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FACULDADE SÃO LUCAS LASER TERAPÊUTICO PROPOSTA DE GUIA DE ESTUDO Porto Velho/RO 2015

LASER TERAPÊUTICO PROPOSTA DE GUIA DE ESTUDO

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Page 1: LASER TERAPÊUTICO PROPOSTA DE GUIA DE ESTUDO

FACULDADE SÃO LUCAS

LASER TERAPÊUTICO – PROPOSTA DE GUIA DE ESTUDO

Porto Velho/RO

2015

Page 2: LASER TERAPÊUTICO PROPOSTA DE GUIA DE ESTUDO

LENOIR JOSÉ SERGE

MARTA DIVINA DA SILVA FERREIRA

LASER TERAPÊUTICO – PROPOSTA DE GUIA DE ESTUDO

Manual apresentado ao curso de

Fisioterapia da Faculdade São Lucas,

como requisito para conclusão disciplina

TCC II.

Orientador: Prof.ª Esp. Laurise Sousa

Oliveira

Co-Orientador: Prof.º M.º Rainier Antonio

Q. C. Junior

Porto Velho/RO

2015

Page 3: LASER TERAPÊUTICO PROPOSTA DE GUIA DE ESTUDO

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 08

2 HISTÓRICO DO LASER

2.1 – Definição 09

2.2 – Histórico 12

3 BASES FISICAS DA RADIAÇÃO LASER

3.1 - Princípios Físicos 14

3.2 - Fibras Ópticas 16

3.3 - Princípios de Suposição 16

3.4 - Espectros Eletromagnéticos 17

3.5 - Radiações Corpuslares 18

3.6 - Ondas Eletromagnéticas 19

4 TIPOS DE LASER

4.1 - Tipos de Laser 20

4.2 - Laser de baixa potência 24

4.3 - Laser de alta potência 25

5 MODO DE AÇÃO DO LASER 27

5.1 - Frequências de Transmissão da onda 27

5.2 - Transmissão Laser 27

5.3 - Penetração e absorção do laser 28

Page 4: LASER TERAPÊUTICO PROPOSTA DE GUIA DE ESTUDO

6 EFEITOS DO LASER 29

6.1 - Efeito fotobiológico 29

6.2 - Efeito bioquímico 29

6.3 - Efeito bio-elétrico 30

6.4 - Efeito bioenergético 30

6.5 - Efeito terapêutico

6.5.1 Efeito analgésico 30

6.5.2 Efeito anti-inflamatório 31

6.5.3 Efeito antiedematoso 31

6.5.4 Efeito cicatrizante 32

7 TÉCNICAS DE TRATAMENTO COM LASER 34

7.1 – Técnicas de utilização do laser 34

7.2 – Dosagem 34

7.3 – Profundidade de penetração 36

8 APLICAÇÃO CLINICA DO LASER 37

8.1 – Cicatrização de ferimentos 39

8.2 - Força de tensão 39

8.3 - Respostas imunológica e óssea 40

8.4 – Inflamação 40

8.5 – Tecido cicatricial 40

8.6 – Considerações clinicas 40

8.7 - Indicação e Contra Indicação 41

Page 5: LASER TERAPÊUTICO PROPOSTA DE GUIA DE ESTUDO

9 PROTOCOLO DE TRATAMENTO 42

9.1 - Alivio da dor 42

9.2 - Reparo tecidual 44

9.3 - Edema e inflamação 44

9.4 - Tratamento das articulações 44

9.4.1 – Tratamento das lesões traumáticas das articulações 45

9.4.2 – Tratamento da artrite e reumatóide 45

10 METODOLOGIA 46

11 RESULTADO 47

12 CONCLUSÃO 53

13 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 54

Page 6: LASER TERAPÊUTICO PROPOSTA DE GUIA DE ESTUDO

Agradecimento

Agradecemos ao “Pai Eterno” e a “Santa Virgem Maria” por sempre nos

conduzir, iluminar e fortalecer dando a sabedoria de viver cada momento de nossas

vidas;

Agradecemos aos nossos pais, irmãos e familiares pelo o apoio e incentivo;

Agradecemos por nosso maior tesouro nossas famílias que para:

Eu (Marta) agradeço pelo amor e dedicação de meu esposo, Ângelo, e de

nossas lindas princesas Clara Mariana e Karol Marina, confirmando a cada instante

o amor de Deus em nossas vidas.

Eu (Lenoir) agradeço por pode compartilhar a vida com amor e alegria com

minha esposa, Jéssica e nossos filhos João Lucas e Giovanna;

Agradecemos a Professora e Mestra: Ana Paula Fernandes de Angeles

Rubira, pela credibilidade e apoio quando apresentou o tema como trabalho de

conclusão do curso, dando início ao processo de desenvolvimento do mesmo.

Agradecemos a Professora e Especialista: Érica Michele Freitas Maia pela

orientação inicial, colaboração e ajuda sempre que foi solicitada para construção do

presente trabalho.

Agradecemos a todos os nossos “Mestres, Professores” da Faculdade São

Lucas, de modo especial a nossa Orientadora Professora e Especialista: Laurise de

Sousa Oliveira e ao nosso Co-orientador Professor e Mestre: Rainier Antônio Q. C.

Junior pelo o apoio e contributo para o nosso crescimento profissional e pessoal;

Agradecemos a todos os amigos pela oportunidade de convivência e amizade

neste período tão valioso de nossas vidas.

Page 7: LASER TERAPÊUTICO PROPOSTA DE GUIA DE ESTUDO

Apresentação

Este manual de estudo tem como ideal demonstrar a utilização terapêutica do

laser, enfatizando suas bases físicas da radiação do laser, tipos de lasers,

classificações, dosimetria, frequência de transmissão de onda, penetração,

absorção, aplicação clínica, seu modo de ação e seus efeitos terapêuticos,

destacando sua indicação e contra indicação. Tendo como foco principal a

facilitação do entendimento e manuseio na utilização da prática clínica dos

fisioterapeutas.

Page 8: LASER TERAPÊUTICO PROPOSTA DE GUIA DE ESTUDO

1 - INTRODUÇÃO

Laser (Light amplification by stimulated emission of radiation – Amplificação

da luz por emissão estimulada de radiação) é um recurso terapêutico não invasivo

atérmico e asséptico que emprega luz altamente organizada com o objetivo de

proporcionar e estimular alterações fisiológicas.

O cientista Albert Einstein no ano de 1916 foi o primeiro a demonstrar e

comprovar as bases teóricas com radiação eletromagnética de amplificação micro

ondas por estimulação de radiação (masers). Townes e Schawlow em 1955

demonstraram a possibilidade de produzir emissão estimulada de microondas sendo

estendida para a região óptica do espectro eletromagnético. Theodore Maiman em

1960 desenvolveu pela primeira vez o laser de rubi sintético. Somente em 1965 que

definitivamente o laser substitui o termo masers óptico. [2].

Existem diversos de tipos diferentes de laser, conforme comprimentos de

ondas específicos e características únicas para cada um, dependendo do meio

condutor utilizado. De acordo com cada tipo, são utilizados em aplicações

industriais, comerciais, médicas, cirúrgicas e terapêuticas. Mas enfatizando o laser

terapêutico temos o de alta potência e o de baixa potência determinando assim sua

classificação. [2].

Os lasers de alta potência (lasers quentes) possuem potencial destrutivo

devido às respostas térmicas que provocam. São utilizados no campo médico, nas

áreas de cortes cirúrgicos e coagulação, oftalmologia, dermatologia, oncologia,

dentre outras. [2].

Os lasers de baixa potência (frio ou suave) não possuem potencial destrutivo

sendo eficiente na ação antiinflamatória e analgésica, que ajudam no reparo dos

tecidos biológicos traumatizados, atua ainda na cicatrização aumentando o

metabolismo da proliferação e da maturação celular, quantidade de tecido de

granulação e diminuição dos mediadores inflamatórios. [30].

De acordo com o exposto acima esse trabalho tem o objetivo descrever aos

fisioterapeutas os princípios físicos utilizados para produção da luz laser, os tipos de

lasers, classificação, dosimetria, enfatizando as características dos lasers de baixa

potência, analisando as aplicações, ações e efeitos terapêuticos, bem como

observar suas indicações e contra-indicações.

Page 9: LASER TERAPÊUTICO PROPOSTA DE GUIA DE ESTUDO

2 – HISTÓRICO DO LASER

2.1 - DEFINIÇÃO

Analisando o significado da terminologia LASER, podemos dizer que é a

amplificação da luz por estimulação de radiação. Essa luz possui altos níveis de

energia e, é concentrada em um estreito feixe de luz monocromática. [10].

O laser é uma forma de energia eletromagnética com comprimentos de onda

e frequências que estão dentro das porções de luz infravermelha e luz visível do

espectro eletromagnético. [2].

O termo Laser significa – Light Amplification for the Stimulated Emission

of Radiation (Amplificação da luz por emissão estimulada da radiação). Luz

altamente organizada estimulando alterações fisiológicas. [30].

Analisando este termo em partes temos:

Segundo Veçoso (1993) a amplificação da luz: a radiação laser é

constituída por ondas eletromagnéticas, visíveis ou não de acordo com

o comprimento da onda. A amplificação explica-se pela alta

concentração de energia devido ao grande número de fótons dos quais

é constituída.

A emissão estimulada de radiação ocorre quando um átomo é

estimulado a emitir um fóton antes que ocorra espontaneamente.

Sendo que nesse caso, o agente estimulador é outro fóton que, ao

atingir o átomo excitado, estimula o elétron que havia saltado para um

nível de maior energia a retornar à sua posição de equilíbrio, emitindo

um fóton. [31].

A emissão estimulada ocorre quando um fóton interage com um átomo em

estado de alta energia, gerando uma queda do sistema atômico e liberando dois

fótons. Quando um fóton é liberado por um átomo excitado, estimula outro átomo

igualmente excitado a se desexcitar, liberando fóton idêntico. [31].

Figura 1: Emissão Luz

Fonte: http://papofisico.tumblr.com/page/5

Page 10: LASER TERAPÊUTICO PROPOSTA DE GUIA DE ESTUDO

Mester et al.(1971) afirma que fótons liberados são idênticos em fase, direção

e frequência. Para conte-los e gerar mais fótons, são colocados espelhos nas

terminações da câmara. Os fótons são refletidos na câmara, que amplifica a luz e

estimula a emissão de outros fótons a partir dos átomos excitados. Quando se

atinge um nível especifico de energia, fótons de um comprimento de onda particular

são ejetados pelo espelho semipermeável. Assim, é produzida uma luz amplificada

por meio de estimulação de emissões “O Laser”.

O laser é composto por um feixe de fótons idênticos, oscilando na mesma

freqüência e com mesmo comprimento de onda, sendo assim monocromático. A

partir do fato que todos os fótons podem se propagar na mesma direção, surge outra

característica da radiação laser, a direcionalidade (colimação), onde permite que a

luz se propague como um feixe. Outra característica do laser é ser coerente, pois

todos os seus fótons estão na mesma fase, em tempo e espaço. [4].

Três propriedades distinguem o laser das fontes de luz incandescente e

fluorescente.

Coerência: as ondas emitidas por um laser são ditas coerentes por estarem

sincronizadas no tempo e no espaço, isto quer dizer que, elas não apenas possuem

o mesmo comprimento de onda e a mesma direção de propagação, como também

se encontram alinhadas entre si, crista com crista e vale com vale. [31].

