Laudo Tecnico de Identificacao e Caracterizacao Dos Processos Erosivos Dos Taludes Riparios Do Rio Tijucas Em Sjb

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  • LAUDO TCNICO DE IDENTIFICAO E CARACTERIZAO DOS

    PROCESSOS EROSIVOS DOS TALUDES RIPRIOS NO MUNICPIO DE

    SO JOO BATISTA/SC

    Execuo:

    Associao Caminho das guas do Tijucas (CAT)

    Equipe tcnica:

    Biloga Janaina SantAna Maia

    Gegrafa Catarina Cristina Brbara de Siqueira Meurer

    Biloga Aline Luiza Tomazi

    Bilogo Zenir Dionei Atanazio

  • Associao Caminho das guas do Tijucas - CAT

    Rua Jos Manoel Reis, n 100, Centro, Tijucas/SC. CEP 88.200-000. Fone (48) 3263-6563 e-mail: [email protected]

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    Responsveis Tcnicos

    Dr Janaina SantAna Maia

    Biloga Mestre em Sensoriamento Remoto, Doutora em Engenharia Ambiental.

    CRBio3: 75.522

    Tel.: (48) 32636563 / (48) 96046493

    E-mail: [email protected]

    MSc. Catarina Cristina Brbara de Siqueira Meurer

    Gegrafa Mestre em Cincias de Tecnologia Ambiental

    Tel.: (48) 32636563 / (47) 99350887

    E-mail: [email protected]

    Aline Luiza Tomazi

    Biloga Mestranda em Ecologia/UFSC

    CRBio3: 63.946

    Tel.: (48) 32636563 / (48) 99980201

    E-mail: [email protected]

    Zenir Dionei Atanazio

    Bilogo

    CRBio3: 25.373

    Tcnico Agrimensor

    CREA/SC: 108.667-3

    Tel.: (48) 32636563

    E-mail: [email protected]

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    1. APRESENTAO

    Os processos erosivos riprios em So Joo Batista tm se agravado com as ltimas

    cheias de 2008 e 2011, provocando massivos deslizamentos de terra, com perda de solo e

    assoreamento dos rios. Por conseguinte, inmeros prejuzos econmicos so evidenciados,

    ocasionando a preocupao principalmente da populao ribeirinha local (CORREIO

    CATARINENSE, 2011; NOTCIAS DO DIA, 2011).

    Segundo a percepo dos moradores locais, o municpio apresenta pontos de

    extrao de areia no leito dos rios realizada de maneira irregular, sendo a principal causa da

    desestabilizao do talude e intensificao do processo erosivo riprio (SCHETTINI, 1998;

    NOTCIAS DO DIA, 2011).

    De fato, a reivindicao sobre a averiguao das atividades econmicas de extrao

    mineral na regio de longa data. A mesma se intensifica com o estabelecimento do Termo

    de Ajuste de Conduta (TAC) para Extrao de Areia, Argila e Saibro no Vale do Rio

    Tijucas, firmado em 2 de agosto de 2005, onde desde ento, alguns membros do Comit de

    Gerenciamento da Bacia Hidrogrfica do Rio Tijucas tm a percepo de que a atividade

    no segue as prerrogativas do TAC em relao Extrao de Areia em Leito de Rio,

    mesmo que este tenha dado origem Instruo Normativa No 07 da FATMA (FATMA,

    2011).

    Recentemente a populao batistense, representada principalmente por agricultores

    e vereadores, procurou o apoio do Comit de Gerenciamento da Bacia Hidrogrfica do Rio

    Tijucas na busca de diretrizes para o ordenamento das atividades econmicas junto s

    margens do Rio Tijucas, de maneira a solucionar os conflitos existentes e evitar o aumento

    da eroso ripria no municpio.

