5
A , _, AEFERENCIAS BIBLlOGRAFICAS: UMA QUESTAO CRITICA Jurema Alcides Cunha * Maria Lucia Tiellet Nunes * RESUMO ~ feita uma revisão de referências bibliográficas de pesquisas, utilizando-se uma centena de artigos cientfficos, publicados em 1988 e 1989, selecionados por seu uso de testes psicol6gicos como instrumentos de pesquisa. Os dados são ana- lisados do ponto de vista numérico e cronol6gico, sendo feita uma tentativa de iden- tificar tendências especfficas. BIBLIOGRAPHICAL REFERENCES: A CRmCAL ISSUE ABSTRACT Research references are reviewed in one hundred scienlific papers, published in 1988 and 1989, se/ecled for Iheir using psnycnotoçlcet lests as research instrumen- Is. Dala are ana/ysed and discussed bolh in lerms of numerica/ and ctuonotoçicet is- sues aaempting 10identify specific trends. * Professoras dos Cursos de Põs-qraduação da PUCRC. Endereço para correspondência a Jurema Alcides Cunha Av. Independência, 876/602 - 90210 - Porto Alegre, RS. Fone (051 - 2246946) Revista de Psicologia, Fortaleza, V. 9 (1/2), V. 10 (1/2); p.29 - p.37, Jan.lDez. 1991/92 29

Jurema Alcides Cunha - repositorio.ufc.br · tão na ordem do dia, como os de Millon (1983, 1984, 1985, 1986) e o Çalifornia ... o desse teste como instrumento de pesquisa, já observado

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Jurema Alcides Cunha - repositorio.ufc.br · tão na ordem do dia, como os de Millon (1983, 1984, 1985, 1986) e o Çalifornia ... o desse teste como instrumento de pesquisa, já observado

A , _,

AEFERENCIAS BIBLlOGRAFICAS: UMA QUESTAO CRITICA

Jurema Alcides Cunha *

Maria Lucia Tiellet Nunes *

RESUMO

~ feita uma revisão de referências bibliográficas de pesquisas, utilizando-seuma centena de artigos cientfficos, publicados em 1988 e 1989, selecionados porseu uso de testes psicol6gicos como instrumentos de pesquisa. Os dados são ana-lisados do ponto de vista numérico e cronol6gico, sendo feita uma tentativa de iden-tificar tendências especfficas.

BIBLIOGRAPHICAL REFERENCES: A CRmCAL ISSUE

ABSTRACT

Research references are reviewed in one hundred scienlific papers, published in1988 and 1989, se/ecled for Iheir using psnycnotoçlcet lests as research instrumen-Is. Dala are ana/ysed and discussed bolh in lerms of numerica/ and ctuonotoçicet is-sues aaempting 10identify specific trends.

* Professoras dos Cursos de Põs-qraduação da PUCRC.

Endereço para correspondência a Jurema Alcides CunhaAv. Independência, 876/602 - 90210 - Porto Alegre, RS. Fone (051 - 2246946)

Revista de Psicologia, Fortaleza, V. 9 (1/2), V. 10 (1/2); p.29 - p.37, Jan.lDez. 1991/92

29

Page 2: Jurema Alcides Cunha - repositorio.ufc.br · tão na ordem do dia, como os de Millon (1983, 1984, 1985, 1986) e o Çalifornia ... o desse teste como instrumento de pesquisa, já observado

Geralmente, todos os que escrevem artigos cientrticos, fazem um esforço nosentido de reunir referências sobre o que há de mais atualizado sobre o tema dotrabalho. Inclusive, existe uma tendência irnplrcita ou expllcita a sobrevalorizarfontes de referências dos últimos cinco anos. Há quem recomende, até, que asreferências bibliográficas, para um artigo cientffico não sejam muito extensivas.Neste sentido, cinco fontes citadas poderiam constituir um bom número, desde queabrangessem os trabalhos mais atualizados sobre o assunto, eventualmente com-pletadas por algum autor clássico.