Ondas em fase podem somar energia. Este fato acontece quando duas ondas

idênticas e em fase ocupam o mesmo espaço ao mesmo tempo. Nesse caso, seus

efeitos individuais se somam e é produzida uma onda com a mesma freqüência,

porém com o dobro da amplitude. Esse fenômeno é explicado pelo principio da

superposição, válido para qualquer tipo de onda. [31].

Figura 2: Feixe Coerente

Fonte: http://www.spaceclick.com/it/nav/content/tech/show/electronic/components/laser

Page 11: LASER TERAPÊUTICO PROPOSTA DE GUIA DE ESTUDO

Monocromaticidade: significa a especificidade da luz de um único

comprimento de onda definida. Monocromático é aquele que apresenta “uma só

cor”. Uma das principais diferenças entre a luz comum e a luz produzida por um

aparelho de laser reside no quão monocromático é o feixe. Segundo os físicos

Young e Freedman (2004), a luz monocromática, ou luz com um único comprimento

de onda, é uma idealização inatingível. A luz emitida em um aparelho de laser é

muito mais próxima do monocromático do que qualquer luz obtida por outra fonte. A

luz vermelha obtida por uma lâmpada de gás neônio é menos monocromática que a

luz laser vermelha. [31].

Figura 3: Característica da Luz laser de monocromaticidade

Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1415-54192005000500015&script= sci_arttext

Segundo Mello et al. (2001) a importância dessa propriedade reside no fato

de que, em determinado tecido, tanto a profundidade de penetração quanto a

capacidade de absorção do laser estão diretamente relacionadas ao comprimento

de onda emitido.

Colimação ou Direcionalidade: é uma consequência da coerência espacial,

quando os raios lasers permanecem em um feixe paralelo. Como as radiações não

divergem, a energia é propagada em distâncias muito longas. Por isso, os lasers têm

uma boa localização de alvo. [13].

Refere-se à direcionalidade do feixe de luz laser. Na luz comum, as ondas se

propagam em várias direções, ou seja, o feixe é divergente. Isso faz com que a

intensidade da luz diminua conforme se afasta da fonte. Já no caso do laser, as

ondas se propagam de forma paralela entre si. A dispersão é mínima, evitando que

o feixe perca intensidade conforme se propaga no espaço. Além disso, o feixe é bem

estreito, o que permite a concentração de energia emitida. [31].

Page 12: LASER TERAPÊUTICO PROPOSTA DE GUIA DE ESTUDO

2.2 – Histórico

Albert Einstein, no ano de 1916 demonstrou os princípios básicos de geração

desse tipo de luz. O primeiro trabalho feito com radiação eletromagnética

amplificada tratava de amplificação de micro-ondas por estimulação da emissão de

radiação MASERS (Microwave Amplification by Stimulated Emission of Radiation, ou

Amplificação de Microondas por Emissão Estimulada de Radiação). [2].

No ano de 1955, Townes e Schawlow demonstraram que era possível

produzir emissão estimulada de micro-ondas além da região óptica do espectro

eletromagnético, onde esse trabalho logo se estendeu para a região óptica do

espectro eletromagnético, resultando no desenvolvimento de aparelhos masers

ópticos. Assim sendo foi construído em 1960 o primeiro masers óptico, por Theodore

H. Maiman (criador do primeiro disparo de luz), quando desenvolveu o laser de rubi

sintético. Vários tipos de laser foram construídos ao longo do tempo. Somente no

ano de 1965 é que o termo maser óptico foi substituído por laser. [2].

No ano de 1963, o dermatologista Leon Goldman, foi o primeiro a testar o

laser rubi na pele. [5].

Já no ano de 1964 fora desenvolvido os Lasers de árgon e dióxido de carbono

(CO2), onde rapidamente tornou-se o foco para o desenvolvimento de lasers

cutâneos nos anos seguintes, neste mesmo ano fora realizado o primeiro tratamento

com lasers Rubi e neodímio em um carcinoma das células basais. [5].

Em 1965 através do laser rubi Q-switched foi efetuado a primeira remoção de

uma tatuagem. [5].

Em 1970, houve o surgimento do laser de argônio para o tratamento de

lesões vasculares, porém de uso limitado devido à grande possibilidade de

cicatrizes. Com a publicação do conceito de fototermólise seletiva em 1983, foi

possível a compreensão da interação laser com os tecidos. (Kaminsky, S.K., 2009).

Os principais avanços estiveram relacionados ao surgimento do “excimer

laser” e do “free-electron laser”. Os primeiros “excimer laser” foi desenvolvido com

fluoreto de xenônio. Em 1976 foi produzido o primeiro “free-electrons laser”, onde o

meio ativo é composto por um feixe de elétrons livres. Além dos avanços

tecnológicos nos lasers de diodo, em 1980 destacou-se a criação do primeiro laser

emissor de raios X. [31].

Page 13: LASER TERAPÊUTICO PROPOSTA DE GUIA DE ESTUDO

O fenômeno laser é amplamente utilizado em aplicações industriais, militares,

científicos dentre as quais variam entre discos de áudio e leitura óptica de

supermercado até aplicações em comunicações e medicina. [2].

O Primeiro procedimento cirúrgico com sucesso utilizando laser foi na área da

oftalmologia com a remoção de um pequeno tumor de retina. [31]

Habitualmente os lasers médicos são denominados pelo nome do meio ativo

ou meio lasante. Em relação ao estado físico o termo laser pode ser: gasoso,

líquido, sólido e semicondutor ou de diodo. [21].

Braveman (1989) sugeriu que o tratamento a laser infravermelho era mais

eficiente para a indução de cicatrização de feridas cutâneas, estimulando a atividade

angiogênicas, contribuindo para uma maior atividade na cicatrização de úlceras na

pele, em decorrência de um maior fluxo sanguíneo local.

Page 14: LASER TERAPÊUTICO PROPOSTA DE GUIA DE ESTUDO

3 – BASES FÍSICAS DA RADIAÇÃO DO LASER

3.1 – PRINCÍPIOS FISÍCOS

Na física a energia luminosa é transmitida no espaço como ondas que contêm

os fótons os quais contém uma quantidade definida de energia de acordo com seu

comprimento de onda, sendo assim o laser é uma forma de energia eletromagnética

com comprimentos de onda e frequências que estão dentro das porções de luz

infravermelha e luz visível do espectro eletromagnético. [2].

FIGURA 4: Espectro Eletromagnético

Fonte: http://www.geocities.ws/saladefisica5/leituras/laser.html

Quando um fóton de luz é direcionado em átomo, ele pode ser absorvido,

refletido ou transmitido, se ocorrer da partícula refletir ou transmitir não ocorrerá

mudança da energia luminosa. Mas se o fóton for absolvido, a energia na orbita será

aumentada. [19].

Os princípios da geração do laser são explicados pelas bases da teoria

anatômica. Como se sabe o átomo é a menor partícula de um elemento retém todas

as propriedades do respectivo elemento. Essa partícula fundamental é ainda

subdividida outras partículas, os nêutrons, prótons e elétrons. Sendo que os

nêutrons e os prótons possuem carga positiva e são encontrados no núcleo do

átomo, já os elétrons possuem carga negativa giram em órbita ao redor do núcleo

em níveis distintos de energia. Essa movimentação é causada pela diferença de

polaridade entre o núcleo, com carga positiva e os elétrons com carga negativa.

Deve- se ressaltar que os elétrons, uma vez mantidos em sua órbita não absorvem

Page 15: LASER TERAPÊUTICO PROPOSTA DE GUIA DE ESTUDO

nem irradiam energia ficando assim em seu menor nível, portanto é necessário que

absorva uma quantidade de energia adequada para que seja movido ao mais alto

nível orbital. [2].

Figura 5: Por dentro de um átomo

Fonte: http://www.guia.heu.nom.br/atomos.htm

O átomo fica em estado excitado quando um elétron chega ao seu estado

mais alto de energia, assim elimina o excesso de energia na forma de um fóton de

luz, com as mesmas características do fóton incidente retornando o seu estado

fundamental. Em pouco tempo, essa emissão estimulada de radiação, alcança

relevantes proporções na ativação atômica, produzindo uma constante emissão de

laser, o que chamamos de emissão espontânea. [31].

Os lasers têm assumido um importante papel no tratamento de doenças.

Foram possíveis avanços significativos na área clinica em virtude do maior

desenvolvimento de laser a funcionar a diferentes comprimentos de ondas, o laser

constitui uma onda eletromagnética. [5].

A luz é uma forma de energia radiante que se propaga através de ondas

eletromagnética e faz parte de um imenso espectro eletromagnético. Comprimento

de onda é à distância entre dois pontos semelhantes de onda, dado em metros. [29].

Page 16: LASER TERAPÊUTICO PROPOSTA DE GUIA DE ESTUDO

3.2 – FIBRAS ÓPTICAS

Os equipamentos disponíveis, geradores de laser He-Ne o terapeuta utiliza a própria

ampola de gás como caneta aplicadora (são chamados laser de aplicação direta),

muitos aparelhos são construídos mantendo-se a ampola de gás dentro do aparelho.

Na saída desta ampola é conectada uma fibra óptica que possibilita ao terapeuta

grande facilidade na aplicação. O uso da fibra óptica proporciona perdas variáveis

de potência, o que pode interferir com o tempo na aplicação, mas uma das

vantagens da utilização das fibras ópticas é que elas proporcionam a perda de

paralelismo típico da radiação a laser. Assim, ao se afastar a ponta da fibra da

superfície do corpo do paciente, pode-se observar que a região irradiada aumenta

proporcionalmente com o aumento da distancia. [28].

3.3 – PRINCÍPIO DA SUPERPOSIÇÃO

As ondas, diferentemente do que acontece com a matéria, podem ocupar ao

mesmo tempo o mesmo lugar no espaço. Este fato se da devido à teoria do princípio

da superposição, sendo aplicável às ondas mecânicas e eletromagnéticas, que diz

que: “Quando duas ou mais ondas passam por um dado ponto, em determinado

instante, a perturbação resultante é a soma algébrica das perturbações de cada

onda”. [9].

Onda mecânica é uma perturbação que se propaga através de um “meio

material”, sólido, líquido ou gasoso. Um exemplo é uma corda esticada, sob tensão.

Quando seguramos uma das extremidades da corda e a agitamos para cima e para

baixo, a agitação se propaga através dela em movimentos do mesmo tipo. Nesse

caso, a corda representa o meio de propagação. Outro exemplo de onda mecânica é

o som, que se propaga no vácuo. Temos ainda as ondas do mar, as ondulações

provocadas por uma pedra caindo sobre a água, os terremotos, entre outros. [31].

As Ondas eletromagnéticas não necessitam de material algum podendo se

propagar no vácuo, diferentemente das ondas mecânicas, que se propagam através

das oscilações das partículas de um meio. Uma onda eletromagética é formada por

um campo elétrico e um campo magnético variáveis que se sustentam mutuamente.

[29].

Page 17: LASER TERAPÊUTICO PROPOSTA DE GUIA DE ESTUDO

Figura 6: Frequência Onda

Fonte: http://www.observatorio.ufmg.br/dicas12.htm

Nesse Caso, as grandezas que oscilam são o campo elétrico e campo

magnético, originado por cargas elétricas oscilantes. São exemplos de ondas

eletromagnéticas: as ondas de transmissão de rádio e televisão, as microoondas, a

luz visível, os raios X e os raios gama. [29].

