Legislação

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LegislaoA compra, utilizao e deteno de facas e derivados em Portugal est patente na actual lei 05 de 2006, em vigor desde Agosto de 2006. Aqui tentamos esclarecer o utilizador sobre as implicaes ligadas a esta problemtica. Este documento foi elaborado com base na interpretao do prprio documento da Lei e de documentao complementar fornecida em actuais cursos de aptido para a concesso de alvar de armeiro em 2008.

Resumo Breve Lminas com menos de 10 cm no so consideradas ( partida) armas. Facas de borboleta, boxers, facas de arremesso, estiletes e estrelas de lanas so armas probidas. Facas dissimuladas de outros objectos (por exemplo um telemvel, um sapato) so armas probidas. Lminas sem afectao a caa, actividades desportivas, coleccionismo e outros contextos so armas probidas. A deteno de facas est intimamente ligada com o contexto de utilizao e com eventuais licenas (ou filiaes) que comprovem o propsito dessa mesma posse.

Interpretao da Lei VigenteA Lei 05/2006 veio, entre outras coisas, diferenciar as armas em termos de perigosidade, atribuindo cada arma a uma classe diferente de A a G, sendo a classe A a mais perigosa. Esta classe tambm denominada de classe das armas proibidas onde se encaixam todas as armas de guerra. Diz assim o Art. 1 da Lei 05/2006: () l) Arma Branca todo o objecto ou instrumento porttil dotado de uma lmina ou outra superfcie cortante ou perfurante de comprimento igual ou superior a 10 cm ou com parte corto-contundente, bem como destinado a lanar lminas, flechas ou virotes, independentemente das suas dimenses. Tambm diz o Art. 3: So armas, munies e acessrios de classe A: () d) As armas brancas ou de fogo dissimuladas sob a forma de outro objecto e) As facas de abertura automtica, estiletes, facas de borboleta, facas de arremesso, estrelas de lanar e boxers. f) As armas brancas sem afectao ao exerccio de quaisquer prticas venatrias, comerciais, agrcolas, industriais, florestais, domsticas ou desportivas, ou que pelo seu valor histrico ou artstico no sejam objecto de coleco. () Diz tambm no Art. 86 referente Deteno de Arma Probida: () 1 - Quem, sem se encontrar autorizado, fora das condies legais ou em contrrio das prescries da autoridade competente, detiver, transportar, importar, guardar, comprar, adquirir a qualquer ttulo ou por qualquer meio ou obtiver por fabrico, transformao, importao ou exportao, usar ou trouxer consigo: () d) Arma de Classe E, arma branca dissimulada sob a forma de outro objecto, faca de abertura automtica, estilete, faca de borboleta, faca de arremesso, estrela de lanar e boxers () Assim, possvel determinar que:

Tudo o que tem lmina inferior a 10 cm no considerado arma e no est abrangido por esta lei, exepto se for usado como tal (tem que existir delito pois o objecto em si no chega) tanto assim que para vender facas no necessrio qualquer tipo de alvar. Tambm expressamente proibida a venda e deteno de facas de abertura automtica (vulgo ponto-em-mola), estiletes, facas de borboleta, facas de arremesso, estrelas de lanar e boxers.

Tambm so proibidas as facas que no esto ligadas a uma das seguintes prticas: venatrias (caa), comerciais, agrcolas, industriais, florestais, domsticas ou desportivas. Todas as facas justificadas com este propsito so, em nosso entender, classificadas como ferramenta ou instrumento e no uma arma at ser usado como tal. No conseguir encaixar qualquer dos artigos expostos na loja on-line Navalhas.com num dos parmetros mencionados difcil pois existem inmeros hipteses para justificar a deteno de uma pea de cutelaria. O problema reside na forma como o comprador ir usar/deter este equipamento. Se a faca tiver um simbolismo histrico ou artstico, poder ser considerada alvo de coleco e assim, no se enquadrar na classe das armas proibidas. Os machados, por exemplo, contam com parte corto-contundente e so partida classificados como arma branca. Contudo, se usados com justificao (que no necessita de ser escrita ou provada, basta haver contexto de uso) so de utilizao permitida. O mesmo se passa com as catanas ou machetes.

Desta forma somos levados a crer que tudo tem a ver com o contexto tal como uma faca de cozinha de lmina longa no considerado uma arma at ser usada como tal. Isto quer dizer que se uma pessoa andar com uma faca numa montaria ou caada ter perfeita justificao se detiver licena de caa. Se tem armas em casa para coleccionar, dever ostentar uma licena de coleccionador (ser coleccionado federado). Se precisamos de uma faca para um determinado desporto, devemos ter justificao que a faca de facto para uso desportivo (ser federado, associado). Andar um uma faca debaixo do banco do carro ou mant-la no tornozelo enquanto se passeia na rua considerado crime pois nesse contexto estamos perante uma situao de utilizao de arma proibida pois o fim a que se destina o de defesa ou de ataque.

Disposies FinaisOs autores do ArmaBranca.com no se responsabilizam pela actualizao precisa deste documento nem por erradas interpretaes. O contedo aqui presente resultado de uma interpretao que poder estar sujeita a erros ou pequenos desvidos mesmo no havendo inteno para tal existncia. A sua leitura no dispensa a consulta de um legislador ou advogado em casos de dvidas sensveis. Este texto poder conter erros tipogrficos e poder ser alterado sem aviso prvio.

Arma brancaDesigna-se arma branca um objeto que possa ser utilizado agressivamente, para defesa ou ataque, mas cuja utilizao normal outra, geralmente para trabalho. Machados, facas e martelos so armas brancas; j outras armas como pistolas e rifles, por exemplo, no se incluem nessa categoria, pois a sua finalidade primria ferir um ser.

Espcies

Os sete tipos de armas brancas. As armas brancas se classificam em sete espcies: as cortantes; as perfurantes; as prfuro-cortantes; as contundentes, as corto-contundentes, as perfuro-contundentes e as perfuro-corto-contundentes. As armas brancas cortantes so os instrumentos que se caracterizam por uma borda delgada, denominada gume ou corte, afiada o bastante para seccionar tecidos por meio de uma presso deslizante, que provocar maior talho medida que a lmina se desloca. Os exemplos clssicos so a gilete, o cutelo, o faco de selva, e a navalha de barbeiro. As perfurantes so os instrumentos terminados em ponta aguda, de seco circular ou poligonal. Servem para perfurar, no produzindo corte. O florete e a agulha so os melhores exemplos. As prfuro-cortantes so os objetos constitudos por uma lmina que apresenta uma ponta e um ou mais gumes. So utilizadas para perfurar e cortar. Os melhores exemplos so a faca, a adaga e a katana. As contundentes atuam pela presso de choque, e tm a finalidade de provocar hematomas, fraturas (e at sangramento) na vtima. O taco de baseball e o porrete so exemplo famosos de armas contundentes. As corto-contundentes so as peas que atuam cortando, mas que por conta tambm de sua massa, acabam igualmente exercendo um efeito contundente ou esmagador sobre os tecidos atingidos. O machado e a foice so bons exemplos para ilustrar a definio. As perfuro-contundentes provocam perfurao e at fraturam a vtima. Exemplos disso so a lana e a flecha. As perfuro-corto-contundentes podem cortar, perfurar e fraturar a vtima. Exemplo dissos so a espada e a maa medievais.

Cutelo, arma branca cortante.

Faca, arma branca prfuro-cortante.

Florete, arma branca perfurante.

Machado, arma branca corto-contundentes.

Porrete, arma branca contundente.

Flecha, arma branca perfuro-contundente.

Espada, arma branca perfuro-corto-contundente.

[editar] No BrasilNo Brasil, h restrio sobre a posse e o uso de armas brancas, especificamente as espadas e espadins das Foras Armadas e Auxiliares, consideradas privativas destas, segundo o regulamento de produtos controlados do Exrcito (R-105). Alm disso, vigora o dispositivo do artigo 19 da Lei das Contravenes Penais, j que a Lei 10.826/2003, Estatuto do desarmamento, que revogou o referido artigo, apenas o fez em relao s armas de fogo.

Espada

Uma montante sua, do sculo XV ou XVI.

A palavra espada comumente usada para se referir a uma srie de "armas brancas" longas, formadas por uma lmina e uma empunhadura; abrangendo, por extenso, objetos como o sabre, o florete, o gldio, o espadim e a katana, dentre outros. A espada, na verdade, formada por uma lmina comprida, normalmente reta e pontiaguda, de metal, com gume em ambos os lados.

A espada e suas caractersticas

Diagrama de uma espada tpica e sua bainha.

A espada formada basicamente por uma lmina de metal, com gumes em ambos ou em um dos dois lados, e uma ponta. Essa lmina era fixada em um cabo, feito de metal ou madeira. Outrora, mestres forjadores europeus, rabes e orientais estabeleceram as regras principais da lmina: concisa, formato varivel, tenaz, resistente ao combate. Diversos materiais e forjaduras deram forma s espadas, do bambu ao titnio. Inicialmente utilizava-se uma espada curta e direta. Porm, ao longo da histria existiram muitos outros tipos de espada com diferentes caractersticas variando desde seu material at seu formato, tamanho e o prprio processo de forjadura. Estas variaes conferiram a elas vrias diferenas em relao resistncia, durabilidade, manuseio e forma. Por exemplo, uma espada larga teria maior poder de ataque, mas seria mais lenta que uma espada mais fina e leve. Uma katana seria bastante boa para cortar e teria uma vasta combinao de ataques, devido sua lmina reta de um gume, mas no boa para estocar. Um florete bom para estocadas, porm s possvel atacar horizontalmente. Uma espada longa como uma espada montante seria boa para atacar ao de longe, mas pouco gil e bastante pesada, alm de ser de difcil manuseio. Uma espada curva com a ponta pesada (cimitarra) boa para atacar um oponente com cortes longitudinais, mas muito lenta. Um punhal bastante gil, porm tem um curto alcance.

HistricoDurante muito tempo, a espada foi a principal arma para combate corpo-a-corpo, sendo usada tanto pela Infantaria quanto pela Cavalaria. Mesmo com o advento das armas de fogo, continuou a ser usada como instrumento blico. Seu significado permanece forte na Histria Antiga e Moderna. Apesar de algumas unidades de de polcia montada ainda adotarem a espada (inclusive para praas), atualmente ela principalmente um elemento simblico em celebraes militares. Representa a justia e autoridade do oficial nas Foras Armadas. Em algumas artes marciais como o kenjutsu, a prtica do manejo da espada um veculo para o desenvolvimento espiritual. Finalmente, h tambm o lado desportivo, representado por disciplinas como a Esgrima e o Kendo.[editar] Na esgrima

Designa especificamente uma das armas usadas, no sendo neste caso sinnimo de florete ou sabre, as outras disciplinas da modalidade.

Peso mximo: 770g Comprimento mximo da lmina: 90 cm Comprimento mximo total: 110 cm

[editar] No mundo

Esttua de Pier Gerlofs Donia, guerreiro lendrio, segurando sua espada, cujo comprimento era de 213 cm.

