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Kf€NSOR€S FICHA TÉCNICA: "CAMPANHA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL". Textos: Denise Rosa Lobato, Lata Moutinho da Costa e Sérgio Ricardo de Lima. Design Gráfico: Studio Paiuana Impressão Digitai: Gráfica ALERJ Promoção: Comissão de Defesa do Meio Ambiente da ALERJ e Defensotes da Terra. Apoio: APEDEMA e CREA/RJ

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Kf€NSOR€S

FICHA TÉCNICA: "CAMPANHA D E EDUCAÇÃO A M B I E N T A L " . Textos: Denise Rosa Lobato, Lata Moutinho da Costa e Sérgio Ricardo de Lima. Design Gráfico: Studio Paiuana Impressão Digitai: Gráfica A L E R J Promoção: Comissão de Defesa do Meio Ambiente da A L E R J e Defensotes da Terra. Apoio: A P E D E M A e CREA/RJ

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EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Não adianta colocar um policial atrás de cada pessoa para que ela não jogue papel no chão, não solte balão, não jogue pilhas na rua, não corte árvores, não capture pássaros silvestres. O grande desafio é mudar as mentalidades, cultivar novos valores, o que depende da educação ambiental.

Mas, atenção: não se trata apenas de copiar do quadro negro o que é buraco da camada de ozônio ou efeito estufa. Educação ambiental é sobretudo provocar mudanças de comportamento, na escola e na vida. O Estado do Rio de Janeiro dispõe da lei 3325/99, que determina a educação ambiental obrigatória em todos os períodos e nas várias disciplinas do primeiro e segundo graus. Não podemos ter uma única cadeira com conceitos ecológicos e as demais ignorarem completamente os ecossistemas e as relações entre transportes, indústria, agricultura, urbanização, saúde e o meio ambiente. Há uma comissão especial trabalhando e criando as condições, informação, preparação de materiais, formação de professores, para que, em fevereiro de 2001, dois milhões de alunos e professores estejam praticando cotidianamente a cidadania ecológica. Trata-se de exercitar a consciência ecológica dentro e fora das salas de aula. As escolas devem estudar, defender e fiscalizar as lagoas, encostas, rios e manguezais, nos respectivos bairros e municípios. A educação ambiental deve ser diversificada: alunos do interior devem ter uma explicação mais detalhada, teórica e prática, sobre desmatamento e agrotóxicos, e fazer trabalhos conjuntos com suas famílias.

Alunos urbanos devem conhecer mais sobre poluição industrial, poluição do ar e tecnologias limpas e trazer, para trabalhos práticos e exposições, seus familiares, trabalhadores de empresas e de transportes, por exemplo. As escolas devem praticar a coleta seletiva de lixo, gincanas de reciclagem, replantio de encostas e áreas desmatadas. Este é o único caminho para que as novas gerações defendam, com consciência, o patrimônio ambiental e o ftituro do planeta.

Deputado Estadual Carlos Mine

Presidente da Comissão de Meio Ambiente da A L E R J

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Esta cartilha tem como objetivo fundamental fazer com que as escolas conheçam a lei estadual 3325, de 17 de dezembro de 1999,

que institui a Pobtica Estadual de Educação Ambiental e complementa a lei federal n" 9795/99 em nosso estado.

Conhecer a lei significa saber como aplicá-la na sua escola, sem maiores burocracias. Uma lei precisa sair do papel e ganhar vida. Esta lei foi elaborada com o objetivo de envolver a comunidade escolar em programas que levem a t ransformações sócio-ambientais e, consequentemente, melhorar a qualidade de vida das pessoas através da Educação Ambiental. Agora ela é sua. Faça bom uso dela.

1 - O Q U E É E QUAL A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO AMBIENTAI.?

A Educação Ambiental - E . A. - é o conjunto de processos pelos quais os indivíduos e a coletividade se apropriam dos conhecimentos necessários sobre o espaço em que vivem e sobre os meios para melhorá-lo, desde o presente, preservando-o para as futuras gerações.

O objetivo fundamental da E . A. é suscitar mudanças de comportamento na sociedade: os indivíduos devem construir, enquanto grupo social, valores, novos conhecimentos, atitudes e habilidades indispensáveis para a conservação do meio ambiente, patrimônio coletivo essencial para a vida saudável e para a construção de uma sociedade auto-sustentável.

A E . A. é direito de todos. De modo formal, como componente permanente da educação em todos os mVeis e modalidades. De modo não formal, através de práticas educativas voltadas para a mobilização e participação da sociedade e suas organizações, na defesa da qualidade do meio ambiente.