Figura 7: Tipos de Ondas Eletromagnética

Fonte: http://www.mundoeducacao.com/fisica/o-que-sao-ondas-eletromagneticas.htm

3.4 – ESPECTRO ELETROMAGNÉTICO

É o conjunto de ondas eletromagnéticas, provenientes da variação de seus

comprimentos de onda e de sua frequência. [9].

As ondas eletromagnéticas possuem propriedades comuns e estão

agrupadas no espectro eletromagnético. A faixa comum desse espectro abrange as

ondas de transmissão de rádio e TV, a luz infravermelha, a luz visível, a luz

ultravioleta, os raios x e os raios gama. Os comprimentos de onda correspondentes

à luz visível estão compreendidos num intervalo de 400 a 700 nm aproximadamente.

Esse intervalo pode ser subdividido em intervalos menores, equivalentes às

diferentes cores. Dentro da faixa correspondente à luz visível no espectro

eletromagnético, o intervalo que vai de 440 a 480 nm é responsável por provocar

aos olhos humanos a sensação de cor azul. [31].

A maioria dos aparelhos LASER utilizados para fins terapêuticos emite ondas

entre 600 a 1000nm. [20].

Page 18: LASER TERAPÊUTICO PROPOSTA DE GUIA DE ESTUDO

Juntas as várias cores que compõem o espectro de luz visível (violeta, azul,

verde, amarelo, laranja e vermelho) formam a luz branca. Através de um prisma, é

possível decompor a luz branca nessas diversas cores. [20].

Figura 8: Espectro Eletromagnético

Fonte: http://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2007/12/espectro-visivel-da-luz.jpg

As ondas de rádio são radiações eletromagnéticas com freqüências entre 105

aHz a 108 Hz e comprimentos de onda de alguns metros a centenas de quilômetros.

Isso porque existe uma relação direta entre essas grandezas, ou seja, uma

determinada freqüência corresponde a um determinado comprimento de onda. [9].

A radiação emitida por instrumentos de laser também é radiação

eletromagnéticas, sendo que os aparelhos mais comuns emitem ondas com

freqüências entre o infravermelho e o ultravioleta. [9].

3.5 – RADIAÇÕES CORPUSCULARES

Normalmente o termo radiação remete a conceitos destrutivos e prejudiciais à

saúde, mas pelo contrário alguns tipos são totalmente inofensivos e outros, quando

bem utilizados são benéficos. [15].

As radiações corpusculares são assim denominadas por serem constituídas

por partículas reais, tais como:

Radiação alfa: radiação corpuslar oriunda de átomos instáveis. Composta por dois

prótons e dois nêutrons, equivalente ao núcleo do elemento Hélio. Não é muito

lesivo, seu poder de penetração nos tecidos nos seres vivos é extremamente

reduzido, devido possuir baixa velocidade e uma massa elevada. [15].

Page 19: LASER TERAPÊUTICO PROPOSTA DE GUIA DE ESTUDO

Radiação Beta: Elétron que se origina no núcleo de determinados átomos. É

emitida a partir do núcleo atômico com uma determinada energia, diminuindo no

decorrer de sua trajetória, podendo emitir radiações gama e raios X. Tem poder de

penetração maior que alfa e menor que gama. [15].

Nêutrons: São partículas sem carga, de grande alcance.

Figura 9: Partículas de Radiação

Fonte: http://aprendendoquimicaonline.blogspot.com.br/2014_07_01_archive.html

Cada elemento químico possui seu próprio padrão característico de camadas

eletrônicas, níveis de energia. Cada elemento e caracterizado pelo número de

elétrons que ocupam as camadas que circulam seu núcleo atômico. [14].

3.6 – ONDAS ELETROMAGNÉTICAS

Onda é uma perturbação ou distúrbio, transmitido através do vácuo ou de um

meio gasoso, líquido ou sólido. Podemos usar como exemplos de ondas: as ondas

do mar, ondas de rádio etc. Todas podem transmitir energia de um ponto a outro,

sem haver transporte de matéria. Cada onda pode ser caracterizada pela oscilação

de uma ou mais variáveis que se propagam através do espaço. [29].

Na fisioterapia a aplicação de ondas de forma terapêutica, tem tido um uso

amplo. As quais podem ser exemplificadas o ultra-som, as ondas curtas, os raios

laser de baixa potência, o infravermelho e o ultravioleta. [7].

Também chamado de espectro eletromagnético, são variados grupos de

ondas eletromagnéticas, definidos a partir de seu comprimento de onda e, como

consequência, sua frequência. O conjunto das frequências emitidas por cada

elemento químico quando excitado representa o espectro de emissão desse

elemento. [14].

Apenas as radiações gama e X não fazem parte do arsenal fisioterápico.

Page 20: LASER TERAPÊUTICO PROPOSTA DE GUIA DE ESTUDO

4 – TIPOS DE LASER

4.1 – Tipos de Lasers

Atualmente no Brasil, são utilizados variados tipos de lasers em fisioterapia,

os quais não têm potêncial destrutivo, emitindo radiação de baixa a média potência e

são nomeados de acordo com o que compõe sua substância radioativa. Entre eles

em de forma de cristais sólidos, como o Rubi sintético, Neodímio: ítrio-alumínio-

granada (Nd:YAG), Hólmio: ítrio-alumínio-granada (Ho:YAG) e Érbio: ítrio-alumínio-

granada (Er:YAG); na forma de gases, como o Hélio-Neônio (HeNe), Argônio e o

Dióxido de Carbono (CO2); ou na forma de semicondutores diodos, como Arseneto

de Gálio (GaAs) e Arseneto de Gálio e Alumínio (GaAlAs). [20].

Segundo Agne (2005), os lasers são classificados em categorias (I, II, IIIA,

IIIB, e IV), segundo intensidades e perigos:

I e II – São lasers de potência muito baixa e emitem luz vermelha visível,

emitem radiação na faixa do infravermelho e não produzem efeitos na pele. São

utilizados em leitores CD e códigos de barras. [11].

IIIA e IIIB – São lasers de potência média inferior a 500 mW, emitem luz

vermelha visível ou infravermelho invisível. São utilizados na fisioterapia para efeitos

biomoduladores. São conhecidos como laser de baixa potência. Não produz efeitos

térmicos significativos, embora sejam altamente prejudiciais à retina do olho. [20].

IV – Lasers de alta potência são utilizados em cirurgias para coagulação ou

corte. Com potência superior a 500mW, podendo chegar à 450.000nW. [20].

Na área da fisioterapia se utiliza laser de média potência abaixo da potência

utilizada em cirurgias. [17].

Tabela I: Lasers utilizados em fisioterapia

Tipo Laser ּג Forma de Emissão Percepção do Feixe Potência

HeNe 632,8 nm Contínua Visível 2 a 15 mW

AlGalnP 660 nm Contínua e Pulsada Visível 15 a 20 mW

AsGa 904 nm Pulsada Não Visível 15 a 30 mW

AsGaAl 830 nm Contínua e Pulsada Não Visível 30 mW

Fonte: Agne, 2009.

Page 21: LASER TERAPÊUTICO PROPOSTA DE GUIA DE ESTUDO

Os lasers são classificados de acordo com a natureza do material colocado

entre as duas superfícies refletoras. Existem diferentes tipos de lasers, cada um

conforme seu comprimento de onda específico e características únicas, dependendo

do meio produtor. Os meios de produção de laser incluem as seguintes categorias:

cristal e vidro (estado sólido), gás e excimer, semicondutor, corante líquido e

químico. [2].

Os lasers podem ser classificados, dentre diversos parâmetros, quanto ao

meio ativo que produz a radiação e quanto à potência. [21].

Segundo Genovese (2007) quanto ao meio que produz a radiação, ele

classificou os lasers quanto à: sólidos, gasosos, líquidos e semicondutores.

Laser Sólido: seu meio ativo é constituído de um material sólido, como é

o caso do laser rubi, composto por íons de alguns elementos químicos

como o neodómio, érbio e o holmio, suspensos por um cristal sintético de

ítrio e alumínio chamado de cristal YAG (yttrium aluminum garnet, ou

granada de ítrio e alumínio). O cristal YAG serve para hospedar os íons

produtores de radiação laser. Entre os mais utilizados estão: O laser de

ND (neodímio: YAG), o de Er (érbio: YAG) e o de Ho (Hólmio: YAG). [31].

O rubi sintético (óxido de alumínio e cromo) está incluído nos cristais de laser,

assim como o neodímio, ítrio, alumínio, granada e outros. Os materiais sintéticos

garantem a pureza do meio, necessária para que as características físicas do laser

se materializem ao invés dos materiais naturais. [2].

Laser Gasoso: é o tipo de laser mais comumente utilizado na odontologia

e na medicina. Podem ser atômicos, iônicos ou moleculares e são os mais

comuns e mais antigos. São constituídos por misturas de gases. São

exemplos o laser de CO2, o de HeNe, o de argônio, o de criptônio e o

Excimer Laser. [21].

Laser Líquido: seu meio ativo é composto por corantes orgânicos, como

a rodamina ou a cumarina. São os chamados “Dye Laser” lasers de

corante. [31].

Laser Semicondutores ou Laser de Diodo: Sua base e composta por

diodo, que opera no espectro infravermelho, conhecidos como diodos de

laser condutores, constituído de Arseneto de Gálio (As-Ga), atuando na

forma continuada ou pulsada. Fontes de emissoras de luz não coerentes,

onde a sua fonte de radiação conhecido como LED. A palavra LED é a

Page 22: LASER TERAPÊUTICO PROPOSTA DE GUIA DE ESTUDO

sigla para a expressão Light Emitting Diode - Diodo Emissor de Luz. O

LED é um tipo de Diodo semicondutor que emite luz. Operam com

correntes elétricas mais baixas que os lasers. [19].

Um diodo semicondutor é um dispositivo eletrônico composto pela união de

duas placas de materiais semicondutores, sendo que uma delas é o pólo positivo

(placa P) e a outra, o pólo negativo (placa N) de um circuito que permite a passagem

de corrente elétrica em um único sentido. O pólo negativo de um diodo é composto

de um semicondutor com elétrons livres. O pólo positivo é composto por um

semicondutor onde faltam elétrons. Aplicando-se uma voltagem negativa no pólo

negativo, e uma voltagem positiva no pólo positivo, os elétrons livres se

movimentam, estabelecendo-se uma corrente elétrica. [31].

A luz emitida por um LED situa-se dentro de um faixa relativamente estreita

de comprimentos de onda no espectro eletromagnético. Os LEDs mais comuns

emitem luz vermelha visível, mas existem aqueles capazes de emitir luz amarela,

verde ou infravermelha. [29].

Um laser de diodo é obtido adicionando-se superfícies refletoras em ambas

as extremidades da união de semicondutores em um LED, estabelecendo-s com

isso uma cavidade ressonante. Desta forma, é possível obter um feixe de luz muito

mais monocromática e coerente, ou seja, um feixe de luz laser. [31].

Os laser de AsGa (arseneto de gálio), o de AsGaAl (arseneto de gálio e

alumínio) e o de InGaAlP (fosfeto de índio, gálio e alumínio) são exemplos de lasers

de diodo. Sendo o primeiro laser de diodo desenvolvido o arseneto de gálio (GaAs),

possuindo comprimento de onda de 904 nm no espectro infravermelho trabalhando

no modo pulsado. [2].

Logo após surgir o primeiro laser de rubi, o laser a gás fora desenvolvido o

quais incluem o hélio-neônio (HeNe), emite onda de luz no espectro visível em torno

de 630 nm, podendo trabalhar no modo continuo ou pulsado. Sendo sua potência

entre 1 a 10 mW. [20].

