que só poderia ser projectada pela incidência de uma luz natural, foi desenhada na pa-rede onde a corrente foi instalada. No entanto, esta sombra só po-deria ser projectada por uma fonte de luz que viesse do solo e de nenhuma das posições desenhadas pelo percurso do sol.

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Vive e trabalha em Lisboa. Estudou em Lisboa e Nova Iorque. Expõe desde 2000. Destacam-se os projectos individuais: “Resistência e Desistência” (Galeria Filomena Soares), “Lugar Falhado” (Pavilhão Branco, Lisboa), “El Original Espacio Social” (Matadero Madrid e ruas e centros culturais de Getafe e Fuenlabrada), “Trade-off /Gravidade e Graça” (Casa d’Os Dias da Água), “Inês Botelho” (ZDB); e nas colectivas: “Sítio das Artes” (CAM, Gulbenkian), “Metaphysics of Youth – Fuoriuso” (Pescara, Itália), “Europart” (rolling-boards em Viena e Salzburgo), “Conflux Festival” (McCarren Park, Brooklyn), “EDP Novos Artistas” (Museu de Serralves), “Veneer /Folheado” (Catalyst Arts, Belfast), “46 Salon de Montrouge” (Paris), “T9” e “Inmemory” (ZDB).

Live in work in Lisbon. Studied in London and New York. Exhibits since 2000. Noteworthy the individual projects: “Resistance and withdrawal” (Galeria Filomena Soares), “Place Loser” (White Pavilion, Lisbon), “El Original Espacio Social (Matadero Madrid, streets and Getafe and Fuenlabrada cultural centers),” Trade-off / Gravity and Grace “(Casa d’Os Dias da Água),” Inês Botelho” (ZDB) and the collectives:” Siege of the Arts “(CAM, Gulbenkian),” Metaphysics of Youth - Fuoriuso “(Pescara , Italy), “EuropART” (rolling-boards in Vienna and Salzburg), “Conflux Festival” (McCarren Park, Brooklyn), “EDP New Artists” (Serralves Museum), “Veneer / Veneer” (Catalyst Arts, Belfast) , “46th Salon de Montrouge (Paris),” T9 “and” inmemory “(ZDB).

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OMINIPRESENÇA/AUSÊNCIAFerro e desenho, dimensões variáveisiron and drawing, variable dimensions

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OMINIPRESENÇA/AUSÊNCIAFerro e desenho, dimensões variáveisiron and drawing, variable dimensions

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JOÃO FERRO MARTINSA par da participação de João Ferro Martins com a obra TDK, como parte integrante do primeiro ciclo de programação, este artista foi também convidado para desenvolver um projecto que envolvesse o trabalho que tem vindo a realizar de raiz musical ou sonora. No contexto do Junho das Artes foi proposto a Martins que adequasse a sua abordagem a um colectivo local, tendo sido convidados os Goliardos 2.0 (colectivo cujos membros são, na sua maioria, da Or-questra Filarmónica das Gaeiras). João Ferro Martins e o colectivo convidado ensaiaram durante o mês de Junho a releitura plástica e sonora das pautas elaboradas pelo artista. No dia 25 de Junho, o resultado final foi apresentado ao público na Igreja da Misericórdia em Óbidos.

TDK, 200�bronze, 10 x � x 1,�cmbronze, 10 x � x 1,�cm

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Nasceu em 1979 em Santarém. Frequentou na E.S.A.D. - Caldas da Rainha, o curso de Artes Plásticas onde dá início ao seu trabalho em pintura, desenho e fotografia. Reside em Lisboa desde 2003 onde a sua obra ganha presença tridimensional, sonora e também performativa. Participou em diversos eventos dos quais se destacam; “Jack presents” BESart, BES Arte & Finança, Lisboa, “Vestígio”, Pavilhão 27, Hospital Júlio de Matos, Lisboa, “A secreta vida das palavras”, Centro de Artes de Sines, Sines, “Bosch Young Talent Show (BYTS)”, Academy for Art and Design AKV s-Hertogenbosch, the Netherlands, “Correspondência #1, Luísa Cunha / João Ferro Martins, Arte Contempo, Lisboa, “7 Artistas ao 10º Mês”, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, entre outros.

Com o colectivo A kills B formado em 2007 participa em eventos como; Jack presents / Group Show, Sala do Veado, Museu Nacional de História Natural de Lisboa, “Now Jump”, Nam June Paik Art Center, Coreia do Sul, “3º Prémio de Pintura Ariane de Rothschild”, Lisboa, entre outros.

O seu trabalho não tem fronteiras técnicas e a sua pesquisa caminha no sentido de atingir o melhor formato para as suas ideias. A obra manifesta-se ácida mas simpática, formalista e absurda.

João Ferro Martins was born in 1979 in Santarém. Attended the course of Fine Arts at “E.S.A.D.” in Caldas da Rainha, where he begins his work in painting, drawing and photography. Lives in Lisbon since 2003 where his work gains three-dimensional presence, sound and also performative. He participated in several events from which stand out, “Jack presents” BESart, BES Arte & Finance, Lisbon, “Trace”, Pavilion 27, Hospital Julio de Matos, Lisbon, “The Secret Life of Words,” Arts Center of Sines, in Sines, “Bosch Young Talent Show (BYTS),” Academy for Art and Design AKV s-Hertogenbosch, the Netherlands, “Correspondence # 1, Luisa Cunha / John Ferro Martins, Arte Contempo, Lisbon,” 7 Artists at the 10th Month “ Calouste Gulbenkian, Lisbon, among others.

With the collective A kills B constituted in 2007 he participates in events such as: Jack presents / Group Show, Hall of Deer, National Museum of Natural History in Lisbon, “Now Jump”, Nam June Paik Art Center, South Korea, “3rd Prize Painting Ariane de Rothschild “, Lisbon, among others.

His work has no technical boundaries and his research walks towards achieving the best format for his ideas. The work manifests itself as being acid but nice, formal and absurd.

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LUÍS SEZÕESO trabalho plástico de Luís Sezões tem-se pautado pelo interes-se pelo património construído, como forma de olhar para os seus agentes e para aqueles que com ele coabitam. Tomando o território de Óbidos como objecto de análise, o artista fez um périplo pelo Concelho filmando quer espaços que têm merecido o interesse das autoridades locais (visível no estado de conservação), quer aqueles que, pelo seu estado de degradação, revelam a falta de manutenção e interesse público. Ciente da forma como o tratamento que é dado ao património modela a memória colectiva e a história local, Sezões compôs uma peça de vídeo a partir do material recolhido. A imagem projectada do vídeo encontra-se dividida verticalmente. Na metade esquerda do ecrã as imagens do património filmado sucedem-se, enquanto que na outra metade, se assiste a uma acção performativa de edificação de um castelo de cartas. No final da projecção, um par de cerejas (ou de gingas) é deixado cair sobre a construção, refor-çando a vulnerabilidade do que é circunscrito como Património de interesse.

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Nasceu em 1981 em Évora. Vive e trabalha entre Lisboa e o Alentejo.

Licenciou-se em Escultura pela FBAUL em 2005 e finalizou o Mestrado em Arte e Design para o Espaço Público da FBAUP em 2009.

Desde 1997 participa em exposições colectivas de escultura, pintura e desenho tendo sido premiado em diversos concursos de escultura.

Em 2005 começa a desenvolver projectos para esculturas públicas de grande escala e a partir de 2007 trabalha e participa em projectos de intervenção urbana, entre os quais o “Projecto Vulto”, no Porto, e o “Jelgava Wall Project”, em Jelgava, Letónia.

Em 2009 colaborou como assistente dos artistas plásticos Jimmie Durham e Maria Thereza Alves, em Roma.

O seu trabalho foi referenciado nas publicações PRÉMIOS/AWARDS – FBAUL 03’08, Arquitectura 21, Um Café e Arqueologia do Urbano – Abordagens e Práticas.

