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Kit de Capacitação e Desenvolvimento de competências em RSE

Kit de Capacitação e Desenvolviemento de competências emRSE

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É uma referência importante no que concerne à adopção de boas práticas e estratégias social e ambientalmente responsáveis por parte da comunidade empresarial, bem como um instrumento facilitador das relações entre esta comunidade e as organizações da sociedade civil.

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Kit deCapacitação e Desenvolvimento

de competências em RSE

Ficha técnica

Título: Kit de Capacitação e Desenvolvimento de Competências em RSE

Coordenação: Gonçalo Pernas (RSE - Portugal) e Helena Caiado (AIP-CE)

Projecto: Desenvolvimento da Responsabilidade Social das Empresas em Portugal

Parceria: RSE Portugal, ACEP, AIP-CE, SOCIUS

Financiamento: Iniciativa Comunitária Equal

Edição:

RSE Portugal,

Campo Grande, 30 - 6º B

1700-093 Lisboa

Com:

ACEP,

Av. Santos Dumont, 57, 4º Esq

1050-202 Lisboa

AIP-CE

Praça das Indústrias

1300-307 Lisboa

SOCIUS

Rua Miguel Lupi, 20

1249-078 Lisboa

Criação Gráfica: Rita Rodrigues

Impressão: Guide

Tiragem: 500 exemplares

ISBN: 978-989-95919-0-5

Kit de Capacitação e Desenvolvimento de Competências

Composto por:

I. Modelo de Formação em Responsabilidade Social das EmpresasII. Recursos técnico-pedagógicos

a. ABC do Voluntariado Empresarialb. Guia da Responsabilidade Social das Empresas Portuguesas em Países em Desenvolvimento

Contactos

Gonçalo Pernas: gonç[email protected] Caiado: [email protected] Maria João Santos: [email protected]átima Proença: [email protected] Tânia Santos: [email protected]

Website do projecto

www.drse-equal.eu

Websites dos parceiros

www.rseportugal.euwww.acep.ptwww.aip.pt www.iseg.utl.pt/socius/index.html

Kit deCapacitação e Desenvolvimento

de competências em RSE

1

A. APRESENTAÇÃO DO PROJECTO 3

1. INICIATIVA COMUNITÁRIA EQUAL 3

2. PROJECTO DESENVOLVIMENTO DA RSE EM PORTUGAL 4

3. BREVE APRESENTAÇÃO DOS PARCEIROS 5

I. RSE PORTUGAL 5

II. AIP-CE 6

III. ACEP 7

IV. SOCIUS 7

B. ENQUADRAMENTO E METODOLOGIA DE ELABORAÇÃO DO KIT 9

1. ENQUADRAMENTO 9

2. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS PARA ELABORAÇÃO DO FORMATO FINAL 12

I. ELABORAÇÃO DO MANUAL DE FORMAÇÃO 12

Índice Geral

2

II. INSTRUMENTOS DE SUPORTE 13

i. ABC DO VOLUNTARIADO EMPRESARIAL 13ii. GUIA SOBRE RESPONSABILIDADE SOCIAL DAS

EMPRESAS PORTUGUESAS EM PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO 13

ii. MODELO DE REDES LOCAIS PARA A RSE 14

C. KIT DE CAPACITAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS EM RSE 15

1. CONCEITO DO KIT 16

2. OBJECTIVOS DO KIT 16

I. OBJECTIVO GERAL 16

II. OBJECTIVOS ESTRATÉGICOS 17

III. SUGESTÕES DE FORMATO DOS CURSOS 17

IV. ABORDAGEM METODOLÓGICA 17

3. LINHAS DE ORIENTAÇÃO E RECOMENDAÇÕES PARA A UTILIZAÇÃO DO KIT 18

4. MÓDULOS 19

I. INTRODUÇÃO À RSE 20

II. ÉTICA E TRANSPARÊNCIA 24

III. IDENTIDADE, IMAGEM E REPUTAÇÃO 27

IV. A GESTÃO DAS PESSOAS E A RSE 30

V. INSTRUMENTOS DE GESTÃO - CÓDIGOS, RÓTULOS E CERTIFICAÇÕES 33

VI. GESTÃO ESTRATÉGICA DA RSE 35

VII. GESTÃO DE PARCERIAS 38

VIII. SOCIAL REPORTING 43

IX. MARKETING SOCIAL 46

5. GUIA DE AUTO AVALIAÇÃO DE COMPETÊNCIAS EM RSE 49

6. QUESTIONÁRIO DE SATISFAÇÃO 53

7. WEBLIOGRAFIA 54

3

A. Apresentação do Projecto

EQUAL é uma Iniciativa Comunitária para o período de programa-ção dos Fundos Estruturais entre 2000 e 2006, que sucede, na áreado desenvolvimento dos recursos humanos, às IniciativasComunitárias EMPREGO e ADAPT (1994-1999). Cofinanciada peloFundo Social Europeu (FSE) – O FSE, este ocupa-se das medidas deprevenção e de combate ao desemprego e de desenvolvimento derecursos humanos e promoção da igualdade de oportunidades paratodos no acesso ao mercado de trabalho e na manutenção dos pos-tos de trabalho.

A EQUAL procura beneficiar prioritariamente as pessoas que sãovítimas das principiais formas de discriminação (ligadas ao sexo, àraça, à origem étnica, à religião ou às convicções, a deficiência, àidade, à orientação sexual) e de desigualdade. Desta forma, actuasobre os públicos-alvo e, também, sobre o desenvolvimento dosagentes e empresas/organizações, porque não há inserção susten-tada dos grupos fragilizados sem organizações sólidas, competitivase que assumem a sua responsabilidade social.

A EQUAL visa, em particular, contribuir para acções que apoiem aEstratégia Europeia de Emprego (e, em Portugal o Plano Nacionalde Emprego) através de projectos desenvolvidos no âmbito dasseguintes áreas de intervenção:

I. RSE PORTUGALII. AIP-CEIII. ACEPIV. SOCIUS

1. Iniciativa Comunitária EQUAL

2. Projecto Desenvolvimento da RSE em Portugal

3. Breve Apresentação dos Parceiros

1. Iniciativa Comunitária EQUAL

4

O Projecto “Desenvolvimento da RSE em Portugal” surge devido à necessi-dade crescente de instrumentalizar e criar referenciais para uma área, quesendo recente carece de maior sustentação e fundamentação. As activida-des desenvolvidas neste âmbito têm como objectivo uma maior adesão dasempresas a programas de luta contra a exclusão sociais e tendentes à inte-gração no mercado de trabalho dos grupos de pessoas mais desfavorecidas.

Por via de uma maior mobilização das empresas e da sua capacitação nodomínio da RSE potencia-se uma maior intervenção ao nível da sustentabilidade, diversidade, igualdade de oportunidades e envolvimentona comunidade.

Nesse sentido, o nosso projecto, decorrente de um diagnóstico de necessi-dades efectuado durante a acção 1, irá apostar nas seguintes actividades:

Formação de facilitadores para a RSE – que visa a formação de uma“massa crítica” de pessoas que possam actuar como embaixadores para aRSE

Criação de modelo de redes locais para a RSE – tendo a RSE um impac-to diferenciado a nível local e regional, aparece como fundamental a neces-sidade de criar um modelo referencial de redes que possa agregar as váriasentidades locais (autarquias, empresas, ONG, etc.) e integrar nesse modelo as várias especificidades locais, gerando desta forma um conjuntode respostas mais adequadas e eficazes.

ABC do Voluntariado empresarial qualificado – com esta actividade, pretende-se essencialmente fazer um levantamento nacional das competên-cias chave necessárias e disponíveis a serem utilizadas em projectos devoluntariado, potenciando assim a eficácia destas iniciativas, para as empresas e para a comunidade.

Empregabilidade

Espírito empresarial

Adaptabilidade

Igualdade de oportunidades para as Mulheres e os Homens

Requerentes de asilo

Neste contexto, a EQUAL proporciona um banco de ensaio para o desenvol-vimento de novas formas de lançamento de políticas respeitantes ao mercado de trabalho. Centra-se na experimentação de ideias inovadorasdirectamente relacionadas com as prioridades políticas nacionais.

As acções ao abrigo da iniciativa EQUAL são implementadas por Parcerias deDesenvolvimento geográficas ou sectoriais, constituídas por projectos comdiversos parceiros que trabalham horizontalmente em problemas relaciona-dos com diversas formas de discriminação. Esta abordagem estratégica visaassegurar a coerência entre as actividades de projecto e os sectores ouáreas geográficas relevantes e fortalecer as oportunidades de integraçãodos resultados.

As parcerias de desenvolvimento cooperam com, pelo menos, um parceirode outro Estado-membro, geralmente uma outra Parceria de Desenvol-vimento EQUAL.

2. Projecto Desenvolvimento da RSE em Portugal

5

Essencialmente constituída por empresas e para empresas, e tendo, comoassociados, algumas personalidades ligadas ao meio empresarial e acadé-mico, a RSE Portugal pretende assumir-se como a grande referência nacional nesta área.

A RSE Portugal tem como objecto promover a responsabilidade social dasempresas e contribuir para o desenvolvimento sustentável através da concepção, execução e apoio a programas e projectos nas áreas educacio-nal, formativa, social, cultural, científica, ambiental, cívica e económica,designadamente no espaço europeu e nos países em desenvolvimento.

A RSE Portugal tem os seguintes objectivos:

Impulsionar, coordenar e divulgar boas práticas de responsabilidadesocial de empresas sedeadas em Portugal e no espaço europeu.