Os lasers líquidos também conhecidos como lasers de corante, devido

usarem corantes orgânicos como meio produtor. Os comprimentos da onda do laser

podem variar de acordo com a variação da mistura de corantes. [2].

Os lasers químicos geralmente têm potência excessivamente elevada e são

usados frequentemente com objetivos militares. [2].

Page 23: LASER TERAPÊUTICO PROPOSTA DE GUIA DE ESTUDO

De acordo com a potência de emissão, a radiação laser pode ser classificada

em:

Power-Laser: Radiações emitidas com alta potência. Utilizado para viabilizar as

cirurgias com o uso do raio laser, fornecendo à radiação um potêncial destrutivo.

Exemplo Laser de CO2, Argônio etc. [13].

Mid-Laser: Radiações emitidas com potências médias e não possui potêncial

destrutivo. Exemplo do Laser de Arseneto de Gálio (As-Ga). [13].

Soft-Laser: Radiações emitidas em baixa potência e também não possui potêncial

destrutivo. Exemplo do Laser de Hélio-Neônio (He-Ne). [13].

Os lasers terapêuticos mais comuns são os do tipo semicondutores de

arseneto de gálio (GaAs), arseneto de gálio e aluminio (GaAlAs) e os do tipo gasoso

hélio-neônio (HeNe). Na década de 80 surgiu o diodo semicondutor de Arseneto de

gálio, o mesmo possui comprimento da onda de 904nm no espectro infravermelho.

Além de apresentar maior penetração no tecido biológico de 30 a 50mm, o mesmo

possui menor dimensão em relação ao HeNe. [13].

O diodo semicondutor de Arseneto de Gálio e alumínio possui comprimentos

de 780 a 870nm, sua luz é invisível e está no espectro vermelho. [21].

Os lasers dependendo da intensidade de energia que fornecem são

classificados como alta ou baixa potência. [2].

Cepera et al., (2008) afirma que a classificação do laser se da pela potência

de emissão de radiação: laser de alta intensidade ou Hit (Higth-intensity Laser

Treatment) , proporcionam potêncial destrutivo,são utilizados em cirurgias e tem a

função de cortar, coagular e vaporizar os tecidos; Laser não cirúrgico ou Lilt (Low

Intensity Laser Treatment) emitem radiação de baixa potência,não possuem

potêncial destrutivo promovendo assim a bioestimulação sobre os processos

moleculares e bioquímicos nos tecidos, além de possuírem ação (analgésica e anti -

inflamatória). [36].

Na área da saúde, a classificação dos tipos de laser tem sido sintetizadas

como Laser de Alta Potência e Laser de Baixa Potência, sendo que os laser de alta

potência, com potêncial destrutivo, não pertencem aos recursos fisioterapêuticos,

enquanto os lasers sem potêncial destrutivo (Mid e Soft) constituem os fisioterápicos

dentro do contexto da radiação laser. [13].

Page 24: LASER TERAPÊUTICO PROPOSTA DE GUIA DE ESTUDO

4.2 - LASERS DE BAIXA POTÊNCIA

Lasers de baixa potência, não produzem calor significante e não possuem

poder destrutivo. São conhecidos como “frios ou suaves”, por suas propriedades

analgésicas, antiinflamatórias e regeneradoras. É também denominado de “lasers de

baixa intensidade” ou “lasers terapêuticos”. Os principais lasers de baixa potência

são o laser hélio-neônio (HeNe) e os lasers semicondutores de arseneto de gálio e

alumínio (AsGaAl), de arseneto de gálio (AsGa) e de fosfeto de índio, gálio e

alumínio (InGaAlP). [31].

A laserterapia de baixa potência, nos últimos anos com a introdução de

pequenos fotodiodos compactos para a emissão de laser tem produzido um

aumento no uso dessa terapia. Portanto tal modalidade tem encontrado aplicações

cada vez maiores, apesar de ainda precisar de aprovação pelo órgão

regulamentador americano (FDA), para várias condições como o tratamento de

lesões de tecidos moles, feridas abertas, condições artríticas e dores associadas.

[34].

Laser de baixa potência é um termo genérico que define a aplicação

terapêutica de lasers e monocromáticos com potência baixa menor (‹500 mW) para

tratamentos de doenças com dosagem (‹35 J/cm²) são consideradas baixas para

efetuar o aquecimento detectável nos tecidos irradiados. [22].

A utilização do laser de baixa potência é uma área de aplicação nova na

medicina para utilização de cicatrização de feridas e manejo da dor. O laser de baixa

potência produzem potência máxima de menos de 1 mw, que ao invés de produzir

efeitos térmicos produzem efeitos fotoquímicos e com isto não aquece dos tecidos.

Ocorrem variações na diferença exata do débito de potência que limita o laser de

alta e baixa potência. Qualquer aparelho de laser que não gera resposta térmica

apreciável, até 500 mW de potência, são considerados de baixa potência. [37].

A radiação laser obtida através da mescla de gases hélio e neônio se tem

mostrado com grande poder terapêutico tanto em lesões superficiais como em

lesões profundas. Porém, comparativamente aos laser As-Ga, apresenta potêncial

terapêutico mais destacado em lesões superficiais, tais como lesões dermatológicas,

estéticas ou em processo de cicatrização. Por ser visível o laser He-Ne permite um

maior número de formas de aplicação quando comparado ao laser As-Ga. O laser

As-Ga é uma radiação obtida a partir de estimulação de um diodo semi-condutor e

apresenta potêncial terapêutico destacado em lesões profunda, do tipo articular,

Page 25: LASER TERAPÊUTICO PROPOSTA DE GUIA DE ESTUDO

muscular etc. Devido o fato de não visível limita o laser As-Ga no que se refere às

formas de utilização. [20].

Os comprimentos de onda empregados situam-se entre o vermelho e o

infravermelho. Comprimentos de onda na faixa o vermelho são indicados

principalmente para estimular o processo de reparo de tecidos moles e promover

efeito antiinflamatório nos tecidos musculares. Já os comprimentos de onda na faixa

do infravermelho são mais utilizados sobre o processo de reparo de tecidos duros e

neurais, no controle da dor e na drenagem sobre os linfonodos. [8].

Inicialmente, o laser de baixa potência era tido como “bioestimulador”, um

reflexo dos primeiros resultados encontrados nos testes biológicos feitos com esse

tipo de laser, entre eles a aceleração do reparo de feridas. No entanto, esse termo

passou a ser substituído por “biomodulação”, já que se acredita que esse laser

possa tanto estimular quanto inibir a atividade celular. [37].

Figura 10: Photon Laser I, II e III

Fonte: Faculdade São Lucas – Clínica de Fisioterapia

Potência útil do emissor: 100mw;

Emissor invisível: Laser infravermelho;

Comprimento de onda: 808 nm (típico);

Meio ativo: AsGaAl.

4.3 - LASERS DE ALTA POTÊNCIA

O laser de alta potência são conhecidos como “quentes”, são usados no

âmbito médico incluindo oftalmologia, dermatologia, oncologia e cirurgia vascular.

Elevam a temperatura local e possuem poder destrutivo. Podem cortar, vaporizar,

coagular e desinfetar tecidos. [12].

Page 26: LASER TERAPÊUTICO PROPOSTA DE GUIA DE ESTUDO

Também são chamados de “lasers de alta intensidade” ou “lasers cirúrgicos”.

Os lasers de rubi, cristal YAG, CO2, argônio e os excimer são exemplos de lasers de

alta potência. [5].

Os lasers de alta potência são utilizados em inúmeras áreas no âmbito

médico, tais como: corte cirúrgico e coagulação, oftalmologia, dermatologia,

oncologia, cirurgia vascular e odontologia. [21].

Figura 11: Penetração Laser Alta Potência

Fonte: http://www.moreirajr.com.br/revistas.asp?fase=r003&id_materia=4086

Os raios lasers são atraídos por cromóforos específicos, sendo necessário

menor potência para incisar o tecido quando este apresenta grande quantidade de

cromóforos.Na presença de inflamação , hiperemia menor potência é necessária

pela quantidade de cromóforos (aglomerados moleculares capazes de absorver a

luz) existente no tecido. No entanto em tecidos mais fibrosos é necessário maior

potência. [20].

Page 27: LASER TERAPÊUTICO PROPOSTA DE GUIA DE ESTUDO

5 – MODO DE AÇÃO DO LASER

Quando a radiação a laser interage com a matéria os efeitos são os mesmos

de qualquer outra radiação eletromagnética, ocorrendo reflexão, refração e

absorção. [6].

5.1 – FREQUÊNCIAS DE TRANSMISSÃO DA ONDA

O comprimento da onda do laser é determinado pelo material que compõe o

meio ativo. Para que o aparelho produza um certo comprimento de onda, é preciso

selecionar um meio ativo cujos átomos apresentem camadas com diferenças de

energia equivalentes ao comprimento de onda desejado, por onde transitarão os

elétrons. [29].

Na relação período/frequência considerando que o período é o tempo gasto

para realizar um ciclo e que frequência é o número de ciclos por segundo, torna-se

fácil compreender a relação inversa entre essas duas medidas. Isso implica em que,

quanto maior for o período, menor será a frequência. A frequência é o número de

ciclos ou pulsos por segundo e é representada pela letra “f” e sua unidade é o Hertz

(Hz). [29].

Uma grande porcentagem dos aparelhos a laser usados rotineiramente na

prática clínica tem uma saída de onda contínua (CW – continuous wave -, ou seja, a

potência de saída é essencialmente invariável ao longo do tempo). As unidades

pulsadas, a frequência de repetição de pulso é expressa em hertz (Hz, pulsos por

segundo). Os valores típicos da frequência de repetição de pulso podem variar de 1

a dezenas de milhares de Hz. [37].

5.2 - TRANSMISSÃO DO LASER

A radiação a laser passa inalterada através do espaço e ser ligeiramente

alterada no ar (no caso da radiação visível), mas é marcadamente alterada ao inserir

material mais denso, tais como os tecidos. [6].

Os lasers podem ser pulsados ou focados. Quando a radiação a laser é

absorvida pelos tecidos, isto pode ocasionar aquecimento se a intensidade for

suficiente. O modo pulsado reduz drasticamente a quantidade de energia emitida

pelo laser. A profundidade de penetração da radiação vermelha visível e

infravermelha curta é de apenas poucos milímetros. [6].

Para que a radiação laser produza algum efeito sobre o corpo humano é

necessário que ela seja absorvida pelo mesmo, é necessário que ocorra uma

Page 28: LASER TERAPÊUTICO PROPOSTA DE GUIA DE ESTUDO

uma interação dessa radiação com as estruturas moleculares e celulares do corpo

humano. [4].

5.3 – PENETRAÇÃO E ABSORÇÃO DO LASER

Qualquer energia aplicada ao corpo pode ser absorvida, refletida, transmitida

e refratada. Os efeitos biológicos resultam apenas da absorção de energia e, à

medida que mais energia é absorvida, há menos disponível para os tecidos mais

profundos e adjacentes. A quantidade de radiação absorvida depende, em parte, da

quantidade e da distribuição de pigmentos que, de pessoa a pessoa, se apresentam

em diferentes maneiras e quantidades. Mesmo numa só pessoa. Diferentes partes

do corpo possuem maior ou menor quantidade de estruturas absorventes. Num

mesmo individuo, a quantidade de radiação absorvida pode variar de acordo com a

região do corpo irradiada. [2].

