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Alcides Cores

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Ficha técnica da obra:

Editor: A. J. Gevaerd

Gerente: Jacqueline Koppe Diniz

Revisão: Laura Elias e Danielle Oliveira

Ilustração de capa: Rafael Amorim

Imagens: Do autor e Arquivo UFO

Artefinal: A. J. Gevaerd

Rua Marechal Deodoro 252/403 — Curitiba (PR) — 80010-010Site: www.ufo.com.br — E-mail: [email protected]

Fone: (41) 3027-8515

© A. J. Gevaerd Ufologia ME 2020

Nenhuma parte desta obra, incluindo suas artes e fotos, poderá ser reproduzida ou transmitida através de quaisquer meios eletrônicos, mecânicos, digitais ou outros que venham ainda a ser criados, sem a

permissão expressa e conjunta do autor e de A. J. Gevaerd Ufologia ME.

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Coleção Biblioteca UFO © 2020 7

O que é a Biblioteca UFO

A Biblioteca UFO já está consagrada pela Ufologia Brasileira. Foi lançada pela Revista UFO em 1998 para veicular obras de quali-dade, atuais e consistentes sobre a presença alienígena na Terra e suas consequências, produzidas por autores ativos e que ajudaram a construir a história atual da Ufologia. A Biblioteca pretende abastecer os estudiosos e entusiastas do assunto com livros ricos em informação de qualidade sobre nossos visi-tantes extraterrestres. O critério de seleção de autores leva em consideração o significado, a utilidade e a repercussão de seu trabalho.

Assim como são escolhidos temas que ofereçam verdadeira contribuição ao entendimento da questão ufológica em todas as suas vertentes.

Ao serem consideradas novas obras para comporem este acervo, ob-serva-se também um critério muito presente no Fenômeno UFO, ou seja, sua manifestação em múltiplos níveis físicos e não físicos. Para tanto, um estudo de tão complexo cenário deve ter em conta a transdiciplinaridade como fer-ramenta de trabalho, ou seja, um conceito que mescle diferentes formas de pensamento e inter-relacione várias disciplinas, estimulando novas maneiras de se compreender e assimilar a realidade dos fatos por meio da articulação dos elementos que os compõem, sob todos os seus ângulos.

Assim, refletindo o esforço da Revista UFO há quase 40 anos, a Biblioteca UFO, agora com 55 títulos, busca encontrar as respostas para a ação na Terra de outras espécies cósmicas e seus efeitos para a humanidade, entendendo que apenas uma abordagem adogmática, profunda e responsável poderá oferecer entendimento a seu respeito e as respostas para o enigma do milênio. Esta abordagem é a que se imprime nesta colação de livros, com a expectativa de que o Fenômeno UFO e matérias adjacentes e igualmente importantes sejam compreendidas em sua totalidade e profundidade evidentes.

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Dedicatória

Esta obra é dedicada a todos que sentem fascínio diante da estonteante grandiosidade da Criação Infinita, da sua beleza

e de seus profundos mistérios, e que, com sinceridade, seriedade e mente aberta, buscam estudá-los e compreendê-

los pelos caminhos da ciência e da espiritualidade.

— Alcides Pautilha CoresCuritiba, outubro de 2020

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Alcides Pautilha Cores é pesquisador de fenômenos paranormais de manifestações ufológicas há mais de 40 anos, com vasta experiência. Conferencista e consultor da Revista UFO, desenvolveu ao longo de várias décadas incontáveis investigações de campo e vários projetos e atividades voltadas ao ensino da astronomia e das ciên-cias espaciais. Nesta área, foi fundador e diretor do Centro de Estudos Astronômicos de Londrina e colaborou com a criação do antigo Grupo de Astrofísica da Universi-

dade Estadual de Londrina (UEL). Publicou mais de 100 artigos e foi editor da página de ciências do jornal Folha de Londrina.

É profissional de manutenção de sistemas eletrônicos da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). É habilitado em radioauxílio à navegação aérea e técnico especializado pelo Comando da Aeronáutica em equipamento de telemetria de voo de alta precisão, o sistema DME, de distance measuring equipment, um aparelho de ra-dionavegação que permite determinar a distância de uma aeronave em relação a um ponto localizado no terreno. Cores também é especializado em telecomunicações e responsável pelo sistema de radiocomunicação digital do Aeroporto Internacional Afonso Pena, de Curitiba.