Dependendo do pas, as espadas podem ter formatos e tamanhos diferentes. No Japo, ela conhecida como katana; as espadas japonesas so feitas artesanalmente e podem levar at um ano para ficarem prontas, contudo seu corte e peso so precisos para que seja possvel manej-las com facilidade. Talvez devido influncia da cultura de massa, em especial dos filmes de artes marciais e videogames japoneses, alimentou-se o mito de que as espadas ocidentais, de dois gumes e lmina reta, eram pesadas e de difcil manejo, em comparao com a katana e outras armas orientais. A comparao entre peas histricas do Ocidente e do Oriente mostra precisamente o contrrio, no entanto. A espada foi popularizada, principalmente, pelos livros de histrias medievais.[editar] A espada na Idade Mdia

A espada era o instrumento blico favorito na Idade Mdia (seguido pelo arco e pela lana). uma arma de curto alcance e, pelos conceitos da poca, bem perigosa. A espada era utilizada em grande escala nessa poca, nas Guerras Santas, nas batalhas contra os mouros.

Tipos de espadaA cimitarra (scimitar em ingls, saif em rabe, shamshir no Ir, kilij na Turquia, pulwar no Afeganisto, talwar ou tulwar na ndia e Paquisto) uma espada de lmina curva mais larga na extremidade livre, com gume no lado convexo, utilizada por certos povos orientais, tais como rabes, turcos e persas, especialmente pelos guerreiros muulmanos. a espada mais tpica do Oriente Mdio e da ndia muulmana. Originria da Prsia, foi adotada pelos rabes e espalhou-se por todo o mundo islmico at o sculo XIV. originalmente uma espada de cavaleiros e cameleiros: em muitos desses pases, espadas retas continuaram a ser preferidas para guerreiros a p ou para fins cerimoniais. Comparvel katana japonesa, a cimitarra tambm uma espada curva de um s gume extremamente cortante e gil, feita com ao da melhor qualidade. e tambem usada por

piratas. Uma cimitarra tpica tem de 90 cm a 1 metro de comprimento total e pesa de 1,0 kg a 1,5 kg.] Alfanje

A gadanha, gadanho ou alfanje uma ferramenta utilizada na agricultura para ceifar cereais ou para o corte de erva. Consiste de uma lmina na extremidade de um cabo de madeira ou metlico de aproximadamente 170 cm, com uma pega perpendicular no extremo oposto e outra pega no meio para fornecer controle sobre a posio da lmina. A lmina tem aproximadamente 70 cm, com formato curvilneo e fica perpendicular ao cabo principal, no outro extremo deste. O manuseio da gadanha consiste de segurar os dois cabos menores de forma a deixar a lmina paralela ao cho. Assim, o agricultor desloca-se oscilando a gadanha de um lado para o outro, ceifando cereais ou erva com facilidade. Entretanto, a gadanha requer muita experincia e cuidado para ser manuseada. A gadanha surgiu na Europa entre os sculos XII e XIII, sendo utilizada inicialmente para o corte de erva. Nos tempos atuais, foi substituda pelas ceifadoras mecnicas, mas ainda indispensvel em alguns pases subdesenvolvidos ou em terrenos montanhosos.Wakizashi

A wakizashi (tambm conhecida como Oo-wakizashi ou Naga-wakizashi) uma espada curta japonesa, usada em conjunto com a katana pelos samurais. Era usada principalmente em combates de curta distancia onde voc tinha menos tempo para desembainhar sua arma, possibilitando assim um rpido ataque ao oponente geralmente no joelho ou outras articulaes no intuito de imobiliz-lo essa arma era utilizada tambm para seppuku.Espada de uma mo

Esta espada era utilizada desde o inicio da idade mdia. Era geralmente usada por soldados da infantaria pois era facil de manobrar e transportar devido ao seu tamanho e peso. Podem ter entre 1,20 m e 1,50m e podem pesar entre 1,5kg a 2kg.Montante

Uma montante uma espada enorme que mede entre um metro e vinte (1,20 m) e dois metros(2m) e pesa entre 1,5 e 3 kg. Foram utilizadas durante a Idade Mdia principalmente por guerreiros germanicos e escoceses. manejada com ambas as mos, com intento de golpear o adversrio pelo alto ou de perfurar as armaduras pesadas da poca, de forma geral eram carregadas em bainha presa nas costas ou presa, ao cavalo. Por motivos bvios, conforme diversas gravuras e quadros da poca.

Porrete.

Clava policial moderna. Porrete, porra, clava ou basto um tipo de taco ou basto, mais grosso numa das extremidades e geralmente feito de algum material slido - podendo ser de madeira, pedra, ou metal - normalmente utilizado para fins de necessria fora fsica ou em batalhas de estilo corpo-a-corpo, em especial pelas foras policiais. Variam de tamanho, peso, material e manuseio, podendo causar danos leves ou pesados.Existem diversos modelos, que ganham nomes especficos, tais como:

Maa

Maas em um museu uma forma mais aprimorada do porrete, sendo uma arma de mo forte e pesada. Consiste em um cabo de madeira, s vezes reforado com metal ou placas de metal, com uma cabea de pedra, cobre, bronze, ferro ou ao. Esta cabea geralmente bem saliente e as vezes contm taches e pontas para ajudar a penetrao da armadura e infligir maior dano. Caso a cabea seja presa por tiras de couro ou uma corrente, a arma denominada mangual e no maa. O tamanho das maas bem variado. A maa foi inventada por volta de 12 000 a.C. e, rapidamente, tornou-se uma arma importante. Essas primeiras maas de madeira, com pedra slex ou obsidiana encravadas, tornaram-se menos populares devido ao aprimoramento das armaduras de couro curtido que podiam absorver grande parte do impacto. Algumas maas tinham a cabea inteira de pedra, mas eram muito mais pesadas e de difcil manejo. A descoberta do cobre e do bronze tornou possvel as primeiras maas de metal. Uma das primeiras imagens de maa que se conhece est na paleta de Narmer. Maas eram muito utilizadas na idade do Bronze no Oriente Prximo. Muitos povos eram incapazes de produzir as maas com lminas e reforos de metal, o que as tornou ainda mais populares. A maa tornou-se mais comum a partir da Idade do Ferro, quando espadas, e machados de ferro eram facilmente fabricados. O Imprio Romano no usava maas,

provavelmente porque eles no precisavam de armas pesadas e de impacto, ou pelo aspecto do estilo de luta romana envolvendo lanas e armas rpidas. Uma maa era mais til a um guerreiro sozinho do que a unidades de infantaria romana.

Cassetete

Antigo cassetete policial

Tonfa sendo usada para se defender de um ataque de basto

Seu nome vem do francs casse-tte, que significa literalmente "quebra-cabea". um basto utilizado por policiais ou militares, podendo ser usado tambm para segurana pessoal.

Borduna ou tacape

Maoris lutando com tacapes Do tupi taka'pe, uma arma indgena utilizada para ataque, defesa ou caa. Geralmente uma espcie de clava cilndrica e alongada. Acaba sendo tambm utilizada pelos ndios como bengala, remo e objeto perfurante, quando do tipo de ponta.

ndio tupinamb brasileiro portando um porrete, esquerda

Tonfa

Tonfas Foi desenvolvida muitos sculos atrs como uma arma de madeira pelos habitantes de Okinawa, no Japo, especificamente para uso no carat. Duas tonfas eram frequentemente usadas simultaneamente, sendo uma arma muito eficiente contra ladres. Os movimentos circulares da tonfa eram usados como forma de ataque, a parte lateral era usada para bloquear golpes de nunchakus e as extremidades para ataques penetrantes. Por volta de 1580, foram impostas leis que proibiram o uso e a posse de armas, at de espadas velhas e ferrugentas, para tentar restaurar a paz e trazer prosperidade a Okinawa. Isso ajudava a prevenir perdas de vida desnecessrias entre o povo e prevenir o surgimento de guerras civis, mas deixava os camponeses de Okinawa sem defesa contra os ninjas. Apesar das tcnicas de mo vazia desenvolvidas nos campos de batalha serem eficazes, no o eram contra ataques em massa. Hoje substituindo o ultrapassado cassetete a tonfa se tornou um basto ainda mais resistente feito de fibra sinttica, sendo usada como arma de defesa policial. Originalmente a tonfa, antes de se tornar arma, era usada h mais de oito sculos atrs na China e no Japo para moer e descascar arroz e feijo. A tonfa foi apenas um dos instrumentos agrcolas usados na China antiga que passaram a ser utilizados como armas em funo do desarmamento civil.

Machado

Lmina de um machado de mo em corte de madeira. Um machado uma arma branca, ferramenta essa originria de outra arma branca, o martelo, sendo um martelo que tem pelo menos uma das extremidades amoladas e prpria para o corte, sendo portanto um martelo concebido para o corte e derrubamento de rvores, e outras aes. Tradicionalmente, construdo mediante a fixao de uma

cunha perpendicular a um cabo de madeira, podendo o cabo ser de metal, como extenso de seu corpo. Por ser cunha mesmo mal amolado consegue fender pela transferncia de energia. A tcnica correta na utilizao do machado como ferramenta de corte consiste em golpelo em dois planos alternadamente com 15 entre estes, para que os cavacos possam soltar-se. Foi utilizado na antiguidade, vide obra de Sun Tzu, a Arte da Guerra, bem como tambm o seu precedente e originrio, o martelo, tanto para corte pelo golpeamento e engenharia de combate, quanto para o combate propriamente dito. No combate, o machado era de difcil manejo, quando grande e dispositivo em mquinas de guerra na forma de arietes catapultas e outras engenharias prprias para abrir brechas nas fortalezas, porm extremamente eficaz na utilizao pela infantaria e cavalaria, quando pequenos de at um metro de comprimento, como o martelo, at mesmo para quebrar escudos e carros de guerra, decepar cabeas tanto em combate como pelos executores e/ou carrascos, como o seu precedente o martelo.

[editar] UtilidadesUma variedade muito grande de lminas e cabos combinados formam tipos de machados especficos para cada atividade, e por isso foi adaptado para vrias funes diferentes:

Um machado de cabo de comprimento mdio com uma lmina de duas faces sempre foi muito utilizado por lenhadores pela praticidade de uso e pela reduo na necessidade de amol-lo todo o tempo. Um machado de cabo curto com lmina pequena adequado para camping pelo seu tamanho compacto, porm a reduo no tamanho tambm implica reduo no poder de corte. Um machado de cabo longo com lmina larga e curva adequado para decapitaes, porm seu peso exagerado o torna invivel para qualquer outra atividade como coleta de madeira ou combate Um machado de cabo longo e curvo com lmina larga e reta utilizado desde os tempos antigos para abastar tbuas e descascar troncos. Um machado de cabo mdio com lmina estreita utilizado hoje em dia como ferramenta de salvamento por bombeiros, sua reduo no ponto de presso da cunha perfeita para atravessar obstculos como portas e paredes menos espessas. Normalmente sua lmina se localiza no extremo fim do cabo, no permitindo que o mesmo sobre acima da cabea do machado, isso facilita seu manuseio em lugares reduzidos e permite golpear, de forma reta, alvos horizontais frente do utilizador. Um machado de cabo mdio com lmina estreita e levemente curvada para baixo foi muito utilizado em batalha por brbaros, a cunha reduzida possuia a mesma funo do machado de bombeiro atravessando escudos e armaduras, porm a inclinao a torna uma ferramenta ineficiente na derruba de rvores.

Ao longo dos anos, o machado foi sendo adaptado com apndices como ponteiras, para ceder pedras, cimento e outros objetos quebradios, e ganchos para derrubar cavaleiros

montados em batalhas. Essas adaptaes foram cruciais para a sua versatilidade, o que garantiu sua sobrevivncia ao longo dos milnios.

FacaFaca padro "Chef"

Uma faca qualquer objeto cortante capaz de ser empunhado. As facas so ferramentas utilizadas desde as mais primitivas eras da humanidade. As facas podem ser usadas para as mais diferentes aplicaes, como ferramenta, arma ou simples objeto de decorao e para cada funo existem diversas combinaes de geometrias de lminas, tipos de metais e mtodos de fabricao, cuja combinao a torna adequada a determinado tipo de uso.

