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Informativo do senador Lasier Martins Dezembro 2015 “Venho para trabalhar por mudanças – como acredito seja também o propósito dos meus pares –, ações que tenham por centro uma nova cultura da gestão política, do respeito ao dinheiro público e da atenção aos clamores populares por transparência, ética na política, e que têm custado tanto sair dos discursos.” “Estou chegando em um momento tempestuoso da vida política e econômica do Brasil. E chego aqui para substituir um dos mais eminentes parlamentares dos tantos que passaram por esta Casa: o respeitado senador Pedro Simon, referência de correção, espírito público, ética e amor à Pátria. E quero concordar com o mestre Simon que devemos conclamar os jovens à mobilização das ruas, como aconteceu em junho de 2013, naquela memorável onda de protestos que varreu as ruas das grandes cidades contra a ineficácia do Estado e dos serviços públicos e a insatisfação com a representatividade dos políticos.” “Temos inalienável compromisso com o Brasil e estamos esperando que a Presidente tenha o bom senso de revisar suas diretrizes de governo, fazer uma correção de rota, se quiser evitar um desastre. Nós estamos começando uma nova Legislatura, que não pode ficar surda diante dos clamores estrepitosos das ruas, que exige nossa representatividade eficaz. Precisamos de um Brasil passado a limpo, depurado das frequentes corrupções e impunidades. Um Brasil de transparência, honestidade com o dinheiro público, melhoria dos serviços...” “A população está indignada e está perplexa com o que vem acontecendo. Após a eleição, esta população despertou em meio a um pesadelo: inflação crescente – a mais alta dos últimos 12 anos –, o governo perdendo seu controle.” “Precisamos de um Senado altivo, autônomo, forte, legitimado pelo povo, que nos mandou para cá, não de um paraíso na terra – como ironizava Darcy Ribeiro –, mas de uma fortaleza democrática, pronta para renegar a carga tributária mais cara do mundo, que não tem impedido uma casta corrupta a sugar o trabalho alheio; de um Senado protagonista, que proponha soluções para ajudar o Brasil nesta hora difícil. Ou atendemos a imperiosas mudanças, ou concorremos, por omissão, para o agravamento da crise que se esboça.” Trechos do discurso de posse 10/2/2015 Mala Direta Postal Básica Senado Federal

Lasier Martins: Balanço primeiro ano de mandato

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Acesse aqui o boletim informativo do senador Lasier Martins e confira o balanço das atividades desenvolvidas pelo parlamentar em 2015.

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Informativo do senador Lasier Martins

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Dezembro 2015

“Venho para trabalhar por mudanças – como acredito seja também o propósito dos meus pares –, ações que tenham por centro uma nova cultura da gestão política, do respeito ao dinheiro público e da atenção aos clamores populares por transparência, ética na política, e que têm custado tanto sair dos discursos.”

“Estou chegando em um momento tempestuoso da vida política e econômica do Brasil. E chego aqui para substituir um dos mais eminentes parlamentares dos tantos que passaram por esta Casa: o respeitado senador Pedro Simon, referência de correção, espírito público, ética e amor à Pátria. E quero concordar com o mestre Simon que devemos conclamar os jovens à mobilização das ruas, como aconteceu em junho de 2013, naquela memorável onda de protestos que varreu as ruas das grandes cidades contra a inefi cácia do Estado e dos serviços públicos e a insatisfação com a representatividade dos políticos.”

“Temos inalienável compromisso com o Brasil e estamos esperando que a Presidente tenha o bom senso de revisar suas diretrizes de governo, fazer uma correção de rota, se quiser evitar um desastre. Nós estamos começando uma nova Legislatura, que não pode fi car surda diante dos clamores estrepitosos das ruas, que exige nossa representatividade efi caz. Precisamos de um Brasil passado a limpo, depurado das frequentes corrupções e impunidades. Um Brasil de transparência, honestidade com o dinheiro público, melhoria dos serviços...”

“A população está indignada e está perplexa com o que vem acontecendo. Após a eleição, esta população despertou em meio a um pesadelo: infl ação crescente – a mais alta dos últimos 12 anos –, o governo perdendo seu controle.”

“Precisamos de um Senado altivo, autônomo, forte, legitimado pelo povo, que nos mandou para cá, não de um paraíso na terra – como ironizava Darcy Ribeiro –, mas de uma fortaleza democrática, pronta para renegar a carga tributária mais cara do mundo, que não tem impedido uma casta corrupta a sugar o trabalho alheio; de um Senado protagonista, que proponha soluções para ajudar o Brasil nesta hora difícil. Ou atendemos a imperiosas mudanças, ou concorremos, por omissão, para o agravamento da crise que se esboça.”

Trechos do discurso de posse 10/2/2015

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No intuito de aperfeiçoar o conteúdo de inicia-tivas que tramitam no

Senado, o senador Lasier Mar-tins apresentou emendas que qualifi cam projetos como os da Lei de Migração e Antiterrorismo. Os relatores dessas proposições, que tramitaram na Comissão de Relações Exteriores (CRE), acataram as sugestões de Lasier.

A redação fi nal do projeto da Lei de Migração, aprovada em caráter terminativo na CRE e que substitui o Estatuto do Estran-geiro, teve três emendas apre-

Emendas de Lasier são acolhidas nos projetos das Leis de Migração e

Antiterrorismo aprovadas no Senado

sentadas pelo senador gaúcho acolhidas pelo relator, o senador Ricardo Ferraço (PMDB/ES). A primeira prevê que o STF poderá extraditar quem cometer crime de terrorismo. A segunda não concede autorização de domicílio no país a estrangeiros condena-dos criminalmente no exterior e no estado brasileiro. A terceira tornou mais rigorosa a exceção prevista para que estrangeiro não seja expulso do país; além de residência por 10 anos no Brasil, e crime de menor importância, o estrangeiro deverá ter 70 anos.

No projeto original a idade era de 60 anos.

O relator da Lei Antiterro-rismo (PLC 101), senador Aloysio Nunes, também aceitou sugestão do senador Lasier Martins. A pro-posta de Lasier alterou o art. 6º estabelecendo o regime fechado para cumprimento da pena para o terrorismo, em estabelecimento penal de segurança máxima. Foi acatada ainda alteração no art. 8°, que prevê a competência absoluta da Justiça Federal para processar e julgar os crimes de terrorismo, por se tratar de uma questão de amplo interesse. A matéria foi aprovada na Comissão e no plenário do Senado, por 34X18, seguindo para apreciação na Câmara do Deputados.

