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Lagos Andinos Dicas de Viagem para Frutillar e Puerto Octay Um dos destinos mais visitados do mundo, os Lagos Andinos reservam cenários de beleza espetacular, lagos gigantescos de águas azuladas, vulcões com seus picos nevados e fontes termais. Neste artigo trazemos dicas de viagem para duas charmosas cidades, Frutillar e Puerto Octay que irão encantar quem as visita!

Lagos Andinos - viagemearquitetura.com.br · transformando, deixando de ser seco para ser muito mais úmido e mais frio. As ... cobre e pedras a arquitetura do teatro é inspirada

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Lagos Andinos Dicas de Viagem para Frutillar e Puerto Octay

Um dos destinos mais visitados do mundo, os Lagos Andinos reservam cenários de beleza espetacular, lagos gigantescos de águas azuladas, vulcões com seus picos nevados e fontes termais. Neste artigo trazemos dicas de viagem para duas charmosas cidades, Frutillar e Puerto Octay que irão encantar quem as visita!

Os Lagos Andinos:

O distrito dos Lagos Chilenos, ou região dos Lagos Andinos é um dos destinos mais conhecidos e visitados do mundo. O nome é dado pela riqueza de lagos gigantescos, de águas azuladas que se espalham por toda a extensão desta região Andina. A região encantadora possui florestas riquíssimas, vulcões imponentes e adormecidos – por vezes nem tão adormecidos assim – rios caudalosos com corredeiras impressionantes e nascentes termais que datam de eras geológicas remotas. Uma região que definitivamente deve ser conhecida!

A região dos Lagos começa ao sul do Rio Bio bio que é o segundo maior rio do Chile que corre desde sua origem em Icalma nos Andes até o Pacífico, cerca de 380 km. Seu nome tem origem na língua Mapuche, e desde tempos imemoriais ele sempre foi considerado como “La Frontera” devido seu trajeto e seu aspecto de divisor de águas.

A partir deste ponto, entrando na Região dos Lagos, o clima no Chile vai se transformando, deixando de ser seco para ser muito mais úmido e mais frio. As fazendas tomam o lugar das imensas vinícolas e as pequenas lagoas se rendem aos imensos lagos com florestas gigantescas e milenares. Interessantemente, os Andes perdem altitude e passa a mostrar mais sua real beleza, com cerros altíssimos e cobertos de neves eternas e vulcões.

História

Os Mapuche Fonte: Museu de Arte Pré-Colombino

A história da região é bastante curiosa. Até bem recentemente, cerca de 1880 esta região não pertencia ao Chile. Na verdade, não pertencia a país nenhum. Ela era completamente dominada pelos seus primeiros habitantes e “donos” da região, os Índios Mapuche. Estes foram capazes de derrotar os poderosos Incas em ferozes batalhas e afugentar inclusive os bélicos Espanhóis e assim se mantiveram na região dominantes apesar de todas as duras investidas inimigas. Conta a história que os Mapuche surpreendiam os inimigos com investidas noturnas sobre os acampamentos, onde atacavam ferozmente, matando homens, sequestrando mulheres e reduzindo-os a quase nada.

Até meados de 1800, quando os primeiros e corajosos fazendeiros chegaram á região, ela era rica em araucárias e densas florestas, habitadas pelo “Povo da Terra” ou Mapuche. Estes foram derrotados apenas pelo exército Chileno nas guerras pacificadoras posteriores e o povo Chileno, hoje unido, tem grande orgulho de seus ancestrais Mapuches.

Os MapucheFonte: Museu de Arte Pré-Colombino

Depois de sua rendição a região passou por uma efervescência, com a chegada dos imigrantes Alemães, que criaram fazendas com suas casas características que em tudo lembravam sua terra natal. Ambos os grupos deixaram sua marca característica pela região que perdura até hoje. Os Mapuche nas vestimentas e costumes, os Alemães na arquitetura regional, arte e alimentação, onde se percebe o uso extensivo da palavra Küchen, tão presente na pastelaria e doceria Alemã.

Os Mapuches

Os Mapuche Fonte: Museu de Arte Pré-Colombino

A influência dos Mapuche era imensa se estendendo até a região que hoje corresponde à Argentina. Eles reconhecem seu território como a base de sua existência e cultura. O denominado Wallmapu, ou terra circundante, como é denominado seu enorme território estava localizado no centro sul englobando os dois países, separados por Pire Mapu, ou A Cordilheira dos Andes. Hoje se aceita que o tamanho desta área era de mais de 60 milhões de hectares! Em Ngulu Mapu, ou o atual Chile, viviam cerca de 605 mil pessoas, que corresponde a cerca de 4% da população total do país!

Muito da cultura conhecida como Andina, deriva dos Mapuche em especial as vestimentas tão características da região. Neste slide show pode-se conhecer um pouco mais da cultura Mapuche e dos povos nativos originais do Chile.