EtimologiaSegundo o dicionrio etimolgico da lngua portuguesa de Antnio Geraldo da Cunha, o vocbulo "faca" possui origem obscura. Entretanto, sabido que seu registro na lngua portuguesa se d por volta do sculo XV.

HistriaA presena desse instrumento confirmada desde a Idade do bronze (6,5 milhares da anos A.C.) na sia Menor. A importncia do mais antigo dos talheres foi registrada pelo filsofo estico Posidnio ao narrar um festim na Glia em 97 a.C. Sua dupla funo, de cortar os alimentos e tambm lev-los boca, se modificou com o advento do Garfo, conforme Leo Moulin[1]. Ao longo da histria humana, as facas foram produzidas das mais diferentes maneiras em vrias sociedades, desde as pedras lascadas pelo homem primitivo, passando pelas facas produzidas a partir de pedaos de meteoritos ricos em ferro, at as facas produzidas nos dias de hoje pela indstria moderna. O pice do uso da faca como talher se deu entre o final da Idade Mdia e o Renascimento com os requintes da Cutelaria na Itlia, Alemanha, Frana e Espanha. No sculo XIV na Frana os Reis usavam facas conforme o calendrio religioso anual: eram com cabos escuro em bano durante a Quaresma e com cabos de bano e Marfim em Pentecostes.[2] H duas verses opostas referentes s opinies e determinaes do Cardeal e Duque de Richelieu, ministro de Lus XIII referentes s facas: conforme Antoine de Furetire, autor do Dicionrio Universal, o Cardeal instituiu nas refeies facas de ponta afiada para uso na limpeza dos dentes, enquanto que Norbert Elias, conforme citado por

Renato Janine Ribeiro[3], defende que Richelieu proibiu essas facas mais passveis de uso mais agressivo. O Cardeal e Duque de Richelieu era um homem poderoso e respeitado, servindo de exemplo social. A aferio das verses contraditrias poder ser realizada, verificando, na actualidade, quantas pessoas usam a faca de ponta afiada para uso na limpeza dos dentes e quantas mesas so postas com facas de ponta redonda e fio cortante quase nulo.

FabricaoDe maneira geral, o processo de fabricao de uma faca atualmente consiste em modelar a lmina, seja atravs do processo de forja ou de desbaste e aplicar um tratamento trmico conhecido como tmpera, que confere dureza ao fio da lmina. A lmina ento afiada e cabeada.Partes e caractersticas

Partes de uma faca 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. Lmina (conjunto dos itens 3 a 8) Cabo ou empunhadura (conjunto dos itens 9 a 11) Ponta ou ponteira Fio ou gume Desbaste (vazado ou bisel) Dorso ou contra-fio Mosca Ricasso Guarda Pomo Cordo

Tipos, tamanhos e formatosEntre os diversos formatos e tipos de facas existentes, as mais conhecidas so: facas gachas, facas culinrias, facas tticas e de combate, facas de camping, faco de mato e as legendrias facas "bowie". Destacam-se ainda as facas utilitrias, termo usado genericamente para designar as facas que no se enquadram em um dos demais tipos

com nomenclatura especficoa. Podem ser citados como exemplos de facas utilitrias as "skinner", usadas por caadores para retirar a pele de animais.Facas culinrias

As facas culinrias tm como objetivo a chamada "dcoupage", ou seja trinchar, filetar, fatiar as carnes, aves, peixes, tarefa feita muitas vezes no salo dos restaurantes mais sofisticados, diante dos clientes. Os utenslios de melhor qualidade so as facas com cabo em material sinttico e lmina em ao inoxidvel com liga cromo -molibdnio.[4] As facas culinrias apresentam os seguintes tipos principais, indicadas em ordem decrescente de tamanho mdio de cada tipo:

Faca de "chef" - Serve para quase tudo, lmina longa (20 a 30 cm) e larga, ponta ligeiramente curva. Faca para filetar - Com pequenas ranhuras (alvolos), longa, para cortar lminas finas de presunto cru ou salmo. Faca para po - Serrilhada e longa. Faca lisa - lmina mais fina, para cortar peixes, frios, massas folhadas. Faca para desossa - para desossar carnes, aves, peixes, tambm descascar frutas e legumes, Lmina longa, fina, pontiaguda. Faca para legumes - semelhante do "chef", porm bem menor (10 a 12 cm). Faca para tornear - bem pequena, lmina bem curva, para esculpir e tornear frutas ou vegetais. Acessrios: o Gancho trichador - como um garfo grande de 2 pontas, usado para fixar o que vai ser cortado. o Chaira - Afiador das lminas, feita em metal bem mais duro e resistente do que as mesmas.

LminaA parte perfuro-cortante da faca, onde se encontra o gume, geralmente construda em ao e revestida pelo cabo numa das extremidades, permitindo a sua empunhadura segura. O formato da lmina determina o tipo de faca e, em conjunto com a geometria transversal da lmina (vazado ou desbaste), adequa a faca ao tipo de material a ser cortado e tambm a profundidade do corte a ser feito. Basicamente temos trs tipos:

a geometria do tipo "Hollow Ground", onde a superfcie da lmina cncava, privilegiando cortes finos e superficiais, porm, com menos resistncia a impactos; a geometria tipo "Flat Ground", onde a superfcie da lmina reta, privilegiando cortes mais profundos e que confere maior resistncia a impactos, tornando a lmina ideal para tarefas pesadas; a geometria do tipo "Convex Ground", onde a superfcie da lmina convexa, exatamente o oposto do tipo "Hollow Ground". Atualmente o tipo menos usado, exatamente por no apresentar vantagens significativas em relao aos tipos anteriormente mencionados.

Bainha

Proteo para o abrigo da lmina, habitualmente executada em tecido, couro, madeira ou metal ou numa combinao desses materiais, tambm servindo para que uma faca possa ser portada e transportada com segurana. Normalmente, bainhas antigas em pele, tecido, couro ou madeira possuam a ponteira e o bocal em metal para reforo. No Brasil, na Argentina e no Uruguai este tipo de bainha com ponteira e bocal geralmente em prata ou alpaca, quando confeccionada em couro, popularmente conhecido como bainha "picano" ou "picazo".

Faca machete

Tipos de facas machete Faca machete uma faca de aproximadamente um metro e dez centmetros de comprimento, do tamanho de uma lanaou um arpo. Ela pode ser encontrada em aougues ou lojas de ferramentas. muito usado para acampamentos, pesca, caa e por militares e uma faca muito parecida com espadas medievais, com estilo agressivo e lminas muito afiadas. Algumas com lmina reta, mais populares, e outras com dentes bem amolados para serrar. As facas de lmina reta tambm tem uso militar, tem uma esteno reta e plana mas bem afiada, pronta para cortar de tudo e at para matar, como baioneta na ponta das armas e tambem para ser usado a qualquer momento ficando presa a uma bainha na perna do militar que pode saca-la com muita facilidade.

KA-BARKa-bar o nome de uma faca, famosa por ter sido usada pelo corpo de fuzileiros navais e marinha dos Estados Unidos da Amrica durante a segunda guerra mundial. A faca fabricada pela "Ka-Bar Cutlery, Inc" que produz na sua maioria facas tticas de combate e facas de caa e lazer, onde se inclui a Ka-bar.

Histria

Faca Ka-bar U.S.M.C. O inicio da empresa data de 1897, ainda sobre o nome de "Tidioute Cutlery Company" e comea a sua produo em 1898. Nos anos seguintes seguem-se algumas dificuldades financeiras que obrigam a empresa a mudar de proprietrio e localizao, estabelecendo-se como "Union Cutlery Company". Em 1942, com o envolvimento dos Estados Unidos na Segunda guerra mundial, e com a crescente procura de material militar adequado para uso de guerra, a empresa props uma faca de combate de nome Ka-Bar ao corpo de fuzileiros navais; a faca foi aceita e redesenhada juntamente com o corpo de fuzileiros de maneira a estar altura das exigncias e necessidades dos combatentes. Desde essa altura a faca Ka-Bar passou a ser de uso comum no corpo de fuzileiros navais, mas tambm no exrcito, marinha e guarda costeira estadunidenses, tendo a produo atingido mais de 1 milho de unidades. A Ka-bar depressa se tornou num utensilio essencial de uso dirio e at de grande valor sentimental para muitos dos combatentes, porque devido sua versatilidade servia para todo tipo de tarefas, desde abrir latas, escavar trincheiras, construir abrigos, pregar, cortar, serrar, e uso em combate. Devido sua qualidade, eficincia e aceitao por parte das tropas americanas, a Ka-bar tornou-se to popular que pouco tempo depois a empresa decidiu mudar o seu prprio nome para "Ka-Bar Cutlery, Inc". No entanto, com o fim da Segunda guerra mundial a empresa deparou-se com grandes dificuldades financeiras e acabou mesmo por falir, tendo assim terminado a produo da Ka-bar. Mais tarde j em 1976, aquando da comemorao dos seus duzentos anos de existncia, o corpo de fuzileiros navais decidiu criar algumas rplicas do modelo original para fins comemorativos e estas foram to bem recebidas pelos antigos combatentes e mesmo pelo pblico em geral que a prpria empresa decidiu recomear a produo.

Hoje em dia a Ka-bar ainda usada como faca pessoal de muitos militares e tambm atrai colecionadores, caadores e amantes da natureza. essa popularidade e riqueza histrica que faz da Ka-bar uma faca nica.

Ka-bar U.S.M.C.H vrias verses quanto origem do nome Ka-Bar, no entanto, de acordo com a prpria empresa h uma histria que referida como a mais plausvel. Certo dia receberam uma carta de um caador de ursos a agradecer uma das facas produzidas pela empresa, nessa carta ele referia que em plena caada, e j depois de ter ferido um urso, a sua arma encravou e ele teve de matar o animal apenas com a sua faca. No seu ingls desajeitado escreveu "k a bar" em abreviao de "killed a bear", que em portugus seria traduzido como, "matei um urso". Em honra do testemunho entusistico desse cliente essa faca passou a chamar-se de Ka-bar. Mais tarde ficaria mais conhecida como Ka-bar U.S.M.C., sendo estas as iniciais de "United States Marine Corps", que em portugus se traduz como Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos. A lmina em ao de carbono 1095, o que a torna bastante resistente e afiada, possuindo um revestimento protetor que funciona como antiferrugem e anti-reflexo. O cabo em couro para melhor aderncia e durabilidade. A faca mede aproximadamente 30 cm, 18 cm de lmina, 3 cm de largura, 4 mm de espessura, e 12 cm de cabo.