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IMAGINEMOS QUE UMA CIDADE QUE TENHA UM rao POLUÍDO DESEJE SALVA-LO. PODE PARTIR

DE UMA ESCOLA A INICIATIVA DE MOBILIZAR OUTRAS ESCOLAS E A COMUNIDADE PARA A

ELABORAÇÃO DE UM PHOJETO D E E . A. COM ESTE OBJETIVO. As ESCOLAS E AS INSTITUIÇÕES

PARTICIPANTES DO PROJETO PODEM, POR EXEMPLO:

INICIAR UMA CAMPANHA PARA QUE AS PESSQ\ D E K E M DE JOGAR LIXO NO racç

i> INVESTIGAR SE HÃ INDÚSTRIAS QUE DESPEJAM DEJETOS NO RIO E ENTRAR

E M CONTATO COM INSTITUTOS D E PESQUISA PARA VERIFICAR AS

TECNOLOGIAS LIMPAS ALTERNAHVAS;

i> INVESHGAR SE O ESGOTO DA CIDADE É DESPEJADO NO RIO SEM O

TRATAMENTO ADEQUADO;

i> ELABORAR UM DOSSIÊ PARA ENTREGAR ÃS AUTORIDADES COMPETENTES E

EXIGIR AS PROVIDÊNCIAS NFICESSÃRIAS, COMPROVANDO QUE A

COMUNIDADE JÃ ESTÃ FAZENDO A SUA PARTE E FISCALIZARÁ A ATUAÇÃO DO

ESTADO.

( VEJA ESPECIALMENTE OS ARTIGOS T , 2°, 4°,6°,10 ° E 1 4 ° )

2 - A E . A. SERÁ UMA NOVA DISCIPLINA PARA A QUAL HAVERÁ UM PROFESSOR ESPECÍFICO?

Não. A E . A., por ser de responsabilidade de todos, será um tema transversal, isto é, uma preocupação de toda a escola e de toda a comunidade onde a escola está inserida. Os professores das várias disciplinas e a direção da escola estarão empenhados na construção de um projeto pedagógico que inclua a problemática ambiental. De outro modo, iniciativas no campo da E . A., mesmo que importantes e louváveis, serão apenas atividades pontuais.

O que se pretende com a atual legislação e com a iniciativa do Ministério da Educação, que incluiu a E . A. como tema transversal nos Parâmetros Curriculares Nacionais, é torná-lo parte integrante dos currículos para que haja uma nova postura de toda a comunidade com relação ao , meio ambiente que extrapole os j muros da escola.

S E PRÓXIMO Ã SUA ESCOLA HÃ UM f

MANGUEZAL, PEÇA AO PROFESSOR DE

BIOLOGIA OU GEOGRAFIA QUE TRAGA

PARA A SALA DE AULA TEXTOS SOBRE A

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IMPORTÂNCIA DOS MANGUEZAIS. TODOS OS PROFESSORES, INDEPENDENTEMENTE DAS

DISAPLINAS QUE MINISTREM, DEVERÃO TRABALHAR COM OS TEXTOS E OS NOVOS

CONHECIMENTOS SOBRE ESTE ECOSSISTEMA, ENFATIZANDO A NECESSIDADE DE

PROTEGÊ-LO, POR EXEMPLO, DE INICIATIVAS DA ESPECULAÇÃO IMOBILIÁRIA.

UMA ENTIDADE QUE SE OCUPE DA PROTEÇÃO DOS MANGUEZAIS PODE SER CHAMADA

PARA AJUDAR A ELABORAR UM PROJETO QUE INCLUA TODA A ESCOLA E A COMUNIDADE.

A KCOLA PODE CONVIDAR PESSOAS QUE VIVAM DA CATA DE CARANGUEJOS E OUTROS

PRODUTOS DO MANGUEZAL PARA FALAREM COM OS ALUNOS E OS PROFESSORES PODEM

FALAR SOBRE O VALOR NUTRITIVO DESTES PRODUTOS.

(VEJA ESPECIALMENTE OS ARTIGOS 2°, 3° , 4°, 5°, 8 ° / PARAGRAFO ÚNICO E 10 / PARAGRAFO 2° )

3 - O Q U E AS VARIAS INSTITUIÇÕES DA S O C I E D A D E PODEM FAZER P E L A EDUCAÇÃO AMBIENTAL?

Todas as entidades, governamentais ou não, têm de forma diferenciada, suas incumbências determinadas pela lei: as escolas, as Secretarias de Educação, Meio Ambiente, Agricultura e de Saúde, as universidades e as demais entidades da sociedade devem atuar de forma articulada para que os programas e projetos de E . A. sejam bem sucedidos. A participação e o comprometimento da comunidade é que darão o diferencial, isto é, a mudança de comportamento, objetivo maior da E . A .

U M DEPÓSITO DE LIXO É UM PROBLEMA PARA TODA

A COMUNIDADE.

PROFESSORES E ALUNOS DAS ESCOLAS DA REGIÃO

PODEM LEVANTAR, EM PARCERIA COM OUTRAS

ENHDADES, AS DOENÇAS MAIS COMUNS QUE

ACOMETEM AS PESSOAS QUE VIVEM NAS

PROXIMIDADES, ESPECIALMENTE SE ELAS TÊM

ACESSO AO LIXO.

A COMUNIDADE DEVE SE REUNIR NA ESCOLA PARA

TOMAR CONHEaMENTD DOS RESULTADOS DA PESQUISA

E CONVOCAR A SECRETARIA DE S A Ú D E .

O DEPARTAMENTO ENCARREGADO DA ENGENHARIA

DEVE SER CHAMADO PARA FORNECER OS DADOS SOBRE

A QUALIDADE DA ÃGUA NO LOCAL E PARA VERIFICAR

O NÍVEL DE CONTAMINAÇÃO POSSÍVEL PELO QTORUME.