Quem é Alcides Cores

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UFO

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Sumário

INTRODUÇÃO Busca incessante por respostas 13

CAPÍTULO 01 Espaço e tempo, matéria e energia 17

CAPÍTULO 02 Outros universos, outras realidades 29

CAPÍTULO 03 A cosmologia dos multiversos 69

CAPÍTULO 04 Pontes e túneis para outros universos 77

CAPÍTULO 05 A quarta dimensão: experiências e evidências 91

CAPÍTULO 06 Casos de teletransporte de pessoas 121

CAPÍTULO 07 Comunicação eletrônica com outras dimensões 127

CAPÍTULO 08 A gravação das vozes de outros planos 159

CAPÍTULO 09 O fantástico Experimento Scole 175

CAPÍTULO 10 Os cristais e as outras dimensões 187

CAPÍTULO 11 As outras dimensões e o ser humano 191

CAPÍTULO 12 As outras dimensões e os extraterrestres 195

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CAPÍTULO 13 Os portais dimensionais 211

CAPÍTULO 14 Portais em cavernas e mundos intraterrestres 255

CAPÍTULO 15 Um portal existente no espaço 281

CAPÍTULO 16 Portais e áreas de atividade ufológica 293

CAPÍTULO 17 Portais dimensionais artificiais 305

CAPÍTULO 18 Portais dimensionais e bases extraterrestres 313

CAPÍTULO 19 A pesquisa de campo de vórtices e portais 335

CAPÍTULO 20 Criação de portal pelo ser humano 345

CONCLUSÃO A busca por respostas deve continuar 351

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Introdução

Busca incessante por respostas

Entendemos portais dimensionais como portas ou passagens para outros universos, outras realidades e dimensões. Logo, temos primeiramente que nos perguntar se existem outras possibilidades além da realidade física que nos é familiar

e do universo ao qual pertencemos e sondamos com nossos teles-cópios. Assim, esta obra se inicia por introduzir as descobertas que conduziram às novas e arrojadas concepções da moderna cosmolo-gia e, sempre que possível, irá buscar bases científicas para tratar e contextualizar o tema dos portais.

A proposta de fazer um enfoque científico, embora qualitativo, de uma temática que transcende a compreensão da ciência atual é um tanto desafiadora e corre-se o risco de que alguns pensem tratar-se de um trabalho de pseudociência. Mas posso assegurar que este não é o caso. Embora não tenhamos ainda ferramentas físicas e matemáticas para tratar ou quantificar algumas questões referentes à existência e à natureza dos chamados portais dimensionais, é bastante sincero o esforço de lançar sobre este tema um olhar científico e apresentar indícios que possam demostrar que tal fenômeno é real.

O tema dos portais é, sem dúvida, fascinante e, não raro, tem sido evocado em contos e filmes de ficção científica, além de constituir um controvertido e instigante assunto levantado algumas vezes nas discussões da Ufologia. Os portais nos ofereceriam uma inusitada possibilidade de um transporte ou acesso direto a novos e desconhecidos mundos. De algum modo, abririam uma brecha

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na estrutura do nosso espaço-tempo ou modificariam a natureza da matéria e energia como conhecemos, nos permitindo adentrar em outros universos ou dimensões.

Talvez tenhamos dificuldade em compreender ou mesmo aceitar a existência de realidades que escapam à nossa percepção normal e até mesmo à detecção de nossos instrumentos, por mais sofisticados ou sensíveis que possam ser. Não podemos esquecer que a nossa limitada percepção sensorial nos deixa perceber apenas uma pequena fração do universo à nossa volta e da própria realidade física na qual estamos inseridos.

No momento em que o leitor está lendo estas linhas, ondas ele-tromagnéticas de todas as frequências e modulações atravessam o local onde está. Essas ondas invisíveis e impalpáveis são geradas por trans-missores que utilizam o espaço livre como meio de propagação. São transmissões das emissoras de rádio, de satélites, das redes de telefonia celular, redes Wi-Fi etc, com tráfego de voz, de imagens e de imensa quantidade de dados de todos os tipos.

