Laminação

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Laminação

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  • Conformao Mecnica

    LAMINAO

  • Conformao por Laminao O que ?

    A laminao um processo de conformao mecnica pelo qual um lingote de metal forado a passar por entre dois cilindros que giram em sentidos opostos, com a mesma velocidade, distanciados entre si a uma distncia menor que o valor da espessura da pea a ser deformada.

  • Processo de Laminao As diferenas entre a espessura inicial e a final, da

    largura inicial e final e do comprimento inicial e final, chamam-se respectivamente: reduo total, alargamento total e alongamento total e podem ser expressas por:

    10 hhh 01 bbb

    01 lll Nas condies normais, o resultado principal da reduo de espessura do metal o seu alongamento, visto que o seu alargamento relativamente pequeno e

    pode ser desprezado.

  • Foras na LaminaoZona de deformao e ngulos de contato durante a laminao.

    Cada cilindro entra em contato com o metal segundo o arco AB Arco de Contato A esse arco corresponde o ngulo chamado

    ngulo de contato ou de ataque.

  • Foras na LaminaoChama-se zona de deformao a zona qual corresponde o volume de

    metal limitado pelo arco AB, pelas bordas laterais da placa sendo laminada e pelos planos de entrada e sada do metal dos cilindros.

    ngulo de Contato:

    2Rhh1cos 10

  • Foras na LaminaoO metal, de espessura h0, entra em contato com os cilindros no plano AA velocidade V0 e deixa os cilindros, no Plano BB, com a espessura reduzida para h1.

    Admitindo que no haja alargamento da placa, a diminuio de altura ou espessura compensada por um alongamento, na direo da laminao.

    Como devem passar, na unidade de tempo, por um determinado ponto, iguais volumes de metal, pode-se escrever:

    11000 vbhbhvvhb onde b a largura da placa e v a velocidade a uma espessura h

    intermediria entre h0 e h1.

  • Foras na LaminaoEsquema de foras atuantes no momento do contato (ou de

    entrada) do metal com os cilindros do laminador.

    Para que um elemento vertical da placa permanea indeformado, a equao exige que a velocidade na sada v1 seja maior que a velocidade

    de entrada v0.

  • Foras na LaminaoA velocidade da placa cresce da entrada ata sada.

    Ao longo da superfcie ou arco de contato, entre os cilindros e a placa, ou seja, na zona de deformao, h somente um ponto onde a velocidade perifrica V dos cilindros igual velocidade da placa.Esse ponto chamado ponto neutro ou ponto de no deslizamento e o ngulo central chamado ngulo neutro.

    As duas foras principais que atuam sobre o metal, quer na entrada, quer em qualquer ponto da superfcie de contato, so: uma fora normal ou radial N e uma fora tangencial T, tambm chamada fora de atrito.

  • Foras na LaminaoEntre o plano de entrada AA e o ponto neutro D, o movimento da placa mais lento que o da superfcie dos cilindros e a fora de atrito atua no sentido de arrastar o metal entre os

    cilindros.

    Ao ultrapassar o ponto neutro D, o movimento da placa mais rpido que o da superfcie dos

    cilindros.

    Assim, a direo da fora de atrito inverte-se, de modo que sua tendncia opor-se sada da placa de entre os cilindros.

  • Foras na LaminaoA componente vertical da fora radial N chamada carga de laminao P, que definida como a fora que os cilindros exercem sobre o metal.

    Essa fora freqentemente chamada fora de separao, porque ela quase igual fora que

    o metal exerce no sentido de separar os cilindros de laminao.

    A presso especfica de laminao a carga de laminao P dividida pela rea de contato e dada pea expresso:

    b.LpPP

    Onde b.Lp a rea de contato (b corresponde largura b da placa e Lp corresponde ao comprimento projetado do arco de contato)

  • Laminadores Laminador: o equipamento que realiza a

    laminao. Alm dos laminadores, existem tambm

    equipamentos que so dispostos de acordo com a seqncia de operaes de produo na laminao, na qual os lingotes entram e, aos sarem, j esto com o formato final desejado seja como produto final ou seja como produto intermedirio. So eles: fornos de aquecimento e reaquecimento de lingotes, placas e tarugos, sistemas de roletes para deslocar os produtos, mesas de elevao, tesouras de corte.