A PARHR DAS CONCLUSÕES SOBRE OS PROBLEMAS CAUSADOS PELOS DEPÓSITOS DE LIXO,

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AS ESCOLAS PODEM ELABORAR UM PROJETO DE COLETA SELETIVA E DIVULGAR PARA A

COMUNIDADE AS POSSIBILIDADES DE SE INTEGRAREM AO PROJETO, BEM COMO DAS

VANTAGENS ECONÓMICAS E HIGIÉNICAS DA MEDIDA.

H Á VÁRIAS ENTIDADES NÃO GOVERNAMENTAIS E INSHTUTOS DE PESQUISA QUE PODEM

LEVAR PARA A ESCOLA OS CONHEOMENTOS TÉCNICOS E AS EXPERIÊNCIAS EM CURSO D E

COLETA SELETIVA ( VEJA AS INDICAÇÕES NO FINAL DA CAHHLHA ) .

DEPOIS QUE A PRÓPRIA COMUNIDADE ESHVER ENVOLVIDA E FAZENDO A SUA PARTE, ELA

TERÁ GRANDE LEGITIMIDADE PARA EXIGIR DA PREFEITURA UM PROGRAMA MUNIOPAL DE

COLETA SELETIVA.

4 - A E . A. É D E V E R APENAS DA ESCOLA ?

Como vimos pelos exemplos anteriores, a E . A. é dever e direito de toda a sociedade, mas as escolas, por serem pólos irradiadores de conhecimento e de aglutinação da comunidade, têm um papel muito importante.

A getits não quer só comida IMAGINEMOS, POR EXEMPLO, UMA COMUNIDADE QUE

TENHA A AGRICULTURA COMO ATIVIDADE

FUNDAMENTAL E BAIXA ESCOLARIDADE ENTRE OS

TRABALHADORES. O PERIGO DA UTILIZAÇÃO D E

AGROTÓXICOS DEVE SER OBJETO D E UM PROJETO

PEDAGÓGICO QUE ENVOLVA AS ESCOLAS DA REGIÃO.

TÉCNICOS DEVEM SER CHAMADOS PARA CAPACITAR OS

PROFESSORES E LIDERANÇAS COMUNITÁRIAS, QUE

PASSARÃO A ATUAR JUNTO AOS TRABALHADORES RURAIS

E A ÀS CRIANÇAS LOCAIS QUE, POR SUA VEZ, PODERÃO

AJUDAR SEUS PAIS A PARTIR DOS CONHEaMENTOS

ADQUIRIDOS NAS ESCOLAS, A SE U n U Z A R E M D E TÉCNICAS ALTERNATIVAS E HERBIODAS

MENOS NOCIVOS A ELES PRÓPRIOS E AOS CONSUMIDORES DOS SEUS PRODUTOS.

A gente qmt comida sem agrotdxieo!

5 - D E N T R E OS PRINCÍPIOS BÁSICOS DA E . A., A L E I 3325 L E V O U E M CONTA A DIMENSÃO HUMANISTA, ÉTICA E , CULTURAL?

Sim. Um dos princípios básicos da E . A. é o enfoque holístico e humanista, democrático e participativo, segundo o qual o homem deve ser visto em sua integralidade, em interação permanente com seus pares e com o meio ambiente.

NUMEROSAS DOENÇAS, INCLUSIVE CERTOS TRANSTORNOS MENTAIS, TÊM ORIGEM E M

FATORES AMBIENTAIS COMO A POLUIÇÃO SONORA E DO AR, A FALTA DE SANEAMENTO, O

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T R A B A L H O I N S A L U B R E , A F A L T A D E A L I M E N T A Ç Ã O A D E Q U A D A , A M Ã Q U A L I D A D E D A Ã G U A ,

A F A L T A D E O P Ç Õ E S D E L A Z E R E M C O N T A T O C O M A N A T U R E Z A E Q U I L I B R A D A , E N T R E

O U T R O S .

O D E S M A T A M E N T O E A F A L T A D E C O L E T A

A D E Q U A D A D O L I X O , P E R M I T E M A P R O L I F E R A Ç Ã O

D O M O S Q U I T O D A D E N G U E .

A F A L T A D E P O L Í T I C A S U R B A N A E H A B I T A C I O N A L

V O L T A D A S PARA A P O P U L A Ç Ã O M A I S P O B R E F A Z

C O M Q U E S E J A M H A B I T A D A S AS E N C O S T A S

P E R I G O S A S E A U M E N T E O D E S M A T A M E N T O E AS

D O E N Ç A S C A U S A D A S P E L A S MÃS C O N D I Ç Õ E S

H A B I T A C I O N A I S .

A P O L U I Ç Ã O N Ã O É D E M O C R Á T I C A : A T I N G E M A I S F O R T E M E N T E O S M A I S P O B R E S Q U E

H A B I T A M AS P I O R E S Á R E A S DAS C I D A D E S , AS R E G I Õ E S S E M S A N E A M E N T O B Á S I C O E Ã G U A

D E B O A Q U A L I D A D E . S Ã O OS T R A B A L H A D O R E S C O M AS P I O R E S C O N D I Ç Õ E S D E T R A B A L H O

E D E A L I M E N T A Ç Ã O . S U A S C R I A N Ç A S S Ã O AS Q U E M A I S M O R R E M A I N D A N A P R I M E I R A

I N F Â N C I A E SUAS M U L H E R E S S Ã O AS Q U E M A I S M O R R E M D E P A R T O E C O M P U C A Ç Õ E S P Ó S -

P A R T O .