    Esta reivindicao se evidenciou durante o 1o Seminrio sobre Mata Ciliar do

    Comit da Bacia Hidrogrfica do Rio Tijucas, realizado no dia 14 de setembro de 2011 em

    Tijucas. Este Seminrio foi aberto comunidade, contando com a participao de 108

    pessoas. O mesmo teve por objetivo principal promover o debate em relao s matas

    ciliares. Entre os palestrantes convidados estiveram presentes o Promotor do Centro de

    Apoio Operacional do Meio Ambiente do Ministrio Pblico de Santa Catarina Dr. Lus

    Eduardo Couto de Oliveira Souto, o Engenheiro Florestal da Associao de Preservao do

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    Meio Ambiente e da Vida Leandro da Rosa Casanova e a biloga da Associao Caminho

    das guas do Tijucas Dra. Janaina SantAna Maia. Ao final, em debate aberto, ficou

    evidente o anseio dos presentes quanto a uma soluo para a questo da eroso ripria no

    municpio de So Joo Batista (COMIT TIJUCAS, 2011).

    A partir deste episdio, o Comit de Gerenciamento da Bacia Hidrogrfica do Rio

    Tijucas reunido em Assemblia Geral Ordinria no dia 9 de novembro de 2011

    comprometeu-se a realizar um estudo capaz de indicar as causas da eroso ripria

    evidenciada nos ltimos anos em So Joo Batista, assim como propor medidas mitigadoras

    ao conflito. Esta deciso foi apresentada e aprovada tambm pela populao local na

    Assemblia Pblica promovida pela Cmara de Vereadores de So Joo Batista em 30 de

    novembro de 2011, a qual contou com a participao de 58 pessoas.

    Diante do exposto e considerando a inexistncia de estudos in loco sobre os

    processos erosivos em So Joo Batista, o Comit de Gerenciamento da Bacia Hidrogrfica

    do Rio Tijucas por intermdio de sua representante jurdica, a Associao Caminho das

    guas do Tijucas elaborou o presente Laudo Tcnico como instrumento de mitigao de

    conflitos at que se realizem estudos especficos para o ordenamento das atividades

    econmicas envolvidas na questo.

    1.1 Objetivo

    O objetivo do presente Laudo Tcnico identificar e caracterizar os processos

    erosivos dos taludes do Rio Tijucas no municpio de So Joo Batista e recomendar a(s)

    conduta(s) mais adequada(s) com relao s principais atividades econmicas presentes na

    rea analisada que estejam inseridas no contexto do conflito aqui apresentado.

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    2 - CARACTERIZAO DA REA ESTUDADA

    2.1 Localizao Geogrfica

    O Municpio de So Joo Batista foi fundado em 1958 e possui uma populao de

    26.260 habitantes (IBGE, 2010), localiza-se prximo ao litoral de Santa Catarina, com rea

    de 204 km e est inserido no contexto geogrfico da Bacia Hidrogrfica do Rio Tijucas

    (BHRT), na rea de atuao do Comit de Gerenciamento da Bacia Hidrogrfica do Rio

    Tijucas (Comit Tijucas) (Figuras 1 e 2) (SANTOS, 2009).

    Fonte: Santos (2009)

    Figura 1 rea de atuao do Comit Tijucas.

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    Fonte: Santos (2009)

    Figura 2 Mapa poltico da Bacia Hidrogrfica do Rio Tijucas e diviso regional.

    2.2 Aspectos Gerais

    As caractersticas climticas da regio em relao s mdias anuais de temperatura

    so de 20,65C, de 82,20% de umidade relativa do ar e precipitao anual total de 1.600

    mm. Os relevos predominantes so forte-ondulado e montanhoso e os solos so rasos a

    mediamente profundos, apresentando baixa disponibilidade de nutrientes e desenvolvidos a

    partir de rochas granticas e xistos. Os ecossistemas predominantes so a Floresta Tropical

    Atlntica (Floresta Ombrfila Densa) e as Florestas de Araucrias (Floresta Ombrfila

    Mista) (SANTA CATARINA, 2006).

    A Bacia Hidrogrfica do Rio Tijucas, com uma rea de drenagem de 2.420 km, a

    maior da Regio Hidrogrfica 8 (RH8) Litoral Centro do estado de Santa Catarina. O rio

    tem sua foz no Atlntico, junto cidade de Tijucas e seus principais afluentes so os rios

    Oliveira, Moura, Alto Brao, Boa Esperana, Engano, Bonito e Garcia (MUOZ;

    CASAGRANDE, 2008). De acordo com o Panorama dos Recursos Hdricos de Santa

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    Catarina, apenas duas das 21 Bacias Hidrogrficas do estado esto em situao de

    sustentabilidade considerada adequada, sendo a bacia do Rio Tijucas uma delas (SANTA

    CATARINA, 2007).