Com um rádio que sintonize várias faixas pode-se ouvir as trans-missões de emissoras locais, regionais, nacionais e do mundo todo e até, com um receptor apropriado, as transmissões privadas, as comunicações aeronáuticas, navais e de radioamadores. A chamada poluição eletro-magnética é realmente um problema sério de nosso mundo. Contudo, sem um aparelho receptor temos à nossa volta apenas o silêncio. Não ouvimos, não sentimos e não vemos nada.

Esse oceano de ondas, de oscilações eletromagnéticas, com informações e comunicações de todos os tipos do mundo todo nos passa totalmente despercebido, como se não existisse se utilizamos apenas nossos sentidos, pois está fora do espectro de nossa visão e audição. A nossa interação com aquilo que chamamos de mundo físico e nosso entendimento dele são derivados, também, de im-pressões resultantes da limitação de nossos sentidos. Até a solidez da matéria quando a tocamos é uma ilusão de nossa percepção, pois sabemos que os átomos, em sua maior parte, são compostos por um espaço vazio preenchido por campos de energia. Esta obra vai explorar e tentar explicar todos estes conceitos.

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A aparente materialidade de nosso corpo, de uma mesa ou de qualquer outro objeto se deve às vibrações, interações e repulsões desses campos energéticos. As próprias partículas que compõem o átomo são condensações locais de energia. São campos que se intensificam em um determinado ponto, nos dando a parecer tratar-se de uma partícula. Se para o mundo físico ao qual pertencemos temos nossas limitações sensórias, o que dizer em relação a outras realidades além do espaço--tempo e das três dimensões conhecidas do espaço?

Daí decorre a dificuldade de lidarmos e entendermos realida-des que transcendem a nossa, embora possam estar à nossa volta. O seu entendimento só poderá ser possível a partir de uma nova e mais ampla visão decorrente de uma reformulação total de nossos conceitos sobre tempo, espaço, matéria, energia e sobre a própria estrutura e natureza daquilo que chamamos de universo. Esta obra tem alguns objetivos básicos: mostrar que os portais, embora não possam ser comprovados, em termos de ciência oficial, realmen-te existem, e, por conseguinte, que há mundos paralelos, outros planos dimensionais, outros universos, os quais, inclusive, podem ser habitados por outras formas de vida e por seres inteligentes.

Em outras palavras, que a vida semelhante ou completamen-te diferente da que conhecemos pode ser encontrada não apenas além Terra, nos inumeráveis mundos em nossa própria galáxia e nos bilhões de outras galáxias que se espalham pelo universo, mas pode existir além das fronteiras do próprio espaço-tempo e em outros níveis ou dimensões.

Tópicos especiais serão dedicados a demonstrar que os portais dimensionais estão intimamente associados ao fenômeno ufológico e especialmente às chamadas áreas de atividade ufológica, e que os seres que se utilizam dessas aberturas dimensionais obrigatoria-mente detêm uma tecnologia inimaginavelmente mais avançada do que a nossa. A obra pretende mostrar a complexidade do fenômeno dos portais, e que, apesar do atual conhecimento de nossa ciência sobre o universo, com suas novas e revolucionárias teorias que até admitem a possibilidade de existirem outros universos e dimensões espaciais, ainda estamos muito longe de compreendê-lo.

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Os diversos assuntos que serão abordados ao longo dos capítulos se inter-relacionam, sendo necessários para que o leitor tenha um amplo panorama de tudo que o envolve e está relacionado à questão dos portais, antes de tratarmos especificamente deles.

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Capítulo 01

Espaço e tempo, matéria e energia

É importante para o contexto desta obra que comentemos, de forma simples e resumida, duas notáveis teorias científicas que iniciaram uma grande revolução conceitual, derrubando velhos paradigmas da física clássica. São elas a Teoria da Relativida-

de e a Teoria Quântica, ambas extremamente complexas quanto à sua formulação teórico-matemática e já suficientemente comprovadas por testes experimentais e por descobertas.

Os efeitos previstos pela relatividade e pela mecânica quân-tica já são considerados e aplicados em nossa tecnologia. Há uma terceira teoria, que promete uma revolução muito maior, a chamada Teoria das Cordas, que ainda está em desenvolvimento. Contudo, alguns de seus resultados já nos convidam a uma mudança radical e extraordinária na concepção do cosmos, da estrutura da matéria, do espaço e da própria essência da realidade física.

