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Prof.ª Taís Flores COMENTÁRIOS PROVA TRT4 - TJAA
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LEGISLAÇÃO
21. Considere as seguintes condutas:
I. recusar fé a documentos públicos.
II. opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou execução de serviço.
III. revelar segredo do qual se apropriou em razão do cargo.
Nos termos da Lei no 8.112/90, é passível de advertência o mencionado em
(A) I, II e III.
(B) III, apenas.
(C) II, apenas.
(D) I, apenas.
(E) I e II, apenas.
GABARITO - E
COMENTÁRIOS:
Segundo o art. 129 da Lei 8.112/90: “A advertência será aplicada por escrito, nos casos de violação de proibição
constante do art. 117, incisos I a VIII e XIX, e de inobservância de dever funcional previsto em lei, regulamentação ou
norma interna, que não justifique imposição de penalidade mais grave.”
As condutas mencionadas em (I) recusar fé a documentos públicos e (II) opor resistência injustificada ao andamento
de documento e processo ou execução de serviço correspondem, respectivamente, aos incisos III e IV do artigo 117
sendo, portanto, puníveis com advertência.
Já a conduta descrita em (III) revelar segredo do qual se apropriou em razão do cargo é punível com demissão, segundo
o artigo 132, IX.
22. Nos termos do Regimento Interno do TRT da 4a Região, sobre os recursos é correto afirmar que
(A) o Agravo de Instrumento é dirigido à autoridade prolatora do despacho agravado e processado nos mesmos autos.
(B) deverá ser reformado o despacho agravado no caso de empate do julgamento do Agravo Regimental.
(C) do despacho que recebe o Recurso de Revista é incabível Pedido de Reconsideração.
(D) é incabível Recurso Ordinário no caso de Mandado de Segurança.
(E) o Recurso Ordinário não está sujeito ao preparo.
GABARITO - C
COMENTÁRIOS:
(A) o Agravo de Instrumento é dirigido à autoridade prolatora do despacho agravado e processado nos mesmos autos.
ERRADO - Art. 192. O agravo de instrumento será dirigido à autoridade judiciária prolatora do despacho agravado, no
prazo de oito dias de sua intimação, e processado em autos apartados.
(B) deverá ser reformado o despacho agravado no caso de empate do julgamento do Agravo Regimental.
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ERRADO - Art. 205. No julgamento, ocorrendo empate, prevalecerá o despacho agravado.
(C) do despacho que recebe o Recurso de Revista é incabível Pedido de Reconsideração.
CORRETO - Art. 188. § 3º É incabível pedido de reconsideração do despacho que recebe o recurso de revista.
(D) é incabível Recurso Ordinário no caso de Mandado de Segurança.
ERRADO - Art. 189, parágrafo único. Tratando-se de mandado de segurança, é cabível o recurso ordinário e, quando
for o caso, a remessa de ofício.
(E) o Recurso Ordinário não está sujeito ao preparo.
ERRADO – Art. 190. O recurso ordinário estará sujeito ao preparo, na forma da lei.
Observação: esta questão foi trabalhada, com alternativas quase idênticas, nos exercícios sobre Regimento Interno
que elaborei para as turmas (questões nº 24 e 25).
23. Considere as seguintes situações:
I. Após tomar posse em cargo público, um servidor federal deixou de entrar em exercício no prazo de quinze dias.
II. Servidor federal, não estável em outro cargo, não foi aprovado em estágio probatório.
III. Servidor federal, estável, não foi aprovado em estágio probatório para outro cargo.
Nos termos da Lei no 8.112/90, cabe exoneração o previsto em
(A) I e II, apenas.
(B) I, II e III.
(C) I, apenas.
(D) II, apenas.
(E) III, apenas.
GABARITO - A
COMENTÁRIOS:
Segundo o art. 34 da Lei 8112/90, “A exoneração de cargo efetivo dar-se-á a pedido do servidor, ou de ofício.