    A Bacia Hidrogrfica do Rio Tijucas est includa entre as reas Prioritrias para a

    conservao, sendo classificada como rea de prioridade extremamente alta pela

    biodiversidade e predomnio de ecossistemas em extino como a Mata Atlntica e a Mata

    de Araucrias (SANTA CATARINA, 2006). A regio possui Comit de Bacias criado em

    2001, responsvel pela gesto da gua na Bacia do Rio Tijucas e em quatro bacias

    contguas.

    A rea de abrangncia do Comit Tijucas formada por 13 municpios (Angelina,

    Bigua, Bombinhas, Canelinha, Governador Celso Ramos, Itapema, Leoberto Leal, Major

    Gercino, Nova Trento, Porto Belo, Rancho Queimado, So Joo Batista, Tijucas) que

    possuem trs realidades scio-antropolgicas diferentes devido s caractersticas

    geogrficas, culturais, econmicas e ambientais dessas regies, permitindo estratificar a

    bacia em Baixo (BVRT), Mdio (MVRT) e Alto Vale do Rio Tijucas (AVRT) (Figura 2)

    (SANTOS et al., 2006; SANTOS, 2009).

    O Municpio de So Joo Batista est inserido no MVRT, cuja colonizao

    predominante a italiana, com presena de cultura caracterstica e fabricao artesanal de

    produtos coloniais. A regio apresenta um plo industrial de calado e cermica

    caracterizados pela forte expanso industrial das ltimas dcadas, porm os traos agrcolas

    ainda permanecem (SANTOS, 2009).

    2.3 Caracterizao dos conflitos levantados

    Os problemas encontrados na bacia, em geral, so localizados e ocorrem de acordo

    com as caractersticas sociais e ambientais de cada regio. No Mdio Vale, os problemas

    ambientais so resultantes da Indstria Caladista e das Indstrias de Artefatos de

    Cermica, tais como tijolos e telhas (Cermicas Vermelhas), alm da extrao mineral, que

    causam poluio e degradao dos recursos naturais. A indstria no possui plano de

    desenvolvimento que considere a bacia hidrogrfica como unidade de planejamento

    (SANTOS, 2009).

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    A atividade de extrao mineral possui um plano de explorao definido por um

    Termo de Ajuste de Conduta (TAC) para Extrao de Areia, Argila e Saibro no Vale do

    Rio Tijucas. O acordo foi firmado entre o Ministrio Pblico e diversas entidades da regio

    como prefeituras, associaes de mineradores e ceramistas, Polcia Ambiental e o Comit

    Tijucas.

    O TAC foi firmado em agosto de 2005, porm, nos ltimos anos, alguns membros

    do Comit Tijucas tm apresentado a percepo de que a atividade no segue as

    prerrogativas firmadas, principalmente em relao Extrao de Areia em Leito de Rio

    (Figura 3), mesmo considerando que este tenha dado origem Instruo Normativa N 07

    da Fundao do Meio Ambiente do Estado de Santa Catarina (FATMA, 2012).

    Figura 3 Embarcao em atividade de extrao de areia no leito do Rio Tijucas (registro de sada de campo 03/02/2012).

    A percepo de moradores locais tambm corrobora com a sugesto de

    descumprimento s normas definidas e o fato de que esta atividade intensifica a eroso das

    margens dos rios e coloca em risco a atividade agrcola bem como a segurana de

    ribeirinhos (CORREIO CATARINENSE, 2011; NOTCIAS DO DIA, 2011; COMIT

    TIJUCAS, 2011).

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    Dessa maneira, existe a possibilidade de que esteja ocorrendo a explorao ilegal da

    atividade de extrao de areia em leito de rio, principalmente no que diz respeito

    recuperao ambiental e a proteo das margens, conforme estabelecido na IN-07

    (FATMA, 2012), resultando em aumento da degradao ambiental e atingindo os direitos

    difusos da populao em desacordo ao previsto no Art. 225 da Constituio Federal

    (BRASIL, 1988).

