LC n. 68 - Consolidado por Bruno até 10.02.2015.pdf

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    LEI COMPLEMENTAR N 68, DE 09 DE DEZEMBRO DE 1.992

    D.O.E. N 2674, DE 09/12/92

    TEXTO CONSOLIDADO AT 10/02/2015

    Dispe sobre o Regime Jurdico dos Servidores Pblicos Civil do Estado de Rondnia, das Autarquias e das Fundaes Pblicas Estaduais e d outras providncias.

    O GOVERNADOR DO ESTADO DE RONDNIA, fao saber que a Assemblia

    Legislativa decreta e eu sanciono a seguinte Lei Complementar:

    TTULO I CAPTULO NICO DAS DISPOSIES PRELIMINARES

    Art. 1 Esta Lei Complementar institui o Regime Jurdico dos Servidores Pblicos Civis do Estado de Rondnia, das Autarquias e das Fundaes Pblicas Estaduais.

    Art. 2 As disposies desta Lei Complementar so aplicveis, no que couber, aos servidores da Assemblia Legislativa, do Tribunal de Justia, do Tribunal de Contas e do Ministrio Pblico do Estado de Rondnia.

    Art. 3 Para os efeitos desta Lei Complementar, servidor pblico a pessoa legalmente investida em cargo pblico.

    Art. 4 Cargo Pblico o conjunto de atribuies e responsabilidades de natureza

    permanente cometida ou cometveis a servidor pblico, com denominao prpria, quantidade certa, prevista em lei e pagamento pelos cofres pblicos, de provimento em carter efetivo ou em comisso.

    Art. 5 Os cargos pblicos, acessveis a todos os brasileiros, so criados por lei, com denominao prpria e vencimento pago pelos cofres pblicos, para provimento em carter efetivo ou em comisso.

    1 Os cargos pblicos de provimento efetivo sero organizados em grupos ocupacionais.

    Art. 6 vedado atribuir ao servidor pblico outros servios, alm dos inerentes ao

    cargo de que seja o titular, salvo quando designado para o exerccio de cargo em comisso, funo gratificada ou para integrar comisses ou grupos de trabalhos.

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    Art. 7 proibida a prestao de servios gratuitos, salvo nos casos previstos em lei. TTULO II DO PROVIMENTO, DA VACNCIA, DA MOVIMENTAO E DA SUBSTITUIO CAPTULO I DO PROVIMENTO SEO I DAS DISPOSIES GERAIS Art. 8 So requisitos bsicos para investidura em cargo pblico: I - a nacionalidade brasileira; II - o gozo dos direitos polticos; III - a quitao com as obrigaes militares e eleitorais; IV - o nvel de escolaridade exigido para o exerccio do cargo; V - a idade mnima de dezoito anos; VI - aptido fsica e mental, comprovada em inspeo mdica; VII - habilitao em concurso pblico, salvo quando se tratar de cargos para os quais a

    lei assim no o exija. 1 Para o provimento de cargo de natureza tcnica exigir-se- a respectiva habilitao

    profissional. 2 As pessoas portadoras de deficincia fsica assegurado o direito de se inscrever

    em concurso pblico para provimento de cargos, cujas atribuies sejam compatveis com sua deficincia e o disposto no Art. 7, inciso XXXI, da Constituio Federal.

    Art. 9 O provimento de cargo pblico far-se- mediante ato da autoridade competente

    de cada Poder, do Ministrio Pblico e do Tribunal de Contas. Art. 10. A investidura em cargo pblico ocorre com a posse. Art. 11. So formas de provimento de cargo pblico: I - nomeao; II - promoo; III - readaptao;

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    IV - reintegrao; V - aproveitamento; VI - reintegrao; VII - reconduo;

    Art. 12. A primeira investidura em cargo de provimento efetivo depender de prvia

    habilitao em concurso pblico, obedecida a ordem de classificao e prazo de validade. SEO II DO CONCURSO PBLICO Art. 13. O concurso ser de provas ou de provas e ttulos, podendo ser realizado em

    duas etapas conforme dispuseram a lei e o regulamento do respectivo Plano de Carreira. Art. 13-A. Os exames mdicos ou laboratoriais exigidos em concurso pblicos devero

    ser prestados pela rede de servio pblico de sade. Pargrafo nico. Os exames de que trata o caput do presente artigo, devero ser

    entregues ao interessado em tempo hbil para a investidura ou posse nos termos do edital do respectivo concurso pblico.

    Art. 14. O concurso pblico tem validade de at 02 (dois) anos podendo ser prorrogado

    uma nica vez, por igual perodo. 1 As condies de realizao do concurso sero fixadas em edital, publicado no

    Dirio Oficial do Estado e divulgado pelos veculos de comunicao. 2 No se abrir novo concurso enquanto houver candidato aprovado em concurso

    anterior com prazo de validade no expirado. 3. O edital poder prever o aproveitamento de aprovados em concurso pblico para

    provimento em rgo diverso do Pode Executivo do Estado de Rondnia, para atender ao interesse pblico, desde que atendidos, cumulativamente, os seguintes requisitos:

    I inexistncia de concurso pblico vlido com candidatos aprovados para os cargos

    em que se pretende aproveitar; II igual denominao, descrio, atribuies, competncias, direitos e deveres do

    cargo; III iguais requisitos de habilitao acadmica e profissional; IV lotao na mesma localidade de opo do edital; V observncia ordem de classificao;

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    VI situao excepcional do rgo requisitante; VII autorizao do rgo que elaborou o concurso; VIII remunerao e estrutura de carreiras anlogas; e IX opo expressa do candidato. 4. Realizado o aproveitamento do candidato na condio do 3, no poder ocorrer

    o retorno ou ingresso no cargo ao qual concorreu no concurso pblico. SEO III DA NOMEAO Art. 15. A nomeao a forma originria de provimento dos cargos pblicos. Pargrafo nico. A nomeao para o cargo de carreira ou cargo isolado de provimento

    efetivo depende de prvia habilitao em concurso pblico, obedecidos a ordem de classificao e o prazo de sua validade.

    Art. 16. A nomeao ser feita: I - em carter efetivo, para os cargos de carreira; II - em carter temporrio, para os cargos em comisso, de livre provimento e

    exonerao; III - em carter temporrio, para substituio de cargos em comisso. SEO IV DA POSSE Art. 17. A posse dar-se- pela assinatura do respectivo termo, no qual o servidor se

    comprometer a cumprir fielmente os deveres do cargo. 1 A posse ocorrer no prazo de 30 (trinta) dias contados da publicao do ato de

    nomeao, prorrogvel por mais de 30 (trinta) dias, a requerimento do interessado. 2 Em se tratando de servidor em licena ou afastamento por qualquer outro motivo

    legal, o prazo ser contado do trmino do impedimento. 3 A posse poder dar-se mediante procurao especfica. 4 S haver posse nos casos de provimento de cargo por nomeao. 5 No ato da posse, o servidor apresentar declarao de bens que constituam seu

    patrimnio, na forma da Constituio do Estado, prova de quitao com a Fazenda Pblica e Certido Negativa do Tribunal de Contas e declarar o exerccio ou no de outro cargo, emprego ou funo pblica.

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    6 Ser tornado sem efeito o ato de provimento se a posse no ocorrer nos prazos

    previstos no 1 deste artigo e 1 do artigo 20. Art. 18. A posse em cargo pblico depender de prvia inspeo mdica oficial. Pargrafo nico. S poder ser empossado o candidato que for julgado apto fsica e

    mentalmente para o exerccio do cargo. Art. 19. So competentes para dar posse: I - O Governador do Estado, os Presidentes da Assemblia Legislativa, do Tribunal de

    Justia, do Tribunal de Contas e Procurador Geral do Ministrio Pblico s autoridades que lhes sejam diretamente subordinadas;

    II - Os Secretrio de Estado, aos dirigentes das entidades, cargos comissionados,

    funes de confiana vinculadas s respectivas pastas; III - O Secretrio de Estado da Administrao aos demais funcionrios do Poder

    Executivo, exceto ao servidor pertencente ao Grupo de Polcia Civil, cuja posse ser dada pelo Diretor Geral da Polcia Civil.

    SEO V DO EXERCCIO Art. 20. O exerccio o efetivo desempenho das atribuies do cargo. 1 de 30 (trinta) dias o prazo para o servidor entrar em exerccio, contados da data

    da posse ou do ato que lhe determinar o provimento. 2 Ser exonerado o servidor empossado que no entrar em exerccio no prazo

    previsto no pargrafo anterior. 3 Cabe autoridade competente do rgo ou entidade para onde for designado o

    servidor, dar-lhe exerccio. Art. 21. O incio, a suspenso, a interrupo e o reincio do exerccio sero registrados

    no assentamento individual do servidor. Art. 22. A progresso no interrompe o tempo de exerccio, que contado do novo

    posicionamento na carreira a partir da data da publicao do ato que promover o servidor. Art. 23. O servidor movimentado para outra localidade, ter at 30 (trinta) dias de prazo

    para entrar em exerccio a partir da publicao do ato. Pargrafo nico. Na hiptese de o servidor encontrar-se afastado legalmente, o prazo a

    que se refere este artigo ser contado a partir do trmino do afastamento.

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    Art. 24. No mbito da Administrao Direta do Poder Executivo, Autarquias e Fundaes, nenhum servidor poder ter exerccio em quadro diferente daquele em que for lotado.

    Art. 25. Alm das hipteses legalmente admitidas, o servidor pode ser autorizado a

    afastar-se do exerccio, com prazo certo de durao e sem perda de direitos, para a realizao do servio, misso ou estudo, fora de sua sede funcional para representar o Municpio, o Estado ou Pas em competies desportivas oficiais.

    1 V E T A D O. 2 O Servidor beneficiado com afastamento para freqentar curso no poder gozar

    licena para tratar de interesse particular, antes de decorrido perodo igual ao afastamento, ressalvada a hiptese de ressarcimento das despesas havidas com o referido curso.

    Art. 26. Preso preventivamente, denunciado por crime comum, denunciado por crime

    funcional ou condenado por crime inafianvel, em processo no qual no haja pronncia, o servidor fica afastado do exerccio de seu cargo at deciso final transitada em julgado.

    Pargrafo nico - No caso de condenao, no sendo esta de natureza que determine a

    demisso do servidor, continua o afastamento at o cumprimento total da pena, observado o disposto no artigo 273 deste Estatuto.

    SEO VI DA LOTAO Art. 27. Lotao a fora de trabalho, qualitativa e quantitativa necessria ao

    desenvolvimento das atividades normais e especficas de cada Poder, rgo ou Entidade. Pargrafo nico. A lotao de cada Poder, rgo ou Entidade ser fixada em lei. SEO VII DO ESTGIO PROBATRIO Art. 28. O Servidor nomeado para o cargo de provimento efetivo fica sujeito a um

    perodo de estgio probatrio de 02 (dois) anos, com o objetivo de avaliar seu desempenho visando a sua confirmao ou no no cargo para o qual foi nomeado. (Em virtude da EC n 19/98 que alterou o caput do art. 41 da CF, o estgio probatrio de 03 (trs) anos)

    1 So requisitos bsicos a serem apurados no estgio probatrio: I - assiduidade; II - pontualidade; III - disciplina; IV - capacidade de iniciativa;

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    V - produtividade; VI - responsabilidade. 2 A verificao dos requisitos mencionados neste artigo ser efetuada por comisso

    permanente, onde houver, ou por uma comisso composta no mnimo de 03 (trs) membros, que ser designada pelo titular do rgo onde o servidor nomeado vier a ter exerccio e far-se- mediante apurao semestral em Ficha Individual de Acompanhamento de Desempenho.