A aprovação do PLC 101/2015 tipifi ca o crime de terro-rismo. “Vem para preencher uma lacuna na legislação penal. Nós temos agora um projeto de bom senso, simples, e que servirá de orientação para caracterizar o ato de terrorismo”, defendeu Lasier Martins. Já a nova lei de migração regula a entrada de estrangeiros no país e estabelece normas de proteção ao migrante.

Emenda em defesa dos caminhoneiros Lasier Martins apresentou

ainda emenda para defender os direitos dos caminhoneiros. Uma vez que, para atingir manifes-tação da categoria, o Governo editou abusiva medida provisória que encarece o valor das multas para quem interrompesse vias. A emenda de Lasier à MP pede a supressão desse novo artigo pro-posto para o código de trânsito

Ao todo, o senador Lasier Martins apresentou 14 emendas, sendo nove delas a projetos de Lei e cinco a MPs do governo.

Chego ao fi nal do meu pri-meiro ano de

mandato no Sena-do em momentos tempestuosos como nunca, mas confi an-te de que a bonança virá lá adiante, então com um Brasil mais depurado de seus

atuais vícios e crimes na política e na ad-ministração pública. O trabalho que vem fazendo o Judiciário, o Ministério Público Federal e a Polícia Federal, com grandiosa cobertura da imprensa, infunde melhores perspectivas porquanto Legislativo e Exe-cutivo federais deixam muito a desejar.

Participei neste ano de cinco comissões temáticas no Senado, encaminhando 15 projetos de lei, em regular tramitação. Não faltei a uma sessão sequer do Senado e do Congresso, montei uma equipe das mais enxutas entre os gabinetes dos sena-dores, fi z economia do dinheiro público, como havia prometido na campanha e, pela primeira vez, uso a gráfi ca do Senado para fazer esta prestação de contas, pois a mídia divulga muito pouco os resultados do trabalho parlamentar.

O ano, no rol de crises enfrentadas, foi deplorável na economia, constrangedor na atividade política e preocupante sob o ponto de vista moral, pelos maus exemplos de negligências e criminalidade. Resta a experiência dos erros, dos malfeitos e a consciência de que há muito por mudar. E com essa esperança, desejo aos meus representados gaúchos, eleitores ou não, augúrios de Feliz Natal e prosperidade em 2016.

Expediente:

Senador Lasier Martins. Todos os direitos reservados © 2015.Gabinete: Senado Federal, Ala Senador Tancredo Neves - Gab. 50. Telefone: (61) 3303-2323.Escritório Porto Alegre: (51) 3061-0123

Website: www.senadorlasiermartins.com.brTwitter: @lasiermE-mail: [email protected]

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Em seu primeiro mandato, Lasier assumiu a titularida-de do Conselho de Ética do

Senado Federal e, após proposta dos senadores Randolfe Rodri-gues (PSOL/AP) e Ataídes Oliveira (PSDB/TO), aceitou concorrer à Presidência do Conselho de Ética do Senado – na tentativa de evitar que o senador João Al-berto (PMDB/MA) se elegesse pela quinta vez para comandar o colegiado.

“Aceitei lançar o meu nome, porque este Congresso foi marcado por denúncias e, na mídia, este Conselho tem sofrido críticas por leniência nos julga-mentos e cartas marcadas. Tenho

Diante da crise orçamentá-ria do Rio Grande do Sul, Lasier Martins e os demais

senadores gaúchos – Ana Amélia Lemos e Paulo Paim – protocola-ram projeto que propõe radical alteração no sistema de cálculo do débito dos estados e municí-pios com a União. “Entendemos que a dívida do Rio Grande já foi paga, que a União não pode aplicar regras de agente fi nancei-ro privado sobre o Estado. A obriga-ção federativa da União é proteger e defender os entes federados. Só que está asfi xiando os estados. A União está agindo como madrasta mal-vada contra os fi lhos, os Estados”, explicou o senador Lasier Martins.

O Projeto de Lei Comple-mentar (PLS 561/2015) apresentado pelos parlamentares na Casa sugere que seja considerado apenas a infl ação no cálculo dos pagamen-tos mensais da dívida do Estado com a União, sem que se faça a cobrança de juros, como ocorre atualmente. Além disso, determina que este novo cálculo seja retroati-vo ao momento que os contratos foram fi rmados – entre 1999 e 2014. Segundo o auditor fi scal da receita estadual, João Pedro Casarotto, se aprovada a lei, o estado passaria de devedor de R$ 47 bilhões a credor de R$ 5 bilhões.

A proposta dos senadores Lasier, Paim e Ana Amélia tem como relator Lindbergh Farias na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, seguindo para análise na Comissão de Assuntos Econômicos, antes de ser apre-ciada no plenário da Casa.

Lasier propôs ainda em projeto o parcelamento

de débitos do PASEPNa tentativa de aliviar a si-

tuação fi nanceira do Estado, o se-nador Lasier Martins encaminhou ainda projeto de Lei que prevê a extensão dos débitos vencidos do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PASEP), já bastante vultosos. Essa dívida se concentra entre março de 2013 e junho de 2015.

Lasier e demais senadores gaúchos apresentaram projetopara acabar com a dívida do RS

Lasier assumiu titularidade do Conselho de Ética econcorreu à presidência contra aliado de Renan

a esperança de que podemos fazer uma gestão mais transpa-rente”, disse Lasier.

A escolha normalmente é por acordo, mas foi preciso uma votação secreta, que terminou em seis a três para o maranhen-se. Durante as articulações, três senadores que haviam se com-prometido a votar no trabalhista não compareceram à votação. É no Conselho de Ética do Senado que serão analisados os proces-sos da Lava-Jato e da cassação do senador Delcídio do Amaral, preso em novembro por estar atrapalhando apurações da Ope-ração Lava Jato. Lasier integra o conselho indicado pelo PDT.

A medida facilitará o ajuste das contas do

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Relator da Lei Antidrogas, Lasier promove audiências

para debater o assunto

Osenador Lasier Martins é o relator no Senado da lei que altera políticas

públicas sobre drogas. De auto-ria do deputado Osmar Terra, a proposta esta sendo analisada na Comissão de Educação do Senado.