É I M P E R A H V O É T I C O Q U E OS P R O G R A M A S E P R O J E T O S P E D A G Ó G I C O S D E E . A .

L E V A N T E M S E M P R E AS D I S C U S S Õ E S S O B R E A P O B R E Z A E SUAS C A U S A S .

6 - A ESCOLA PRECISA CAPTAR RECURSOS E X T E R N O S PARA IMPLANTAR S E U PROJETO D E EDUCf^ÇÃO AMBIENTAL? 7,

Não. E nem deve ficar atrelada a isto. Mesmo porque há projetos e programas que não demandam volume de recursos que exijam financiamento externo. Mais há fundos estaduais e federais que financiam projetos de E . A.. As escolas podem submeter seus projetos à apreciação deles.

E M NOSSO ESTADO EXISTE O PECAM — FUNDO ESTADUAL DE CONSERVAÇÃO AMBIENTAL

E À N Í V E L F E D E R A L T E M O S O F U N D O N A C I O N A L D E M E I O A M B I E N T E . A M B O S

F I N A N C I A M P R O J E T O S D E E . A.. As E S C O L A S D E V E M F I C A R A T E N T A S P O I S OS E D I T A I S

S A E M P U B L I C A D O S E M DiÁHIO O F I C I A L , S E M D A T A F I X A , U M A V E Z A O A N O .

(VEJA ARTIGO 25°)

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7 - E QUANTO A CAPACITAÇÃO DOS PROFESSORES? TODOS JÃ ESTÃO PREPARADOS COMO EDUCADORES AMBIENTAIS?

Não. Os professores e animadores culturais da rede pública de ensino devem receber formação complementar em suas respectivas áreas de atuação, através de convénios feitos pelo Estado com Universidades, Centros de Pesquisa e ONG's.

A escola pode solicitar à Secretaria de Estado de Educação que realize um convénio com uma ONG local para ministrar cursos básicos sobre temas ambientais, tais como resíduos sólidos, reciclagem, agrotóxicos, poluição do ar, desmatamento, biodiversidade, problemas ambientais globais, etc.

H Á MUITAS O N G ' S QUE REALIZAM CURSOS E OFICINAS EM ESCOLAS, COMO A

"APRENDER FAZENDO", QUE ENSINAM A EDUCADORES, D E UM MODO GERAL,

ATIVIDADES LÚDICAS QUE AUXILIAM O APRENDIZADO D E CRIANÇAS NO QUE SE R E F E R E

E . A . .

(VEJA ARTIGOS 12° E

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PASSOS N E C E S S Á R I O S PARA Q U E A E S C O L A E L A B O R E U M

P R O J E T O P E R M A N E N T E D E E D U C A Ç Ã O A M B I E N T A L

- Reunir os possíveis parceiros para discutir a elaboração do projeto, entre os

membros da própria comunidade escolar e vizinhanças. Há muitos pais de alunos

que se interessariam em participar, além de comerciantes locais e igrejas;

- Listar com os parceiros as questões e/ou problemas ambientais que mais

mobilizam a comunidade, verificando as diretrizes contidas nos artigos 18°, 19°,

20° e 21° da lei 3325/99;

- Escolher a questão ou conjunto de questões afins que mais se prestam a serem

objeto de um projeto mais permanente de educação ambiental;

- Priorizar os temas mais emergentes para a comunidade na qual a escola esteja

inserida. Uma escola situada no entorno da Baía de Guanabara deverá priorizar

nas suas atividades pedagógicas o conhecimento e a proteção da Baía, trabalhando

textos diversos, fazendo gincanas e atividades que tratem deste assvmto. As escolas

situadas perto de lagoas e rios devem adotar, em seus trabalhos pedagógicos, a

proteção, a defesa e a recuperação desses corpos hídricos. Nas escolas rirrais, será

imprescindível trabalhar temas como agrotóxicos, combate à desertificação,

proteção de corpos hídricos, combate à queimadas, etc. Se há um depósito de hxo

qmmico próximo, a escola deverá abordar esta questão, que se tornará prioritária

em relação às outras, devido à ameaça e riscos aos quais a comxmidade local fica

exposta.

- Listar as instituições que detenham os conhecimentos necessários para serem

buscadas pelo grupo;

- Sistematizar as fontes e as informações:

bibhografia, "sites", pessoas, arquivos, etc;

- Escolha do objeto;

- Elaboração do projeto passo por passo,

definindo objetivos (gerais e específicos) e

metas a serem atingidas, cronograma de

atividades, responsáveis por cada etapa e tarefa,

critérios de avaliação e replanejamento,

dificuldades possíveis e estratégias para

enfrentá-las;

MAO ADIANTA CHORAR O ÓLEO DERfIMIADO

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A s s e m b l é i a L e g i s l a t i v a do E s t a d o do R i o do J a n e i r o

L E I N° 3325, DE 17 DE DEZEMBRO DE 1999.

DISPÕE S O B R E A EDUCAÇÃO A M B I E N T A L , I N S T I T U I A P O L I T I C A E S T A D U A L D E EDUCAÇÃO A M B I E N T A L , CRIA O PROGRAMA E S T A D U A L D E EDUCAÇÃO A M B I E N T A L E C O M P L E M E N T A A L E I F E D E R A L N° 9.795/99 N O Â M B I T O D O E S T A D O D O R I O D E JANEIRO. O G O V E R N A D O R D O ESTADO D O RIO D E J A N E I R O

Faço saber que a Assembléia Legislativa do Lstado do Rio de Janeiro decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1°- Lntende-se por educação ambiental os processos através dos quais o individuo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, atitudes, habilidades, interesse ativo e competência voltados para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabibdade.

