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GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ AGÊNCIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO ESTADO DO PARÁ GERENCIA DE SERVIÇO DE INSPEÇÃO ESTADUAL 1 LAUDO DE INSPEÇÃO SANITÁRIA Nº 02 /2014 IDENTIFICAÇÃO 1. Nome da Firma: R.R. Freitas Oliveira Ltda. ME (Matadouro União). 2. Natureza do Estabelecimento: Serviço de Inspeção Municipal - Matadouro de Bovinos. 3. Proprietário: Rodrigo Freitas Oliveira. 4. Localização: Vicinal do Igarapé do Aleijado Zona Rural Itupiranga PA Licença de Operação não apresentada no momento da visita. 5. Período da vistoria: Dia Vinte e Quatro a vinte e oito de Março de Dois Mil e Quatorze. 6. Origem das Informações: Vistoria “in loco”, com a presença responsável pelo abate dos bovinos, funcionário da Vigilância Sanitária Municipal e Fiscais Estaduais do Serviço de Inspeção Estadual sede (Belém) da Agência de Defesa Agropecuária do Pará (ADEPARA) que acompanharam a vistoria. INFORMAÇÕES ECONÔMICO-SOCIAIS. 1. Capacidade Produção/mensal (atual): Aproximadamente 12 (doze cabeças) Bovinos por/dia. 2. Produtos processados: Carne Bovina não Resfriada (Quartos Traseiro, Dianteiro e Ponta de Agulha). Pele (salga). 3. Procedência de matéria prima, meio de conservação e tempo gasto entre a obtenção e o beneficiamento: Fazendas da Região; os produtos não são conservados refrigerados logo depois de abatido; o tempo entre a obtenção e o beneficiamento não é controlado. 4. Transporte da matéria prima: Mercado de consumo municipal Local.

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GERENCIA DE SERVIÇO DE INSPEÇÃO ESTADUAL

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LAUDO DE INSPEÇÃO SANITÁRIA Nº 02 /2014

IDENTIFICAÇÃO

1. Nome da Firma: R.R. Freitas Oliveira Ltda. – ME (Matadouro União).

2. Natureza do Estabelecimento: Serviço de Inspeção Municipal - Matadouro de Bovinos.

3. Proprietário: Rodrigo Freitas Oliveira.

4. Localização: Vicinal do Igarapé do Aleijado – Zona Rural – Itupiranga – PA – Licença de Operação não apresentada no momento da visita.

5. Período da vistoria: Dia Vinte e Quatro a vinte e oito de Março de Dois Mil e Quatorze.

6. Origem das Informações: Vistoria “in loco”, com a presença responsável pelo abate dos bovinos, funcionário da Vigilância Sanitária Municipal e Fiscais Estaduais do Serviço de Inspeção Estadual sede (Belém) da Agência de Defesa Agropecuária do Pará (ADEPARA) que acompanharam a vistoria.

INFORMAÇÕES ECONÔMICO-SOCIAIS.

1. Capacidade Produção/mensal (atual): Aproximadamente 12 (doze cabeças) Bovinos por/dia.

2. Produtos processados: Carne Bovina não Resfriada (Quartos Traseiro, Dianteiro e Ponta de Agulha).

Pele (salga).

3. Procedência de matéria prima, meio de conservação e tempo gasto entre a obtenção e o beneficiamento:

Fazendas da Região; os produtos não são conservados refrigerados logo depois de abatido; o tempo entre a obtenção e o beneficiamento não é controlado.

4. Transporte da matéria prima: Mercado de consumo – municipal Local.

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5. Número de Funcionários: 08(oito) funcionários.

6. Outras Informações de interesse: Trata-se de um Matadouro com inspeção municipal (SIM), no entanto há fortes

indícios da deficiente atuação do fiscal e do responsável técnico, pois durante a

visita técnica observou-se ausência dos referidos funcionários.

CARACTERISTICA DA CONSTRUÇÃO CIVIL:

1. Dependências industriais e sociais administrativas existentes e pretensas:

1.1 Dependências Industriais: Currais inadequados;

Corredor de acesso ao Abate ausente;

Sala de Abate com ausência de serra de peito;

Salas anexas ao abate (sala de miúdos, sala de bucharia)

inexistentes;

Lagoas de tratamento de efluente inexistentes;

1.2 Dependências Sociais: Não há Dependências sociais (vestiários e banheiros são

inadequados, não há área de descanso, escritórios, sala do SIM não

apresenta mínima estrutura de funcionamento);

2. Relação entre a construção existente e às normas técnicas sanitárias de construção; relatar sobre as anormalidades.

2.1 - Currais:

O curral é constituído de madeira, porém sem cobertura, possuindo piso

de terra coberto com mato em suas redondezas colocando em risco as

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pessoas que transitam na referida área, esta estrutura não possui bebedouros

para os animais.