  • Laminadores Em princpio, o laminador constitudo de uma estrutura

    metlica que suporta os cilindros com os mancais, montantes e todos os acessrios necessrios.

    Esse conjunto chamado cadeira de laminao.

  • Laminadores Um laminador consiste basicamente de cilindros

    (ou rolos), mancais, uma carcaa chamada de gaiola ou quadro para fixar estas partes e um motor para fornecer potncia aos cilindros e controlar a velocidade de rotao.

    As foras envolvidas na laminao podem facilmente atingir milhares de toneladas, portanto necessria uma construo bastante rgida, alm de motores muito potentes para fornecer a potncia necessria.

  • Laminadores

    Os laminadores podem ser montados isoladamente ou em grupos, formando uma seqncia de vrios laminadores em srie.

    Esse conjunto recebe o nome de trem de laminao.

    Junto a esse conjunto, trabalham os equipamentos auxiliares, ou seja, os empurradores, as mesas transportadoras, as tesouras, as mesas de elevao, etc.

  • Laminadores

    O custo, portanto de uma moderna instalao de laminao da ordem de milhes de dlares e consome-se muitas horas de projetos uma vez que esses requisitos so multiplicados para as sucessivas cadeiras de laminao contnua (tandem mill).

  • Tipos de laminadores

  • Tipos de Laminadores

    A mquina que executa a laminao, ou seja, o laminador abrange inmeros tipos, dependendo cada um deles do servio que executa, do nmero de cilindros existentes, etc.

    Os trs principais tipos so os laminadores duo, trio e qudruo.

  • Tipos de Laminadores - Duo O mais simples, constitudo por dois cilindros de eixo

    horizontais, colocados verticalmente um sobre o outro. Pode ser reversvel ou no. Nos duos no reversveis, o sentido do giro dos cilindros

    no pode ser invertido e o material s pode ser laminado em um sentido.

    Nos reversveis, a inverso da rotao dos cilindros permite que a laminao ocorra nos dois sentidos de passagem entre os rolos.

  • Tipos de Laminadores - Trio

    No laminador trio, os cilindros sempre giram no mesmo sentido.

    Porm, o material pode ser laminado nos dois sentidos, passando-o alternadamente entre o cilindro superior e o intermedirio e entre o intermedirio e o inferior.

  • Tipos de Laminadores - Trio Os modernos laminadores trio so

    dotados de mesas elevatrias para passar as peas de um conjunto de cilindros a outro.

  • Tipos de Laminadores - Qudruo A medida que se laminam materiais cada vez mais finos,

    h interesse em utilizar cilindros de trabalho de pequeno dimetro.

    Estes cilindros podem fletir, e devem ser apoiados por cilindros de encosto.

    Este tipo de laminador denomina-se qudruo, podendo ser reversvel ou no.

  • Componentes de um laminador quadruo

  • Tipos de Laminadores - Sendzimir Quando os cilindros de trabalho so muito

    finos, podem fletir tanto na direo vertical quanto na horizontal e devem ser apoiados em ambas as direes; um laminador que permite estes apoios o Sendzimir.

  • Laminador sendzimir

  • Tipos de Laminadores - Universal

    Dispe de dois pares de cilindros de trabalho, com eixos verticais e horizontais.

    Se destina a produo de placas que necessitam ter tambm as bordas laminadas. Um tipo particular o laminador Gray para vigas com perfil H de grande largura.

  • Tipos de Laminadores Madrilador - Mannesmann

    A fabricao de tubos com costura se d a partir de tiras laminadas que so posteriormente conformadas em rolos e soldadas.