Actualmente continua a desenvolver um trabalho multidisciplinar que cruza a escultura, a instalação, a intervenção no espaço público, a fotografia e o vídeo.

Born in 1981, in Evora. Lives and works between Lisbon and the Alentejo.

He graduated in sculpture from FBAUL in 2005 and completed a Masters in Art and Design for Public Space FBAUP in 2009.

Since 1997, he participates in sculpture, painting and drawing collective exhibitions and won several prizes in sculpture competitions.

In 2005 he begins to develop projects for large-scale public sculptures and participates, since 2007, in projects of urban intervention, including the “Project Vulto” in Oporto, and “Jelgava Wall Project”, in Jelgava, Latvia.

In 2009 he worked as an assistant to artists Jimmie Durham and Maria Thereza Alves, in Rome.

His work has been referenced in the publications PRIZES / AWARDS - FBAUL 03’08, 21 Architecture One coffee and the Urban Archaeology - Approaches and Practices.

Nowadays he continues to develop a multidisciplinary work that crosses the sculpture, installation, intervention in public space, photography and video.

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(DES)CONSTRUIR IDENTIDADESmini-Dv-PAL, cor, s/ som (loop), �’��”mini-Dv-PAL, colour, no sound, loop, �’��”;

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MANUEL SANTOS MAIAALHEAVA

O conjunto de trabalhos realizado por Manuel Santos Maia sob a designação ALHEAVA data de 1999. Desde essa altura que o artista se tem ocupado em expor (de uma outra forma) os objectos que ele e a sua família trouxeram de Moçambique após o regresso a Portu-gal em 1975. Com este movimento heideggeriano de “trazer para a frente”, Manuel Santos Maia propõe uma reflexão mais aturada sobre o passado colonial, num presente onde as relações que Portugal tem e terá com os territórios um dia ocupados, têm contornos muitas vezes negligenciados. Entre fotografias, filmes, documentos escritos, plantas arquitectónicas e mobiliário, o artista evidencia a importân-cia da subjectividade da memória (e da sua família em particular) na reflexão sobre este passado que é diariamente presente.

Em ALHEAVA – Nampula (2005) o artista revela todos os rolos fo-tografados pelo seu pai durante o período de permanência em Mo-çambique e coloca todas as imagens ao lado daquelas que foram seleccionadas para serem mostradas no álbum de família. O for-mato expositivo desenhado pelo artista coloca as fotografias do ál-bum num tambor rotativo de um projector de slides e, as restantes, aquelas que por razões estéticas ou temáticas, não foram incluídas no álbum, surgem impressas no formato 150x170cm recolocando o nosso olhar e evidenciando uma outra narrativa a partir do que houvera sido excluído.

Nasceu em Nampula, Moçambique, 1970. Vive e trabalha no Porto.

Licenciado em Artes Plásticas – Pintura, pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto.

Expõe regularmente desde 1999, nesta data concebe projecto “alheava” que tem vindo a apresentar até ao presente ano. Contemplando diversas práticas artísticas, como a instalação, a fotografia, a pintura, o vídeo, a performance, o teatro e o som; as várias mostras têm sido apresentadas em diferentes países como Inglaterra, França, Estados Unidos da América, Bélgica, Espanha, Noruega, Macau e Argélia e em diversas cidades nacionais como Porto, Lisboa, Coimbra, Lagos, Oeiras, Guimarães, Braga, Tomar, Cascais, entre outras.

No mais recente projecto non, idealizado em 2003 e apresentado desde 2006, como no projecto alheava MSM cruza a noção de documento com a experiência individual e familiar, para alcançar uma espécie de “memorabilia” colectiva, enquanto espelho antropológico que nos liga a todos pelo filtro de uma “intimidade documentada”.

Born in Nampula, Mozambique, 1970. Lives and works in Oporto.

Degree in Fine Arts - Painting from the University of Fine Arts, University of Oporto.

He exhibits regularly since 1999.

In 1999 conceives the project “alheava” which have been showing up until the present year. Contemplating different artistic practices, such as installation, photography, painting, video, performance, theater and sound, the several shows have been presented in different countries such as England, France, USA, Belgium, Spain, Norway, Macao and Algeria and several domestic cities such as Oporto, Lisbon, Coimbra, Lagos, Oeiras, Guimarães, Braga, Tomar, Cascais, among others.

In the latest non project, conceived in 2003 and presented since 2006, as the project alheava MSM crosses the document with the notion of individual and family experience, to achieve a kind of collective “memorabilia”, while anthropological mirror that binds us all by filter of a “documented intimacy.”

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ALHEAVA - NAMPULA, 200�Fotografia colada em PVC, 120 x 1�0cm Photograph on PVC, 120 x �0cm

ALHEAVA – NAMPULA, 200�, Objectos_rolo, fotografias e máquina fotográficaObjects_film, photographs and camera

ALHEAVA – NAMPULA, 200�Projecção de slides preto e brancoSlideshow in B&W

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NON_MATA A ESPERANÇA (o que é o ultimo remédio que deixou a natureza a todos os males), 2010Calcário, 2� x 1�,� x 1�cmLimestone, 2� x 1�,� x 1�cm

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A obra non_ mata a esperança (que é o último remédio que dei-xou a natureza a todos os males) (2010) de Manuel Santos Maia foi instalada numa das salas do Museu Municipal durante a edição do Junho das Artes de 2011. Rodeada por achados que datam do pe-ríodo Medieval, esta confunde-se propositadamente, esbatendo-se a distância temporal que as separa. Esta é a décima terceira pedra que foi encontrada em território português com étimo non inscri-to. Non estabelece um diálogo com os sermões do Padre António Vieira e com algumas memórias históricas dos mitos da portugali-dade. Como Padre António Vieira escreveu em 1670, “O non mata a esperança, que é o último remédio que deixou a natureza a todos os males.”

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PATRÍCIA ALMEIDAAs fotografias de Patrícia Almeida fazem parte de uma série realizada pela autora sob o título Portobello (2008). Partindo da paisagem construída e humana da região portuguesa do Algarve, a fotógrafa recolhe imagens que vão desde os aldeamentos que proliferam um pouco por todo o território (evidenciando o desprezo pelas margens que ficam para além do plani-ficado), aos parques de diversão aquática (quando o mar omnipresente não é suficiente). Apesar da riqueza cultural algarvia, a paisagem retratada por Almeida vai ao encontro das zonas de concentração de empreendi-mentos turísticos e de diversão desenhadas para os veraneantes. Durante os meses de maior calor o Algarve serve uma extensa comunidade de pessoas que procura o lazer e o descanso. No entanto, neste movimento de se servir esta comunidade, o “local” tem dado lugar a construções me-díocres que uniformizam a maior parte das regiões de veraneio nas mais diversas latitudes.

Patrícia Almeida, nasceu em 1970. Vive e trabalha em Lisboa.

Licenciou-se em História na Universidade Nova de Lisboa. Em 1994 inicia-se na fotografia trabalhando na área de editorial e produzindo fotografias para bandas de música. Em 1999, com uma bolsa da FCT, estuda Imagem e Comunicação no Goldsmiths College/Lon-dres. Interessa-se pela fotografia documental enquanto território de pesquisa e criação artística realizando trabalhos que procuram questionar a relação do indivíduo com o es-paço urbano (Esculturas (2000), Andar Modelo (2001), Locations (2000-2005)). Em 2001 vai para Tóquio com uma bolsa da Fundação Oriente, produzindo a série de fotografias do livro NO PARKING, editado em 2004 com o apoio do CPF, da F. Gulbenkian e da F. Oriente. Em 2003, é convidada a integrar o colectivo de fotógrafos europeus POC/Piece of Cake (www.pocproject.com), participando desde então em exposições e workshops deste grupo. Realizou em 2007 a sua primeira exposição individual na KGaleria em Lisboa, com a série Locations, a convite do fotógrafo António Júlio Duarte. Em 2008 realiza PORTOBELLO, um projecto feito no Algarve entre 2006 e 2007, que reúne cerca de 70 fotografias, vídeos e projecção de slides, apresentado integralmente na galeria ZDB, em Lisboa, e, em 2009 no Mois de l’Image em Dieppe (França) e no programa Art Algarve a convite da Fundação de Serralves. Com estas exposições e o livro de autor editado, foi selec-cionada para o Prémio BES Photo 09. Em 2010, no âmbito deste prémio, apresentou no Museu Colecção Berardo a exposição All Beauty Must Die, o seu mais recente projecto, que avança agora para um segundo momento, apresen-tado parcialmente em exposições individuais em Budapeste, Sines e Porto, estando ainda prevista a edição de um livro.

