Nocoes de Administracao e Gestao de Pessoas p Trf5 Tjaa Aula 02 Aula 02 Gestao de Pessoas Tecnico Trf5 Prof Carlos Xavier 15030

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    AULA 01: Conceitos de gesto de pessoas. Liderana e Chefia.

    SUMRIO PGINA 1. Palavras Iniciais 2 2. A evoluo da funo e Recursos Humanos 3 3. A Gesto de Pessoas 8 4. Liderana 12 4.1. Estilos de liderana autocrtica, democrtica e liberal

    18

    4.2. Os quatro estilos de liderana de Likert 19 4.3. Teorias dos Traos 21 4.4. Teorias Comportamentais da Liderana 24 4.4.1. Grade Gerencial de Blake e Mouton 25 4.5. Teorias Contingenciais da Liderana 27 4.5.1. Modelo de Liderana de Fiedler 28 4.5.2. Teoria do Caminho-Meta, de House 29 4.5.3. Teoria Situacional de Hersey e Blanchard 30 4.5.4. O continuum do comportamento do lder 34 4.6. Teoria de troca entre lderes e liderados (LMX) 35 4.7. Liderana Carismtica 36 4.7.1. Liderana Transformacional 37 4.7.2. Liderana Autntica 39 4.7.3. Liderana Servidora 39 5. Questes comentadas 40 6. Lista de questes 60 7. Gabarito 71 8. Bibliografia 71

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    1. Palavras Iniciais

    Oi amigo concurseiro!!!

    Que bom que voc est de volta comigo para mais essa aula!

    Sei que muitos concursos apareceram ao mesmo tempo, mas se

    voc quer uma sugesto, escolha um e se dedique. Voc pode at ir fazer a

    prova dos outros (vai que d sorte!), mas deve focar o estudo para o concurso

    escolhido.

    Se voc est aqui comigo hoje, acho que porque chegou

    concluso de que o seu foco o do TRF-5!

    Bem... hoje vamos estudar aspectos mais gerais sobre gesto de

    pessoas. Alm disso, abordaremos tambm os principais conceitos de liderana

    organizacional. Este ltimo assunto ser, sem dvida, o tpico mais importante

    da aula.

    Esta aula veio uma semana adiantada, para que vocs possam

    estudar melhor!

    Prontos?!

    Ao trabalho!

    Prof. Carlos Xavier

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    2. A evoluo da funo de Recursos Humanos

    A administrao surge enquanto cincia no incio do Sculo XX. Desde

    ento, o ambiente tem se mostrado em constante evoluo e as mudanas

    tm se tornado cada vez mais comuns. So mudanas tecnolgicas, mudanas

    de paradigmas, mudanas sociopolticas, entre outras, que geram mudanas

    na forma de pensar e administrar. Nesse sentido, pode-se dizer que as

    organizaes passaram por trs grandes eras:

    A era da Industrializao Clssica: trata-se do perodo

    compreendido entre a Revoluo Industrial, no incio do Sculo

    XX, e meados do da dcada de 1950. Durante este perodo a

    industrializao foi intensificada, o que gerou o surgimento e a

    consolidao da administrao enquanto cincia. A estrutura

    organizacional era composta por muitos nveis hierrquicos e ela

    era bastante centralizada. O desenho organizacional mecanicista

    era o tpico para esta poca.

    A era da industrializao neoclssica: nesse perodo, o

    mundo comeou a mudar cada vez mais rpido e de forma mais

    radical. Os negcios tomaram amplitude cada vez maior,

    chegando ao nvel de atuao mundial, tpico do fenmeno da

    globalizao. Com isso, as organizaes buscaram novos

    modelos estruturais para fazer face ao aumento da

    complexidade no ambiente, sendo a estrutura matricial a tpica

    estrutura organizacional dessa era. As antigas teorias

    administrativas so questionadas e novas teorias tomam o seu

    lugar, dando prioridade ao enfoque sistmico e relativizao

    das coisas na organizao.

    A era da Informao: trata-se de uma poca que comeou na

    dcada de 1990, sendo a que vivemos atualmente. A tecnologia

    da informao e comunicao evoluiu rapidamente e trouxe

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    diversos desdobramentos para o mundo organizacional. As

    mudanas se tornaram ainda mais rpidas, imprevistas,

    turbulentas e radicais. A complexidade do ambiente se tornou

    muito maior, demandando maior agilidade da organizao na

    resposta aos imperativos ambientais. O desenho orgnico da

    estrutura tido como smbolo dessa era, pois este possibilita

    maior flexibilidade estrutural, melhores comunicao e interao

    interna e externa, e maior capacidade de adaptao, entre

    outros.

    Como consequncia das mudanas vividas em cada uma dessas eras,

    a funo de recursos humanos tambm sofreu grandes modificaes. Na

    verdade, quando surgiu, nem se chamava recursos humanos. Vamos ver

    como essa funo evoluiu ao longo do tempo e quais as caractersticas dos

    modelos tpicos de cada era:

    Perspectiva de Pessoal/Relaes Industriais. O

    Departamento de Pessoal um dos rgos tpicos da

    organizao da era industrial clssica. nessa poca que eles

    surgem com o objetivo de acompanhar o cumprimento das leis

    e regras relativas ao empregado, desde a sua admisso,

    passando pelo gerenciamento da folha de pagamento e controle

    das horas trabalhadas, at o processo de aposentadoria ou

    demisso. Em um segundo momento, surge o Departamento

    de Relaes Industriais, com o objetivo de integrar as funes

    do Departamento de Pessoal com o trabalho de realizar o

    relacionamento da organizao e dos departamentos com os

    sindicatos, visando enfrentar eventuais reivindicaes dos

    funcionrios. Esses departamentos so meros executores de

    rotinas administrativas relativas ao pessoal, no possuindo

    verdadeiro poder de deciso, que ficava centralizado na cpula

    da organizao. Nesse contexto, o ser humano era visto como

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    mo de obra, ou seja, fornecedor de fora de trabalho que

    servia como apndice da mquina.

    Perspectiva de Recursos Humanos. Na era neoclssica da

    administrao, com a complexidade crescente dos negcios, a

    organizao despertou para o fato de que as pessoas no eram

    meras fornecedoras de mo de obra. Muitas delas

    desempenhavam trabalhos especializados de alta complexidade,

    que requeriam bastante estudo, e agregavam valor ao negcio

    da organizao. Nesse contexto, o ser humano passa a ser visto

    como um recurso a ser utilizado pela organizao (como os

    materiais e financeiros) para que ela pudesse atingir seu fim,

    passando a serem compreendidos como recursos humanos.

    O Departamento de Recursos Humanos, que surge como

    decorrncia dessa viso, passa a administrar no s as

    atividades rotineiras da organizao como tambm funes

    tticas na organizao, prestando servios especializados de

    recrutamento, seleo, treinamento, avaliao de desempenho,

    definio de cargos e salrios, trabalhos de higiene e segurana

    do trabalho e relaes trabalhistas e sindicais, tudo isso dentro

    da prpria organizao. As atividades desempenhadas j

    possuam mais autonomia em casos especficos.

    Perspectiva de Gesto de Pessoas: chegada a era da

    informao, quando a nica constante a mudana, as pessoas

    passam a ser tidas como elementos-chave para o sucesso da

    organizao. Elas so a soluo que permite uma maior

    flexibilidade organizacional e que diferenciam a organizao no

    mercado. Surge o conceito de pessoas como parceiras da

    organizao para representar a contribuio humana para a

    organizao. Nesse sentido, os gerentes de linha passam a ser

    responsveis por gerir estrategicamente o seu capital humano,

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    buscando alinhar a gesto do dia-a-dia aos objetivos

    organizacionais que devem ser alcanados por meio da

    colaborao entre as pessoas no trabalho. Os Departamentos de

    Recursos Humanos so substitudos por equipes de gesto

    com/de pessoas, que passam a desempenhar um papel de

    assessoria especializada em toda a organizao, ajudando os

    gerentes de linha a gerir sua estrutura com o seu pessoal. As

    funes burocrticas tpicas do Departamento de

    Pessoal/Departamento de Relaes Industriais so transferidas

    para empresas terceirizadas atravs de um processo de

    outsourcing.

    Juntando os aspectos mais importantes de cada uma das vises de

    recursos humanos que vimos acima, Chiavenato (2010) preparou uma figura

    que resume muito bem as mudanas e transformaes ocorridas na rea de

    RH. Reproduzo o quadro a seguir:

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    Fonte: Chiavenato (2010)

    Agora que voc entendeu a evoluo dos conceitos, vamos nos

    aprofundar no que significa gesto de pessoas.