Art. 2° - A educação ambiental é um componente essencial e permanente da educação estadual e nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os mveis e modabdades do processo educativo, em caráter formal e não-formal.

Art. 3° - Como parte do processo educativo mais amplo, todos têm direito à

educação ambiental, incumbindo:

I - Ao Podet Público, nos termos dos arts. 205 e 225 da Constituição Federal e dos Arts. 258 e 303 da Constituição Estadual, promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino, a conscientização pública e o engajamento da sociedade na conservação, recuperação e melhona do meio ambiente;

I I - As instituições educativas, promover a educação ambiental de maneira integrada aos programas educacionais que desenvolvem;

I I I - Aos ór^os integrantes do Sistema Estadual de Meio Ambiente, promover ações de educação ambiental integrada aos programas de preservação, conservação, recuperação c melhoria do meio ambiente;

I V - Aos meios de comunicação de massa, colaborar voluntariamente de maneira ativa e permanente na disseminação de informações e práticas educativas sobre meio ambiente

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e incorporar a dimensão ambiental em sua programação;

V - Às empresas, ó r^os públicos e sindicatos, promover programas destinados à

capacitação dos traballiadores visando a melhoria e o controle efetivo sobre as suas

condições e o ambiente de trabalho, bem como sobre as repercussões do processo

produtivo no meio ambiente, inclusive sobre os impactos da poluição sobre as populações

vizinhas e no entorno de unidades industnais;

V l - À s organizações não-govemamentais e movimentos sociais, desenvolver programas e

projetos de educação ambiental, inclusive com a participação da iniciativa privada, para

estimular a formação critica do cidadão voltada para a garantia de seus direitos

constitucionais a um meio ambiente ecologicamente equilibrado, transparência de

informações sobre a qualidade do meio ambiente e fiscalização pela sociedade dos atos do

Poder Público, podendo estas atividades serem viabilizadas com recui-sos do Fundo

Estadual de Conservação Ambiental (FECAM), entre outros;

VII - À sociedade como um todo, manter atenção permanente à formação de valores,

atitudes e habilidades que propiciem atuação individual e coletiva voltada para a prevenção, a

identificação e a solução de problemas ambientais. v,̂ ^

Art. 4° - São objetivos fundamentais da educação ambiental:

I - O desenvolvimento de uma compreensão integrada do meio ambiente e suas múltiplas e

complexas relações, envolvendo aspectos ecológicos, psicológjcos, legais, políticos, sociais,

económicos, científicos, culturais e éticos;

II - O estimulo e fortalecimento dc uma consaência critica sobre a problemática ambiental e

social;

I I I - O incentivo à participação comunitária, ativa, permanente e responsável, na preservação

do equilíbrio do meio ambiente, entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um

valor inseparável do exerdcio da cidadania;

IV - O estimulo à cooperação entre as diversas regiões do estado, em níveis micro e macro-

regionais, com vistas à constmção de uma sociedade ambientalmente equilibrada, fundada

nos piincipios da liberdade, igualdade, solidanedade, danocracia, justiça social e

sustentabilidade;

V - O fortalecimento dos principios de respeito aos povos tradicionais e comunidades locais

e de solidariedade internacional como fundamentos para o futuro da humanidade;

VI - A garantia de democratização das informações ambientais;

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VII - o fomento e o fortalecimento da integração com a ciência e as tecnologias menos

poluentes;

VIII - O fortalecimento da cidadania, autodeterminação dos povos e da solidariedade como

fundamentos para o futuro da humanidade.

IX - As entidades que atuam em favor da implantação da Agenda X X I , a nivel estadual,

em especial a Comissão Estadual Pró-Agenda X X I .

Art. 5° - São princípios básicos da educação ambiental:

I - O enfoque humanista, holístico, democrático e participativo;

I I - A concepção do meio ambiente em sua totalidade, considerando a interdependênaa

entre o meio natural, o sócio económico e o cultural sob o enfoque da sustentabilidade;

I I I - O pluralismo de ideias e concepções pedagógicas, tendo como perspectivas a inter, a

multi e a transdisciplinaridade;

IV - A vinculação entre a ética, a educação, o trabalho, a democracia participativa e as práticas

sociais;

V - A garantia de continuidade e permanência do processo educativo;

VI - A participação da comunidade;

VII - A permanente avaliação cntica do processo educativo;

VIII - A abordagem articulada das questões ambientais do ponto de vista local,

regional, nacional e ^obal;

IX - O reconliecimento, respeito e resgate da pluralidade e diversidade cultural

existentes no estado;

X - O desenvolvimento de ações junto a todos os membros da coletividade,

respondendo às necessidades e interesses dos diferentes grupos sociais e faixas etárias.

Parágrafo único - A educação ambiental deve ser objeto da atuação direta tanto da prática

pedagógica, bem como das relações familiares, comunitárias e dos movimentos sociais.