A convite da Frente Parlamentar Mista de Combate às Drogas, o senador Lasier Martins (PDT-RS) detalhou o cronograma de audiências públicas que serão realizadas antes de o relatório ser votado. Lasier esteve reunido com o presidente da Frente, senador Magno Malta (PR-ES), e o vice,

deputado Osmar Terra (PMDB-RS). As audiências serão feitas em março de 2016 e deverão contar com a presença de especialistas como Dráuzio Varella e Ronaldo Laranjeira.

Para Lasier Martins, a vio-lência associada ao consumo de drogas é um dos maiores proble-mas do país, que tem mais de 60% dos crimes vinculados ao uso dessas substâncias. “Espe-ramos que o Brasil tenha daqui adiante uma política séria em relação às drogas”.

Lasier consolida acordoe IPI sobre vinho

nacional é reduzido

Aatuação do senador La-sier Martins (PDT-RS) foi decisiva para costurar um

acordo na Comissão que analisa a Medida Provisória 690 e assim diminuir a alíquota proposta pelo governo para os vinhos. No texto aprovado na Comissão essa alíquota foi reduzida de 10% para 6% em 2016 e 5% a partir de 2017. A diminuição serve de alento para o setor vitivinícola. O Rio Grande do Sul é responsável por 90% da produção nacional de vinhos e a cidade de Garibaldi por cerca de 50% da produção de espumante no Brasil.

O senador explica que se a medida fosse aprovada da forma como foi apresentada poderia representar a extinção de várias vinícolas no Rio Grande do Sul, onde existem 545 registradas. O modelo proposto pelo gover-no por meio da MP 690, previa um estratosférico aumento da alíquota para o vinho nacional – que passaria dos R$ 0,73 pagos atualmente por garrafa para a cobrança de 10% sobre o valor

do produto, conforme previa o texto da MP.

Diante da resistência dos parlamentares à medida do go-verno e ação incisiva do senador Lasier Martins, o relator da ma-téria, senador Humberto Costa (PT/PE), chegou a apresentar uma proposta de redução, mas foi considerada insufi ciente. Lasier não era originalmente da comissão, mas trocou com o colega Telmário Mota (PDT-RR) para poder atuar em defesa dos interesses do Rio Grande do Sul:

“Tomei a iniciativa, jun-tamente com os produtores de vinho, de sensibilizar o governo para reverter essa decisão pode-ria acarretar inúmeros prejuízos para o setor de vinho no Estado, gerando desemprego e atingindo mais de 20 mil famílias produto-ras”, disse Lasier que conseguiu sensibilizar o relator Humberto Costa, o senador José Pimentel e os demais integrantes da co-missão em favor de uma alíquota menor para o IPI.

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Fotos: Flavia Corrêa

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Lasier Martins promoveu ações em busca de recursos para o Estado e

defendeu providências para os afetados pelas enchentes

Para defender os interes-ses do Rio Grande do Sul, o senador Lasier Martins

uniu-se aos 33 parlamentares da Câmara e Senado Federal que compõem a Bancada Gaúcha e participou de forma atuante em cerca de 60 reuniões e audiências realizadas. Lasier tomou à frente na promoção de ações voltadas para: a busca de recursos oriun-dos dos royalties do Petróleo no Pré-Sal; defesa de mudança no regime semiaberto, que tem afe-tado diretamente a segurança de municípios como Novo Ham-burgo; pressionou o Governo Federal para colocar em prática plano emergencial em favor dos afetados pelas enchentes, além de pedir o bloqueio de medidas do Ministério da Agricultura que afetariam a produção de frango do Estado.

Audiência no Supremo

Em audiência proposta por Lasier Martins com o pre-sidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, uma comitiva de parlamentares pressionou para que a Corte colocasse em pauta o julgamento da matéria sobre os royalties do Petróleo no pré-sal. Uma nova partilha benefi ciaria os es-

tados brasileiros por prever forma igualitária das receitas arrecadadas entre produtores e não produtores de petróleo. “Pode signifi car uma alternativa para socorrer as necessidades do Rio Grande do Sul”, explica Lasier. Lewandowski garantiu aos parlamentares gaúchos que a ministra Carmen Lucia, relatora do processo, colocaria a matéria em discussão na Corte, o que ainda não aconteceu.

Em defesa dos afetados pelas enchentes

Lasier Martins integrou comitiva da bancada gaúcha que pressionou o governo para colocar em prática um plano emergencial de socorro às ví-timas. O senador participou de audiências no Ministério da Integração, com o ministro inte-rino, Carlos Vieira e o secretário nacional de Defesa Civil, Adriano Pereira Júnior. Articulou junto ao Estado a necessidade de apre-sentar ao ministério, em 72h, um plano de socorro para situações estruturantes nos municípios atingidos. Como resul-tado, o governo garan-

Medida do

governo pode reduzir

em 33% a produção de

frango Representantes dos

produtores de frango da região do Vale do Taquari e

do Vale do Caí – responsáveis por 70% da produção do Rio

Grande do Sul – participaram de audiências pleiteadas pelo senador Lasier Martins com a mi-nistra da Agricultura, Kátia Abreu. Trataram da instrução normativa que exige um distanciamento de três quilômetros entre o aviário e os produtores de ovos. Uma vez que se a medida entrar em vigor poderá levar a redução de 33% na produção de frango no Estado. Lasier reivindicou para que seja mantida a distância de 500 metros, como funciona atual-mente e reforçou a importância do pleito para região.

tiu atender demanda, com base no levantamento solicitado, e restabelecer a normalidade. Os parlamentares pediram ainda reforço no envio de kits de so-corros com cobertores, colchões, lençóis, travesseiros e materiais de higiene, além de telhas para casas destruídas pelas chuvas de granizo.

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Lasier Martins apresentou 15 Projetos de Lei em seu primeiro

ano de mandato

Em seu primeiro ano de atividade parlamentar no Senado Federal, o senador

Lasier apresentou um total de 15 projetos de lei. As iniciativas, já em tramitação na Casa, buscam ampliar as garantias legais da população em áreas como saúde, segurança, trânsito, mobilidade urbana, moralização da atividade pública por meio do aumento da fi scalização, do combate à corrupção e fortalecimento das instituições públicas. Ações que incluíram ainda propostas para fortalecer Estados e Municípios que se encontram fragilizados, cujo caso mais gritante é o do Rio Grande do Sul.

“As medidas visam a tornar o Estado mais transparente e, por consequência, mais efi caz e capaz de atender às demandas da população, de um país que é tão carente como o Brasil. Além disso existe a preocupação em rediscutir o Pacto Federativo, que concentra excessivamente pode-res e arrecadação nas mãos da União. É preciso fortalecer Estados e Municípios”, disse Lasier. “Meu compromisso é apresentar pro-postas de qualidade, que possam de fato avançar”, acrescentou.