Ligaes externas

Faca Bowie

Faca do tipo "Bowie" A faca Bowie designa, de modo genrico norte-americano, facas de defesa e caa, rsticas e de grandes propores (geralmente lminas longas - acima de 25 cm - e largas, tipo clip point), com cabo no cilndrico, empregada nas fronteiras dos EUA desde meados do sculo XVIII. O nome que as eternizou surge muito depois da popularizao do seu uso, com um duelo ocorrido em 19 de setembro de 1827, na Praia de Vidlia (Rio Mississpi), perto da cidade de Natchez, Estado da Luisiana. Neste episdio (em ingls o chamado Sandbar Fight), o principal protagonista, Jim Bowie, comerciante e aventureiro de grande prestgio social na poca, durante uma luta renhida com vrios contendores, mesmo atingido por diversos disparos de pistola logra matar com um golpe de sua grande faca o major Noris Wright, seu desafeto, aps este lhe desferir um golpe de

bengala-estoque no peito, sobrevivendo a esta luta para morrer anos mais tarde na pica Batalha do Alamo, em 1836, no Mxico. Este e outros episdios protagonizados por estas facas, narrados pelos pioneiros e colonizadores do oeste norte-americano associaram definitivamente estas facas conquista do Velho Oeste, ligando-as indelevelmente cultura estadunidense, difundida posteriormente a nvel mundial. O perodo ureo do uso destas facas nos EUA foi do incio do sculo XIX at pouco depois da Guerra Civil Americana (1861-1865). Este tipo de faca, inicialmente produzida de forma artesanal e com acabamento rstico, sofre durante estes anos, modificaes em seu desenho e, especialmente em seu acabamento e fabricao, que foram sendo refinados, fazendo surgir diversas variantes. Com a fama passou a ser fabricada em outros pases, encontrando-se em produo at hoje.

Cimitarra.

Cimitarra do sculo XVII, proveniente da ndia. A cimitarra (scimitar em ingls, saif em rabe, shamshir no Ir, kilij na Turquia, pulwar no Afeganisto, talwar ou tulwar na ndia e Paquisto) uma espada de lmina curva mais larga na extremidade livre, com gume no lado convexo, utilizada por certos povos orientais, tais como rabes, turcos e persas, especialmente pelos guerreiros muulmanos. a espada mais tpica do Oriente Mdio e da ndia muulmana. Originria da Prsia, foi adotada pelos rabes e espalhou-se por todo o mundo islmico at o sculo XIV. originalmente uma espada de cavaleiros e

cameleiros: em muitos desses pases, espadas retas continuaram a ser preferidas para guerreiros a p ou para fins cerimoniais. Comparvel katana japonesa, a cimitarra tambm uma espada curva de um s gume extremamente cortante e gil, feita com ao da melhor qualidade. e tambem usada por piratas. Uma cimitarra tpica tem de 90 cm a 1 metro de comprimento total e pesa de 1,0 kg a 1,5 kg.

Cimitarra curta

A cimitarra curta uma variante menor e mais gil da cimitarra, freqentemente usada aos pares, uma em cada mo. Uma tpica cimitarra curta tem em torno de 56 cm de comprimento e pesa 500 gramas.

SaifA saif ("espada" em rabe) a clssica espada longa rabe, usada desde os tempos pr-islmicos. Os cavaleiros e cameleiros rabes passaram a preferir a cimitarra por volta do sculo XIV, mas a saif reta continuou a ser usada por guerreiros a p e a ser o smbolo do status de nobres e prncipes. Uma tpica saif tem cerca de 1 metro de comprimento total e pesa em torno de 1,2 kg.

Cimitarra de fantasiaAs cimitarras reais so armas geis, leves e elegantes, mas, no cinema tornou-se um clich demasiado freqente represent-las como armas imensas, geralmente nas mos de um corpulento guarda de harm. Rplicas de tais armas da imaginao de Hollywood costumam ter cerca de um metro de comprimento, mas pesam o triplo de uma cimitarra normal - tanto quanto uma montante. Exigiriam as duas mos para serem manejadas.

Gadanha

Uma gadanha moderna A gadanha, gadanho ou alfanje uma ferramenta utilizada na agricultura para ceifar cereais ou para o corte de erva. Consiste de uma lmina na extremidade de um cabo de madeira ou metlico de aproximadamente 170 cm, com uma pega perpendicular no extremo oposto e outra pega no meio para fornecer controle sobre a posio da lmina. A lmina tem aproximadamente 70 cm, com formato curvilneo e fica perpendicular ao cabo principal, no outro extremo deste. O manuseio da gadanha consiste de segurar os dois cabos menores de forma a deixar a lmina paralela ao cho. Assim, o agricultor desloca-se oscilando a gadanha de um lado para o outro, ceifando cereais ou erva com facilidade. Entretanto, a gadanha requer muita experincia e cuidado para ser manuseada. A gadanha surgiu na Europa entre os sculos XII e XIII, sendo utilizada inicialmente para o corte de erva.

Nos tempos atuais, foi substituda pelas ceifadoras mecnicas, mas ainda indispensvel em alguns pases subdesenvolvidos ou em terrenos montanhosos.

Wakizashi

Wakizashi do perodo Edo. A wakizashi (tambm conhecida como Oo-wakizashi ou Naga-wakizashi) uma espada curta japonesa, usada em conjunto com a katana pelos samurais. Era usada principalmente em combates de curta distancia onde voc tinha menos tempo para desembainhar sua arma, possibilitando assim um rpido ataque ao oponente geralmente no joelho ou outras articulaes no intuito de imobiliz-lo. Essa arma era utilizada tambm na prtica do seppuku.

Montante.

Uma montante sua, do sculo XV ou XVI. A montante um tipo de espada europia feita para o uso com as duas mos, impedindo o uso de um escudo. Existiu entre o sculo XIII e XVII sendo mais recorrente, durante o perodo da Idade Mdia Tardia e Renascena entre 1350 a 1550. A montante foi, provavelmente a maior e mais pesada espada j utilizada por guerreiros em batalhas. Possuem um cabo longo em forma de cruz de aproximadamente 10 a 15 centmetros. Sua lmina com dois gumes chegava a medir de 1m a 1,2m de comprimento, e seu peso varia de 1.2 a 1.8kg em suas verses mais leves e as mais pesadas pouco mais de 2kg. Para contrabalancear o peso da lmina, a montante dispe de um grande pomo macio no fim do cabo. A Montante foi utilizada durante a Idade Mdia, principalmente por guerreiros germnicos e escoceses, com intento de golpear o adversrio pelo alto ou de perfurar as armaduras pesadas da poca. Era bastante competente como forma de romper as formaes dos regimentos de piqueiros, permitindo a passagem da carga de cavalaria para dentro das formaes inimigas. Normalmente eram carregadas embainhadas presas s costas ou ao cavalo, devido ao seu tamanho, conforme mostram diversas gravuras e quadros da poca.

ClaymoreIr para: navegao, pesquisa

Claymore uma variante escocesa da espada medieval montante utilizada durante os sculos XV e XVI. Possui gume duplo e manejada com as duas mos, impedindo o guerreiro de utilizar um escudo. A palavra claymore vem do galico escocs claidheamh mr e significa espado. A claymore um tipo de espada montante, porm mais leve. O tamanho da espada claymore varivel. Geralmente, possui o tamanho aproximado da altura do guerreiro que a empunha e, por este motivo, deve ser feita sob encomenda. O guarda-mo, em forma de cruz, ligeiramente voltado para a ponta da espada e tem as extremidades ornadas com trs ou quatro pequenas argolas. Seu punho geralmente feito de madeira e o pomo tem forma arredondada...

BastardaEspada bastarda, tambm conhecida como espada de duas mos e meia ou de Golias, uma espada medieval que tem sua origem na antiguidade ocidental, de dois gumes maior que o montante. considerada a maior espada mediel perdendo somente para albuns montantes e para as espada largas no comprimento, porm bem mais pesada. Era uma das armas mais escolhidas, pois era a melhor de se usar em cima de um cavalo e pelo infante preferida ao machado - de - combate, por ser de melhor mobilidade em combate, devido as outras serem muito curtas, ou muito pesadas (evidentemente no se comparavam ao machado - de - guerra ou de - combate). Eram transportadas s costas ou nas mos (como um machado - de - combate) do guerreiro infante e s costas, nas mos( como uma lana) ou presa ao cavalo, do guerreiro cavaleiro, em ambos os casos dependia da estatura dos guerreiros para colocla s costas. A Bblia informa, que aps a vitria de Davi sobre Golias, essa se tornou a espada de Davi, que a levava s costas (Dav foi alto na juventude segundo a Bblia).

Rapieira

Rapieira alem do sculo XVII.

A rapieira, ou espadim, um tipo distinto de arma branca, uma espada comprida e estreita, popular desde o perodo Medieval at a Renascena, que se tornou a arma mais comum daquela poca, principalmente na Itlia e na Espanha nos sculo XVI e XVII.

DescrioRapieiras so geralmente descritas como sendo espadas com a lmina relativamente longa e fina, ideal para golpes de perfuraes e uma proteo guarda-mo com complicados filetes de metal, o que a torna uma bela arma, podendo ser usada na esgrima artstica (mesmo no sendo uma arma prpria para o desporto). A lmina pode ter largura suficiente para cortar a golpe, mas o poder da rapieira vem da sua habilidade de perfurao. Rapieras podem ter gumes com fio de corte s dum lado, com fio de corte dum lado s da ponta at ao meio(como descreveu Capoferro), ou podem ter gumes completamente cegos, uma espada chamada "estoc"(estoque) pelo Pallavicini um mestre de esgrima rapieira que em 1670 props usar uma rapieira com dois gumes afiados. A rapieira se parece com um florete, mas mais comprida, pesada e rija. Uma tpica rapieira tem de 1m de lmina at 1,5m, e com largura de apenas 2,5 centmetros. O termo rapieira refere a uma espada de perfurao com uma lmina mais comprida e mais estreita do que a das espadas de guerra, mas uma lmina mais pesada do que a do florete, que uma arma mais leve que apareceu no sculo XVIII e XIX. A forma exacta da lmina e do punho da rapieira depende no escritor e quando foi escrito. Pode referir a uma velha spada da lato do sculo XVI, a uma espada (como a espada ropera) do perodo de grande popularidade da rapieira no sculo XVII, ou at a um florete do sculo XIX e a outras espadas de duelo europeias, por isso o contexto importante em percebendo o que o termo quer dizer. (O termo espada de lado, side-sword, usado por algumas listas modernas uma traduo do termo italiano spada da lato--um termo criado h poucos anos por museologistas italianos, no para uma rapieira comprida, mas para a uma espada italiana do sculo XVI cuja lmina um pouco mais curta e grossa e considerada uma das armas ancestrais e contemporneas da rapieira.)

importante notar que a palavra "rapieira" no foi usada pelos mestres Portugueses, Italianos, Espanhis, e Franceses durante o znite desta arma, os termos spada, espada e pe (ou spe) eram usados normalmente (palavras genricas para "espada"). Por causa disto, e por causa da grande variao das espadas do fim do sculo XVI e do sculo XVII, alguns, como o Tom Leoni simplesmente descrevem a rapieira como uma espada daquele perodo de lmina sem curva, de duas bordas cortantes, com punho duma mo, que serve igualmente no ataque como na defesa e no requisita arma companheira. Para evitar a confuso de por todas as espadas juntas, alguns categorizam espadas pelas funes e usos. Por exemplo, John Clements categoriza espadas de ponta com fracos gumes como rapieiras e espadas com ambos boas habilidades de ponta e gume como Corte e Perfurao.[1] Outros vem a rapieira por todos os sculos que foi usada e decidem que ela no cabe dentro de uma s definio. Por toda a Europa a arma mudava dependendo da cultura e do estilo de luta em que era usada; seja o estilo Italiano, Espanhol, Portugus, Francs, ou outra instruo no uso da arma, por isso o comprimento, largura, punhal e at a presena, ausncia ou estilo de gume eram diferente dependendo do estilo e local. No mesmo dia em que um homem usaria uma rapieira de dois gumes e punho com filetes, outro homem usaria uma rapieira sem gume e com punho de copo.