    3 Nas comisses de que trata o pargrafo anterior participar, obrigatoriamente, o

    chefe imediato do servidor, quando da avaliao do estgio probatrio. 4 O servidor no aprovado no estgio probatrio ser exonerado ou, se estvel,

    reconduzido ao cargo anteriormente ocupado, observado o disposto no artigo 35. 5 O servidor em estgio probatrio poder ser cedido para ocupar cargo em

    comisso, podendo ficar suspensa sua avaliao pelo tempo de cedncia, a critrio do rgo cedente.

    SEO VIII DA ESTABILIDADE Art. 29. O servidor habilitado em concurso pblico e empossado em cargo de

    provimento efetivo adquire estabilidade no servio pblico ao completar 02 (dois) anos de efetivo exerccio. (Em virtude da EC n 19/98 que alterou o caput do art. 41 da CF, s se adquire a estabilidade depois de 03 (trs) anos de efetivo exerccio)

    Art. 30. O servidor estvel somente afastado do servio pblico, com conseqente

    perda do cargo, em virtude de sentena judicial transitada em julgado ou de resultado do processo administrativo disciplinar, no qual lhe tenha sido assegurada ampla defesa.

    SEO IX DA READAPTAO Art. 31. Readaptao a investidura do servidor em cargo de atribuies e

    responsabilidades compatveis com a limitao que tenha sofrido em sua capacidade fsica ou mental verificada em inspeo mdica.

    1 Se julgado incapaz para o servio pblico, o readaptado ser aposentado. 2 A readaptao ser efetivada em cargo de atribuies afins, respeitada a

    habilitao exigida. SEO X DA REVERSO Art. 32. Reverso o reingresso de servidor aposentado no servio pblico, quando

    insubsistentes os motivos determinantes de sua aposentadoria por invalidez, verificados em

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    inspeo mdica oficial ou por solicitao voluntria do aposentado, a critrio da administrao.

    1 A reverso dar-se- no mesmo cargo, no cargo resultante de sua transformao, ou

    em outro de igual vencimento. 2 Encontrando-se provido o cargo, o servidor exercer suas atribuies como

    excedente, at a ocorrncia de vaga. Art. 33. No poder reverter o aposentado que j tiver completado 70 (setenta) anos de

    idade. SEO XI DA REINTEGRAO Art. 34. Reintegrao a reinvestidura do servidor estvel no cargo anteriormente

    ocupado ou no resultante de sua transformao, quando invalidada a sua demisso por deciso administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens.

    1 A deciso administrativa que determinar a reintegrao sempre proferida em

    pedido de reconsiderao, em recurso ou em reviso de processo. 2 Encontrando-se provido o cargo, seu eventual ocupante, reconduzido a seu cargo

    de origem, sem direito a indenizao, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade remunerada.

    3 Na hiptese do cargo ter sido extinto, o servidor ficar em disponibilidade

    observado o disposto nos artigos 37 e 38. SEO XII DA RECONDUO Art. 35. Reconduo o retorno do servidor estvel ao cargo por ele anteriormente

    ocupado. 1 A reconduo decorre de: I - inabilitao em estgio probatrio relativo a outro cargo; II - reintegrao do anterior ocupante. 2 Encontrando-se provido o cargo de origem, o servidor ser aproveitado em outro,

    de igual remunerao. SEO XIII DA ASCENSO FUNCIONAL Art. 36. V E T A D O.

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    SEO XIV DA DISPONIBILIDADE E DO APROVEITAMENTO Art. 37. Extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade, seu titular, desde que estvel,

    fica em disponibilidade remunerada at seu adequado aproveitamento em outro cargo de atribuies e vencimentos compatveis com o anteriormente ocupado.

    Art. 38. Havendo mais de um concorrente mesma vaga, tem preferncia o de maior

    tempo de disponibilidade e, no caso de empate, o de maior tempo de servio pblico. Art. 39. Fica sem efeito o aproveitamento e cessada a disponibilidade, se o servidor no

    entrar em exerccio no prazo legal, salvo doena comprovada pelo rgo mdico oficial. CAPTULO II SEO NICA DA VACNCIA Art. 40. A vacncia do cargo pblico decorrer de: I - exonerao; II - demisso; III - promoo; IV - readaptao; V - posse em outro cargo inacumulvel; VI - falecimento; VII - aposentadoria;

    Art. 41. A exonerao de cargo efetivo dar-se- pedido do servidor ou de ofcio. Pargrafo nico. A exonerao de ofcio dar-se-: I - quando no satisfeitas as condies do estgio probatrio e no couber a

    reconduo; II - quando o servidor no tomar posse ou deixar de entrar em exerccio nos prazos

    legais. Art. 42. A exonerao do cargo em comisso dar-se-: I - a juzo da autoridade competente; II - a pedido do prprio servidor.

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    Art. 43. A demisso de cargo efetivo ser aplicada como penalidade, observado o

    disposto nesta Lei Complementar. CAPTULO III DA MOVIMENTAO Art. 44. So formas de movimentao de pessoal: I - remoo; II - relotao; III - cedncia. Art. 45. vedada a movimentao ex-ofcio de servidor que esteja regularmente

    matriculado em Instituio de Ensino Superior de formao, aperfeioamento ou especializao profissional que guarde correspondncia com as atribuies do respectivo cargo.

    Art. 46. Nos casos de extino de rgos ou entidades, os servidores estveis que no

    puderem ser movimentados na forma prevista no presente Captulo sero colocados em disponibilidade, at seu aproveitamento na forma prevista nesta Lei Complementar.

    SEO I DA REMOO Art. 47. Remoo a movimentao do servidor, a pedido ex-ofcio de um para outro

    rgo ou unidade, sem alterao de situao funcional, respeitada a existncia de vagas no mbito do respectivo quadro lotacional, com ou sem mudana de sede, por ato do Chefe do Poder Executivo.

    Art. 48. Dar-se- remoo: I - de uma Secretaria, Autarquia ou Fundao para outra; II - de uma Secretaria, Autarquia ou Fundao para rgo diretamente subordinado ao

    Governador e vice-versa; III - de um rgo subordinado ao Governador para outro da mesma natureza. Art. 49. A remoo processar-se-: I - por permuta, mediante requerimento conjunto dos interessados, desde que observada

    a compatibilidade de cargos, com anuncia dos respectivos Secretrios ou dirigentes de rgos, conforme dispuser em regulamento;

    II - a pedido do interessado nos seguintes casos:

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    a) sendo ambos servidores, o cnjuge removido no interesse do servio pblico para outra localidade, assegurado o aproveitamento do outro em servio estadual na mesma localidade;

    b) para acompanhar o cnjuge que fixe residncia em outra localidade, em virtude de

    deslocamento compulsrio, devidamente comprovado; c) por motivo de tratamento de sade do prprio servidor, do cnjuge ou dependente,

    desde que fiquem comprovadas, em carter definitivo pelo rgo mdico oficial, as razes apresentadas pelo servidor, independente de vaga.

    III - no interesse do servio pblico, para ajustamento de quadro de pessoal s

    necessidades dos servios, inclusive nos casos de reorganizao, extino ou criao de rgo ou entidade, conforme dispuser o regulamento.

    1 Na hiptese do inciso II, devero ser observadas, para os membros do magistrio,

    a compatibilidade de rea de atuao e carga horria. 2 Para os membros do magistrio, a remoo processar-se- somente entre unidades

    educacionais e entre unidades constantes da estrutura da Secretaria de Estado da Educao.

    Art. 50. No haver remoo de servidores em estgio probatrio, ressalvados os casos previstos na alnea b do inciso II, e no inciso III, do artigo 49. (Redao dada pela LC n 794/14, de 09.09.2014)

    Pargrafo nico. A remoo dos servidores que compem o quadro funcional da

    Secretaria de Estado da Educao - SEDUC, Secretaria de Estado de Justia - SEJUS, Secretaria de Estado da Segurana, Defesa e Cidadania - SESDEC e Secretaria de Estado da Sade - SESAU, limitar-se- ao mximo a 10% (dez por cento) do total de servidores ativos do quadro lotacional.

    Art. 51. Quando a remoo ocorrer com mudana de sede ter o servidor, o cnjuge ou

    companheiro e seus dependentes direito transferncia escolar, independente de vaga nas escolas de qualquer nvel do Sistema Estadual de Ensino.

    SEO II DA RELOTAO Art. 52. Relotao a movimentao do servidor a pedido ou ex-ofcio, de uma

    unidade administrativa para outra dentro do mesmo rgo, por ato do titular do rgo, com ou sem alterao do domiclio ou residncia, respeitada a existncia de vagas no quadro lotacional.

    1 So unidades administrativas, para efeito deste artigo, as unidades escolares,

    sanitrias, hospitalares, regionais, residenciais, as Delegacias, as representaes e os rgos colegiados.

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    2 Nos casos de estruturao de rgo, entidades ou unidades, bem como no da readaptao de trata o artigo 31, os servidores estveis sero relotados em outras atividades afins.

    3 A relotao dar-se- exclusivamente para o ajustamento de pessoal s necessidades

    de servio. SEO III DA CEDNCIA Art. 53. Cedncia o ato atravs do qual o servidor cedido para outro Estado, Poder,

    Municpio, rgo ou Entidade. 1 A cedncia referida no caput deste artigo s ser admitida quando se tratar de

    servidor efetivo do Estado de Rondnia, e ser sempre sem nus para o rgo cedente, por Ato do Chefe do Poder Executivo, atravs de processo especfico, ressalvadas as cedncias onde haja contraprestao para os partcipes.

    2 Ao servidor cedido para ocupar cargo em comisso, assegurada sua vaga na

    lotao do rgo de origem. 3 O servidor em estgio probatrio poder ser cedido para ocupar cargo em

    comisso. 4. A cedncia dos servidores que compem o quadro funcional da SEDUC, SEJUS,

    SESDEC e SESAU, limitar-se- ao mximo de 10% (dez por cento) do total de servidores ativos do quadro lotacional.

    CAPTULO IV DA SUBSTITUIO Art. 54. Haver substituio em caso de impedimentos legais de ocupantes de cargos

    em comisso. 1 A substituio automtica na forma prevista no Regimento Interno. 2 O substituto far jus gratificao pelo exerccio do cargo ou funo de direo ou

    chefia, nos casos de afastamento ou impedimento legal do titular, superiores a 30 (trinta) dias, paga na proporo dos dias de efetiva substituio.

    CAPTULO V DA JORNADA DE TRABALHO Art. 55. O ocupante de cargo de provimento efetivo fica sujeito a 40 (quarenta) horas

    semanais de trabalho, salvo quando disposto diversamente em lei ou regulamento prprio.

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    1 - Os Chefes dos Poderes, Procurador Geral do Ministrio Pblico e Presidente do Tribunal de Contas estabelecero o horrio para o cumprimento de jornada semanal de trabalho.