Art. 6° - Fica instituída a Política Estadual de Educação Ambiental, veículo articulador do Sistema Estadual de Meio Ambiente e do Sistema de Educação.

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Art. 7° - A Política Estadual de Educação Ambiental engloba o conjunto de

responsável para a solução dos problemas ambientais.

Art. 8° - A Política Estadual de Educação Ambiental engloba, em sua esfera de ação,

instituições educacionais públicas e privadas dos sistemas de ensino do estado e dos

municípios, de forma articulada com a União, com os órgãos e instituições

integrantes do Sistema Estadual de Meio Ambiente e organizações governamentais e

não-governamentais com atuação em educação ambiental.

Parágrafo linico - As instituições de ensino básico, púbbcas e privadas, incluirão em

seus projetos pedagógicos a dimensão ambiental, de acordo com os princípios e

objetivos desta lei.

Art. 9° - As atividades vinculadas à Pobtica Estadual de Educação Ambiental devem

ser desenvolvidas nas seguintes linhas de atuação, necessariamente interrelacionadas:

I - Educação ambiental no ensino formal; -|-'- • ' " '^^^^^

iniciativas voltadas para a formação de cidadãos e comimidades capazes de

tornar compreensíveis a problemática ambiental e de promover uma atuação

IV - Desenvolvimento de estudos, pesquisas e experimentações;

II - Educação ambiental não-fonnal;

I I I - Capacitação de recursos humanos;

V - Produção e divulgação de material educativo;

VI - Mobilização social;

VII - Gestão da informação ambiental;

VIII - Monitoramento, supervisão e avaliação das ações.

Art. 10° - Entende-se por educação ambiental, no ensino formal, a desenvolvida no

âmbito dos currículos e atividades extracurriculares das instituições escolares

públicas e privadas, englobando: „

I - Educação básica: educação infantil, ensino fundamental e ensino médio;

II - Formação técnico-profissional;

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I I I - Educação superior;

IV - Educação para pessoas portadoras de necessidades especiais;

V - Educação de jovens e adultos;

§ 1° - Em cursos de formação superior e especialização técnico-profissional, em todos os niveis, devem ser incorporados conteúdos que tratem das interações das atividades profissionais com o meio ambiente natural e social.

§ 2° - A educação ambiental deverá ser desenvolvida como uma prática educativa

integrada, continua e permanente em todos os niveis e modalidades do ensino formal.

Art. 11° - Devem constar dos currículos dos cursos de formação de professores,

em todos os níveis e nas disciplinas os temas relativos à dimensão ambiental e

suas relações entre o meio social e o natural.

Art. 12° - Os professores e animadores culturais, em atividade na rede pública de ensino, devem receber formação complementar em suas áreas de atuação, com o propósito de atender adequadamente ao cumprimento dos objetivos e princípios da Pobtica Estadual de Educação Ambiental.

Art. 13° - A autorização e a supervisão do funcionamento de instituições de ensino, e de seus cursos, nas redes pública e privada, observarão o cumprimento do disposto nos arts. 10, 11 e 12 desta lei.

Art. 14° - Entende-se por educação ambiental não-formal as ações e práticas

educativas voltadas à sensibibzação da comunidade, organização, mobibzação e

participação da coletividade na defesa da quabdade do meio ambiente.

Parágrafo único - Para o desenvolvimento da educação ambiental não-formal, O Poder

Público, em níveis estadual e municipal, incentivará:

I - A difusão, através dos meios de comunicação de massa de programas e campanhas

educativas e de informações acerca de temas relacionados ao meio ambiente;

I I - A ampla participação da escola e da universidade em programas e atividades vinculados à educação ambiental não-formal, em cooperação, inclusive com or^nizações não-governamentais;

I I I - A participação de organizações não-govemamentais nos projetos de educação ambiental, em parceria, inclusive, com a rede estadual de ensino, universidades c a iniciativa privada;

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IV - A participação de empresas e órgãos púbKcos estaduais e municipais no

desenvolvimento de programas e projetos de educação ambiental em parceria com escolas,

universidades e organizações não-govemamentais;

V - A sensibilização da sociedade para a importância das Unidades de Conservação através

de atividades ecológicas e educativas, estimulando inclusive a visitação pública, quando

couber, tendo como base o uso limitado e controlado para evitar danos ambientais;

VI - A sensibilização ambiental das populações tradicionais ligadas às Unidades de

Conservação;

VII - A sensibilização ambiental dos agricultores e trabalhadores rurais

assentamentos mrais;

VIII - O ecoturismo;

Art. 15° - A capacitação de recursos humanos consistirá:

I - Na preparação de profissionais orientados para as atividades de gestão e de educação

ambientais;

II - Na incorporação da dimensão ambiental na formação, especialização e atualização de

profissionais de todas as áreas;

I I I - Na formação, especialização e atualização de profissionais cujas atividades tenham

implicações, direta ou indiretamente, na qualidade do meio ambiente natural e do trabalho;

I V - N a preparação e capacitação para as questões ambientais de agentes sociais e

comunitários, oriundos de diversos seguimentos e movimentos sociais, para atuar em

programas, projetos e atividades a .serem desenvolvidos em escolas públicas e particulares,

comunidades e Unidades de Conservação da Natureza;

§ 1° - Os órgpos estaduais de Educação, através de convénio com universidades públicas,

- centros de pesquisa e organizações não-govemamentais, promoverão a capacitação em nível

regional dos docentes e dos animadores culturais da rede pública estadual de ensino;

§ 2° - Anualmente, os órgãos públicos responsáveis pelo fomento á pesquisa alocarão

recursos para a realização de estudos, pesquisas e eiqierimentações em educação ambiental.