No entanto, ela apoia-se na relatividade e na quântica para ir além. Assim, iremos avançar por etapas, iniciando por lembrar rapidamente alguns princípios básicos da relatividade, sem entrar em considerações matemáticas.

O espaço: um ente físico, com estrutura dimensional

Na física newtoniana, o espaço é um elemento inerte e abstrato. Apenas um vazio que pode ser preenchido por formas materiais e energia, e que serve de palco para os eventos ou fenômenos físicos. O tempo,

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por sua vez, é tão-somente a duração desses eventos e seu fluir ou ritmo é sempre o mesmo para qualquer observador em qualquer condição ou local do universo. Então, em 1905, Einstein publicou um artigo intitulado Sobre a Eletrodinâmica dos Corpos em Movimento, cujo título pode parecer despretensioso ou não nos dizer nada de especial, mas que deu nascimento à Teoria da Relatividade Especial ou Restrita, como também é chamada, iniciando-se uma enorme revolução na física.

Um de seus postulados afirma que a velocidade da luz inde-pende da velocidade de sua fonte, ou seja, é absoluta. Digamos que você esteja em uma nave se deslocando a 200.000 km/s e projete um feixe de luz à sua frente. A luz se propaga a 300.000 km/s, como sabemos. Logo, a velocidade da luz que você projetou deveria ser o somatório das duas velocidades, ou seja, 500.000 km/s, mas não, a luz estará sempre se propagando à sua frente, a 300.000 km/s, por mais que sua nave aumente a velocidade. Não é possível adicionar ou subtrair velocidades à velocidade da luz, independentemente de onde estiver o observador ou referencial, como se diz em física, estando ele em movimento ou não.

Para explicar o mistério da chamada invariância da velocidade da luz Einstein recorreu a um fato que havia sido revelado pelos físicos George Fitzgerald e Hendrik Lorentz, a contração do comprimento. As equações desenvolvidas por eles demonstram algo realmente curioso. Quando um objeto aumenta sua velocidade, ocorre para ele uma contra-ção do espaço, ou seja, se temos uma nave, à medida em que ela acelera irá encolher, reduzindo seu comprimento ao longo da direção de seu movimento. Mas seus tripulantes não perceberiam, porque eles também terão proporcionalmente suas dimensões reduzidas, assim como tudo dentro da nave. Apenas um observador externo, acompanhando de longe a trajetória da nave, veria assustado o estranho fenômeno.

O tempo absoluto não existe

Não apenas o espaço é elástico, mas o fluir do tempo também. Einstein descobriu que enquanto ocorre a chamada contração de Lorentz ou contração de Lorentz-Fitzgerald, o ritmo do tempo também se reduz

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e que os dois fenômenos ocorrem na intensidade exata para tornar a velocidade da luz sempre a mesma. Relógios que se movimentam a 240.000 km/s diminuem seu ritmo em 40%. E isso é interessante para as viagens espaciais, pois à medida que a velocidade de uma nave aumenta, o tempo desacelera, fluindo mais lentamente para os tripulantes, mas estes não perceberiam nenhuma alteração.

No relógio da nave as horas passarão normalmente, mas para quem fica na Terra o fluir do tempo será outro. Se você for para Alfa do Centauro e sua nave se deslocar a velocidade de 296.794 km/s, a viagem de ida e volta terá durado pouco mais de um ano para você, mas na Terra terão se passado 8,69 anos. Se você quiser fazer uma viagem de ida e volta à longínqua estrela super gigante Épsilon da Constelação do Cocheiro, a 2.000 anos-luz da Terra, e para lá se dirigir a 99,999999% da velocidade da luz, sua viagem duraria apenas 10,4 dias, mas, ao retornar, satisfeito por ter ido tão longe em tão pouco tempo, descobrirá que estará de volta dois séculos à frente da data em que partiu.

E se tiver suficiente coragem para realizar uma jornada para o centro de nossa galáxia e olhar de perto — mas não muito — o imenso buraco negro que está escondido lá devorando estrelas, viajando à mesma taxa de 99,999999% da velocidade da luz, sua viagem de ida e volta durará apenas 4,32 anos. Mas, ao pousar com sua espaçonave de volta ao solo de nosso planeta encontrará uma civilização radicalmente diferente daquela à qual você pertencia, pois aqui terão se passado 30.000 anos. Não haverá como retornar ao mundo que conheceu. Essa viagem ao futuro só tem passagem de ida. É melhor pensar duas vezes antes de se lançar nessa aventura. Parece ficção científica, mas não é. Esse fenômeno é real.