Caractersticas da espadaRapieiras comearam com guarda-mos com filetes de metal extensivos para protegerem a mo manietando a espada, e com anis que se estendiam do guarda-mo pela lmina. Mais tarde estes anis foram cobertos com chapas e eventualmente evoluram para os punhos de copo das rapieiras do sculo XVII. Muitos punhos tinham um arco de filete de metal rijos saindo do guarda-mo para proteger o cabo que normalmente eram feito de madeira embrulhado em corda, cabedal ou verga. Um pomo gordo (decorado) segurava o cabo arma e balanava a lmina comprida.Lmina

Mestres diferentes da rapieira dividiam a lmina em duas, trs, quatro, cinco e at nove partes. O forte, a parte da lmina perto do punho; nos casos que um mestre divide a lmina em partes par, esta a primeira metade da lmina. O fraco, a parte da lmina que inclui a ponta e a segunda parte da lmina quando a espada dividida em partes par. Mas para os mestres que dividiam a lmina em trs partes(ou um multiplico de trs), a parte central terceira da lmina entre o forte e o fraco chamado o mdio. O Ricasso a parte da lmina logo a seguir ao guarda-mo, normalmente no afiado que protegido pelos filetes e anis num punhal complicado.

HistriaA rapieira comeou o seu desenvolvimento em meados de 1500 nas cortes reais da Espanha onde era chamada de espada ropera, ou espada de vesturio, porque o vesturio dum fidalgo no seria completa sem uma espada de moda ao seu lado. Espadas antes da rapieira eram usadas igualmente em guerras e em lutas civis; mas a espada ropera foi criada somente como uma espada civil de corte e ponta, para autodefesa e para duelos. Durante o sculo XVI uma grande variedade de armas de

manietao duma mo foram criadas, incluindo a Rappier Alem, outra espada de corte e ponta para esgrima desportiva, descrita por Joachim Meyer's Fechtbuch(livro de luta) de 1570. Mesmo assim, o termo Ingls de "rapier" e o termo Portugus de "rapieira" refere geralmente a uma espada principalmente de ponta, criada antes do ano 1600 por causa das teorias geomtricas de mestres come o Camillo Agrippa e Ridolfo Capoferro. A rapieira tornou-se numa grande acessria de moda por toda a Europa nas classes ricas, mas havia deles que dela difamaram. Algumas pessoas, como o George Silver, discordavam com a sua tcnica e com os duelos onde era usada. A etimologia do termo rapieira', rapier, no certo. Charles du Fresne, sieur du Cange usou o termo Rapparia em 1484 para descrever um espe no seu Glossarium mediae et infimae Latinitatis. Ele propos que a origem to termo veio do Grego , de corte. Mas o Walter William Skeat sugere que "rapir" vem de raspire, um ferro de lume, e que um termo desdenhoso criado por esgrimistas de corte e ponta para a arma nova. O mais provvel que o termo vem do ropera Espanhol, que vem de ropa, roupa ou de vesturio elegante e ento uma "espada de vesturio".

Guarda a sino, moda espanhola

Punho de arame, moda alem

Punho de arame, moda alem

Pappenheimer, uma inovao alem Permitindo reaces rpidas e com um grande alcance a rapieira era perfeita para o combate civil dos sculos 16-17. Enquanto os estilos de espadas corte e ponta continuavam a evoluir para uso nos campos de guerra, as rapieiras continuaram a

evoluir para uso civil e em duelos, eventualmente ficando mais leve e mais curtas e comearam a ser substitudas pelos floretes. Em 1715, a rapieira tinha sido suplantada pelo mais leve florete pela maior parte da Europa, mas rapieiras continuaram a ser usadas como se pode ver nos livros de Donald McBane (1728), P. J. F. Girard (1736) e Domenico Angelo (1787).

Escolas Hstoricas de Esgrima RapieiraItalianas

FloreteO florete uma das trs armas utilizadas na esgrima. uma modalidade olmpica praticada por homens e mulheres, tanto individualmente como por equipas. O florete a arma mais popular em esgrima e uma das primeiras escolhas na aprendizagem deste desporto. Uma prova de florete composta por diversos assaltos, que terminam assim que marcado um ponto. O vencedor ser o atirador que chegar primeiro aos 15 pontos. Em florete, um toque bem sucedido deve ser aplicado no torso do adversrio com a ponta da arma. Este movimento designado por estocada. O toque considerado invlido se cair fora da rea permitida ou for realizado com a zona lateral da lmina. A lmina do florete bastante flexvel e tende a dobrar-se num toque contra o adversrio, de forma a prevenir leses. O comprimento mdio das lminas de 89 cm. As pontas so rombas, por motivos de segurana, e integram um sistema elctrico que permite a deteco automtica dos toques. Para um toque ser detectado pelo equipamento, o atirador tem que aplicar uma fora de pelo menos 4,9 N (newtons). Tal como nas outras disciplinas da esgrima, os atiradores de florete combatem com mltiplas proteces corporais que incluem mscara, proteco de peito e luvas. O florete obedece regra da prioridade. Segundo este sistema, o atirador que pontua num assalto no necessariamente o primeiro a atingir o adversrio, mas sim o que detm a primazia. A prioridade estabelecida segundo o princpio de parada-resposta: um atirador deve primeiro defender uma estocada (parada) antes de responder com o seu prprio toque e pontuar. Se a resposta falha com uma contra-parada, o primeiro atacante ganha a prioridade, e assim sucessivamente at um ponto vlido ser obtido.

rea vlida no florete.

Principais competiesO florete estreou-se no programa olmpico nos Jogos de 1900, com a prova individual masculina. O primeiro campeo olmpico foi o francs Eugne-Henri Gravelotte. Nas duas primeiras edies do Jogos Olmpicos, foi tambm includa uma prova para atiradores profissionais. A Frana permanceu como pas dominante desta prova, conquistando 24 medalhas olmpicas, seguida de perto pela Itlia. A prova de equipas masculinas surgiu na edio dos Jogos de St Louis em 1904. A primeira equipa campe foi Cuba. Tal como na prova individual, a Frana obteve o maior nmero de medalhas. A prova de florete por equipas masculinas no vai estar presente nos Jogos Olmpicos de Pequim 2008. O evento de florete senhoras foi integrado pela primeira vez no programa dos Jogos de Paris em 1924. A primeira campe olmpica foi a dinamarquesa Ellen Osiier. As atiradoras italianas e hngaras so tradicionalmente as favoritas do evento. A prova de equipas foi introduzida nos Jogos de 1960 em Roma e ganha pela equipa da Unio Sovitica. Esta competio foi dominada por atletas soviticas na dcada de 1970. A Itlia ganhou trs medalhas de ouro consecutivas entre 1992 e 2000. O florete feminino por equipas esteve ausento dos jogos de Atenas 2004.

SabreO sabre uma das trs armas usadas na esgrima, juntamente com o florete e a espada. O sabre a mais leve das armas da esgrima, com aproximadamente 500g de peso, o mesmo que um florete. a arma mais curta das trs disponveis, tendo no mximo 88 cm de comprimento de lmina e 105 cm de comprimento total. A rea vlida de ataque no sabre da cintura para cima, incluindo braos e cabea, mas excluindo as mos.

HistriaO sabre uma arma de lmina ligeiramente curvada, de um fio s, com origem na cavalaria oriental e ocidental. O comprimento original da lmina era o ideal para atingir tanto cavaleiros como infantaria inimiga. O sabre uma modalidade olmpica desde a primeira edio moderna dos Jogos Olmpicos em Atenas 1896. O primeiro campeo foi o grego Ioannis Georgiadis. Entre as edies de Londres 1908 e Tquio 1964, todas as medalhas de ouro de sabre, excepo de uma, foram para atiradores da Hungria, um dos pases com mais tradio na modalidade. De forma geral, os maiores sabristas so do Leste Europeu e vem de pases como Rssia, Ucrnia e Hungria, porm grandes nomes da Europa Ocidental tambm podem ser citados, entre eles esgrimistas da Itlia, Frana e Alemanha. Entre os atletas com maior destaque podem ser citados: Stanislav Pozdniakov da Rssia, Mihai Covaliu da Romnia, Luigi Tarantino e Aldo Montano da Itlia.

Regras para o combate com o Sabre

Sabres franceses O juiz no d aviso ao lutador acuado. Quando este expulso da pista, a luta recomea a dois metros do limite final, e s se conta ponto se o mesmo lutador expulso novamente. O toque considerado vlido se a ponta ou o primeiro tero do sabre atingir a cabea, tronco ou braos do adversrio. Se h toque duplo, ou seja, se os adversrios se tocam simultaneamente, marca ponto o competidor que tinha prioridade. Se ao fim do tempo nenhum dos dois esgrimistas atingir o nmero de pontos regulamentar, adiciona-se ao marcador igual nmero de pontos para ambos, de modo a completar a contagem. Em caso de empate, prorroga-se o combate at o ponto seguinte. No combate de sabre no permitido que se cruze as pernas para andar para a frente, como no florete e espada. Os combates de sabre e o tempo mdio de cada ponto so mais rpidos do que a das outras armas.

Katana.

Katana e wakizashi (daisho).

Katana ( katana?) ou Catana [1] o sabre longo japons. Surgida no Perodo Muromachi, era a arma padro dos samurais e tambm dos ninjas para a prtica do kenjutsu, a arte de manejar a espada. Tem gume apenas de um lado, e sua lmina

ligeiramente curva. Era usada tradicionalmente pelos samurais, acompanhada da wakizashi (). A katana era usado em campo aberto, enquanto a wakizashi servia para combate no interior de edifcios. Apesar dos samurais terem desenvolvido tradicionalmente a esgrima usando uma espada manejada pelas duas mos juntas, existem estilos de kenjutsu que possuem tcnicas com ambas as espadas ao mesmo tempo, como por exemplo o Tenshin Shoden Katori Shinto Ryu e o Niten Ichi Ryu de Miyamoto Musashi. Em sua obra, Gorin no Sho (O Livro dos Cinco Anis), Musashi advoga o uso das duas espadas, dizendo ser "indigno do samurai morrer com uma espada ainda embainhada". O conjunto das duas armas chama-se daisho (), literalmente "grande e pequeno", e podia ser usado apenas pelos samurais, representando seu prestgio social e honra pessoal. A diferena entre a espada ninja (Ninja-to) e a katana samurai se d na sua forma, sendo que a ninja tem forma reta e ponta tambm reta, tendo a lmina no to afiada (em razo da pratica do "doku no jutsu" - envenenamento), j a samurai possui uma leve curvatura e ponta semi-curva, muito bem afiada. Isso se d a diferena de que o ninja carrega sua espada nas costas, portanto um corte vertical de cima para baixo, e o samurai levar sua espada na altura da cintura realizando um corte transversal de baixo para cima ou horizontal. A espada Katana era muito mais do que uma arma para um samurai: era a extenso de seu corpo de sua mente. Forjadas em seus detalhes cuidadosamente, desde a ponta, at a curvatura da lmina eram trabalhadas totalmente a mo. Assim, os samurais virtuosos e honrados faziam de sua espada uma filosofia de vida. Para o samurai, a espada no era apenas um instrumento de matar pessoas, mas sim uma forma de fazer a justia e ajudar as pessoas. A espada ultrapassava seu sentido material; simbolicamente, era como um instrumento capaz de "cortar" as impurezas da mente. Havia ainda um sabre pequeno, chamado tant, que era utilizado no apenas para combates, mas tambm para o ritual do seppuku (suicdio ritual). A diferena bsica entre as trs era o tamanho, tendo a Katana um comprimento de 60 ~ 90 cm de lmina (hamon); a Wakizashi entre 30 ~ 60 cm; e o tant um comprimento de cerca de 30 cm. Cada espadachim escolhia as espadas de acordo com as suas preferncias, tanto em termos de forja, quanto em termos de comprimento e curvatura da lmina. As medidas das espadas japonesas so referenciadas em shaku (equivalente a 30 cm). Qualquer lmina menor que um shaku considerada uma tanto; se o comprimento da lmina for entre um e dois shaku ento ela considerada uma shoto ( a categoria da Wakizachi e Kodachi); se a lmina possuir um comprimento maior que dois shaku, ento ela considerada uma Katana; e, ainda, se a lmina tiver de quatro a cinco shaku, ela considerada uma Masamune (Katana de trs punhos) Afora estes, existem muitas outras variantes de sabres japoneses. Kenjutsu, Kendo, Iaid e Iaijutsu so as artes marciais comumente associadas ao manejo da Katana.