    A condio de extrao mineral feita revelia da legislao e/ou normativas

    ambientais j havia sido identificada pela empresa responsvel pelo Estudo de Impacto

    Ambiental da Atividade de Minerao de Areia, Argila e Saibro na Bacia Hidrogrfica do

    Rio Tijucas/SC (EIA/RIMA) solicitado pelo Ministrio Pblico quando do firmamento do

    TAC. Segundo Caruso Jr. (2004) a maioria das atividades de minerao de argila, saibro e

    areia na Bacia do Rio Tijucas desconsiderava a legislao ambiental h dcadas,

    funcionando sem qualquer licenciamento ambiental ou em desateno aos projetos

    ambientais protocolados e aprovados pela FATMA. Tal situao foi responsvel por danos

    irreparveis aos ecossistemas da regio, pela ausncia ou pela m recuperao das reas

    degradadas (CARUSO Jr. 2004).

    A atividade de minerao geralmente causa impacto ambiental significativo, com a

    exposio do solo a processos erosivos e alteraes na quantidade e qualidade dos recursos

    hdricos superficiais e subterrneos (MECHI; SANCHES, 2010), o que potencializa o

    desmoronamento de taludes.

    Segundo Mechi e Sanches (2010), dentre os impactos causados pela extrao de

    areia em leito de rio os mais graves so o rebaixamento da calha e desequilbrio do meio,

    provocando o solapamento e a eroso das margens. As intervenes necessrias para

    promover artificialmente a conteno desses processos so complexas e onerosas e, dessa

    forma, essas reas geralmente ficam abandonadas merc de sucesses naturais, por longos

    perodos, at que se estabelea um novo equilbrio.

    No Vale do Rio Tijucas, mais especificamente no municpio de So Joo Batista,

    esta condio no diferente, no havendo a execuo de projetos de recuperao

    concomitante com a extrao de areia nestas reas e o abandono da rea de extrao de

    minrio em leito de rio sem posterior recuperao, conforme pode ser evidenciado na

    Figura 4.

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    Fonte adaptada: Google Earth (2012)

    Figura 4 Extrao de areia em leito de rio no municpio de So Joo Batista/SC, onde A-B: 271845E e 485149W, 2009 e 2010 respectivamente; C-D: 271959 E e 485414W, 2009 e 2010 respectivamente.

    Para a elaborao do EIA/RIMA, realizou-se o Cadastro Geral dos Mineradores dos

    municpios de Tijucas, Canelinha, So Joo Batista, Nova Trento e Major Gercino. Os

    dados disponveis incluem o nmero do requerimento no Departamento Nacional de

    Produo Mineral (DNPM), localizao por coordenadas UTM, municpio, substncia

    mineral explorada (areia, argila e/ou saibro), tipo de explorao (encosta, cava e/ou leito),

    situao da extrao (ativa ou inativa), identificao do extrator na rea, situao da

    extrao (legal ou ilegal) e identificao do titular da rea cadastrado no DNPM (CARUSO

    Jr., 2004).

    Neste Laudo Tcnico utilizou-se dos dados referentes ao tipo de extrao (leito de

    rio) e a localizao por coordenadas no municpio de So Joo Batista disponveis no

    Cadastro Geral dos Mineradores do EIA/RIMA (CARUSO Jr., 2004). Esses dados foram

    atualizados com as informaes disponveis no site do Departamento Nacional de Produo

    Mineral (DNPM) atravs do sistema SIGMINE Sistema de Informaes Geogrficas da

    Minerao e do sistema de dados de processos minerrios disponveis no Cadastro

    Mineiro no que tange ao nmero do processo a que se refere os dados do SIGMINE

    (DNPM, 2012).

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    Para melhor ilustrar a discusso, utilizamos de imagens disponveis no aplicativo

    Google Earth para uma anlise multitemporal, localizadas atravs das coordenadas

    referentes ao processo disponveis no Cadastro Mineiro, permitindo apresentar como a rea

    era utilizada em um perodo em contraste com outra imagem em outro perodo. Destaca-se

    que tais imagens foram utilizadas somente em carter ilustrativo de pontos observados in

    locu, uma vez que no possuem ortorretificao e preciso espacial conhecida.