Figura 12: Interação Tecidual

Fonte: http://www.garnet.com.br/saibamais/laser_medicina.php

A absorção é o ponto de maior importância, pois é a absorção que

determinará seus efeitos, cuidando para que a maior quantidade de radiação

possível seja absorvida. A incidência da radiação deve ser sempre perpendicular, de

modo a dificultar a reflexão e a parte do corpo a ser irradiada deve estar sem

barreiras mecânicas, tais como, cremes, suor pelos em excesso etc. [2].

Page 29: LASER TERAPÊUTICO PROPOSTA DE GUIA DE ESTUDO

6 - EFEITOS DO LASER

As duas maiores utilizações da terapia a laser são para a cicatrização tecidual

e o controle da dor, sendo utilizada para promover a cicatrização e tratamento de

diferentes tipos de lesões do tecido mole, como no rompimento muscular,

hematomas, e tendinopatias. [6].

Figura 13: Efeitos do Laser

Fonte: http://pt.slideshare.net/BelloCuerpo/lidiane-rocha

6.1 – EFEITO FOTOBIOLÓGICO

A teoria do efeito fotobiológico justifica a existência dos efeitos apresentados

a partir do extremo contraste luminoso que a radiação laser proporciona, ou seja,

quanto maior for o contraste luminoso, maior será o efeito, sendo assim quanto

maior for a potência de emissão, maior será os contrastes luminosos e

consequentemente, melhores serão os efeitos. [4].

6.2 – EFEITO BIOQUÍMICO

Reúnem a liberação de substâncias pré-formadas, que ocorrem em

decorrência da incorporação da radiação a laser. É um dos principais efeitos

decorrentes da interação da radiação com os tecidos, causando a liberação de

substâncias pré-formadas como histamina, serotonina, e bradicinina; modifica as

reações enzimáticas normais provocando a produção de ATP, provocando a

aceleração da mitose, e a síntese de prostaglandinas, além da lise de fibrinas,

aumento do número de leucócitos e atividade fagocitária, aumento do fluxo hemático

por vasodilatação e estimula a produção de tecido de granulação. [7].

Page 30: LASER TERAPÊUTICO PROPOSTA DE GUIA DE ESTUDO

6.3 – EFEITO BIOELÉTRICO

O efeito bioelétrico da radiação laser se resume na manutenção do potêncial

de membrana, a qual pode ser favorecida pela radiação a laser a partir da

interferência direta sobre a mobilidade iônica. [25].

As células têm seu interior eletricamente negativo em relação ao seu exterior,

possuindo gradiente iônico preservado pelo potêncial de membrana, porém este em

situações patológicas não funciona de forma satisfatória. O LASER tem ação dupla

no que diz respeito aos efeitos fotoelétricos, de forma direta atua sobre a mobilidade

iônica entre o exterior e interior celular; e de forma indireta, através do incremento da

produção de ATP, torna a bomba de sódio e potássio mais eficaz devido à maior

disponibilidade de ATP consumido em seu mecanismo funcional. [28].

6.4 – EFEITO BIOENERGÉTICO

O efeito bioenergético é a normalização energética que a radiação laser

proporciona ao bioplasma. O aporte energético da radiação a laser tem a

capacidade de normalizar o contingente energético que coexiste com o contingente

físico dos indivíduos. [25].

Na teoria da bioenergia sugere que a matéria orgânica não tenha somente

uma estrutura material-bioquímica, mas também uma estrutura energética não bem

compreendida. O efeito bioenergético é uma normalização, reposição da energia

orgânica perdida. Essa normalização proporciona benefícios terapêuticos, pois

ocorre interferência do contingente energético sobre o físico e vice-versa; tendo

aplicação comum nos pontos de acupuntura com fins de restabelecer o equilíbrio

energético de um órgão ou sistema. [28].

6.5 – EFEITOS TERAPÊUTICOS DA RADIAÇÃO LASER

6.5.1 – EFEITO ANALGÉSICO

Justifica-se o efeito analgésico do laser de baixa potência devido, caráter

antiinflamatório, Interferência na mensagem elétrica, Estímulo à liberação de β-

endorfina, Redução do limiar de excitabilidade dos receptores dolorosos, eliminação

de substâncias algógenas, Equilíbrio energético local. [27].

O LASER garante efeito de forma local e até sistêmica quando reduz a

inflamação, pela reabsorção do exudato favorecendo a eliminação de substâncias

algógenas, eleva o limiar doloroso das terminações nervosas livres, e interfere no

potencial elétrico de transmissão do estimulo doloroso; no nível do tálamo bloqueia a

percepção da dor estimulando a produção de neurotransmissores endógenos como

Page 31: LASER TERAPÊUTICO PROPOSTA DE GUIA DE ESTUDO

a encefalina e a beta-endorfinas, e a partir de zonas reflexas ocorre à atuação sobre

o cérebro diminui os níveis de bradicinina e ativa a liberação de endorfinas. [28].

6.5.2 – EFEITO ANTI-INFLAMATÓRIO

Dá-se pela inibição da síntese de prostaglandinas, além do estímulo a

microcirculação que garante um maior aporte de nutrientes, oxigênio e substâncias

defensivas. A partir de qualquer lesão tecidual, são liberadas substancias como:

histamina, serotonina, bradicinina, fosfolipase entre outras. [27].

Figura 14: Efeito Analgésico e / ou Anti-Inflamatório

Fonte: Faculdade São Lucas – Clínica de Fisioterapia

O efeito anti-inflamatório da radiação a laser de baixa potência justifica-se a

partir dos pontos:

Interferência na síntese de prostaglandinas: Desempenham um papel

importante em toda a instalação do processo inflamatório, determinando uma

sensível redução nas alterações proporcionadas pela inflamação.

Estímulo à Microcirculação: Garante um eficiente aporte de elementos

nutricionais e defensivos para a região lesada proporcionando melhores condições

para a resolução da congestão causada pelo extravasamento de plasma. [25].

Figura 15: Efeito Antiedematoso

Fonte: Faculdade São Lucas – Clínica de Fisioterapia

6.5.3 – EFEITO ANTIEDEMATOSO

Um dos resultados da instalação do processo inflamatório é o surgimento do

edema, consequentemente do aumento da permeabilidade de vênulas e do

inevitável extravasamento do plasma. Uma vez que modifica a pressão hidrostática

intracapilar, melhora da absorção de líquidos intersticiais com a ativação da

Page 32: LASER TERAPÊUTICO PROPOSTA DE GUIA DE ESTUDO

generação tissular e ação fibronilítica. [27].

A ação antiedematosa do laser de baixa potência justifica-se a partir dos

seguintes fatos:

Estímulo à Microcirculação: Há melhoras condições de drenagem da coleção de

plasma que forma o edema. O LASER estimula a microcirculação em decorrência de

efeitos bioquímicos como a liberação de histaminas que exerce ação sobre os

esfíncteres pré-capilar paralisando-os e deixando-os abertos, garantindo maior

vasodilatação e aumento do fluxo sanguíneo local levando a um maior aporte de

nutrientes e oxigênio e uma maior eliminação de catabólitos, além de um maior

aporte de elementos defensivos, promovendo um efeito antiinflamatório. [25].

Estímulo ao Trofismo local e da reparação: o aumento da produção de ATP e o

incremento da velocidade mitótica, leva ao trofismo de células, tecidos e órgãos na

zona irradiada, aumentando também os processos de reparação a nível tissular e

orgânico, devido ao estímulo a capacidade de cicatrização do tecido conjuntivo e a

neoformação de vasos sanguíneos a partir dos já existentes. Outras ações são:

aumento da velocidade de regeneração das fibras nervosas lesionadas, ação sobre

a aceleração do calo ósseo, aumento da troficidade da pele, ação específica sobre

os fibroblastos das fibras colagenosas e elásticas. [25].

Ação fibrinolítica: Proporciona resolução efetiva do isolamento proporcionado pela

coagulação do plasma. [25].

6.5.4 – EFEITO CICATRIZANTE

Os efeitos terapêuticos proporcionados pela radiação laser de baixa potência,

certamente é o cicatrizante que mais se destaca, sendo assim podem afirmar que,

dentro os recursos físicos existentes, o laser de baixa potência é o mais eficaz no

que se refere ao estímulo à cicatrização. Esse poder terapêutico deve-se a

incremento à produção ATP, aumento de fibroblastos e fibras de colágeno; a

regeneração dos vasos sanguíneos e o incremento da velocidade da mitose,

garantindo assim o aumento da velocidade de crescimento de nervos seccionados e

da reepitelização. [27].

Page 33: LASER TERAPÊUTICO PROPOSTA DE GUIA DE ESTUDO

Figura 16: Efeito Cicatrizante

Fonte: http://eccofibras.com.br/blog/efeitos-do-laser-na-cicatrizacao/

Como precaução e uma melhor absorção, o procedimento da limpeza deve

ser mantido para evitar contaminações cruzada com a ponta do aplicador. Sendo de

suma importância o uso de óculos de proteção tanto o paciente quanto o

fisioterapeuta, evitando assim a exposição aos reflexos e a possibilidade de danos

irreversíveis a retina. [2].

Figura 17: Assepsia local para Aplicação do Laser

Fonte: Faculdade São Lucas – Clínica de Fisioterapia

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7 – TÉCNICAS DE TRATAMENTO COM LASER

O método de aplicação do tratamento com laser é relativamente simples, mas

certos princípios devem ser discutidos de modo que o fisioterapeuta possa

determinar com precisão a quantidade de energia fornecida aos tecidos. A energia a

laser é emitida a partir de um aplicador remoto manual. Existem duas técnicas de

aplicação que podem ser utilizadas isoladamente ou combinadas, a técnica pontual

e a de varredura. [20].

7.1 – TÉCNICAS DE UTILIZAÇÃO DO LASER

Para se administrar um tratamento com laser, a ponta do aplicador deve estar

em contato leve com a pele e direcionada perpendicularmente ao tecido alvo

enquanto o laser funciona no tempo determinado. A técnica de varredura é o método

utilizado com mais frequência e deve ser empregada sempre que possível, e

consiste em dividir a área de tratamento em uma grade de centímetros quadrados,

com cada centímetro quadrado estimulado por tempo específico. A alternativa é a

técnica de varredura na qual não há contato entre a ponta do laser e a pela, a ponta

do aplicador deve ser mantida entre 5 e 10 mm do ferimento. Como ocorre

divergência de feixe, a quantidade de energia diminui à medida que a distancia do

alvo aumenta. Não se recomenda tratamento com distancias maiores do que 1 cm.

[20].

7.2 – DOSAGEM

Para determinar a dose de radiação laser que será utilizada em um

tratamento, é preciso conhecer os parâmetros seguintes:

Energia (E): que é a capacidade de efetuar trabalho. É quantificada em

joules (J). [12].

Potência (P): que é a grandeza que indica a quantidade de energia

depositada por unidade de tempo. É medida em watts (W). Um watt é o

mesmo que 1 joule por segundo (1J/s). [12].

Densidade de energia (DE): que é a grandeza que relaciona a

quantidade total de energia aplicada com a área irradiada. É expressa em

J/cm2. [12].

O parâmetro densidade de energia é normalmente utilizado para expressar a

dose de energia recomendada em função do tipo de tratamento. O cálculo de DE é

feito com base na área de secção transversal do feixe laser. [25].