Desenvolver acções de cooperação e intercâmbio em vários domíniostécnico-científicos, económicos e sociais no espaço europeu e em países em desenvolvimento, com particular relevância nos de língua oficial portu-guesa.

Apoiar o desenvolvimento das economias dos países atrás referidos,intervindo nas áreas mais carenciadas como sejam a coesão social, a educação e a formação profissional, entre outras.

Contribuir, com acções de divulgação, informação e sensibilização da opinião pública, para a melhoria das condições de vida das populações no respeito pela diferença de cada povo e região e nos direitos inerentes à condição humana de cada indivíduo.

Desenvolver projectos, de âmbito local, regional, nacional e transnacio-nal, que visem a correcção de assimetrias no campo da coesão social.

Para a prossecução dos seus objectivos, a RSE PORTUGAL propõe-se, nomeadamente:

Colaborar com empresas e organismos oficiais, nacionais ou internacio-nais, e outras entidades públicas ou privadas para a resolução de problemas

Criação de código de conduta para empresas envolvidas na cooperação– sendo a RSE uma questão global, onde os valores da transparência e dacoerência assumem um carácter primordial, torna-se fundamental criar umcódigo de conduta que norteie as relações e actividades das empresasenvolvidas na cooperação.

Assim, com este projecto pretende-se actuar de uma forma transversal,envolvendo também empresas e academia no desenvolvimento das váriasactividades, utilizando nesse sentido um conjunto de iniciativas “Seeing isBelieving” como forma de incrementar a participação das partes interes-sadas, aumentando, desta forma, a sensibilização para este tema.

I. Associação Portuguesa para a Responsabilidade Social dasEmpresas (RSE – Portugal)

...tem como objec-to promover a responsabilidadesocial das empre-sas...

3. Breve Apresentação dos Parceiros

6

A Associação Industrial Portuguesa – Confederação Empresarial (AIP-CE) éuma Instituição privada de utilidade pública, fundada em 1837 com o objec-tivo de defender os interesses da comunidade empresarial portuguesa emgeral e dos seus associados em particular. A AIP-CE tem por missão apoiaro desenvolvimento e a competitividade das empresas numa economia aberta, interagindo com os vários parceiros de natureza pública e privada,nacionais e internacionais.

Para a prossecução da sua missão a AIP-CE realiza um conjunto de activi-dades:

Propostas e pareceres assentes em análises e estudos da realidade enecessidades das empresas;

Formação Profissional, visando a qualificação de dirigentes e quadros deempresas;

Assistência técnica e Consultoria empresarial;

Informação às empresas;

Apoio à Internacionalização

Feiras, exposições, certames especializados ao nível nacional e interna-cional;

Congressos, conferências, seminários e manifestações similares

No que respeita à Responsabilidade Social e reconhecendo a sua elevadaimportância para a comunidade empresarial e para a sociedade em geral aAIP-CE tem, desde sempre e através de várias iniciativas, desenvolvido umesforço de dinamização da mesma. Orgulha-se de ter sido pioneira emPortugal na assunção do “desenvolvimento sustentável”, com a criação daComissão para o Ambiente da AIP-CE (CAIPA) em 1972. Esta Comissão evo-luiu para o “Conselho Estratégico para o Ambiente” e encontra-se actual-mente na estrutura orgânica da AIP-CE. No espaço internacional tem acom-panhado a evolução operacional e conceptual destas matérias, através dosgrupos de trabalho similares e Organizações Internacionais como o BIAC, aUNICE, entre outras.

A um nível mais operacional tem estado envolvida em vários projectos deResponsabilidade Social: internamente incorporando práticas socialmenteresponsáveis como por exemplo através do projecto “Solidariedade” (nocampo da prevenção da toxicodependência e do alcoolismo) e a um nívelexterno através da realização de acções de formação, Conferências, Fóruns,Estudos, Projectos e Pareceres.

técnicos, económicos e sociais ou de outras diferentes naturezas;

Promover e organizar colóquios, seminários e conferências que contri-buam para o incremento da cooperação e para o mútuo conhecimento decada povo;

Promover e organizar acções de formação técnico-profissional;

Editar, publicar e distribuir estudos e trabalhos de natureza técnico--científica.

-II. Associação Industrial Portuguesa – Confederação Empresarial

A ACEP é uma associação privada sem fins lucrativos que iniciou as suasactividades em Setembro de 1990. De acordo com os seus Estatutos, sãofins da ACEP promover e reforçar a cooperação com os Países emDesenvolvimento, contribuir para o estudo, investigação, sensibilização edivulgação das realidades daqueles países e para a melhoria da situação dosimigrantes africanos em Portugal.

Após uma primeira fase de implantação organizativa e de criação de umabase de relações e de trabalho na sociedade portuguesa, a ACEP iniciou em1997 um processo de lançamento das bases de uma actividade de coopera-ção com outros povos, em particular com os dos Países Africanos de LínguaOficial Portuguesa, centrada no apoio ao reforço das organizações nãogovernamentais daqueles países para a sua acção de desenvolvimento.

A ACEP encontra-se registada junto do Instituto da Cooperação Portuguesacomo Organização Não-Governamental de Desenvolvimento, possuindo,como tal, estatuto de pessoa colectiva de utilidade pública.

7

O SOCIUS – Centro de Investigação em Sociologia Económica e dasOrganizações – é uma unidade de investigação integrada no InstitutoSuperior de Economia e Gestão (ISEG) da Universidade Técnica de Lisboa,criada em Maio de 1991 por docentes e investigadores do ISEG e por outroselementos.

É uma unidade de investigação acreditada pela Fundação para a Ciência eTecnologia, e classificada como “Excelente” desde 1999, no âmbito doPrograma de Financiamento Plurianual de Unidades de Investigação eDesenvolvimento da Fundação para a Ciência e Tecnologia.

A sua principal área científica de actuação, ainda Sociologia Económica e dasOrganizações, é entendida numa acepção ampla que privilegia os múltiplospontos de contacto entre a Sociologia e a Economia contemporâneas, eoutras Ciências Sociais interessadas no estudo da realidade económica eorganizacional.

III. Associação para a Cooperação Entre os Povos (ACEP)

IV. Centro de Investigação em Sociologia Económica e dasOrganizações (SOCIUS)

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B. Enquadramento e Metodologiade Elaboração do Kit

Esta Cimeira veio sublinhar também a importante contribuiçãodo sector empresarial na prossecução deste objectivo e, pelaprimeira vez, foi dirigido um apelo especial às empresas e ao seusentido de responsabilidade social em matérias como a aprendiza-gem ao longo da vida, a organização do trabalho, a igualda-de de oportunidades, a inclusão social e o desenvolvimentosustentável.

É um dado adquirido que a empresa que pensa estrategicamentetem de saber gerir a competitividade do seu negócio com a respon-sabilidade social que é inerente à sua condição de actor social.

Na Cimeira de Lisboa em Março de 2000, os chefes de Estado euro-peus estabeleceram um novo objectivo estratégico para a década que aíse iniciou: transformar a Europa na economia mais competitiva e maisdinâmica do mundo, capaz de um crescimento sustentado, com mais emelhores empregos e maior coesão social.

...transformar aEuropa na econo-mia mais competi-tiva e mais dinâ-mica do mundo,capaz de um crescimento sus-tentado, com maise melhores empregos e maiorcoesão social...

...tem de sabergerir a competitivi-dade do seu negó-cio com a respon-sabilidade socialque é inerente àsua condição deactor social...

I. Elaboração do Manual de FormaçãoII. Instrumentos de Suporte

i. ABC do Voluntariadoii. Guia sobre Responsabilidade Social das Empresas Portuguesas em Países em Desenvolvimentoiii. Modelo de Redes Locais para a RSE

1. Enquadramento

2. Procedimentos Metodológicos para elaboração do formatofinal do Kit

1. Enquadramento

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Estas foram as principais conclusões relativamente ao público Europeu, ana-lisando mais especificamente o caso do nosso país chega-se à conclusão deque o público Português tem grande expectativas relativamente às empre-sas – 2/3 dos consumidores portugueses acredita que as empresasnão dão a devida atenção às suas responsabilidades sociais.

A qualidade dos produtos, o serviço ao cliente, o empenho nas suas respon-sabilidades sociais, o respeito pelos direitos humanos e a existência de umambiente de trabalho seguro e saudável, são factores considerados impor-tantes pelos Portugueses quando fazem um juízo sobre uma empresa.

Ao analisarmos estes dados é fácil apercebermo-nos da importância cadavez maior da Responsabilidade Social da Empresa (RSE) como factordeterminante para a imagem de marca de cada uma das empresas,o que deve levar as mesmas a repensar e redefinir as suas estratégias deaproximação a um mercado cada vez mais exigente relativamente ao papelde cada uma das instituições.

Em Julho de 2001, a Comissão Europeia editou o Livro Verde Para aResponsabilidade Social das Empresas, onde surge também pela primeira vez uma definição mais consensual da RSE que é definidacomo a integração voluntária, por parte das empresas, de preocupa-ções sociais e ambientais nas suas operações e na sua relação comtodas as partes interessadas.

Este livro veio assim lançar o debate em quase todos os países da UE, tendosido efectuado um processo de consulta que envolveu um conjunto alarga-do de parceiros, tendo este processo terminado em finais de Dezembrodesse mesmo ano.

No essencial o Livro Verde enfatiza as seguintes dimensões, que já foramaqui referenciadas: A dimensão interna e a dimensão externa.