Ainda não foi possível acelerar uma espaçonave a uma veloci-dade próxima à da luz e encontrar um candidato que queira tripulá-la. Mas foi possível fazer isso com partículas atômicas. Os múons são partículas instáveis que, uma vez formados, vivem em média dois milionésimos de segundo e então se desintegram. No acelerador de partículas do CERN, em Genebra, na Suíça, múons foram acelerados próximos à velocidade da luz e tiveram seu tempo de vida estendido quase 30 vezes mais do que viveriam se estivessem em repouso. Outro exemplo de múons vem dos raios cósmicos.

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A atmosfera da Terra é constantemente bombardeada por esses raios energéticos. Apesar do nome, tais raios não são compostos por radiação eletromagnética, como raio X e gama, que também bombar-deiam nosso planeta. Os raios cósmicos são compostos por partículas carregadas, principalmente prótons, de alta energia, ou seja, deslocando--se a grandes velocidades. No choque com a atmosfera são produzidos múons que, deslocando-se quase à velocidade da luz, em seu breve de tempo de vida, percorrem 600 m e, logo em seguida, se desintegrariam.

Como nossa atmosfera tem em torno de 400 km de altura, os múons já deixariam de existir no início das primeiras camadas da alta atmosfera. Mas os cientistas detectaram a sua presença no solo. Adivinhe por quê? Isso mesmo, porque viajam quase à velocidade da luz, o tempo se dilatou para eles. Para nós que estamos na Terra se passaram dois milionésimos de segundo desde que os múons se formaram e se precipitaram atmosfera abaixo, mas para esses micros-cópicos viajantes, o tempo passou mais devagar e eles conseguiram viver o suficiente para atravessar toda a atmosfera.

A massa não é constante e a energia é sua outra face

Outra consequência da relatividade foi a revelação de que a massa inercial de um corpo, também considerada até então uma grandeza imutável, crescia com o aumento da velocidade. Não se nota esse aumento em pequenas velocidades, mas pode-se cons-tatá-la nas partículas elementares, cujas velocidades nos atuais aceleradores de partículas são enormes.

Se a velocidade de uma partícula for apenas 90 km/s menor do que a velocidade da luz, então a sua massa aumenta 40 vezes. Os aceleradores potentes de elétrons podem imprimir a essas partículas velocidades próximas à da luz. Nessas condições, a massa do elétron aumenta aproximadamente 2.000 vezes e torna-se maior do que a do próton. Desse modo, a massa que se considerava invariável, na realidade depende da velocidade. Portanto, para calcular a trajetória de partículas rápidas já não se pode utilizar a mecânica de Newton, mas é necessário recorrer às equações da mecânica relativista.

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Como consequência do fato de que a energia cinética acresce a massa inercial, há uma relação de equivalência entre as duas e, assim, duas coisas que se pensava serem distintas, matéria e energia, estão intimamente associadas, podendo uma delas ser convertida na outra. É necessário dizer que as leis da mecânica de Newton não perderam sua validade, podendo ser usadas em nosso mundo cotidiano, no qual a velocidade do movimento dos corpos é muito menor do que a velocidade da luz. Em resumo, a Teoria da Relatividade Especial demonstrou que a massa inercial de um corpo pode aumentar com o aumento da velocidade, tornando uma espaçonave cada vez mais pesada à medida que acelera.

Assim vemos que grandes implicações emergiram dessa teoria como a equivalência massa-energia e o fato de que o espaço não é algo vazio, abstrato, sem composição física, mas uma estrutura invisível e elástica que pode ser alterada, assim como o próprio tempo. O espaço pode encolher e o tempo se dilatar, fluindo a uma velocidade diferente, conforme o referencial.

O espaço e o tempo, união inseparável

Para completar esse novo entendimento da estrutura do espaço e do tempo, em 1907 o matemático alemão Hermann Minkowski demonstrou que os dois — o espaço e o tempo — não eram coisas separadas, mas estavam entrelaçados. O tempo é uma dimensão ligada às três dimensões do espaço, compondo uma única estrutura de quatro dimensões.