Page 35: LASER TERAPÊUTICO PROPOSTA DE GUIA DE ESTUDO

Os primeiros protocolos que regiam o cálculo de DE consideravam que um

feixe de laser se distribuía de maneira uniforme através do tecido abrangendo uma

área de 1 cm2, e que essa deveria ser a área considerada para calcular a DE. Essa

metodologia foi sendo abandonada aos poucos, visto que é difícil estabelecer com

precisão uma área de alcance para um feixe de radiação que incide sobre um tecido

biológico devido à complexidade e heterogeneidade desse tecido. Os novos

protocolos passaram então a utilizar a área de secção transversal do feixe laser para

o cálculo de DE. Como essa área é cerca de 20 vezes menor que 1 cm2, as doses

recomendadas para terapia a laser de baixa potência passaram de 1 a 4 J/cm2 para

25 a 140J/cm2. [5].

Densidade de potência (DP): indica a relação entre à potência e a

área irradiada, ou seja, a quantidade de energia por tempo que é aplicada em uma

determinada área. É expressa em W/cm2. Para realizar os cálculos necessários para

se obter a densidade de energia ou o tempo desejado. Devem-se conhecer as

potências de pico em Watt (W), área a ser tratada em centímetros quadrados (cm²)

entre outros, e fazer uso de algumas fórmulas (tabela II) como meio de obtenção

desses dados [16].

Tabela II: Fórmulas para dosimetria da radiação LASER.

Fórmulas Legenda

D=E/A D = Densidade de energia (J/cm²)

E = Energia (J)

E=P.t A = Área (cm²)

P = Potência (W)

t=D.A/P t = Tempo (seg)

Fonte: AGNE, 2005; BUENO, 2008

Porém ao se fazer uso de lasers que façam emissão pulsada de radiação,

além das fórmulas já citadas deve-se usar a fórmula seguinte para se obter a

Potência média de emissão de radiação, sendo ela: Pm=Pp.Dp.F [Pm = Potência

média (W), Pp = Potência de Pico (W), Dp = Duração de um pulso (s), F =

Frequência (Hz)]. [16].

O laser HeNe tem potência média de 1,0 mW na ponta de fibra óptica e é

fornecido no modo de onda contínua. O laser GaAs tem potência de 2 W, mas

potência média de apenas 0,4mW quando pulsado em frequência máxima de

Page 36: LASER TERAPÊUTICO PROPOSTA DE GUIA DE ESTUDO

1.000Hz. A frequência do GaAs é variável, e o fisioterapeuta pode escolher uma

frequência de pulso de 1 a 1.000Hz. A dose ou densidade de energia do laser é

relatada como Joules por centímetro quadrado (j/cm2). A dose deve ser calculada

precisamente para que sejam padronizados tratamentos e estabelecidas diretrizes

de tratamento para lesões específicas. [30].

7.3 – PROFUNDIDADE DE PENETRAÇÃO

O que define a profundidade de penetração no tecido é o comprimento da

onda, os tecidos biológicos são complexos e compostos por uma infinita variedade

de fluídos e elementos celulares. Os resultados da interação da energia absorvida

com o tecido dependem da potência do laser, quantidade de energia aplicada, se o

modo de aplicação é por emissão pulsada, contínua, pontual, por varredura, contato

ou não e tempo de exposição. [31].

O Laser HeNe produz um feixe vermelho característico com comprimento da

onda de 632,8 nm. O laser é emitido em onda continua e tem penetração direta de 2

a 5mm e penetração indireta de 10 a 15 mm. Os lasers GaAs são invisíveis e

possuem comprimento de onda de 904 nm. Eles são emitidos em modo pulsado e

possuem débito de potência de 0,4 nW. Esse laser tem penetração direta de 1 a 2

cm e penetração indireta de 5 cm. [2].

Figura 18: Profundidade e Penetração do Laser

Fonte: http://www.btlportugal.pt/catalogue/high-intensity-laser/medical-effects/

Page 37: LASER TERAPÊUTICO PROPOSTA DE GUIA DE ESTUDO

8 – APLICAÇÃO CLÍNICA DO LASER

Os efeitos biológicos e físicos dessa energia luminosa concentrada ainda

estão sendo exploradas. Os efeitos dos lasers de baixa potência ocorrem

primariamente no nível celular. São incertos os mecanismos de ação, embora os

efeitos fisiológicos propostos incluam aceleração na síntese de colágenos, redução

nos micro-organismos, aumento na vascularização, redução da dor e ação anti-

inflamatórios. [2].

O laser que incide sobre um tecido pode sofrer reflexão, absorção, difusão e

transmissão.

Reflexão: ocorre quando a radiação é refletida pela superfície, sem que

ocorra penetração ou interação da mesma com o tecido. Secreção salivar

e secreção sebácea apresentam certo grau de reflexão, podendo dificultar

a penetração do laser no tecido. [31].

Transmissão: ocorre quando o feixe atravessa o tecido sem interagir com

o mesmo, ou seja, sem provocar nenhum efeito. Em algumas situações,

pode ocorrer transmissão de um tecido para outro até que a radiação

alcance um tecido com afinidade para absorvê-la. [31].

Absorção: ocorre quando componentes teciduais, tais como moléculas de

água ou substancias cromóforas, como a melanina e a hemoglobina,

absorvem a radiação. Nesse caso, existe uma transferência de energia

para o tecido. A parcela de radiação não refletida é então absorvida pelo

organismo. Não há dúvidas de que a absorção é o fenômeno óptico de

maior relevância na laserterapia e para se obter a absorção da maior

quantidade possível de radiação devemos como já comentado, sempre

incidir a radiação de forma perpendicular, assim como a área irradiada

deve estar isenta de barreiras mecânicas como suor, cremes, e pêlos.

[12].

Difusão: ocorre quando a radiação penetra o tecido e é dissipada sem

produzir efeitos significantes. A energia transmitida será difundida nas

moléculas, partículas, fibras e organelas dos diferentes estratos da pelo.

[16].

Quando um feixe de laser incide sobre um tecido biológico ocorrem esses

quatros fenômenos, o que pode ser atribuído à falta de homogeneidade desse tipo

de tecido. A taxa de ocorrência de cada um dos fenômenos é determinada

Page 38: LASER TERAPÊUTICO PROPOSTA DE GUIA DE ESTUDO

basicamente por dois fatores: a composição do tecido e o comprimento da onda

emitido pelo laser. [31].

Existem diferentes modalidades de aplicação do laser, as mais empregadas

são:

Aplicação Pontual: Consiste na irradiação de diversos pontos em uma

área a ser tratada, mantendo-se a distância média de 1cm entre os

pontos. Este pode ser chamado de modalidade universal de aplicação, a

qual é utilizada por todos os tipos de lasers e é exclusivo dos lasers de

emissão pulsada, ou infravermelha. Este método também é aplicado sobre

os pontos de acupuntura (laseracupuntura), porém não se pode manter

pressão entre a ponta da caneta e a pele, somente um contato suave para

que não se faça associação com a técnica de acupressão nos pontos de

acupuntura [27].

Aplicação por Varredura Manual: Só deve ser usado em lesões

dermatológicas como úlceras por pressão, diabéticas e outras alterações

onde se busca estimular a cicatrização. Consiste na aplicação

movimentando a caneta aplicadora fazendo com que o ponto de aplicação

“varra” toda a região a ser tratada. Esta modalidade de aplicação somente

é utilizada por lasers que tenham emissão de radiação visível. [27].

Aplicação por Zona: Forma de aplicação já em desuso consiste na

aplicação de uma só vez de uma área maior que um ponto, sendo

necessários para tal a utilização de recursos como lentes divergentes [27].

Figura 19: Aplicação Pontual

Fonte: Faculdade São Lucas – Clínica de Fisioterapia

Figura 20: Aplicação Varredura

Fonte: portuguese.cryolipolisisslimmingmaichine.com

Page 39: LASER TERAPÊUTICO PROPOSTA DE GUIA DE ESTUDO

8.1 – CICATRIZAÇÃO DE FERIMENTOS

O laser de alta potência pode danificar e vaporizar os tecidos, pouco se

conhecia sobre o efeito de pequenas dosagens na viabilidade e na estabilidade das

estruturas celulares. Baixas dosagens de radiação de lasers de baixa potência

estimulavam processos metabólicos e promoviam a proliferação celular comparadas

com a luz incandescente ou de tungstênio. [2].

Mester conduziu vários experimentos in vitro com dois lasers na porção

vermelha do espectro visual, sendo o laser de rubi e o de HeNe. Cultura de tecidos

humanos mostrou aumento significativo na proliferação fibroblásticas (células

precursoras das estruturas do tecido conjuntivo como colágeno, células epiteliais e

condrócitos) após a estimulação com ambos os lasers. Certas doses de laser de

HeNe e GaAs levam os fibroblastos da pele humana in vitro a aumentar em três

vezes a produção de pró-colagéno. [2].

As amostras de tecido revelaram crescimento do número de fibroblastos e

das estruturas colagenosas, bem como aumentos no material intracelular e nas

mitocôndrias edemaciadas nas células. As células estavam intactas a despeito de

sua morfologia e estrutura após a exposição a lasers de baixa potência. Abergel

relatou que células tratadas com laser apresentavam quantidades significativamente

maiores de pró-colageno RNA mensageiro, ratificando que a produção aumentada

de colágenos ocorre devido a modificações no nível de transcrição. [4].

Mester comprovou que não era necessário irradiar todo o ferimento para

conseguir benefícios, uma vez que a estimulação de áreas remotas obteve

resultados similares. [20].

8.2 – FORÇA DE TENSÃO

A força de tensão aumentada dos tecidos tratados com laser foi confirmada

muitas vezes. A contração do ferimento, a síntese do colágeno e o aumento da força

de tensão são função dos fibroblastos e foram demonstradas mais acentuadamente

na fase inicial de cicatrização do ferimento. Os ferimentos tratados com laser tinham

força de tensão significativamente maior, mais comumente nos primeiros 10 a 14

dias após a lesão. Cicatrizes hipertróficas não produziram respostas normalizadas

dos tecidos após 14 dias. [4].

Page 40: LASER TERAPÊUTICO PROPOSTA DE GUIA DE ESTUDO

8.3 – RESPOSTAS IMUNOLÓGICAS E ÓSSEA

A análise bioquímica e traçados radioativos foram usados para delinear os

efeitos imunológicos da luz laser em culturas de tecidos humanos. Mester observou

efeitos imunológicos com os laser de rubi, HeNe e argônio. Trelles fez investigações

in vitro e in vivo e relatou que o laser não teve efeitos bactericidas isolados. Porem

em conjunto com antibióticos produziu efeitos bactericidas significativamente

maiores comparado com os controles. Mester tratou úlceras que não cicatrizavam e

que não respondiam à fisioterapia convencional com lasers de HeNe e de argônio.

As doses foram variadas. Os ferimentos, classificados por etiologia, levavam uma

média de 12 a 16 semanas para cicatrizar. Trelles demonstrou resultados

promissores com os lasers infravermelhos de GaAs e de HeNe na cicatrização de

úlceras, na união de fraturas e em lesões herpéticas. [20].

8.4 – INFLAMAÇÃO

Biópsias de ferimentos experimentais foram examinados quanto à presença

de atividade de prostaglandina para delinear os efeitos da estimulação a laser sobre

os processos inflamatórios. A redução na prostaglandina é o mecanismo proposto

pelo qual o laser promove a redução do edema. No período da inflamação, as

prostaglandinas promovem vasodilatação, que contribui com o fluxo de plasma para

os tecidos intersticiais. [16].