    2 Alm do cumprimento do estabelecido neste artigo, o exerccio em comisso e

    funo gratificada exige dedicao integral ao servio por parte do comissionado, que pode ser convocado sempre que haja interesse da administrao.

    3 V E T A D O. 4 Os servidores que ficam a disposio de seu sindicato, como dirigentes sindicais

    so onerados pela Secretaria de origem, como tambm percebero vantagens que so inerentes aos demais servidores.

    Art. 55-A. Todos os servidores do Estado, que operam diretamente com Raio X e

    substncias radioativas e ou prximo as fontes de irradiao, tero direito a: I salrio compatvel com o risco de vida, penosidade e complexidade do trabalho, e

    nunca inferior ao piso salarial nacional da categoria; II jornada de trabalho de 24 (vinte e quatro) horas semanais; e III adicional de 40% (quarenta por cento) do vencimento a ttulo de gratificao de

    insalubridade e de risco de vida. Art. 55-B. Os servidores profissionais que executam as tcnicas radiolgicas, que lidam

    diretamente com radiao ionizante, tem direito aposentadoria especial aos 25 (vinte e cinco) anos de trabalho.

    Art. 56. A jornada de trabalho dos ocupantes de cargos de mdico e professor poder

    ser de 20 horas e 40 horas semanais, conforme dispuserem os respectivos regulamentos.

    Pargrafo nico. A jornada de trabalho dos ocupantes de cargos de provimento efetivo, mencionada no caput deste artigo poder, atender aos critrios da convenincia e oportunidade, ser reduzida de 40 para 20 horas semanais, a pedido do funcionrio e com a consequente reduo proporcional da sua remunerao. (LC 218/99 dispe sobre a reduo da jornada de trabalho dos servidores do poder executivo estadual e restringe a reduo aos professores e outras classes)

    Art. 57 Ao servidor matriculado em estabelecimento de Ensino Superior ser

    concedido, sempre que possvel, horrio especial de trabalho que possibilite a freqncia normal s aulas, mediante, comprovao mensal por parte do interessado do horrio das aulas, quando inexistir curso correlato em horrio distinto ao do cumprimento de sua jornada de trabalho.

    1 O horrio especial de que trata este artigo somente ser concedido quando o

    servidor no possuir curso superior.

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    2 Para os integrantes do Grupo Magistrio, o benefcio deste artigo poder ser concedido, tambm, aos servidores possuidores de curso de Licenciatura Curta, para complementao de estudos at o nvel de Licenciatura Plena.

    3 Durante o perodo de frias escolares o servidor fica obrigado a cumprir jornada

    integral de trabalho. Art. 58. Executa-se da limitao estabelecida no artigo 55, a Jornada de Trabalho do

    Piloto, para a qual ser observada a Portaria do Ministrio da Aeronutica n 3016, de 05 de fevereiro de 1988.

    SEO NICA DA FREQNCIA E DO HORRIO Art. 59. A frequncia do servidor ser computada pelo registro dirio de ponto ou outro

    mecanismo de controle estabelecido em regulamento. 1 Ponto o registro que assinala o comparecimento do servidor ao trabalho e pelo

    qual se verifica diariamente, a sua entrada e sada. 2 Os registros de ponto devero conter todos os elementos necessrios apurao da

    freqncia. Art. 60. vedado dispensar o servidor do registro de ponto, abonar faltas ou reduzir a

    jornada de trabalho, salvo nos casos expressamente previstos em lei ou regulamento. Pargrafo nico. A infrao do disposto no caput deste artigo determinar a

    responsabilidade da autoridade que tiver expedido a ordem, ou a que tiver cometido sem prejuzo da sano disciplinar.

    Art. 61. O servidor que no comparecer ao servio por motivo de doena ou fora

    maior, dever comunicar chefia imediata. 1 As faltas do servio por motivo de doena so justificadas para fins disciplinares,

    de anotao no assentamento individual e pagamento, desde que a impossibilidade do comparecimento seja abonada pela chefia imediata, mediante atestado mdico expedido pelo rgo oficial, at 24 (vinte e quatro) horas aps o comparecimento.

    2 As faltas ao servio por doena em pessoa da famlia, atravs de atestado mdico

    oficial so justificadas na forma e para fins estabelecidos no pargrafo anterior.

    Art. 62. As faltas ao servio por motivo particular no so justificadas para qualquer efeito, computando-se como ausncia.

    CAPTULO VI DO TREINAMENTO

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    Art. 63. Aos poderes constitudos, ao Ministrio Pblico e ao Tribunal de Contas do Estado, dentro da poltica de valorizao profissional, compete planejar, organizar, promover e executar cursos, estgios e treinamento para capacitao dos Recursos Humanos.

    Pargrafo nico. A Fundao Escola de Servio Pblico de Rondnia, elaborar, at o

    dia 31 (trinta e um) de julho de cada ano o plano anual de treinamento do exerccio seguinte. TTULO III DOS DIREITOS, DAS VANTAGENS E DAS CONCESSES CAPTULO I DOS DIREITOS SEO NICA DO VENCIMENTO E DA REMUNERAO Art. 64. Vencimento a retribuio pecuniria pelo exerccio do cargo pblico, com

    valor fixado em Lei.

    Art. 65. Remunerao o vencimento do cargo acrescido das vantagens permanentes ou temporrias estabelecidas em Lei.

    1 Ao servidor nomeado para o exerccio de cargo em comisso facultado optar pelo vencimento e demais vantagens de seu cargo efetivo, acrescido de indenizao paga por meio da gratificao de representao do cargo em comisso. (Redao dada pela LC n 466, de 11.7.2008)

    2 O vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens de carter permanente

    irredutvel. 3 assegurada a isonomia de vencimentos para cargos de atribuies iguais ou

    assemelhadas do mesmo poder ou entre servidores dos trs poderes, ressalvadas as vantagens de carter individual e as relativas natureza ou local de trabalho.

    Art. 66. O servidor perder: I - a remunerao dos dias que faltar ao servio; II - a parcela de remunerao diria, proporcional aos atraso, ausncias e sadas

    antecipadas, iguais ou superior a 60 (sessenta) minutos; III - a metade da remunerao, na hiptese de aplicao da penalidade de suspenso

    quando, por convenincia do servio, a penalidade for convertida em multa, na base de 50% (cinqenta por cento) por dia de vencimento, ficando o servidor obrigado a permanecer em servio.

    Art. 67. Salvo imposio legal, ou mandado judicial, nenhum desconto incidir sobre a

    remunerao ou provento.

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    Pargrafo nico. Mediante autorizao do servidor, poder haver consignao em folha de pagamento a favor de terceiros, a critrio da administrao e com reposio de custos, na forma definida em regulamento.

    Art. 68. As reposies indenizaes ao errio sero descontadas em parcelas mensais,

    no excedentes dcima parte da remunerao ou provento, em valores atualizados monetariamente.

    CAPTULO II DAS VANTAGENS Art. 69. Alm do vencimento, podero ser pagas ao servidor as seguintes vantagens: I - indenizaes; II - auxlios; III - adicionais; IV - gratificaes. 1 As indenizaes no se incorporam ao vencimento ou provento para qualquer

    efeito. 2 As gratificaes e os adicionais incorporam-se ao vencimento ou provento, nos

    casos e condies previstos em lei. Art. 70. As vantagens pecunirias percebidas pelo servidor pblico no so computadas

    nem acumuladas para fins de concesso de acrscimos ulteriores, sob o mesmo ttulo ou idntico fundamento.

    SEO I DAS INDENIZAES Art. 71. Constituem indenizaes ao servidor: I - ajuda de custo; II - dirias; III - transporte. Art. 72. Os valores das indenizaes, bem como as condies para concesso, sero

    estabelecidos em regulamento. SUBSEO I DA AJUDA DE CUSTO

  • 17

    Art. 73. A ajuda de custo destina-se s despesas de instalao do servidor que, no interesse do servio, passa a ter exerccio em nova sede, com mudana de domiclio em carter permanente.

    1 Correm por conta da administrao as despesas de transporte do servidor e de sua

    famlia, compreendendo passagem, bagagem e bens pessoais. 2 A famlia do servidor que falecer na nova sede so assegurados ajuda de custo e

    transporte para a localidade de origem, dentro do prazo de 01 (um) ano, contado do bito.

    3 A ajuda de custo ser paga no valor de R$ 700,00 (setecentos reais), assegurada a reviso deste valor, sempre na mesma data e mesmo ndice usado para alterar a remunerao e subsdios dos ocupantes de cargos pblicos na administrao direta.

    4. Quando se tratar de viagem para fora do pas compete ao Chefe do Poder

    Executivo o arbitramento de ajuda de custo, independentemente de limite previsto no pargrafo anterior, at o teto de uma remunerao correspondente ao limite desse Poder, devendo o servidor:

    I - no prazo mximo de 30 (trinta) dias do regresso, apresentar relatrio

    circunstanciado, comprovando a realizao da viagem para o fim estabelecido; II - caso no cumpra o disposto no inciso anterior o que acarretar a nulidade da ajuda

    de custo, fica obrigado a devolver imediatamente a importncia recebida, sem prejuzo da sano disciplinar cabvel.

    5 A ajuda de custo ser paga antecipadamente ao servidor, facultando o seu

    recebimento na nova sede. Art. 74. No ser concedida ajuda de custo ao servidor que se afastar do cargo, ou

    reassum-lo, em virtude de mandato eletivo. Art. 75. Ser concedida ajuda de custo quele que, no sendo servidor do Estado, for

    nomeado para Cargo em Comisso, com mudana de domiclio. Art. 76. O servidor restituir a ajuda de custo quando: I - no se transportar para nova sede nos prazos determinados; II - antes de terminar a misso, regressar voluntariamente, pedir exonerao ou

    abandonar o servio. Art. 77 - No h obrigao de restituir a ajuda de custo quando o regresso do servidor

    obedecer a determinao superior ou por motivo de sua prpria sade ou, ainda, por exonerao a pedido, aps trezentos e sessenta e cinco dias de exerccio na nova sede.

    SUBSEO II DAS DIRIAS

  • 18

    Art. 78 - O servidor que a servio se afastar da sede em carter eventual ou transitrio far jus a passagem e dirias, para cobrir as despesas de pousada, alimentao e locomoo urbana.

    Pargrafo nico - A diria ser concedida por dia de afastamento, sendo devida pela

    metade, quando o afastamento no exigir pernoite fora da sede. Art. 79 - Os valores das dirias, a forma de concesso e demais critrios sero

    estabelecidos pelo Chefe do Poder Executivo em regulamento prprio. Art. 80 - O servidor que receber dirias e no se afastar da sede, por qualquer motivo,

    fica obrigado a restitu-la integralmente, no prazo de 05 (cinco) dias, sujeito a punio disciplinar se recebida de m f.

    Pargrafo nico - Na hiptese do servidor retornar sede em prazo menor do que o

    previsto para seu afastamento, restituir as dirias recebidas em excesso, no prazo previsto no caput deste artigo.

    Art. 81 - Ser punido com pena de suspenso e na reincidncia, com a demisso, o

    servidor que, indevidamente, conceder dirias com o objetivo de remunerar outros servios ou encargos ficando, ainda, obrigado reposio da importncia correspondente.