Patricia Almeida was born in 1970. Lives and works in Lisbon.

She graduated in History at The New Univer-sity (Universidade Nova) of Lisbon. In 1994 she started in photography working in the publishing area and providing photos for music bands. In 1999, with a scholarship from the Foundation of Science and Technology, studies Photography and Communication, at the Goldsmiths College/London. She is interested in documental photography as a territory of research and artistic creation conducting studies that seek to question of the individual’s relationship to urban space (Sculptures (2000), Floor Model (2001), Locations (2000-2005)). In 2001 she goes to Tokyo with a scholarship from the Orient Foundation, producing a series of photographs for the book NO PARKING, published in 2004 with the support of the Por-tuguese Photography Center, the Gulbenkian Foundation and the Orient Foundation. In 2003, she’s invited to join the panel of Europe-an photographers POC/Piece of Cake (www.pocproject.com), participating since then in exhibitions and workshops of this group. In 2007 held her first individual exhibition at KGALERY in Lisbon, with the series Locations an invitation of the photographer Antonio Julio Duarte. In 2008 she directed Portobello, a pro-ject created in the Algarve from 2006 to 2007, which includes approximately 70 photographs, videos and slide projections, fully presented at the ZDB Gallery, in Lisbon, and in 2009 Mois de l’Image in Dieppe (France) and in the program Art Algarve by invitation of the Serralves Foundation. With these exhibitions and the author book edited from the same series, she was selected for the BES Photo Award 2009. In 2010, under this award, she presented at the Berardo Collection Museum the exhibition All Beauty Must Die, her latest project, which now goes for a second phase, partly presented in individual exhibitions in Budapest, Oporto and Sines, it is also expected the publishing of a book.

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PORTOBELLO, 200�Fine Art Ink-jet print, �0x��,�cmFine Art Ink-jet print, �0x��,�cm

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PEDRO NEVES MARQUESNo último piso do espaço expositivo da Galeria novaOgiva Pedro Neves Marques expôs três elementos que no conjunto compõem o trabalho intitulado The Tigris Expedition, 1978 (2010). O visitan-te cruza-se primeiramente com a réplica de uma carta endereçada ao Secretário Geral das Nações Unidas redigida por Thor Heyer-dahl (antropólogo que se dedicou ao estudo dos povos sumérios). Tomando novamente a posição do observador, uma vez perante a carta, este consegue vislumbrar um biombo de três painéis onde se encontram colocadas imagens relativas à expedição Tigris, re-alizada em 1978. Como o biombo se encontra no centro da sala, é possível circular e ver as imagens de ambos os lados, que pela parcial transparência do biombo se contaminam e, assim, reagem a outras narrativas. Neste percurso, as fotografias retiradas do livro The Tigris Expedition (1978) dão a conhecer momentos de uma viagem realizada pelo antropólogo referido e por uma tripulação composta por indivíduos de várias nacionalidades. Aqui, antevê-se uma possível narrativa, um percurso, uma viagem.

Na década de 1970 Thor Heyerdahl construiu uma embarcação à imagem e semelhança das que se pensa que seriam utilizadas pelos povos sumérios há cerca de cinco mil anos. O objectivo era de-monstrar, através da experimentação, a possibilidade destes povos terem estabelecido trocas culturais noutros mares vizinhos, nome-adamente no Mar Vermelho. No entanto, durante a revivência desta viagem, a versão contemporânea foi impedida de avançar à entrada do Mar Vermelho pelas forças militares presentes nesta região, re-sultado dos conflitos que opuseram EUA e URSS durante a Guerra Fria. Como resposta, Thor Heyerdahl escreveu a carta referida no início e, num ritual cerimonioso e simbólico, decidiu queimar a em-barcação.

O terceiro e último elemento expositivo consiste na projecção de um documentário realizado por uma equipa do National Geogra-phic que acompanhou a expedição Tigris a bordo. Sobre as ima-gens do documentário Pedro Neves Marques justapõe um texto da sua autoria, permitindo um cruzamento entre a composição criada e o pensamento do autor.

Nasceu em 1984, vive e trabalha em Lisboa. Tem um mestrado em Art&Politics pela Goldsmiths College University of London, e foi residente na Sommerakademie do Paul Klee Zentrum (coordenado por Jan Verwoert; Berna, 2010) e no Advanced Course in Visual Arts da Fondazione Antonio Ratti (coordenado por Walid Raad; Como, 2009).

Tem participado em diversas exposições e eventos desde 2007, incluindo entre outras Uma Cortina de Fumo/ Mármore e Vidro na Sala Cinzeiro 8 - EDP/ Museu da Electricidade (2010; Lisboa; c/ André Romão) e On the Invisibility of Performance and the Resonance of Lives, Salon Populaire, Berlim, Alemanhã/ etcgalerie, Praga, Rep. Checa (2010; c/ Emily Verla Bovino). Em paralelo tem co-curado diversos projectos em Lisboa incluindo a actual programação do espaço The Barber Shop, bem como a exposição Anti-Totem, Galeria Quadrum (2010) e o ciclo de exposições e eventos Estados-Gerais (2009). É o autor dos livros de artista O Desenho de Fuga, c/ Mariana Silva (2008; disponível em e-flux journal #6) e The Wandering Chief (1880-1891) (2009).

Was born in 1984; Lives em work in Lisbon. He owns an MA in Art & Politics by the Goldsmiths College University of London, and was a resident in Sommerakademie Paul Klee Zentrum (coordinated by Jan Verwoert, Bern, 2010) and in the Advanced Course in Visual Arts at the Fondazione Antonio Ratti (coordinated by Walid Raad, Como, 2009).

Has participated in several exhibitions and events since 2007, including among others, A Smoke Screen / Room in Marble and Glass Ashtray 8 - EDP / Museum of Electricity (2010: Lisbon, with/ André Romão) and On the Invisibility of Performance and the Resonance of Lives, Salon Populaire, Berlin, Germany / etc galerie, Prague, Czech Republic (2010, with/ Emily Verla Bovino). Parallel co-cured has several projects in London including the current lineup of The Barber Shop space and the Anti-Totem exhibition at the Gallery Quadrum (2010) and the cycle of exhibitions and events States-General (2009). He is the author of The Artist Drawing Trail, O Desenho de Fuga, with Mariana Silva (2008; available in e-flux journal # 6) and The Wandering Chief (1880-1891) (2009).

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THE TIGRIS EXPEDITION (1���), 2010Poster, páginas do livro The Tigris Expedition (1��0), painéis em acrílico Poster, The Tigris Expedition (1��0) book pages, acrylic panels

THE TIGRIS EXPEDITION (1���), 2010 Vídeo VHS transferido para DV, cor, som, loop, 2�’ Vídeo VHS converted to DV, colour, sound, loop, 2�’

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TIAGO BAPTISTAAtendendo ao trabalho pictórico desenvolvido pelo artista, onde a complexidade rural surge como uma das temáticas recorrentes, Tia-go Baptista foi convidado a produzir cinco postais ilustrados sobre o Concelho de Óbidos (distribuição gratuita durante o evento). Em Cordeiro Místico de Josefa visita o Concelho de Óbidos, nome dado à série das pinturas realizadas para este contexto, Baptista coloca o cordeiro (um dia representado por uma das figuras mais proeminen-tes da História da Arte portuguesa do século XVII, Josefa d’Óbidos) em visita a espaços não representados nos postais ilustrados à venda na Vila. O cordeiro marca passagem pelo antigo campo de futebol, hoje usado como parque de estacionamento; pela Estação da CP, recentemente encerrada; ou pelas termas das Gaeiras, há muito abandonadas. Em Agnus Dei, última imagem da série, uma figura feminina ostenta o cordeiro nos braços deixando antever o sacrifício cerimonial.