    Abaixo seguem anlises das reas observadas com suas respectivas ilustraes:

    Anlise da rea 1: Ao analisar a srie multitemporal percebe-se que, em 2002, h

    ocupao em rea de Preservao Permanente (APP) por uma extrao de areia em leito de

    rio (B) e a draga de suco (A) encontra-se em atividade junto margem. Em 2005

    observa-se a expanso da rea de minerao em APP (D) e a draga de suco (C)

    permanece ativa. Na imagem de 2009 a rea encontra-se aparentemente abandonada e

    posteriormente, em 2010, apresenta sinais de intensa atividade (F) e (G). Percebe-se que

    aps o perodo analisado, de oito anos, no h evidncias de trabalhos relacionados

    recuperao ambiental da rea de extrao (Figura 5).

    Figura 5 DNPM 815.184/93 coordenadas 27 21 01S e 48 54 34W

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    Anlise da rea 2: Na anlise da srie multitemporal da rea identificada como

    DNPM 815.591/2009, percebe-se que para o ano de 2002 o local estava ativo (A) e com via

    de acesso definida (B) prxima a SC 408, apresentando depsito fluvial caracterstico (C).

    Em 2005 a rea do porto de estocagem (D) j ocupa espao maior que na data anterior, sem

    a presena de banco de areia proveniente de depsito fluvial. No ano de 2009 e 2010

    percebe-se que a minerao permanece em atividade (E e G, respectivamente) e ocorre a

    formao do banco de areia (F). Em 2010 observa-se a formao de depsitos fluviais (H),

    bem como a regenerao natural dos remanescentes florestais (I), porm no h qualquer

    indcio de implantao de projeto de recuperao da rea explorada, seja na rea do porto,

    seja na rea das margens do rio, no sentido de manter a estabilidade dos taludes (Figura 6).

    Figura 6 DNPM 815.591/09 coordenadas 27 19 24S e 48 53 18W

    Anlise da rea 3: Em 2004 na rea do DNPM 815.202/03, o EIA/RIMA apontava

    uma Extrao de Areia em Leito de Rio com dois locais de depsito (A) e (C) unidos por

    via de acesso interna (B) ligando SC 408. Em 2005 os dois locais esto ativos, com

    ampliao de um dos portos de estocagem (E). Alm disso, percebe-se a draga de suco

    abaixo da rea indicada em E e a presena de um depsito de sedimentos fluviais (F). Em

    2009 observa-se o abandono de uma das reas (G) em contraste com a ampliao da outra

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    (H), observando a presena da draga de suco. Em 2010 percebe-se o abandono da rea de

    extrao (I), bem como a ausncia de depsitos de sedimentos fluviais, com interferncia

    direta da atividade sobre os bancos de areia que se formam s margens do rio. Percebe-se a

    inexistncia de implantao de recuperao (Figura 7).

    Figura 7 DNPM 815.202/03 coordenadas 27 18 27S e 48 51 25W

    Anlise da rea 4: Na Figura 8 percebe-se no ano de 2002 uma pequena faixa de

    vegetao ciliar remanescente (B) junto ao cultivo de fumo no municpio de So Joo

    Batista. Identifica-se tambm um pequeno depsito de sedimentos fluviais (A). Na imagem

    disponvel para o ano de 2007 a propriedade rural identificada anteriormente encontra-se

    ainda com o remanescente florestal de vegetao ciliar (C) bem como o aumento natural

    dos depsitos fluviais (D). Em 2009, percebe-se a implantao de uma pequena estao

    para extrao de areia (porto) (G), coincidindo com a ausncia do depsito de sedimento

    fluvial (E) e o deslizamento da vegetao ciliar remanescente (F), cuja ocorrncia pode

    remeter aos fenmenos hidrolgicos extremos ocorridos em 2008.

    Na imagem de 2010 percebe-se o desaparecimento dos depsitos de sedimentos

    fluviais para a implantao de um porto de extrao de areia (H) e (I), e, contrariando a

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    orientao tcnica de que a extrao de areia em leito de rio deveria ocorrer apenas no tero

    mdio do canal (CARUSO Jr., 2004), observa-se com nitidez a draga de suco executando

    os trabalhos na margem e suas alteraes aps a anlise de imagens anteriores (Figura 8).