Dentre as iniciativas, destacam-se a Proposta de Emenda à

Constituição (PEC) que cria CPI por iniciativa popular; a que regula do uso de

aviões por autoridades; a que disciplina o UBER no

país; a que propõe penas mais duras para progressão de

regime prisional e a volta do exame

criminológico – que avalia se o detento oferece risco à sociedade – como condição

para que possa aderir à progressão da pena, além de

PEC que prevê mudança na forma de indicação de

ministros do Supremo, seu primeiro projeto.

Proposta pede a volta do exame criminológico e penas mais duras para progressão de regime

Projeto de autoria do gaú-cho propõe a volta do exame criminológico para avaliação dos apenados – medida que foi extinta pela Lei 10.792, de 2003. A proposta também aumenta os prazos para a concessão da pro-gressão dos regimes carcerários, passando do fechado para o se-miaberto e aberto. Pela proposta, o detento só terá a possibilidade de progressão da pena privativa de liberdade – com a transferên-cia para regime menos rigoroso – nos casos em que tiver cumprido ao menos 2/3 da penalidade no regime anterior para o qual foi condenado.

Nos casos de crimes he-diondos e reincidentes, a ideia do senador em seu projeto, inclui aumento da exigência de cumprimento de 2/5 para 4/5 da pena para que seja ad-mitida a progressão do regime. “O apenado que volta preco-cemente à sociedade acaba retornando ao regime fechado pelo cometimento de novos crimes. Tem sido comum pre-sos no semiaberto retornarem à delinquência. O exame psi-quiátrico ou psicológico haverá de prevenir liberações de risco à sociedade”, afi rmou Lasier.

Mudança na forma de indicação de ministros

do Supremo

A proposta de mudança na escolha dos ministros do Supremo Tribunal Federal foi o primeiro projeto apresentado pelo senador Lasier Martins. Pela Proposta de Emenda à Constituição (PEC), a escolha feita pelo chefe do Executivo, passará a ter como base uma lista tríplice elaborada por um colegiado, no prazo de um mês. O projeto protocolado está em análise na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), com a relatoria do senador Antonio Anastasia (PSDB/

ter a assinatura de pelo menos 1% do eleitorado nacional. O número deverá ser distribuído por, no mínimo, cinco estados e mais de 0,3% dos eleitores de cada um deles. O requeri-mento deverá ser apresentado à Câmara dos Deputados. “A iniciativa popular será capaz de mobilizar mais ativamente a ação dos parlamentares, re-vigorar as CPIs e reforçar o seu papel de fi scalização das ações de governo”, afi rmou Lasier. “Tenho certeza de que, com o requerimento de uma CPI por parte da população, com 1,5 milhão de assinaturas, haverá muito mais seriedade para se levar avante essas comissões”, acrescentou.

Regulação do uso de aviões por autoridades

Lasier reapresentou pro-jeto de autoria de Pedro Simon que prevê a regulação do trans-porte aéreo de autoridades. O senador quer restringir ainda mais o uso de qualquer tipo de aeronaves de proprieda-de, arrendada ou locada pela administração pública, per-mitindo apenas para viagens em serviço e missões ofi ciais.

A medida pretende, ain-da, tornar mais transparente os dados dos voos, com a obrigato-riedade de divulgação na inter-net da fi nalidade de utilização dos aviões e a permanência em cada localidade. Além de viagens em serviço, atualmente, as autoridades podem utilizar as aeronaves do Governo por motivo de segurança nacional e no deslocamento para local de residência permanente, o que deixaria de ser permitido.

Projeto amplia acesso à mamografi a

Lasier apresentou proje-to de decreto legislativo para sustar portaria do Ministério da Saúde, editada no dia 1º de outubro. Pela medida do governo, somente mulheres de 50 a 69 anos de idade po-deriam fazer a mamografi a

pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Lasier destacou que existe uma lei, aprovada em 2009, estabelecendo que o SUS deve assegurar o exame a to-das as mulheres a partir dos 40 anos. “Todas as mulheres, portanto, a partir dos 40 anos, independentemente de fatores de risco, têm o direito de rea-lizar o exame de mamografi a.

Estabelecer restrições a esse direito, por meio de porta-ria, é contrário a lei”, explicou o senador. “Além disso, a medida é contrária aos interesses da população mais pobre. São as mulheres de baixa renda, justa-mente, que não têm um plano de saúde, ou capacidade de pagar exames particulares”, completou.

Proposta quer disciplinar o UBER no paísProjeto de Lei estabe-

lece regras para o serviço de mobilidade urbana que sur-giu com internet e resguarda os taxistas. Para funcionar no Brasil, aplicativos como UBER, 99Taxis e EasyTaxi deverão: apresentar registro dos veícu-los, de motoristas profi ssionais e das empresas executora do aplicativo. Será preciso ain-da atender requisitos de se-gurança, conforto, higiene e qualidade. A organização e a fi scalização do serviço serão de responsabilidade dos estados e municípios, de acordo com PL do senador. “É urgente lidar com o transporte individual de passageiros para preservar empregos e garantir benefícios ao público em geral.

Deve-se conciliar a ino-vação tecnológica irreversível com defesa do consumidor e cumprimento de padrões de segurança. O PL 726 também protege os taxistas, que já cum-prem os requisitos exigidos e podem aderir aos aplicativos disponíveis no mercado. Ou-tra vantagem é que vai con-correr para aliviar o trânsito e diminuir a poluição do ar”, comentou o senador.

MG)). “Sabemos que existem várias propostas neste sentido, mas todas incidem no erro de atribuir a apenas uma pessoa ou instituição a escolha dos ministros”, explica o senador. Lasier considera que a atual indicação é “autocrática” e, muitas vezes, a demora na es-colha acaba interferindo em julgamentos, como ocorreu no caso da vaga do ex-ministro Joaquim Barbosa, que com-pletou oito meses em aberto.

“Outro fator de justifi ca-tiva do projeto está em evitar o aparelhamento político e ideo-lógico do Supremo”, afi rmou o senador. A PEC do senador estabelece a criação de um colegiado com sete integrantes, com os presidentes do STF, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), do Tribunal Superior do Trabalho (TST), do Supe-rior Tribunal Militar (STM), do Tribunal de Contas da União (TCU), além do procurador-geral da República e do pre-sidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). “Dessa forma assegura-se a pluralidade de opiniões”, justifi ca.