, inclusive nos

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Art. 16° - Os estudos, pesquisas e experimentações na área de educação ambiental

priorizarão:

I - O desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando à incorporação da

dimensão ambiental, dc forma inter e multidisciplinar, nos diferentes níveis e modalidades

de ensino;

II - O desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando à participação das

populações interessadas em pesquisas relacionadas à problemática ambiental;

III - A busca de altemativas curriculares e metodologias de capacitação na área ambiental;

IV - A difusão de conhecimentos, tecnologas e informações sobre a questão ambiental;

V - As iniciativas e experiências locais e regionais, incluindo a

produção de material educativo;

VI - A montagem de uma rede de banco de dados e imagens para apoio às ações previstas

neste artigo;

Parágrafo línico - As universidades piiblicas e privadas deverão ser estimuladas à produção

de pesquisas, ao desenvolvimento de tecnologias e à capacitação dos trabalhadores e da

comunidade, visando a melhoria das condições do ambiente e da satide no trabalho e da

qualidade de vida das populações residentes no entorno de unidades industriais, assim

como o desenvolvimento de programas especiais de formação adicional dos professores e

animadores culturais responsáveis por atividades de 1° e 2" grau.

Art. 17° - Caberá aos Órgãos Estaduais de Educação e de Meio Ambiente, ao

Conselho Estadual de Educação ( C E E ) e ao Conselho Estadual de Meio Ambiente

(CONEMA) a função de propor, anabsare aprovar, apobticae o Programa Estadual

de Educação Ambiental.

§ 1° - Fica o Poder Executivo autorizado a constituir o Grupo Interdisciplinar de Educação

Ambiental, formado por representantes dos ói^^os de Meio Ambiente, Educação, Cultura,

Ciência e Tecnologia, Saúde, Trabalho, Universidades, da Assembléia LegislatÍTO e de

representantes de organizações não-govemamentais, que terá a responsabilidade do

acompanhamento da Política Estadual de Fíducação Ambiental,

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§ 2° - o Grupo Interdisciplinar de Educação Ambiental, além de exercer a função de

supervisão, poderá contribuir na formulação da poKtica e programa de Educação

Ambiental, encaminhando suas propostas para análise e aprovação do C E E e

CONEMA;

§ 3° - A coordenação da Política Estadual de Educação Ambiental deve ser efetivada de

forma conjunta pelo Sistema Estadual de Meio Ambiente e pelo Sistema Estadual de

Educação.

Art. 18° - As escolas da rede pública estadual de ensino deverão priorizar em suas

atividades pedagógicas práticas e teóricas:

I - a adoçâo do meio ambiente local, incorporando a participação - ^ ^ T "

da comunidade na identificação dos problemas e busca de soluções; 1

II - realização de ações de monitoramento e partiapação em campanhas de defesa do m

meio ambiente como reflorestamento ecológico, coleta seletiva de lixo e de pilhas e

hatenas celulares;

I I I - As escolas situadas na área de entorno da Baía de Guanabara deverão incorporar,

nos seus programas de educação ambiental, o conhecimento e acompanhamento do

Programa de Despoluição da Baía de Guanabara - P D B G ;

IV - As escolas situadas nas demais baías do Estado, como Ilha Grande e Sepetiba,

assim como as próximas dos nos, lagoas e lagunas fluminenses deverão adotar an seus

trabalhos pedagógicos a proteção, defesa e recuperação destes corpos hídricos.

Art. 19° - As escolas técnicas estaduais deverão desenvolver estudos e tecnologias

que minimizem impactos no meio ambiente e de saúde do trabalho, como

controle e substituição do C F C (Cloro Flúor Carhono); substituição do amianto e

mercúrio e incentivo ao controle biológico das pragas.

Art. 20° - As escolas técnicas e de 2° grau deverão adotar em seus projetos

pedagógicos o conhecimento da legislação ambiental e das atribuições dos órgãos

responsáveis pela fiscalização ambiental.

Art. 21° - As escolas situadas nas áreas rurais deverão incorporar os seguintes

temas:

programa de conservação do solo, proteção dos recursos hídricos, combate à

desertificação e à erosão, controle do uso de agrotóxicos, combate a queimadas e

incêndios florestais e conhecimento sobre o desenvolvimento de programas de

micro-hacias e conservação dos recursos hídricos.

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Art. 22° - São atribuições do Grupo Interdisciplinar de Educação Ambiental:

I - A definição de diretrizes para implementação da Política Estadual de Educação

Ambiental;

I I - A articulação e a supervisão de programas e projetos públicos e pnvados de

educação;

I I I - dimensionar recursos necessários aos programas e projetos na área de educação ambiental.