A partir de então não se falou mais na física em espaço e tempo, mas no espaço-tempo quadrimensional. Em seu discurso, apresentado para 80 cientistas em 21 de setembro de 1908, Minkowski afirmou: “Doravante, o espaço e o tempo por si só estão condenados a desva-necer-se em meras sombras, e apenas uma espécie de união dos dois preservará uma realidade independente”. Esse novo enfoque foi muito importante para o desenvolvimento dos trabalhos de Einstein.

Vejamos agora as curvas do espaço-tempo. Os paradigmas da física clássica já estavam profundamente abalados, mas a mente inquieta de Einstein não parou por aí. A força da gravidade era algo bem estabelecido por Newton, determinando a queda dos corpos na Terra e governando

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o movimento dos mundos no universo. Sua intensidade podia e pode ser facilmente calculada por sua bela e célebre equação da gravitação universal que todo estudante conhece bem.

O conceito de gravidade foi ensinado na escola como uma força atrativa invisível, que atrai mutuamente os corpos materiais com uma in-tensidade diretamente proporcional às suas massas e inversamente às suas distâncias, como descreve a citada equação. Entretanto, Newton desconhecia a essência ou natureza dessa força, mas, segundo ele, a origem dela está na própria matéria. E para nós, mortais comuns, isso basta. No entanto, já se perguntou o leitor: como essa força é transmitida de um corpo para outro?

E se há uma força sendo transmitida, é claro que há um tempo de transmissão. Mas curiosamente, para a gravidade parece não haver. Para Newton, a gravidade se transmitia instantaneamente de uma mas-sa a outra através do espaço. E, realmente, se o Sol fosse removido de onde está, imediatamente a Terra e os demais planeta seriam afetados, desestabilizando suas órbitas e eles se perderiam no espaço. Mas, pen-se: o Sol está a oito minutos-luz de nós. Isso significa que sua luz viaja durante oito minutos para chegar aqui, 45 minutos para chegar a Júpiter e pouco mais de cinco horas para atingir Plutão.

Então, como pode a Terra e os demais planetas sentirem instantanea-mente a ausência do Sol? Muito simples: apenas se a força da gravidade se propagar a uma velocidade superior à da luz. E isso Einstein não conseguiu engolir. Viola um dos principais fundamentos da própria Teoria da Relati-vidade. Então, como explicar? Há outro detalhe com relação à gravidade que, de tão evidente, passa despercebido, que é o fato de a aceleração da gravidade ser a mesma para todos os corpos, independentemente de suas massas ou pesos, tamanhos ou composição.

Mas por que, eliminando-se a resistência do ar, um elefante e uma formiga caem com a mesma velocidade, tocando ao mesmo tempo o chão? A Facility Space Power é a maior câmara de vácuo do mundo, com 30,5 m de altura, instalada pela Agência Espacial Norte-Americana (NASA), em sua unidade no estado de Ohio, nos Estados Unidos. Uma vez eliminada a interferência do ar, do alto foram soltas, lado a lado, penas e uma bola de boliche enquanto câmeras de alta velocidade filmavam cada fração de segundo da queda. Elas tocaram o solo ao mesmo tempo.

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O astronauta e geólogo David Scott, da Apollo 15, quando estava na Lua, onde não há resistência do ar, soltou juntos, da mesma altura, seu martelo e uma pena de falcão. As penas e o martelo tocaram o chão exatamente ao mesmo tempo. O martelo, de alumínio, pesava 1,32 kg, e a pena 30g (0,03 kg), ou seja, 44 vezes mais leve do que o martelo. Aparentemente, esses experimentos apenas comprovam a Lei das Queda dos Corpos enunciada por Galileu e não nos dizem mais nada.

Mas há algo além, que normalmente passa despercebido para a maioria das pessoas, por elas não terem o hábito de refletir mais profundamente sobre os fenômenos e fazer questionamentos. Por que é assim? Por que objetos com pesos completamente diferen-tes caem com a mesma velocidade? O leitor poderá responder: “ora, simplesmente porque a aceleração da gravidade é a mesma para todos os corpos!” Perfeito, mas o X da questão é: por quê? A resposta para este fato escondia algo, um segredo que nossos limitados sentidos não nos deixam perceber, mas que Einstein estava decidido a elucidar. Durante 11 anos ele traçou pilhas e

O acelerador de partículas do CERN, em Genebra, na Suíça, onde partículas múons foram aceleradas perto da velocidade da luz

CERN

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mais pilhas de equações. “Em toda minha vida, nunca trabalhei tão duro. Comparada com este problema, a Teoria da Relativi-dade original é brincadeira de criança”, escreveu a um amigo.