Explorando a região dos Lagos

A Região dos lagos Andinos e sua rede Interlagos. Explore tudo de carro!Fonte: gobiernodechile.cl

Uma das melhores maneiras de explorar o distrito dos Lagos Andinos é de carro. Sim, alugue um carro. Vale muito a pena! A espetacular Panamericana ou Ruta 5, uma das maiores auto estradas do mundo corta a região e dá acesso facilitado às principais atrações. Muito bem pavimentada e com limites de velocidade que permite deslocamentos rápidos entre as cidades.

O charme da região se encontra em suas cidades pitorescas, em seus passeios de barco pelos lagos, os roteiros de aventura, pelos vulcões onde se pode se aventurar até seus cumes, pelas praias sossegadas e de areias pretas vulcânicas. Tudo pode ser explorado de carro.

A rede Interlagos e suas atrações em toda a Região dos Lagos Andino!

Interessante também é ter em mãos sempre um mapa atualizado das estradas, que são fiscalizadas pelo governo e são de altíssima qualidade. Você vai encontrar quilômetros e mais quilômetros de estradas pavimentadas como a Ruta Interlagos ou Rota Interlagos, um projeto ambicioso do governo Chileno que liga todas as regiões do distrito dos Lagos e que também possui quilômetros e mais quilômetros de estradas não pavimentadas, mas formadas por um sedimento negro igualmente vulcânico. Muito interessante. Quando se chega a uma estrada não pavimentada com estas características, a primeira sensação é de medo. Mas tenha calma, cheque seus mapas e GPS e siga conforme ele manda. Em geral as estradinhas são cênicas e muito bonitas.

Mas atenção: Nunca faça estes trajetos à noite ou próximo do entardecer. E vá sempre de tanque cheio!

O Lago Llanquihue

O Lago Llanquihe visto do alto dos 2600 metros do Vulcão Osorno

O segundo maior lago do Chile, de águas azuis e brilhantes. É belíssimo e em seu redor você irá encontrar inúmeras atrações, como o belíssimo

Vulcão Osorno, um dos mais perfeitos e simétricos cones do hemisfério Sul, que domina a região, além dos picos do temido Vulcão Calbuco, Puntiagudo e Tronador. O Parque Nacional Vicente Perez Rosales, uma área linda e preservada, o mais antigo parque do Chile que abriga o lago esmeralda ou Lago de Todos os Santos.

O gigantesco Lago Llanquihue parece um mar em miniatura!

O Llanquihue parece um mar em miniatura e oferece vistas de perder o fôlego de onde você estiver. Cobre uma área de mais de 850 km² e tem em média 350 metros de profundidade. Os Mapuches acreditavam que suas águas azuis abrigavam monstros e demônios. Foi descoberto em 1552 pelos espanhóis, mas pouco utilizado. Apenas com a chegada dos imigrantes Alemães foi que finalmente os primeiros sinais de colonização ao redor deste lago foram surgir. De fato, o Llanquihue é o coração da colonização Germânica.

Neste post falaremos de algumas cidades desta região. Frutillar, que parece saída de um quadro impressionista, com as melhores vistas do Osorno que você pode encontrar e Puerto Octay, a mais autêntica experiência Alemã cujas ruas guardam um patrimônio intocado desde o século XIX. Vamos conhecer?

Enquanto grande parte da população vive nas grandes cidades como Temuco, Osorno e Puerto Montt, que são os grandes centros com transporte e grande infraestrutura, é nas pequenas cidades como Puerto Varas, Puerto Octay e Pucón onde o coração da viagem reside. É ali que você terá acesso aos parques nacionais, a aventuras nas montanhas, explorar vulcões, trekkings e canoagem e muito mais. É ali que você vai conhecer as instâncias termais que vem da atividade vulcânica da região e se banhar nas Playas de areias negras em suas pitorescas cidades.

Frutillar

Frutillar, a melhor vista do Osorno e do Lago Llanquihue

Localizada a apenas 25 km de Puerto Varas e a aproximadamente 63 km da cidade de Osorno, Frutillar é uma pequena cidade de colonização alemã fundada em 1856 tem uma beleza ímpar! Como locamos um carro já no aeroporto de Puerto Mont e ficamos hospedados em Puerto Varas o acesso até a cidade foi super fácil em rodovia duplicada e com pedágio, mas há também a possibilidade de ir de ônibus desde Puerto Montt ou Puerto Varas.

O nome da cidade parece vim de frutilla (morango) que é cultivada na região. Já sabíamos, por recomendações de amigos, que seria um de nossos passeios obrigatórios. Mas não esperávamos nos surpreender com tamanha beleza! Apesar de já ter visto muitas fotos do local nada se compara a chegar na orla e se deparar com os três vulcões, Osorno, Puntiagudo e Tronador bem na sua frente. Não a toa que foi chamada por seu fundador, Vicente Pérez Rosales de “a jóia do sul da República”.