    Figura 8 DNPM 816.202/96 coordenadas 27 19 59S e 48 54 15W.

    Anlise da rea 5: O EIA/RIMA tambm identificou reas em condio ilegal de

    atividade, como apresentada na Figura 9 que, na data de 2002, possui draga de suco

    prximo margem (A). Em 2007 observa-se a formao de bancos de areia, um fenmeno

    de ocorrncia freqente na regio devido tanto origem geolgica das plancies ribeirinhas

    quanto o uso e ocupao do solo por agricultura e pecuria, fornecendo um aporte generoso

    de sedimentos para o leito do rio (sedimentos fluviais) (B) e (C). Em 2009 no se observa

    atividades extratoras de minrio, to pouco indcios de recuperao ambiental das margens.

    Para o ano de 2010 observa-se a implantao de um ptio de atividades minerrias e a draga

    de suco em atividade retirando areia dos depsitos fluviais naturais (D) (Figura 9),

    novamente contrariando a indicao tcnica de somente operar a embarcao no tero

    mdio do rio (CARUSO Jr., 2004).

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    Figura 9 DNPM 815.592/09 coordenadas 27 18 45S e 48 51 48W

    Nas reas analisadas acima verificou-se in locu a aplicao da Instruo Normativa

    n 07 (IN-7) da Fundao do Meio Ambiente do Estado de Santa Catarina (FATMA), no

    item 5, para Extrao de Areia em Leito de Rio no que diz respeito :

    Identificar o segmento do rio licenciado, com marcos de concreto, cravados na margem do rio com a identificao do nmero do processo minerrio no DNPM;

    Nas sadas de campo para elaborao deste Laudo Tcnico no foi possvel

    encontrar tais marcos de identificao do trecho licenciado, caso existam, so de difcil

    visualizao para observadores externos, mesmo porque a IN-7 no define as caractersticas

    necessrias para identific-los, tais como distncia entre marcos, altura e/ou cor dos

    mesmos (Figura 10).

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    Figura 10 Embarcao em atividade de extrao de areia em segmento de rio licenciado, DNPM 815.184/93 coordenadas 27 20 58S e 48 54 40W, ilustrado na Figura 5 (registro de sada de campo 03/02/2012).

    Implantar obras e/ou medidas de proteo das margens no ponto de atracao

    das dragas;

    Havendo um segmento de rio licenciado para que a embarcao (draga de suco)

    possa navegar e considerando as implicaes geotcnicas para a integridade dos taludes

    marginais, no suficiente apenas a recuperao ambiental da vegetao ciliar no porto de

    estocagem, mas sim em todo o segmento licenciado e navegado pela embarcao. Destaca-

    se ainda que, em geral, os equipamentos utilizados pela draga para a extrao de areia so

    por si s causadores de impactos nas margens dos rios, pois ao revolver os sedimentos

    trabalham de forma agressiva ao ambiente (Figura 11).

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    Figura 11 Maracas exemplos de equipamentos utilizados na extrao de areia em leito de rio.

    Verifica-se tambm a inexistncia de qualquer tipo de recuperao ambiental da

    vegetao ciliar quando se trata de extrao de areia em leito de rio, mesmo considerando

    apenas o ponto de atracao das dragas e o porto de estocagem (Figura 12).

    Figura 12 Ponto de atracao da draga de suco, DNPM 815.184/93 coordenadas 27 20 58S e 48 54 40W, ilustrado na Figura 5 (registro de sada de campo 03/02/2012).

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    Apresentar ao rgo ambiental o clculo de estabilidade das margens ribeirinhas,

    para que se possa estabelecer a profundidade mxima de extrao do minrio;

    Conforme pode ser identificado na Figura 13, no existem obras de conteno das

    margens no ponto de atracao da draga de suco, local de influncia direta da atividade

    de extrao de areia em leito de rio. A Figura 13 evidencia a falta de estabilidade das

    margens devido origem geolgica do substrato (areia), ausncia de cobertura vegetal

    (mata ciliar) e, agravando a situao, observa-se a extrao de areia.