Na sala do Museu Municipal onde a pintura de Josefa d’Óbidos se encontra instalada, Baptista expõe as aguarelas originais e algum do material documental que resultou das suas visitas ao Concelho.

Nasceu em Leiria no ano de 1986. Terminou a Licenciatura em Artes Plásticas na Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha em 2008. O seu trabalho debruça-se sobretudo na produção pictórica. Tem exposto regularmente desde essa altura destacando-se a exposição individual “Um dia destes” na 3+1 Arte Contemporânea, em Lisboa em 2011, e as colectivas “Residentes” no Atelier-Museu António Duarte, Caldas da Rainha em 2011 e “Guimarães Arte Contemporânea 2011” no Palácio Vila Flor no mesmo ano. Em 2009 ganhou o 1º prémio do Fidelidade Mundial Jovens Pintores e em 2008 foi seleccionado para o Anteciparte. Desde 2005 está fequentemente envolvido na publicação de vários fanzines. De 2008 a 2010 esteve em residência nos ateliers do Museu António Duarte nas Caldas da Rainha, de momento está em residência de criação permanente na Associação Zé dos Bois em Lisboa. Para além de estas actividades faz parte da Associação a9)))) sediada em Leiria onde exerce várias funções, desde a feitura de cartazes ao transporte de amplificadores.

Was born in Leiria in 1986. He completed the degree in Fine Arts at the College of Arts and Design in Caldas da Rainha in 2008. His work focuses mainly on pictorial production. He exhibits regularly since then with emphasis on the individual exhibition “Um dia destes” 3+1 Contemporary Art in Lisbon in 2011, and the collectives “Residentes” at the Museum-Atelier António Duarte, Caldas da Rainha in 2011 and “Guimarães Contemporary Art 2011 “at the Vila Flor Palace, in the same year. In 2009 he won the 1st prize of the Young Painters Global Fidelity and in 2008 was selected for the Anteciparte. Since 2005 he is frequently involved in the publication of several fanzines. From 2008 to 2010 he was in residence at the workshops of the Museum Antonio Duarte in Caldas da Rainha, and he is currently in residence at Zé dos Bois Association, in Lisbon. Apart from these activities he is part of the Association a9)))) based in Leiria where he performs several roles, from the making of posters to the transport of amplifiers.

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O CORDEIRO MÍSTICO DA JOSEFA VISITA O CONCELHO DE ÓBIDOS, 2011Aguarela, tinta da China s/ papel, fotografias e fotocópiasWatercolour, ink paper, photograph and prints

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ABOUT AN USELESS SPACERESIDÊNCIA ARTÍSTICA E ENCONTROARTISTIC RESIDENCY AND ENCOUNTER

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INÊS MILAGRESInês Milagres é formada em Design Industrial e tem vindo a dedicar o seu trabalho à experimentação gastronómica (food design). A partir do olhar atento sobre as tradições e costumes, a designer propõe conjugações imprevistas articulando novos sabores com alimentos de produção local. Neste contexto, Milagres foi convidada a permanecer durante o período do Junho das Artes em residência no espaço About an useless space (últi-mo piso da Galeria Casa do Pelourinho), partindo do contexto para pensar novas articulações para os alimentos/produtos locais. Os visitantes que afluem ao espaço têm, assim, a oportunidade de poder degustar os mo-mentos de substanciação do processo desta criativa.

No dia de inauguração, Inês desenhou e confeccionou (com um conjunto de colaboradores) uma refeição oferecida a todos os presentes. Partindo da Batatada, festividade realizada todos os anos na localidade do Pinhal, no Concelho de Óbidos, na qual todos são convidados a aparecer para uma refeição comunitária, a designer definiu a base conceptual da sua abordagem. Apesar da batata desempenhar frequentemente o papel se-cundário, nesta ocasião, Milagres deu-lhe o protagonismo, explorando inúmeras e inesperadas potencialidades.

Inês Milagres depois de ter passado um semestre de Erasmus em Bolzano (Itália) termina a sua licenciatura em Design Industrial em Junho de 2009, ficando pelas Caldas da Rainha por não ser bicho de cidade grande.

Apesar do amor pela comida estar extremamente presente no seio Familiar é só 2009 que começa a olhar para a comida como objecto de design.

Tomando como ponto de partida as pessoas e a sua cultura explora, através da comida, experiências que potenciam as relações sociais e fortalecem memórias colectivas.

Funda o Moscardo em 2009 com Alexandre Castro com o qual tem vindo a desenvolver diversos projectos na área cultura, tais como Homenagem aos trabalhadores da Bordallo Pinheiro (Março de 2009), Exposição em Cima do Joelho (Maio de 2010), Migrações (Outubro de 2010), Jardim do Nunca (Maio de 2011).

Tem realizado projectos para o Maratona, Jantar de Outono (Novembro de 2010) workshop de bolachas (Dezembro de 2010) e mais recentemente desenvolveu Pão com Todos (Maio de 2011) projecto dentro da temática do Pão para a Casa Antero e Pão Nosso de Todos os Dias.

Inês Milagres, after spending an Erasmus semester in Bolzano, Italy, graduated in Industrial Design in June 2009 and settled in Caldas da Rainha because she is not a big city animal.

Although the love for food is extremely present in her family, it was only in 2009 that she begun to look at food as a design object.

Looking at people and its culture, she explores, through food, the experiences that potentiate social relationships and fortify collective memories.

In 2009 she found the Moscardo with Alexandre Castro with whom she has been developing several cultural projects such as the Homage to the workers of Bordallo Pinheiro (March 2009), the Exhibition ‘Em Cima do Joelho’ (May 2010), Migrations (October 2010) and the Jardim do Nunca (May 2011).

She has been developing projects for Maratona, such as the Fall Dinner (November 2010), a cookies workshop (December 2010) and, more recently, the project Pão com Todos (May 2011), about bread, for Casa Antero e Pão Nosso de Todos os Dias.

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JOÃO FERRO MARTINSA par da participação de João Ferro Martins com a obra TDK, como parte integrante do primeiro ciclo de programação, este artista foi também convidado para desenvolver um projecto que envolves-se o trabalho que tem vindo a realizar com projectos musicais. No contexto do Junho das Artes foi proposto a Martins que adequasse a sua abordagem a um colectivo local, da Vila das Gaeiras — Goliar-dos 2.0 (Emanuel Libório, José Alves, João Maia, Edgar Libório, Dane Rasteiro, Rodolfo Santos e Nelson Ribeiro). João Ferro Martins e o colectivo convidado ensaiaram durante o mês de Junho a releitura plástica a musical das pautas desenvolvidos pelo artista. No dia 25 de Junho, o resultado final foi apresentada ao público na Igreja da Misericórdia em Óbidos.

Nasceu em 1979 em Santarém. Frequentou na E.S.A.D. - Caldas da Rainha, o curso de Artes Plásticas onde dá início ao seu trabalho em pintura, desenho e fotografia. Reside em Lisboa desde 2003 onde a sua obra ganha presença tridimensional, sonora e também performativa. Participou em diversos eventos dos quais se destacam; “Jack presents” BESart, BES Arte & Finança, Lisboa, “Vestígio”, Pavilhão 27, Hospital Júlio de Matos, Lisboa, “A secreta vida das palavras”, Centro de Artes de Sines, Sines, “Bosch Young Talent Show (BYTS)”, Academy for Art and Design AKV s-Hertogenbosch, the Netherlands, “Correspondência #1, Luísa Cunha / João Ferro Martins, Arte Contempo, Lisboa, “7 Artistas ao 10º Mês”, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, entre outros.