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    3. A Gesto de Pessoas

    A Gesto de Pessoas se insere em um contexto formado por pessoas

    e por organizaes. O seu foco a atuao das pessoas nas organizaes. Se,

    por um lado, as pessoas dependem das organizaes para atingir seus

    objetivos pessoais, pois nela que exercem suas profisses e de onde tiram o

    seu sustento, as organizaes dependem das pessoas, pois o trabalho das

    pessoas que faz com que as organizaes possam produzir bens e servios,

    atender as necessidades do cliente e obter sucesso no mercado competitivo.

    Por envolver fundamentalmente as pessoas e os relacionamentos

    interpessoais, a gesto de pessoas se mostra uma rea muito sensvel

    mentalidade vigente na organizao. Nesse sentido, vrias situaes podem

    influenciar o seu bom funcionamento, como a cultura organizacional, o clima

    organizacional, a tecnologia e estruturas empregadas pela organizao, etc.

    Chiavenato (2010) fez um levantamento de vrios conceitos

    diferentes de gesto de pessoas ou de recursos humanos, demonstrando a

    existncia de diferentes percepes a esse respeito. Segundo ele, diferentes

    autores tm diferentes conceitos sobre Gesto de Pessoas:

    Administrao de Recursos Humanos (ARH) o conjunto de

    polticas e prticas necessrias para conduzir os aspectos da

    posio gerencial relacionados com as pessoas ou recursos

    humanos, incluindo recrutamento, seleo, treinamento,

    recompensas e avaliao do desempenho.

    ARH a funo administrativa devotada aquisio,

    treinamento, avaliao e remunerao dos empregados. Todos

    os gerentes so, em certo sentido, gerentes de pessoas, porque

    todos eles esto envolvidos em atividades como recrutamento,

    entrevistas, seleo e treinamento.

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    ARH o conjunto de decises integradas sobre as relaes de

    emprego que influenciam a eficcia dos funcionrios e das

    organizaes.

    ARH a funo na organizao que est relacionada com a

    proviso, treinamento, desenvolvimento, motivao e

    manuteno dos empregados.

    Gesto de Pessoas o conjunto integrado de atividades de

    especialistas e de gestores - como agregar, aplicar,

    recompensar, desenvolver, manter e monitorar pessoas - no

    sentido de proporcionar competncias e competitividade

    organizao.

    Gesto de Pessoas a rea que constri talentos por meio de

    um conjunto integrado de processos e cuida do capital humano

    das organizaes, o elemento fundamental do seu capital

    intelectual e a base do seu sucesso.

    Percebeu como existem varias definies diferentes para essa rea da

    organizao? No fundo, elas so muito parecidas! Tente entender esses

    conceitos, ao invs de decor-los, pois isso pode ajudar muito na prova!

    O que se observa, de forma geral, que o foco central da gesto de

    pessoas permitir a colaborao eficaz das pessoas para que os objetivos

    organizacionais e individuais sejam alcanados. Isso possvel a partir dos seis

    processos tpicos de gesto de pessoas, que so:

    1. Processos de agregar pessoas. Trata-se dos processos que

    servem para incluir novas pessoas na empresa, que so o

    recrutamento e a seleo.

    2. Processos de aplicar pessoas. Refere-se a todos os

    processos referentes determinao dos trabalhos que sero

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    desempenhados pelas pessoas na organizao. Inclui processos

    como o desenho de cargos, desenho organizacional, anlise e

    descrio de cargos, orientao das pessoas e avaliao do

    desempenho.

    3. Processos de recompensar pessoas. So os processos que

    servem para recompensar as pessoas por seu trabalho realizado

    na organizao, incluindo salrio e benefcios.

    4. Processos de desenvolver pessoas. Esses processos so

    utilizados pela organizao para desenvolver as competncias

    das pessoas para que elas possam oferecer melhor desempenho

    para a organizao. Incluem treinamento e desenvolvimento do

    pessoal, gesto da aprendizagem e crescimento,

    desenvolvimento de carreiras, etc.

    5. Processos de manter pessoas. Com esses processos, as

    organizaes buscam assegurar que as pessoas que l exercem

    sua profisso tenham condies psicolgicas e ambientais

    satisfatrias para continuar trabalhando, evitando as sadas de

    pessoas que representam ativos para a organizao. Os

    processos incluem a gesto da cultura e do clima

    organizacional, programas de higiene e qualidade de vida,

    ergonomia, etc.

    6. Processos de monitorar pessoas. Trata-se dos processos que

    servem para acompanhar as atividades e os resultados obtidos

    pelas pessoas na organizao.

    Alm de compreender seus processos tpicos, temos que ter em

    mente um princpio bsico da gesto de pessoas, de que gerir pessoas uma

    responsabilidade de linha e uma funo de staff. Mas o que isso quer dizer?

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    Isso significa que a responsabilidade pela gesto das pessoas de cada um

    dos gerentes da organizao em relao aos funcionrios diretamente ligados a

    eles. So os gerentes de linha que devem comandar o seu pessoal. Para isso,

    eles precisam de assessoria especializada em gesto de pessoas dentro da

    organizao, que os ajude no recrutamento e seleo, no treinamento, na

    avaliao de desempenho, etc. Na verdade, o rgo de gesto de pessoas

    propriamente dito deve ser uma funo de assessoria a todos os gestores da

    organizao.

    Vamos ter agora uma viso estratgica da funo de recursos

    humanos/gesto de pessoas.

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    4. Liderana

    Em primeiro lugar, preciso estabelecer com clareza o que significa

    liderana. So vrios os conceitos possveis, ento o melhor que voc

    entenda, e no simplesmente decore. Para isso, o melhor comear dizendo

    que a simples chefia no caracteriza liderana.

    - O que isso quer dizer?!

    R.: Quer dizer que nem todo chefe lder! Na verdade, ser chefe

    ocupar uma posio na estrutura organizacional hierarquicamente superior

    outras pessoas, possibilitando o uso do poder legtimo para forar as pessoas a

    fazer o que o chefe quer. Diferentemente do chefe, o lder a pessoa que guia

    o comportamento das outras para algo alm de seus prprios objetivos

    pessoais, fazendo com que eles queiram executar aquilo que o lder acha que

    deve ser feito.

    - E o chefe pode ser lder?

    R.: Sim, claro! Na verdade, espera-se que o ocupante de um cargo de

    chefia consiga influenciar as pessoas para que elas busquem a realizao dos

    objetivos organizacionais com boa vontade. O problema que nem sempre

    isso acontece, ento muitos chefes terminam no sendo verdadeiros lderes.

    - E qualquer pessoa pode ser lder, independente de possuir

    um cargo de chefia?

    R.: Sim! Nos grupos informais de uma organizao surgem muitos

    lderes, que mesmo no possuindo autoridade formal conseguem influenciar o

    comportamento de outras pessoas para algo alm de seus prprios interesses.

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    Podemos traar algumas diferenas entre o chefe e o lder:

    Chefe/Gerente Lder

    D ordens aos subordinados Atua como facilitador das aes

    organizacionais

    Exerce o controle dos subordinados Trabalha com base em mudanas

    Responde aos questionamentos do

    funcionrio

    Antencipa-se aos questionamentos e

    incentiva as pessoas

    Estabelece limites para os

    funcionrios

    Potencializa as competncias

    individuais no trabalho

    Assegura a disciplina dos funcionrios Estimula a criatividade do grupo

    Realiza avaliao de desempenho dos

    funcionrios

    Negocia aes e resultados com os

    membros da organizao

    Atua com base na estrutura

    hierrquica da organizao

    Atua com base nas situaes que se

    apresentam.

    Administra Inova

    Tem viso de curso prazo Tem viso de longo prazo

    uma cpia o original

    Pergunta como e quanto Pergunta o que e por qu

    Tem viso limitada Observa os horizontes

    D as limitaes D as origens

    Aceita o status quo Desafia o status quo

    um bom soldado a prpria pessoa

    Faz certo as coisas Faz as coisas certas!

    Outra forma de perceber essas diferenas vem da comparao que

    pode ser feita entre a influncia por meio da autoridade formal e da liderana.

    Vejamos algumas diferenas:

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    Autoridade Formal Liderana A autoridade formal est fundamentada em leis aceitas de comum acordo que criam figuras de autoridade possuidoras de poder para comandar.

    A liderana est fundamentada nas crenas dos seguidores a respeito das qualidades do lder e da sua vontade de segui-lo.

    O seguidor obedece s leis e regras que do o poder ao cargo com autoridade, e no a pessoa que o ocupa.

    O liderado segue o lder e busca a misso que o lder representa.

    A lei (regras) o instrumento para possibilitar o convvio entre os membros do grupo.