  • Cilindros de Laminao So a parte principal de um laminador, pois promovem diretamente

    a conformao da pea atuando como ferramentas de fabricao. Pode-se distinguir nele trs partes bsicas:

    Corpo: onde ocorre o processo de laminao da pea; Pescoo: onde o peso do cilindro e a carga de laminao devem

    ser suportados; Trevo: onde ocorre o acoplamento com o eixo motor atravs de

    uma manga de engate.

  • Processo de Laminao

    O processo de laminao pode ser conduzido a:

    Quente Frio

  • Placas Blocos Tarugos

    Chapas

    Folhas

    Tubos

    Perfis Trilhos Barras

    Barras

    Trefilados

    Tubos

    Laminao a quente

    Laminao a frio

  • Laminao a Quente

  • Laminao a quente A pea inicial comumente um lingote fundido

    obtido de lingotamento convencional, ou uma placa de tarugo processado previamente em lingotamento contnuo;

    A pea intermediria e final assume, aps diversos passes pelos cilindros laminadores, as formas de perfis diversos (produtos no planos) ou de placas e chapas (produtos planos);

  • Laminao a quente A temperatura de trabalho se situa acima da

    temperatura de recristalizao do metal da pea, a fim de reduzir a resistncia deformao plstica em cada passagem e permitir a recuperao da estrutura do metal, evitando o encruamento para os passes subseqentes.

    A laminao a quente, portanto, comumente se aplica em operaes iniciais (operaes de desbaste), onde so necessrias grandes redues de seces transversais.

    A laminao a quente permite uma maior deformao.

  • Laminao a quente

    http://www.cimm.com.br/cimm/geral/jsps/frame_univers.jsp?pagina=http://construtor.cimm.com.br/cgi-win/construt.cgi?configuradorresultado&id=818&construt=true

  • Laminao a Frio

  • Laminao a Frio A pea inicial para o processamento, nesse

    caso, um produto semi-acabado (chapa), previamente laminado a quente.

    Como a temperatura de trabalho (temperatura ambiente) situa-se abaixo da temperatura de recristalizao, o material da pea apresenta uma maior resistncia deformao e um aumento dessa resistncia com a deformao (encruamento), no permitindo, dessa forma, intensidades elevadas de reduo de seco transversal.

  • Laminao a Frio

    Um tratamento trmico de recozimento, entre uma sequencia de passes, pode tornar-se necessrio em funo do programa de reduo estabelecido e das propriedades exigidas do produto final.

  • Laminao a Frio

    A laminao a frio aplicada, portanto, para as operaes finais (operaes de acabamento), quando as especificaes do produto indicam a necessidade de acabamento superficial superior (obtido com cilindros mais lisos e na ausncia de aquecimento, o que evita a formao de cascas de xidos) e de estrutura do metal encruada com ou sem recozimento final.

  • Laminando um produto plano

    1. O lingote, pr-aquecido em fornos especiais, passa pelo laminador de desbaste e se transforma em placas.

    2. A placa reaquecida e passa ento por um laminador que quebra a camada de xido que se formou no aquecimento. Nessa operao usa-se tambm jato de gua de alta presso.

  • Laminando um produto plano

    3. Por meio de transportadores de roletes, a placa levada a um outro laminador que diminui a espessura e tambm aumenta a largura da placa original. Na sada dessa etapa, a chapa tambm passa por um dispositivo que achata suas bordas e por uma tesoura de corte a quente.

    4. Finalmente, a placa encaminhada para o conjunto de laminadores acabadores, que pode ser formado de seis laminadores qudruos. Nessa etapa ela sofre redues sucessivas, at atingir a espessura desejada e se transformar finalmente em uma chapa.

  • Laminando um produto plano

    5. Quando sai da ltima cadeira acabadora, a chapa enrolada em bobina por meio de bobinadeiras.

  • Produtos Laminados

  • Produtos Laminados A classificao dos produtos laminados realizada em

    funo das suas formas e dimenses de acordo com as normas tcnicas tradicionalmente estabelecidas.

    Os produtos laminados podem ser inicialmente classificados em: produtos semi-acabados e produtos acabados.