Com o colectivo A kills B formado em 2007 participa em eventos como; Jack presents/Group Show, Sala do Veado, Museu Nacional de História Natural de Lisboa, “Now Jump”, Nam June Paik Art Center, Coreia do Sul, “3º Prémio de Pintura Ariane de Rothschild”, Lisboa, entre outros.

O seu trabalho não tem fronteiras técnicas e a sua pesquisa caminha no sentido de atingir o melhor formato para as suas ideias. A obra manifesta-se ácida mas simpática, formalista e absurda.

Was born in 1979 in Santarém. Attended the course of Fine Arts at “E.S.A.D.” in Caldas da Rainha, where he begins his work in painting, drawing and photography. Lives in Lisbon since 2003 where his work gains three-dimensional presence, sound and also performative. He participated in several events from which stand out, “Jack presents” BESart, BES Arte & Finance, Lisbon, “Trace”, Pavilion 27, Hospital Julio de Matos, Lisbon, “The Secret Life of Words,” Arts Center of Sines, in Sines, “Bosch Young Talent Show (BYTS),” Academy for Art and Design AKV s-Hertogenbosch, the Netherlands, “Correspondence # 1, Luisa Cunha / John Ferro Martins, Arte Contempo, Lisbon,” 7 Artists at the 10th Month “ Calouste Gulbenkian, Lisbon, among others.

With the collective A kills B constituted in 2007 he participates in events such as: Jack presents / Group Show, Hall of Deer, National Museum of Natural History in Lisbon, “Now Jump”, Nam June Paik Art Center, South Korea, “3rd Prize Painting Ariane de Rothschild “, Lisbon, among others.

His work has no technical boundaries and his research walks towards achieving the best format for his ideas. The work manifests itself as being acid but nice, formal and absurd.

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VON CALHAU!Integrado no segundo ciclo de programação (obra produzida para o contexto), o colectivo de artistas Von Calhau ! (João Calhau e Mar-ta Ângela) foi convidado a participar num formato de residência, permanecendo na Vila durante o período de exposição, ou seja de 9 a 26 de Junho. O convite surgiu em parte pelo carácter multidis-ciplinar com que materializam o seu universo artístico, dialogando com o conceito Fronteira, desta vez, pelo esbatimento da mesma. Pensando no cruzamento temporal e riqueza ornamental que as suas apresentações visuais ou sonoras implicam, e no modus ope-randi deste colectivo, o cenário de Óbidos poderia funcionar, como João Alves verbalizou, “não em contraste, mas como uma forma de existir dentro, fazer parte”.

A estadia foi pautada por três momentos de apresentação públi-ca, tendo sido iniciada com o Concerto Quadrologia Pentacónica, no dia da inauguração do Junho das Artes. Na primeira semana de exposição realizaram um workshop denominado Canibalismo Aplicado, onde a experimentação sonora foi explorada e apresen-tada numa performance pública que teve lugar no Museu Abílio. O último momento consistiu na exposição dos trabalhos realizados em contacto e presença no território obidense, que teve lugar em vários locais da Vila e inaugurou no penúltimo dia do evento. Desta forma, substanciou-se a imaterialidade da experiência durante esse período e as contaminações entre artistas e contexto.

Desde 2006, !CALHAU! é partilha manipulada ao retardador à procura de ritmos lunares em ecos oceânicos desenhados por interiores pardos de pan rajadas espectrais via truques magnéticos expansivos apreendidos na gruta cónica da radiação potencial em queda directa à harmonia posta em fuga.

Since 2006 !CALHAU! Is a simulated share of a delayed instrument in search for lunar rhythms in oceanic echoes designed by interior brown pan bursts through expanded magnetic tricks captured in the conical cave of potential radiation in direct fall to an escaping harmony.

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PROGRAMADORESCONVIDADOSGUEST CURATORS

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MUSEU BERNARDO BERNARDO MUSEUM

O Museu Bernardo, sediado nas Caldas da Rainha, inscreve-se dentro do que geralmente se denomina por espaços de programação alternativa (sem fins lucrativos, entenda-se, ou melhor dizendo, sem qualquer tipo de financiamento do Estado ou de privados). Na realidade, tudo, de uma forma geral, poderá ser con-siderado alternativo de outra, no sentido que tudo se coloca em alternância a um outro. Assim, interessa voltar a definir, para definir melhor. O Museu Bernardo ocupa dois espaços físicos, o Museu propriamente dito (um apartamento de um edifício no centro da cidade), e a Casa Bernardo (moradia num bairro limítro-fe ao Parque D. Carlos I). Ambos os espaços têm sido programados com grande assiduidade tendo vindo a colmatar uma lacuna cultural no panorama artístico caldense e regional. E porque a vitalidade e qualidade do que é feito nestes espaços não se define numa visão e estratégia redigidas num qualquer documento impresso, é no fazer e na vivência que o projecto Bernardo tem assumido preponderância e ganho o re-conhecimento merecido.

Assim, como parte integrante da programação do Junho das Artes, o Museu Bernardo, na pessoa do seu principal impulsionador e responsável, Pedro Bernardo, foi convidado a programar dentro da programa-ção geral. O espaço de exposições do CDI (Centro de Design de Interiores) foi-lhe entregue e o pedido inicial foi no sentido de que esta exposição/intervenção trouxesse de novo a Lagoa de Óbidos ao vale que circunda a Vila (como acontecia até há cerca de 800 anos atrás), num acto que poderia ser simbólico ou literal.

Partindo da rede de colaboradores/participantes/apoiantes (Ivo Andrade, Eunice Artur, João Belga, Pedro Bernardo, Simone Poltronieri, Valter Vinagre e Vienn Chan), o Museu Bernardo transferiu durante o perío-do do Junho o seu espaço de programação para o território de Óbidos. Esta estrutura contribui também, activamente, para a dinamização da plataforma dialógica (About an useless space) que teve lugar no últi-mo piso da Galeria do Pelourinho. Conversas com Filipe Rocha da Silva, Pedro Ribeiro e Rui Afonso Santos são exemplos de algumas das iniciativas.

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JOÃO BELGA/OZZY PROJECTHAPPY READYMADE 2011Apresentação multimédiaMultimédia presention

PEDRO BERNARDOKF5, LAGOA DE ÓBIDOS, 2009c-print, 30x40cm

IVO ANDRADEDOCUMENTO FOTOGRÁFICO COMPROVATIVO DO FACTO DAS MARGENS DA LAGOA DE ÓBIDOS CHEGAREM ATÉ ÀS IMEDIAÇÕES DO CASTELO DE ÓBIDOS, 2011Prova analógica a preto e brancoAnalog proof B&W

EUNICE ARTURENTRE DOIS II, 2011Série de 3+2 PA, fotografias, impressão jacto de tinta em papel Photo Luster de 250g, cores, 60 x 21cmSerie of 3+2 PA, photographs, colour print on Photo Luster 250g, colours, 60 x 21cm

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SIMONE POLTRONIERISEM TÍTULO, 2011Fotografias a coresColoured photographs

VALTER VINAGREUMA QUESTÃO DE FÉFotografias a preto e brancoB&W photographs

VIENN CHANOPHELIA, 2010,THE INDIVIDUAL DESIRE FOR POSSESSION CONSUMMATES ALLVídeo, som, cor, loop, 2’5’’Video, sound, colour, loop, 2’5’’

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a�)))A Associação a9)))) é uma estrutura sem fins lucrativos que reúne dentro do seu núcleo organizativo pes-soas oriundas de áreas como arquitectura, cinema, sociologia e artes visuais. Dentro deste cruzamento disciplinar, que se pensa que complexifica a visão normativa que enforma o nosso olhar sobre o outro (e nós mesmos), a a9)))) tem desenvolvido uma actividade regular e fundamental na “criação, produção, pro-moção e divulgação de actividades culturais no âmbito das artes visuais e do espectáculo e outras áreas interdisciplinares” – como pode ser lido na apresentação que os mesmos propõem do projecto no sítio oficial da internet. Neste contexto, o convite que foi feito a esta estrutura visava, por um lado, reconhecer a importância da sua acção no contexto onde operam e saudar a perseverança (fundamental para manter uma linha de acção que garanta a qualidade e autonomia).