Parágrafo único. A exoneração de ofício dar-se-á:
I - quando não satisfeitas as condições do estágio probatório;
II - quando, tendo tomado posse, o servidor não entrar em exercício no prazo estabelecido.
Assim, as condutas mencionadas em (I) e (II) correspondem, respectivamente, aos incisos I e II do parágrafo único,
estando corretas.
Já a conduta descrita em (III), apesar da má redação da banca, que pretende que o candidato imagine que a
recondução ocorra de ofício (o que não é correto, pois depende de requerimento do servidor), remete ao art. 29, I:
Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado e decorrerá de: I - inabilitação em estágio
probatório relativo a outro cargo.
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Embora tenha sido possível “inferir” o que pretendia a banca para quem a conhece, a redação do item III deixou
margem à dupla interpretação: o servidor será, efetivamente, exonerado do cargo em que reprovou do estágio
probatório e reconduzido ao cargo de origem, a pedido, por ser estável.
24. Sobre o processo administrativo no âmbito da Administração Pública Federal, regulado pela Lei no 9.784/99, é
correto afirmar que
(A) a única forma admitida para a intimação do interessado é a publicação na imprensa oficial.
(B) a adoção de providências acauteladoras pela Administração Pública depende de prévia manifestação do
interessado.
(C) o ato de delegação da competência exercida pelos órgãos administrativos é irrevogável.
(D) o recebimento de documentos será feito sempre mediante reconhecimento de firma.
(E) a avocação temporária da competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior é permitida em caráter
excepcional e por motivos relevantes devidamente justificados.
GABARITO - E
COMENTÁRIOS:
(A) a única forma admitida para a intimação do interessado é a publicação na imprensa oficial.
ERRADO – Art. 26, § 3º A intimação pode ser efetuada por ciência no processo, por via postal com aviso de
recebimento, por telegrama ou outro meio que assegure a certeza da ciência do interessado.
(B) a adoção de providências acauteladoras pela Administração Pública depende de prévia manifestação do
interessado.
ERRADO - Art. 45. Em caso de risco iminente, a Administração Pública poderá motivadamente adotar providências
acauteladoras sem a prévia manifestação do interessado.
(C) o ato de delegação da competência exercida pelos órgãos administrativos é irrevogável.
ERRADO – Art. 14, § 2º O ato de delegação é revogável a qualquer tempo pela autoridade delegante.
(D) o recebimento de documentos será feito sempre mediante reconhecimento de firma.
ERRADO – Art. 22, § 2º Salvo imposição legal, o reconhecimento de firma somente será exigido quando houver dúvida
de autenticidade.
(E) a avocação temporária da competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior é permitida em caráter
excepcional e por motivos relevantes devidamente justificados.
CERTA - Art. 15. Será permitida, em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente justificados, a avocação
temporária de competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior.
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25. Nos termos regulados pela Lei no 8.429/92, é ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios
da Administração Pública:
(A) praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou diverso daquele previsto, na regra de competência.
(B) perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a alienação, permuta ou locação de bem público
ou o fornecimento de serviço por ente estatal por preço inferior ao valor de mercado.
(C) aceitar emprego, comissão ou exercer atividade de consultoria ou assessoramento para pessoa física ou jurídica
que tenha interesse suscetível de ser atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente
público, durante a atividade.
(D) causar prejuízo ao erário ao liberar verba pública sem a estrita observância das normas pertinentes ou influir de
qualquer forma para a sua aplicação irregular.
(E) causar prejuízo ao erário ao conceder benefício administrativo ou fiscal sem a observância das formalidades legais
ou regulamentares aplicáveis à espécie.
GABARITO - A
COMENTÁRIOS:
(A) praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou diverso daquele previsto, na regra de competência.