Com a expansão da economia global, o mundo empresarial começa a tomarconsciência de que um desenvolvimento sustentável é crucial para oseu sucesso futuro e que não pode haver mais uma separação tãorígida entre o económico e o social, visto estes dois aspectos estaremcada vez mais intrinsecamente relacionados.

É preciso também começar a ter em conta aquilo que pensam as pessoasque adquirem os serviços ou produtos às empresas, isto é, os consumido-res.

Num estudo elaborado pela MORI e pela CSR Europe, apresentado emNovembro de 2000 e que abrangeu cerca de 12000 pessoas de 12 países daUE chegou-se às seguintes conclusões:

ESTUDO MORI / CSR Europe

70 % dos consumidores Europeus afirmam que o empenho das empresas paracom a sua responsabilidade social é importante aquando da decisão de adquirir umproduto ou um serviço

44 % destes consumidores estão dispostos a pagar mais por um produto queseja social e ambientalmente responsável

...RSE como factordeterminante paraa imagem demarca de cadauma das empre-sas...

... integraçãovoluntária, porparte das empre-sas, de preocupa-ções sociais eambientais nassuas operações ena sua relaçãocom todas as par-tes interessadas..

Na dimensão interna, são abordadas questões como:

1- Gestão dos recursos humanos, onde se pretende que as empre-sas consigam atrair e reter os trabalhadores mais qualificados, adoptandomedidas que visem a aprendizagem ao longo da vida, um maior equilíbrioentre a vida profissional e a vida familiar, uma maior diversidade de traba-lhadores uma maior integração de mulheres, etc. Sugere-se também aadopção de práticas de recrutamento não-discriminatórias.

2- Higiene e segurança no trabalho, onde se pretende que as empre-sas assumam uma posição cada vez mais rígida no cumprimento das condi-ções de trabalho, adoptando esquemas que vão para lá do que está legisla-do, tentando em conjunto com outros parceiros atingir patamares mais elevados no que concerne a esta área.

3- Adaptação à mudança, a experiência com alguns dos maiores pro-cessos de reestruturação de empresas do sector metalúrgico, do carvãocomprovam que estas são mais bem sucedidas quando envolvem os esfor-ços das autoridades públicas, das empresas e dos representantes dos trabalhadores. Sugerem-se medidas que tentem de alguma forma minoraros impactos sociais das reestruturações.

4- Gestão dos recursos naturais e dos impactos ambientais deve seruma das variáveis a ter em conta, devendo as empresas dotar-se de estruturas e mecanismos que lhes permitam respeitar e defender o meio-ambiente.

No que se refere à dimensão externa, são referidos quatro pontos:

5- Envolvimento com as comunidades locais, aqui um aspecto maisdireccionado para as PME, pois estas empresas têm a maior parte dos seusclientes/consumidores na periferia da empresa, daí poderão influenciar asua competitividade através da assumpção de um papel mais pró-activocom a comunidade.

6- Parceiros das empresas, os seus fornecedores e os seus consumi-dores, onde se sugere que as empresas como parte de uma cadeia devemter consciência de que o efeito das actividades socialmente responsáveisnão se limita apenas à empresa, afectando também os seus parceiros económicos, sendo isto mais visível no caso das grandes empresas que uti-lizam serviços de outsourcing em alguns dos seus produtos ou serviços.

7- Respeito pelos direitos humanos. A pressão hoje exercida por mui-tas ONG tornam as actividades das empresas mais visíveis levando muitasempresas a adoptar códigos de conduta com o intuito de obterem ganhosao nível da sua imagem e reduzindo o risco de uma reacção negativa dosconsumidores. Estes códigos devem estar para lá do que está legislado, ten-tando atingir patamares mais elevados.

8- Preocupações Globais Ambientais, as empresas devem-se envol-ver nas questões ambientais que afectem de alguma forma o planeta deven-do assumir um papel dianteiro na intervenção e discussão destes temas.

Estes são os aspectos mais importantes referenciados neste livro e que sãofundamentais para a elaboração do modelo de formação que a partir daquiiremos desenvolver.

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Na elaboração deste modelo de formação houve, desde o início, uma cons-tante preocupação em conseguir que este abrangesse o maior número pos-sível de conteúdos que fossem centrais para a capacitação e desenvolvimen-to de competências em RSE.

Nesse sentido, procedeu-se na fase inicial a uma auscultação de um conjun-to de pessoas que tivessem bastante experiência nestes domínios e que dealguma forma pudessem contribuir para o aperfeiçoamento da versão finaldeste modelo. Entre as pessoas auscultadas destacamos os responsáveisdas várias organizações que integram esta Parceria de Desenvolvimento,assim como um conjunto representativo dos destinatários finais destemodelo.

Optou-se também por consultar vários académicos que têm desenvolvidoinvestigação nesta área com o intuito de podermos incluir no modelo não sóos conteúdos centrais para esta área como podermos perspectivar quais asprincipais tendências que emergem nestes domínios.

Assim, deste processo resultou o formato final deste modelo que pensamosser de facto uma valiosa ferramenta para quem pretenda ver as suas com-petências desenvolvidas ou para quem pretenda, numa óptica de formador,aplicar este modelo na capacitação de um conjunto de destinatários paraquem esta área possa de facto ser fundamental.

Após esta primeira fase, foram sendo elaborados os conteúdos de cada umdos módulos que foram sujeitos num primeiro momento a uma validaçãopor um perito com uma enorme experiência nesta área. O contributo desteperito revelou-se fundamental pois ao ter sobre os conteúdos um olhar crí-tico assente numa elevada experiência empírica permitiu uma significativamelhoria qualitativa do modelo final.

Por último, foi decidida a realização de uma sessão de teste do modelotendo sido nesse sentido realizada uma sessão para este efeito no dia 14 deDezembro do ano passado, onde estiveram presentes cerca de 20 pessoasque representavam parte dos destinatários finais deste produto.

O objectivo desta sessão que passava pela validação do produto pelos des-tinatários permitiu de forma bastante significativa uma estruturação maisadequada do modelo aos seus objectivos. Possibilitou também a testagemde diferentes métodos pedagógicos o que se revelou fulcral para a melhoriados mesmos tendo em vista um aumento da qualidade e eficácia das sessõ-es de formação realizadas tendo como base este modelo.

2. Procedimentos Metodológicos para a Elaboração do FormatoFinal do Modelo

I. Elaboração do Manual de Formação

Foram desenvolvidos um conjunto de directrizes e recomendações, no sen-tido de promover boas práticas de voluntariado empresarial.

Adicionalmente, será construída uma base de dados centrada na identifica-ção de competências chave disponíveis e necessárias, de modo a promoverum ajustamento entre a oferta e a procura a este nível. Pretende-se por estavia incrementar as taxas de participação em acções de voluntariado e, con-sequentemente, intervir mais eficazmente sobre os públicos alvo.

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i. ABC do voluntariado empresarial

Paralelamente, foram sendo desenvolvidos todos os restantes produtos quesustentam de forma ainda mais relevante a pertinência e actualidade destemodelo nomeadamente:

O “Guia sobre Responsabilidade Social das Empresas em Países emDesenvolvimento” resulta da promoção de um processo de reflexão e desenvolvimento do conhecimento numa área da responsabilidade socialainda pouco explorada em Portugal, apesar da crescente integração econó-mica do país e suas empresas. Tem como objectivo global, disponibilizar atodos os agentes intervenientes no tema, um recurso de conhecimento e deformação para uma melhor integração da questão da responsabilidade socialdas empresas nas actividades e relações económicas com países em desen-volvimento, tal como algumas linhas de orientação nesse sentido.

Deste modo, o Guia está estruturado em três partes. Na primeira parte éapresentada a abordagem teórica, analisando a questão da ética empresa-rial no contexto da globalização, a responsabilidade social das empresas nospaíses em desenvolvimento e a evolução da abordagem política da UniãoEuropeia no que respeita ao desenvolvimento sustentável e à promoção daResponsabilidade Social das empresas, ao nível europeu e global, nomeada-mente, nos países em desenvolvimento.

Na segunda parte sintetizam-se os resultados do trabalho de levantamentode práticas de responsabilidade social de empresas portuguesas que desen-volvem actividades em Cabo Verde tal como os resultados do inquérito apli-cado em Portugal. Na terceira parte, refere-se um conjunto de linhas deorientação para a responsabilidade social das empresas em Países emDesenvolvimento, resultantes do processo de estudo, tal como o conjuntode códigos desenvolvidos, ao nível internacional, neste âmbito.Apresentamos igualmente algumas sugestões para a exploração do presen-te relatório em contextos de formação e sensibilização para o tema.

ii. Guia sobre Responsabilidade Social das Empresas em Países emDesenvolvimento

II. Instrumentos de Suporte

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Este produto é o reflexo, por um lado, do trabalho desenvolvido a níveltransnacional, e permitirá identificar os actores críticos de sucesso para odesenvolvimento de um modelo genérico para redes locais de RSE. Estasredes implicam o envolvimento de entidades locais, governamentais e nãogovernamentais, e tecido empresarial.

Para mais informaçõesaceda em:

www.equalpalomar.eu

iii. Modelo de redes locais para a RSE

Este produto, está integrado no Kit de Capacitação e Desenvolvimento deCompetências em RSE e é utilizado enquanto recurso de formação essen-cialmente nos módulos: “Ética e Transparência”, “Gestão de Parcerias”,“Gestão Estratégica da RSE” e “Identidade, Imagem e Reputação”.