Histria da Katana

Esquema de uma Katana

A espada foi a arma mais usada no Japo medieval, principalmente aps sua unificao pelo Shogun Tokugawa Ieyasu (incio do sc XVII), perodo de muitos duelos entre samurais. To grande era sua importncia que foi declarada privilgio exclusivo da classe guerreira em 1588. A espada a alma do samurai, disse Tokugawa Ieyasu. Um samurai era facilmente reconhecido pelas ruas por portar duas espadas presas ao obi, uma longa, a Katana (de 60 a 102 cm), usada nas lutas em locais amplos, e uma menor, a Wakizachi (de 30 a 60 cm), para espaos fechados. O Daish, nome dado ao conjunto, representava o estatuto mximo dos samurais, simbolizando o orgulho e emblema do guerreiro. Havia uma terceira arma, o Tanto, uma faca fina que ficava escondida e era usada s em emergncias. A histria da Katana est ligada histria do Japo e ao desenvolvimento das tcnicas de luta. Sua denominao muda conforme o perodo ao qual as peas pertencem.[2]

Jokoto ano 795 Koto (espadas antigas) 795-1596 Shinto (espadas novas) 1596-1624 Gendaito (espadas contemporneas) 1876-1953

[editar] Jokoto

Durante o perodo Jokoto (800 d.C.), as espadas usadas eram retas, com fio simples (a Chokuto) ou duplo (Ken) e pobremente temperadas. No havia um desenho padro e eram atadas cintura por meio de cordas. Evidncias histricas sugerem que elas eram feitas por artesos chineses e coreanos que trabalhavam no Japo.[editar] Koto

Katana (Masamune)

A partir do perodo Heian (794-1185), surge o termo Nipponto ou Nihonto, que significava espada japonesa (nippon=japo, to=espada). A mudana no estilo de luta criou a necessidade de alterao no seu formato. No se guerreava mais a p, mas sim a cavalo. As espadas tornaram-se longas, curvadas, com uma base mais larga e forte e uma ponta bem fina. As espadas desta poca so chamadas de Tachi e representam a categoria das antigas espadas ou Koto. Neste perodo, as inscries nas espadas derivavam, de motivos budistas, representando a forte ligao do cuteleiro com a religio e com seu trabalho. Foi criado o mtodo de forjar com a superfcie extremamente dura e o ncleo macio. O perodo Kamakura (1185-1333), com o Japo sob domnio da classe guerreira, foi considerado a poca de ouro da espada japonesa. Muitas espadas consideradas tesouro nacional foram produzidas neste perodo. A Katana (a clssica arma dos samurais) surgiu no perodo Muromachi. Com os feudos em guerra, enquanto os exrcitos cresciam, os soldados a cavalo se tornavam mais raros e a fora principal vinha daqueles que combatiam a p. Variando entre 60 a 90 cm no comprimento e com lmina de largura uniforme, eram mais fceis de carregar e mais rpidas para sacar.[editar] Shinto

Era Edo. Iniciou-se o governo de Tokugawa e, apesar das armas de fogo j fazerem parte do armamento dos exrcitos, as espadas ainda eram produzidas e de forma ainda mais refinada, com a matria-prima mais acessvel e a troca de experincia entre os cuteleiros que passaram a viajar com os exrcitos. As espadas deste perodo so conhecidas como espadas novas. Esta fase foi curta, pois com a unificao interna do Japo, foi instituda uma lei proibindo o porte de espadas pelos samurais. Soma-se a isto a inflao e a queda na qualidade do ao produzido, piorando a qualidade das espadas.[editar] Gendaito

Espadas feitas a partir da era Meiji so chamadas de espadas modernas ou Gendaito. Estas foram feitas na maior parte para os oficiais militares japoneses, para rituais e ocasies pblicas. Apesar de possurem as mesmas formas de uma espada tradicional, no tinham as caractersticas principais do artesanato (feito a mo) e do ao no

Nodachi

Uma Nodachi Uma nodachi (:?) uma grande espada japonesa de duas mos. "Nodachi" tem uma traduo parcial como "espada de campo de batalha". Contudo, alguns sugerem que o significado de "nodachi" praticamente o mesmo que o do odachi: "grande/longa espada". Uma confuso entre os termos quase sinomizou "nodachi" com a enorme "odachi". Com isso, enquanto que o uso original do termo possa referir-se a qualquer tipo de espada longa de batalha (daito), incluindo o tachi, ele frequentemente incorretamente aplicado qualquer tipo de katana de grande tamanho.

ZweihnderZweihnder

Zweihnders com Parierhakens e sem eles

Tipo

Espada Histria operacional

Em servio

ca. 1300 - 1700 Especificaes

Peso Comprimento Tipo de lmina

2 - 3.2 kg at 180 cm De dois gumes, alinhamento reto

Tipo de Empunhadura

Cruciforme, de duas mos, com pomo

A Zweihnder ( pronncia ajuda ficheiro ouvir) (alemo para "duas mos", tambm chamada Bidenhnder ou Bihnder), uma espada de duas mos usada majoritariamente durante o perodo do Renascimento. Apesar de ter sido implementada na Alemanha no sculo XIV, ganhou notoriedade apenas no sculo XVI como a arma-smbolo dos lansquens alemes da poca de Maximiliano I, Sacro Imperador Romano-Germnico.[1] Elas eram supostamente utilizadas pelas linhas de frente dos lansquens, onde seriam usadas para cortar os piquetes e lanceiros adversrios, cujas lanas representavam uma barreira difcil de ultrapassar para as armas normais e a cavalaria. Talvez o mais conhecido portador da Zweihnder tenha sido Pier Gerlofs Donia, que a teria manejado com tamanha fora, eficincia e habilidade que conseguiria decepar mltiplos oponentes com um nico golpe.[2] A Zweihnder que ele teria possudo est em exposio no Fries museum de Leeuwarden. Ela tem 2,13 metros de comprimento e pesa cerca de 6,6 quilos.[3]

Caractersticas tcnicasUma Zweihnder poderia medir 1,8 m de comprimento da base do pomo ponta da espada, com uma lmina de 1.2 a 1.5 m e de 30 a 45 centmetros de cabo. O peso podia variar entre 2 e 3.2 kg. Entretanto, uma Zweihnder cerimonial, que era inadequada para combate, podia pesar at 7 kg.

Zweihnders em exposio na cidade de Lviv, na Ucrnia.

Algumas eram menores, porm. Verses primrias, em particular, frequentemente tinham um comprimento total de cerca de 1,5 m, chegando a pesar apenas 1,5 kg.

CaractersticasOs guarda-mos de Zweihnders podiam ser planos ou ornados, enquanto os cabos costumavam terminar em pesados pomos em forma de corao ou pra. Ocasionalmente, uma poro arredondada do forte, o ricasso ou Fehlschrfe (que significa "faltando afiao") na base da lmina permitia que uma mo fosse colocada por debaixo da guarda para "diminuir a empunhadura" e fazer com que fosse possvel o manuseio como o de uma poliarma. Isso permitia ao usurio repelir uma investida da cavalaria. Ao longo da espada, cerca de 10 a 20 cm acima do guarda-mo superior, Parierhaken ("ganchos de aparar") em formato parecido com o de floretes agiam como guardas para o ricasso a fim de prevenir outras armas de deslizarem para baixo a lmina, possibilitando at prend-las.[4] Uma cobertura de pele tambm podia envolver o ricasso, tornando mais fcil manusear a espada em um combate corpo-a-corpo.[5]

Aplicao

Retrato de 1548 representando Zweihnders sendo usadas contra piques na Batalha de Kappel. Os primeiros exemplares de Zweihnder eram usados para quebrar formaes de piquetes, primeiro destruindo os piques para em seguida acertar os oponentes que os portavam. Estudiosos sugerem que isso eram apenas uma lenda, que tal uso no seria possvel para essa espada e que ela era apenas usada como forma de exibio. Essa noo lendria, no entanto, durou at o sculo XVII ou final do sculo XVI. Uma reproduo extravagante de uma Zweihnder sendo usada contra alabardas em batalha aparece em uma crnica polaca datada de 1597. Soldados que treinavam o uso dessa espada recebiam o dobro do pagamento de um soldado comum e eram chamados "Doppelsldner". Esses guerreiros costumavam ser usados como guardas de baterias da artilharia.

[editar] Na cultura popularVrios jogos eletrnicos, especialmente no estilo MMORPG, tm personagens que utilizam uma Zweihnder, como Castlevania, Kingdom Hearts, Soul Edge, Soul

Calibur, Ragnarok Online, e World of Warcraft. So espadas pesadas que exigem fora para carregar no contexto dos jogos.

Espata (arma)

Rplica moderna de antiga espata do Imprio Romano. Espada era um tipo de arma romana com lmina de gumes rectos, geralmente de seco lenticular ou em diamante, e caracterizada por ser mais comprida do que o gldio.

DescrioA espada do Imprio Romano,media entre 75 cm. a 1 metro de comprimento, e teve largo uso na Europa durante o primeiro milnio, no Imprio Romano. Etimologicamente a palavra originou o francs actual pe, e ainda o portugus e espanhol espada, o italiano spada e o albans shpata, todos com o mesmo significado genrico de espada. A sua origem completamente desconhecida, mas os registos remontam ao Imprio Romano, ainda no sculo I, foi ali presumivelmente introduzida por guerreiros germanos (se na infantaria ou na cavalaria isso no certo), tornando-se uma arma

padro da infantaria pesada, e diminuindo o uso mas nao banindo o gldio como arma tpica da infntaria ligeira. No h provas de que a espada era usada exclusivamente para golpear. Substituiu o gldio aparentemente nas linhas dianteiras, permitindo o avano da infantaria. A Arqueologia localizou muitos exemplares da espada na Inglaterra e na Alemanha. Era largamente usada pelos teutnicos, mas derivou-se ali dos gldios de Pompeu ou das espadas clticas, bem como se foi o modelo para as vrias espadas de folhas largas dos vikings, isso altamente especulativo. A espada permaneceu popular ao longo do perodo de Migraes. Pode ter evoludo para a espada cavaleiresca da Alta Idade Mdia (aproximadamente 1100) mas com o grande nmero de espadas que surgiram nesse perodo no permite uma afirmativa certa. Detalhes especficos da sua fabricao, bem como os moldes usados pelos seus fabricantes permanecem desconhecidos.