CERTA - Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública
qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições,
e notadamente: I - praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou diverso daquele previsto, na regra de
competência;
(B) perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a alienação, permuta ou locação de bem público
ou o fornecimento de serviço por ente estatal por preço inferior ao valor de mercado.
ERRADO – Art. 9° Constitui ato de improbidade administrativa importando enriquecimento ilícito auferir qualquer tipo
de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de cargo, mandato, função, emprego ou atividade nas
entidades mencionadas no art. 1° desta lei, e notadamente: III - perceber vantagem econômica, direta ou indireta,
para facilitar a alienação, permuta ou locação de bem público ou o fornecimento de serviço por ente estatal por preço
inferior ao valor de mercado;
(C) aceitar emprego, comissão ou exercer atividade de consultoria ou assessoramento para pessoa física ou jurídica
que tenha interesse suscetível de ser atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente
público, durante a atividade.
ERRADO – Art. 9° Constitui ato de improbidade administrativa importando enriquecimento ilícito auferir qualquer tipo
de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de cargo, mandato, função, emprego ou atividade nas
entidades mencionadas no art. 1° desta lei, e notadamente: VIII - aceitar emprego, comissão ou exercer atividade de
consultoria ou assessoramento para pessoa física ou jurídica que tenha interesse suscetível de ser atingido ou
amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente público, durante a atividade;
(D) causar prejuízo ao erário ao liberar verba pública sem a estrita observância das normas pertinentes ou influir de
qualquer forma para a sua aplicação irregular.
ERRADO – Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação ou omissão,
dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou
haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente: XI - liberar verba pública sem a estrita observância
das normas pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua aplicação irregular.
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(E) causar prejuízo ao erário ao conceder benefício administrativo ou fiscal sem a observância das formalidades legais
ou regulamentares aplicáveis à espécie.
ERRADO – Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação ou omissão,
dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou
haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente: VII - conceder benefício administrativo ou fiscal
sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie.
NOÇÕES DE GESTÃO PÚBLICA
37. Considere que em um procedimento licitatório na modalidade pregão, instaurado para a aquisição de material
hospitalar, encerrada a fase competitiva e ordenadas as propostas, o pregoeiro tenha procedido à análise dos
documentos de habilitação do licitante que apresentou a melhor proposta. Referido procedimento, de acordo com as
disposições da Lei no 10.520/2002, afigura-se
(A) incorreto, eis que na modalidade licitatória pregão descabe o procedimento de habilitação. (B) facultativo,
podendo ser adotado pelo pregoeiro caso haja dúvida sobre a exequibilidade da proposta apresentada pelo licitante.
(C) correto e, verificado o atendimento das exigências fixadas no edital, o referido licitante será declarado vencedor.
(D) irregular, eis que a análise dos documentos de habilitação deve preceder a etapa competitiva.
(E) correto desde que o pregão tenha sido instaurado para a formação de ata de registro de preços.
GABARITO - C
COMENTÁRIOS:
Segundo a Lei 10.520/2002, no artigo 4º, XII: “encerrada a etapa competitiva e ordenadas as ofertas, o pregoeiro
procederá à abertura do invólucro contendo os documentos de habilitação do licitante que apresentou a melhor
proposta, para verificação do atendimento das condições fixadas no edital”. Após, o inciso XV prevê que “verificado o
atendimento das exigências fixadas no edital, o licitante será declarado vencedor”.
38. De acordo com o princípio orçamentário da universalidade, a Lei Orçamentária Anual deve conter todas as receitas
e despesas do Estado, não alcançando, contudo, as
(A) despesas correntes.
(B) despesas decorrentes de projetos inseridos no Plano Plurianual.
(C) receitas provenientes de operações de crédito.
(D) despesas e receitas operacionais das empresas estatais.
(E) despesas dos poderes judiciário e legislativo.