Recomendação Técnica: Possuir currais de chegada para apartação dos lotes

por proprietário e sexo dos animais; deverá existir curral de observação com

identificação e cordão sanitário de 50 cm; e os currais de matança, deverão

possuir cordão sanitário de 30 cm, cercas de 2 metros de altura, de ferro

galvanizado sem cantos vivos ou proeminências. Apresentação de plataforma

suspensa sobre os currais para proceder à inspeção “Ante Mortem” dos

animais pelo Médico Veterinário do Serviço de Inspeção Oficial.

2.2 - Bebedouros: Inexistentes.

Recomendação Técnica: Deve dispor de bebedouros, deverão possuir nível

constante, constituídos de concreto armado, impermeabilizados

superficialmente e isentos de cantos vivos ou saliências vulnerantes. Suas

dimensões devem permitir que 20% dos animais recebidos bebam

simultaneamente. Apresentação de plataforma suspensa sobre os currais para

proceder à inspeção “Ante mortem” dos animais pelo Médico Veterinário do

Serviço de Inspeção Oficial.

2.3 - Banho de Aspersão: Inexistente

Recomendações Técnicas: o banho de aspersão deverá apresentar um

sistema tubular de chuveiros dispostos transversal, longitudinal e lateralmente,

orientando os jatos para o centro, com água hiperclorada a 15 ppm (quinze

partes por milhão). A água terá uma pressão não inferior a 3 atm. (três

atmosferas), de modo a garantir jatos em forma de ducha. A largura do banho

será de no mínimo de 3 metros, com permanência mínima de 3 minutos dos

animais a serem abatidos.

2.4 – Seringa: Corredor de alvenaria em péssimas condições sem cobertura,

com piso inadequado e não dotado de tubulações laterais por onde são

esguichados jatos para lavagem dos animais.

Recomendações Técnicas: Dispor de encanamentos tubulares, com

perfurações ou com borrifadores, em toda a extensão da seringa. O uso de

borrifadores é o mais recomendado, em virtude da redução do consumo do

gasto de água em torno de 30%.

2.5 – Distância Curral/Sala de Matança: os currais estão localizados a uma

distancia inadequada e inferior a 50 m (Cinquenta Metros) da sala de abate não

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obedecendo ao distanciamento mínimo de oitenta metros permitido pela

legislação.

Recomendação Técnica: Mínimo de 80 metros de distância do prédio

industrial.

2.6- SALA DE MATANÇA:

2.6.1 – Bloqueio Sanitário: O bloqueio sanitário é afuncional, pois não havia

acionamento de água para o lava botas e para o lava mãos.

Recomendação Técnica: Apresentar bloqueio sanitário com lavador de botas

automático e piso para lavagem das mãos e torneira acionada a pedal, com os

respectivos dispersores de produtos de limpeza, autorizados para tal fim, que

seja isolado das áreas externa e interna através de portas de material

recomendado pelo o Serviço de Inspeção Oficial.

Os operários que trabalham na indústria de produtos de origem animal devem

ser portadores de carteiras de saúde fornecidas por autoridade sanitária oficial

e devem apresentar condições de saúde e ter hábitos de higiênicos e todos os

funcionários que trabalham na área de manipulação de alimentos devem estar

uniformizados e calçados adequadamente, protegidos e com cabelos cobertos

e sem adornos.

2.6.2 – Box de Atordoamento: O Box de atordoamento é incompatível

para o atordoamento dos animais.

Recomendação Técnica: O Box de atordoamento deverá ser de inox ou

qualquer outro material recomendado pela legislação vigente, sendo afastado

da sala de abate e possuir ralo central abaixo da grade para facilitar o

escoamento das águas servidas. Deverá possuir uma grade metálica resistente

de tubos galvanizados.

2.6.3 – Método de Atordoamento: no estabelecimento era utilizada uma

marreta para tal procedimento o qual não é aceito por ser de uso proibido e em

total desacordo com normas que estabelece o abate humanitário.

Recomendação Técnica: o estabelecimento deverá possuir insensibilizador

pneumático para bovinos com intensidade não inferior a 250 miliamperes e por

tempo suficiente para que produza a inconsciência temporária do animal.

2.6.4– Instalações:

A sala de abate possui as paredes revestidas com lajotas danificadas e o piso

feito de material resistente (cimento), no entanto possuía áreas danificadas

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vale ressaltar que este tipo de piso dificulta a higienização do mesmo. A junção

da parede com o piso não possui cantos vivo, os equipamentos são

inadequado para a finalidade que se propõem as lâmpadas não possuem

protetor, estavam bastante sujas.