Casas bonitas e com jardins muito bem cuidados!

A cidade era antigamente dividida em 2 regiões: Frutillar Alto e Frutillar Bajo. Estes nomes ainda podem ser vistos em alguns mapas. Por volta de 1980 a cidade foi dividida para que os descendentes Alemães e a população Chilena de origem pudessem ficar na parte baixa da cidade, sua região praiana, enquanto a população mestiza ficaria na parte alta e não teria acesso às praias de forma alguma.

Uma cidade pequena e organizada com tradição na culinária alemã e nos festivais de música, a cidade nos encantou tanto que visitamos duas vezes durante nossa estada em Puerto Varas. As margens do lago transformam-se numa verdadeira praia no verão, com esportes aquáticos e gente aproveitando o sol.

A água vale salientar, é gelada e cristalina.

Ao longo de toda margem você não conseguirá guardar a câmera. São fotos, fotos e mais fotos... Tem parquinho para a criançada, píer, coreto e esculturas com instrumentos musicais, além de algumas árvores para descansar na sombra.

Assim como Puerto Varas, a arquitetura em madeira tradicional da região predomina e encanta. As casas, os jardins, os restaurantes tudo muito bonito e bem cuidado. Por falar em restaurantes não deixe de passar na rua Phillip onde existe muitas opções para se provar as delícias do lugar. As sobremesas típicas e famosas da cidade são os strudels e quiches, que são bolos com recheios doces de frutas da região.

Provei o quiche de morango e não me surpreendi muito, na realidade para o meu paladar faltava açúcar. Mesmo assim recomendo provar acho muito bom vivenciar a cultura e costumes do lugar, se você já provou e gostou deixa seu comentário aqui depois! Em compensação foi aqui que comi a melhor empanada do Chile e o suco de framboesa mais delicioso também! Esses foram comprados em uma espécie de feirinha de comidas típicas ao lado da Igreja da Imaculada Conceição, em frente ao coreto.

Mesmo se não for católico, vale a pena entrar na Igreja toda construída em madeira, e apreciar a bela arquitetura!

O teatro do Lago

Uma das obras mais belas da Região dos Lagos

Inaugurado em 2010, o Teatro del Lago é uma grande edificação as margens do Llanquihue e que teve sua construção iniciada em 1996 no local onde ficava o Frutillar Hotel destruído em um incêndio neste mesmo ano. Usando elementos da região como madeira, cobre e pedras a arquitetura do teatro é inspirada nos celeiros do sul do Chile e possui uma excelência acústica reconhecida internacionalmente.

O Teatro del Lago, com o Osorno ao fundo.

O teatro também já recebeu prêmio por sua eficiência energética; o piso, por exemplo, em várias áreas é revestido por pedra ardósia que facilita o aquecimento por piso radiante ( que é realizado através de num sistema de serpentinas montado por debaixo do pavimento, alimentado por água quente) no caso do teatro, a água é aquecida por uma caldeira movida a energia geotérmica, aproveitando a massa quente do Lago Llanquihue.

Atualmente abriga a “Semanas Musicales de Frutillar”, que é um festival de música clássica famoso internacionalmente e que acontece no verão geralmente entre 27 de janeiro a 5 de fevereiro. Caso não esteja por lá nessa data não se preocupe, durante todo o ano há apresentações de teatro, música e dança. Como estávamos com crianças e os dias estavam sendo muito cansativos não tivemos a oportunidade de assistir nenhum espetáculo. Pode-se também conhecer o teatro em visitas guiadas que ocorrem geralmente ao meio dia e tem duração de 1 hora.

fonte: archdayliFotografo Guy Wenborne

Mais uma vez se você gosta de arquitetura vale muito a pena, a sala principal do teatro ganhou em 2011 o prêmio dinamarquês “IF Comunication Design Award” na categoria “Arquitetura de Interiores” o premiado projeto de iluminação é do escritório LLD – Limarí Lighting Design.

Conhecendo Frutillar

Este mapa te dará um pequeno vislumbre de como a cidade é organizada e das principais atrações que você irá encontrar por lá.

O Museu Colonial Alemão de Frutillar

Museo Colonial de Frutillar

Depois de se encantar com o teatro você pode fazer um passeio no Museu Colonial Alemão localizado na Av. Vicente Perez Rosales já próximo a saída da cidade. É fácil de achar, você perceberá logo os belos jardins que ficam em um parque de 3 hectares doado em 1979 pela prefeitura aonde foi recriada, pela Universidade Austral do Chile, a vida dos colonos alemães que chegaram a região por volta de 1840.