GABARITO - D
COMENTÁRIOS:
De acordo com James Giacomoni (2010, p. 68-71), as receitas e despesas operacionais de sociedades de economia não
são públicas, dispensando, portanto, tramitação legislativa. Veja-se no excerto abaixo:
Já com as sociedades de economia mista ocorre uma situação diversa. Suas receitas e
despesas operacionais não são públicas, dispensando, portanto, tramitação legislativa. Se os
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investimentos dessas empresas, porém, forem realizados com recursos transferidos pelo
Tesouro ou por meio de financiamentos garantidos pelo governo central, tais operações
deverão merecer aprovação e controle parlamentar. (...)
Sabe-se que, ao lado das autarquias e das fundações públicas, as empresas públicas e as
sociedades de economia mista são, igualmente, entidades da administração indireta. É
razoável admitir que os orçamentos de algumas destas entidades - das sociedades de
economia mista, por exemplo - não devam fazer parte da lei orçamentária. Operando nas
condições e segundo as exigências do mercado, as finanças dessas empresas, especialmente
suas receitas e despesas operacionais, não são “públicas”, justificando-se, assim, sua não
inclusão no orçamento. (...)
A exigência da inclusão, entre as peças da lei orçamentaria anual, do orçamento de
investimentos das empresas estatais (inciso II, § 5-, art. 165) e uma das inovações trazidas
pela Constituição de 1988. Se, por um lado, não faz sentido submeter, ao processo
orçamentário unificado, as finanças operacionais das empresas estatais, por outro, justifica-
se o controle parlamentar sobre os investimentos programados por este importante
segmento do Estado, pois a maior parte dessas aplicações, direta ou indiretamente, conta
com o apoio do orçamento central, seja na forma de aumento de capital, renuncia no
recebimento de dividendos, seja, ainda, na concessão de aval para operações de
financiamento, entre outras.
Igualmente Paludo (2013) ressalta como exceção ao princípio da universalidade o “Orçamento operacional
das Empresas Estatais INDEPENDENTES, e ingressos/dispêndios extraorçamentários”.
Destaco que a banca não menciona na assertiva dada como correta que se trata de “Empresas Estatais INDEPENDENTES”. Entretanto, nenhuma das demais assertivas contém exceção possível ao princípio da universalidade.
39. Constituem exemplos de despesa e receita extraorçamentária, respectivamente,
(A) inversões financeiras e receitas proveniente da alienação de ativos.
(B) restituição de cauções e produto de operação de crédito por antecipação de receita orçamentária.
(C) pagamento do serviço da dívida pública e rendimentos das disponibilidades de caixa do Tesouro.
(D) pagamento de precatórios e superávit financeiro de exercício anteriores.
(E) execução de restos a pagar não processados e excesso de arrecadação.
GABARITO - B
COMENTÁRIOS:
Segundo Paludo (2013), as receitas orçamentárias correspondem às entradas de recursos que o Estado utiliza
para financiar seus gastos, para aplicação em programas e ações governamentais, incorporando-se ao patrimônio do
ente público. O autor salienta que a receita orçamentária pode ou não estar prevista no orçamento, e possui caráter
não devolutivo. É um fato contábil modificativo aumentativo, pois não existe obrigação de devolução do recurso, que
passa a integrar definitivamente o patrimônio público.
Receitas extraorçamentárias, segundo a SOF, possuem caráter temporário, não se incorporando ao patrimônio
público. Tais receitas não integram o Orçamento Público e constituem passivos exigíveis do ente, de tal forma que o
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seu pagamento não está sujeito à autorização legislativa. Ex.: depósito em caução, produtos das operações de crédito
por antecipação de Receitas Orçamentárias – ARO (mencionados na alternativa B), emissão de moeda e outras.
Os ingressos extraorçamentários não alteram o patrimônio do ente público, não aumentam o saldo
patrimonial: geram apenas um fato permutativo no patrimônio – entram recursos e geram-se obrigações. Para a STN,
os ingressos extraorçamentários são aqueles pertencentes a terceiros, arrecadados pelo ente público exclusivamente
para fazer face às exigências contratuais pactuadas para posterior devolução. Esses ingressos não se encontram
previstos no orçamento e a STN os denomina de recursos de terceiros.