    O lder resolve os problemas do grupo.

    limitada no tempo e no espao, tendo sua rea de atuao definida por limites.

    limitada apenas pelo grupo que o segue por acreditar ou precisar dele. Os limites da liderana definem a sua rea de influncia.

    A pessoa que tem autoridade formal a possui em carter temporrio.

    A liderana dura pelo tempo que for til para o grupo de seguidores.

    Usa a fora do cargo para impor obedincia.

    O poder do lder est nos prprios liderados, no sendo necessria imposio.

    um atributo singular, que deriva da lei (regras).

    produto de vrios fatores, no sendo qualidade pessoal singular.

    Devo destacar que possvel dizer que a chefia est baseada na

    autoridade formal que lhe concedida por meio da aceitao da estrutura

    organizacional e das regras que determinam o poder de comando do chefe.

    Assim, comandar fazer com que as pessoas faam o que o chefe deseja que

    seja feito.

    Enquanto isso, a liderana est mais ligada capacidade de

    influenciar o comportamento dos outros para que eles realizem (com vontade!)

    aes que vo alm dos prprios interesses individuais. Pode-se dizer que

    liderar fazer com que as pessoas tenham vontade de realizar aquilo que o

    lder acredita que deve ser feito.

    Para os humanistas, a liderana pode ser vista de diferentes ngulos:

    1. A liderana como um fenmeno de influncia

    interpessoal.

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    Sob essa viso, a liderana decorre dos relacionamentos entre

    as pessoas, sendo resultado da influncia que efetivamente se

    exerce em uma determinada situao para que determinados

    objetivos sejam realizados.

    Algumas coisas so fundamentais para o exerccio da liderana:

    a. A comunicao humana, pela qual a influncia exercida;

    b. O controle, que representa as tentativas de influncia bem

    sucedidas;

    c. O poder, que o potencial de influncia que pode ser exercido.

    d. A autoridade, que o poder que se tem em virtude do cargo.

    o poder legtimo.

    2. A liderana como um processo de reduo da incerteza de

    um grupo.

    Sob essa viso, a liderana seria consequncia da capacidade do

    lder de dar maior assistncia e orientao para que os liderados

    alcancem seus objetivos.

    3. A liderana como uma relao funcional entre lder e

    subordinados.

    Neste caso, o grupo de liderados perceberia no lder a

    capacidade de satisfazer suas necessidades, por isso o

    seguiriam.

    4. A liderana como um processo em funo do lder, dos

    seguidores e variveis da situao.

    Sob essa viso, a liderana dependeria do seguinte:

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    Caractersticas do lder. O lder pode adotar uma

    postura bsica autocrtica (orientada para as tarefas) ou

    democrtica (orientada para as pessoas), surgindo

    variaes. H vrias teorias nesse sentido, como veremos

    mais diante;

    Caractersticas dos liderados. Os liderados podem agir

    de diferentes maneiras e influenciar a liderana. Uma das

    classificaes prope que eles podem ser fiis (quando

    seguem a liderana por razes morais, ideolgicas ou de

    f), ou mercenrios (quando seguem os lderes em busca

    de alguma recompensa pela qual se interessa).

    Caractersticas da tarefa (e da organizao). A tarefa

    ou misso o que liga o lder aos liderados. Podem existir

    dois tipos: a tarefa moral (trata-se de uma misso que

    gera apelo pelos valores, vontades, desejos, moral ... dos

    liderados. H uma misso a ser cumprida com

    compromisso e comprometimento pelos liderados, que

    podem agir como fiis); e a tarefa calculista (se refere a

    uma misso na qual os seguidores obedecem ao lder em

    troca de benefcios).

    Conjuntura econmica, social e poltica. So os

    aspectos mais amplos que envolvem a tarefa e a

    organizao como um todo.

    Apenas combinando-se essas caractersticas que se

    chegaria liderana.

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    Como vimos, sob determinada tica, as lideranas exercem, de fato,

    determinado tipo de poder sobre as pessoas para influenci-las. Geralmente a

    nfase sobre um dos tipos de poder existentes, que podem ser:

    1. Poder de recompensa: o poder de dar alguma recompensa

    por determinado tipo de comportamento ou meta atingida,

    servindo como reforo;

    2. Poder legtimo: o poder inerente ao cargo ou funo na

    estrutura organizacional;

    3. Poder coercitivo: representa a possibilidade de agir

    coercitivamente na aplicao de punies, visando eliminar,

    reduzir ou controlar comportamentos e atitudes indesejados

    pela organizao;

    4. Poder de especializao: quando o lder possui algum tipo de

    especializao para o trabalho, por meio de experincias,

    conhecimento, talento, etc., essa especializao serve como

    mecanismo de poder dentro da organizao em relao aos

    liderados.

    5. Poder de referncia: um tipo de poder que est diretamente

    associado ao fato de determinada pessoa (o lder) ser tido como

    referencia em algum assunto. a legitimidade do conhecimento

    detido por uma pessoa e tambm associado ao carisma

    pessoal do lder, afeio e respeito por suas opinies;

    6. Poder de informao: trata-se do poder que se pode exercer

    por deter informaes que orientem processos decisrios,

    escolhas e que ajudem a organizao em determinadas

    situaes. Para que haja esse poder, a informao detida pelo

    lder tem que ser pouco ou nada conhecida.

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    Agora que voc j entendeu o fenmeno da liderana de uma forma

    mais ampla, vamos partir para as teorias da liderana propriamente ditas. De

    forma geral, vrios autores agregam as teorias de liderana em:

    Teorias de traos: do relevo aos traos que os lderes

    possuem naturalmente;

    Teorias dos estilos de liderana: enfocam os estilos que os

    lideres podem adotar e que os levaria a serem lderes.

    Teorias comportamentais da liderana: consideram a

    liderana um comportamento que pode ser aprendido.

    H autores que classificam de outras formas, incluindo ainda o grupo

    das teorias contingenciais da liderana e destacando algumas outras

    teorias em separado. Para evitar confuses, o melhor agregarmos as teorias

    conforme feito por autores consagrados.

    Vamos ento estudar as teorias de liderana!

    4.1. Estilos de liderana autocrtica, democrtica e liberal

    Com base nos estudos de Kurt Lewin, da dcada de 1930, foi proposta

    a existncia de trs estilos de liderana distintos: a liderana autocrtica, a

    democrtica e a liberal (laissez-faire).

    A liderana autocrtica est ligada a lderes mais autoritrios no

    exerccio da liderana. A democrtica se refere ao estilo que considera a

    opinio e participao dos liderados no processo de liderana. A liberal d total

    liberdade ao grupo o lder s participa quando solicitado pelo grupo.

    Vejamos uma tabela organizada com base nas caractersticas de cada um desses tipos de liderana:

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    Liderana

    Autocrtica Liderana

    Democrtica Liderana Liberal (laissez-faire)

    Tomada de decises

    O lder toma decises sozinho, sem a participao do

    grupo.

    As decises so coordenadas pelo lder em conjunto com o grupo.

    O grupo toma suas prprias decises,

    com mnima interveno do lder.

    Programao dos trabalhos

    O lder d ordens e determina

    providncias para a realizao das

    tarefas, sem explicar ao grupo.

    Aconselha e d orientao para que o

    grupo possa desenvolver objetivos e aes. As tarefas ganham perspectiva atravs de debates.

    A participao do lder na programao

    dos trabalhos limitada. Informaes

    e orientao so dadas quando solicitadas pelo

    grupo.

    Diviso do trabalho

    O lder realiza a diviso do trabalho, indicando, a cada um, o que deve ser feito e

    com quem.

    O grupo responsvel por decidir sobre a

    diviso das tarefas. Cada membro da

    equipe tem liberdade para escolher seus

    colegas.

    O lder no participa do processo. O

    prprio grupo quem divide as tarefas e escolhe os colegas.

    Comportamento do lder

    Adota uma postura dominadora e pessoal nos elogios e crticas

    aos liderados.

    O lder adota uma postura objetiva,

    limitada aos fatos, no que diz respeito a crticas e elogios.

    O lder s comenta sobre as atividades quando solicitado

    pelo grupo.

    Fonte: Elaborado pelo autor com base em Chiavenato (2007)

    4.2. Os quatro estilos de liderana de Likert

    Outra viso sobre o comportamento dos lderes a dida por Likert.

    Para ele, a liderana pode adotar um dos seguintes estilos:

    Sistema I - Autoritrio-coercitivo: um lder autocrtico,

    muito arbitrrio e que organiza e controla tudo que acontece na

    organizao. O processo decisrio bastante centralizado e as

    comunicaes so fortemente verticais e descendentes. As

    relaes interpessoais podem gerar desconfiana e a

    organizao informal chega a ser indesejada. O foco do lder

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    est nas punies e medidas disciplinares como forma de

    controlar o desempenho, e no em recompensas, que so raras.