No museu, que mais parece um parque natural, além das edificações antigas há também um moinho, um celeiro e objetos do cotidiano dos primeiros colonos,

como também fotografias e carros da época. Percebe-se perfeitamente como funcionava a vida na comunidade.

É um dos grandes atrativos da cidade de Frutillar e as instalações, muito bem conservadas mostram aos visitantes como foi a história da colonização da cidade e do Lago Llanquihue e a grande influência Alemã neste processo. A população da cidade sentia a necessidade de contar a sua história e com este propósito no ano de 1979 a municipalidad de Frutillar cedeu à Universidad Austral de Chile o terreno para sua construção. O departamento de Arquitetura da instituição em conjunto com a República da Alemanha trabalharam no desenho, execução e criação do museu. Este foi aberto ao público em 28 de Janeiro de 1984.

O lugar é muito interessante e fica bem próximo das áreas turísticas do Lago. Atualmente, o museu é dividido em 5 áreas principais que remontam aos séculos da colonização Alemã:

1. Casa do Moinho de Água

2. O campanário

3. Casa do ferreiro

4. Casa de Campo

5. Jardins e Parque

Uma visita muito legal especialmente se você vai ao Chile com crianças!

Puerto Octay

Puerto Octay às margens do lago Llanquihue. Fonte: http://munipuertoctay.cl

A cidade de Puerto Octay nem parece que se encontra no Chile. Ela oferece a experiência mais Alemã de todas as cidades do lago Llanquihue. A cidade é incrivelmente preservada e até suas ruas parecem terem sido importadas diretamente do século XIX.

A pacata Puerto Octay.Não fosse pela presença dos modernos carros, Puerto Ocatay parecia parada no século XIX.

Ao fundo a antiga Casa Werner.

É um dos lugares menos visitados da região e você vai encontrar poucos turistas por lá. Um lugar silencioso com muito pouca gente nas ruas, tranquilas e icônicas. Um dos lugares mais tranquilos e históricos do lago. Antigamente era um importante porto que comunicava as cidades, mas hoje este parece que congelou no tempo, assim como a cidade, que parece parada num tempo muito anterior ao nosso.

A Plaza de Armas de Puerto Octay. Uma praça tranquila com árvores centenárias.

Foi fundada em 1852 por Bernardo Phillipi e Vicente Perez Rosales. Conta a história que por volta de 1860, um grande moinho foi erguido na cidade em crescimento, assim como uma destilaria e dois grandes armazéns. O dono destas propriedades se chamava Cristiano Ochs e atendia à demanda de toda a população. Devido a isto, a frase mais importante da cidade era “Donde Ochs hay”, que aos poucos foi se transformando em “Octay”. Anos mais tarde, devido ao importante porto que havia na cidade, o nome ficou Puerto Octay em substituição ao anterior que era Puerto Muñoz Garnero, que fazia homenagem ao primeiro navegador do lago Llanquihue.

A casa Weisser é um dos exemplos da arquitetura secular preservada em Puerto Octay. Fonte: Municipalidad de Puerto Octay - http://munipuertoctay.cl/

Puerto Octay foi construída numa região mais alta, de onde se pode ver o Lago com visão privilegiada e com muitas casas de arquitetura Alemã, algumas convertidas em hospedarias muito legais. Ao longo da Avenida Pedro Montt, Calle G. Wulff e Calle Amunategui se destacam as principais casas, prédios cívicos e igrejas todos muito bem conservados.

Seu interior tem uma atmosfera mística que relembra os séculos passados.

La Iglezia Paroquial de San Augustin, construída em 1907, em um Estilo Arquitetônico Gótico simples é uma das construções mais atraentes do lugar. Seu interior nos relembra épocas passadas. Vale a visita!

O primeiro veículo de 4 rodas de Puerto Octay

Uma outra visita obrigatória é o Museo de Puerto Octay, que exibe objetos da época da colonização. Lá se pode ver coisas interessantes, como o primeiro veículo de 4 rodas de Puerto Octay!

Playa Baja, com suas areias negras e seu aspecto intocado.Fonte: http://munipuertoctay.cl

Puerto Octay nos dá uma visão muito boa dos 3 vulcões principais da região, Calbuco, Pontiagudo e Osorno. Todos podem ser vistos da Playa principal, La Playa baja, com suas areias negras circundada por eucaliptos, quase uma praia selvagem.

O interessante cemitério de Puerto Octay, é uma visita interessante pois ali se pode ver os túmulos dos primeiros imigrantes também com uma vista legal do lago e de seus vulcões.

Uma Viagem no tempo

Depois desta viagem no tempo, acho que dá pra perceber que a pequena Frutillar e sua vizinha Puerto Octay, tem muito a oferecer e portanto tirar um dia pra fazer um bate e volta é obrigatório!

Espero que tenham gostado de conhecer a “joia do sul” conosco.

Abraço e até breve!