O projeto também pre-tende resolver o problema do mandato dos ministros ao prever mandatos fi xos, de 10 anos. E ainda busca evitar que o STF seja usado como porta de entrada para a política partidária. Ao fi nal dos mandatos, os ministros fi carão cinco anos inelegíveis, de acordo com a PEC.

PEC possibilita criação de CPIs por iniciativa

popular

Proposta de Lasier ins-titui a criação de Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) por meio de iniciati-va popular. De acordo com a proposta, as criações das CPIs seguiriam as mesmas normas de apresentação de Projetos de Lei por iniciativa popular. Ou seja, por meio de apresentação de requerimento que deverá

Informativo do senador Lasier Martins

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Dezembro 2015

Quadro de proposições apresentadas

PROJETO

Prevê a criação de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPIs) por meio de ini-ciativa popular – dando nova redação ao § 3o do art. 58 da Constituição Federal,

Propõe a mudança da forma de escolha dos Ministros do Supremo Tribunal Federal – alterando o art. 101 da Constituição Federal. Lasier quer que colegiado indique lista tríplice para a escolha do ministro. A indicação hoje é exclusiva da Presidência da República.

Disciplina a declaração da perda da propriedade ou posse de bens, direitos e valores adquiridos por atividade ilícita. Dispõe sobre a ação civil pública de extinção de domínio – caracteriza a perda civil de bens, direitos ou valores, que sejam produto ou proveito, direto ou indireto, de atividade ilícita, de modo que sejam transferidos em favor da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Mu-nicípios, sem direito a indenização.

Incluir idade mínima de 18 anos entre os requisitos necessários para ob-tenção de Carteira Nacional de Habilitação. Assim, em caso de redução da maioridade penal, não haveria a possibilidade de maiores de 16 anos obterem habilitação. Altera a Lei 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código Brasileiro de Trânsito.

Veda a doação de pessoa jurídica a partidos e candidatos e limita as doa-ções de pessoa física. Altera a Lei no 9.096, de 19 de setembro de 1995 – Lei dos Partidos Políticos – e a Lei no 9.504, de 30 de setembro de 1997.

Estender o prazo para o parcelamento de débitos com a Fazenda Nacional, relativos ao PASEP – Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público, buscando aliviar a situação � nanceira do RS. Altera a Lei no 12.810, de 15 de maio de 2013,

Reajustar o valor das indenizações pagas ao cidadão pelo Seguro DPVAT, valores de direito do cidadão que estão desatualizados. Altera a Lei no 6.194, de 19 de dezembro de 1974.

Restabelecer o exame criminológico e aumentar os prazos para progressão de regime. Altera o art. 112 da Lei no 7.210, de 11 de julho de 1984 (Lei de Execução Penal), e art. 2o da Lei no 8.072, de 25 de julho de 1990.

Dispõe sobre o transporte aéreo de autoridades e seus acompanhantes em aeronave de propriedade, arrendada ou locada pela Administração Pública Fe-deral. Prevê restringir ainda mais o uso das aeronaves e tornar mais transparente os dados dos voos.

Estabelecer limites para a doação de pessoas físicas a partidos políticos. Al-tera a Lei 9.096, de 19 de setembro de 1995.

Vedar o contingenciamento de recursos orçamentários para ciência, tecno-logia e inovação. Altera a redação do § 2o do art. 9o da Lei Complementar no 101, de 4 de maio de 2000, que estabelece normas de � nanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão � scal e dá outras providências.

Disciplinar o serviço de transporte privado individual de passageiros, como o UBER. Altera a Lei no 12.587, de 3 de janeiro de 2012, e a Lei no 9.503, de 23 de setembro de 1997

Limitar a aplicação de multas aos contribuintes que descumprirem obrigações acessórias tributárias. Altera dispositivos da Lei no 8.218, de 29 de agosto de 1991.

Susta a Portaria no 61, de 1o de outubro de 2015, do Ministério da Saúde, que torna pública a decisão de não ampliar o uso da mamogra� a para o rastreamen-to do câncer de mama em mulheres assintomáticas com risco habitual fora da faixa etária atualmente recomendada (50 a 69 anos) no âmbito do Sistema Único de Saúde – SUS.

Estabelece novo índice de cálculo dos débitos dos estados e municípios com a União. O Projeto de Lei Complementar (PLS 561/2015) sugere que seja consi-derado apenas a in� ação no cálculo dos pagamentos, sem a cobrança de juros.

TRAMITAÇÃO

Em tramitação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), com relatoria de Randolfe Rodrigues

Matéria pronta para a pauta na CCJ. Tem como relator o senador Antonio Anas-tasia, com voto favorável à Proposta e emenda por ele apresenta.

Em tramitação na CCJ, tendo como relator de-signado o senador José Medeiros. A matéria tem caráter terminativo na Comissão. Ou seja, quando aprovada segue diretamente para a Câ-mara, sem a necessidade de passar pelo plená-rio do Senado.

Matéria tramita na CCJ, com caráter terminati-vo, tendo como relator o senado Aloysio Nunes Ferreira.

Tramita na CCJ, em caráter terminativo, tendo como relator o senador Roberto Requião.

Matéria tramita na CAE, caráter terminativo, ten-do o senador José Pimentel como relator. (Trami-tam em conjunto os Projetos de Lei do Senado nos 463 e 519, de 2015)

Tem como relatora a senadora Gleisi Ho� mann, tramitando na CAE, em caráter terminativo.

Matéria tem como relator o senador Ronaldo Caiado e tramita na CCJ, em caráter terminativo

Em análise na Comissão de Relações Exteriores, tendo como relator o senador Edison Lobão. Também tem tramitação na CCJ.

AGUARDANDO DESIGNAÇÃO DO RELATOR. Maté-ria tramita em caráter terminativo na CCJ.

Em tramitação na CAE.

Tramita na CCJ e tem como relator o senador Aloysio Nunes Ferreira. Matéria será analisa ain-da na Comissão de Infraestrutura.

Tramita na CAE em caráter terminativo e tem como relator o senador Aloysio Nunes Ferreira.

Projeto tramita na CCJ.

Em tramitação na CCJ, tem como relator o sena-dor Lindberg Farias. O projeto é de autoria de Lasier e dos gaúchos Paulo Paim e Ana Amélia Lemos.