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C. Kit de Capacitação eDesenvolvimento deCompetências em RSE

I. Objectivo GeralII. Objectivos EstratégicosIII. Sugestões de Formato dos CursosIV. Abordagem Metodológica

I. Introdução à RSEII. Ética e transparênciaIII. Identidade, imagem e reputaçãoIV. A gestão das pessoas e a RSEV. Instrumentos de gestão: códigos, rótulos e CertificaçõesVI. Gestão estratégica da RSEVII. Gestão de parceriasVIII. Social reportingIX. Marketing social

1. Conceito do Kit

2. Objectivos do Kit

3. Linhas de Orientação e Recomendações para a Utilização doKit

4. Módulos

5. Guia de auto avaliação de competências em RSE

6. Questionário de satisfação

7. Webliografia

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Capacitar, a comunidade empresarial portuguesa e outros actores sociais, edesenvolver competências gerais ou específicas no domínio daResponsabilidade Social das Empresas.

As áreas cobertas por este modelo, e respectiva sugestão de carga horária,são:

A construção de um kit de formação de Capacitação e Desenvolvimento deCompetências em Responsabilidade Social das Empresas (RSE) pretende seruma ferramenta ao dispor de todas as pessoas interessadas em desenvol-ver as suas competências nesta área.

Pretende-se que este modelo possa servir como uma referência importanteno que concerne à adopção de boas práticas e estratégias social e ambien-talmente responsáveis por parte da comunidade empresarial, bem como uminstrumento facilitador das relações entre esta comunidade e as organiza-ções da sociedade civil.

O modelo de curso que prevê vários módulos ou áreas temáticas poderásimultaneamente ser uma base para a criação de vários pequenos cursosdireccionados para uma procura que pretenda estar capacitada em áreasmais específicas da RSE. Outra das grandes vantagens é a formação de umamassa crítica de pessoas que possam assumir o papel de “embaixadorespara a RSE”.

Por outro lado, o crescente interesse pela RSE enfatiza a necessidade dedesenvolver um modelo de enquadramento nestes domínios que permita asua fácil apropriação por agentes que actuem como formadores e nesse sen-tido, este modelo poderá constituir um valioso referencial a utilizar nas ses-sões formativas.

Módulo Duração

1 RSE: Conceito(s), Evolução, Abordagens e Modelos 16 horas

2 Ética e Transparência 08 horas

3 Identidade, Imagem e Reputação 08 horas

4 A Gestão das Pessoas e a RSE 08 horas

5 Instrumentos de Gestão: Códigos, Rótulos e Certificações 08 horas

6 Gestão Estratégica da RSE 08 horas

7 Gestão de Parcerias 16 horas

8 Social Reporting 08 horas

9 Marketing Social 08 horas

I. Objectivo Geral

1. Conceito do Kit

2. Objectivos do Kit

Envolver ONG, representantes de entidades estatais, autarquias,comunidade académica e empresas na discussão do papel social do sectorempresarial

Aumentar a consciência da opinião pública para a temática da res-ponsabilidade social das empresas

Fomentar o empowerment de todos os actores que representamum conjunto de partes interessadas e que se relacionam com a comunida-de empresarial

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Pretendeu-se com este modelo juntar duas componentes fundamentais:

- Módulos de enquadramento e desenvolvimento de competências teóricas(módulos 1 a 3)

- Módulos direccionados para a capacitação prática (módulos 4 a 9)

Gostaríamos também de referir que optámos por colocar os conteúdos dosmódulos já numa estrutura powerpoint de forma a facilitar a apropriaçãodeste modelo por um conjunto mais vasto de destinatários. Por outro lado,e visto a área da Responsabilidade Social ser bastante recente muita dabibliografia existente não é em Português e desta forma optámos por elabo-rar e apresentar os conteúdos em powerpoint, pretendendo de algumaforma eliminar os problemas que se possam vir a registar no acesso à infor-mação.

- Assegurar a presença de um número entre 12 a 15 participantes por ses-são.

- Localização: a designar caso a caso

- Duração: consultar tabela de cursos na pág.22

Para que este modelo possa produzir resultados mais eficazes deverão serprivilegiados métodos activos de envolvimento dos vários participantes,nomeadamente o desenvolvimento de actividades em grupo, a reflexão con-junta sobre boas práticas de Responsabilidade Social, a análise de casos deestudo.

Devem ser assim privilegiadas apresentações de casos práticos em detri-mento de apresentações institucionais, por parte dos formadores especialis-tas (representantes do sector empresarial e do 3º sector).

II. Objectivos Estratégicos

III. Sugestões de Formato dos Cursos

IV. Abordagem Metodológica

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Tendo em conta que este produto irá ser utilizado por diferentes públicos,consideramos necessário definir um conjunto de linhas de orientação e reco-mendações que facilitem a apropriação deste produto pelos diferentes utili-zadores e destinatários.

Requisitos pedagógicos

1. Sendo este produto um kit de formação achamos fundamental que a(s)pessoa(s) que irão utilizá-lo tenham competências pedagógicas mínimassendo que preferencialmente deverão possuir o Certificado de AptidãoProfissional para o exercício de funções de formador.

2. Deverão também os utilizadores possuir conhecimentos da língua inglesapois nesta área o número de referências bibliográficas em língua portugue-sa é bastante diminuto.

3. O facto de termos já estruturado este kit em Powerpoint visa apenas faci-litar a percepção de um conjunto de ideias chave e de um fio condutor e nãodeve dispensar a leitura das referências.

Avaliação

4. A utilização deste kit deve incluir sempre a aplicação de uma ferramentade auto-diagnóstico de conhecimentos e competências que deverá ser ela-borada tendo em conta os objectivos inerentes a cada uma das acções arealizar. Tendo isto em conta, apresentamos uma sugestão de um modelopara este efeito que poderá ser utilizado como referência para futuras apli-cações, podendo este ser alterado se se revelar pertinente a sua adaptação.

5. Da mesma forma, e estando estruturado este kit em unidades capitalizá-veis devem ser aplicados instrumentos de avaliação de conhecimentos ecompetências que permitam aferir da eficácia dos resultados da formação.Neste âmbito sugerimos que a avaliação nos módulos mais teóricos tenhapor base um conjunto de instrumentos para este efeito (fichas de leitura,pequenos testes, questionários, etc.) e que nos módulos de cariz mais prá-tico sejam privilegiados instrumentos de avaliação aplicados à realidade pro-fissional dos formandos nomeadamente elaboração de planos de envolvi-mento na comunidade, desenvolvimento de projectos de marketing social,análise de relatórios de responsabilidade social e/ou de sustentabilidade,etc.

A aplicação destes instrumentos de avaliação não dispensa a aplicação dosnormais questionários de avaliação de satisfação da formação a serem pre-enchidos pelos formandos e que focam as competências pedagógicas e deconhecimentos dos formadores.

3. Linhas de Orientação e Recomendações para a Utilização do Kit

Estratégia Pedagógica

6. Sendo mais eficaz a formação desenvolvida tendo como base a utilizaçãoe análise de estudos de caso e de exemplos de boas práticas aconselhamosvivamente a sua inclusão na aplicação deste kit e nesse sentido aconselha-mos a consulta da webliografia referida na parte final deste documento.

7. Por outro lado, e ainda do ponto de vista metodológico, na concepção eteste deste produto verificou-se que a utilização deste kit seria tanto maiseficaz quanto mais fossem envolvidos os formandos no processo formativoatravés da realização de actividades grupais, nomeadamente: brainstor-ming, trabalho de grupo, debates. Assim sugerimos aos utilizadores desteproduto o desenvolvimento de um conjunto de actividades que fomentem aparticipação e envolvimento de todos os formandos. Para exemplificar estaperspectiva, aplicámos no módulo sobre Gestão de Parcerias e Relações coma Comunidade uma sugestão de actividades possíveis de serem realizadasneste âmbito.

8. Interligação entre o referencial de formação e os módulos.

19

I. INTRODUÇÃO À RSE PÁG.20

II. ÉTICA E TRANSPARÊNCIA PÁG.24

III. IDENTIDADE, IMAGEM E REPUTAÇÃO PÁG.27

IV. A GESTÃO DAS PESSOAS E A RSE PÁG.30

V. INSTRUMENTOS DE GESTÃO: CÓDIGOS, RÓTULOS E

CERTIFICAÇÕES PÁG.33

VI. GESTÃO ESTRATÉGICA DA RSE PÁG.35

VII. GESTÃO DE PARCERIAS PÁG.38

VIII. SOCIAL REPORTING PÁG.43

IX. MARKETING SOCIAL PÁG.46

Índice dos Módulos

4. Módulos

20

Destinatários:

Duração da acção:

Local da acção:

Monitor:

Objectivo:

Ao falarmos de Responsabilidade Social das Empresas é importante definir uma base conceptual quepermita à partida uma consensualização sobre o que é a sua definição e âmbitos de aplicação.

Nesse sentido ao preparamos qualquer actividade formativa que tenha como público-alvo um conjun-to de pessoas que começam a dar os seus primeiros passos nestas matérias é fundamental partirdaquilo que é a base fundamental de conhecimento sobre RSE.

Assim, este módulo deve ser encarado como um ponto de partida deste modelo onde estarão listadosos conteúdos básicos sobre este conceito e a sua abrangência.

Por último, desaconselha-se a utilização deste módulo para actividades formativas que tenham comoformandos pessoas com elevados conhecimentos nesta área.