Recomendação Técnica: Dispor de pé direito mínimo exigido de 7 metros da

sangria a linha do matambre, com trilhamento a altura de 4,25. As paredes

devem ser impermeabilizadas com azulejos. Os ângulos entre a parede e o

piso devem ser arredondados. A iluminação artificial deve ser com lâmpadas

frias, com proteção contra rompimento. A canaleta de sangria deve ser

construída de modo a aparar o sangue, sem que este se polua com o vômito

(em alvenaria, impermeabilizado com reboco de cimento alisado, apresentando

uma mureta mais elevada para deslizamento da cabeça, evitando assim que o

vômito polua o sangue). O piso deve ser construído em material de alta

resistência. As instalações elétricas poderão ser embutidas ou estar

perfeitamente recobertas por canos isolantes e apoiadas nas paredes e tetos,

não se permitindo cabos pendurados sobre as áreas de manipulação de

alimentos.

2.6.5 – Inspeção Ante e Pós Morten: Não foi possível devido a não realização

do abate.

Recomendações Técnicas: a inspeção deve ser efetuada rotineiramente nos

animais abatidos, através do exame macroscópico das seguintes partes e

órgãos: conjunto cabeça-língua, superfície externa e interna da carcaça,

vísceras torácicas, abdominais e pélvicas e nodos-linfáticos das cadeias mais

facilmente atingíveis nas circunstâncias que caracterizam o desenvolvimento

dos trabalhos industriais.

Os exames realizados nas “Linhas de Inspeção” são da

responsabilidade exclusiva da Inspeção Oficial. São executados por auxiliares

de inspeção, devidamente adestrados na rotina deste serviço e possuindo

sobre a matéria conhecimentos teóricos. Trabalham sob a supervisão do

Médico Veterinário Inspetor, que é também o responsável pelo o Departamento

de Inspeção Final e pelo cumprimento das medidas higiênico-sanitária.

2.6.6 – Lavagem de Carcaças: Não observado.

Recomendação Técnica: dispor de local próprio para a lavagem das

carcaças, em área isolada, com plataformas. A lavagem deverá ser feita com

jatos d’água a temperatura de 38º C e sob uma pressão mínima de 3 atm. Com

mangueira de pressão, lavando de cima para baixo, para que os respingos não

venham entrar em contato com as carcaças da sala de matança.

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2.7- SEÇÃO TRIPARIA E BUCHARIA

2.7.1 – instalações: não foi observado.

Recomendações Técnicas: dispor de salas de processamento das vísceras

separadas, a fim de evitar o contra fluxo. Os acessos às salas de vísceras e a

sala de abate devem ser independentes, evitando o contra fluxo. Dispor de sala

exclusiva para vísceras brancas, dividida em área limpa e suja; sala exclusiva

para vísceras vermelhas e carne de cabeça; sala exclusiva para mocotós, com

aparelho para retirada dos pelos e retirada dos cascos, todas com óculos

independentes.

3. Natureza do piso (mencionar sobre declives, ralos, canaleta), forro, paredes e seus revestimentos, janelas teladas, portas e pátios externos: 3.1 Na área externa: chão de terra e coberto por mato em toda sua

extensão.

3.2 Na área industrial: Piso de cimento e danificado, sem forro, parede com revestimento cerâmico e danificado na altura acima de dois metros, portas de inox e ralos sem proteção.

4. Ventilação e iluminação (artificial e natural): 4.1 Na sala de beneficiamento:

Ventilação artificial: Inexistente.

Ventilação natural: Insatisfatória.

Iluminação natural: Insatisfatória.

Iluminação artificial: Insatisfatória.

4.2 Na área de recepção (considerar recepção os currais): Ventilação natural: currais ao ar livre

Ventilação artificial: não se aplica

Iluminação natural: currais ao ar livre

Iluminação artificial: luminárias suficientes para inspeção dos animais em horários noturnos ou de pouca luminosidade

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NATUREZA DE ESTRUTURA, EQUIPAMENTOS E UTENSÍLIOS.

1. Recepção: Ver item 2.1

2. Sala de Beneficiamento: – Equipamentos: Os equipamentos e utensílios nas áreas de manipulação

de alimentos estão bastante desgastados. O estabelecimento dispõe de

trilhagem aérea, plataforma, não possui chutes, e nem carrinhos

transportadores e mesas para evisceração.