Por fim, a luz se fez e ele encontrou a solução, uma resposta que revolucionou nossos conceitos sobre o espaço. A nova teoria que brotou de seus cálculos — a Teoria da Relatividade Geral —, fez uma revelação surpreendente e muito estranha para a maioria de nós: os objetos não caem atraídos pela força da gravidade, sim-plesmente porque tal força não existe.

O que existe é a curvatura do espaço e é isso que é a gravida-de, despida de seu disfarce de força. Temos a impressão de que um objeto cai atraído por uma força invisível, mas na verdade ele apenas se move acompanhando as linhas da curvatura do espaço. Guarde isso, por mais incrível que possa parecer: não existe força. Essa é apenas uma ilusão de nossos sentidos. O que existe são as curvas do espaço-tempo por onde os objetos deslizam. E o que causa a curva-tura do espaço é a presença de matéria e energia. Quanto maior sua concentração em um local do espaço maior é sua curvatura.

A famosa frase do físico John Wheeler resume bem o que ocorre: “A matéria diz ao espaço como deve se curvar e o espaço diz à matéria como deve se mover”. Por meio de suas famosas equações de campo, Einstein pode calcular o grau de curvatura do espaço em torno de uma determinada massa. Fez isso para o Sol e concluiu que se os raios de luz de uma estrela passassem próximos a ele, teriam de acompanhar a curvatura do espaço em torno dele e seriam, portanto, desviados.

Em 1919 estava previsto um eclipse solar visível da Améri-ca do Sul e da África. Era o momento que o astrônomo britânico Sir Arthur Eddington esperava para testar a previsão de Einstein. Enquanto uma equipe se posicionou no oeste da África, a outra ao mesmo tempo focalizou o Sol da cidade de Sobral, no Ceará.

O evento foi acompanhado por telescópios e meticulosas medições foram feitas nas imagens registradas. As imagens das estrelas no entorno do Sol apareceram deslocadas em uma quanti-dade de apenas cinco décimos por cento da calculada por Einstein. De lá para cá, a Teoria da Relatividade Geral passou por vários outros

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testes. Por exemplo, quando as sondas Viking estavam do outro lado Sol, suas ondas de rádio tiveram que acompanhar a curvatura do espaço em volta do Sol e esse desvio resultou em um atraso de 10 milésimos de segundo, exatamente o previsto pela relatividade.

Devemos lembrar que espaço e tempo são unidos. Portanto, a curvatura do espaço também irá afetar o tempo. Quanto maior a curvatura, o que equivale a dizer, maior a gravidade, mais lentamente flui o tempo. Foram feitos experimentos com relógios óticos de alta precisão que podem atrasar um segundo em 3,7 bilhões de anos. Um relógio foi posto acima do outro a uma distância de apenas 33 cm. A mudança na gravidade a tão pequena diferença de altura seria, é claro, infinitesimal, mas existiria, sendo evidentemente menor para o relógio de cima. Pois bem, constatou-se que para ele o tempo andou mais rápido, precisamente em uma frequência 0,0000000000000001 (ou 1/1015) mais rápida. Uma pessoa envelhece mais rapidamente se estiver alguns degraus mais alto em uma escada.

Utilizando um cristal de alta precisão foi também realizado um experimento com a frequência dos raios gama. Como sabemos, a frequência, que é o número de oscilações por segundo, é inversa-mente proporcional ao comprimento de onda. Quanto maior este, menor a frequência. Em andares mais baixos, a gravidade aumenta. Então verificou-se que o comprimento de onda aumentou e dimi-nuiu o número de oscilações, indicando que o tempo fluiu mais lentamente, na proporção exata prevista por Einstein.

Relógios atômicos no espaço andaram mais rapidamente do que os relógios que ficaram em Terra. Se você posicionar sua nave à beira de um buraco negro, antes do horizonte de eventos, é claro, para não ser engolido por ele, sua gravidade é tão grande que se permanecer ali por um ano na Terra terão se passado 10.000 anos, lembrando que, em termos geométricos, a gravidade é uma distroção no espaço-tempo.