    SUBSEO III DA INDENIZAO DE TRANSPORTE Art. 82 - Conceder-se- indenizao de transporte a servidor que realize despesas com a

    utilizao de meio prprio de locomoo para execuo de servios externos, por fora das atribuies prprias do cargo, conforme dispuser o regulamento.

    SEO II DOS AUXLIOS Art. 83 - So concedidos ao servidor os seguintes auxlios pecunirios: I - transporte; II - diferena de caixa. SUBSEO I DO AUXLIO VALE-TRANSPORTE Art. 84 - O auxlio transporte devido a servidor nos deslocamentos de ida e volta, no

    trajeto entre sua residncia e o local de trabalho, na forma estabelecida em regulamento. 1 - O auxlio transporte concedido mensalmente e por antecipao, com a

    utilizao de sistema de transporte coletivo, sendo vedado o uso de transportes especiais. 2 - Ficam desobrigados da concesso por auxlio, os rgos ou entidades que

    transportem seus servidores por meios prprios ou contratados.

  • 19

    SUBSEO II DO AUXLIO DE DIFERENA DE CAIXA Art. 85 - Ao servidor que, no desempenho de suas atribuies, pagar ou receber em

    moeda corrente, ser concedido auxlio de 20% (vinte por cento) do valor do respectivo vencimento bsico, para compensar eventuais diferenas de caixa, conforme regulamento.

    SEO III DOS ADICIONAIS Art. 86 - Alm do vencimento e das vantagens previstas em lei, sero deferidos aos

    servidores os seguintes adicionais: I - REVOGADO II - - REVOGADO III - adicionais pela prestao de servios extraordinrios; IV - adicionais noturnos; V - adicional de frias. Art. 87 91 - REVOGADOS SUBSEO III DO ADICIONAL PELA PRESTAO DE SERVIOS EXTRAORDINRIOS Art. 92 - O servio extraordinrio ser remunerado com acrscimo de 50% (cinqenta

    por cento) em relao a hora normal de trabalho. Art. 93 - O servio extraordinrio tem carter eventual e s ser admitido em situaes

    excepcionais e temporrias, respeitando o limite mximo de 02 (duas) horas dirias. Art. 94 - vedado conceder gratificao por servio extraordinrio, com o objetivo de

    remunerar outros servios e encargos. 1 - O servidor que receber a importncia relativa a servio extraordinrio que no

    prestou, ser obrigado a restitu-la de uma s vez, ficando ainda sujeito punio disciplinar. 2 - Ser responsabilizada a autoridade que infringir o disposto no caput deste

    artigo. Art. 95 - Ser punido com pena de suspenso e, na reincidncia, com a demisso, o

    servidor que:

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    I - atestar falsamente com prestao de servio extraordinrio. II - se recusar, sem justo motivo, prestao de servio extraordinrio. SUBSEO IV DO ADICIONAL NOTURNO Art. 96 97 - REVOGADOS SUBSEO V DO ADICIONAL DE FRIAS Art. 98 - Independentemente de solicitao ser pago ao servidor, por ocasio das

    frias, um adicional correspondente a 1/3 (um tero) da remunerao do perodo das frias. 1 - No caso de o servidor exercer funo de direo ou chefia ou assessoramento ou

    ocupar cargo em comisso, a respectiva vantagem ser considerada no clculo do adicional de que trata este artigo.

    2 - O servidor em regime de acumulao legal, receber o adicional de frias

    calculado sobre a remunerao dos dois cargos. SEO IV DAS GRATIFICAES Art. 99 - So concedidas aos servidores as seguintes gratificaes: I - pelo exerccio de Funo de Direo, Chefia, Assessoramento e Assistncia; II - natalina; III - pela elaborao ou execuo de trabalhos tcnicos ou cientficos; IV - outras institudas por lei. Art. 100 102 - REVOGADOS SUBSEO II DA GRATIFICAO NATALINA Art. 103. A gratificao natalina corresponde 1/12 (um doze avos) da remunerao a

    que o servidor fizer jus no ms de dezembro, por ms de exerccio no respectivo ano, extensiva aos inativos.

    Pargrafo nico - A frao igual ou superior a 15 (quinze) dias ser considerada como

    ms integral. Art. 104 - A gratificao ser paga at o dia 20 do ms de dezembro da cada ano.

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    Art. 105 - O servidor exonerado perceber sua gratificao natalina, proporcionalmente aos meses de exerccio, calculada sobre a remunerao do ms de exonerao.

    Art. 106. Quando o servidor perceber alm do vencimento ou remunerao fixa, parte

    varivel, a bonificao natalina corresponder soma da parte fixa mais a mdia aritmtica da parte varivel at o ms de novembro.

    1 - No caso de acumulao constitucional, ser devida a gratificao natalina em

    ambos os cargos ou funes.

    SUBSEO III DA GRATIFICAO PELA ELABORAO OU EXECUO DE TRABALHOS TCNICOS OU CIENTFICOS Art. 107. A gratificao pela elaborao ou execuo de trabalho tcnico ou cientfico

    ser concedida quando se tratar: I - de trabalho que venha a resultar benefcio para a humanidade; II - de trabalho de que venha a resultar melhoria nas condies econmicas na Nao

    ou do Estado, ou do em estar da coletividade; III - de trabalho de que venha resultar melhoria sensvel para a Administrao Pblica,

    ou em benefcio do pblico, ou de seus prprios servios; IV - de trabalho elaborado por determinao ou solicitao do Governador ou

    Secretrio de Estado, cumulativamente com as funes do cargo, e que venha a se constituir em Projeto de Lei ou Decreto de real importncia, aprovado pelo Chefe do Poder Executivo.

    Art. 108. A gratificao pela elaborao ou execuo de trabalho tcnico ou cientfico ser arbitrada pelo Chefe do Poder Executivo.

    1 - No caso de trabalho realizado por equipe, em comisso ou grupo de trabalho, os

    limites estabelecidos neste artigo sero considerados em relao a cada servidor, de acordo com a sua participao.

    2 A gratificao estabelecida no caput deste artigo vinculada ao trabalho que lhe deu origem e seu pagamento dar-se- em tantas parcelas, quantos forem os meses de sua durao, coincidentes s datas de pagamento do servidor.

    Art. 109 - A elaborao ou execuo de trabalho tcnico ou cientfico s poder ser

    gratificada, quando no constituir tarefa ou encargo que caiba ao servidor executar ordinariamente no desempenho de suas funes.

    Pargrafo nico. Podero integrar as Equipes, Comisses ou Grupos de Trabalho, servidores do quadro efetivo do Estado, os investidos em cargo comissionado, bem como outros agentes pblicos federais, municipais ou empregados da administrao indireta,

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    cedidos ou postos disposio do Estado, alcanando-lhes a gratificao referida no caput do artigo anterior.

    CAPTULO III DAS FRIAS Art. 110 - O servidor far jus a 30 (trinta) dias consecutivos de frias, de acordo com

    escala organizada. 1 - A escala de frias dever ser elaborada no ms de novembro do ano em curso,

    objetivando sua aplicao no ano seguinte, podendo ser alterada de acordo com a premente necessidade de servio.

    2 - vedado levar conta das frias qualquer falta ao trabalho. 3 - Somente depois do primeiro ano de exerccio, adquirir o servidor o direito a

    frias. 4 - proibida a acumulao de frias, salvo por absoluta necessidade de servio

    devidamente justificada e pelo mximo de 02 (dois) perodos. 5 - Os professores, desde que em regncia de classe, gozaro frias fora do perodo

    letivo. Art. 111 - Durante as frias, o servidor ter direito s vantagens como se estivesse em

    exerccio. Art. 112 - vedada a concesso de frias superiores a 30 (trinta) dias, consecutivos ou

    no, por ano, a qualquer servidor pblico estadual, com exceo dos casos previstos em lei especfica.

    Art. 113 - facultado ao servidor converter 1/3 das frias em abono pecunirio, desde

    que requeira com pelo menos 60 (sessenta) dias de antecedncia. Pargrafo nico - No clculo do abono pecunirio ser considerado o valor adicional de

    frias. Art. 114 - O servidor que opera direta e permanentemente com Raio X ou substncia

    radioativas, gozar obrigatoriamente, 20 (vinte) dias consecutivos de frias, por semestre de atividade profissional, proibida, em qualquer hiptese, a acumulao.

    Pargrafo nico. Para cada perodo de gozo de frias, ser antecipado ao servidor (a) o valor correspondente a 1/3 (um tero) da sua remunerao, no fazendo jus a concesso de abono pecunirio de que trata o artigo 113.

  • 23

    Art. 115 - As frias somente podero ser interrompidas por motivo de calamidade pblica, comoo interna, convocao para jri, servio militar ou eleitoral ou por motivo de superior interesse pblico.

    CAPTULO IV DAS LICENAS SEO I DAS DISPOSIES GERAIS Art. 116 - Conceder-se- ao servidor Licena: I - por motivo de doena em pessoa da famlia; II - por motivo de afastamento do cnjuge ou companheiro; III - para o servio militar; IV - para atividade poltica; V - prmio por assiduidade VI - para tratar de interesse particular; VII - para desempenho de mandato classista; VIII - para participar de cursos de especializao ou aperfeioamento;

    1 - A licena prevista no inciso I ser precedida de exame por mdico ou junta

    mdica oficial. 2 - O servidor no poder permanecer em licena da mesma espcie por um perodo

    superior a 24 (vinte e quatro) meses, salvo nos casos dos incisos II, III, IV, VII, VIII e IX. 3 - vedado o exerccio da atividade remunerada durante o perodo da licena

    prevista no inciso I deste artigo. Art. 117 - A licena concedida dentro de 60 (sessenta) dias do trmino de outra da

    mesma espcie, ser considerada como prorrogao. Art. 118 - O servidor dever aguardar em exerccio a concesso de licena, salvo

    doena comprovada que o impea de comparecer ao servio, hiptese em que o prazo de licena comear correr a partir do impedimento.

    SEO II DA LICENA POR MOTIVO DE DOENA EM PESSOA DA FAMLIA Art. 119 - Poder ser concedida licena ao servidor por motivo de doena do cnjuge

    ou companheiro, padrasto ou madrasta, ascendente, descendente, enteado e colateral

  • 24

    consangneo ou afim at o segundo grau civil, mediante comprovao por Junta Mdica Oficial.

    1 - A licena somente ser deferida se a assistncia direta do servidor for

    indispensvel e no puder ser prestada simultaneamente com o exerccio do cargo. 2 - A licena ser concedida sem prejuzo de remunerao do cargo efetivo, at 90

    (noventa) dias, podendo ser prorrogada por at 90 (noventa) dias, mediante parecer da Junta Mdica e, excedendo estes prazos, sem remunerao.

    3 - Sendo os membros da famlia servidores pblicos regidos por este Estatuto, a

    licena ser concedida, no mesmo perodo, a apenas um deles. 4 - A licena pode ser concedida para parte da jornada normal de trabalho, a pedido

    do servidor ou a critrio da Junta Mdica Oficial. 5 - A licena fica automaticamente cancelada com a cassao do fato originador,

    levando-se conta de falta as ausncias desde 08 (oito) dias aps a cessao de sua causa at o dia til anterior apresentao do servidor ao servio.