TIPO

PEC 147/2015

PEC 35/2015

PLS 257/2015

PLS 385/2015

PLS 416/2015

PLS 463/2015

PLS 498/2015

PLS 499/2015

PLS 592/2015

PLS 593/2015

PLS 594/2015 - COMPLEMENTAR

PLS 726/2015

PLS 729/2015

PDS 377/2015

PLS 561/2015

Informativo do senador Lasier Martins

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Dezembro 2015

Senador preside sessão sobre Mercosulna Comissão de Relações Exteriores

Missão do Senado na Europa

Aavaliação dos 25 anos de existência do Mercado Comum do Sul (Mercosul)

foi tema da audiência pública na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE). O debate foi solicitado pelos senadores Ri-cardo Ferraço (PMDB-ES), Lasier Martins (PDT-RS) e Ana Amélia (PP-RS).

Foram convidados para o evento, presidido pelo senador Lasier, o presidente do Conselho

Superior de Comércio Exterior da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), embaixador Rubens Barbosa; o economista Roberto Giannetti da Fonseca; e Regis Arslanian, sócio da empresa de consultoria GO Associados.

O bloco completará 25 anos em 2016. O marco do Mer-cosul é o chamado Tratado de Assunção, assinado em 26 de março de 1991. Esse documento

fi xou como objetivos a livre circu-lação de bens, serviços e fatores produtivos, uma união aduaneira mediante adoção de uma Tarifa Externa Comum, a coordenação de políticas macroeconômicas e a harmonização de legislações.

Para Lasier “o processo de integração ainda enfrenta enor-mes difi culdades para alcançar os objetivos originalmente fi xa-dos. A livre circulação de bens e serviços ainda é uma utopia,

tendo em vista as barreiras ao comércio impostas, notadamente pela Argentina, em prejuízo das exportações brasileiras”.

O senador defende que o Brasil não fi que isolado na sua política externa e busque a inte-gração e acordos comerciais mais vantajosos com outros países:

“O Tratado Transpacífi co é um mecanismo sem precedentes no avanço da liberalização do comércio internacional do qual o

Brasil deveria fazer parte. Infeliz-mente optamos por acordos que privilegiam aspectos ideológicos, como as parcerias Sul-Sul, ao invés de nos voltarmos para acordos sólidos que abririam grandes mer-cados e uma infi nidade de novas opções para nossas empresas. Ao invés de nos fecharmos para o futuro, precisamos modernizar nossas ambições para sermos competitivos no mercado global”, disse Lasier.

Designado pelo Sena-do Federal, Lasier Martins integrou

comitiva de senadores jun-tamente com a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, durante missão à Europa – realizada entre os dias 25 e 28 de maio. Em uma primeira etapa, em Paris, os represen-tantes do governo brasileiro negociaram a ampliação da exportação de carne suína e participaram da cerimônia junto à Organização Mun-dial de Saúde Animal (OIE), que garantiu aos Estados do Rio Grande do Sul e Santa

Catarina o certifi cado de livres de peste suí-na. “Este certifi cado permitirá que carne suína brasileira seja

comercializada na Europa, ampliando

as exportações. Os dois Estados jun-

tos são responsáveis por 70% das exportações da carne suína brasileira”, observou o senador Lasier.

Na segunda fase, em Bru-xelas, os parlamentares e a mi-nistra participaram de sabatinas no Parlamento Europeu, em que responderam inúmeros questio-namentos sobre a produção de alimentos no Brasil. Na reunião, estiveram presente deputados da Alemanha, Espanha, Holanda, Portugal e demais países. Entre os temas abordados destacam-se a questão dos transgênicos,

das terras indígenas, da produ-ção agrícola, da febre aftosa e a plantação de eucaliptos no Brasil. Em uma terceira e última etapa, em Genebra, estiveram na Orga-nização Mundial do Comércio (OMC) tratando da realidade do setor agrícola na Europa e em reuniões diplomáticas com representantes dos Brics – Áfri-ca do Sul, China, Índia e Rússia para troca de informações – e, posteriormente, dos chamados países ricos – Nova Zelândia, Austrália, Estados Unidos, União Europeia e outros.

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Informativo do senador Lasier Martins

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Entre 23 de junho e 25 de agosto deste ano, houve 12 reuniões da Comissão

da Reforma Política do Senado Federal, sob a presidência do senador Jorge Viana e relatoria de Romero Jucá. O senador Lasier Martins participou ativamente de todos os encontros.

Já em sua primeira par-ticipação na Comissão, Lasier observou que “a sociedade espera muito dessa reforma política! Nós

Reforma Política: Lasier defende o � m do � nanciamento privado nas campanhas

Visita a municípios noprimeiro ano do mandato

não temos o direito de frustrar o povo brasileiro”.

Em razão do método pro-posto pelo relator, o senador Lasier concentrou sua ação em alguns temas considerados mais críticos em termos de reforma política: fi nanciamento de cam-panhas eleitorais e coligações. O segundo, infelizmente, foi dei-xado de lado pela Câmara dos Deputados.

Elaborou proposta – en-dossada pelos demais membros da bancada pedetista no Sena-do – com o intuito de coibir o fi nanciamento de campanhas eleitorais por parte empresas privadas. Tratou o tema de ma-neira reiterada, o que foi funda-mental para que constasse da versão fi nal da reforma. “ Trata-se de uma mudança profunda no atual modelo político eleitoral, desvirtuado pela comprovada ocorrência de promiscuidade

entre agentes públicos e privados, motivando comprometimentos e corrupções. A Lava Jato é apenas o corolário dos incontáveis crimes e contínuas suspeitas sobre os fi nanciamentos de empresas pri-vadas, sobretudo de banqueiros e empreiteiros. Agora, a prática fi cará mais difícil e deverá contar com mais fi scalização e punições. O famigerado caixa-dois poderá ser mais controlado”, enfatiza o senador.

Lasier apoiou, ainda, o voto impresso para as urnas eletrônicas e ajudou a derrubar o veto da presidente, tornando as eleições mais transparentes e confi áveis. Também votou em favor de medidas que reduzem os custos das eleições, como é o caso da redução do tempo de campanha e do tempo destinado à propaganda eleitoral. Por fi m, votou a favor da PEC que incen-tiva a participação feminina nas eleições.