Despesa extraorçamentária são aquelas que não constaram no orçamento: são todos os dispêndios
financeiros que não foram autorizados pela LOA. São contrapartidas (devoluções) das receitas extraorçamentárias
(cauções, ARO etc.). Também podem se referir a Restos a Pagar, cuja autorização para a realização da despesa ocorreu
em exercício anterior. O Manual de Despesa Nacional classifica esses dispêndios como saídas compensatórias e como
Restos a Pagar: restituição (devolução) dos valores de terceiros, como cauções (mencionadas na alternativa B) e
depósitos judiciais; recolhimento de consignações/retenções; pagamento das operações de crédito por antecipação
de receita (ARO); pagamentos de salário-família, salário-maternidade e auxílio-natalidade; pagamento de Restos a
Pagar (saídas para pagamentos de despesas empenhadas em exercícios anteriores).
Quadros retirados do livro do autor Agostinho Paludo (2013).
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NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL
41. Acerca da imposição de limite de idade para a inscrição de candidatos em determinado concurso público, é
(A) vedada essa prática pela Constituição Federal, exceto se houver previsão no edital.
(B) permitida, desde que prevista no edital, considerada a natureza das atribuições do cargo.
(C) vedada essa prática pela Constituição Federal de forma absoluta.
(D) permitida, desde que prevista em lei, considerada a natureza das atribuições do cargo.
(E) permitida, desde que prevista em lei ou no edital, considerada a natureza das atribuições do cargo.
GABARITO - D
COMENTÁRIOS:
A banca não surpreende pelo tem ou por cobrar jurisprudências e súmulas, mas causa certo espanto a
atualidade do tema. A Súmula 683 do STF, que estabelece que “o limite de idade para inscrição em concurso público só se
legitima em face do artigo 7º, inciso XXX, da Constituição, quando possa ser justificado pela natureza das atribuições do
cargo a ser preenchido” não é nova e já é nossa conhecida. Entretanto, percebam que sozinha ela não dá a resposta à
questão. É necessário conhecer a jurisprudência atual do STF, que exige que, além de considerar a natureza das atribuições
do cargo, esteja a limitação etária prevista em lei. A decisão mais atual data de junho de 2015 e foi abordada no blog do CPC
Concursos (http://www.cpcrs.com.br/blog/2015/07/06/jurisprudencia-nova-do-stf-sobre-concurso-publico-e-limite-e-idade/)
“O limite de idade, quando regularmente fixado em lei e no edital de determinado concurso
público, há de ser comprovado no momento da inscrição no certame. Com base nessa
orientação e, em face da peculiaridade do caso, a Primeira Turma negou provimento a agravo
regimental em recurso extraordinário com agravo. Na espécie, candidato preenchia o
requisito etário previsto no edital quando da inscrição para o certame. Ocorre que houvera
atrasos no andamento do concurso, fazendo com que o candidato não mais preenchesse esse
requisito. A Turma destacou a jurisprudência da Corte no sentido de que a regra quanto ao
limite de idade, por ocasião da inscrição, se justificaria ante a impossibilidade de se antever
a data em que seria realizada a fase final do concurso, caso fosse fixada como parâmetro
para aferição do requisito etário. Os Ministros Marco Aurélio e Rosa Weber entenderam que
a idade limite seria aquela da data da posse no cargo, porém, em razão do destaque dado
pelo tribunal local quanto à demora e à desídia da Administração Pública para prosseguir no
certame, acompanharam o relator”. ARE 840.592/CE, Min. Roberto Barroso, 23.6.2015.