Mas, especialmente quando se escreve sobre instrumentos psicológicos, mui-tas vezes parece importante explorar mais a literatura existente, ficando uma preo-cupação sobre a medida em que tais referências possam parecer numericamenteexcessivas ou abusivas quanto ao período de anos abrangente dos trabalhos in-cluldos, Esta foi uma dúvida da autora senior, ao organizar as referências biblio-gráficas do livro Psicodiagn6stico (Cunha, Freitas & Raymundo, 1989). Desdeentão, tal preocupação originou um interesse em saber como os demais autorestratam a questão.

O propósito deste trabalho foi, pois, o de examinar referências bibliográficas decem artigos cientrticos, sobre pesquisas, que utilizaram testes psicológicos (usan-do o termo em lato senso), corno instrumentos. Evitou-se incluir, na seleção dosartigos, pesquisas que faziam uso de técnicas pouco conhecidas ou infreqüente-mente utilizadas na clrnica.

Os artigos examinados foram publicados em 1989 (71) ou em 1988 (29), nasseguintes revistas: Joumal of clinical Psychology (42), Joumal of Personality As-sessment (26), Psychological Reports (17), Joumal of Consulting and Clinical Psy-chology (5), Perceptual and Motor Skills (3), Personality Individual Differences (93),Joumal of Abnormal Psychology (2), British Journal of Clinical Psychology (1) eApplied Psychological Measurement (1).

Destes cem artigos, foram examinadas as 1.870 referências bibliográficas in-cluídas, verificando-se, portanto, uma média de 18,70, sendo o DP = ± 14,63,constatando-se, assim, uma variabilidade numérica expressiva entre as listas bi-bliográficas, como se pode observar na seguinte distribuição ou, graficamente, naFigura 1.

1 - 5 referências - 10 artigos6 - 10 referências - 21 artigos11 - 20 referências - 35 artigos21 - 30 referências - 21 artigos31 - 50 referências - 10 artigos51 ou mais referências - 3 artigos

Por outro lado, foi calculada a média do número de referências inclurdas nos ar-tigos de 1989 (18,73) e de 1988 (18,62). O teste t, para médias independentes, ao

Revista de Psicologia, Fortaleza, V. 9 (1/2), V. 10 (1/2); p.29 - p.37, Jan./Dez. 1991/92

30

I d 0,05 (com 98 gl), demonstrou não haver diferença significativa entre as111 S.

Nol -se que 66% dos artigos apresentam de uma a vinte referências, enquanto, vinte e uma ou mais. Entretanto, encontrou-se apenas um artigo, de uma pá-

" I elo Psychological Reports (Cernovski, 1989), em que constava somente111111 r ferência, de 1988, de trabalho do próprio autor, ao passo que o artigo, com aIImais longa de referências bibliográficas (Graham & Strenger, 1988), ocupava

I IVI páginas e citava noventa-e oito trabalhos, que se distribuiam entre 1943 e111I'. Portanto, considerando como data provável de entrega do original à revista o1111 Interior ao da publicação, os autores realizaram um levantamento da literatura1" Rica, que abrangeu um período de quarenta a cinco anos (com quarenta refe-

I IIct S dos anos oitenta, trinta e oito dos anos setenta, quatorze dos anos ses-I 1111, quatro dos anos cinqüenta e duas dos anos quarenta).

Juanto à abrangência das listas bibliográficas examinadas, a referência maisI I I nte é do próprio ano da publicação do artigo e a mais remota ao século passa-Ikl, d tando do ano de 1844.