    Figura 13 Ponto de atracao da embarcao, DNPM 815.592/09 coordenadas 27 18 45S e 48 51 48W, ilustrado na Figura 9 (registro de sada de campo 03/02/2012).

    De acordo com Arnesen (2009) as margens do Rio Tijucas no municpio de So

    Joo Batista possuem caractersticas naturais que conferem rea a classificao de

    Moderadamente Vulnerveis Eroso (Figura 14). Porm esse estudo remete anlise

    regional e, dessa forma, seriam necessrios clculos de estabilidade local dessas margens,

    que deveriam ser utilizados para estabelecer limites quantitativos e espaciais para a

    extrao de areia em leito, clculos estes apresentados para a obteno da Licena

    Ambiental de Operao (LAO) e que deveriam ser revistos.

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    Figura 14 Vulnerabilidade Natural identificada prximo atividade de extrao de areia em segmento de rio licenciado, DNPM 815.202/03 coordenadas 27 18 27S e 48 51 25W, ilustrado na Figura 7 (registro de sada de campo 03/10/2011).

    Os processos erosivos podem ser observados inclusive em pontos em que no h

    extrao de areia (Figura 15), e que o trecho do rio no permite a passagem da embarcao,

    mesmo assim ocorrem deslizamentos devido falta de cobertura vegetal (mata ciliar) e ao

    avano de pastagens sobre a APP associados a uma rea Moderadamente Vulnervel

    Eroso. Em 2006 o municpio de So Joo Batista apresentava 16,36 km de APP em

    transgresso ao Cdigo Florestal, devido a atividades como agricultura, pecuria e/ou

    reflorestamento (DARELLA; SANTOS, 2009; SANTOS, 2009).

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    Figura 15 Exemplo de deslizamento ocorrido devido vulnerabilidade natural eroso nas margens do Rio Tijucas em So Joo Batista.

    Essas transgresses associadas ao fato de que as margens do Rio Tijucas apresentam

    vulnerabilidade natural eroso devido origem geolgica e as caractersticas naturais da

    regio (ARNESEN, 2009) tm intensificado os processos erosivos. Segundo Schettini

    (2009) o potencial erosivo tambm identificado pela anlise do perfil do talvegue do Rio

    Tijucas. Dessa forma as regies riprias tornam-se mais suscetveis ao impacto causado

    pela extrao de areia em leito de rio.

    Ao reconhecer que a areia importante para a economia local e estadual, no se

    pode desconsiderar a importncia das demais atividades econmicas que so desenvolvidas

    na regio, tais como a agricultura e pecuria, nem tampouco o direito de propriedade dos

    ribeirinhos e a segurana dessas pessoas, colocada em risco ao intensificar-se os processos

    erosivos dos taludes.

    Nesse contexto, uma ocupao desordenada do solo aliado ao desenvolvimento de

    atividades econmicas com alto potencial de degradao ambiental em uma regio com alta

    vulnerabilidade natural eroso pode acarretar danos ambientais irreparveis e colocar em

    risco a segurana pblica em virtude de deslizamentos de terra e desmoronamentos de

    taludes, como tem sido verificado nos ltimos anos (Figura 16).

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    Figura 16 - Desmoronamento de talude aps evento hidrolgico extremo ocorrido em setembro de 2011,

    ilustrado na Figura 8 em destaque pelas indicaes B, C e F (registro de sada de campo 03/10/2011).

    Essa situao vem se agravando desde 2007, conforme ilustrado na Figura 8, pois a

    falta de cobertura vegetal devido ao avano das reas de agricultura e pecuria sobre a APP

    torna o talude vulnervel a enxurradas, como ocorrida em 2011 (Figura 16).

    Os processos erosivos riprios em So Joo Batista tm se agravado com as ltimas

    cheias de 2008 e 2011, provocando massivos deslizamentos de terra, com perda de solo e

    assoreamento dos rios. Por conseguinte, inmeros prejuzos econmicos so evidenciados,

    ocasionando a preocupao, principalmente da populao ribeirinha local (CORREIO

    CATARINENSE, 2011; NOTCIAS DO DIA, 2011).

    Para finalizar, destaca-se que na percepo dos moradores locais, o municpio

    apresenta pontos de extrao de areia no leito dos rios realizada de maneira irregular, sendo

    esta a principal causa da desestabilizao do talude e intensificao do processo erosivo

    riprio (CORREIO CATARINENSE, 2011; NOTCIAS DO DIA, 2011).