    Sistema II Autoritrio-benevolente: trata-se de um lder

    autoritrio e impositivo, mas que atua de forma menos rgida do

    que o autoritrio-coercitivo. Neste caso, ele ainda concentra o

    processo de deciso, mas j h delegao das tarefas mais

    simples. As comunicaes funcionam um pouco melhor do que

    no sistema I, mas ainda so precrias. As relaes interpessoais

    so toleradas, mas a existncia de uma organizao informal

    tida como uma ameaa organizao formal. As recompensas

    salariais comeam a aparecer, mas as recompensas sociais so

    raras. Alm disso, as punies e medidas disciplinares so

    utilizadas com menor frequncia e intensidade do que no

    sistema I.

    Sistema III Consultivo: um lder com um estilo mais

    participativo e menos arbitrrio que os anteriores. Na tomada

    de deciso, ele consulta a opinio de sua equipe e realiza

    delegao em alguns casos. As comunicaes fluem ainda

    melhor, tanto verticalmente quanto horizontalmente. As

    pessoas recebem mais confiana e os relacionamentos que

    geram uma organizao informal eficaz so estimulados. As

    punies aos comportamentos errados deixam de ser o foco.

    dada grande nfase s recompensas materiais, havendo

    tambm certo nvel de recompensas sociais.

    Sistema IV Participativo: trata-se de um lder com estilo

    democrtico. Nesse estilo, a liderana enfoca o controle dos

    resultados, definindo polticas e objetivos e deixando as demais

    decises para serem resolvidas de forma descentralizada.

    Trabalhando de forma mais orgnica, as comunicaes so

    centrais para o sucesso, sendo a base para o compartilhamento

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    de informaes. O trabalho realizado em equipe e a existncia

    de uma organizao informal se torna muito positiva para o

    bom funcionamento da organizao. Ao recompensar sua

    equipe, os gestores do nfase s recompensas sociais, mas

    tambm oferecem recompensas materiais com certa frequncia.

    As punies so raras e, para que ocorram, a opinio do grupo

    fundamental.

    4.3. Teorias dos Traos

    A Teoria dos Traos diz que os lideres possuem traos que os ajuda a

    exercer a liderana. Ela tenta explicar o que destaca os grandes lderes, como

    Napoleo Bonaparte, Moiss, Jesus Cristo, etc, do resto da populao.

    Neste sentido, a premissa central que certos traos se relacionam

    ao sucesso de uma pessoa enquanto lder. Assim, as pessoas detentoras dos

    traos corretos poderiam ser identificadas pelas organizaes e selecionados

    para serem lideres.

    De qualquer forma, diferentes autores argumentam estruturas

    diferentes para a Teoria dos Traos. Bryman (1992, apud Limongi-Frana e

    Arellano, 2002) cita a existncia de trs grandes tipos de trao:

    Fatores fsicos: que tem relao com as caractersticas fsicas

    do indivduo, como peso, altura, aparncia, etc. Esses aspectos

    marcam as pessoas de formas distintas. Pessoas altas e com

    voz firme so percebidas de forma diferente do que pessoas

    mais baixas e com vozes mais fracas.

    Habilidades: as habilidades que cada um possui, como sua

    inteligncia, fluncia ao falar, nvel de escolaridade,

    conhecimentos especficos e formas de aplic-los, etc.

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    Aspectos da personalidade: aqui se encontram questes

    como a forma de agir, a extroverso, a autoconfiana, a

    sensibilidade pessoal e o controle emocional.

    Outra classificao proposta por Robbins et al (2010). Esses autores

    acredita que o foco da teoria dos traos est sobre os traos de personalidade,

    que so os ltimos apresentados na lista anterior. Esses autores propem que

    os traos de personalidade podem ser apoiados no modelo de personalidade

    dos cinco fatores (Big Five), apresentado a seguir:

    Extroverso: a dimenso que se refere ao nvel de conforto

    de uma pessoa com seus relacionamentos. Quanto mais

    confortveis, mais extrovertidos. As pessoas extrovertidas

    costumam ser mais agregadoras, assertivas e sociveis do que

    as introvertidas.

    Amabilidade: trata-se de uma dimenso que se refere

    propenso que um indivduo tem de aceitar as ideias dos outros.

    Pessoas amveis costumam ser mais cooperativas, receptivas e

    confiveis do que as pessoas pouco amveis, que so mais

    frias, desagradveis e geradoras de conflitos.

    Conscienciosidade: o nvel de confiabilidade das aes que

    uma pessoa toma. Algum consciencioso persistente e

    responsvel quando vai realizar determinada tarefa, ao

    contrrio dos que no possuem essa caracterstica, que so

    distrados, desorganizados e pouco confiveis quanto sua

    realizao.

    Estabilidade emocional: uma dimenso ligada ao quo

    calmas, autoconfiantes e seguras as pessoas so. O oposto

    disso seria o nervosismo, a depresso e insegurana.

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    Abertura para experincias: trata-se de uma dimenso que

    se refere ao interesse de um individuo por novidades. As

    pessoas mais abertas costumam ser mais criativas e curiosas do

    que as pouco abertas, que tendem a ser convencionais e

    conservadoras.

    As caractersticas que parecem ter maior importncia para o

    surgimento da liderana a extroverso, pois sem ela difcil manter um alto

    nvel de interao entre lideres e liderados de modo que aquele influencie o

    comportamento destes.

    O enfoque dado pela teoria dos traos foi a principal forma de explicar

    a liderana at a dcada de 1950. Vrias limitaes dessa teoria fizeram com

    que ela no fosse bem aceita nos dias de hoje. Algumas limitaes so as

    seguintes:

    No h traos universais que possam prever a liderana em

    todas as situaes;

    Os traos so melhores em prever o surgimento da liderana

    em situaes pouco relevantes do que em situaes de grande

    importncia;

    No h claras evidncias entre causa e efeito dos traos sobre a

    capacidade de exerccio da liderana;

    Os traos funcionam melhor para prever o surgimento da

    liderana do que para distinguir entre lderes eficazes e

    ineficazes.

    Vamos ver agora como funciona o conjunto de teorias

    comportamentais da liderana.

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    4.4. Teorias Comportamentais da Liderana

    As teorias comportamentais da liderana se opem radicalmente

    teoria dos traos. Enquanto para a teoria dos traos a liderana se explica por

    traos inatos, para as teorias comportamentais a liderana se explica por

    comportamentos tpicos de lderes.

    - E como isso coloca as duas em campos opostos?

    R.: Deixem que eu explique: A teoria dos traos, quando posta em

    prtica, faria com que a organizao procurasse por pessoas com traos

    especficos, pois elas seriam lderes naturais, j que no haveria a

    possibilidade de algum aprender a liderar. J as teorias comportamentais

    consideram que a liderana se explica pelos comportamentos adotados pelo

    lder, e no por seus traos inatos. Com isso, os comportamentos tpicos de

    um lder poderiam ser ensinados e aprendidos por qualquer pessoa,

    diferentemente do que acontecia com a Teoria dos Traos.

    Duas grandes correntes se destacam nas teorias comportamentais da

    liderana:

    O pensamento da Universidade Estadual de Ohio (Ohio

    State University). Para essa corrente de pensamento os lderes

    possuem dois tipos de comportamentos:

    o Estrutura de iniciao: trata-se da capacidade do lder

    de estruturar no s o trabalho de seus subordinados,

    mas tambm o seu prprio trabalho. Lderes com alta

    pontuao nessa dimenso definem o padro de

    desempenho dos trabalhos, delegam tarefas especficas e

    enfatizam o cumprimento dos prazos acordados.

    o Considerao: essa dimenso se refere a capacidade de

    uma pessoa manter relacionamentos de trabalho de

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    mtua confiana, de respeito as ideias dos outros e

    respeito pelos seus sentimentos.

    O pensamento da Universidade de Michigan. Assim como

    no caso anterior, a o grupo de pesquisadores que estudavam

    liderana na Universidade de Michigan props a existncia de

    duas dimenses comportamentais dos lideres. Para eles os

    lideres poderiam adotar os seguintes comportamentos:

    o Liderana orientada para a produo: o tipo de

    liderana que d maior nfase aos aspectos prticos das

    tarefas a serem realizadas no trabalho. semelhante

    dimenso estrutura de iniciao, da Universidade

    Estadual de Ohio.

    o Liderana orientada para as pessoas: a liderana

    deste tipo d maior nfase s relaes interpessoais no

    trabalho, sendo pautadas pelo interesse nos funcionrios e

    suas necessidades e na aceitao das diferenas entre as

    pessoas. semelhante dimenso considerao da

    Universidade Estadual de Ohio.