Ouando está registrada a data de entrega do original à revista, na quase totali-cI cI dos casos, é do ano anterior ao da publicação do artigo. Então, definindo ope-I I lonalmente o período de abrangência das referências bibliográficas, como'lu le que vai da data da citação mais remota até o ano em que provavelm~nte o'ligo foi concluído, isto é, o anterior à sua publicação, verifica-se que a média dos

I rrodos de abrangência das listas bibliográficas revisadas é de 35,14 anos, logo,ullr ipassando em muito, não só os últimos cinco anos, como a década dos anosIIlt nta.

lm termos da distribuição cronológica do material, os resultados também pare-I m bastante interessantes, se considerarmos o total das 1.870 referências biblio-r ficas, como se pode observar no Quadro I.

UADRO 1: Distribuição cronológica das referências bibliográficas de artigos derevistas cientrticas, publicadas em 1989 (N = 71) e 1988 (N = 29).

ANOS NÚMERO DE REFERÊNCIAS %

80 929 49,6870 523 27,9760 209 11,1850 128 6,8440 62 3,3230 14 0,7520 4 0,21

antes 1 0,05

Do exame do Quadro 1, conclui-se que há um uso importante de fontes biblio-,ráficas dos anos oitenta (49,68%), mas também é substancial a utilização da lite-

Revista de Psicologia, Fortaleza, V. 9 (1/2), V. 10 (1/2); p.29 - p.37, Jan./Dez. 1991/92

31

Page 3: Jurema Alcides Cunha - repositorio.ufc.br · tão na ordem do dia, como os de Millon (1983, 1984, 1985, 1986) e o Çalifornia ... o desse teste como instrumento de pesquisa, já observado

ratura anterior à presente década (50,32%). Se praticamente a metade das cita-ções bibliográficas é dos anos oitenta - o que nos revela um interesse por materialatualizado -, não se pode deixar de observar que, numericamente, as publicaçõesanteriores superam discretamente as desse período, demonstrando a importânciade um levantamento mais extensivo e abrangente da literatura.

Embora o número de citações dos anos oitenta seja muito elevado, somenteseis trabalhos se restringiram a fontes bibliográficas deste penodo, representadosgeralmente por artigos curtos e de natureza muito especializada. Por outro lado,em sete casos, houve ênfase desse material recente, com acréscimo de uma ouduas referências anteriores, relativas a textos de divulgação inicial do instrumentoutilizado, como a um manual do WAIS (Wechsler, 1955) ou do MMPI (Hathaway &McKinley, 1942) ou, ainda, a algum trabalho de conteúdo estatrstico (Cronbach,1951; Cronbach, 1955; Cohen & Cohen; 1975; Cohen, 1977).

Dezessete artigos resumiram suas listas a fontes dos anos oitenta e setenta,enquanto vinte e um concentraram nesse período sua abrangência, acrescentandouma ou duas referências anteriores, não só de textos como os aludidos acima,mas também abordando questões especificas relacionadas aos instrumentos(Cronbach, 1949; Cronbach, 1951; Cohen, 1951 a; Cohen, 1951 b; Cohen, 1957 a;Cohen, 1957 b; Cohen 1959; Wiener, 1948), etc •••

Somando os casos que recaem nessas categorias, se observa que correspon-dem aproximadamente à metade da amostra, isto é, a 51%. Entre os restantes, asreferências bibliográficas são muito variáveis quanto à sua distribuição cronológicamuitas vezes incluindo autores de técnicas citadas, tais como Roschach (1921) ouGoodenough (1926), mas freqüentemente chamando a atenção pela diversidadedo material consultado.