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    3. Consideraes

    CONSIDERANDO que as evidncias aqui analisadas demonstram que o Termo de

    Ajuste de Conduta para Extrao de Areia, Argila e Saibro no Vale do Rio Tijucas e a

    Instruo Normativa N 07 da FATMA para minerao no esto sendo cumpridos;

    CONSIDERANDO que a extrao mineral em leito de rio uma atividade

    econmica de alto impacto ambiental, que pode inviabilizar outras atividades econmicas;

    CONSIDERANDO que a percepo de representantes da comunidade local de que

    os deslizamentos decorrentes nos taludes riprios na regio nos ltimos anos, e

    intensificados com as cheias de 2008 e 2011, esto diretamente relacionados atividade de

    extrao de areia em leito de rio;

    CONSIDERANDO que segundo o estudo Anlise da Vulnerabilidade Natural

    Eroso na Bacia Hidrogrfica do Rio Tijucas/SC atravs de Tcnicas de

    Geoprocessamento: Um Subsdio Governana Territorial, So Joo Batista apresenta

    naturalmente 72,2% de sua rea medianamente estvel/vulnervel, 17,8% moderadamente

    vulnervel e apenas 10% moderadamente estvel eroso (ARNESEN, 2009);

    CONSIDERANDO que os processos erosivos so processos naturais influenciados

    pelas caractersticas do meio, tais como geologia, geomorfologia, uso e cobertura do solo,

    pedologia e clima, possvel avaliar o grau de vulnerabilidade natural que uma

    determinada rea possui e dessa forma desenvolver um planejamento que vise a

    sustentabilidade ambiental das atividades econmicas geradoras de impactos, de forma que

    uma atividade no inviabilize o desenvolvimento de outras em funo do grau de

    degradao ocasionado;

    CONSIDERANDO que no existem, na regio, trabalhos tcnicos/cientficos

    pontuais em escala adequada que permitam identificar os fatores responsveis pela eroso

    nos taludes riprios em So Joo Batista;

    CONSIDERANDO que a atividade agropecuria, como desenvolvida na regio,

    no prejudica a atividade de extrao de areia em leito de rio, mas que esta como vem

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    sendo praticada, pode prejudicar a primeira, inviabilizando o uso mltiplo da gua,

    conforme preconiza o Art. 1, inciso IV da lei N 9.433/97 (BRASIL, 1997) e;

    CONSIDERANDO que as caractersticas scio-econmicas e ambientais do Vale

    do Rio Tijucas (Major Gercino, So Joo Batista, Nova Trento, Canelinha e Tijucas) so

    similares.

    4. Recomendaes

    RECOMENDA-SE a reviso dos clculos de estabilidade das margens, conforme

    descrito na Instruo Normativa N 07 da FATMA, para os pontos de atracao das

    embarcaes e a exigncia de tais clculos para todo o trecho licenciado no DNPM e

    navegado pelas embarcaes;

    RECOMENDA-SE a reviso da recuperao ambiental da rea de emprstimo e do

    porto de estocagem a ser realizada ao findar das atividades extrativas, e ampliar esta

    exigncia para todo trecho licenciado no DNPM e navegado pelas embarcaes;

    RECOMENDA-SE a elaborao de uma Instruo Normativa para extrao de areia

    em leito de rio especfica para o Vale do Rio Tijucas que considere as caractersticas

    ambientais, econmicas e sociais da regio;

    RECOMENDA-SE a realizao de um estudo tcnico/cientfico pontual que possa

    identificar e caracterizar os fatores responsveis pela eroso dos taludes riprios em So

    Joo Batista;

    Por fim;

    RECOMENDA-SE a paralisao total da extrao mineral em leito de rio no

    municpio de So Joo Batista e demais municpios do Vale do Rio Tijucas (Major

    Gercino, Nova Trento, Canelinha e Tijucas) at que sejam atendidas as recomendaes

    anteriores.

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    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

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    inciso XIX do art. 21 da Constituio Federal, e altera o art. 1 da Lei n 8.001, de 13 de

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