Recomendação Técnica: Todos os equipamentos e utensílios nas áreas

de manipulação de alimentos devem ser de materiais que não transmitam

substâncias tóxicas, odores e nem sabores, e sejam não absorventes e

resistentes a corrosão e capazes de resistir a repetidas operações de

limpeza e desinfecção. Deve ser evitado o uso de madeira e outros

materiais que não possa se limpar e desinfetar adequadamente. Os

equipamentos e utensílios empregados para materiais não comestíveis ou

resíduos devem ser marcados com a indicação do seu uso e não podem ser

usados para produtos comestíveis. Os recipientes para material não

comestível e resíduo devem estar construídos de metal ou qualquer outro

material não absorvente, que facilite a limpeza e eliminação do conteúdo, e

suas estruturas e vedações tem de garantir que não ocorram perdas ou

emanações de odores.

Para assegurar a higiene normal e consequentemente, prevenir

contaminações da carne, as pias devem ser distribuídas na sala de

matança, critério do serviço de inspeção oficial, em pontos que atendam

convenientemente as diversas áreas. São de instalação obrigatória nos

seguintes locais: nas entradas de sala de matança, nas saídas dos

gabinetes sanitários adjacentes, junto à mesa de inspeção, nas áreas do

matambre e da sangria, sendo que nestes dois locais serões do modelo

fundo, que permite a lavagem dos braços e antebraços dos funcionários, na

área de esfola aérea (colocadas na própria plataforma). As pias dos

gabinetes sanitários e das entradas das seções serão providas de

saboneteira de sabão líquido e abastecidas com toalhas não reutilizáveis e

respectivo depósito com tampa movida de pedal.

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Dispor de trilhamento aéreo com altura mínima de 5,25 metros no ponto da

sangria de forma a assegurar no mínimo, uma distância de 0,75 metros da

extremidade inferior do animal (focinho) ao piso. Para a trilhagem baixa, a

altura deverá ser de 4 metros, no mínimo, para a comodidade e eficiência

de evisceração.

Dispor de chute próximo ao rolete de retirada da pele; lavador de cabeças

na sala de abate; e carrinhos em inox para transporte de produtos

comestíveis e não comestíveis.

Seção de bucharia – Não existe no estabelecimento.

Recomendação Técnica: dispor de todos os equipamentos necessários para

se fazer as operações de beneficiamento dos miúdos ainda na indústria, de

material de fácil limpeza e conservação (centrífuga para bater buchos, tanques

em inox, desarticulador de cabeça, mesa inox, pias com esterilizadores,

gancheiras, carrinho transportador, dentre outros).

3. Sala de embalagem: Não Possui sala de embalagem.

Recomendação técnica: realizar a carimbagem das carcaças com tinta

apropriadas para este fim. Aplicara a etiqueta lacre de segurança nos cortes

primários (quarto de carcaça) e corte secundário do traseiro de bovinos e

bubalinos.

4. Câmaras frigoríficas: Não possui câmara frigorífica.

Recomendações Técnica: dispor de instalações de frio com câmaras e

antecâmaras que se fizerem necessárias em número e com área suficiente

segundo a capacidade do estabelecimento. As câmaras frigoríficas devem

estar adequadamente localizadas, pois as matérias-primas e os produtos

acabados devem ser armazenados e transportados em condições tais que

impeçam a contaminação e/ou proliferação de microorganismos e protejam

contra a alteração do produto. Os estabelecimentos de abate de bovinos,

bubalinos e suínos, somente poderão entregar carnes e miúdos (vísceras),

para comercialização, com temperatura de até 7ºC (sete graus centígrados)

no íntimo de sua musculatura.

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5. Outras informações de interesse: - EXPEDIÇÃO: Não há plataforma e instalações de expedição

Recomendação Técnica: dispor de dependências específicas para a

finalidade, com climatização e atracadores para os caminhões.

- GRAXARIA

Não Dispõe de graxaria

Recomendação Técnica: Dispor de local apropriado para o destino do

resíduo gerado pelo abate dos animais.

- CALDEIRA

O estabelecimento não dispõe de caldeira.

Recomendação Técnica: Item indispensável nas instalações de abate,

utilizada tanto para a higienização e esterilização quanto para o

beneficiamento de produtos de bucharia e triparia. Sendo necessário o

monitoramento da Pressão atmosférica, temperatura e tempo em que o

produto é processado.

TÉCNICA DE HIGIENIZAÇÃO DO EQUIPAMENTO E INSTALAÇÕES.

Não observado.

- LAVAGEM E DESINFECÇÃO DE VEÍCULOS

Não observado.

Recomendação Técnica: dispor de instalações e aparelhagem apropriado a

limpeza e desinfecção de veículos destinados ao transporte de animais,

localizado o mais próximo possível ao local do desembarque, com piso

impermeável e esgoto independente dos efluentes da indústria com instalação

de água sob pressão mínima de 3 atmosfera. Deverá possuir dependência

destinada a guarda do material empregado nessa operação.