    4.4.1. Grade Gerencial de Blake e Mouton

    Com base nos estudos das duas correntes tericas da liderana

    comportamental, foi desenvolvida a teoria da Grade Gerencial de Blake e

    Mouton que buscava caracterizar o estilo de liderana adotado na organizao

    com base em duas dimenses: preocupao com as pessoas e preocupao

    com a produo.

    Vamos visualizar a Grade Gerencial de Blake e Mouton:

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    Como vocs observaram na Grade, das vrias possibilidades de

    gesto 5 se destacam como formas tpicas de gesto/liderana:

    Gesto Clube de Campo, ou country club (1,9). Trata-se da

    um tipo de gerencia que se preocupa muito com a necessidade

    das pessoas na organizao em busca de relacionamentos

    amigveis, mas que d foco muito baixo produo.

    Gesto de equipes (9,9). o estilo de liderana que leva em

    considerao mxima tanto as pessoas na organizao quanto

    os trabalhos a serem realizados.

    Gerencia de Organizao Humana, ou gesto meio-termo

    (5,5). um estilo de liderana equilibrado que busca manter a

    moral do pessoal elevada, ao mesmo tempo em que consegue

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    um nvel satisfatrio de desempenho, j que h uma

    preocupao mdia tanto com as pessoas quanto com a

    produo.

    Gesto empobrecida ou enfraquecida (1,1). Trata-se do

    estilo de liderana que possui pouca preocupao com as

    pessoas e com as tarefas. um tipo de gesto que busca o

    mnimo esforo para o desempenho do trabalho esperado com

    o menor nvel de conflitos.

    Obedincia-Autoridade, autoridade-submisso, ou tarefa

    (9,1). A forma de trabalho do lder est mais ligada produo

    do que a eventuais preocupaes com as pessoas, de modo que

    o foco est na busca de mnima interferncia do elemento

    humano sobre a produo.

    4.5. Teorias Contingenciais da Liderana

    As teorias contingenciais da liderana representam uma importante

    mudana em relao s teorias dos traos e comportamentais. Isso porque as

    teorias contingenciais partem do principio de que para cada situao

    apresentada haver um estilo de liderana adequado, ao contrrio das

    anteriores, que consideravam que traos ou caractersticas absolutas eram

    suficientes para caracterizar a liderana.

    Neste sentido, o primeiro modelo abrangente da liderana

    contingencial foi o modelo de Fiedler.

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    4.5.1. Modelo de Liderana de Fiedler

    Segundo o Modelo de Liderana de Fiedler, o desempenho do

    grupo depende no s do estilo de liderana, mas tambm do grau de controle

    proporcionado ao lder pela situao, conforme apresentado a seguir:

    Estilo do lder:

    o Orientado para o relacionamento: quando o foco do

    lder est nos relacionamentos interpessoais.

    o Orientado para a tarefa: quando o foco do lder est no

    desempenho das tarefas na organizao.

    Grau de controle proporcionado pela situao:

    o Relao lder-liderados: trata-se da avaliao de se os

    membros do grupo confiam, acreditam e respeitam o

    lder. Pode ser classificada como boa ou ruim.

    o Estrutura da tarefa: as tarefas e procedimentos a serem

    executados possuem estruturao e formalizao alta ou

    baixa.

    o Poder da posio: trata-se de uma avaliao sobre o

    grau de poder que o lder possui em virtude de sua

    posio para intervir sobre os liderados por meio de

    demisses, contrataes, aes disciplinares, etc. Pode

    ser forte ou fraco.

    Combinando-se o estilo do lder com as trs variveis contingenciais,

    chega-se ao modelo de contingncia de Fiedler propriamente dito, que

    apresenta como resposta o resultado do desempenho previsto, podendo ser

    bom ou fraco. Apresento, a seguir, o referido modelo, conforme apresentado

    por Robbins et al (2010):

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    Fonte: Robbins et. al. (2010).

    Com base nessa figura, possvel perceber que, em determinadas

    condies, a liderana orientada para a tarefa apresentar melhores resultados

    do que a liderana orientada para o relacionamento, enquanto em outras ser

    o contrrio!

    4.5.2. Teoria do Caminho-Meta, de House

    A Teoria do Caminho-Meta foi desenvolvida por Robert House e

    tambm conhecida como Teoria da Liderana em Passos Gradativos, Teoria

    Caminho-Objetivos, entre outros. Para ela, o lder deve esclarecer o caminho

    que seus seguidores devero tomar para que possam atingir determinados

    objetivos do trabalho. Com isso, pretende-se reduzir obstculos e barreiras

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    execuo dos objetivos, aumentando a motivao dos funcionrios para que

    eles possam atingir seus prprios objetivos e os objetivos da organizao.

    House visualizava a existncia de quatro diferentes tipos de liderana

    que poderiam ser praticadas pelo mesmo lder a depender de cada situao.

    Trata-se, deste modo, de uma perspectiva ampla e dinmica da liderana

    contingencial. Os quatro tipos de liderana so:

    Lder apoiador: aquele que trata os subordinados

    igualmente, e se preocupa com o seu bem-estar.

    Lder diretivo: extremamente objetivo, usando a

    comunicao para dizer exatamente o que pretende. Planos e

    padres so os seus objetos de trabalho e a base de seu

    comportamento.

    Lder participativo: valoriza e encoraja os subordinados a

    participarem da tomada de decises.

    Lder orientado para objetivos ou resultados: o lder que

    prepara objetivos desafiadores e que se preocupa com o

    desempenho atingido, buscando os melhores resultados.

    4.5.3. Teoria Situacional de Hersey e Blanchard

    A Teoria Situacional de Hersey e Blanchard enfoca os liderados. Nesse

    sentido, o estilo de liderana a ser utilizado depende da maturidade dos

    funcionrios, que pode atingir um dos quatro estgios seguintes:

    Maturidade 1: as pessoas demonstram pouca capacidade e

    disposio para realizar as tarefas e assumir responsabilidades

    (motivao e capacidade baixas).

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    Maturidade 2: as pessoas possuem motivao para o trabalho

    mas no possuem as competncias necessrias para realiz-lo

    (baixa capacidade e alta motivao).

    Maturidade 3: as pessoas possuem as competncias

    necessrias para a realizao da tarefa, mas no esto

    motivadas para tal (alta capacidade e baixa motivao).

    Maturidade 4: as pessoas possuem as competncias

    necessrias para a realizao do trabalho e desejam realizar as

    tarefas que lhe so passadas (alta capacidade e alta

    motivao).

    Como se v, o foco est na prontido dos seguidores para definir

    como o lder dever agir. A prontido caracterizada por duas dimenses: 1)

    o desejo dos seguidores cumprirem determinada tarefa; 2) a capacidade dos

    seguidores cumprirem as tarefas.

    Com base nessas duas dimenses possvel elaborar a seguinte

    matriz a respeito de como os lideres devem agir em cada situao:

    Funcionrios capazes Funcionrios incapazes

    Funcionrios

    motivados

    O lder no precisar fazer

    muita coisa, dado que os

    funcionrios j esto

    motivados e so capazes de

    desempenhar as tarefas.

    O lder dever oferecer

    orientao para a realizao

    das tarefas, demonstrando

    apoio para conquistar o grupo.

    Funcionrios

    desmotivados

    O lder dever dar apoio aos

    funcionrios e permitir sua

    participao, como forma de

    melhorar a motivao do

    O lder precisar dar

    orientaes claras e

    especficas para cada tarefa.

    Ele pode buscar melhorar a

    capacidade e a motivao dos

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    grupo. funcionrios.

    Em outras palavras, considerando o estgio da maturidade do grupo,

    o lder dever adotar uma das formas de liderana possveis, considerando

    tanto o comportamento de relacionamento (ou foco no apoio s pessoas),

    quanto o comportamento de tarefa (ou foco nas tarefas/produo),

    conforme apresentado a seguir:

    Estilo 1: Narrar/Determinar/Dirigir (Alto comportamento de

    tarefa e baixo comportamento de relacionamento): o estilo

    para grupos com a menor maturidade (M1). Nesse caso, o lder

    orienta claramente as tarefas a serem realizadas.