  • Produtos Laminados

    Produtos semi-acabados: so os blocos, as placas e os tarugos.

    Produtos acabados: se subdividem em dois grupos produtos no-planos e produtos planos.

  • Produtos Laminados

    Produtos no-planos: fabricados a partir de blocos, so os perfis estruturais (na forma de I, T, L, C, etc.) e os trilhos (trilhos convencionais, trilhos para pontes rolantes, etc.).

    Produtos no-planos, obtidos a partir de tarugos, so as barras (de seco redonda, quadrada, hexagonal, etc.), as barras para trefilao e os tubos sem costura.

  • Produtos Laminados

    Os produtos planos, provenientes do processamento de placas, so as chapas grossas, as chapas e tiras laminadas a quente, as chapas e tiras laminadas a frio, as fitas e tiras para a fabricao de tubos com costura e as folhas.

  • Defeitos dos Produtos Laminados

    Vazios: podem ter origem nos rechupes ou nos gases retidos durante a solidificao do lingote. Eles causam tanto defeitos de superfcie quanto enfraquecimento da resistncia mecnica do produto.

    Gotas frias - so respingos de metal que se solidificam nas paredes da lingoteira durante o vazamento. Posteriormente, eles se agregam ao lingote e permanecem no material at o produto acabado na forma de defeitos na superfcie.

  • Defeitos dos Produtos Laminados

    Trincas - aparecem no prprio lingote ou durante as operaes de reduo que acontecem em temperaturas inadequadas.

    Dobras - so provenientes de redues excessivas em que um excesso de massa metlica ultrapassa os limites do canal e sofre recalque no passe seguinte.

  • Defeitos dos Produtos Laminados

    Incluses - so partculas resultantes da combinao de elementos presentes na composio qumica do lingote, ou do desgaste de refratrios e cuja presena pode tanto fragilizar o material durante a laminao, quanto causar defeitos na superfcie.

    Segregaes - acontecem pela concentrao de alguns elementos nas partes mais quentes do lingote, as ltimas a se solidificarem. Elas podem acarretar heterogeneidades nas propriedades como tambm fragilizao e enfraquecimento de sees dos produtos laminados.

  • Laminao - Reviso http://br.youtube.com/watch?v=Dzb_nMeztQ4 http://br.youtube.com/watch?v=1giwfRQPuYg

  • Laminao de tubos com costura

    Laminao de perfis

  • Laminao de tubos sem costura

  • Rolagem

  • Laminao de roscas

  • Thread Rolling

    Figure 19.6 Thread rolling with flat dies:

    (1) start of cycle (2) end of cycle

  • Work Rest

    Rolls

    Work piece

    Machined thread Rolled thread

    Thread Rolling

  • Ring Rolling

    To make a larger and thinner ring from the original ring

    Usually a hot rolling process for large rings and cold rolling for small rings

    Typical applications: bearing races, steel tires, rings for pressure vessel.

  • Referncias BRESCIANI FILHO, Ettore (Coord.) Conformao plstica dos

    metais. 4. ed. Campinas: Ed. UNICAMP, 1991. CHIAVERINI, Vicente,. Tecnologia mecnica: processos de

    fabricao e tratamento. 2. ed. So Paulo: McGraw-Hill, 1986. v. 2. Dieter,G. E. Metalurgia Mecnica. Ed. Guanabara Dois, 2 ed.,

    1.981. GROOVER, Mikell P.. Fundamentals of modern manufacturing.

    HOBOKEN: John Wiley e Sons, 1999. 1061p. PROCESSO de fabricao: (aulas 01 a 08). So Paulo: Globo,

    [199-?]. 1 fita de vdeoVHS/NTSC, son., color.: (Telecurso2000.Profissionalizante)

    http://www.engmec.fesurv.br/Lamina%E7%E3o.pdf http://www.cimm.com.br/portal/noticia/index_geral/?src=/material/conformac

    ao http://www.metalmundi.com/si/site/1107?idioma=portugues