Imprio Romano

Espata alem, cabo em ouro (sculo V). Originalmente a espada era usada pelos oficiais da cavalaria e auxiliares do exrcito romano em sua fase final. Normalmente era uma verso mais longa do gldio, espada em folhas usada pelos legionrios. Apesar do tamanho variar at 1 metro, raramente atingiam este comprimento. Ao contrrio do gldio, era carregada ao lado esquerdo, devido seu maior comprimento. Empregada pelos cavalarianos de Roma e por seus inimigos alemes, e depois pelos Lombardos, que usavam uma tcnica mais avanada que o ferro forjado dos gldios, sendo construda usando uma tcnica padro de soldagem que empregava sucessivas camadas (folhas) de ferro e ao - sendo, portanto, de material composto. Eventualmente, durante os ltimos anos do Imprio Romano, foi adotada pela maioria dos legionrios. A palavra latina spatha, e todos os seus derivados, uma adaptao do grego (spathe), e designava todo objeto considerado longo e achatado, como a lmina de um

remo, uma costela, a lanadeira do tear, uma esptula, etc. O termo era usado desde a cultura grega antiga, no chamado perodo clssico (no antes, porm, do sculo V a.C.), designando vrios tipos de espadas da Idade do Ferro, sendo usada j na obra de squilo. At onde se pde apurar, modernamente, no alcana a Idade do Bronze, e no aparece nos trabalhos de Homero. Possivelmente o termo spathe foi adotado pelos antigos romanos no sentido geral de espata. A primeira referncia d-se em Plnio e tambm em Sneca, com significados diferentes: era uma esptula, uma ferramenta de metal, uma folha em lmina, e assim por diante. No h qualquer meno a uma espada romana tpica, chamada espata. O significado como uma espada surge inicialmente nas pginas de Tcito, numa referncia a um incidente do incio do Imprio (nos Annales). O rei britnico, Caractatus, tendo se rebelado, refugiou-se numa colina rochosa. No poderia livrar-se, cercado por um lado pelos gldios dos legionrios e, do outro, pelas espatas dos auxiliares. Vendo o fracasso de sua tentativa, foi at os Brigantes (tribo celta), deixando seus irmos no comando, cuja rainha intercedeu junto aos romanos, sendo ento perdoado pelo Senado, por meio de comovente pedido de clemncia. Reinou novamente com prosperidade, como tributrio de Roma. Tcito no revela quem eram os auxiliares. Os romanos mantinham tropas estrangeiras auxiliares ao longo de suas fronteiras, confiando-lhes tambm as coletas de tributos. A maioria das citaes de espatas vm da Alemanha e do Leste Europeu, entretanto. H, portanto, grande chance que os criadores das espatas tenham sido os germnicos. Tambm no indica Tcito se eram homens da cavalaria; geralmente, os romanos tinham-nos na cavalaria e na infantaria. A prxima citao da espada, aps uma misteriosa lacuna de cerca de dois sculos, so j uma arma de uso da infantaria pesada. Evidentemente os romanos tomaram esta arma aos auxiliares, como foi dito, certamente dos germanos, mas nenhuma indicao aponta esta origem. Espata certamente no uma palavra germnica, e no existe qualquer fonte que indique qual a palavra germnica para design-la, tal como existe no ingls antigo o termo "sweord" que evoluiu para sword.

Idade do Ferro, em RomaNa Idade do Ferro, na poca do Imprio Romano, embora este no tivesse exercido jurisdio sobre o norte europeu, tem-se como certa a forte influncia dessa civilizao sobre os povos nrdicos. Diversos artefatos deste perodo foram localizados nos pntanos de Schleswig, Holstein e da Dinamarca. Estes objetos estavam deliberadamente quebrados e ali jogados, de forma que pudessem acompanhar os chefes mortos na outra vida.

Um stio arqueolgico com 90 espadas foi encontrado em Nydam Mose, em 1858. Elas tinham o formato de espatas, e foram na poca classificadas como "espadas romanas" - mas a datao do achado remonta aos anos 200-400 da Era Crist, ou seja, as espatas romanas que deveriam ser classificadas como "espadas de Nydam".

Era das MigraesExemplares encontrados das espadas da Idade do Ferro na Germnia tinham lminas medindo entre 71 a 81 cm. de comprimento, por 45 a 60 mm. de largura. O cabo dessas armas tinham um comprimento de 10 a 13 cm., eram pouco pontiagudas na extremidade final e normalmente as pontas eram arredondadas - tal como nas espatas.

Era VikingDurante a Era Viking, as espadas tiveram ligeiro aumento no seu comprimento, at 93 cm. e tiveram um final mais afinado e pontiagudo. Essas lminas tinham o relevo central fundo, percorrendo toda a lmina, e cabos que se amoldavam na copa - ou seja, a extremidade livre do cabo, com formato de castanha-do-Par. Enquanto o padro do cabo e design da lmina podem prontamente ser chamados de "espada viking", isso seria negligenciar a popularidade que este alcanou por toda a Europa Continental, durante os anos 700-1000, com pequenas variaes. Durante o perodo normando as lminas aumentaram uns 10 cm. no comprimento geral, e o cabo alterou-se significativamente. Em vez da copa final em formato de castanha, este passou a ser um disco chato grosso, preso no final do cabo de ferro. Alm disso, a guarda superior cresceu bastante, em relao s espadas existentes antes deste perodo. Tambm as lminas tenderam a se afilar menos ligeiramente, do que durante a Era Viking.

Espadas normandasA transio da espata da Era Viking para o armamento da Alta Idade Mdia ocorre entre os sculos X e XI. O desenvolvimento principal foi o aumento da guarda do punho inferior, e a reduo da copa tpica da Era Viking, em formato de avel, para formatos mais simples ou em disco. A espada de Oto I, preservada em Essen um bom exemplo dessa arma, embora tenha sido ornada por decoraes durante os sculos em que foi preservada como relquia (seu comprimento total de 95,5 cm.).

Na ficoA espada do fictcio Rei Thoden era uma espata, na verso cinematogrfica do diretor Peter Jackson para a obra O Senhor dos Anis, de J.R.R. Tolkien. Um detalhe incomum no design era o fato de que esta espata tinha o relevo central duplicado.

Gldio

Gldio. O gldio era a espada utilizada pelas legies romanas. Era uma espada curta, de dois gumes, de mais ou menos 60 cm, mais larga na extremidade. Era muito mais uma arma de perfurao do que de corte, ou seja, devia ser utilizada como um punhal, ou uma adaga, no combate corpo-a-corpo. Diz-se que era capaz de perfurar a maior parte das armaduras. Tambm chamado Gladius hispaniensis, por ter sido inspirado em armas utilizadas pelos celtiiberos na poca. A Pennsula Ibrica, no seu conjunto, era chamada de Hispania pelos romanos, da o nome Gladius Hispaniensis. No confundir com Espanha, que s existiu 16 sculos mais tarde. Por parte dos Romanos, no somente os legionrios eram treinados pelos Doctores armorum na tcnica do gldio, mas tambm os gladiadores. Segundo alguns historiadores [carece de fontes?], podia ser arremessada graas pea esfrica em seu cabo, que balancearia a arma, o que a torna a nica espada arremessvel de que se tem notcia.

PgioPunhal da infantaria romana, o pgio era, segundo muitos historiadores, uma arma padro e que foi largamente utilizada junta do gldio hispaniense. Consistia de uma lmina curta, larga e bem afiada, posta sobre um cabo relativamente fino, pouco ornamentado assim sendo mortal.

guia romana

Reconstruo de um aquilifer de uma legio romana. A guia romana era um smbolo da Roma Antiga, sendo usada pelo exrcito romano como insgnia das legies romanas. No tempo de Gaio Jlio Csar era feita de prata e ouro. A partir da reforma de Augusto passou a ser feita s de ouro. A guia era custdia da primeira coorte e s saa do acampamento romano em ocasies raras, quando toda a legio se movimentava. Para garantir a sua segurana havia um suboficial legionrio, denominado aquilifer, que em ocasio de batalha deveria defender a insgnia a qualquer custo, mesmo o da prpria vida, pois era sinal de grandes desgraas a sua perda, evento que ter ocorrido poucas vezes, uma delas na batalha da floresta de Teutoburgo em 9 d.C., quando trs guias caram nas mos do inimigo.

Vexillum

Ator moderno empunhando um vexillum ilustrado com um escorpio, smbolo da Guarda Pretoriana. O vexillum (plural nominativo em Latim: vexilla) ou vexilo[1] era um objeto em forma de bandeira utilizado no perodo clssico do Imprio Romano como

estandarte. A principal diferena dos vexilos para uma bandeira atual que o tecido era hasteado verticalmente a partir de uma ponta horizontal, ao contrrio das bandeiras hasteadas horizontalmente como as utilizadas nos dias de hoje. O responsvel por carregar o vexillum era conhecido como vexillarium. Quase todas as atuais regies da Itlia ainda preservam o uso de vexilos, encontrando-se entre os poucos exemplos do seu uso na atualidade.

Bandeira de PortugalBandeira de Portugal

...Aplicao Proporo Adoo 2:3 30 de Junho de 1911 Vermelho Verde Cores Amarelo Branco

Azul Preto

A Bandeira de Portugal a bandeira nacional da Repblica Portuguesa. um bicolor rectangular com um campo desigual dividido em verde na tralha, e vermelho na batente. O braso de armas (a Esfera armilar e o Escudo portugus) est centrado sobre o limite das cores da bandeira, a uma distncia igual das bordas superior e inferior.[1] A 30 de Junho de 1911, menos de um ano aps a queda da monarquia constitucional, este projecto foi oficialmente adoptado para a nova bandeira nacional, aps ser seleccionado, entre vrias propostas, por uma comisso cujos membros incluam Columbano Bordalo Pinheiro, Joo Chagas e Abel Botelho.[2][3] A conjugao do novo dominio de cores, especialmente o uso do verde, no era tradicional na composio da Bandeira Nacional Portuguesa e representou uma mudana radical de inspirao republicana, que rompeu o vnculo com a bandeira monrquica religiosa. Desde da tentativa frustrada de insurreio republicana a 31 de Janeiro de 1891, o vermelho e o verde tinham sido estabelecidos como as cores do Partido Republicano Portugus e seus movimentos associados, cuja importncia poltica continuou crescendo at atingir um perodo de auge na sequncia da revoluo republicana de 5 de Outubro de 1910.[4] Nas dcadas seguintes, essas cores foram popularmente propagandeadas como representao da esperana da nao (verde) e sangue (vermelho) daqueles que morreram defendendo-a, de maneira a dot-la de uma forma mais patritica e digna, portanto, menos poltica e sentimental. O design da bandeira actual representa uma mudana dramtica na evoluo da norma portuguesa, que foi sempre intimamente associada com as armas reais. Desde a fundao do pas, a bandeira nacional evoluiu da cruz azul sobre fundo branco de Dom Afonso Henriques ao braso de armas da monarquia liberal sobre um rectngulo azul-ebranco. Entre estes, grandes mudanas associadas a determinantes eventos polticos contriburam para sua evoluo ao design actual.