    Estilo 2: Vender/Guiar/Persuadir (alto comportamento de

    tarefa e alto comportamento de relacionamento): Quando a

    maturidade est entre baixa e moderada (M2), esse o estilo

    ideal. Nele, o lder, ao mesmo tempo em que dirige as pessoas

    (por terem baixa maturidade) apoia o seu desenvolvimento,

    pois elas possuem baixa capacitao;

    Tipo 3: Participar (baixo comportamento de tarefa e alto

    comportamento de relacionamento): o estilo correto para a

    maturidade de mdia a alta (M3). Aqui, o papel do lder muito

    mais de apoiar as pessoas, enfatizando a criao de motivao,

    do que de dirigi-las para a realizao das tarefas, j que elas

    so capazes;

    Tipo 4: Delegar (baixo comportamento de tarefa e baixo

    comportamento de relacionamento): trata-se do estilo

    adequado para liderar pessoas com o maior nvel de maturidade

    (M4). Nessa condio, a maturidade dos liderados permite que

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    eles executem os planos com maior liberdade e menor controle,

    possibilitando ao lder a delegao das tarefas.

    Elaborei uma representao grfica do modelo, para que vocs

    possam responder a uma questo de prova se ela cobra dessa forma:

    M4 M3 M2 M1

    Comporta

    mento de

    relaciona

    mento

    Delegar

    Participar/

    Compartilhar

    Narrar/

    Determinar

    Vender/

    Persuadir

    Maturidade dos funcionrios

    Comportamento de tarefa

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    4.5.4. O continuum do comportamento do lder

    Essa Teoria, de Tannenbaum e Schimidt, afirma que os lideres

    assumem comportamentos que variam em um continuum entre dois extremos:

    De um lado, a liderana focada no administrador, que utiliza

    seu poder de autoridade para liderar;

    De outro lado, a liderana focada nos funcionrios, que recebem

    delegaes para trabalhar livremente dentro de certos limites.

    Referindo-se a essa teoria, Chiavenato (2007) afirma que cada tipo

    de comportamento est relacionado com o grau de autoridade utilizado pelo

    lder e o grau de liberdade concedido aos subordinados na tomada de decises,

    dentro de um continuum de padres de liderana.

    Para este autor, o administrador dever escolher seu estilo de

    liderana para cada um dos subordinados e para cada situao, partindo das

    seguintes foras:

    Foras no administrador (sua personalidade e convices);

    Foras nos subordinados (sua personalidade e experincias);

    Foras na situao (tipo de organizao e de tarefa/misso a ser

    cumprida).

    Com base nisso, o estilo de liderana ser escolhido conforme o

    continuum apresentado a seguir:

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    Fonte: Chiavenato (2007)

    4.6. Teoria de troca entre lderes e liderados (LMX)

    Quem anda lendo jornais e revistas viu a sigla pode ter pensado: -

    ser uma Teoria do Eike Batista sobre liderana?! que as empresas dele

    tem siglas assim: MMX, OGX, EBX, ...

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    No pessoal! Mas voc pode tentar associar com o Eike Batista

    para ajudar a memorizar! =)

    Na verdade, essa sigla significa Leader-Member Exchange, cuja

    traduo livre seria Troca Lder-Membro, representando as trocas que

    ocorrem entre o lder e os membros do seu grupo de liderados.

    Neste sentido, o argumento central dessa teoria que, por conta da

    presso do tempo no dia a dia, os lderes estabelecem um relacionamento

    mais prximo com alguns de seus liderados, constituindo um pequeno grupo

    de confiana, chamado de grupo de dentro. As pessoas que participam desse

    grupo geralmente so escolhidas inconscientemente pelo lder com base em

    sua competncia e no fato de possurem atitudes e caractersticas similares s

    do lder. Os membros desse grupo costumam receber ateno desproporcional

    por parte do lder e podem at receber privilgios adicionais aos que os outros

    recebem.

    Os que no participam do grupo de dentro esto no grupo de fora.

    Trata-se do grupo de pessoas com quem o lder costuma manter uma postura

    mais centrada nas interaes formais de autoridade.

    Essa teoria tem recebido bastante respaldo em estudos recentes,

    confirmando que essa categorizao realmente tende a acontecer.

    4.7. Liderana Carismtica

    Segundo Robbins et. al. (2010) o primeiro pesquisador a considerar a

    liderana carismtica e sua relao com o comportamento organizacional foi

    Robert House.

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    Para essa teoria, os seguidores atribuem caractersticas heroicas ou

    extraordinrias quando observam determinados comportamentos de seus

    lideres. As caractersticas centrais para a liderana carismtica so:

    1. Viso do lder e articulao para tornar clara essa viso.

    2. Risco pessoal que o lder est disposto a tomar para atingir

    sua viso.

    3. Sensibilidade s necessidades dos liderados. O lder

    percebe a capacidade dos outros e sensvel s suas

    necessidades e sentimentos.

    4. Comportamentos no convencionais. Os lderes apresentam

    comportamentos que so tidos como inovadores e contra as

    normas vigentes.

    A liderana carismtica potencializada por traos inatos que o

    individuo possui naturalmente, mas tambm pode ser aprendida. Para isso,

    preciso desenvolver uma aura de carisma, estar rodeado de pessoas, criando

    vnculos inspiradores e trazer a tona o potencial dos seguidores, mexendo com

    suas emoes.

    4.7.1. Liderana Transformacional

    Trata-se de um modelo de liderana que busca diferenciar a liderana

    transacional da liderana transformacional.

    A liderana transacional aquela na qual o lder realiza transaes

    com os liderados cotidianamente, com o objetivo de fazer com que cada tarefa

    seja realizada conforme solicitado. Os modelos da Universidade de Ohio, de

    Fiedler e a teoria do caminho-meta descrevem lideranas transacionais.

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    A liderana transformacional, por outro lado, possui lideres que

    inspiram seus seguidores a transcenderem os prprios interesses e que so

    capazes de causar um impacto profundo e extraordinrio em seus liderados

    (Robbins et. al., 2010).

    importante entender que a liderana transacional no o oposto da

    transformacional. Na verdade, a liderana transformacional construda com

    base na liderana transacional, produzindo um desempenho bastante superior

    ao que seria conseguido apenas com essa ltima abordagem.

    Lderes transacionais e transformacionais apresentam caractersticas

    distintas, como pode ser observado no quadro a seguir:

    Liderana Transacional Liderana Transformacional Recompensa contingente:

    negocia a troca de recompensas por esforo, promete recompensas pelo bom desempenho, reconhece as conquistas.

    Administrao por exceo (ativa): procura e observa desvios das regras e padres, tomando as atitudes corretivas necessrias.

    Administrao por exceo (passiva): intervm apenas quando os padres no so alcanados.

    Laissez-faire: abdica das responsabilidades, evita tomar decises.

    Influncia idealizada: oferece uma viso e o sentido da misso, estimula o orgulho, ganha respeito e confiana.

    Motivao inspiracional: comunica suas altas expectativas, utiliza smbolos para focas os esforos, expressa propsitos importantes de maneira simples.

    Estmulo intelectual: promove a inteligncia, a racionalidade e a cuidadosa resoluo de problemas.

    Considerao individualizada: d ateno personalizada, trata cada funcionrio individualmente, aconselha, orienta.

    Fonte: adaptado de Bass (apud Robbins et al., 2010).

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    4.7.2. Liderana Autntica

    A teoria da liderana autntica considera que os lideres verdadeiros

    agem de forma honesta e aberta perante seus liderados, conhecendo de si a

    ponto de saber quem so e poder agir exatamente conforme seus valores e

    crenas.

    Essa teoria considera dois fundamentos da liderana:

    tica: os lderes devem ser modelos de conduta tica para os

    seus liderados.

    Confiana: o que acontece quando uma pessoa est de

    acordo em se tornar vulnervel a outra, tomando por base as

    expectativas de como a situao ir evoluir.

    4.7.3. Liderana Servidora

    Acontece quando o lder age como servo dos liderados. Ele favorece

    o trabalho dos liderados, ajudando-os sempre que necessrio, removendo as

    barreiras e dificuldades que possam dificultar a realizao do trabalho e o

    servio ao cliente. Em essncia, o lder-servo, conforme proposto por James

    Hunter no livro O Monge e o Executivo, aquele que trata as pessoas como

    gostaria de ser tratado.

    - Pessoal! Por hoje isso! Vamos agora para as questes comentadas!

    Um abrao!

    Prof. Carlos Xavier (www.facebook.com/professorcarlosxavier)

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    5. Questes comentadas

    1. (FCC/TER-SP/Analista/2012) No Grid Gerencial,

    propostos por Blake e Mouton so identificados cinco

    estilos de liderana: country club; enfraquecido; meio-

    termo; tarefa e

    a) equipe.

    b) democrtico.

    c) autoritrio.

    d) submisso

    e) carismtico.