MÓDULO: INTRODUÇÃO À RSE

Quadros de empresas, representantes de ORGANIZAÇÕES DASOCIEDADE CIVIL e ONG

16 horas

A definir caso a caso.

A designar

- Consciencializar para a importância da RSE- Definir o conceito de RSE- Analisar estratégias socialmente responsáveis (operacionalização)- Avaliar a RSE- Promover um debate interno sobre RSE

21

09:30 – 09:50 – Abertura da sessão:

- Introdução ao programa

- Regras de aprendizagem e participação

- Propósito e resultados esperados

- Apresentação individual dos participantes: nome, função, organização,objectivos pessoais

09:50 –11:00 – A RSE: conceitos e definições

- Enquadramento teórico

- Âmbito da RSE

11:00 – 11:30 – Pausa para café

11:30 – 13:00 – A perspectiva dos consumidores

- Motivações

- Importância do tema para o processo de decisão de compra

- Factores mais relevantes para o consumidor

13:00 – 14:00 – Pausa para almoço

14:00 – 15:30 – Apresentação por parte de um parceiro empre-sarial

- Debate

15:30 – 16:00 – Pausa para café

16:00 – 17:45 – Análise de comportamentos socialmente respon-sáveis

- Listagem de comportamentos

- Apresentação de dados e estudos

17:45 - 18:00 – Encerramento

Plano de Sessão 1

22

09:30 – 11:00 – Implementação de estratégias socialmente res-ponsáveis

- Abrangência

- Níveis de implementação

11:00 – 11:30 – Pausa para café

11:30 – 13:00 – Exemplos de boas práticas internacionais

- Principais regras

13:00 – 14:00 – Pausa para almoço

14:00 – 15:30 – Apresentação por parte de um parceiro do 3ºsector

- Debate

15:30 – 16:00 – Pausa para café

16:00 – 17:30 – Conclusões

-Debate

-Trabalho em grupo (o que eu vou alterar na minha organização a partirde hoje?)

17:50 – 18:00 – Avaliação

18:00- 18:15 - Encerramento

Plano de Sessão 2

23

Elkington, John. Cannibals With Forks: The Triple Bottom Line of 21stCentury Business (Conscientious Commerce). New Society Publications,1998.

Gibb, Blair; and Schwartz, P. When Good Companies Do Bad Things:Responsibility and Risk in an Age of Globalization. John Wiley and Sons,Inc., April 1999.

Sullivan, Jeremiah. The Future of Corporate Globalization: From theExtended Order to the Global Village. Quorum Books 2002.

Tabb, William K. Unequal Partners: A Primer on Globalization. New Press,2002.

Tichy, Noel; McGill, Andrew; and St. Clair, Lynda. Corporate GlobalCitizenship. Lexington Books 1998.

Zadek, Simon, Niels Hojensgard, and Peter Raynard. Perspectives on theNew Economy of Corporate Citizenship. Copenhagen: The CopenhagenCenter, 2001.

Zadek, Simon; and Weiser, John. Conversations with Disbelievers. TheFord Foundation, 2000.

Bibliografia

24

Destinatários:

Duração da acção:

Local da acção:

Monitor:

Objectivo:

O tema da Ética Empresarial aparece cada vez mais como parte indissociável do conceito de RSE, poisas organizações, de uma forma geral, são cada vez mais escrutinadas pelos grupos de interesse quecom esta se relacionam e que por estas são afectados.

Deste modo, a inclusão de um módulo sobre Ética e Transparência neste modelo visa precisamente oestabelecimento de uma base comum de acordo que permita às organizações o seu posicionamentoperante um mercado que é cada vez mais exigente relativamente ao papel que estas assumem.

Noutro âmbito, a dimensão ética de actuação por parte das organizações que enfrentam processos deglobalização torna-se um factor incontornável relativamente à adaptação das organizações a diferen-tes contextos sociais e culturais, tornando-se imperiosa a assumpção de uma política e estratégia deResponsabilidade Social coerente com os princípios e valores de cada organização e em sintonia comas diferentes realidades políticas, sociais e culturais.

MÓDULO: ÉTICA E TRANSPARÊNCIA

Quadros de empresas, representantes de ORGANIZAÇÕES DASOCIEDADE CIVIL e ONG

8 horas

A definir caso a caso.

A designar

- Compreender os conceitos de ética e transparência- Relacionar estes conceitos com a RSE- Perceber as determinantes do comportamento ético- Tomar contacto com instrumentos éticos- Relacionar o problema da ética com a globalização

25

09:30 – 09:50 – Abertura da sessão:

- Introdução ao programa

- Regras de aprendizagem e participação

- Propósito e resultados esperados

- Apresentação individual dos participantes: nome, função, organização,objectivos pessoais

09:50 –11:00 – Ética e transparência

- Conceptualização teórica

- Definições e conceitos

11:00 – 11:30 – Pausa para café

11:30 – 13:00 – Enquadramento da ética: Perspectivas

- Utilitarista

- Preservação dos Direitos Morais

- Teoria da Justiça

- Teoria Integrativa dos Contratos Sociais

13:00 – 14:00 – Pausa para almoço

14:00 – 15:30 – Determinantes do comportamento ético

- Promover o comportamento ético

- Passos para a elaboração de códigos de conduta

- Ética e globalização

15:30 – 16:00 – Pausa para café

16:00 – 17:30 – Apresentação por parte de um parceiro empre-sarial

- Apresentação de um caso prático

- Debate

17:30 – 17:50 – Conclusões

17:50 – 18:00 – Avaliação

18:00- 18:15 - Encerramento

Plano de Sessão

26

Izzo, John and Withers, Pam. Values Shift: The New Work Ethic and Whatit Means for Business. Fairwinds Press, 2001.

Sullivan, Jeremiah. The Future of Corporate Globalization: From theExtended Order to the Global Village. Quorum Books 2002.

Tabb, William K. Unequal Partners: A Primer on Globalization. New Press,2002.

Wilson, Ian. The New Rules of Corporate Conduct: Rewriting the SocialCharter. Westport, CT: Quorum Books, 2000.

Business Ethics, A Teaching and Learning Classroom Edition: Conceptsand Cases (6th Edition) by Manuel G. Velasquez (Paperback - Jul 15,2005)

Harvard Business Review on Corporate Ethics (Harvard Business ReviewPaperback Series) by Harvard Business School Press and Joseph L.Badaracco (Paperback - Jul 10, 2003)

Case Studies in Business, Society, and Ethics, Fifth Edition by Tom L.Beauchamp (Paperback - Sep 12, 2003)

Business Ethics: People, Profits, and the Planet by Kevin Gibson(Paperback - Aug 16, 2005)

Bibliografia

27

Destinatários:

Duração da acção:

Local da acção:

Monitor:

Objectivo:

Sendo uma realidade que grande parte do retorno do investimento em práticas de ResponsabilidadeSocial ainda só é mensurável em termos da criação de valor reputacional, torna-se fundamental, porparte das organizações que adoptam este tipo de práticas, perceber a relação intrínseca existenteentre os conceitos de identidade, imagem e reputação, pois estes são indissociáveis e mutuamentedependentes.

Assim, ao incluirmos neste modelo um módulo com estas características temos como objectivo umamelhor adequação do ponto de vista de comunicação, interna e externa, daquilo que são as bases fun-damentais de diferenciação organizacional assente numa plena assumpção da Responsabilidade Socialcomo vector central para esta diferenciação. O que só é possível quando há uma coerência entre iden-tidade organizacional, imagem e reputação. Quando estas três dimensões não se encontram alinhadastorna-se praticamente inviável uma comunicação organizacional eficaz, quer a nível interno, quer anível externo.

MÓDULO: IDENTIDADE, IMAGEM E REPUTAÇÃO

Quadros de empresas, representantes de ORGANIZAÇÕES DASOCIEDADE CIVIL e ONG

8 horas

A definir caso a caso.

A designar

- Percepcionar a ligação entre identidade, imagem e reputação- Perceber a ligação entre as questões de identidade, imagem e reputação e a Responsabilidade Social das Empresas- Referenciar os factores mais considerados pelos consumidores noque se relaciona com estas questões- Compreender o ciclo virtuoso da responsabilidade- Plano de Sessão

28

09:30 – 09:50 – Abertura da sessão:

- Introdução ao programa

- Regras de aprendizagem e participação

- Propósito e resultados esperados

- Apresentação individual dos participantes: nome, função, organização,objectivos pessoais

09:50 –11:00 – Identidade, imagem e reputação

- Conceptualização teórica

- Definições e conceitos

11:00 – 11:30 – Pausa para café

11:30 – 13:00 – Modelo de referência

- Reputação e RSE

- Factores referenciados pelos consumidores

13:00 – 14:00 – Pausa para almoço

14:00 – 15:30 – O ciclo virtuoso da Responsabilidade

- Definição dos stakeholders

- Desenvolvimento da relação

- Concordância

- Desempenho

- Demonstração

15:30 – 16:00 – Pausa para café

16:00 – 17:30 – Apresentação por parte de um parceiro empre-sarial

- Apresentação de um caso prático

- Debate

17:30 – 17:50 – Conclusões

17:50 – 18:00 – Avaliação

18:00- 18:15 - Encerramento

Plano de Sessão

29

Izzo, John and Withers, Pam. Values Shift: The New Work Ethic and Whatit Means for Business. Fairwinds Press, 2001.

Sagawa, Shirley, and Eli Segal. Common Interest – Common Good:Creating Value through Social Sector Partnerships. Boston: HarvardBusiness School, 2000.