8.5 – TECIDO CICATRICIAL

Os ferimentos expostos à irradiação com laser tiveram menos tecido cicatricial

e um aspecto cosmético melhor. O exame histológico mostrou maior epitelização e

menos material exsudativo. [31].

Estudos com ferimentos de queimaduras mostraram alinhamento mais regular

do colágeno e de cicatrizes menores. Treller utilizou laser de GaAs e de HeNe em

queimaduras que mostrou cicatrização significativamente mais rápida, sendo que o

melhor resultado obtido foi com laser de GaAs devido à sua penetração. Foi

observado aumento de circulação com a produção de novos vasos sanguíneos no

centro da lesão comparado com os controles. [20].

8.6 – CONSIDERAÇÕES CLÍNICAS

Dados clínicos mais controlados são necessários para determinar a eficácia e

estabelecer a dosimetria que produz respostas reprodutíveis. A impressão dos

lasers de baixa potência é que els tem um efeito bioestimulatório sobre os tecidos

comprometidos, a não ser que doses altas sejam administradas. [25].

Page 41: LASER TERAPÊUTICO PROPOSTA DE GUIA DE ESTUDO

As aplicações do laser de baixa potência em um ambiente clínico são

potencialmente ilimitadas. Suas aplicações podem incluir propriedades cicatrizantes

em lacerações, abrasões ou infecções. Outras lesões de tecidos moles podem ser

tratadas eficazmente pela irradiação a laser em decorrência da profundidade de

penetração do laser infravermelho. Distenções, entorses e contusões apresentam

índices de cicatrização mais rápidos com menos dor. [25].

8.7 – INDICAÇÃO E CONTRA INDICAÇÃO

A laserterapia e indicado para casos de traumatismo musculares, lesões sem

ruptura ou com ruptura parcial de fibras, lesões com ruptura total de fibras, lesões

traumáticas com fratura, traumatismo com lesões nervosas, traumatismo articulares,

cicatrização de feridas, regeneração de nervos e etc. [20].

Os lasers fornecem radiação não-ionizantes. Não foram observados efeitos

mutagênicos sobre o DNA e nenhum dano às células ou membranas celulares. [25].

Embora não há comprovação dos efeitos adversos recomenda-se evitar

exposição em pacientes com carcinoma, pois é possível que os efeitos

fotobioestimuladores potenciais da radiação laser possam acelerar a carcinogênese.

A laserterapia é contra-indicada em pacientes com carcinoma ativo ou sob suspeita.

É prudente ao aplicar todas as formas de eletroterapia, precaução no tratamento

diretamente sobre o útero em gestão, apesar de não ter comprovado evidencias que

demonstrem que não há risco para o feto ou a mãe. [7].

Evitar a exposição direta ou indireta da irradiação aos olhos devido à

possibilidade de causar cataratas ou até um processo degenerativo na retina e em

áreas de hemorragia, podendo ocorrer vasodilatação. [25].

Estudos realizados recomendam-se cuidado em pacientes que possuem

reações adversas á luz (fotossensibilidade), tratamento em áreas de pele sensível,

sobre gânglios linfáticos simpáticos, nervo vago e região cardíaca em pacientes com

doenças cardíacas. É importante cuidado também em aplicar o laser em tecidos

infectados. [7].

Page 42: LASER TERAPÊUTICO PROPOSTA DE GUIA DE ESTUDO

9 – PROTOCOLO DE TRATAMENTO

As pesquisas sugerem algumas densidades de laser para tratamento de

vários modelos clínicos. Tendo uma variação para condições agudas em média de

0,05 a 0,5 J/cm2 e para condições crônicas de 0,5 a 3 Jcm2. As respostas dos

tecidos dependem da dose fornecida, também o tipo de laser influencia o efeito. Há

pouca diferença quando se compara as doses de laser de HeNe e de GaAs, embora

sua profundidade de penetração apresentem diferenças significativas. [12].

O princípio de Arndt-Schutz afirma que na fisioterapia com laser, não é

necessariamente o melhor, assim o laser deve ser administrado no máximo uma vez

ao dia por área de tratamento. A Fisioterapia utiliza recursos que promovem a

analgesia de maneira não farmacológica e não invasiva como o laser de baixa

potência. O qual é não invasivo indolor e facilmente administrado em contextos de

cuidados primários. [8].

Josep Colls, em seu livro La Terapia Laser, Hoy, descreveu um esquema

orientativo para critérios de doses:

- Efeito analgésico: ------------------ 2 a 4 J/cm2

- Efeito anti-inflamatório: ----------- 1 a 3 J/cm2

- Efeito cicatrizante: ----------------- 3 a 6 J/cm2

- Efeito circulatório: ------------------ 1 a 3 J/cm2

Na mesma obra esse autor, se refere a diferentes níveis de dosagem de

acordo com o estágio do processo inflamatório:

- Agudo: ------------------------------ Doses baixas (1 a 3 J/cm2)

- Subagudo: ------------------------- Doses médias (3 a 4 J/cm2)

- Crônico: ---------------------------- Doses altas (5 a 7 J/cm2)

Também foi considerado o caráter inibitório e o estimulatorio da dosagem:

- Estimulatório: -------------------- Doses abaixo de 8 J/cm2

- Inibitório: -------------------------- Doses acima de 8 J/cm2

9.1 – ALÍVIO DA DOR

O laser de baixa potência no tratamento da dor aguda e crônica pode ser

utilizado de várias maneiras. Após diagnóstico da etiologia da dor, o local da

patologia pode ser gradeado. Para tratamento de pontos de acupuntura e de pontos-

gatilho para o manejo da dor, o laser pode ser aumentado como estimulação.

Quando do tratamento dos pontos-gatilho (Trigger Ponts) o aplicador deve ser

Page 43: LASER TERAPÊUTICO PROPOSTA DE GUIA DE ESTUDO

mantido perpendicular à pele com contato leve. Outros tratamentos poderão ser

utilizados antes de considerar essa modalidade ineficaz no manejo da dor. [2].

Figura 21: Efeito Analgésico

Fonte: Faculdade São Lucas – Clínica Fisioterapia

Tabela III: Aplicações de tratamento sugeridas

APLICAÇÃO TIPO DE

LASER

DENSIDADE

DE ENERGIA

Ponto-gatilho

Superficial

Profundo

HeNe

GaAs

1-3 J/cm2

1-2 J/cm2

Redução de edema

Agudo

Crônica

GaAs

GaAs

0,1 – 0,2 J/cm2

0,2 – 0,5 J/cm2

Cicatrização de lesão (tecidos superficiais)

Aguda

Crônica

HeNe

HeNe

0,5 – 1 J/cm2

4 J/cm2

Cicatrização de lesão (tecidos profundos)

Aguda

Crônica

GaAs

GaAs

0,05 – 0,1 J/cm2

0,5 – 1 J/cm2

Tecido cicatricial GaAs 0,5 – 1 J/cm2

Fonte: Prentice, Willian E. 2014, pag. 475 – Copiado com permissão de Physio Technology

O tratamento dos pontos de gatilhos esta relacionado à sua desativação. A

alternativa de tratamento com a laserterapia promove reações biomoduladoras e

restabelece a normalidade metabólica da região e do local. Como vantagem

terapêutica tem-se recuperação funcional, o alivio da dor em um curto período com

redução do consumo de analgésicos e anti-inflamatórios. [32].

Page 44: LASER TERAPÊUTICO PROPOSTA DE GUIA DE ESTUDO

Figura 22: Ponto-Gatilho

Fonte: http://toshiroms.com.br/2015/01/29/pontos-gatilho-e-a-dor-de-cabeca/

9.2 – REPARO TECIDUAL

Feridas abertas, úlceras, contusões, abrasões e lacerações devem ser

tratadas com laser a fim de acelerar a cicatrização e diminuir a infecção. O exsudato

espesso que cobre a ferida diminui a penetração do laser, assim recomenda-se a

aplicação do laser ao redor da periferia da lesão. As lacerações faciais podem ser

tratadas com laser, sempre tomando o cuidado para não direcionar o feixe para os

olhos. [2].

9.3 – EDEMA E INFLAMAÇÃO

A ação primária da aplicação do laser para controle do edema e da

inflamação ocorre por meio da interrupção da formação de substratos intermediários

necessários para a produção de mediadores químicos da inflamação. Sem esses

mediadores químicos, a interrupção do estado homeostático corporal é minimizada,

e a extensão da dor e do edema é reduzida. [10].

Biópsias de ferimentos experimentais foram examinadas quanto á atividade

de prostaglandina para delinear o efeito da estimulação a laser sobre o processo

inflamatório. [2].

9.4 – TRATAMENTO DAS ARTICULAÇÕES

De um modo geral o tratamento das articulações sempre proporcionou um

maior numero de fatores a serem considerados no momento da definição da conduta

terapêutica. Sob os aspectos anatômicos e fisiológicos, as articulações possuem

detalhes que interferem de maneira decisiva nos caminhos terapeuticos a serem

adotados pelo fisioterapeuta. [25].

Nestes casos o papel da laserterapia dependerá do tipo de lesão a ser

tratada, da fase em que o tratamento é iniciado e de fatores ligados às origens

etiológicas das lesões. [36].

Page 45: LASER TERAPÊUTICO PROPOSTA DE GUIA DE ESTUDO

9.4.1 – TRATAMENTO DAS LESÕES TRAUMÁTICAS DAS ARTICULAÇÕES

O tratamento das lesões traumáticas das articulações segue moldes idênticos

aos adotados para as lesões traumáticas de modo geral. [25].

Estando imobilizado ou não, o paciente pode se beneficiar da laserterapia em

diferentes fases do processo de recuperação. [20].

A aplicação por pontos é normalmente a utilizada e a dosagem sugerida deve

obedecer ao critério relativo às fases do processo inflamatório. [21].

9.4.2 – TRATAMENTO DA ARTRITE REUMATÓIDE

Há duas maneiras de tratamento laserterápico da artrite reumatóide:

Nas fases iniciais da artrite reumatóide, a laserterapia apresenta um alto

poder terapêutico. Após as primeiras sessões, os sintomas como a rigidez matinal,

dor leve, edema e rubor, apresentam-se reduzidos, se não totalmente ausentes.

Nesta fase precoce o tratamento é feito por pontos, irradiando-se as

articulações interfalangianas, articulações metacarpofalangianas, linha articular do

punho e outras regiões dolorosas. [4].

No inicio do tratamento deve ser utilizadas doses de 2 a 3 J/cm2, subindo para

4 a 5 J/cm2 após a 4ª ou 5ª sessão. [20].

Na fase avançada da artrite reumatóide a laserterapia tem como objetivo

aliviar os sintomas inflamatórios de um modo geral e impor um contra estimulo à

progressão das deformidades já instaladas. [4].

A forma de tratamento é semelhante aos casos precoces, havendo somente,

necessidade de doses mais elevadas, chegando a 5 ou 6 J/cm2. Além dos pontos de

aplicação, há que se atentar para as possíveis afecções das articulações do

cotovelo e do ombro que também devem ser irradiadas. Recomenda-se tanto para

os quadros em fase precoce como para os avançados, após a irradiação por pontos,

que seja realizada aplicação zonal em todas as regiões tratadas, com dose de 0,25

J/cm2. [20].

Page 46: LASER TERAPÊUTICO PROPOSTA DE GUIA DE ESTUDO

10 - METODOLOGIA

O presente trabalho foi realizado em pesquisas em livros, artigos e nas bases

de dados eletrônicos: Bireme, Pub/MedLine, Scielo e Lilacs.