    Comentrio:

    Esta questo busca apenas que voc se lembre dos 5 estilos de

    liderana tpicos da Grade Gerencial de Blake e Mouton.

    Vamos lembrar quais so:

    Gesto Clube de Campo, ou country club (1,9).

    Gesto de equipes (9,9).

    Gerencia de Organizao Humana, ou gesto meio-termo (5,5).

    Gesto empobrecida ou enfraquecida (1,1).

    Obedincia-Autoridade, ou tarefa (9,1).

    GABARITO: A.

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    2. (FCC/TRE-SP/Analista/2012) A autoridade formal e

    liderana nem sempre andam e nem precisam andar

    juntas. A pessoa que ocupa uma posio de autoridade

    formal pode no ter liderana informal sobre seus

    colaboradores. Uma caracterstica da autoridade formal

    de que

    a) a liderana produto de inmeros fatores.

    b) o lder instrumento para resolver os problemas da

    comunidade.

    c) o colaborador participa ativamente na definio das metas de

    trabalho.

    d) a liderana tem durao de utilidade do lder para o grupo de

    colaboradores.

    e) se fundamenta em leis aceitas de comum acordo, que criam

    figuras de autoridades dotadas do poder de comando.

    Comentrio:

    A autoridade formal aquela exercida pelas gerncias das

    organizaes, que representam estruturas formais de autoridade e so

    ocupadas pelos chefes. A liderana, por sua vez, uma capacidade mais

    ampla de influenciar o comportamento das pessoas para que elas faam aquilo

    que a organizao deseja.

    Esse tipo de questo da FCC melhor resolver por eliminao, j que

    difcil decorar todos os conceitos que diferenciam liderana e autoridade,

    entre as vrias outras coisas que voc tem que estudar para o concurso:

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    As alternativas A, B, e D tem relao com liderana, por isso devem

    ser esquecidas.

    A alternativa C diz que os colaboradores devem participar ativamente

    na elaborao de metas. Isso verdade, mas s que num contexto mais

    amplo. Considerada apenas a autoridade formal, o colaborador no

    necessariamente ouvido, o que torna a alternativa incorreta.

    A alternativa E, por sua vez, afirma que a autoridade formal est

    fundamentada nas leis (regras) que criam as figuras de autoridade que

    possuem poder de comando. a essncia da autoridade formal das chefias

    que est baseada na estruturao da organizao.

    GABARITO: E.

    3. (FCC/TRE-SP/Analista/2012) No se deve enxergar a

    liderana apenas como habilidade pessoal, mas como um

    processo interpessoal dentro de um contexto complexo,

    no qual outros elementos esto presentes. A liderana

    no apenas um atributo da pessoa, mas uma

    combinao de quatro variveis ou elementos: as

    caractersticas do lder; as dos liderados; as da misso ou

    tarefa a ser realizada e

    a) a conjuntura social, econmica e poltica.

    b) os elementos imponderveis apresentados na estrutura

    organizacional.

    c) o conjunto de regras estabelecido a ser cumprido por cada

    colaborador na empresa.

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    d) os fatores socioambientais presentes na comunidade em que

    a empresa est instalada.

    e) as crenas religiosas e culturais praticadas pelos

    colaboradores de uma dada comunidade.

    Comentrio:

    A liderana, sob uma perspectiva contingencial/situacional, pode ser

    considerada, segundo McGregor, uma combinao das seguintes variveis:

    Caractersticas do lder;

    Caractersticas dos liderados;

    Caractersticas da tarefa (e da organizao);

    Conjuntura econmica, social e poltica.

    GABARITO: A.

    4. (FCC/TRE-SP/Analista/2012) O que liga o lder aos

    seguidores a existncia de uma tarefa ou misso. As

    misses que o lder prope ao grupo podem ser

    classificadas em dois tipos: moral e calculista. Na misso

    calculista o lder

    a) lana desafios e apela ao senso de responsabilidade, valores,

    desejos e aptides dos seus seguidores.

    b) usa palavras de ordem como comprometimento,

    engajamento para enfatizar a importncia de todos no

    cumprimento das metas.

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    c) d valor aos seguidores que se dedicam a atividades em que

    encontram recompensas psicolgicas intrnsecas.

    d) atua com promessas de recompensas em troca da obedincia

    dos seguidores.

    e) acredita que a recompensa que seu liderado recebe a

    satisfao no cumprimento de uma dada misso.

    Comentrio:

    As misses ou tarefas podem ser classificadas em moral e calculista:

    A tarefa moral uma misso que gera apelo pelos valores, vontades,

    desejos, moral... dos liderados. H uma misso a ser cumprida com

    compromisso e comprometimento pelos liderados, que podem agir como fiis;

    A tarefa calculista se refere a uma misso na qual os seguidores

    obedecem ao lder em troca de benefcios e recompensas pela misso,

    conforme est previsto na alternativa D.

    GABARITO: D.

    5. (FCC/TRE-SP/Analista/2012) O lder orientado para as

    pessoas tende a apresentar os seguintes

    comportamentos:

    a) enfatiza o cumprimento de prazos e busca sempre superar a

    concorrncia para obter resultados superiores.

    b) esclarece as responsabilidades individuais; focaliza o trabalho

    do colaborador e do grupo e focaliza o cumprimento de metas.

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    c) apoia os colaboradores; focaliza o prprio colaborador ou

    grupo, enfatizando as relaes humanas e o desenvolvimento

    da capacidade de trabalhar em equipe e amigvel.

    d) busca sempre superar desempenhos passados; focaliza a

    necessidade do cumprimento dos padres de qualidade e cria

    controles de superviso sobre os trabalhos realizados por cada

    colaborador.

    e) identifica o que cada colaborador deve realizar no trabalho;

    atua com controles de qualidade bem estabelecidos e promove

    foco em resultados no grupo.

    Comentrio:

    A palavra chave para a liderana orientada s pessoas apoio as

    pessoas. De forma geral, a nica alternativa que se relaciona com o apoio

    tpico que o lder desse tipo d aos liderados para que eles possam se

    desenvolver e ter boas relaes interpessoais no trabalho para trabalhar de

    forma amigvel e em equipe est na alternativa c.

    GABARITO: C.

    6. (FCC/TRE-SP/Analista/2012) Segundo Hersey e

    Blanchard existem quatro estilos ou formas de liderana.

    O Estilo 2 compreende

    a) alto nvel de comportamentos orientados para a tarefa e

    baixo nvel de relacionamento.

    b) alto nvel de comportamentos orientados simultaneamente

    para a tarefa e relacionamento.

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    c) baixo nvel de comportamentos orientados para a tarefa e

    baixo nvel de relacionamento.

    d) alto nvel de comportamentos orientados para a tarefa e alto

    nvel de produo.

    e) baixo nvel de comportamentos orientados para a tarefa e

    alto nvel de relacionamento.

    Comentrio:

    Questo chata, hein!? Voc teria que ter decorado os estilos...

    No lembra? Ento volte nessa parte da aula e decore! Esse modelo

    um queridinho da FCC e de outras bancas tambm!

    Vamos rever cada um deles:

    Estilo 1: Narrar/Determinar/Dirigir (Alto comportamento de

    tarefa e baixo comportamento de relacionamento): o estilo

    para grupos com a menor maturidade (M1). Nesse caso, o lder

    orienta claramente as tarefas a serem realizadas.

    Estilo 2: Vender/Guiar/Persuadir (alto comportamento de

    tarefa e alto comportamento de relacionamento): Quando a

    maturidade est entre baixa e moderada (M2), esse o estilo

    ideal. Nele, o lder ao mesmo tempo dirige as pessoas (por

    terem baixa maturidade) e apoia o seu desenvolvimento, pois

    elas possuem baixa capacitao;

    Tipo 3: Participar (baixo comportamento de tarefa e alto

    comportamento de relacionamento): o estilo correto para a

    maturidade de mdia a alta (M3). Aqui, o papel do lder muito

    mais de apoiar as pessoas, enfatizando a criao de motivao,

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    do que de dirigi-las para a realizao das tarefas, j que elas

    so capazes;

    Tipo 4: Delegar (baixo comportamento de tarefa e baixo

    comportamento de relacionamento): trata-se do estilo

    adequado para liderar pessoas com o maior nvel de maturidade

    (M4). Nessa condio, a maturidade dos liderados permite que

    eles executem os planos com maior liberdade e menor controle,

    possibilitando ao lder a delegao das tarefas.

    Veja que a FCC ainda tentou confundir o candidato que lembrasse que

    o 2 era alto-alto. A alternativa D fala em alto nvel de comportamentos

    orientados para a tarefa e alto nvel de produo. Est errada.