Osenador Lasier Martins cumpriu agenda em quase duas dezenas de

cidades gaúchas em 2015. Aten-dendo a compromissos e convites institucionais ou políticos, ele começou as viagens em março, quando foi à Festa da Vindima, em Flores da Cunha. No mes-mo mês, esteve em Carazinho, Sarandi e Santa Maria, além de prestigiar a Expodireto, em Não-Me-Toque.

No mês de abril, Lasier cumpriu agenda em Gramado, como palestrante da Conferência Anual do Rotary Club. Em maio, foi a vez de Pelotas, quando co-nheceu o Centro Tecnológico do município e visitou a tradicional Fenadoce.

Em agosto, o senador se encontrou com pedetistas na ci-dade de Rio Grande e foi recebido para almoço com correligionários em sua cidade natal, Vale Verde.

Em setembro, atendeu convites em Fazenda Vila Nova e Estrela.

No mês de outubro, Lasier foi a Canela, onde conheceu a melhor instituição de tem-po integral do Rio Gran-de do Sul, a Escola Estadual Neusa Mari Pacheco. E, para fechar o ano, o senador es-teve nos municípios de Garibaldi, Passo Fundo, Caxias do Sul, Taquara, Balneário Pinhal e Bento Gonçalves.

Audiências

Cerca de 130 prefeitos e 100 vereadores de municípios gaúchos foram recebidos pelo senador Lasier Martins em seu gabinete para audiências nes-te ano. Trataram de assuntos referentes às demandas destas cidades.

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Lasier propôs medidas para fortalecimento do Polo Naval de Rio Grande

Titular das Comissões de Infraestrutura; Ciência, Tecnologia e Inovação;

Educação e Esportes; e Relações Exteriores, Lasier Martins teve pa-pel incisivo em um ano de crise e cortes orçamentários em todos os setores. O senador requereu, por exemplo, sabatina do presidente do BNDES, Luciano Coutinho, para dar explicações sobre os em-préstimos da instituição, propôs o fi m do contingenciamento de recursos para tecnologia; cobrou em audiência o andamento de obras rodoviárias paralisadas por corte de recursos, além de provi-dências para o sistema prisional dos Estados que sofrem, como no Rio Grande do Sul, com falta de

vagas nos presídios, tendo que liberar detentos sem o cumpri-mento de penas previstas.

Defendeu ainda o reca-dastramento de milhares de alu-nos no Fundo de Financiamento Estudantil (FIES) prejudicados por alterações no programa, o ensino integral nas escolas, pro-pôs o debate sobre a situação dos refugiados no país, além de participação expressiva na formu-lação da Lei brasileira de Migra-ção. Foram mais de 150 reuniões, audiências públicas e sabatinas, em que Lasier relatou 11 projetos, apresentou 10 requerimentos e nove emendas sobre temas de interesse nacional nessas áreas.

COMISSÕESLasier apresentou na Co-

missão de Ciência e Tecnologia do Senado o projeto de lei com-plementar no 594/2015, de sua autoria, que propõe a vedação do contingenciamento de recursos orçamentários para ciência, tec-nologia e inovação. Para o senador, a descontinuidade de projetos do setor é vista como atraso e perda dos recursos até então empenha-das e dos avanços já conquistados. Ainda na Comissão, cerca de 40 pedidos de outorga para rádio foram relatados por Lasier. Ciência e Tecnologia

Infraestrutura

Educação

Além de ser relator na Co-missão de Educação da Lei que altera a política públicas sobre drogas (ver matéria na página 4), o senador teve importante papel na comissão pedindo audiência com os então ministro da Educação, Cid Gomes e depois Renato Jani-ne, solicitando esclarecimentos sobre o FIES – cortes no programa e a incoerência de ter atendido 700 mil alunos em 2014 e, em 2015, apenas 250 mil – sendo alvo de reclamação de milhares de estudantes. Atuou ativamente na problemática do piso sala-rial dos professores, defendeu o aumento do valor do piso em projeto aprovado na Comissão.

Fotos: Flavia Corrêa

Informativo do senador Lasier Martins

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Lasier cobrou do DNIT que obras em rodovias do Estado não fossem paralisadas com os cortes no orçamento

Em discurso na tribuna, o senador Lasier Martins foi um dos primeiros a chamar

a atenção do Congresso para a situação de desemprego e de-sespero em Rio Grande. “Há um ano e meio o Polo Naval contava com 18 mil trabalhadores e hoje está reduzido a pouco mais de sete mil. A causa do debacle é fácil de adivinhar: a corrupção na Petrobras. A presidente da República não pode ser inerte como está”.

Lasier participou de au-diência pública com o presidente da Petrobrás, questionou provi-dências para restabelecer o Polo de Rio Grade e sugeriu revisão dos contratos referentes às platafor-mas para retomada das atividades. O presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, chegou a garantir a con-clusão das duas plataformas P-75 e a P-77 e negou que os problemas econômicos vividos na região são de responsabilidade da empresa. A afi rmação foi feita em resposta ao questionamento do senador Lasier

Osenador presidiu a Comis-são de Infraestrutura que sabatinou os indicados

para direção nacional do Departa-

mento Nacional de Infraestrutura

de Transportes (DNIT) e pediu

audiência em que apresentou

os pleitos do Rio Grande do Sul

em obras viárias e logísticas.

Preocupado com a situação das

estradas no Rio Grande do Sul,

desgastadas com as chuvas, Lasier

solicitou relatório da situação das

seguintes obras: segunda ponte

do Guaíba, trecho sul da BR 116,

duplicação da BR-116 Guaíba

-Pelotas, duplicação de 33 km da

BR-386, duplicação da BR-290,

trecho Eldorado do Sul-Pantano

Grande e duplicação da BR 158 e

BR-287, em Santa Maria.

Martins sobre a situação do Polo, durante audiência pública con-junta, na Comissão de Assuntos Econômicos e de Infraestrutura, no fi nal de abril.

Para o senador, o projeto de criação do Polo Naval – impor-tante na consolidação do setor no Brasil e que traria benefícios aos municípios vizinhos – hoje é uma decepção para a região e para empresários que investiram na construção de condomínios e supermercados. Isso porque em 2003, quando se instituiu o Polo, havia uma previsão de que a população de Rio Grande, na época de 200 mil pessoas, em 10 anos dobraria e o município seria uma das maiores fontes arrecada-doras de impostos e de emprego no Estado.

“Não quero dizer que o Polo Naval de Rio Grande esteja afundando, mas é inegável que precisa de socorro. É urgente que a presidente da República transmita um aceno para que o que era sonho vire realidade

restabelecendo os cronogramas de obras com licitações abertas para empresas idôneas”, reforçou.