Wilson, Ian. The New Rules of Corporate Conduct: Rewriting the SocialCharter. Westport, CT: Quorum Books, 2000.

Zadek, Simon; and Weiser, John. Conversations with Disbelievers. TheFord Foundation, 2000.

Best Practice in Corporate Governance: Building Reputation AndSustainable Success by Adrian Davies (Hardcover - Jan 31, 2006).

Investing in Corporate Social Responsibility: A Guide to Best Practice,Business Planning & the UK's Leading Companies by John Hancock(Hardcover - Feb 1, 2005).

Bibliografia

30

Destinatários:

Duração da acção:

Local da acção:

Monitor:

Objectivo:

Numa sociedade cada vez mais diversa, as boas práticas de recursos humanos revelam-se como cen-trais para o incremento da competitividade e sustentabilidade organizacional.

Ao falarmos de Responsabilidade Social torna-se assim imprescindível revelarmos a sua dimensãointerna no que concerne à forma como hoje é feita a gestão de pessoas numa sociedade cada vez maisglobalizada onde valores como a igualdade de oportunidades, a gestão da diversidade, a conciliaçãoentre a vida privada e a vida profissional assumem uma relevância que até hoje não era visível.

Assim, a adequação das práticas de recursos humanos a estas novas realidades deve ser uma pedrabasilar na prossecução do objectivo fundamental que é transformarmos a actual sociedade numasociedade mais coesa, mais inclusiva, mais justa e sem tantas assimetrias.

MÓDULO: A GESTÃO DAS PESSOAS E A RSE

Quadros de empresas, representantes de ORGANIZAÇÕES DASOCIEDADE CIVIL e ONG

8 horas

A definir caso a caso.

A designar

- Perceber a evolução da função RH na nova economia- Identificar as principais práticas de Recursos Humanos ao nível daRSE- Identificar os principais instrumentos de integração daResponsabilidade Social no âmbito da gestão de recursos humanos- Mostrar exemplos de boas práticas

31

09:30 – 09:50 – Abertura da sessão:

- Introdução ao programa

- Regras de aprendizagem e participação

- Propósito e resultados esperados

- Apresentação individual dos participantes: nome, função, organização,objectivos pessoais

09:50 –11:00 – Enquadramento conceptual

- Evolução, âmbito e limites

11:00 – 11:30 – Pausa para café

11:30 – 13:00 – A importância dos recursos humanos na NovaEconomia

- Principais mudanças

- Principais tendências

- Instrumentos e iniciativas

13:00 – 14:00 – Pausa para almoço

14:00 – 15:30 – Práticas de Recursos Humanos

- Análise de casos

15:30 – 16:00 – Pausa para café

16:00 – 17:30 – Apresentação por parte de um parceiro empre-sarial

- Apresentação de um caso prático

- Debate

17:30 – 17:50 – Conclusões

17:50 – 18:00 – Avaliação

18:00- 18:15 - Encerramento

Plano de Sessão

32

Zadek, Simon; and Weiser, John. Conversations with Disbelievers. TheFord Foundation, 2000.

Human Resource Management: Ethics and Employment by AshlyPinnington, Rob Macklin, and Tom Campbell.

Managing Human Resources: Personnel Management in Transition byStephen Bach.

Guerreiro, Maria das Dores; Lourenço, Vanda; Pereira, Inês; BoasPráticas de Conciliação entre Vida Profissional e Vida Familiar; Lisboa,2006.

Guerreiro, Maria das Dores; Pereira, Inês; Responsabilidade Social dasEmpresas, Igualdade e Conciliação Trabalho-Família, Experiências doPrémio Igualdade é Qualidade; Lisboa, 2006.

Bibliografia

33

Destinatários:

Duração da acção:

Local da acção:

Monitor:

Objectivo:

Com o aumento do número de organizações que assumem a Responsabilidade Social como um factorestratégico e diferenciador, surgiram também um conjunto de novos instrumentos que servem, emgrande medida, para certificar e validar perante as partes interessadas esse compromisso.

Deste modo, a emergência de instrumentos como os códigos de conduta, os códigos de ética, as nor-mas de certificação e os rótulos assumiram uma importância central para as organizações que nãoquerem apenas demonstrar a sua nova filosofia de gestão, mas pretendem através da adopção dealguns dos instrumentos anteriormente referidos assumir uma postura mais transparente e coerentede acordo com os princípios básicos da Responsabilidade Social.

A inclusão de um módulo com esta sub-temática pretende essencialmente listar os vários instrumen-tos existentes nestes domínios e a sua inter-relação com o princípio basilar da Responsabilidade Socialque é o voluntarismo.

MÓDULO: INSTRUMENTOS DE GESTÃO – CÓDIGOS,RÓTULOS E CERTIFICAÇÕES

Quadros de empresas, representantes de ORGANIZAÇÕES DASOCIEDADE CIVIL e ONG

8 horas

A definir caso a caso.

A designar

- Perceber a evolução do conceito de RSE e o seu impactoao nível dos mecanismos de certificação- Enunciar as principais formas de códigos, certificação erotulagem- Identificar os principais instrumentos para a RSE

34

09:30 – 09:50 – Abertura da sessão:

- Introdução ao programa

- Regras de aprendizagem e participação

- Propósito e resultados esperados

- Apresentação individual dos participantes: nome, função,

organização, objectivos pessoais

09:50 –11:00 – Códigos, rótulos e certificações

- Antecedentes

11:00 – 11:30 – Pausa para café

11:30 – 13:00 – Práticas de Responsabilidade Social

- Evolução

- Factores associados

13:00 – 14:00 – Pausa para almoço

14:00 – 15:30 – Instrumentos para a RSE

- Análise e comparação de alguns instrumentos

- Debate

15:30 – 16:00 – Pausa para café

16:00 – 17:30 – Apresentação por parte de um parceiro

empresarial

- Apresentação de um caso prático

- Debate

17:30 – 17:50 – Conclusões

17:50 – 18:00 – Avaliação

18:00- 18:15 - Encerramento

Plano de Sessão

Value Shift: Why Companies Must Merge Social and FinancialImperatives to Achieve Superior Performance by Lynn Sharp Paine(Paperback - Sep 29, 2003).

Bibliografia

35

Destinatários:

Duração da acção:

Local da acção:

Monitor:

Objectivo:

A estratégia organizacional como fundamento central de toda a actividade organizacional assume hojeuma dimensão que até aqui era um pouco negligenciada, ou seja, a estratégia que até há bem poucotempo era assente em princípios que visavam essencialmente a criação de valor para o accionista, pas-sou a incorporar também dimensões e objectivos de carácter social e ambiental que são hoje impres-cindíveis para a competitividade global das organizações.

Assim a definição da estratégia, da missão e dos valores organizacionais passou também a incluirquestões como a Responsabilidade Social e o Desenvolvimento Sustentável. Desta forma, o objectivodeste módulo é precisamente a adequação das organizações a esta nova realidade, sendo que umamais-valia fundamental deste módulo reside na definição dos passos fundamentais para a implemen-tação de um modelo de gestão estratégica da RSE.

MÓDULO: GESTÃO ESTRATÉGICA DA RSE

Quadros de empresas, representantes de ORGANIZAÇÕES DASOCIEDADE CIVIL e ONG

8 horas

A definir caso a caso.

A designar

- Perceber o mecanismo de implementação de uma estratégiasocialmente responsável- Identificar os principais comportamentos de RS - Desenvolver capacidades de gestão da RSE- Mostrar exemplos de boas práticas

36

09:30 – 09:50 – Abertura da sessão:

- Introdução ao programa

- Regras de aprendizagem e participação

- Propósito e resultados esperados

- Apresentação individual dos participantes: nome, função,

organização, objectivos pessoais

09:50 –11:00 – A implementação de uma estratégia socialmenteresponsável

- Etapas a seguir

- Níveis de implementação

11:00 – 11:30 – Pausa para café

11:30 – 13:00 – Comportamentos socialmente responsáveis

- Valores e transparência

- Público interno

- Meio ambiente

- Fornecedores

- Consumidores

- Comunidade

13:00 – 14:00 – Pausa para almoço

14:00 – 15:30 – Boas práticas internacionais

- Análise de casos

15:30 – 16:00 – Pausa para café

16:00 – 17:30 – Apresentação por parte de um parceiro empre-sarial

- Apresentação de um caso prático

- Debate

17:30 – 17:50 – Conclusões

17:50 – 18:00 – Avaliação

18:00- 18:15 - Encerramento

Plano de Sessão

37

Corporate Social Responsibility and International Development: IsBusiness the Solution? by Michael Hopkins (Hardcover - Dec 2006)

Hodges, Adrian; and Grayson, David. Everybody's Business. BKPublishing, 2002.

Rochlin, Steven; and Christoffer, Brenda. Making the Business Case:Determining the Value of Corporate Community Involvement. BostonCollege Center for Corporate Community Relations, 2000.

Rochlin, Steven; Coutsoukis, Platon; and Carbone, Leslie. MeasurementDemystified. The Center for Corporate Citizenship at Boston College,2001.

Roy, Delwin, Laurie Regelbrugge, and David Logan. Global CorporateCitizenship: Rational and Strategies. Washington DC: HitachiFoundation, 1997.

Sullivan, Jeremiah. The Future of Corporate Globalization: From theExtended Order to the Global Village. Quorum Books 2002.

Tabb, William K. Unequal Partners: A Primer on Globalization. New Press,2002.