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SEQUÊNCIA DOS TRABALHOS.

No momento da vistoria o estabelecimento não realizou o abate.

VESTIÁRIO E INSTALAÇÃO SANITÁRIA.

Existentes, porém despadronizados.

Recomendação Técnica: recomenda-se que sejam construídos vestiários em

número suficiente para a quantidade de funcionários e divididos em masculinos

e femininos e completamente separados das áreas de manipulação de

alimentos, sem acesso direto e nenhuma comunicação com estas das

instalações de abate.

1. Existência de armários para guarda roupas: Inexistente.

AGUÁ DE ABASTECIMENTO.

Não foi observada a realização de cloração de água e nem a presença

de bomba dosadora de cloro. Ressaltamos que á água de abastecimento

ocorre através de (01) um poço abandonado sem tampa o qual não oferece

qualquer condições que assegure a potabilidade da água.

Recomendação Técnica: A água deve ser de origem de poços artesianos

profundos com certificação através de exames físico-químicos e

microbiológicos. Devem ser utilizados de reservatórios impermeáveis, limpos e

higienizados em períodos pré-programas pelo Serviço de Inspeção Oficial.

Deverá possuir dosadores de cloro para garantia de controle de

microorganismos.

1. Procedência: Poço inadequado

2. Qualidade (observar resultados recentes de análises laboratoriais) e tratamento:

Não observado.

3. Quantidade: Não observado.

4. Higienização dos depósitos: Não observado.

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DESTINO DOS EFLUENTES LÍQUIDOS E SÓLIDOS.

Os resíduos líquidos são lançados a céu aberto.

Recomendação Técnica: todo frigorífico deverá dispor de tratamento de seus

efluentes, detalhado de acordo com a produção, em projeto previamente

aprovado pelo órgão fiscalizador competente, o qual irá analisar e repassar as

devidas licenças para anexar aos documentos para continuidade do processo

de registro do Serviço de Inspeção Oficial. Vale salientar que o tratamento

deverá ser realizado de forma adequado, para os mananciais não serem

contaminados.

1. Rede de esgoto das águas residuais, tratamento (caixa de sedimentação, etc.) e local onde são lançadas (rios, igarapés ou rede pública):

Os dejetos líquidos saem da sala de abate diretamente para a superfície do solo.

2. Rede de esgoto sanitário e destinos (rede pública, fossa séptica, etc.). Não observados.

3. Materiais sólidos, proveniente de descartes do estabelecimento (natureza, processamento, destino, etc.).

4. Não observados.

SEDE DA INSPEÇÃO SANITÁRIA

Durante a inspeção sanitária pudemos observar que este setor estava abandonado, caracterizando ausência total do Médico Veterinário e auxiliar de inspeção.

DEPÊNCIAS INDUSTRIAIS, ADMINISTRATIVAS E SOCIAIS:

- DEPENDÊNCIAS ADMINISTRATIVAS

Não existem setores administrativos.

Recomendação Técnica: Recomenda-se a pavimentação das vias de acesso

de veículos e área de acesso dos funcionários da área administrativa para a

sala de abate.

APLICAÇÃO DAS BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO (BPF)

Não foi observada.

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Recomendação Técnica: estabelecer os requisitos gerais (essenciais) de

higiene e de boas práticas de elaboração a que deve atender todo

estabelecimento que pretenda atender alimentos aptos para o consumo

humano. Confeccionar o manual de BPF e aplicar na indústria, contendo todas

as planilhas para o controle industrial.

Deverá ser aplicado um programa eficaz e contínuo de combate a pragas. O

estabelecimento e as áreas circundantes deverão ser inspecionados

periodicamente, de forma a diminuir ao mínimo os riscos de contaminação. As

medidas de combate, que compreendem o tratamento com agentes químicos

e/ou biológicos autorizados, e físicos, só podem ser aplicados sob supervisão

direta de pessoas que conheçam profundamente os riscos que estes agentes

podem trazer a saúde. Somente deverá ser aplicados praguicidas se não for

possível aplicar com eficácia outras medidas de precaução.

VOLUME DE ABATE

Não se obteve relatórios de animais abatidos na Secretária de Agricultura do

Município.

Não se obteve o Mapa de Condenações durante o abate na Secretária de

Agricultura do Município.

Dada à importância de inúmeras zoonoses frisamos que é de suma importância

a presença permanente do médico veterinário oficial durante toda linha de

inspeção do abate desses animais.

6. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL:

Nenhum estabelecimento industrial ou entreposto de produtos de origem

animal poderá funcionar no país, sem que esteja previamente registrado, na

forma de regulamentação e demais auto complementares, que venham a ser

baixados pelos Poderes Executivos da União, dos Estados, dos Territórios e do

Distrito Federal (Art. 7° da Lei Federal n° 1.283, de 18/12/1950).

Entende-se por estabelecimento de produtos de produtos de origem

animal, qualquer instalação ou local nos quais são abatidos ou industrializados

animais produtores de carnes, bem como onde são recebidos, manipulados,

elaborados, transformados, preparados, conservados, armazenados,

depositados, acondicionados, embalados e rotulados com finalidade industrial

ou comercial, a carne e seus derivados, a caça e seus derivados, o pescado e

seus derivados, o leite e seus derivados, o ovo e seus derivados, o mel e a

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cera de abelha e seus derivados e produtos utilizados em sua industrialização

(Art. 8° do decreto n° 30.691, de 29/03/1952).

Não será autorizado o funcionamento de estabelecimento de produtos

de origem animal sem que esteja completamente equipado para a finalidade a

que se destine (Art. 32° do decreto n° 30.691, de 29/03/1952).

Está sujeitos o registro, dentre outros estabelecimentos: os matadouro-

frigorífico, matadouros, matadouros de aves e pequenos animais, charqueadas,

fábricas de produtos suínos, fábricas de conservas, fábrica de produtos

gordurosos, entrepostos de carnes e derivados e fábricas de produtos não

comestíveis (Art. 52° do decreto n° 30.691, de 29/03/1952).

Há necessidade da análise laboratorial da água (padrões físico-químicos

e microbiológicos) para atestar a potabilidade da mesma e consequentemente

a possibilidade de uso da mesma no funcionamento do empreendimento (Art.

62° do decreto n° 30.691, de 29/03/1952).

Os produtos de origem animal destinados à alimentação humana só

podem ser acondicionadas ou embaladas em recipientes ou continentes que

venham ser aprovados pelo Serviço de Inspeção Oficial (Art. 790° do decreto

n° 30.691, de 29/03/1952).

Todos os produtos de origem animal entregues ao comércio devem estar

identificados por meio de Rótulos registrados, aplicados sobre as matérias-

primas, produtos, vasilhames ou continentes querem quando diretamente

destinados ao consumo público, quer quando se destinem a outros

estabelecimentos que os vão beneficiar (Art. 794° do decreto n° 30.691, de

29/03/1952).

O Art. 4°, da Lei Federal n° 7.889, de 23/11/1989, consta que são

competentes para realizar a fiscalização, sob o ponto de vista da inspeção

industrial e sanitária dos produtos de origem animal:

a) O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, nos

estabelecimentos industriais especializados e nas propriedades

rurais com instalações adequadas para a matança de animais e o

seu preparo ou industrialização; nos entrepostos de recebimento e

distribuição de pescados e nas fábricas que industrializam, nas

usinas de beneficiamento de leite, nas fábricas de laticínios, nas

propriedades rurais, nos postos de resfriamento de leite, nos

entrepostos de ovos e nas fábricas de produtos e derivados, nos

entrepostos de maneira geral e nas casas atacadistas e

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estabelecimentos varejistas – que façam comércio interestadual ou

internacional;

b) As secretarias de Agricultura dos Estados, do Distrito Federal e dos

Territórios, nos estabelecimentos acima mencionados e que façam

comércio intermunicipal;

c) As Secretarias ou Departamentos de Agricultura dos municípios nos

estabelecimentos supracitados e que façam apenas comércio

municipal;

d) Os órgãos de saúde pública dos Estados, do Distrito Federal e dos

Territórios, nas casas atacadistas e estabelecimentos varejistas.

As relações de consumo tem por objetivo o atendimento das

necessidades dos consumidores, ao respeito a sua dignidade, saúde e

segurança, a proteção de seus interesses econômicos, a melhoria da sua

qualidade de vida, bem como a transparência e harmonia das relações de

consumo (Art. 4° da Lei Federal n° 8.078, de 11/09/1990).

São direitos básicos do consumidor, dentre outros: a proteção à vida,

saúde e segurança contra os riscos provocados por práticas no fornecimento

de produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos; a informação

adequada e clara sobre diferentes produtos e serviços, com especificação

correta da quantidade, características, composição, qualidade e preço, bem

como sobre os riscos que apresentam (Art. 6°, inciso I da Lei Federal n°

8.078, de 11/09/1990).

Os produtos e serviços colocados no mercado de consumo não

acarretarão riscos a saúde ou a segurança dos consumidores, exceto os

considerados normais e previsíveis em decorrência a sua natureza e função,

obrigando-se os fornecedores, em qualquer hipótese, a dar as informações

necessárias e adequadas a seu respeito (Art. 8° da Lei Federal n° 8.078, de

11/09/1990).