Art. 23° - Os Municípios, na esfera de sua competência e nas áreas de sua jurisdição, definirão diretrizes, normas e critérios para a educação ambiental, respeitados os princípios e objetivos da Pobtica Estadual de Educação Ambiental;

Art.. 24° - A seleção de planos, programas e projetos de educação ambiental a serem financiados com recursos públicos, deve ser feita de acordo com os seguintes critérios:

I - conformidade com os objetivos, princípios e diretrizes da política estadual de

educação ambiental;

I I - prioridade de alocação de recursos para iniciativas e ações dos órgãos integrantes do Sistema Estadual de Educação, do Sistema Estadual de Meio Ambiente e de organizações não-govemamentais;

I I I - coerência do plano, programa ou projeto com as prioridades sócio-ambientais

estabelecidas pela Política Estadual de Educação Ambiental;

IV - economicidade medida pela relação entre a magnitude dos recursos a serem aplicados e o retorno social e propiciado pelo plano, programa ou projeto proposto.

Parágrafo único - Na seleção a que se refere o "caput" deste artigo, devem ser contemplados, de forma equitativa, os programas, planos e projetos das diferentes regiões do estado.

Art. 25° - Os recursos do F E C A M , poderão ser destinados a programas e projetos de educação ambiental desde que aprovados pelo seu Conselho Gestor, nos termos do Art. 263 da Constituição Estadual.

Art. 26° - Os programas de assistência técnica e financeira relativos a meio ambiente e educação, em nível estadual, devem alocar recursos às ações de educação ambiental.

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Art. 27° - Será instrumento da educação ambiental, ensino formal e não formal, a elaboração de diagnóstico sócio-ambiental a mvel local e regional, voltados para o desenvolvimento e resgate da memória ambiental, do histórico da formação das comunidades ou localidades e as perspectivas para as atuais e futuras gerações.

Art. 28° - Os meios de comunicação de massa, deverão destinar um espaço de sua programação para veiculação de mensagens e campanhas voltadas para a proteção e recuperação do meio ambiente, resgate e preservação dos valores e cultura dos povos tradicionais, informações de interesse público sobre educação sanitária e ambiental e sobre o compronússo da coletividade com a manutenção dos ecossistemas protegidos para as atuais e futuras gerações;

V l i// Art. 29° - Os projetos e programas de educação ambiental induirão ações e atividades destinadas à divulgação das leis ambientais federais, estaduais e ^ municipais em vigor, como estímulo ao exèrcício dos direitos e deveres da ^ cidadania.

Art. 30° - Caberá ao Conselho Estadual de Educação normatizar a reahzação de concurso escolar para escolha dos Símbolos Ecológicos Naturais do Estado do Rio de Janeiro, previsto na Lei Estadual No. 1.938/91;

Art. 31° - O Programa Estadual de Educação Ambiental contará com um Cadastro Estadual de Educação Ambiental, no qual serão registrados os profissionais, instituições governamentais e entidades da sociedade civil que atuam na área ambiental, assim como as experiências, os projetos e os programas que estejam relacionados à educação ambiental do Estado do Rio de Janeiro.

Art. 32° - O Poder Executivo regulamentará esta lei no prazo de 90 (noventa) dias de sua pubhcação, ouvidos o Conselho Estadual de Meio Ambiente (CONEMA) e o Conselho Estadual de Educação.

Art. 33° - E sta lei entra em vigor na data de sua pubhcação.

'Art. 34° - Revogam-se as disposições em contrário. Rio de Janeiro, 17 de dezembro

de 1999.

Autor: Substitutivo da Comissão de Constituição e Justiça Consubstanciando os Projetos deCei

n 635/99 do Deputado Noel de Carvalho e 294/95 do Deputado Carlos Mine

Ficha Técnica: Projeto de Lei n 635/99, 294/ 95 Autoria Noel de Carvalho, Carlos Mtnc

Data de publicação 30/ 12/99

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O N D E C O N S E G U I R D A D O S PARA E D U C A Ç Ã O A M B I E N T A L

S I T E S I N T E R E S S A N T E S

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PROMOÇÃO

COMISSÃO D E M E I O A M B I E N T E DA ALERJ

D E F E N S O R E S DA T E R R A

CONTATOS

COMISSÃO D E D E F E S A D O M E I O A M B I E N T E DA A L E R J RUA DOM M A N O E L S/N" - PAI.ACIO 23 D E JULHO - G A B I N E T C 207

CEN') RO - RIO D E JANEIRO - RJ - CEP: 20010 090 T E L E F O N E S : (21) 588-1362 / 588-1363

E-MAIL: CARI,[email protected]

D E F E N S O R E S DA T E R R A RUA SENADOR DANTAS, 84/1211

C E N T R O - RIO D E JANEIRO - RJ - CEP: 20031 201 T E L E F O N E : (21) 524 5809 / 524 7931 E-MAIL: [email protected]

[email protected]

C R E A - M O V I M E N T O D E CIDADANIA P E L A S ÁGUAS JOSÉ CHACON D E ASSIS (21) 206 9662 E-MAIL: [email protected]

COORDENAÇÃO E X E C U T I V A DA A P E D E M A

OS V E R D E S - MOVIMENTO D E E C O L O G I A SOCIÀL SÉRGIO RICARDO (21) 533 9955 / 396 6717

E-MAIL: [email protected] O U [email protected]

A F E A - ASSOCIAÇÃO FLUMINENSE D E E N G E N H E I R O E ARQUITETOS JOSE AUGUSTO (21) 711 9138 / 206 9609

E-MAIL: [email protected]

U N T V E R D E NESTOR PRADO JÚNIOR (21) 712 9162 / 9115 2813