Os artigos envolvem grande número de instrumentos, sendo marcante a utiliza-ção do MMPI, nos quais predominam trabalhos de autores mais clássicos, comoHathaway (1956) ou dele e colaboradores (Hathaway & Meehl, 1952; Hathaway &Briggs, 1957; Hathaway & Monachesi, 1963; Hathaway & McKinley, 1967) ou, ain-da, de Dahlstrom, Wels e Dahlstrom (1972), de Gough (1947,1950), Wiener (1948)e de Gilberstadt e Duker (1965). Outros inventários de personalidade também es-tão na ordem do dia, como os de Millon (1983, 1984, 1985, 1986) e o ÇaliforniaPsychologicallnventory de Gough (1957, 1964, 1968, 1969, 1986). Também, comboa freqüência, aparecem resultados de pesquisas, utilizando o Rorschach, sendomais citado trabalhos de Exner (1974, 1978, 1982, 1983a, 1983b, 1985a, 1985 b,1986) ou usando as escalas Wechsler, principalmente, com referências do próprioWechsler (1949,1955,1974,1981), de Cohen (1952a, 1952b, 1957a, 1957b, 1959)e de Matarazzo (1972). Há, por outro lado, artigos altamente especializados, tendocomo instrumentos técnicas menos freqüentemente utilizadas em pesquisas, comoum que usa o Teste de Frustração de 130senzweig (Graybill, Williams & Peterson,(1988), que, entre doze fontes bibliográficas, inclui sete referências do próprio autordo teste, que abrangem trabalhos de 1948 a 1981.

Entre as referências bibliográficas, não diretamente relacionadas com testes,nem com textos de estatística, a fonte mais comumente citada é o manual da Ame-rican Psychiatric Association, em suas versões mais recentes (1968,1980,1987),

Revista de Psicologia, Fortaleza, V. 9 (1/2), V. 10 (1/2); p.29 - p.37, Jan./Dez. 1991/92

32

ndo em trinta e uma listas de referências, isto é, em quase _um t~rço do~revisados, evidenciando a presença de interesse por que~toes dtaqnôsti-

110campo da pesquisa. Por outro lado, a obra sobre test~~ pSlc~l~gl~os mais10 ntemente citada é a de Rapaport, GiII e Schafer, nas edições onqmais (1945,

I)ou posteriores. , bibl' áfiI r balhos, usando provas aperceptivas, como o TAT, ou referências, logr, ~-

r lacionadas, são extremamente escassos, confirmando um declínio ~~ utlll-o desse teste como instrumento de pesquisa, já observado n~ma revisao de

fi sobre pesquisas, publicadas de 1970 a 198~ (Polyson, Norns & Ott, 1985~:m sma forma, nas revistas examinadas, não fOI encontrada, em qualq~~r artír ferência ao CAT. Por outro lado, foram poucos os trabalhos que utilizaram

'nlcas gráficas ou inclurram citações a respeito., ,Individualmente, é possfvet vislumbrar tendências dlver~as. Há autores, comb lhos suscintos, e que igualmente se mostram econõrnícos em suas referên-

bibliográficas (menos de cinco). Todavia, ob~erva-s~ que autores, que traba-, m na mesma equipe embora variando a autona em numero e ordem, tendem a

nler eproxlrnadarnente o mesmo número de referências bibliográficas. Já auto-mais afamados e com maior bagagem cientlfica, como E~ner ou H,oltzman, pa-m tender a revisões da literatura especifica, que são ma,ls exte~sl~as e elabo-

, d s apresentando maior número de referências bibliográficas, dlstnburda,s numrodo de abrangência bem amplo. Entretanto, o número de casos examinadoso permite fazer generalizações.

ONCLUSÕES:

1 Os artigos examinados tendem a variar enormemente quanto ao número ~e re-• ferências bibliográficas incluldas, desde uma a ~oventa e ?it~, cO,m média de

18,70 e DP = 14,63. Não foi encontrada diferença Significativa entre asmédias de referências relativas a 1989 e 1988.

Embora haja um uso expressivo de fontes biblio~ráficas dos anos oitenta(49,68%), a utilização de material bibliográfi~o ~ntenor a esta dé~ada é .subs-tancial (50,32%). Conclui-se que existem dOIS Interesse~ predominantes: o deatualização do tema e o de levantam,ento ,e~tensi~o da literatura e~pecrflca. ~período de abrangência das referências bibliográficas dos cem artigos se estende de 1844 a 1989.