É vedado o fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras práticas

abusivas, prevalecer-se da fraqueza ou ignorância do consumidor, tendo em

vista a sua idade, saúde, conhecimento ou condição social, para impingir-lhe

seus produtos ou serviços; colocar no mercado de consumo, qualquer produto

ou serviço em desacordo com as normas expedidas pelos os órgãos oficiais

competentes ou, se normas específicas não existirem, pela Associação

Brasileira de Normas Técnicas ou outra entidade credenciada pelo Conselho

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Nacional de Metrologia, Normatização e qualidade Industrial – Cronômetro

(Art. 39° da Lei Federal n° 8.078, de 11/09/1990).

Os objetivos da política agrícola consistem, entre outros, em proteger o

meio ambiente, garantindo o seu uso racional e estimar a recuperação dos

recursos naturais (Lei Federal n° 8.171, de 17 de Janeiro de 1991).

O adequado abastecimento alimentar é condição básica para garantir a

tranquilidade social, a ordem pública e o processo de desenvolvimento

econômico e social (Lei Federal n° 8.171, de 17 de Janeiro de 1991).

Os resíduos líquidos, sólidos e gasosos ou em que qualquer estado de

agregação da matéria, provenientes de fontes poluidoras, somente poderá ser

lançado ou liberado, direta ou indiretamente, nos recursos ambientais situados

nos território do Estado, desde que obedecidas às normas e padrões

estabelecidos na legislação vigente (Lei Estadual n° 5.887, de 09 de Maio de

1995).

O produto do abate não deve se deteriorar em razão de manipulação

inadequada na cadeia da distribuição. A evolução do processo tecnológico é

necessária à produção animal, a industrialização e a comercialização de carne;

as carnes e vísceras bovinas, bubalinas e suínas, somente poderão sair do

matadouro frigorífico após atingir a temperatura mínima de 7° C (Portaria n°

304 do Ministério da Agricultura, de 22 de Abril de 1996).

Há necessidade de padronizar os processos de elaboração dos produtos

de origem animal, através do regulamento técnico sobre as condições

Higiênico-Sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação para os

estabelecimentos elaborados/industrializadores de alimentos (Portaria n° 368,

de 04 de Setembro de 1997).

A inspeção industrial e sanitária de produtos de origem vegetal e animal,

bem como a dos insumos agropecuários, será gerida de maneira que os

procedimentos e a organização da inspeção se façam por métodos

universalizados e aplicados equitativamente se façam por métodos

universalizados e aplicados equitativamente em todos os estabelecimentos

inspecionados (Lei Federal n° 9.712, de 20/11/1998).

Ao servidor da ADEPARÁ compete interditar, por descumprimento de

medida sanitária, profilática ou preventiva, estabelecimento público ou

particular, e proibir o trânsito de animais em desacordo com a regulamentação

sanitária (Art. 13°, inciso XXVIII do Decreto Estadual n° 0393 de

11/09/2003).

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A inspeção de produtos de origem animal será procedida, entre outros,

nos estabelecimento industrial especializado, tais como: matadouros,

matadouros frigoríficos e indústrias afins estabelecidos em áreas urbanas e

rurais, e nas propriedades rurais dotadas de instalações adequadas para abate

de animais e preparação e/ou industrialização da carne e derivados, sob

qualquer forma, destinados ao consumo humano (Art. 2° da Lei Estadual n°

6.679 de 10 de Agosto de 2004).

A execução das atividades inerentes à inspeção industrial e sanitária de

produtos de origem animal cria o Serviço de Inspeção Estadual – SIE/PA,

diretamente subordinada a Gerência de Inspeção de Produtos de Origem,

Animal – GPOA, regulada pela Agência Estadual de Defesa Agropecuária do

Estado do Pará – ADEPARÁ, e será gerenciado por um Médico Veterinário

Oficial (Art. 3° da Lei Estadual n° 6.679 de 10 de Agosto de 2004).

A ADEPARÁ, no âmbito de sua competência, juntamente com os órgãos

estaduais e municipais responsáveis pela vigilância sanitária, no âmbito de

suas competências legais, deverão unir esforços com a finalidade de combater

o abate clandestino de animais destinados ao consumo da população e sua

industrialização, podendo, para tanto, requisitar força policial (Art. 3° § 2° da

Lei Estadual n° 6.679 de 10 de Agosto de 2004).