Assim, a a9)))) programou, dentro do programa geral do evento, um conjunto de três concertos, realiza-dos no dia 18 de Junho, no Jardim do Museu Municipal, que contaram com a presença de Filipe Felizardo, Luca Massolin & Solana Rivas e Alfredo Costa Monteiro. Este Anoitecer no Jardim, propôs um final de tar-de ao som de músicos que na sua actividade criativa cruzam (mais uma vez) disciplinas como a música, as artes plásticas e a performance.

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FILIPE FELIZARDO

LUCA MASSOLIN & SOLANA RIVAS

ALFREDO COSTA MONTEIRO

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PROJECTROOMS

Os trabalhos resultantes das candidaturas Project Rooms constituem-se como área de experimentação no território de Óbidos. Esta componente de experimentação caracteriza o processo de criação artística e de envolvimento com o território, que este evento pretende reforçar, contribuindo para a formatação de uma matriz inovadora e dialogante com o património construído e com a história.

Integrado no Junho das Artes é aberto à participação de todos os artistas (jovens artistas, finalistas e/ou recém-licenciados), com trabalhos nas áreas das Indústrias Criativas:

Arquitectura | Artes Visuais | Audiovisuais_Televisão & Rádio | Artes Performativas & Entretenimento | Cenografia | Cinema & Vídeo | Design | Escrita & Publicação | Música | Software Educacional & Lazer

Dos trabalhos apresentados foram seleccionados 10 obras que se instalam pelos espaços da Vila criando uma contaminação sensorial a quem nos visita.

The works resulting from the applications Project Rooms are formed as the experimental area in Obidos. This component of experimentation characterizes the process of artistic creation and involvement with the territory that this event aims to strengthen, contributing to the format of an innovative array and dialoguing with the built heritage and with History.

Event that is open to participation to all the artists (young artists, finalists and/or recent graduates) with works in the area of Creative Industries:

Architecture | Visual Arts | Television & Radio | Performing Arts & Entertainment | Scenery | Film & Video | Design | Writing & Publishing | Music |Educational Software & Leisure

From the presented studies, 10 works were selected that are installed through the village’s space creating a contamination of the senses to our visitors.

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AMÉLIE BOUVIERA série de desenhos apresentada pela artista Amélie Bouvier revelam uma práti-ca concentrada e persistente na descoberta de um espaço fictício que extrapola a bidimensionalidade do papel. Assim, as várias camadas, que se revelam na parcial transparência do material utilizado, permitem descobrir um outro lugar. No entanto, um lugar sempre fictício, que o baço do papel vegetal não deixa esquecer. A névoa dos sonhos que tentamos lembrar.

AMÉLIE BOUVIER (Paris, 1982) > EDUCAÇÃO EDUCATION: Especialização em Comunicação Visual Specialization in Visual Communication Escola Superior de Belas-Artes, Toulouse, França; BOLSAS/ PRÉMIOS SCHOLARSHIPS / AWARDS: Finalista do prémio Jeune création, Finalist of the Jeune creation award, St-Remy Moulin des Arts (12), França; EXPOSIÇÃO INDIVIDUAL SOLO SHOWS: Eles - Livraria Trama, Lisboa, Portugal; EXPOSIÇÕES COLECTIVAS GROUP SHOWS (selecção selection): QuaseGaleria, Porto; Bienal de Cerveira, curadoria de Paulo Reis, Cerveira Biennale, curated by Paul Reis, Cerveira; Prix Jeunes Création Saint-Remy, França; Estética Solidária III- Galeria Abraço, Aesthetic Solidarity III – Abraço Gallery Lisboa; Correspondance, em colaboração com Franck Aude, Musicophages, Correspondance, in collaboration with Franck Aude, Musicophages, Toulouse, França.

PERCURSOS CRUZADOSPigmento Tinta da China s/ Papel Vegetal e Papel Calvino e Fita-ColaInk, Parchment Paper, Calvino Paper and Tape � Desenhos/Drawings �0 x �2,� cm

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ANDRÉ LOPES E JOÃO VILNEIVendido é simultaneamente o título do trabalho, e a informação que consta nas placas justapostas aos edifícios para venda, utilizadas pelas empresas imo-biliárias. Os artistas apropriam-se dessas mesmas placas situadas em espaço público, transformando-as em “casas” para pássaros, e devolvendo-as posterior-mente aos mesmos locais.

VENDIDOPlacas PVC/PVC CansDimensões variáveis/Variable dimensions

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ANDRÉ LOPES (Brasil) > Artista Multimédia, mestrando em “Criação Artística Contemporânea” pela Universidade de Aveiro e Bacharel em Comunicação Social pela Universidade Federal do Ceará (Brasil). Nos últimos três anos, tem desenvolvido projectos autorais de intervenções urbanas, instalações sonoras e arte digital; Multimedia Artist, Master in “Contemporary Artistic Creation” by the University of Aveiro and a BA in Social Communications from the Federal University of Ceará (Brazil). Over the past three years, he has developed its own original projects of urban interventions, sound installation and digital art.JOÃO VILNEI (Brasil) > Artista Visual, doutorando em “Arte e Design” pela Universidade do Porto - FBAUP, Mestre em “Criação Artística Contemporânea” pela Universidade de Aveiro e Bacharel em Comunicação Social pela Universidade Federal do Ceará (Brasil). É Membro Integrado do Instituto de Investigação em Arte, Design e Sociedade da FBAUP ; Visual artist, PhD student in “Art and Design” by the University of Oporto - FBAUP, Master in “Contemporary Artistic Creation” by the University of Aveiro, and BA in Social Communications at the Federal University of Ceará (Brazil). He is a member of the Integrated Institute for Research in Art, Design and Society of FBAUP.

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CÁTIA EZEQUIELAo percorrer a vila de Óbidos deparamo-nos com uma série de edifícios desabi-tados ou devolutos. Um deles foi intervencionado por Cátia Ezequiel, substituin-do as portas e janelas por espelhos. Através desta instalação a artista realça, por um lado, a relação entre interior/exterior, privado/público, e por outro, a relação fenomenológica, onde nós, enquanto espectadores, interrompemos a paisagem espelhada, inscrevendo um limbo entre a realidade reflectida e a realidade es-condida por detrás dos espelhos.

CÁTIA EZEQUIEL (Portalegre, 1979) > EDUCAÇÃO EDUCATION: BA Artes Plásticas Visual Arts, ESAD, Caldas da Rainha; EXPOSIÇÕES INDIVIDUAIS SOLO SHOWS: Externato Cooperativo da Benedita (2010); EXPOSIÇÕES COLECTIVAS GROUP SHOWS (selecção selection): Encontro Internacional de Artistas no Alentejo > Elvas, Portugal (2009), Artistas no Alentejo, Casa da Cultura de Elvas; Elvas, Portugal (2009); Mazagran Caffè > Caldas da Rainha, Portugal (2008); Dá-me Espaço > Museu Bernardo > Caldas da Rainha, Portugal (2008); Índigo Blue > Biblioteca Municipal de Portalegre, Portugal (2005); PRÉMIOS PRIZES - 3º Lugar 3rd Place Prémio Ilustração Contos Júlio Verne, Biblioteca Municipal de Portalegre, Portugal (2005).

KHORAEspelhos, dimensões variáveisMirrors, variable dimensions

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GUSTAVO DE JESUSDurante cerca de cinquenta minutos, Gustavo de Jesus desloca, um a um, os tijolos que compõe o paralelepípedo que o sustenta. Um a um, revela o possível negativo da forma inicial, articulando um fio de nylon para o ajudar a colocar os tijolos no local desejado. Assim, a forma inicial, que simultaneamente deixa ver e salienta o objecto pousado, dá lugar a uma superfície, que feita da mesma maté-ria, impossibilita a contemplação do entorno e esconde o agente desta acção.