(ARE-840.592) (grifos meus)
42. Nos termos da disciplina constitucional dos direitos políticos:
(A) A perda ou a suspensão dos direitos políticos não é possível nos casos de improbidade administrativa e de
incapacidade civil absoluta.
(B) O ordenamento jurídico constitucional brasileiro não admite a perda dos direitos políticos, mas apenas a respectiva
suspensão.
(C) É possível a cassação dos direitos políticos, sua perda ou suspensão, que se dará nos casos de cancelamento da
naturalização por sentença transitada em julgado; incapacidade civil absoluta; condenação criminal transitada em
julgado, enquanto durarem seus efeitos; recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa;
improbidade administrativa.
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(D) Não é admissível a cassação dos direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de cancelamento
da naturalização por sentença transitada em julgado; incapacidade civil absoluta; condenação criminal transitada em
julgado, enquanto durarem seus efeitos; recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa;
improbidade administrativa.
(E) A cassação dos direitos políticos só é permitida nos casos de improbidade administrativa, incapacidade civil
absoluta e condenação por crime doloso.
GABARITO - D
COMENTÁRIOS:
Abordagem da literalidade do artigo 15 da CF/88, segundo o qual:
Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos
casos de:
I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado;
II - incapacidade civil absoluta;
III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos;
IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do
art. 5º, VIII;
V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º.
43. Em relação à sua mutabilidade ou alterabilidade, as Constituições podem ser classificadas em:
(A) escritas, costumeiras ou mistas.
(B) originárias ou derivadas.
(C) flexíveis, rígidas, semirrígidas ou semiflexíveis, e superrígidas.
(D) delegadas, outorgadas ou consensuais.
(E) analíticas ou sintéticas.
RECURSO – CONTEÚDO NÃO PREVISTO NO EDITAL
A questão de número XXX aborda conteúdo não previsto no edital nº 01/2015 de abertura das inscrições. Assim, a respeitável banca examinadora ao cobrar tal conteúdo, violou o mais elementar de todos os princípios que regem os certames de seleção de pessoal: a vinculação ao instrumento convocatório. Conforme o anexo II do edital nº 01/2015:
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL: Constituição: princípios fundamentais. Da aplicabilidade das normas constitucionais: normas de eficácia plena, contida e limitada; normas programáticas. Dos direitos e garantias fundamentais: dos direitos e deveres individuais e coletivos; dos direitos sociais; dos direitos de nacionalidade; dos direitos políticos. Da organização político-administrativa: das competências da União, Estados e Municípios. Da Administração Pública: disposições gerais; dos servidores públicos. Da organização dos Poderes. Do Poder Executivo: das atribuições e responsabilidades do Presidente da República. Do Poder Legislativo: da fiscalização contábil, financeira e
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orçamentária. Do Poder Judiciário: disposições gerais; do Supremo Tribunal Federal; do Superior Tribunal de Justiça; dos Tribunais e Juízes do Trabalho. Das funções essenciais à Justiça: do Ministério Público; da Advocacia Pública: da Advocacia e da Defensoria Públicas.
Perceba-se que não há referência alguma ao conteúdo tratado pela lei que foi cobrada na questão número xx,
havendo, portanto, flagrante desconformidade entre a questão XX e o programa da prova, o que é inadmissível,
impondo-se à banca, como medida de correção, a anulação da questão.
É pacífica e remansosa a jurisprudência do STF que reconhece a possibilidade do exercício, pelo Poder
Judiciário, do controle de legalidade do concurso público quando verificada, em violação ao princípio da vinculação ao
instrumento convocatório, a desconformidade das questões de prova aplicadas com o programa descrito no edital do
certame. Não se confunde, em hipótese alguma, tal aferição jurisdicional com o controle dos critérios utilizados pela
banca examinadora na formulação das questões ou na correção da prova. Trata-se, obviamente, de mera verificação
de cumprimento ou não da lei interna do certame, que é o edital. Cita-se, nesse sentido, os precedentes do STF : RE
434.708/RS e RE 526.600-AgR/SP, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, 1ª Turma; RE 440.335-AgR/RS, Rel. Min. Eros Grau,
2ª Turma; RE 636.169-AgR/PI, Rel. Min. Cármen Lúcia, 1ª Turma; RE 597.366-AgR/DF, Rel. Min. Ayres Britto, 2ª Turma;
e AI 766.710-AgR/PI, entre tantos outros; e igualmente do STJ: RMS 30.246 e RMS 28.854, com ênfase ao recente RMS
36.596, que trata de concurso realizado para cargos do Poder Judiciário do RS.