    SEO III LICENA POR MOTIVO DE AFASTAMENTO DO CNJUGE OU COMPANHEIRO Art. 120 - O servidor ter direito licena para acompanhar o cnjuge ou companheiro

    que for deslocado para outro Estado da Federao, para o exterior ou para o exerccio eletivo. 1 - A licena ser sem remunerao, salvo se existir no novo local da residncia,

    unidade pblica estadual onde possa o servidor exercer as atividades do cargo em que estiver enquadrado.

    2 - A licena ser concedida mediante pedido e poder ser renovada de 02 (dois) em

    02 (dois) anos. SEO IV DA LICENA PARA O SERVIO MILITAR Art. 121 - Ao servidor convocado para o servio militar ser concedida licena, na

    forma e condies previstas na legislao especfica. 1 - A licena ser concedida mediante apresentao do documento oficial que

    comprove a incorporao. 2 - Concludo o servio militar, o servidor ter 30 (trinta) dias sem remunerao para

    reassumir o exerccio do cargo. SEO V DA LICENA PARA ATIVIDADE POLTICA

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    Art. 122 - O servidor ter direito a licena, sem remunerao, durante o perodo que mediar entre a sua escolha em conveno partidria como candidato a cargo eletivo, e a vspera do registro de sua candidatura perante a Justia Eleitoral.

    1 - O servidor candidato a cargo eletivo na localidade onde desempenha suas

    funes e que exera cargo de direo, chefia, assessoramento, arrecadao ou fiscalizao, dele ser afastado, a partir do dia imediato ao do registro de sua candidatura perante a Justia Eleitoral, at o 15 (dcimo quinto) dia seguinte ao do pleito.

    2 - A partir do registro da candidatura e at o 15 (dcimo quinto) dia seguinte ao da

    eleio, o servidor far jus licena como se em efetivo exerccio estivesse, com a remunerao de que trata o art. 65.

    SEO VI DA LICENA PRMIO POR ASSIDUIDADE Art. 123 - Aps cada qinqnio ininterrupto de efetivo servio prestado ao Estado de

    Rondnia, o servidor far jus a 3 (trs) meses de licena, a ttulo de prmio por assiduidade com remunerao integral do cargo e funo que exercia.

    1 Os perodos de licena prmio j adquiridos e no gozados pelo servidor que vier a

    falecer, sero convertidos em pecnia, e revertidos em favor de seus beneficirios da penso. (renumerado pela Lei Complementar n 122, de 28.11.1994)

    2 - Os perodos de licena prmio por assiduidade j adquiridos e no gozados pelo

    servidor pblico do Estado, que ao serem requeridos e forem negados pelo rgo competente, por necessidade do servio, fica assegurado ao requerente, o direito de optar pelo recebimento em pecnia a licena que fez jus, devendo a respectiva importncia ser includa no primeiro pagamento mensal, subsequente ao indeferimento do pedido. Efeitos suspensos pela ADI 1197 STF

    3 REVOGADO 4 - Sempre que o servidor na ativa completar dois ou mais perodos de licena

    prmios no gozados, poder optar pela converso de um dos perodos em pecnia. Igualmente em caso de falecimento os beneficirios recebero em pecnia tantos quantos perodos de licena premio adquiridos e no gozados em vida, beneficio este segurado ao servidores quando ingressarem na inatividade, observada sempre a disponibilidade oramentria e financeira de cada unidade.

    5 - Quando servidor tiver adquirido apenas um perodo de licena prmio por

    assiduidade e, por motivo de interesse da administrao, demostrando atravs de despacho fundamento do seu chefe imediato a imprescindibilidade daquele para continuidade dos servios que lhe so afetos, tambm poder optar em pecnia o beneficio da decorrente, observada sempre pelo administrador a disponibilidade oramentria e financeira do rgo de lotao do servidor.

    Art. 124. Em caso de acumulao legal de cargo, a licena ser concedida em relao a

    cada um.

  • 26

    Pargrafo nico. Ser independente o cmputo do qinqnio em relao a cada um

    dos casos. Art. 125 - No se conceder licena prmio por assiduidade ao servidor que, no perodo

    aquisitivo: I - sofrer penalidade disciplinar de suspenso; II - afastar-se do cargo em virtude de: a) licena por motivo de doena em pessoa da famlia, sem remunerao; b) licena para tratar de interesses particulares; c) condenao e pena privativa de liberdade por sentena definitiva; d) afastamento para acompanhar cnjuge ou companheiro. Pargrafo nico - As faltas injustificadas ao servio retardaro a concesso da licena

    prevista neste artigo, na proporo de 1 (um) ms para cada falta. Art. 126 - O nmero de servidores em gozo simultneo de licena prmio por

    assiduidade no poder ser superior a 1/3 (um tero) da lotao da respectiva unidade administrativa do rgo ou entidade.

    Art. 127 - REVOGADO

    SEO VII DA LICENA PARA TRATAR DE INTERESSE PARTICULAR

    Art. 128. O servidor pode obter licena sem vencimento para tratar de interesse

    particular.

    1 A licena de que trata o "caput" deste artigo ter durao de trs anos consecutivos, prorrogvel por igual perodo, vedada a sua interrupo, respeitado o interesse da administrao.

    2 - O servidor que requerer a licena sem remunerao dever permanecer em

    exerccio at a data da publicao do ato. 3 - O disposto nesta seo no se aplica ao servidor em estgio probatrio. 4 - O servidor licenciado para tratar de interesse particular no poder, no mbito da

    Administrao Pblica Direta, Autarquia e Fundacional dos Poderes Estaduais e Municipais, ser contratado temporariamente, a qualquer ttulo.

  • 27

    5 O servidor no poder ser demitido, no perodo de 1 (um) ano, aps o cumprimento da Licena sem remunerao.

    6 Quando estiver em gozo de Licena Extraordinria Incentivada o servidor no ser

    demitido. Art. 129. O servidor poder desistir da licena a qualquer tempo. Pargrafo nico. Fica caracterizado o abandono de cargo pelo servidor que no retornar

    ao servio 30 (trinta) dias aps o trmino da licena. Art. 130. Em caso de interesse pblico comprovado, a licena poder ser interrompida,

    devendo o servidor ser notificado do fato. Pargrafo nico. Na hiptese deste artigo, o servidor dever apresentar-se no servio no

    prazo de 15 (quinze) dias, a partir da notificao, findos os quais a sua ausncia ser computada como falta.

    SEO VIII DA LICENA PARA DESEMPENHO DE MANDATO CLASSISTA Art. 131 - assegurado a servidor estadual e a servidor da Unio disposio do

    Estado o direito a licena para desempenho de mandato em entidade classista legalmente instituda.

    1 - Os servidores eleitos para dirigentes sindicais sero colocados disposio do

    seu Sindicato, com nus para o seu rgo de origem, na forma estabelecida no 4, art. 20 da Constituio Estadual.

    2 - A licena tem durao igual a do mandato, podendo ser renovada em caso de

    reeleio. 3 - Ao servidor licenciado so assegurados todos os direitos do cargo efetivo, como

    se exercendo o estivesse. 4 - Somente podero ser licenciados servidores eleitos para cargo de direo ou

    representao nas referidas entidades at o mximo de 04 (quatro) membros por entidade. SEO IX DA LICENA PARA FREQENTAR APERFEIOAMENTO E QUALIFICAO PROFISSIONAL Art. 132 - O servidor estvel poder afastar-se do rgo ou entidade em que tenha

    exerccio ou ausentar-se do Estado, para estudo ou misso oficial, mediante autorizao do Chefe de cada Poder.

    1 - V E T A D O.

  • 28

    2 - Ao servidor autorizado a freqentar curso de graduao, aperfeioamento ou

    especializao, com nus, assegurada a remunerao integral do cargo efetivo, ficando obrigado a remeter mensalmente ao seu rgo de lotao o comprovante de freqncia do referido curso.

    3 - A falta de freqncia implicar a suspenso automtica da licena e da

    remunerao do servidor, devendo retornar ao servio no prazo de 30 (trinta) dias. 4 - A licena para freqentar curso de aperfeioamento ou especializao somente

    ser concedida se este for compatvel com a formao e as funes exercidas pelo servidor e do interesse do Governo do Estado.

    5 - A licena para freqentar cursos de graduao ser restrita queles no oferecidos

    pelas Instituies de Ensino Superior existentes no Estado. 6 - Findo o estudo, somente, decorrido igual perodo, ser permitido novo

    afastamento. Art. 133 - Concluindo a licena de que trata o artigo anterior, ao servidor beneficiado

    no ser concedida a exonerao ou licena para interesse particular, antes de decorrido perodo igual ao do afastamento, ressalvada a hiptese do ressarcimento da despesa havida com seu afastamento, ao Tesouro Estadual.

    Pargrafo nico - No cumprida a obrigao prevista neste artigo, o servidor ressarcir

    ao Estado as despesas havidas com seu afastamento. SEO X DA LICENA PARA MANDATO ELETIVO Art. 134 - Ao servidor em exerccio de mandato eletivo aplicar-se-o as seguintes

    disposies: I - em qualquer caso em que se exija o afastamento para o exerccio de mandato

    eletivo, seu tempo de servio ser contado para todos os efeitos legais; II - investido no mandato de Prefeito, ser afastado do cargo efetivo, facultada a opo

    pela sua remunerao; III - investido em mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horrio, perceber

    as vantagens do seu cargo efetivo, sem prejuzo na remunerao do cargo eletivo, e no havendo compatibilidade, ser aplicada a norma do inciso anterior.

    Pargrafo nico - Para efeito de benefcio previdencirio, no caso de afastamento, os

    valores sero determinados como se no exerccio estivesse. CAPTULO V DAS CONCESSES

  • 29

    Art. 135 - Sem qualquer prejuzo, poder o servidor ausentar-se do servio: I - por um dia, para doao de sangue; II - por dois dias, para se alistar como eleitor; III - por oito dias consecutivos, em razo de: a) casamento; b) falecimento de cnjuge, companheiro, pais, madrasta ou padrasto, filhos, enteados,

    menor sob sua guarda e irmo. CAPTULO VI DO TEMPO DE SERVIO Art. 136 - contado para todos os efeitos legais o tempo de exerccio em cargo,

    emprego ou funo pblica da Administrao Direta, das Autarquias e das Fundaes Pblicas.

    Art. 137 - A apurao do tempo de servio ser feita em dias, que sero convertidos em

    anos, considerado o ano como de 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias. Pargrafo nico - Feita a converso, os dias restantes at 180 (cento e oitenta) no sero

    computados, arredondando-se para 01 (um) ano quando excederem a esse nmero, nos casos de clculos de proventos de aposentadoria proporcional e disponibilidade.