NIHIL DURARE POTEST TEMPORE PERPETUOvideo s/ som, �0’0�’’Vídeo no sound, �0’��’’

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GUSTAVO DE JESUS (Tavira, 1958) > EDUCAÇÃO EDUCATION: Licenciado em Artes Visuais na UALG BA in Fine Arts, UALG; Frequência do AR.CO, Lisboa, Portugal e o Curso Experimental de Arte Contemporânea MobileHome. | UALG. Attended Ar.Co, Lisbon, Portugal and the Experimental Contemporary Art Course MobileHome; EXPOSIÇÕES INDIVIDUAIS E COLECTIVAS SOLO AND GROUP SHOWS: Dialogue Boxes on Street Windows Art > Algarve, Portugal (2009); MobileHome > Loulé, Portugal (2009): Desenho > Centro Cultural de Lagos > Portugal (2009); Pintura > Instituto Português da Juventude > Portugal (2008); Pintura > Museu Municipal de Faro > Portugal(2007); Pintura e Escultura > Museu Municipal de Faro > Portugal (2006).

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JAVIER MARTINEZNew ElDorado remonta às descobertas levadas a cabo pelo Ocidente a partir do final do século XV, no qual o termo El Dorado substanciava o destino ideal. Nesta relação entre ElDorado e viagem, o artista inicia um percurso introduzin-do este conceito no motor de busca do Google (secção: imagens). O resultado é uma sucessão de imagens relacionadas com a palavra inserida, revelando a forte presença na toponímia do continente americano e proporcionando um mapeamento contemporâneo do termo através de associações insólitas.

NEW EL DORADOVídeo PAL (�20 x ���); 2�’0�’’, loop

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JAVIER MARTINEZ (Saragoça, 1971) > EDUCAÇÃO EDUCATION: Curso de Fotografia na Escola de Arte ARCO, Photography Course at the Arts School of ARCO, Lisboa; Licenciatura em Ciências Documentais na Universidade de Saragoça, Degree in Documental Sciences at the University of Zaragoza, Espanha; EXPOSIÇÕES COLECTIVAS GROUP SHOWS: Galeria Sousa Valles, Lisboa (2008); Palácio das Galveias, Lisboa (2008); Escola de Arte ARCO, Lisboa (2006); Instituto Franco-Português, Lisboa (2005).

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JOÃO BOTASJoão Botas pontuou algumas das artérias da Vila de Óbidos com fotografias que o próprio recolheu no local. Longe de ser ilustrativo, Botas redimensionou as suas imagens para o espaço público e justapô-las às fachadas cegas de algumas habitações. Assim, propõe a reflexão sobre o progressivo abandono das habita-ções do centro histórico e a intensificação do discurso turístico na Vila.

JOÃO BOTAS (Caldas da Rainha, 1983) > EDUCAÇÃO EDUCATION: Licenciatura Design Gráfico e Multimédia; Graphic Design and Multimedia Degree; Licenciatura em Artes da Imagem Bachelor of Arts Image; PORTEFÓLIO FOTOGRÁFICO PHOTOGRAPHIC PORTFOLIO 4º Concurso de Fotografia “Olhos sobre o mar” 4th Photo Contest “Olhos sobre o mar”; 3º lugar, no XIX Concurso Fotográfico de Manteigas 3rd place in the XIXth Photo Contest Manteigas.

ÓBIDOS WALLPRINTPapel e cola; dimensões variáveis Paper and glue; variable dimensions

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LUÍS PLÁCIDO COSTANa sua intervenção, Luis Plácido Costa mostra-nos um universo onde o lugar, enquanto espaço vivencial, e o espaço, enquanto intersecção de planos e linhas, se interseccionam infinitamente. Assim que entramos na casa intervencionada deparamo-nos com um espaço austero, marcado pela presença de uma cons-trução que dialoga com as edificações “merzbaunianas” de Kurt Schwitters . Aqui, conseguimos perceber através das memórias das anteriores utilizações do espaço (por exemplo: as cores na parede), que o novo lugar é feito de vestí-gios do que o antecedeu.

LUÍS PLÁCIDO COSTA (Alcobaça, 1981) > EDUCAÇÃO EDUCATION: Licenciado em Artes Plásticas pela ESAD, Degree in Fine Arts from the ESAD, Caldas da Rainha; EXPOSIÇÕES COLECTIVAS GROUP SHOWS (selecção/selection): ESAD 90/10-20 Anos, Lisboa (2011) “Porta 187”, Galeria Jup, Porto (2011); “IC2”, Armazém 7, Lisboa (2011); “Falha”, Ceres, Caldas da Rainha (2010); “Finalistas 2010”, Centro Cultural de Ílhavo (2010); “4/Q”, Museu Bernardo, Caldas da Rainha (2010); “ANTECIPARTE 09”, Lisboa (2009); “À Bolonhesa”, Museu Bernardo, Caldas da Rainha (2009); “Arte Jovem 09”, Galeria Dois Portos, Torres Vedras (2009); PRÉMIOS PRIZES: 1º Prémio “Finalistas 2010”, 1st Prize “Finalists 2010, Centro Cultural Ílhavo (2010); 1º Prémio de Fotografia “Arte Jovem 09”, 1st Prize of Photography “Young Art 2009, Torres Vedras (2009); Menção Honrosa “V Bienal de Pintura”, Honorable Mention “V Biennial of Painting, Penafiel (2008); Menção Honrosa Pintura “Traços de Vila de Rei”, Painting Honorable Mention “ Traces of Vila de Rei”, Vila de Rei (2007)

SEM TÍTULOInstalação, madeira, dimensões variáveis; Instalation; wood, variable dimensions

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MARILINE RICARDOOs lugares intersticiais são, por definição, aqueles que se situam entre um espa-ço e outro, atribuindo o protagonismo a estes últimos. Mariline Ricardo identi-fica espaços intersticiais nas fachadas e muros da Vila, preenchendo a falta de matéria numa aparente operação de cosmética. No entanto, pelo contraste que o material utilizado exerce sobre o pré-existente, a intervenção da artista evi-dencia o entre, agora (e quase sempre) como um lugar de criação.

MARILINE RICARDO (Sernancelhe, 1986) > EDUCAÇÃO EDUCATION - Curso de Artes Plásticas – Pintura e Intermédia Course of Plastic Arts – Painting and Intermedia; EXPOSIÇÕES INDIVIDUAIS SOLO SHOWS (selecção/selection): Feira das Actividades Económicas”, «The Economics Activities Fair, Aguiar da Beira (2006); “Feira/Festa da Amizade, Fair/ Festival of Friendship, Sernancelhe (2007-2009); Centro Municipal de Artes de Sernancelhe (2008); Biblioteca Municipal de Castro Daire, Municipal Library of Castro D Aire (2009)

FENDASPlasticina biodegradável, dimensões variáveis biodegradable clay, variable dimensions

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MARTINHO FERNANDESO espaço físico da entrada do Museu Abílio em Óbidos recebeu um corpo que, em constante movimento, performa a definição de um novo território. Um ho-lofote no chão é coberto por uma película plástica pontuada por chumbos nos limites. O calor da luz acesa insufla paulatinamente os limites do corpo, alteran-do e recriando os seus contornos fronteiriços.

MARTINHO FERNANDES (Lagos, 1979) > EDUCAÇÃO EDUCATION: Frequenta o Mestrado em Criação Artística Contemporânea, da Universidade de Aveiro; Licenciatura em Escultura pela EUAC, Coimbra; Curso de Cenografia na Restart, em Lisboa; EXPOSIÇÕES INDIVIDUAIS SOLO SHOWS: “Intervir na Paisagem”, orientado pelo escultor Alberto Carneiro, «Intervening in Landscape», under the supervision of the sculptor Alberto Carneiro, Montemor-o-Novo (2006). Colaboração na longa-metragem “Mistérios de Lisboa” do realizador Raúl Ruiz Collaboration in the movie «Mysteries of Lisbon» from the director Raúl Ruiz (2008/2009) “Light body made”, representação Portuguesa na “JCE BIENNIAL, Jeune Creation Europeenne 2011/2013”, Bienal itinerante de Arte Contemporânea «Light body made» to be selected to represent Portugal in the «JCE BIENNIAL, Jeune Création Européenne 2011/2013», an itinerant Biennale of Contemporary Art França, Lituânia, Alemanha, Eslováquia, Áustria, Hungria, Espanha, Itália e Portugal (2011).