Mesmo longe dos buracos negros (ainda bem) e para nossos propósitos triviais, hoje esses efeitos na dilatação do tempo têm de ser levados em conta. Por exemplo, os satélites do Sistema de Posicio-namento Global (GPS), como sabemos, enviam continuamente sinais às estações e receptores em terra para determinação de posições e a

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precisão desses dados é fundamental para navegação em solo, no ar e no mar. Para isso, os relógios dos satélites e dos receptores na Terra têm que estar sincronizados com exatidão.

Para se ter uma ideia, uma diferença de apenas um centésimo de segundo entre o relógio do satélite e dos receptores seria traduzida em um erro de posição de 3.000 km. Ocorre que os satélites orbitam nosso planeta a uma velocidade de cerca de 10.000 km e, segundo a relatividade, o ritmo do tempo para o relógio do satélite será diferente daquele para os relógios na Terra. Além disso, devido à diferença de altitude, os relógios dos receptores no solo estão sob maior gravidade, ou dito de outro modo, sofrem os efeitos de uma curvatura do espaço tempo mais pronunciada, fluindo o tempo mais lentamente, cerca de 50.000 bilionésimos de segundo por dia.

Pode não parecer muito, mas para o processamento de posição GPS, isso vai acarretar um erro de 15 km por dia. Por isso foi ne-cessário buscar socorro em Einstein, utilizando a relatividade geral para corrigir a distorção do tempo. De tudo que foi dito é importante fixarmos que o espaço-tempo é algo que nos parece um vazio, im-ponderável, sem existência concreta, mas não é.

Ele é um ente físico, possuindo uma estrutura de quatro dimen-sões — três de espaço e uma de tempo — e é maleável e elástico, podendo ser curvado, encolhido ou esticado. Com base nisso, pode-mos entender como são possíveis algumas experiências ufológicas em que um determinado indivíduo é abduzido por um período às vezes pequeno de tempo, mas retorna com a barba crescida, como se longo tempo tivesse se passado para ele ou, ao contrário, permanece ausente por longo tempo, mas ao voltar seu relógio registrou um tempo bem menor. Isso nos indica que o deslocamento em naves extraterrestres envolve distorções espaço-temporais e talvez essas naves se desloquem em outro espaço-tempo, que não tem sincronia com o nosso.

Um dos casos conhecidos, por exemplo, ocorreu em 1977, no Chile, envolvendo o cabo Armando Valdés. Na madrugada de 25 de abril daquele ano, ele e sete soldados estavam em Pampa Lluscuma, no norte do país, quando um objeto luminoso se aproximou do acampamento onde estavam e posicionou-se em baixa altitude.

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Todos ficaram alerta, mas o cabo Valdés foi em direção à luz e desapareceu durante 15 minutos. Quando retornou, apresentava uma barba crescida de vários dias, sendo que, 15 minutos antes ela estava feita. Estava perturbado, com seu estado de consciência alterado, mas ao se recuperar verificou que seu relógio de pulso estava parado, marcando no calendário a data de 30 de abril, ou seja, estava cinco dias à frente e registrava 04h30.

A transcomunicação instrumental, que será abordada posterior-mente, é um campo muito profundo e sério de pesquisa que permite a comunicação com outros níveis ou dimensões, por intermédio de equipamentos eletrônicos. Normalmente, os pesquisadores estabelecem contato com seres humanos que já viveram na Terra e agora habitam mundos situados em outro plano de existência, que se encontram além de nosso espaço-tempo. Muitas vezes, quando os transcomunicadores faziam perguntas e recebiam as respostas desses habitantes de outra es-fera, um curioso fenômeno algumas vezes era observado: eles obtinham as respostas antes de as perguntas serem feitas.

Segundo as informações desses interlocutores de dimensões além da nossa, eles possuem tecnologia avançada, inclusive estações transmissoras para fazer contato conosco. Mas uma das grandes dificuldades que experimentavam era de ajuste temporal, pois o espaço-tempo em que vivem não estaria em sincronia temporal com o nosso, ou seja, estariam aprimorando o sistema para que conseguissem fazer a sincronia das comunicações.