DesignO decreto que legalmente substituiu a bandeira usada sob a monarquia constitucional foi aprovado pela Assembleia Nacional Constituinte e publicada no Dirio do Governo n 141, a 19 de Junho de 1911, sendo a 30 de Junho, a sua regulamentao publicada oficialmente no Dirio do Governo n 150. Segundo o decreto, a Bandeira de Portugal um rectngulo bipartido verticalmente em duas cores fundamentais, verde e vermelho.[5][6][7]

Dimenses oficiais da Bandeira de Portugal

O comprimento da bandeira igual a 112 da sua largura, que se traduz numa proporo de 2:3. O fundo verticalmente dividido em duas cores: verde escuro do lado da haste, e vermelho escarlate da mosca. A diviso das cores feita de maneira a abranger verde em 25 do comprimento, sendo os restantes 35 preenchidos por vermelho (relao 2-3).[7] O braso de armas (sem a coroa de louros), (o escudo portugus no topo de uma esfera armilar em amarelo e avivada de negro), posicionado sobre a fronteira entre ambas as cores. A esfera armilar tem um dimetro igual a 12 da largura e equidistante das bordas superior e inferior da bandeira.[7] A esfera, desenhada em perspectiva, possui seis arcos de ponta em relevo, quatro dos quais so circulos mximos, sendo os outros dois circulos menores. Os circulos mximos representam a eclptica (maior arco oblquo), o equador e dois meridianos. Estes trs ltimos so posicionados de modo que as interseces entre cada dois arcos fazem um ngulo recto, um meridiano est no plano da bandeira enquanto o outro perpendicular a este. Os circulos menores consistem de dois paralelos (dos trpicos), e cada tangente sendo uma das interseces da eclpticameridiano.[8] Verticalmente centrado sobre a esfera est o escudo nacional. Sua altura e largura so iguais a 710 e 610 do dimetro da esfera, respectivamente. O escudo est posicionado de uma forma que seus limites se cruzam com a esfera:[8]

nos pontos de inflexo das extremidades distais do Trpico de Cncer (acima) e Trpico de Capricrnio (abaixo); no cruzamento das bordas inferiores da metade posterior da eclptica e de metade anterior do equador, e na interseco da borda superior da metade anterior da eclptica com a borda inferior da metade posterior do equador.

Um aspecto curioso do projecto oficial a ausncia de um segmento do Trpico de Capricrnio, entre o escudo nacional e o arco da eclptica.[8] O centro branco , preenchido com cinco escudos azuis (escudetes ou quinas) dispostos como uma cruz grega (1+3+1). Cada quina contm cinco besantes brancos exibidos em forma de cruz de Santo Andr (2+1+2). A borda vermelha detalhada com sete castelos amarelos: trs no topo (uma em cada canto e uma no meio), dois no ponto mdio de

cada quadrante da base curva (rodados 45 graus), e mais dois em cada lado da borda, sobre a linha horizontal da bandeira do meio. Cada castelo composto por um edifcio principal, mostrando um porto (amarelo) fechado, em cima da qual esto trs torres com ameias.[8] Os tons da cor da bandeira no so exactamente especificados em qualquer documento legal. Os tons aproximados esto listados a seguir:[8][9][10][6]Sistema Vermelho Verde Amarelo PMS Azul Branco 255255255 Preto Black 6 CVC

485 CVC 349 CVC 803 CVC 288 CVC

RGB

255-0-0 0-102-0

255255-0

0-51153

0-0-0

CMYK

0-100100-0

100100-35- 0-0-1000-0-0100-25- 0-0-0-0 100-30 0 100 10

Web

#FF0000 #006600 #FFFF00 #003399 #FFFFFF #000000

[editar] Antecedentes

Joo Chagas, comissrio para a criao da bandeira nacional.

Junto com a revoluo republicana, surgiu a necessidade de substituir os smbolos da monarquia deposta, representada em primeira instncia pela antiga bandeira nacional e pelo hino. A escolha da nova bandeira no era consensual, especialmente as cores, quando os partidrios republicanos vermelhos e verdes enfrentraram a oposio de apoiadores do tradicional azul e branco. Azul tambm carregava um forte significado religioso pois era a cor da Nossa Senhora da Conceio, que havia sido coroada Rainha e Padroeira de Portugal por D. Joo IV, sendo a sua remoo ou substituio na futura

bandeira justificada pelos republicanos como uma das muitas medidas necessrias para secularizar o Estado.[6]

Monumento aos Restauradores, em Lisboa, onde a nova bandeira nacional foi hasteada pela primeira vez.

Aps a apresentao e discusso das vrias propostas,[11] uma comisso governamental foi criada a 15 de Outubro de 1910. Essa comisso inclua Columbano Bordalo Pinheiro (pintor), Joo Chagas (jornalista), Abel Botelho (escritor) e dois lderes militares de 1910: Ladislau Pereira e Afonso Palla.[6] Esta comisso escolheu o vermelho-e-verde do Partido Republicano Portugus, fornecendo uma explicao baseada em razes patriticas,[3] disfarando o significado poltico por trs da escolha, uma vez que estas tinham sido as cores presentes nos estandartes dos rebeldes durante a revolta republicana de 31 de Janeiro de 1891, no Porto, e durante a revoluo anti-monrquica, em Lisboa.[4] A comisso considerou que o vermelho devia "(...) estar presente como uma das principais cores, porque uma cor combativa, quente, viril, por excelncia. a cor da conquista e do riso. Uma cor cantante, ardente, alegre (...). Lembra o sangue e incita vitria. Foi mais dificil arranjar uma explicao para a incluso do verde, dado que no era uma cor tradicional na histria da bandeira portuguesa. Eventualmente, a cor foi justificada com o argumento de que, durante a rebelio de 1891, esta estava presente na bandeira revolucionria que "despertou o relmpago" do republicanismo. Finalmente, o branco (no escudo) representava "uma cor bonita e fraterna, em que todas as outras cores se fundem, cor de simplicidade, de harmonia e paz", acrescentando que "(...) essa mesma cor que, cheia com entusiasmo e f pela Cruz da Ordem de Cristo, assinala o ciclo pico dos Descobrimentos".[3] A esfera armilar manuelina, que esteve presente na bandeira nacional sob o reinado de D. Joo VI, foi revivida, pois consagra a "pica histria maritima portuguesa (...) o desafio final, essencial para a nossa vida colectiva". O escudo portugus foi mantido, sendo posicionado sobre a esfera armilar. A sua presena iria imortalizar o "milagre humano de bravura positivo, tenacidade, diplomacia e audcia, que conseguiu ligar os

primeiros elos da afirmao social e poltica da nao portuguesa", uma vez que um dos mais "vigorosos simbolos da identidade e integridade nacional".[3] A nova bandeira foi produzida em grande escala na Cordoaria Nacional e foi apresentada oficialmente para todo o pas a 1 de Dezembro de 1910, por ocasio dos 270 anos da Restaurao da Independncia. Este dia j havia sido declarado pelo governo como o "Dia da Bandeira" (actualmente no comemorado). Na capital, a bandeira desfilou desde a Cmara Municipal ao Monumento dos Restauradores, onde foi hasteada. A apresentao festiva no mascarou, no entanto, o tumulto causado pelo design escolhido sozinho, sem haver consulta popular, j que representava mais que um regime poltico de uma nao inteira. Para incentivar uma maior aceitao da nova bandeira, o governo concedeu a todos os estabelecimentos de ensino com um exemplar, cujos smbolos deveriam ser explicados aos alunos; os livros foram alterados para exibir intensivamente esses smbolos. Alm disso, 1 de Dezembro, 31 de Janeiro e 5 de Outubro foram declarados feriados nacionais.[4]

SimbolismoA bandeira portuguesa exibe trs smbolos importantes: as cores dos campos, a esfera armilar e o escudo portugus, que compem o braso de armas.Cores

A explicao para as cores verde e vermelho que compem o campo de fundo surgiram durante o perodo do Estado Novo, o regime nacionalista autoritrio que detinha o poder entre 1933 e 1974. Alega que o verde representa a esperana do povo portugus, enquanto que o vermelho representava o sangue dos que morreram servindo a nao.[12] Fontes acreditam que esses significados nobres no correspondem verdade e so nada mais do que propaganda, para fornecer uma justificao honrosa para sua escolha de cores.[13] Apesar do facto que nunca estas cores terem constitudo uma parte significativa da bandeira nacional at 1910, estiveram presentes em vrias bandeiras histricas durante perodos importantes. D. Joo I incluiu uma cruz de Aviz verde no bordure vermelho de sua bandeira. A cruz vermelha da Ordem de Cristo foi usada sobre um campo branco como uma flmula naval durante os Descobrimentos e, frequentemente, em velas de navios. Uma verso de fundo verde foi um padro popular dos rebeldes durante a revoluo de 1640 que restaurou a independncia de Portugal para a Espanha.[14] No h fontes registadas para confirmar que esta foi a origem das cores republicanas. Outra explicao d crdito total para a bandeira que foi hasteada na varanda do salo da cidade do Porto durante a rebelio de 1891. Consistia num campo vermelho com um disco verde e a inscrio Centro Democrtico Federal 15 de Novembro , representando um dos muitos clubes de maonaria de inspirao republicana.[15] Durante os 20 anos seguintes, o vermelho-e-verde esteve presente em cada item republicano em Portugal.[6]

Esfera armilar

Pelourinho na vila de Constncia, encabeado por uma esfera armilar

A esfera armilar foi um importante instrumento astronmico e de navegao para os marinheiros portugueses que se aventuraram em mares desconhecidos, durante a Era dos Descobrimentos. Foi introduzido pelos Cavaleiros Templrios, cujo conhecimento foi essencial para os descobrimentos portugueses - Infante D. Henrique, o grande responsvel do desenvolvimento da Era dos Descobrimentos, foi realmente o Gromestre da Ordem de Cristo. Tornou-se, assim, o smbolo do perodo mais importante da nao, as descobrimentos portugueses. luz disto, D. Manuel I, que governou durante este perodo, incorporou a esfera armilar na sua bandeira pessoal.[16] Foi simultaneamente utilizado como estandarte de navios que dobravam a rota entre a metrpole e o Brasil,[17] tornando-se assim um smbolo colonial e um elemento fulcral das bandeiras do futuro reino e imprio brasileiro. Acrescentando ao significado da esfera ser comum em todas as obras arquitectnicas de influncia manuelina, onde um dos principais elementos estilsticos, como visto no Mosteiro dos Jernimos e na Torre de Belm.[18]Escudo portugus

Design actual do escudo portugus. Desde 1143, exibido na bandeira nacional, com diferentes formatos e complexidade.

O escudo portugus assenta sobre a esfera armilar. Excepto durante o reinado de Dom Afonso Henriques, est presente em cada bandeira histrica, de uma forma ou de outra.

o principal smbolo portugus, bem como um dos mais antigos, com os primeiros elementos do escudo actual a aparecerem durante o reinado de D. Sancho I.[19] A evoluo da bandeira portuguesa est inerentemente associada com a evoluo do escudo. Dentro de uma borda branca, cinco quinas (pequenos escudos azuis), com seus cinco besantes brancos representam as cinco chagas de Cristo quando crucificado e popularmente associadas com o "Milagre de Ourique".[20] A histria associada com este milagre conta que antes da Batalha de Ourique (25 de Julho de 1139), um velho eremita apareceu diante de Conde Afonso Henriques (futuro Afonso I de Portugal) como um mensageiro divino. Previu a vitria de Afonso Henriques e garantiu-lhe que Deus estava olhando por ele e seus pares. O mensageiro aconselhou-o a afastar-se de seu acampamento, sozinho, se ouvisse o sino da capela prxima a tocar na noite seguinte. Ao fazer isso, testemunhou uma apario de Jesus na cruz. Eufrico, ouviu Jesus prometendo vitrias para as batalhas que viessem, dizendo que Deus desejava agir atravs de Afonso e seus descendentes, a fim de criar um imprio que levaria seu nome para terras desconhecidas, escolhendo o portugus para realizar grandes tarefas.[21] Impulsionado por esta experincia espiritual, Afonso Henriques ganhou a batalha contra um inimigo poderoso. Diz a lenda que Afonso Henriques matou os cinco reis mouros das taifas de Sevilha, Bada