Há exigências técnicas para a concessão de registro do Serviço de

Inspeção Estadual/SIE a estabelecimentos industriais que beneficiem produtos

de origem animal, entre elas: apresentar as licenças pertinentes a Secretaria

Estadual de Meio Ambiente, no que diz respeito à localização, ao tratamento e

destino de seus efluentes líquidos e sólidos, e a Secretaria de Estado de Saúde

Pública (SESPA), no que se refere às atividades do estabelecimento, com

relação à saúde pública, na área de abrangência (Art. 9° § 1°da Lei Estadual

n° 6.679 de 10 de Agosto de 2004).

O desempenho das atribuições concernentes à defesa sanitária animal

permite interditar áreas públicas ou privadas, proibir e interromper o trânsito,

comércio, utilização de animais, produtos e subprodutos de origem animal e de

outros produtos e materiais que constituam risco de disseminação de doenças

ou estejam em desacordo com as exigências legais (Art. 4°, inciso VIII, da Lei

Estadual n° 6.712 de 14 de Janeiro de 2005).

Os servidores da ADEPARÁ, devidamente identificados e em pleno

exercício de suas atividades, terão livre acesso as propriedades rurais, ao

estabelecimento que comercializem produtos de uso veterinário, processem

produtos de origem animal, realizem aglomeração de animais e quaisquer

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outros estabelecimentos que representem prejuízos ou riscos aos programas

de defesa sanitária animal (Art. 10° da Lei Estadual n° 6.712 de 14 de

Janeiro de 2005).

A realização de controle oficial não exime os participantes da cadeia

produtiva da responsabilidade legal e principal de garantir a saúde dos animais,

a sanidade dos vegetais, a segurança, a qualidade e a identidade dos produtos

de origem animal e vegetal e dos insumos agropecuários, nem impede a

realização de novo controle ou isenta da responsabilidade civil ou penal

decorrente do descumprimento de suas obrigações (decreto n° 5.741, de

30/03/2006).

É de competência privativa do Médico Veterinário Oficial, dentre outras

atividades, a inspeção e a fiscalização sob o ponto de vista sanitário, higiênico

e tecnológico dos produtores/industrializadores de produtos de origem animal

(Art. 5°, alínea F, da Lei Federal n° 5.517 de 23 de Outubro de 1968).

CONCLUSÃO

Em atenção à requisição de V. Exa. a o que tange o imóvel onde funciona o Matadouro Municipal de Itupiranga-PA e cumprindo o que foi determinado constatamos que: As condições do Matadouro Municipal contrariam o Código do Consumidor e as normas de saúde pública, o prédio onde abriga o Matadouro Municipal, NÃO ATENDE A LEGISLAÇÃO EM VIGOR relacionada aos quesitos de higiene e tecnologia de abates. O estabelecimento é oficializado com inspeção do Serviço de Inspeção Municipal, vinculado a Secretária de Agricultura Municipal, no qual durante visita in loco não havia representantes para esclarecimentos sobre a inspeção e controle dos animais abatidos no que se refere aos Mapas de abate diário tal como Mapas de condenação de animais abatidos e ausência do Médico Veterinário responsável pelo abate. Porém os animais estavam apostos para serem abatidos mesma sem a presença do Médico Veterinário. Não bastante o estabelecimento que abate bovinos utiliza água não potável;

desrespeita a legislação vigente referente ao (abate humanitário); evidenciando

total desorganização e descumprimento da legislação vigente no sentido de

garantir à oferta de alimentos inócuos a população; o prédio está muito próximo

do rio; currais de bovinos estão situados muito próximos da sala de matança (

Legislação preconiza distância de 80 metros); não há sala própria para

depósito de vísceras; não há sala própria para bucharia e triparia; Não há

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canaleta de sangria para o escoamento adequado do sangue; caldeira para

produção de vapor e água quente; pistolas pneumáticas para insensibilização

de bovinos; os abates não são realizados sob a supervisão de um médico

veterinário; não há qualquer tipo de inspeção ante ou post morte. Existindo

assim risco considerável de transmissão de zoonoses aos consumidores de tal

forma que o mesmo deve ser interditado imediatamente com fechamento

definitivo. .

A ADEPARÁ coloca-se a disposição para quaisquer esclarecimentos.

Belém – PA, 31 de março de 2014.

___________________________________________________

Assinatura e Carimbo do Profissional Responsável

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Assinatura e Carimbo do Profissional Responsável

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ANEXOS

NOME DO ESTABELECIMENTO: MARCHANTARIA UNIÃO.

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ANEXOS

NOME DO ESTABELECIMENTO: MARCHANTARIA UNIÃO.

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ANEXOS

NOME DO ESTABELECIMENTO: MARCHANTARIA UNIÃO.

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ANEXOS

NOME DO ESTABELECIMENTO: MARCHANTARIA UNIÃO.