3 Praticamente a metade dos artigos (51%) usa preferencialmente fonte~ biblio-• gráficas dos anos oitenta e setenta, mas muito fr~üentemente" acrescidas d~

uma ou duas referências anteriores de textos cláSSICOSsobre o Instrumento utilizado, de trabalhos de interesse estatrstico ou muito espe~rtico sobr,e o temaem estudo. Os demais se caracterizam pelo uso amplo, vanado e muito abran-gente da literatura.

4. Definindo operacionalmente perfodo de abrangência das referências bibliográfi-

Revista de Psicologia, Fortaleza, V. 9 (1/2), V. 10 (1/2); p.29 - p.37, Jan./Dez. 1991/92

33

Page 4: Jurema Alcides Cunha - repositorio.ufc.br · tão na ordem do dia, como os de Millon (1983, 1984, 1985, 1986) e o Çalifornia ... o desse teste como instrumento de pesquisa, já observado

cas como aquele que vai desde a data da citação mais remota até o ano emq~e provav~lmente,o artigo foi concluído (isto é, um ano antes de sua publica-ção), a média do numero de anos do período de abrangênciadas listas de refe-rências bibliográficas revisadas é de 35,14 anos, portanto, ultrapassando emmuitoos últimos cinco anos ou a décadados anos oitenta,

5. Observa~se grande número de referências bibliográficas sobre inventários depersonalídade, esc~~asWechsler e relacionadas com o Rorschach, o que seass?cla ao uso frequentedessas técnicas como instrumentosde pesquisa (emdetn~ent? d~ pr~vas aperceptivas e gráficas), que se caracterizam por umavalorização histórica do materialexistente.

6. O ~pa~ecimento?e.referências bibliográficasdos manuais da American Psy-,chlatnc Assocíatíon, em quase um terço dos artigos examinados, revela umInt~ress~por questões diagnósticas no campo da pesquisa, que utiliza testespsícolôqícos como instrumentosde pesquisa.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Diagnostic and Statistical Ma-nual of Mental Disorders, 2ê ed. Washington: American Psychiatric As-sociation, 1968.

AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Diagnostic and Statistical Ma-nual of Mental Disorders, 3º ed. Washington: American Psychiatric As-sociation, 1980.

AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Diagnostic and Statistical Ma-nual of Mental Dísorders, 3ê ed. rev. Washington: American PsychiatricAssociation, 1987.

CERNOVSKY, S. S. Reverse responding to the MMPI. Psychological Reports64:202, 1989. '

COHEN~J., Factors underlying Wechsler-Bellevue performance of three neurpsy-chiatric groups. Journal of Ab Normal and Social Psychology, 49:359-365,1952a.

COHEN, J. A factor-analytically based rationale for the Wechsler-Bellevue. Jour-nal of Consulting Psychology, 16:272-277,1952b.

COHEN, J. The factor structure of the WAIS betweenearly adulthoodand olg age,Journal of Consulting Psychology, 21:283-290, 1975a.

COHEN, J. The factor-analytically based rationale for the Wechsler Adult Intelli-gence Scale. Journal of Consulting Psychology, 21:451-457,1957b.

Cohen, J. The factorial structure of the WISC at ages 7-6, 10-6,and 13-6.Journalof Consulting Psychology, 23:285-299,1959.

COHEN, J. Statistical power analysis for the behavioral scíences, Orlan-do, FL. Academic, 1977.

COHEN, J. & COHEN, P. Applied multiple regresion/correlation analysis

Revista de Psicologia, Fortaleza, V. 9 (1/2), V. 10 (1/2); p.29 - p.37, Jan./Dez. 1991/92

34

for the behavioral sciences, Hillsdale NJ: Erlbaum, 1975I li NBAH, L. J. Statistical method applied to Rorschach scores: a review. Psy-

chological Bulletin, 49: 293-429, 1949( liONBACH, L. J. Coefficient alpha and the internal structure of tests. Psycho-

metrika, 16:297-334,1951.( liONBACH, L. J. Construct validity in psychological tests. Psychological Bul-

letin, 52:281-302,1955.( IJNHA,J. A., FREITAS, N. K. & RAYMUNDO, M. G. B. Psicodiagnóstico.2ê ed.