    Art. 138 - Alm das ausncias aos servio prestadas no artigo 135, so considerados

    como efetivo exerccio os afastamentos em virtude de: I - frias; II - convocao para o servio militar; III - jri e outros servios obrigatrios por lei; IV - exerccio de cargo de provimento em comisso na Administrao Direta,

    Autrquica ou em Fundaes institudas pelo Estado de Rondnia; V - exerccio de cargo ou funo de governo ou de administrao, em qualquer parte do

    Territrio Nacional, por nomeao do Presidente da Repblica; VI - exerccio do cargo de Secretrio de Estado ou Municipal em outras Unidades da

    Federao, com prvia e expressa autorizao do Chefe do Poder Executivo; VII - desempenho de mandato deliberativo em empresa pblica e sociedade de

    economia mista sob o controle acionrio do Estado de Rondnia; VIII - licena especial;

  • 30

    IX - licena gestante ou adotante; X - licena paternidade; XI - licena para tratamento de sade at o limite mximo de 24 (vinte e quatro) meses; XII - licena por motivo de doena em pessoa da famlia, enquanto remunerada; XIII - licena ao servidor acidentado em servio ou acometido de doena profissional; XIV - trnsito do servidor que passar a ter exerccio em nova sede, definido como

    perodo de tempo no superior a 30 (trinta) dias, contados do seu deslocamento, necessrio viagem para o novo local de trabalho;

    XV - misso ou estudo no pas ou no exterior, quando o afastamento for com ou sem

    remunerao; XVI - exerccio de mandato eletivo federal, estadual, municipal ou sindical, mesmo que

    em licena Constitucional remunerada. Pargrafo nico - Considera-se, ainda, como de efetivo exerccio o perodo em que o

    servidor estiver em disponibilidade. Art. 139 - Contar-se- apenas para efeito de aposentadoria e disponibilidade o tempo de

    servio: I - como contratado ou sob qualquer outra forma de admisso, desde que remunerada

    pelos cofres estaduais; II - em instituio de carter privado que tiver sido encampada ou transformada em

    estabelecimento pblico; III - pblico prestado a Unio, aos Estados, Municpios e Distrito Federal; IV - em licena para tratamento de sade de pessoa da famlia do servidor, com

    remunerao; V - em licena para atividade poltica, no caso do artigo 122; VI - correspondente ao desempenho de mandato eletivo federal, estadual, municipal ou

    distrital, anterior ao ingresso no servio pblico estadual se contribuinte do rgo previdencirio;

    VII - em atividade privada, vinculada Previdncia Social. 1 - vedada a contagem cumulativa de servio prestado, concomitantemente, em

    mais de um cargo ou funo de rgo ou entidade dos Poderes da Unio, Estado Distrito

  • 31

    Federal e Municpio, Autarquia, Fundao Pblica, Sociedade de Economia Mista e Empresa Pblica.

    2 - No ser contado o tempo de servio que j tenha sido base para concesso de

    aposentadoria por outro sistema. 3 - Ser contado em dobro o tempo de servio prestado s foras armadas em

    operaes de guerra. Art. 140 - A comprovao do tempo se servio para efeito de averbao procedido

    mediante certido original, contendo os seguintes requisitos: I - a expedio por rgo competente e visto da autoridade responsvel; II - a declarao de que os elementos da certido foram extrados de documentao

    existente na respectiva entidade, anexando cpia dos atos de admisso e dispensa, ou documentao comprobatria;

    III - a discriminao do cargo, emprego ou funo exercidos e a natureza do seu

    provimento; IV - a indicao das datas de incio e trmino do exerccio; V - a converso em ano dos dias de efetivo exerccio, na base de 365 (trezentos e

    sessenta e cinco) dias por ano; VI - o registro de faltas, licenas, penalidades sofridas e outras notas constantes do

    assentamento individual; VII - qualificao do interessado. 1 - O servidor pblico ex-contribuinte da Previdncia Social, deve ainda apresentar

    certido do tempo de servio expedida por aquela entidade. 2 - A justificao judicial, como prova do tempo de servio estadual, pode ser

    admitida to somente nos casos de evidenciada impossibilidade de atendimento aos requisitos do artigo anterior, acompanhada de prova documental contempornea.

    CAPTULO VII DO DIREITO DE PETIO Art. 141 - assegurado ao servidor, requerer, pedir reconsiderao e recorrer de

    decises. Art. 142 - O requerimento dirigido autoridade competente para decid-lo e

    encaminhado por intermdio daquele a quem o requerente esteja imediatamente subordinado. Art. 143 - Cabe pedido de reconsiderao, que no pode ser renovado, autoridade que

    tenha expedido o ato ou proferido a primeira deciso.

  • 32

    Pargrafo nico - O requerimento e o pedido de reconsiderao devem ser decididos

    dentro de trinta dias, prorrogveis por igual perodo, em caso de diligncia. Art. 144 - Sob pena de responsabilidade, ser assegurado ao servidor: I - o rpido andamento dos processos de seu interesse nas reparties pblicas; II - a cincia das informaes, pareceres e despachos dados em processos que a ele se

    refiram; III - a obteno de certides requeridas para defesa de seus direitos e esclarecimentos

    de situaes, salvo se o interesse pblico impuser sigilo. Art. 145 - O requerimento inicial do servidor no precisar vir acompanhado dos

    elementos comprobatrios do direito pleiteado, desde que constem do assentamento individual do requerente.

    Art. 146 - Cabe recurso: I - do indeferimento do pedido de reconsiderao; II - das decises sobre os recursos, sucessivamente interpostos. 1 - O recurso dirigido autoridade imediatamente superior que tenha expedido o

    ato proferido a deciso e, sucessivamente na escala ascendente, s demais autoridades, devendo ser decidido no prazo de 30 (trinta) dias.

    2 - Nenhum recurso pode ser dirigido mais de uma vez mesma autoridade. 3 - O recurso encaminhado por intermdio da autoridade a que o requerente esteja

    imediatamente subordinado. 4 - Os pedidos de reconsiderao e os recursos no tm efeito suspensivo; os que

    sejam providos, porm, do lugar s retificaes necessrias, retroagindo seus efeitos data do ato impugnado.

    Art. 147 - O prazo para interposio de pedido de reconsiderao ou de recurso de 30

    (trinta) dias, a contar da publicao ou da cincia pelo interessado, da deciso decorrida. Art. 148 - O direito de requerer prescreve: I - em cinco anos, quanto aos atos de demisso, cassao de aposentadoria e de

    disponibilidade ou que afetem interesse patrimonial e crditos resultantes da relao de trabalho;

    II - em 180 (cento e oitenta) dias, nos demais casos.

  • 33

    Art. 149 - O pedido de reconsiderao e o recurso, quando cabveis, interrompem a prescrio.

    Pargrafo nico - Interrompida a prescrio, o prazo comea a correr pelo restante, no

    dia em que cessar a interrupo. Art. 150 - A prescrio de ordem pblica, no podendo ser relevada pela

    administrao. Art. 151 - Para o exerccio do direito de petio, assegurada vistas ao processo ou

    documento, na repartio, ao servidor ou a procurador po ele constitudo. Art. 152 - A administrao deve rever seus atos, a qualquer tempo, quando eivados de

    ilegalidade. Art. 153 - So fatais e improrrogveis os prazos estabelecidos neste Captulo, salvo

    motivo de fora maior. TTULO IV DO REGIME DISCIPLINAR CAPTULO I DOS DEVERES Art. 154 - So deveres do servidor: I - assiduidade e pontualidade; II - urbanidade; III - lealdade s instituies a que servir; IV - observncia das normas legais e regulamentares; V - obedincia s ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais; VI - atender prontamente s requisies para defesa da Fazenda Pblica e expedio

    de certides; VII - zelar pela economia do material e conservao do patrimnio pblico; VIII - representar contra a ilegalidade ou abuso de poder, por via hierrquica; IX - levar ao conhecimento da autoridade as irregularidades de que tiver cincia; X - manter conduta compatvel com a moralidade administrativa. CAPTULO II DAS PROIBIES

  • 34

    Art. 155 - Ao servidor proibido: I - ausentar-se do servio durante o expediente, sem prvia autorizao do chefe

    imediato; II - retirar, sem prvia anuncia da autoridade competente, qualquer documento ou

    objeto da repartio; III - recusar f a documentos pblicos; IV - opor resistncia injustificada ao andamento de documento e processo ou execuo

    de servios; V - promover manifestaes de apreo ou desapreo no recinto da repartio; VI - cometer a pessoa estranha repartio, fora dos casos previstos em lei, o

    desempenho de atribuio que seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado; VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associao profissional

    ou sindical, ou a partido poltico; VIII - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou funo de confiana, cnjuge,

    companheiro ou parente at segundo grau civil; IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da

    dignidade da funo pblica; X - participar de gerncia ou administrao de empresa privada, de sociedade civil, ou

    exercer o comrcio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditrio; XI - atuar, como procurador ou intermedirio, junto as reparties pblicas, salvo

    quando se tratar de benefcios previdencirios ou assistenciais de perante at o segundo grau e de cnjuge ou companheiro;

    XII - receber propina, comisso, presente ou vantagem de qualquer espcie, em razo

    de suas atribuies; XIII - aceitar comisso, emprego ou penso de Estado estrangeiro; XIV - praticar usura sob qualquer de suas formas; XV - proceder de forma desidiosa; XVI - utilizar pessoal ou recursos materiais de repartio em servio ou atividades

    particulares; XVII - cometer a outro servidor atribuies estranhas ao cargo que ocupa, exceto em

    situaes de emergncia e transitrias;

  • 35

    XVIII - exercer quaisquer atividades que sejam incompatveis com o exerccio do cargo ou funo e com o horrio de trabalho;

    XIX - deixar de pagar dvidas ou penses a que esteja obrigado em virtude de deciso

    judicial. CAPTULO III DA ACUMULAO Art. 156 - vedada a acumulao remunerada de cargos pblicos ressalvados os casos

    previstos na Constituio Federal. 1 - A proibio de acumular estende-se a cargos, empregos e funes em autarquias,

    fundaes pblicas, empresas pblicas, sociedades de economia mista da Unio, do Distrito Federal, Estado e dos Municpios.

    2 - A acumulao de cargos, ainda que lcita, condicionada comprovao de

    compatibilidade de horrios. Art. 157 - O servidor vinculado ao regime desta Lei Complementar, que acumular

    licitamente 02 (dois) cargos efetivos, quando investido em cargo de provimento em comisso, ficar afastado de ambos os cargos efetivos.

    Art. 158 - permitida a acumulao de percepo de provento, com remunerao

    decorrente do exerccio de cargos acumulados legalmente. Art. 159 - Verificada acumulao ilcita de cargos, funes ou empregos, o servidor

    obrigado a solicitar exonerao de um deles, dentro de 05 (cinco) dias. Pargrafo nico - Decorrido o prazo deste artigo, sem que manifeste a sua opo ou

    caracterizada a m f, o servidor sujeito s sanes disciplinares cabveis, restituindo o que tenha percebido indevidamente.

    CAPTULO IV DAS RESPONSABILIDADES Art. 160 - O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exerccio

    irregular de suas atribuies. Art. 161 - A responsabilidade civil decorre de procedimento doloso ou culposo que

    importe em prejuzo do patrimnio do Estado ou terceiros. 1 - A indenizao pelos prejuzos causados Fazenda Pblica pode ser liquidada

    atravs de desconto em folha, em parcelas mensais inferiores dcima parte da remunerao ou provento.

    2 - Tratando-se de dano causado a terceiros, o servidor responde perante a Fazenda

    Pblica, em ao regressiva.