Weeden, Curt. Corporate Social Investing: The Breakthrough Strategyfor Giving and Getting Corporate Contributions. San Francisco: Berrett-Koehler Publishers, Inc., 1998.

Zadek, Simon; and Weiser, John. Conversations with Disbelievers. TheFord Foundation, 2000.

Bibliografia

38

Destinatários:

Duração da acção:

Local da acção:

Monitor:

Objectivo:

Uma dimensão central e fundamental da RSE reside precisamente na capacidade de construir e gerirparcerias com as organizações da sociedade civil pois muitas das vezes não existe sobre o conceito daparceria uma visão estratégica da mesma e ao invés em muitos dos casos o que temos são acordoscasuísticos e pontuais que carecem de uma eficaz e objectiva avaliação das mais-valias que este tipode acções podem acarretar.

Assim, neste módulo destacamos as várias formas de estabelecimento e gestão de parcerias enfati-zando questões como o voluntariado, o mecenato e as parcerias estabelecidas pelas empresas queactuam nos países em desenvolvimento. Deste modo, este módulo apresenta uma dimensão práticafundamental para a capacitação de todas as organizações que encarem a formação de parcerias comouma mais-valia para toda a actividade organizacional.

MÓDULO: GESTÃO DE PARCERIAS

Quadros de empresas, representantes de ORGANIZAÇÕES DASOCIEDADE CIVIL e ONG

8 horas

A definir caso a caso.

A designar

- Proporcionar a capacitação de pessoas que têm uma actividadeempresarial (ou que procuram tê-la) e que estão activamenteempenhadas no envolvimento comunitário empresarial – quer comogestores do processo, quer como participantes.- Identificar e enunciar as várias formas de envolvimento na comunidade.- Identificar as regras fundamentais para a constituição de parcerias.- Desenvolver capacidades de gestão do voluntariado empresarial.- Desenvolver capacidades de gestão do mecenato/ patrocínios/doações.

39

09:30 – 09:50 – Abertura da sessão:

- Introdução ao programa

- Regras de aprendizagem e participação

- Propósito e resultados esperados

- Apresentação individual dos participantes: nome, função,

organização, objectivos pessoais

09:50 –11:00 – Porque as empresas se envolvem e investem nacomunidade?

- Razões económicas e sociais

- Alinhamento do investimento na comunidade com as necessidades daempresa/negócio

11:00 – 11:30 – Pausa para café

11:30 – 13:00 – Alguns exemplos de envolvimento na comunida-de:

- Patrocínio/mecenato

- Doações em espécie

- Peritos funcionais

- Mentoring

- Apoio na angariação de fundos

- Voluntariado dos colaboradores

13:00 – 14:00 – Pausa para almoço

14:00 – 15:30 – Envolvimento Comunitário das EmpresasPortuguesas em Países em Desenvolvimento

- Com quem se envolvem?

- Que tipo de apoio prestam?

- Benefícios do envolvimento

- Motivações

- Casos Práticos

15:30 – 16:00 – Pausa para café

Plano de Sessão 1

40

16:00 – 17:45 – Identificar os tópicos relevantes na gestão deparcerias

- Quais os problemas e assuntos reais em que se pretende intervir

- Clarificação dos resultados esperados

- Acções/recursos necessários

- Requisitos temporais

17:45 - 18:00 – Encerramento

41

09:30 – 11:00 – Desenvolvimento de um projecto de voluntaria-do

- Benefícios para a empresa e para os colaboradores

- Voluntariado Empresarial em Portugal – Diagnóstico

- Vantagens: Comunidade, Colaboradores e Empresa

- Modelo de Planeamento Estratégico

- Métodos de Implementação

11:00 – 11:30 – Pausa para café

11:30 – 13:00 – Desenvolvimento de um projecto de mecenato

- Principais regras

13:00 – 14:00 – Pausa para almoço

14:00 – 17:30 – Visita a uma instituição

- Apresentação por parte de um parceiro do 3º sector

- Presenciar in loco o trabalho desenvolvido por uma ORGANIZAÇÃO DASOCIEDADE CIVIL

17:30 – 17:50 – Conclusões

17:50 – 18:00 – Avaliação

18:00- 18:15 – Encerramento

Plano de Sessão 2

42

Andriof, Jorg and McIntosh, Malcolm. Perspectives on CorporateCitizenship. Greenleaf Publishing, 2001.

Avery, Christopher. Business and Human Rights in a Time of Change.Amnesty International United Kingdom, 2000.

Levy, Reynold. Give and Take: A Candid Account of CorporatePhilanthropy. Harvard Business School Press, 1999.

Logan, David. Employees in the Community: A Global Force for Good.The Corporate Citizenship Company: London, 2002.

Nelson, Jane. Building Partnerships. United Nations Department of PublicInformation: New York, 2002.

Rochlin, Steven; and Bliss, Tamara. Benchmarks for InternationalCorporate Community Involvement. The Center for Corporate Citizenshipat Boston College, 2002.

Rochlin, Steven; and Boguslaw, Janet. Business and CommunityDevelopment. The Center for Corporate Citizenship at Boston College,2001.

Roy, Delwin, Laurie Regelbrugge, and David Logan. Global CorporateCitizenship: Rational and Strategies. Washington DC: HitachiFoundation, 1997.

Sagawa, Shirley, and Eli Segal. Common Interest – Common Good:Creating Value through Social Sector Partnerships. Boston: HarvardBusiness School, 2000.

Bibliografia

43

Destinatários:

Duração da acção:

Local da acção:

Monitor:

Objectivo:

Os relatórios sociais e de sustentabilidade são hoje uma das faces mais visíveis da assumpção de umnovo posicionamento por parte das organizações relativamente à sua Responsabilidade Social, sendoque o potencial destas ferramentas de comunicação ainda se encontra um pouco longe daquilo queseria desejável, nomeadamente no que concerne às questões que se prendem com a comparabilida-de e relevância da informação aí constante.

Assim, este módulo pretende essencialmente apresentar os referenciais mais utilizados neste domínio,tentando perceber a sua pertinência e abrangência e analisar um conjunto de exemplos de boas prá-ticas neste domínio.

MÓDULO: SOCIAL REPORTING

Quadros de empresas, representantes de ORGANIZAÇÕES DASOCIEDADE CIVIL e ONG

8 horas

A definir caso a caso.

A designar

- Identificar a importância do reporte como forma decomunicar as práticas empresariais aos diferentesstakeholders- Enunciar as várias formas de reporte- Identificar os principais referenciais de reporte- Perceber a metodologia e os princípios do socialreporting

44

09:30 – 09:50 – Abertura da sessão:

- Introdução ao programa

- Regras de aprendizagem e participação

- Propósito e resultados esperados

- Apresentação individual dos participantes: nome, função, organização,objectivos pessoais

09:50 –11:00 – Social reporting

- Enquadramento teórico

- Porquê e o que comunicar

11:00 – 11:30 – Pausa para café

11:30 – 13:00 – Metodologias e princípios de reporting

- Abordagens

- Formas de comunicar

13:00 – 14:00 – Pausa para almoço

14:00 – 15:30 – Boas práticas de reporte

- Análise de alguns relatórios de referência

- Debate

15:30 – 16:00 – Pausa para café

16:00 – 17:30 – Apresentação por parte de um parceiro empre-sarial

- Apresentação de um caso prático

- Debate

17:30 – 17:50 – Conclusões

17:50 – 18:00 – Avaliação

18:00- 18:15 – Encerramento

Plano de Sessão 1

45

Corporate Social Reporting by N.P. Agarwal The impact of culture andgovernance on corporate social reporting [An article from: Journal ofAccounting and Public Policy] by R.M. Haniffa and T.E. Cooke

Sustainable Measures: Evaluation and Reporting of Environmental andSocial Performance by Martin Bennett, Peter James, and Leon Klinkers(Hardcover - Jun 1999)

Building Corporate Accountability: Emerging Practices in Social andEthical Accounting, Auditing and Reporting by Simon Zadek, PeterPruzan, and Richard Evans (Paperback - Nov 1997)

The Triple Bottom Line: Does It All Add Up?: Assessing the Sustainabilityof Business and CSR by Adrian Henriques and Julie Richardson(Hardcover - April 2004)

Corporate Sustainability Reporting: A New Approach for takeholderCommunication by Martha Fani Cahyandito (Paperback - 2005)

The future of corporate sustainability reporting: a rapidly growing assu-rance Opportunity: An article from: Journal of Accountancy by BrianBallou, Dan L. Heitger, and Charles E. Landes.

Bibliografia

46

Destinatários:

Duração da acção:

Local da acção:

Monitor:

Objectivo:

Hoje muitas das organizações apostam no marketing como uma ferramenta central para a fidelizaçãodos seus clientes e consumidores. Neste contexto, o surgimento do Marketing Social traduz-se numaintegração de questões de carácter social e/ou ambiental como forma de atracção e retenção de umanova tipologia de consumidores, para os quais a Responsabilidade Social é mais um dos factores tidosem conta aquando do processo de tomada de decisão de compra. Nesse sentido, torna-se cada vezmais comum observarmos a associação de empresas e organizações da sociedade civil em campanhasde marketing e na luta por determinadas causas sociais.

O intuito deste módulo é precisamente dotar as pessoas das competências imprescindíveis para a ela-boração de campanhas de marketing social e perceber a sua importância para a sensibilização da opi-nião pública para determinadas realidades.

MÓDULO: MARKETING SOCIAL

Quadros de empresas, representantes de ORGANIZAÇÕES DASOCIEDADE CIVIL e ONG

8 horas

A definir caso a caso.