PortoAlegre:Artes Médicas, 1989111\1 tLSTROM, W. G., WELSH, G. S. & DAHLSTROM, L. E. An MMPI handbo-

ok. Vol. 1. Minneapolis:University of Ninnesota Press, 1972.I XNER, J. E. The Rorschach: A comprehensive system. New York: Wiley,

1974I XNER, J. E. The Rorschach: A comprehensive system. Vol.2. New York:

Wiley, 1978I XNER, J. E. The Rorschach: A comprehensive system. Vol.3. New York:

Wiley, 1982I XNER, J. E. June, 13). Developmentalquality scoring. Alumni Newsletter, pp.

6-8,1983a.I XNER, J. E. Rorschach assessment. In I. B. Weiner, Ed. Clinical methods in ps-

ychology.2ê ed. New York: Wiley, 1983b,I XNER, J. E. Rorschach interpretation program (computer proqram), New

Yorl: Rorschach Workshops, 1985a.I XNER, J. E. A Rorschach workshop on the Comprehensive System. 2ê

ed. Bayville, NY: Rorschach Workshops, 1985b.I XNER, J. E. Some Rorschach data comparingschizophrenics with bordelineand

schizotpal personality disorders. Journal of Personality Assess-ment, 50:455-471,1986.

(,ILBERSTADT, H. & Duker, J. Handbook for clinical and actuarial MMPIlnterpretatíon, Philadelphia:Saunders, 1965.

( ,OODENOUGH, F. L. Measurement of intelligence by drawings. New York:Harcourt, Brace & World, 1926.

(,OUGH, H. G. Simulatepatternsof the MMPI. Journal of Abnormal and SocialPsychology.42:215-225,1947.

(,OUGH, H. G. The F minus K dissimulationindex for the MMPI. Journal of Con-sulting Psychology, 14:408-413,1950.

,OUGH, H. G. California Psychological Inventory (CPI) Manual. PaioAlto,CA: ConsultingPsychologists Press, 1957.

(,OUGH, H. G. Academic achievement in high school as predicted from the Cali-fornia Psychological Inventory. Journal of Educational Psychology_ 55:174-180,1964.

(,OUGH, H. G. College attendance among high apttiude students as predictedfrom the California Psychological Inventory. Journal of Consulting Psy-chology, 15:269-278,1968.

,OUGH, H. G. Manual for the California Psychojoqical Inventory, Ed. rev.

Revista de Psicologia, Fortaleza, V. 9 (1/2), V. 10 (1/2); p.29 - p.37, Jan.lDez. 1991/92

35

Page 5: Jurema Alcides Cunha - repositorio.ufc.br · tão na ordem do dia, como os de Millon (1983, 1984, 1985, 1986) e o Çalifornia ... o desse teste como instrumento de pesquisa, já observado

Paio Alto, CA: Consulting Psychologists Press, 1969.GOUGH, H. G. California Psychological Inventory administrator"s guide.

Paio Alto, CA: Consulting Psychologists Press, 1987.GRAHAM, J. R. & STRENGER, V. E. MMPI characteristics of alcoholics: Are-

view, Journal of Consulting and Clinical Psychology 56. 197-2051988. ' ,

GRAYBILL, O., WILLlAMS, P. G. & PETERSON, S. P. Cross-validation of modalresponses on the children's form of the Rosenzweig Picture-FrustrationStudy. Psydhological Heports, 62: 771-777, 1988.

HATHAWAY, S. R. Scales 5 (masculinity-feminity), 6 (Paranoia), and 8 (Schízo-phrenla): In G. L. Welsh & W. G. Oahlstrom, Eds.: Basic Readings on theMMPI m psychology and medicine. Minneapolis: University of Minner-sota Press, 1956.