  • 36

    Art. 162 - A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenes imputados ao

    servidor, nessa qualidade. Art. 163 - A responsabilidade administrativa resulta de ato omissivo ou comissivo

    praticado no desempenho de cargo ou funo. Art. 164 - A responsabilidade administrativa no exime a responsabilidade civil ou

    criminal, nem o pagamento da indenizao elide a pena disciplinar. Art. 165 - A responsabilidade civil ou administrativa do servidor afastada em caso de

    absolvio criminal que negue a existncia do fato ou sua autoria. CAPTULO V DAS PENALIDADES Art. 166 - So penalidades disciplinares: I - repreenso; II - suspenso; III - demisso; IV - cassao de aposentadoria ou disponibilidade; V - destituio de cargo em comisso; VI - destituio de funo gratificada; VII - REVOGADO Art. 167 - So infraes disciplinares punveis com pena de repreenso, inserta nos

    assentamentos funcionais: I - inobservar o dever funcional previsto em lei ou regulamento; II - deixar de atender convocao para jri ou servio eleitoral; III - desrespeitar, verbalmente ou por atos, pessoas de seu relacionamento profissional

    ou pblico; IV - deixar de pagar dvidas ou penses a que esteja obrigado em virtude de deciso

    judicial; V - deixar de atender, nos prazos legais, sem justo motivo, sindicncia ou processo

    disciplinar.

  • 37

    Art. 168 - So infraes disciplinares punveis com suspenso de at 10 (dez) dias: I - a reincidncia de qualquer um dos itens do artigo 167; II - dar causa instaurao de sindicncia ou processo disciplinar, imputando a

    qualquer servidor infrao da qual o sabe inocente; III - faltar verdade, com m f, no exerccio das funes; IV - deixar, por condescendncia, de punir subordinado que tenha cometido infrao

    disciplinar; V - fazer afirmao falsa, negar ou calar a verdade, como testemunha ou perito em

    processo disciplinar; VI - delegar a pessoa estranha repartio, fora dos casos previstos em lei, atribuio

    que seja de sua competncia e responsabilidade ou de seus subordinados; VII - indisciplina ou insubordinao; VIII - reincidncia do inciso IV do artigo 167; IX - deixar de atender: a) a requisio para defesa da Fazenda Pblica; b) a pedido de certides para a defesa de direito subjetivo, devidamente indicado. X - retirar, sem autorizao escrita do superior, qualquer documentos ou objeto da

    repartio. Art. 169 - So infraes disciplinares punveis com suspenso de at 30 (trinta) dias: I - a reincidncia de qualquer um dos itens do artigo 168; II - ofensa fsica, em servio, contra qualquer pessoa, salvo em legtima defesa; III - obstar o pleno exerccio da atividade administrativa; IV - conceder dirias com o objetivo de remunerar outros servios ou encargos, bem

    como receb-las pela mesma razo ou fundamento; V - atuar, como procurador ou intermediria, junto reparties pblicas, salvo quando

    se tratar de parentes at segundo grau, cnjuge ou companheiro; VI - aceitar representao ou vantagens financeiras de Estado estrangeiro;

  • 38

    VII - a no atuao ou a no notificao de contribuinte incurso de infrao de lei fiscal e a no apreenso de mercadorias em trnsito nos casos previstos em lei, configurando prtica de leso aos cofres pblicos pelo servidor responsvel.

    Art. 170 - So infraes disciplinares punveis com demisso: I - crime contra a administrao pblica;

    II - abandono de cargo ou emprego; III - inassiduidade habitual; IV - improbidade administrativa; V - incontinncia pblica e conduta escandalosa; VI - insubordinao grave em servio; VII - ofensa fsica, em servio, a servidor ou a particular, salvo em legtima defesa

    prpria ou de outrem; VIII - aplicao irregular de dinheiro pblico; IX - revelao de segredo do qual se apropriou em razo do cargo; X - leso aos cofres pblicos e dilapidao do patrimnio pblico; XI - corrupo em quaisquer modalidades; XII - acumulao ilegal de cargos, empregos ou funes pblicas; XIII a transgresso dos incisos IX a XVII do artigo 155; XIV - reincidncia de infrao capitulada no inciso VI e VII, do artigo 169. 1 - A demisso incompatibiliza o ex-servidor para nova investidura em cargo pblico

    do Estado, dependendo das circunstncias atenuantes ou agravantes, pelo prazo de 05 (cinco) anos o qual constar sempre dos atos de demisso.

    2 - Configura abandono de cargo ou emprego a ausncia injustificada do servidor ao servio por 15 (quinze) dias consecutivos.

    3 - Entende-se por inassiduidade habitual a falta ao servio, sem causa justificada,

    por 30 (trinta) dias no consecutivos, durante um perodo de 12 (doze) meses. Art. 171 - A cassao de aposentadoria ou disponibilidade aplica-se: I - ao servidor que, no exerccio de seu cargo, tenha praticado falta punvel com

    demisso;

  • 39

    II - ao servidor que, mesmo aposentado ou em disponibilidade, aceite representao ou

    vantagens financeiras de Estado estrangeiro, sem prvia autorizao da autoridade competente.

    Art. 172 - O servidor, aposentado ou em disponibilidade que, no prazo legal, no entrar

    em exerccio do cargo a que tenha revertido, responde a processo disciplinar e, uma vez provada a inexistncia de motivo justo, sofre pena de cassao da aposentadoria ou disponibilidade.

    Art. 173 - Ser destitudo do cargo em comisso o servidor que praticar infrao

    disciplinar, punvel com suspenso e demisso. Art. 174 - O servidor punido com demisso suspenso do exerccio do outro cargo

    pblico, que legalmente acumule, pelo tempo de durao da penalidade. Art. 175 - No ato punitivo constar sempre os fundamentos da penalidade aplicada. Art. 176 - So circunstncias agravantes da pena: I - a premeditao; II - a reincidncia; III - o conluio; IV - a continuao; V - o cometimento do ilcito: a) mediante dissimulao ou outro recurso que dificulte o processo disciplinar; b) com abuso de autoridade; c) durante o cumprimento da pena; d) em pblico. Art. 177 - So circunstncias atenuantes da pena: I - tenha sido mnima a cooperao do servidor na prtica da infrao; II - tenha o agente: a) procurado, espontaneamente e com eficincia, logo aps o cometimento da infrao

    ou em tempo evitar-lhe ou minorar-lhe as conseqncias, ou ter, antes do julgamento, reparado o dano civil;

  • 40

    b) cometido a infrao sob coao de superior hierrquico, a quem no tivesse como resistir, ou sob influncia de emoo violenta, provocada por ato injusto de terceiros;

    c) confessado espontaneamente a autoria da infrao, ignorada ou imputada a outrem; d) mais de cinco anos de servio com bom comportamento, no perodo anterior a

    infrao. Art. 178 - Para a imposio de pena disciplinar so competentes: I - no caso de demisso e cassao de aposentadoria ou de disponibilidade, a autoridade

    competente para nomear ou aposentar; II - no caso de suspenso, o Secretrio de Estado, autoridades equivalentes, dirigentes

    de autarquias e fundaes pblicas; III - no caso de repreenso, a chefia imediata.

    Art. 179. Prescreve em 5 (cinco) anos a ao punitiva da Administrao Pblica

    Estadual, direta e indireta, objetivando apurar infrao legislao em vigor, contados da data da prtica do ato ou, no caso de infrao permanente ou continuada, do dia em que tiver cessado.

    1. Incide a prescrio no procedimento administrativo paralisado por mais de 3 (trs) anos, pendente de julgamento ou despacho, cujos autos sero arquivados de ofcio ou mediante requerimento da parte interessada, sem prejuzo da apurao da responsabilidade funcional decorrente da paralisao, se for o caso.

    2. Quando o fato objeto da ao punitiva da administrao tambm constituir crime,

    a prescrio reger-se- pelo prazo previsto na Lei Penal.

    Art. 180 - REVOGADO TTULO V DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR CAPTULO I DAS DISPOSIES GERAIS Art. 181. A autoridade que tiver cincia de irregularidades no servio pblico

    obrigada a promover a sua apurao imediata, mediante sindicncia ou processo disciplinar. Pargrafo nico. A instaurao de sindicncia de competncia do Secretrio de

    Estado ou titular do rgo a que pertence o servidor, para apurao preliminar de infraes disciplinares, podendo ensejar, ou no, a imediata imputao de pena, desde que assegurada, ao acusado, ampla defesa, e no restem dvida quanto culpabilidade, nos termos do Captulo II, deste Ttulo.

    Art. 182. - REVOGADO

  • 41

    CAPTULO II DA SINDICNCIA Art. 183. A sindicncia que tomarem conhecimento de transgresses disciplinares

    praticadas por servidores devero remeter a documentao pertinente ou a prova material da infrao, ao Secretrio de Estado ou titular do rgo a que pertence o servidor, o qual determinar a instaurao imediata de sindicncia mediante portaria, constituindo comisso composta de servidores ao mesmo subordinados, aplicando-se, no que couber, os critrios dos artigos 194 e 199, desta Lei Complementar.

    Art. 184. A instaurao de sindicncia formalizada pela autuao da portaria,

    formalizando-se o processo que deve conter, ao final, as seguintes peas: I denncias e outros documentos que a instruem; II certido ou cpia da ficha funcional do acusado; III designao de dia, hora e local para: a) depoimento de testemunhas; b) audincia inicial; c) citao do acusado para acompanhar o processo pessoalmente ou por intermdio de

    procurador devidamente habilitado, bem como para interrogatrio no prazo de 03 (trs) dias; IV certides dos atos praticados; V abertura de prazo de, no mximo, 5 (cinco) dias para o sindicado apresentar defesa,

    critrio da comisso; VI relatrio da comisso; VII julgamento da autoridade, ou fundamentao para a remessa dos autos a

    Comisso Permanente de Processo Administrativo Disciplinar CPPAD; VIII publicao do julgamento. Pargrafo nico A autoridade julgadora da sindicncia s poder imputar pena de sua

    responsabilidade se a comisso houver facultado ampla defesa ao acusado. Art. 185. Aps o interrogatrio, o sindicado apresentar rol de testemunhas, no mximo

    de 03 (trs), ocasies em que ser dada cincia ao mesmo do dia e hora em que as mesmas sero inquiridas.

    Art. 186. A autoridade sindicante poder indeferir as diligncias consideradas

    procrastinatrias ou desnecessrias apurao do fato, em despacho fundamentado.

  • 42

    Art. 187. Na fase de sindicncia, a comisso promove a tomada de depoimentos orais, reduzidos a termo, acareaes, investigaes e diligncias, objetivando a coleta de provas, recorrendo, quando necessrio, aos tcnicos e peritos, de modo a permitir a completa elucidao dos fatos sempre com cincia do acusado ou de seu procurador, mediante notificao, com antecedncia para cada audincia que realize, no sendo lcito a testemunha traz-lo por escrito.

    Art. 188. As testemunhas so convocadas para depor mediante intimao, expedida

    pelo Presidente da Comisso, devendo a segunda via, com ciente do interessado, ser anexada aos autos.

    1 Se o testemunho de servidor, a expedio de intimao ser comunicada ao

    chefe da repartio onde o mesmo serve, com indicao do dia e da hora marcada para a inquirio.

    2 As testemunhas so inquiridas em separado e, da hiptese de depoimentos

    contraditrios, procede-se a acareao entre os depoentes. Art. 189. A sindicncia meio eficaz para apurar, em primeiro plano, a veracidade de

    denncias ou a existncia de irregularidades passveis de punio, podendo ensejar a abertura de Processo Administrativo Disciplinar.