CORPOS DE ARPelícula plástica; chumbos 1�g x �Projector Spotlight �00w Plastic film; Lead 1�g x �;Spotlight �00w projector

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MIGUEL LOPESO perfil da proposta feita pelo artistas Miguel Lopes para os Project-rooms en-quadrava-se perfeitamente no espaço About an useless space, programado para o último piso do Pelourinho. Lopes propunha um processo em aberto, dando continuidade ao corpo de trabalho que tem vindo a desenvolver. Assim, a sua presença e a acção que exerce sobre o material frequentemente utilizado (papel de cenário) contaminaram o espaço de residência e deram a conhecer as várias fases do seu processo. Esta relação contou também com momentos de apresen-tação performativa (dia 18 de Junho, pelas 17h30).

( )papel, dimensões variaveis, papervariable dimensions

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MIGUEL LOPES (Oeiras, 1984) > EDUCAÇÃO EDUCATION: Licenciatura em Artes Plásticas na ESAD, Caldas da Rainha; Masterclass Livro de Artista e na Masterclass II Conservação e Preservação de Obras de Arte em Papel, ambas por Nelson Crespo, Centro de Artes, Caldas da Rainha; TRABALHOS WORKS (selecção/selection): Performer na peça “Filho da Europa”, encenada por João Garcia Miguel, apresentada no ciclo de conferências e performances No Performance Land, Culturgest, Lisboa e no Teatro-Cine de Torres Vedras, Torres Vedras; Performer in the play “Child of Europe”, staged by João Garcia Miguel, presented in the series of lectures and performances Land In Performance, Culturgest, Lisbon and Teatro-Cine de Torres Vedras, Torres Vedras; Videoplasta na peça “Mãe Coragem”, encenada por João Garcia Miguel, apresentada na Feria de Teatro de Castilla-La Mancha, Videoplasta in the play “Mother Courage”, staged by João Garcia Miguel, presented at the Feria de Teatro de Castilla-La Manch, Espanha (2011); Assistência plástica na criação de uma instalação multimédia interactiva, da autoria de João Garcia Miguel, apresentada através da Perve Galeria a convite da Art Madrid 2011 e inserida no programa Art Show- Nov. 2010, Plastic assistance in creating an interactive multimedia installation, designed by João Garcia Miguel, presented by the Perve Art Gallery by invitation of Madrid 2011 and included in the Art Show program (2011); Criação da Galeria/Espaço Vesga, inserido no projecto Seres.CR. Creation of the Gallery/ Space Vesga, inserted in the draft Seres, Caldas da Rainha; EXPOSIÇÃO COLECTIVA GROUP SHOWS: “Quem são eles?”, na Galeria Nova Ogiva, Óbidos (2010); “Falha”, exposição e curadoria, Espaço Vesga, Seres.CR, Caldas da Rainha (2010).

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FICHA TÉCNICACREDITS

CATÁLOGO Catalogue

CONCEPÇÃO ConceptionCarolina Rito

COORDENAÇÃO CoordinationAna Calçada

TEXTOS TextsTelmo Henrique Correia Faria, Carolina Rito e Ana Calçada

INVESTIGADORES CONVIDADOS Guest ResearchersMoisés Espírito Santo, Teresa Perdigão e Bruno Silva/OP

SINOPSE SinopseCarolina Rito e Nelson Melo

SECRETARIADO SecretariatCatarina Machado

TRADUÇÕES Translations Carolina Rito, Filomena Gomes, Nuno Santos e Helena Miranda

DESENHO GRÁFICO Graphic DesignSusana Santos e Cátia Garcia

IMPRESSÃO E ACABAMENTOS Printing and BindingGTO 2000 - Sociedade de Artes Gráficas, Lda.

CRÉDITOS FOTOGRÁFICOS Photographic CreditsEdgar Libório com excepção de: Filipa César (p.21), Luís Sezões (p.36-37), Patrícia Almeida (p.44-45), Pedro Neves Marques (p.48-49), Museu Bernardo (p.63), Vienn Chan (p.65), a9))) (p.67), Amélie Bouvier (p.70), Gustavo de Jesus (p.73) e Javier Martinez (p.74)

PRODUÇÃO ProdutionÓbidos Patrimonium EEM9 a 26 Junho 2011

TIRAGEM Copies750 exemplares

DEPÓSITO LEGAL Legal Deposit???????

ISBN 978-972-9132-19-3

PRIMEIRA EDIÇÃO PUBLICADA EM 200� First edition published 2008Óbidos Patrimonium EEM

Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste catálogo pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma ou processo, electrónico, mecânico ou fotográfico, sem autorização prévia e por escrito do editor. All rights reserved. No part of this book may be reproduced or transmitted in any form or by any means, electronic or mechanical, including photocopying, eroding or any other information storage and retrieval system, without prior permission in writing from the publisher.

*por ordem alfabética in alphabetical order

JUNHO DAS ARTES’11

ORGANIZAÇÃO OrganizationÓbidos Patrimonium EEM

COMISSÁRIA CONVIDADA Guest CuratorCarolina Rito

DIRECTORA DE EXPOSIÇÕES Exhibitions DirectorAna Calçada

JÚRI PROJECT ROOMS Project Rooms JuryCarolina Rito, Miguel Silvestre e Ana Calçada

INVESTIGADORES CONVIDADOS GuestMoisés Espírito Santo, Teresa Perdigão e Bruno Silva

PRODUÇÃO ProdutionCatarina Machado e Nelson Melo

SECRETARIADO SecretariatAna Raquel Arsénio

APOIO ADMINISTRATIVO Administrative SupportDaniel Sousa

IMPRENSA MediaDavid Vieira, Edgar Libório, Nelson Lança, Pedro Pereira e Luís Ferreira

DESENHO GRÁFICO Graphic DesignSusana Santos e Cátia Garcia

SÍTIO SiteSusana Nobre, Ana Vital e João Escada

EQUIPA JUNHO DAS ARTES E MONTAGEMTeam Junho das Artes and Installation *Ana Raquel Arsénio, Aníbal Semião, António Ferreira, Bruno Silva, Carina Paulo, Carlos Gomes, Carlos Lourenço, Carlos Zina, Catarina Machado, Daniel Mateus, David Monteiro, Eduardo Timóteo, Horácio Ferreira, João Ferreira, João Maria, João Paulo Ferreira, João Santos, Joaquim Claudino, Joaquim Dias, Jorge Munhá, Jorge Reis, Faustino Sousa, Manuel Silva, Marco Maria, Marco Santos, Marta Henriques, Nelson Agostinho, Nelson Melo, Nelson Sousa, Orlando Pinto, Paula Ribeiro, Pedro Pimentel, Renato Sousa, Ricardo Braz, Ricardo Norte, Sérgio Rodrigues e Vítor Sousa

SOM E IMAGEM Sound and ImageMário Ferreira e Luís Ferreira

EMPRESTADORES LendersGaleria Nuno Centeno (Reflexus) Arte contemporânea

AGRADECIMENTOS Acknowledgments*António Ribeiro, Casa da Eira, Horácio Ferreira, Joaquim Machado, Maria Filipa Ferreira, Nelson Melo, Noémia Leandro Ramos, Paula Oliveira, Sotão da Avó, Vítor Sousa e a todos os que, directa ou indirectamente, tornaram possível esta iniciativa and all those who helped to make this iniciative possible either directly or indirectly.

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