A designar

- Definir o conceito de marketing social- Identificar as principais regras do marketing social- Capacitar os formandos para a elaboração de um planode marketing social- Mostrar exemplos de boas práticas

47

09:30 – 09:50 – Abertura da sessão:

- Introdução ao programa

- Regras de aprendizagem e participação

- Propósito e resultados esperados

- Apresentação individual dos participantes: nome, função, organização,objectivos pessoais

09:50 –11:00 – Marketing Social: conceitos e definições

- Enquadramento teórico

- Principais definições e conceitos

11:00 – 11:30 – Pausa para café

11:30 – 13:00 – Os 7 P’s do Marketing Social

- Produto

- Preço

- Distribuição

- Promoção

- Parcerias

- Politicas

- Política

13:00 – 14:00 – Pausa para almoço

14:00 – 15:30 – O plano de Marketing Social

15:30 – 16:00 – Pausa para café

16:00 – 17:30 – Apresentação por parte de um parceiro empre-sarial

17:30 – 17:50 – Conclusões

17:50 – 18:00 – Avaliação

18:00- 18:15 - Encerramento

Plano de Sessão 1

48

Weeden, Curt. Corporate Social Investing: The Breakthrough Strategyfor Giving and Getting Corporate Contributions. San Francisco: Berrett-Koehler Publishers, Inc., 1998.

Social Marketing: Improving the Quality of Life by Philip Kotler, NedRoberto, and Nancy R. Lee (Paperback - Jun 15, 2002)

Social Marketing: Why should the Devil have all the best tunes? byGerard Hastings (Paperback - Jul 2, 2007)

Social Marketing in the 21st Century by Alan R. Andreasen (Hardcover -Dec 9, 2005)

Social Marketing: Influencing Behaviors for Good by Philip Kotler andNancy R. Lee (Paperback - Dec 11, 2007).

Bibliografia

49

Por cada pergunta abaixo, faça um círculo no número à direita que melhor se adequar à sua opinião sobre a importância do assunto.

Utilize a escala acima para corresponder a sua opinião.

Escala de Concordância

DiscordoTotalmente Discordo

Não Concordo

Nem DiscordoConcordo Bastante

1. Conheço o conceito de Responsabilidade Socialdas empresas.

1 2 3 4 5

2. Sou capaz de identificar os principais momentos dedesenvolvimento da abordagem da RSE.

1 2 3 4 5

3. Sou capaz de identificar os desafios à Ética empre-sarial no quadro da Globalização.

1 2 3 4 5

4. Conheço os princípios de gestão estratégica daRSE.

1 2 3 4 5

5. Sou capaz de desenvolver um plano estratégicode RSE.

1 2 3 4 5

6. Sou capaz de desenvolver práticas de RSE. 1 2 3 4 5

7. Conheço práticas de RSE na Dimensão Económica,de envolvimento na comunidade, ambiental e doscolaboradores.

1 2 3 4 5

8. Conheço os obstáculos que as mulheres podemencontrar na formação profissional e no mercado detrabalho.

1 2 3 4 5

9. Conheço técnicas de aplicação do princípio daigualdade de oportunidades.

1 2 3 4 5

10. Sou capaz de desenvolver práticas de aplicaçãodo princípio da igualdade de oportunidades.

1 2 3 4 5

11. Sei comunicar escrita e verbalmente com osagentes de RSE.

1 2 3 4 5

12. Sou capaz de desenvolver uma estratégia dediálogo com os stakeholders.

1 2 3 4 5

13. Sou capaz de criar instrumentos de recolha deinformação dos stakeholders.

1 2 3 4 5

5. Guia de Auto-avaliação de competências em RSE

50

Escala de Concordância

DiscordoTotalmente Discordo

Não Concordo

Nem DiscordoConcordo Bastante

14. Conheço as actividades e o funcionamento dasorganizações não governamentais.

1 2 3 4 5

15. Sou capaz de identificar os princípios chavepara o desenvolvimento de parcerias.

1 2 3 4 5

16. Sou capaz de identificar e envolver potenciaisparceiros em projectos de RSE.

1 2 3 4 5

17. Sou capaz de identificar práticas deResponsabilidade Social de empresas em países emdesenvolvimento.

1 2 3 4 5

18. Conheço as especificidades sociais, económicas,políticas e ambientais inerentes à condução de activi-dades de responsabilidade social nos países emdesenvolvimento.

1 2 3 4 5

19. Tenho capacidades para desenvolver práticas deactividades de responsabilidade social nos países emdesenvolvimento.

1 2 3 4 5

20. Sou capaz de participar em projectos de Respon-sabilidade Social, em parceria com empresas em paí-ses em desenvolvimento.

1 2 3 4 5

21. Conheço os documentos guia para o desenvolvi-mento de práticas de RSE em países em desenvolvi-mento.

1 2 3 4 5

22. Conheço o funcionamento e as lógicas que sub-jazem às acções de voluntariado qualificado.

1 2 3 4 5

23. Sou capaz de fazer o levantamento de práticas eredes existentes de voluntariado empresarial.

1 2 3 4 5

24. Sou capaz de antecipar evoluções futuras emtermos de práticas de voluntariado.

1 2 3 4 5

25. Sou capaz de propor soluções de voluntariadoempresarial.

1 2 3 4 5

26. Sou capaz de identificar o público-alvoobjecto de práticas de voluntariado.

1 2 3 4 5

27. Sou capaz de identificar acções e programas devoluntariado a desenvolver.

1 2 3 4 5

28. Sou capaz de identificar soluções para problemassociais, ambientais e económicos relevantes, que pos-sam ser traduzidas em acções de voluntariado empre-sarial.

1 2 3 4 5

51

Escala de Concordância

DiscordoTotalmente Discordo

Não Concordo

Nem DiscordoConcordo Bastante

29. Sou capaz de implementar acções devoluntariado empresarial.

1 2 3 4 5

30. Sou capaz de avaliar os resultados das acçõesde voluntariado qualificado desencadeadas.

1 2 3 4 5

31. Sou capaz de integrar voluntários empresariaisna organização.

1 2 3 4 5

32. Sou capaz de comunicar de forma efectiva asacções de voluntariado empresarial.

1 2 3 4 5

33. Conheço os princípios de gestão da identidade,imagem e reputação no âmbito da RSE.

1 2 3 4 5

34. Conheço o conceito de marketing social. 1 2 3 4 5

35. Conheço os princípios de desenvolvimento deactividades de marketing social.

1 2 3 4 5

36. Sou capaz de aplicar os princípios de desenvolvi-mento de actividades de marketing social.

1 2 3 4 5

37. Conheço instrumentos de integração da respon-sabilidade social na gestão dos recursos humanos.

1 2 3 4 5

38. Conheço práticas de integração da responsabili-dade social na gestão dos recursos humanos.

1 2 3 4 5

39. Sou capaz de aplicar instrumentos de RSE nagestão dos recursos humanos.

1 2 3 4 5

40. Consigo seleccionar critérios de RSE 1 2 3 4 5

41. Sou capaz de elaborar um relatório desustentabilidade.

1 2 3 4 5

42. Sou capaz de analisar práticas deresponsabilidade social.

1 2 3 4 5

43. Sou capaz de construir instrumentos de recolhade dados e sistematização de boas práticas.

1 2 3 4 5

44. Sou capaz de recolher e gerir informação sobreas questões relacionadas com a RSE.

1 2 3 4 5

52

53

Exmos. (as) Senhores (as), o presente inquérito tem como fim conhecer o V. grau desatisfação, relativamente à sessão de formação. Agradecemos desde já a V.

colaboração.

Por cada pergunta abaixo, faça um círculo no número à direitaque melhor se adequar à sua opinião sobre a importância do assunto.

Utilize a escala acima para corresponder a sua opinião.

Escala de Concordância

MuitoInsuficiente Insuficiente Suficiente Bom Muito Bom

Programa 1 2 3 4 5

1. Utilidade dos temas. 1 2 3 4 5

2. Actividades. 1 2 3 4 5

3. Suportes pedagógicos. 1 2 3 4 5

4. Adequação da carga horária. 1 2 3 4 5

Monitoria 1 2 3 4 5

5. Domínio do assunto. 1 2 3 4 5

6. Clareza do discurso. 1 2 3 4 5

7. Métodos pedagógicos. 1 2 3 4 5

8. Motivação do grupo. 1 2 3 4 5

9. Relacionamento com os participantes. 1 2 3 4 5

Auto-Avaliação 1 2 3 4 5

10. Motivação e Participação. 1 2 3 4 5

11. Relacionamento com os colegas. 1 2 3 4 5

12. Resultados da aprendizagem. 1 2 3 4 5

Apreciação Global 1 2 3 4 5

13. Apreciação Global 1 2 3 4 5

Outras Observações:

6. Questionário de Satisfação

54

Bases de dados de Boas Práticas:

http://www.csreurope.org/marketplace

http://www.rseportugal.eu/marketplace

http://www.caseplace.org

Outros Sites:

http://www.csreurope.org/

http://www.accountability.org.uk/

http://www.efqm.org/new_website/

http://www.bsdglobal.com/

http://www.euractiv.com

http://www.global-responsibility.com/

http://www.sa8000.org

http://www.csrwire.com

http://www.bitc.org.uk

http://www.imsolidarite.com

http://www.nyforetagarcentrum.se

http://www.sodalitas.it

http://www.empreaysociedad.org

7. Webliografia