    1 O processo de sindicncia ser arquivado quando o fato narrado no configurar

    evidente infrao disciplinar ou ilcito penal, ou quando evidenciada a falta de indcio suficiente para a instaurao do Processo Administrativo Disciplinar.

    2 O prazo para concluso da sindicncia no exceder 30 (trinta) dias, podendo ser

    prorrogado por mais 5 (cinco) dias, a critrio da autoridade superior. 3 A fase instrutria encerra-se com o relatrio de instruo no qual so resumidos os

    fatos e as respectivas provas, tipificada, ou no, a infrao disciplinar visando o encerramento ou continuao do feito atravs de arquivamento e/ou abertura de Processo Administrativo Disciplinar.

    Art. 190. Sempre que o ilcito praticado pelo servidor ensejar a imposio de pena que

    no seja da competncia da autoridade responsvel pela sindicncia, ser obrigatria a instaurao de Processo Disciplinar, com a remessa dos autos da sindicncia Comisso Permanente de Processo Administrativo Disciplinar CPPAD.

    Pargrafo nico. Na hiptese de o relatrio concluir que a infrao est capitulada

    como ilcito penal a autoridade competente encaminhar cpia dos autos autoridade policial para instaurao de inqurito policial, independente da imediata instaurao do Processo Administrativo Disciplinar.

    CAPTULO III DO AFASTAMENTO PREVENTIVO Art. 191. Cabe a suspenso preventiva do servidor, sem prejuzo da remunerao, em

    qualquer fase do Processo Administrativo Disciplinar a que esteja respondendo, pelo prazo

  • 43

    de 30 (trinta) dias, desde que sua permanncia em servio possa prejudicar a apurao dos fatos.

    1 Compete ao Chefe do Poder Executivo, prorrogar por mais 50 (cinqenta) dias, o

    prazo de suspenso j ordenada, findo o qual cessar o respectivo efeito ainda que o processo no esteja concludo.

    2 No decidido o processo no prazo de afastamento ou de sua prorrogao, o

    indiciado reassumir automaticamente o exerccio de seu cargo ou funo, aguardando a, o julgamento.

    CAPTULO IV DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR

    Art. 192. O Processo Administrativo Disciplinar o instrumento destinado a apurar

    responsabilidade de servidor por infrao praticada no exerccio de suas atribuies, ou que tenha relao com as atribuies do cargo em que se encontre investido, assegurando-se, ao denunciado, ampla defesa.

    Pargrafo nico. A entidade sindical representativa da categoria do servidor processado

    poder indicar representante para acompanhamento do processo. Art. 193. So competentes para determinar a abertura de Processo Administrativo

    Disciplinar, o Governador do Estado, os Secretrios de Estado, os Presidentes de Autarquias e Fundaes, e os Titulares dois demais Poderes e rgos Pblicos, nas reas de suas respectivas competncias.

    Art. 194. O Processo Administrativo Disciplinar ser conduzido por uma comisso

    composta de 3 (trs) servidores dentre os componentes da Comisso Permanente de Processo Administrativo Disciplinar CPPAD, designados pelo Coordenador Geral, indicando, entre seus membros o respectivo Presidente.

    1 A designao da comisso ser feita por meio de portaria da qual constar,

    detalhadamente, o motivo da instaurao do processo. 2 O Presidente da comisso designar um servidor para secretariar os trabalhos. 3 No poder participar de comisso de sindicncia ou de Processo Administrativo

    Disciplinar, cnjuge, companheiro ou parente do acusado, consangneo ou afim, em linha reta ou colateral, at o terceiro grau.

    Art. 195. Aps publicao da portaria de instaurao, ou recebimento da cpia desta

    pelo acusado, ter a comisso o prazo de 50 (cinqenta) dias para relatar o processo sendo admitida a sua prorrogao por mais 30 (trinta) dias, quando as circunstncias o exigirem.

    1 - Em qualquer hiptese, a publicao obrigatria. 2 Os autos da sindicncia integram o Processo Administrativo Disciplinar, como

    pea informativa da instruo.

  • 44

    Art. 196. Instaurado o Processo Administrativo Disciplinar com o extrato da portaria de instaurao, que conter a acusao imputada ao servidor com todas as suas caractersticas, o presidente determinar a citao do acusado para interrogatrio no prazo mnimo de 24 (vinte e quatro) horas.

    Art. 197. Em caso de recusa do acusado, em apor o ciente na cpia da citao, o prazo

    para defesa passa a contar da data declarada em termo prprio, pelo membro da comisso que fez a citao, do dia em que esta se deu.

    Art. 198. O acusado que mudar de residncia fica obrigado a comunicar comisso, o

    lugar onde poder ser encontrado. Art. 199. Superado o interrogatrio, a citao ser para proporcionar o prazo de 5

    (cinco) dias para apresentao de defesa prvia, na qual o acusado dever requerer as provas a serem produzidas, apresentando o rol de testemunhas at o mximo de 3 (trs), as quais sero notificadas, se forem diversas daquelas inquiridas na sindicncia.

    1 Havendo mais de um acusado, o prazo comum e de 10 (dez) dias. 2 Achando-se o acuso em lugar incerto e no sabido, expedir-se- edital, com prazo

    de 10 (dez) dias, publicado 01 (uma) vez no Dirio Oficial do Estado, e fixado no quadro de avisos do rgo ao qual o acusado vinculado, para que o mesmo apresente-se para interrogatrio e/ou protocolar sua defesa.

    3 O prazo a que se refere o pargrafo anterior, ser contado da publicao, que deve

    ser juntada no processo pelo Secretrio. Art. 200. A comisso proceder a todas as diligncias necessrias, recorrendo, sempre

    que a natureza do fato o exigir, a peritos ou tcnicos especializados, e requisitando autoridade competente o pessoal, material e documentos necessrios ao seu funcionamento.

    1 Sempre que, no curso do Processo Administrativo Disciplinar, for constatada a

    participao de outros servidores, a comisso proceder s apuraes necessrias para responsabiliza-los, com publicao e procedimentos idnticos apurao principal.

    2 As partes sero intimadas para todos os atos processuais, assegurando-lhes o

    direito de participao na produo de provas, mediante reperguntas s testemunhas e formulao de quesitos, quando se tratar de prova pericial.

    Art. 201. Considerar-se- revel o acusado que, regularmente citado, no apresentar

    defesa no prazo legal. 1 A revelia ser declarada por termos nos autos do processo, e reputar-se-o

    verdadeiros os fatos afirmados na acusao. 2 Para defender o servidor revel, a autoridade instauradora do processo designar um

    servidor estvel como defensor dativo, ocupante do cargo de nvel igual ou superior ao indiciado, permitindo seu afastamento do servio normal da repartio durante o tempo estritamente necessrio ao cumprimento daquele mister.

  • 45

    3 O servidor nomeado ter um prazo de 05 (cinco) dias, contados a partir da cincia

    de sua designao, para oferecer a defesa. Art. 202. Recebida a defesa ser anexada aos autos, mediante termo, aps o que a

    comisso elaborar relatrio em que far histrico dos trabalhos realizados e apreciar, isoladamente, em relao a cada acusado, as irregularidades imputadas e as provas colhidas no processo, propondo ento, justificadamente, a iseno de responsabilidade ou a punio, e indicando, neste ltimo caso, a penalidade que couber ou as medidas que considerar adequadas.

    1 Dever, ainda, a Comisso em seu relatrio sugerir quaisquer providncias que lhe

    parea de interesse do servio pblico. 2 Na concluso do relatrio a comisso disciplinar reconhece a inocncia ou a

    culpabilidade do acusado, indicando no segundo caso, as disposies legais transgredidas e as comunicaes a serem impostas.

    3 O Processo Administrativo Disciplinar e seu relatrio sero remetidos autoridade

    que determinou sua instaurao para aprovao ou justificativas, e posterior encaminhamento ao Secretrio de Estado da Administrao para julgamento.

    Art. 203. Recebido o processo, o Secretrio de Estado de Administrao, julgar-lo- no

    prazo de 5 (cinco) dias a contar de seu recebimento. 1 A autoridade de que trata este artigo poder solicitar parecer de qualquer rgo ou

    servidores sobre o processo, desde que o julgamento seja proferido no prazo legal. 2 O julgamento dever ser fundamentado, promovendo, ainda, a autoridade a

    expedio dos atos decorrentes e as providncias necessrias sua execuo, inclusive, a aplicao da penalidade.

    Art. 204. Quando escaparem sua alada as penalidades e providncias que parecem

    cabveis, o Secretrio de Estado da Administrao buscar, dentro do prazo marcado para o julgamento, a quem for competente.

    Art. 205. As decises sero sempre publicadas no Dirio Oficial do Estado, dentro do

    prazo de 3 (trs) dias. CAPTULO V DO ABANDONO DO CARGO OU EMPREGO OU INASSIDUIDADE HABITUAL Art. 206. No caso de abandono de cargo ou emprego ou inassiduidade habitual, o

    Secretrio de Estado da Administrao determinar Comisso Permanente de Processo Administrativo Disciplinar do Estado CPPAD, a instaurao de processo disciplinar sumarssimo.

    1 Em ambas infraes, as folhas de presena sero peas obrigatrias do Processo.

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    2 O processo sumarssimo se exaure no prazo mximo de 20 (vinte) dias. Art. 207. No abandono de cargo ou emprego, a comisso providenciar, de imediato, a

    citao do servidor no endereo que constar de sua ficha funcional, uma publicao no Dirio Oficial, e no mximo, uma publicao, em cada um dos dois jornais de maior circulao do local onde serve o servidor, do edital de chamamento para, no prazo de 5 (cinco) dias, o servidor se apresentar, que ser contado a partir da data da citao, ou da ltima publicao.

    Pargrafo nico. Findo o prazo de que trata o caput deste artigo e no comparecendo

    o acusado, ser-lhe- nomeado um defensor para, em 3 (trs) dias a contar da cincia da nomeao, apresentar defesa.

    Art. 208. Na inassiduidade habitual, o servidor ser citado para apresentar defesa no

    prazo de 5 (cinco) dias. Art. 209. Apresenta a defesa, em qualquer hiptese, realizadas as diligncias

    necessrias coleta de provas, e elaborado o relatrio, o processo ser concluso ao Secretrio de Estado da Administrao para julgar, ou providenciar o julgamento junto a autoridade competente, se for o caso, no prazo de 5 (cinco) dias, e respectiva publicao em 3 (trs) dias.

    CAPTULO VI DO JULGAMENTO Art. 210. No prazo de 10 (dez) dias, contados do recebimento do processo, a autoridade

    julgadora proferir a sua deciso. 1 Havendo mais de um acusado e diversidade de sanes, o julgamento caber

    autoridade competente para a imposio da pena mais grave. 2 Se a penalidade prevista for a demisso ou a casaco de aposentadoria ou

    disponibilidade, o julgamento caber autoridade de que trata o inciso I do artigo 178. Art. 211. O julgamento acatar o relatrio da comisso, salvo quando este seja em

    contrrio prova dos autos. Pargrafo nico. Quando o relatrio da comisso contrariar as provas dos autos, a

    autoridade julgadora poder, motivadamente, agravar a penalidade de