HATHAWAY, S. R. & BRIGGS, P. F. Some normative data on new MMPI scalesJournal of Clinical Psychology.13: 364-368,1957. •

HATHA~AY, S. R. & MCKINLEY, J. C. A Multiphasic Personality Schedule(Minnesota): I - Construction of the schedule. Journal of Psychology.10.242-254,1940.

HATHA~AY, S. R. & MICKINLEY, J. C. A Multiphasic Personality Schedule(Mlnnesota): The measurement of symptomatic depression. Journal of Psy-chology, 14:73-84,1942.

HATHAWAY, S" R. & MCKINLEY,J. C. Manual for the Minnesota MultiphasicPersonahty Inventory. New York: psychological Corporation, 1943.

HATHAWAY, S. R. & Meehl, P. E. Adjective checklist correlates of MMPI scores(Inédito), 1952.

HATHAWAy, S. R. & MONACHESI, E. O. Adolescent personality and beha-vior. Minneapolis:University of Minnesota Press, 1963.

MATARAZZO, J. O. Factorial structure of the W-B I and WAIS.ln J. O. Matarazzo,Ed. Wechsle's. '."easurement and appraisal of adult intelligence. 5êed. Baltimore: Wllllams & Wilkins, 1972.

MILLON, T. Millon Clinical Multiaxial Inventory manual. Minneapolis:NationalComputer Systems, 1977.

MILLON, T. Disorders of personality: DSM-III: Axis 11. New York: Wiley1981. '

MILLON, T. MCMI manual supplement. Minneapolis: National Computer Sys-tems, 1984.

MILLON, T. The MCMI provides a good assessment of OSM-III disorders. TheMCMI-II will prove even better. Journal of Personality Assess-ment, 49:379-391,1985.

MILLON, T. A theoreticalderivationof pathologicalpersonalities. In T. Millon & G. L.Klerman, Eds. Contemporany directions in psychopathology: Towardthe DSM-IV. New York: Guilford Press, 1986a.

MILLON, T. Personality prototypes and their diagnostic criteria. In T. Millon& G. L.Klcrman, Eds. Contemporary directions in psychopathology: Towardthe DSM-IV. New York: Guilford Press, 1986b.

Revista de Psicologia, Fortaleza, V. 9 (1/2), V. 10 (1/2); p.29 - p.37, Jan./Dez. 1991/92

36

111 N, T. Millon Clinical Multiaxial Inventoy-II. Minneapolis: National Com-puter Systems. 1987.

111 Y ON, J. NORRIS, O. & on, E. The recent decline in TAT research. Pro-fessional Psychology: Research and Practice, 16:26-28,1985.

I'APORT, O., GILL, M. M. & SCHAFER, R. Diagnostic psychological tes-IIng. Vol.l. Chicago: Year Book, 1945.

I APORT, O., GILL, M. M. & SCHAFER, R. Diagnostic psychological tes-IIng. Vol. 11. Chicago: Year Book, 1946.

II 1\ CHACH, H. Psychodiagnostic. Benn: Bircher, 1921.I I" ler, O. Manual for the Wechsler Intelligence for Children. New York:

Psychological Corporation, 1949.'IV I CIISLER, O. Manual for the Wechsler Adult Intelligence Scale. new

York: Psychological Corporation, 1955.WI HSLER, d, WISC-R. manual, Wechsler Intelligence Scale for Chi!-

dren - Revised. new York: psychological Corporation, 1974.WI CHSLER, O. WAIS-R manual, Wechsler Adult Intelligence Scale - Re-

vised New York: Psychological Corporation, 1981.WII NER, O. N. Subtle and obvious keys for the MMPI. Journal of Consulting

Psychology.12:164-170, 1948.

I Igura 1 _ Distribuição gráfica do número de referências bibliográficasencontradasnos cem artigos.

Revista de Psicologia, Fortaleza, V. 9 (1/2), V. 10 (1/2); p.29 - p.37, Jan./Dez. 1991/92

37