Fere, ainda, a razoabilidade, exigir de qualquer candidato o conhecimento de questões sobre assunto não
mencionado expressamente no programa da prova. A aplicação do princípio da razoabilidade à Administração Pública
e à banca examinadora lhes impõe a não utilização de expressões vagas ou excessivamente abrangentes nos
programas das disciplinas, e lhes exige, ainda, um mínimo de razão, lógica e bom-senso na elaboração dos editais de
acesso aos cargos, empregos e funções públicas. O conhecimento que se exige do candidato, ademais, deve ser
pertinente à sua área de atuação e ao cargo pretendido.
Desta forma, tendo a banca examinadora extrapolado em relação ao conteúdo exigido dos candidato e,
sobretudo, buscando evitar-se a judicialização do certame, o que certamente atrasará e atrapalhará todo o concurso,
prejudicando o interesse público e os demais candidatos, pugna-se pela anulação administrativa da questão de
número xx com fundamento na extrapolação editalícia e com a atribuição de ponto ao recorrente.
44. Nos termos da Constituição Federal, são cargos privativos de brasileiros natos:
(A) Integrantes da carreira diplomática, oficial das forças armadas e Ministro de Estado da Defesa.
(B) Presidente e Vice-Presidente da República, Senador e Ministro do Supremo Tribunal Federal.
(C) Presidente e Vice-Presidente da República, Ministros do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de
Justiça, Presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.
(D) Presidente e Vice-Presidente da República, Ministro de Estado da Defesa, Ministros do Supremo Tribunal Federal
e do Superior Tribunal de Justiça, integrantes da carreira diplomática.
(E) Presidente e Vice-Presidente da Câmara dos Deputados, Presidente e Vice-Presidente do Senado Federal,
integrantes da carreira diplomática e das forças armadas, qualquer que seja a patente.
GABARITO - A
COMENTÁRIOS:
Abordagem da literalidade do artigo 12, § 3º da CF/88, segundo o qual:
3º São privativos de brasileiro nato os cargos:
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I - de Presidente e Vice-Presidente da República;
II - de Presidente da Câmara dos Deputados;
III - de Presidente do Senado Federal;
IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
V - da carreira diplomática;
VI - de oficial das Forças Armadas.
VII - de Ministro de Estado da Defesa
45. Nos termos da Constituição Federal, Juiz do Trabalho no efetivo exercício das funções há dois anos e membro de
Tribunal Regional do Trabalho nomeado pelo quinto constitucional gozarão de
(A) vitaliciedade, ambos, desde logo.
(B) vitaliciedade, desde logo, o primeiro, e dentro de dois anos, o segundo.
(C) estabilidade, ambos, desde logo.
(D) estabilidade dentro de um ano, o primeiro, e vitaliciedade, desde logo, o segundo.
(E) vitaliciedade dentro de um ano, o primeiro, e estabilidade, desde logo, o segundo.
GABARITO - A
COMENTÁRIOS:
Esta questão tem uma redação que permite mais de uma interpretação pelos candidatos. Considerado o teor
do artigo 95, I, e as alternativas da questão, só havia uma resposta possível:
Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias:
I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício,
dependendo a perda do cargo, nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz estiver
vinculado, e, nos demais casos, de sentença judicial transitada em julgado;