Dragagem

Além da defesa do Polo, o senador também fez gestões em favor do porto de Rio Gran-de para resolver o problema da dragagem. Em audiência pública com o então ministro da Secre-taria Nacional de Portos, Edinho Araújo, em julho, Lasier Martins pediu explicações sobre investi-mentos previstos para ações de infraestrutura e logística no Rio Grande do Sul. Lasier chamou a atenção do ministro para o fato de o Estado contar com um dos cinco maiores portos do país – o porto de Rio Grande onde se ins-talou o Polo Naval que, segundo ele, bateu recorde de cargas no ano passado – e questionou sobre medidas e investimentos para melhoria da dragagem no porto, que tem calado muito baixo e precisa ser modernizado.

Relações ExterioresNa comissão de Relações

Exteriores, o senador gaúcho foi designado relator dos diplomatas indicados para os cargos de em-baixador na Suíça e Liechtenstein; Sri Lanka e Maldivas; Malásia e Sultanato de Brunei Darussalam, além de relatar o projeto aprovado da adesão do Brasil à Convenção que Estabelece a Organização

Europeia para a Pesquisa Astro-nômica no Hemisfério Austral. Também apresentou cinco emen-das para a Lei de Migração, das quais três foram aprovadas (ver página 2)e propôs ainda o debate sobre a proteção das fronteiras brasileiras junto com o setor de Defesa e presidiu audiência sobre o Mercosul.

Por meio de requerimen-to apresentado na Comissão de Infraestrura (CI), o senador con-vocou para audiência pública no Senado o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, para prestar esclarecimentos sobre emprés-timos concedidos pelo banco. Durante a audiência, o senador pediu explicações sobre os crité-rios de concessão de empréstimos, destinatários dos fi nanciamentos concedidos nos últimos quatro anos e possíveis alterações no alcance do sigilo bancários. Na ocasião, foi abordada ainda a pos-sibilidade de que empréstimos

concedidos pelo Banco tenham tido ligação com os casos de cor-rupção na Petrobras. Ainda na CI, Lasier solicitou audiências com o diretor do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), Renato de Vitto, em que pediu providências e questionou sobre a disponibilidade de verbas para construção de presídios no Estado – uma vez que, no Rio Grande do Sul, os sentenciados estão sendo colocados diretamente do regi-me fechado para a rua, pois não há estabelecimentos sufi cientes para que os condenados possam cumprir o regime semiaberto.

Divulgação Feira do Polo Naval

Informativo do senador Lasier Martins

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Crise Econômica (26-3-2015)

A combinação rara e destruidora entre crises de várias espécies está acontecendo. Tudo sugere, efetivamente, que estamos entrando em clima de tempestade econômica muito grave no Brasil e sem alguém capaz de liderar o País e segurar o leme com a energia necessária.

Paulo Brossard (16-4-2015)

Política é feita de princípios. É feita de ideias. É feita de honestidade, de caráter, de respeito à coisa pública. Política é feita também de amor pela democracia, pelo debate e pelo diálogo. São essas lições que nos deixa o ex-senador Paulo Brossard, que tanto honrou esta Casa, que nos deixou no último domingo e que tive o prazer de conhecer bastante e de ser seu aluno no curso de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Era o tempo em que o Brasil estava mergulhado na ditadura, regime contra o qual Brossard foi das vozes mais altissonantes da oposição, muitas e muitas vezes com destemor e ousadia. Naqueles tempos sombrios, era uma lanterna na escuridão. Brossard fez bela história! No cenário dos homens públicos foi o único que chegou ao ápice nos Três Poderes da República.

Ladravazes / Herança de Lula (19-8-2015)

O crime do presidente Lula foi associar-se a ladravazes, a rechear as repartições públicas do governo de pessoas desonestas, que levaram a Petrobras ao caos, que estão determinando CPIs na Caixa Econômica, nos fundos de pensão, no BNDES – isso tudo é herança de Lula.

Uma coisa é ter feito o Bolsa Família; outra coisa é estar sempre acompanhado, perdoe a palavra, de maus elementos. Esse é problema de Lula, que nós verberamos e vamos verberar o tempo todo: ser um dos responsáveis pelo caos que o País está vivendo.

Um ano da reeleição de Dilma (28-10-2015)

“Infelizmente, passado o período eleitoral, uma dura realidade se abateu sobre os brasileiros. Descemos do paraíso às trevas com uma rapidez assutadora”. Não tenos nada a celebrar após um ano da reeleição. Dilma colhe hoje uma herança maldita. A herança de seu primeiro mandato e da Era Lula. A conta chegaria cedo ou tarde e hoje é cobrada dos brasileiros”.

Terceirização (29-4-2015)

O próprio conceito de terceirização, que ora já tem regras bastante consolidadas pelo Tribunal Superior do Trabalho, deve ser avaliado com o máximo de cuidado possível. Não podemos nos apressar, não podemos, em nenhuma hipótese, abraçar iniciativas que venham a trazer prejuízos para os trabalhadores. [A terceirização] É a precarização do trabalho. Será isso o que queremos para o Brasil?

PDT e o Governo Dilma (7-7-2015)

“Um partido como o PDT, que tem história, tradição e personagens, o partido mais gaúcho que existe, não pode fazer parte do governo Dilma, que com todo o respeito que eu devo ter, é um governo ruim, com um crescimento economico abaixo de zero , infl ação, desemprego se diseminando lamentavelmente no país. O PDT não tem nada o que fazer neste governo. É um governo do ponto de vista ético de uma decadência impressionante e o PDT agarrado neste governo a troco de que? O PDT tem que ser indepentende, altivo, não caminhar a reboque do PT.”

Entrevista concedida para Rádio Guaíba

Impeachment (03/12/2015)

“Chegou o momento da investigação para o impeachment. É hora de impedirmos novos Petrolões e Mensalões. Já avançamos com o fi m dos fi nanciamentos por empresas privadas em campanhas eleitorais, comprovado fator de comportamentos espúrios. É hora de impedirmos que o crime se aposse do Estado brasileiro. É hora de impedirmos a sequência da falta de ética nas administrações públicas. É a hora de mudarmos o Brasil”.

Veto da Dilma ao voto impresso ao lado da urna

“A derrubada do veto de Dilma ao voto impresso ao lado da urna é um dever do Congresso. O voto impresso é fundamental para garantir eleições limpas, transparentes e confi áveis”.