Para a realização de buscas, foram utilizadas as palavras chaves: Laser,

laserterapia, laser terapêutico.

O material foi selecionado seguindo os critérios de inclusão: Artigos que

possuem as palavras chaves; Textos completos sobre a laserterapia com aplicação

em humanos, escritos na língua portuguesa, com estudos efetuados entre os anos

de 2005 a 2015 e excluídos os artigos que apresentavam estudos em animais e com

publicações com mais de 10 anos, os de língua inglesa e que não apresentasse os

parâmetros do laser.

Banco de Dados:

Os dados foram agrupados por tipo de estudo: Estudos de revisão

bibliográfica sobre o laser, estudos que avaliam o uso do laser na DTM comparando

com a intervenção terapêutica, estudos que avaliam o alívio da dor na síndrome da

fibromialgia, estudos que avaliam o laser terapêutico em relação ao quadro álgico, a

musculatura, e os movimentos da ATM. Esses estudos foram descritos de forma

quantitativa e suas principais informações (autores, ano de estudo, título do trabalho,

amostra, protocolo, objetivo do trabalho, índices avaliados e conclusões) tais

informações foram reunidas em quadros.

Page 47: LASER TERAPÊUTICO PROPOSTA DE GUIA DE ESTUDO

11 – RESULTADOS: Protocolo de aplicação e efeitos do laser de baixa potência.

NOME E ANO

DOS AUTORES TITULO AMOSTRA PROTOCOLO RESULTADOS

Fev. 2010.

Natalia A. Ricci, et

al.

A utilização

dos recursos

eletrotermofot

oterapêuticos

no tratamento

da síndrome

da

fibromialgia:

uma revisão

sistemática.

Foram selecionados

75 indivíduos, 15

sexos masculino e 60

sexos feminino, com

variações de 25 a 60

anos.

Pacientes com

diagnóstico clínico de

SFM;

A dor crônica está

intimamente

relacionada com

os sintomas da

síndrome da

fibromialgia,

acredita-se que

sua redução da

dor causaria um

efeito cascata para

a melhora dos

demais. Vale

ressaltar que os

efeitos dessa

terapia são doses

dependentes, e

elas variam

amplamente de 1 a

23 J/cm2. A dose

ideal deve levar

em consideração a

espessura da

camada tecidual a

ser atingida, o

tamanho da área

afetada, o tipo de

laser, a potência

usada e o tempo

de aplicação.

Sendo aplicado

nos tender point.

Para a síndrome da

fibromialgia o laser

é recomendado

para o alivio da dor.

Entretanto, na

prática clínica, é

muito utilizada

pelos

fisioterapeutas,

mesmo sem

evidências

científicas que

comprovem a

efetividade nessa

doença, portanto,

devem ser

empregadas com

precaução para

cada caso.

Jun. 2010.

Kelly Rossetti

Fernandes et al.

Efeitos dos

recursos

eletro físicos

na

osteoporose:

uma revisão

Foram consultadas as

bases de dados: The

Cochrane Library,

MEDLINE, Embase,

LILACS, SCIELO,

referências dos

Dentro dos efeitos

fisiológicos,

podemos citar:

anti-inflamatório,

analgésico, nestes

mesmos foram

Neste estudo foi

investigada a

concentração do

cálcio intracelular,

que revelou uma

tendência de

Page 48: LASER TERAPÊUTICO PROPOSTA DE GUIA DE ESTUDO

da literatura. artigos identificados e

contato com

especialistas em laser

durante o ano de

1983 até 2009.

utilizadas doses

diárias de laser

GaAlAs (830 nm,

90 mw,

densidades de

energia de 1,7 a

25,1 J/cm²) por 10

dias.

mudança transitória

positiva pós-

irradiação e

aumento de

circulação no local.

Esse aumento

intracelular de

cálcio indicou que

as células

osteoblásticas

responderam

positivamente à

laserterapia.

Outubro/dezembro

. 2010. Ernesto

Cesar Pinto Leal

Junior et al.

A laserterapia

de baixa

potência

melhora o

desempenho

muscular

mensurado

por

dinamômetro

isocinética em

humanos.

Foram selecionados

14 indivíduos

saudáveis do sexo

masculino entre 18 a

25 anos que não

praticavam atividades

físicas regular.

Parâmetros

utilizados na

aplicação do laser

de baixa potência;

Comprimento de

onda 655 nm;

frequência, modo

continuo; potência

saída 50 mW,

densidade da

potência 5W/cm²;

energia irradiada

por ponto2,4 joules

por ponto;

densidade da

energia 240J/cm²

por ponto;

irradiação 48

segundos por

ponto.

Conclui-se que o

laser de baixa

potência, aplicada

com os parâmetros

utilizados neste

estudo, melhora o

desempenho do

músculo tibial

anterior, sem

interferir no

desenvolvimento da

fadiga muscular.

Jan/mar. 2012.

Paola Pelegrineli

Artilheiro, et. al.

Analise

comparativa

dos efeitos do

ultrassom

terapêutico e

laser de baixa

potência

sobre a

Estudos tem

mostrado que o laser

é capaz de influenciar

a proliferação de

fibroblastos e

osteoblastos e

células epiteliais.

Além disso, essa

Submetidos para o

tratamento com

laser de baixa

potência, potência

de saída de 10

mW, densidade de

energia de 3 a 5

O laser de baixa

potência não

apresentou

aumento

significativo no

número de células

dentro dos períodos

de 24h e 72h após

Page 49: LASER TERAPÊUTICO PROPOSTA DE GUIA DE ESTUDO

proliferação

de células

musculares

durante a

diferenciação

celular.

terapia também

possui efeitos sobre o

colágeno e a síntese

de colágeno.

J/cm², por 20 seg.

Mas recentemente,

um estudo analisou

os efeitos do Laser

de AsGaAL nos

parâmetros de

830nm 0,3 J/cm²,

685nm 0,6 J/cm² e

670nm 1,2J/cm²

sobre células

precursoras.

o tratamento.

O laser é capas de

influenciar a

proliferação de

fibroblastos,

osteoblastos e

células epiteliais.

Essa terapia

também possui

efeitos sobre o

colágeno e a

síntese de

colágeno; mas o

efeito de laser

AsGaAL nos

parâmetros

utilizados, sobre

células precursoras

miogênicas

concluíram que a

taxa de proliferação

celular induzida por

essas irradiações

foi de 84,3%, 70% e

56,8%

respectivamente, os

quais

transformaram a luz

laser em energia

útil para as células.

Page 50: LASER TERAPÊUTICO PROPOSTA DE GUIA DE ESTUDO

Abril/junho. 2012.

Thiago de Oliveira

Assis, Matheus

dos Santos

Soares, Márcio

Melo Victor.

O uso do laser

na reabilitação

das

desordens

temporomandi

bulares.

Foram selecionados

165 indivíduos, sendo

141 do sexo feminino,

e 24 do sexo

masculino, dor nas

articulações

temporomandibulares

.

Foram tratados

com laser diodo

seguindo os

comprimentos de

onda: 632,8nm,

670nm e 830nm.

Dose média de 2,5

J/cm², com 12

aplicações, duas

vezes por semana.

Nos resultados 120

pacientes eram

assintomáticos, 25

melhoraram

consideravelmente

e 20 permaneceram

sintomáticos. Assim

com esses

resultados se torna

uma ferramenta

importante e traz

muitos benefícios.

Set. 2012.

Ana Carolina

Brandt de Macedo.

Efeitos da

aplicação do

L.A.S.E.R.

HeNe e do

ultravioleta B

no vitiligo.

Foram selecionados

22 pacientes (11

mulheres e 11

homens), com idade

entre12 e 60 anos.

Foi utilizado o

laser de baixa

potência Hélio-

Neônio (HeNe),

com comprimento

de onda de 632,8

nm (marca HTM

Compact),

densidade de

energia de 6 J/cm2,

modo de emissão

contínua durante 1

minuto e 15

segundos por

ponto (esse tempo

foi estipulado pelo

equipamento)

técnica utilizada foi

a pontual, com

aproximadamente

3 cm de distância

entre cada ponto,

perpendicularment

e à pele. A escolha

do laser HeNe foi

em função de ter

penetração mais

superficial,

atingindo a

Concluíram que a

irradiação do

laserHeNe estimula

a migração e a

proliferação de

melanócitos e a

liberação mitógeno

para o crescimento

de melanócitos,

podendo, também,

recuperar as

células danificadas,

fornecendo um

microambiente para

induzir

repigmentação no

vitiligo.

Page 51: LASER TERAPÊUTICO PROPOSTA DE GUIA DE ESTUDO

epiderme e

ativando produção

dos melanócitos e

de melanina.

Nov. 2012.

Stella Pelegrini et

al.

Efeitos local e

sistêmico do

laser de baixa

potência no

limiar de dor

por pressão

em indivíduos

saudáveis.

Foram selecionados

150 indivíduos

saudáveis (75

homens, 75 mulheres;

idade de 25 a 49

anos).

E divido em 5 grupos

aleatoriamente.

Utilizou-se um

laser de baixa

potência, da marca

Ibramed®

(Laserpulse,

Amparo, Brasil),

previamente

aferido pelos

pesquisadores

com o

dosímetroLaserCh

eck, Santa Clara –

Estados Unidos,

da marca

Coherent®, com

comprimento de

onda infravermelho

(830 nm), feixe de

0,1 cm2 e potência

média de 30 mW.

Foram aplicados

nos 5 grupos 3J,

6J e 12J nos

pontos de dor por

pressão.

Houve redução da

dor de pressão com

uso de 3J nos 5

grupos, e porém

não ouve alteração

sistêmica.

Jan\mar. 2014.

Franassis Barbosa

de Oliveira et.al.

Laser terapia

de baixa

potência

intensidade e

performance

do movimento

humano.

Foram selecionados

22 voluntários

destreinados do

gênero masculino.

Parâmetros

usados 810 nm,

200 mW, por 30

segundos,

164.85J/cm2, 6 J

por ponto.

Concluíram que, 10

aplicações ao longo

do músculo bíceps

braquial, ocorreu

um retardo no

desenvolvimento da

fadiga muscular.

Tem sido

empregado com

frequência e há

resultados que

Page 52: LASER TERAPÊUTICO PROPOSTA DE GUIA DE ESTUDO

melhora na

performance

humana e otimizar

os

movimentos,quand

o utilizado antes da

prática da atividade

física e efeitos na

recuperação

muscular após

atividade.

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12 – CONCLUSÃO

Os resultados obtidos com a utilização do laser são cada vez mais eficazes,

deste modo nota se a importância de tornar cada vez mais próximo o conhecimento

dos fisioterapeutas, uma vez que a laserterapia proporciona além da eficácia,

praticidade dentre outras qualidades, se tem a agilidade no tempo de tratamento que

chega a ser incomparável a qualquer outro recurso. Portanto, este estudo tem o

intuito de torna mais próxima a teoria da prática de maneira segura, proporcionando

assim uma abertura ao leque do conhecimento.

Porém, ainda há muito que se pesquisar sobre o fenômeno “LASER” pois,

esse valioso recurso terapêutico é pouco utilizado, mesmo com as evoluções

técnicas e suas aplicabilidades em diversas áreas da saúde para tratamento de

variadas anomalias.

Page 54: LASER TERAPÊUTICO PROPOSTA DE GUIA DE ESTUDO

13 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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