    O gabarito a alternativa B, que fala em orientados

    simultaneamente... foi uma forma de no falar alto-alto para dificultar a

    vida do candidato!

    GABARITO: B.

    7. (FCC/TER-CE/Analista/2012) O modelo de liderana

    situacional proposto por Hersey e Blanchard considera

    no s o estilo do lder, mas inclui o conceito de

    maturidade do colaborador que avaliada em termos do

    grau de

    a) desenvolvimento emocional e competncias tcnicas para

    fazer um bom trabalho.

    b) conhecimento e experincia para fazer um bom trabalho.

    c) capacidade e interesse para fazer um bom trabalho.

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    d) relacionamento com pares e superiores e competncias

    tcnicas para fazer um bom trabalho.

    e) maturidade emocional e experincia para fazer um bom

    trabalho.

    Comentrio:

    Pessoal! A maturidade do colaborador o foco da Teoria Situacional

    de Hesey e Blanchard, pois o estilo de liderana ir variar em funo desta. A

    maturidade uma funo de duas variveis:

    A capacidade do liderado de realizar as tarefas;

    O interesse (motivao) que o liderado possui em realizar as

    tarefas.

    GABARITO: C.

    8. (FCC/TRF-1/Analista/2011) Exercer a liderana numa

    organizao

    a) colocar os funcionrios para trabalharem.

    b) obter dos funcionrios os resultados acordados e esperados.

    c) fazer com que os funcionrios faam algo que voc est

    convencido que deva ser feito.

    d) fazer com que os funcionrios tenham vontade de fazer algo

    que voc est convencido que deva ser feito.

    e) manter funcionrios que ajam e trabalhem como

    funcionrios.

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    Comentrio:

    Pode-se dizer que a chefia est baseada na autoridade formal que lhe

    concedida por meio da aceitao da estrutura organizacional e das regras

    que determinam o poder de comando do chefe. Assim, comandar fazer com

    que as pessoas faam o que o chefe deseja que seja feito.

    Exercer a liderana, por outro lado, est mais ligado capacidade de

    influenciar o comportamento dos outros para que eles realizem (com vontade!)

    aes que vo alm dos prprios interesses individuais. Pode-se dizer que

    liderar fazer com que as pessoas tenham vontade de realizar aquilo que o

    lder acredita que deve ser feito.

    GABARITO: D.

    9. (FCC/TRT-8/Analista/2010) Um lder que conduz e

    orienta sua equipe, incentivando a participao das

    pessoas e desenvolvendo comunicao espontnea,

    franca e cordial, classificado como um lder com estilo

    de liderana

    a) liberal.

    b) autocrtica.

    c) democrtica.

    d) situacional.

    e) centralizadora.

    Comentrio:

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    O lder democrtico aquele que leva em considerao as opinies de

    seu grupo de liderados, dando importncia ao que as pessoas dizem. Nesse

    contexto, a comunicao aberta e franca, considerando a existncia de uma

    organizao informal algo positivo.

    GABARITO: C

    10. As teorias sobre liderana apresentadas por autores

    humanistas podem ser classificadas em trs grupos:

    a) inteligncia geral; interesses e atitudinais.

    b) contingenciais; reforo e motivacionais.

    c) traos de personalidade; estilos de liderana e situacionais.

    d) traos de carter; contingenciais e aprendizagem.

    e) estilos de poder; sistmicas e comportamentais.

    Comentrio:

    Existem trs grandes grupos de teorias de liderana:

    Teorias de traos: do relevo aos traos que os lderes

    possuem naturalmente;

    Teorias de estilos de liderana: enfocam os estilos que os

    lideres podem adotar e que os levaria a ser lderes.

    Teorias comportamentais da liderana: consideram a

    liderana um comportamento que pode ser aprendido.

    GABARITO: C.

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    11. (FCC/AL-SP/Agente/2010) Um fator importante na

    compreenso da liderana a identificao e a anlise

    das fontes de poder. O poder que baseia-se no

    conhecimento e know-how do lder em termos do

    trabalho denomina-se poder

    a) referente.

    b) de recompensa.

    c) coercitivo.

    d) legtimo.

    e) de perito.

    Comentrio:

    O poder que se baseia no conhecimento que o lder possui para o

    exerccio do trabalho o poder de especializao.

    Vemos que no existe essa alternativa, ento temos que procurar

    algo parecido, pois como a maioria desses estudos so desenvolvidos em

    lngua estrangeira, as tradues em portugus tendem a variar muito.

    A nica alternativa que traz o mesmo significado a que fala em

    poder de perito.

    GABARITO: E.

    12. (FCC/AL-SP/Agente/2010) No contexto de uma gesto

    de pessoas por competncias, exercer a liderana

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    a) tomar decises individualmente, focado nas tarefas que

    devem ser executadas com a maior competncia possvel.

    b) compartilhar as decises, envolvendo os colaboradores por

    meio da consulta ou da delegao de tarefas a partir das

    competncias de cada um.

    c) deixar que cada colaborador decida o que deve fazer com

    base nas suas competncias individuais.

    d) persuadir os colaboradores de que suas decises so as

    melhores e devem ser executadas sem questionamentos.

    e) seguir com rigor as diretrizes do planejamento, definindo

    com clareza as atribuies de cada colaborador.

    Comentrio:

    Voc foi pego de surpresa por uma questo dessas! no contexto da

    gesto de pessoas por competncias... e agora?

    Na verdade, a banca quer apenas complicar com uma bobagem. No

    contexto de gesto de competncias, a liderana certamente ter que

    considerar as competncias individuais! Em essncia, isso! Mas deve-se

    exercer a liderana, e no ficar s olhando os colaboradores!

    Assim, a nica alternativa que considera a liderana + competncias

    a alternativa B. As outras no fazem sentido...

    GABARITO: B.

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    13. (FCC/AL-SP/Agente/2010) A influncia exercida pelo

    lder em virtude da afeio e do respeito que as pessoas

    tm por ele denomina-se poder

    a) situacional.

    b) legtimo.

    c) do saber.

    d) circunstancial.

    e) referente.

    Comentrio:

    Mais uma vez, veja a definio e procure a resposta que esteja

    adequada.

    O poder que deriva da afeio e do respeito o poder de referncia.

    Nessa questo, ele foi chamado de poder referente.

    GABARITO: E.

    14. (FCC/AL-SP/Agente/2010) A diviso dos poderes de

    deciso entre o chefe e a equipe uma caracterstica do

    estilo de liderana denominado

    a) situacional.

    b) autocrtico.

    c) laissez-faire.

    d) demagogo.

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    e) democrtico.

    Comentrio:

    Algumas pessoas iro confundir e achar que se trata da liderana

    laissez-faire, por isso vou comear por ela. No essa a resposta. A liderana

    laissez-faire, ou liberal, aquela na qual o lder deixa os liderados tomarem

    suas prprias decises e se auto-organizarem, s intervindo quando for

    requerido.

    A liderana que divide o poder com os liderados a democrtica, que

    ouve as opinies dos liderados e que coordena o processo de tomada de

    decises juntamente com estes.

    GABARITO: E

    15. (FCC/TCE-GO/ACE/2009) Em relao diferena entre

    liderana e poder.

    I. Os lderes no devem confundir liderana com prestgio e

    credibilidade, evitando a qualquer custo o uso do poder.

    II. O poder a influncia potencial, a liderana envolve o

    exerccio atual do poder. A liderana no deixa de ser um

    fenmeno de poder.

    III. O poder a capacidade de um agente em produzir

    determinados efeitos, sendo uma decorrncia da relao social

    entre indivduos, grupos ou organizao em que uma das partes

    controla a outra.

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    IV. O poder se define como a capacidade de forar as pessoas a

    fazerem coisas apenas por respeito posio exercida pelo

    lder, mesmo contra a vontade destas.

    V. A autoridade se define como a habilidade de levar as pessoas

    a fazerem o que o lder quer, mas estas entendem e aceitam

    suas decises.

    a) Esto corretas APENAS as afirmativas I e II.

    b) Esto corretas APENAS as afirmativas I, II e V.

    c) Esto corretas APENAS as afirmativas I, III e V.

    d) Esto corretas APENAS as afirmativas II, III e IV.

    e) Esto corretas APENAS as afirmativas II, III, IV e V.

    Comentrio:

    Questo mal feita, com o objetivo de se tornar superdifcil, mas

    terminou pecando um pouco... Vamos analisar cada um dos itens.

    ITEM I. O prestgio e credibilidade constituem o poder de referncia.

    De fato, os lderes no devem confundir liderana e poder de referncia.

    Quanto aos lderes deverem evitar a qualquer custo o uso do poder, isso est

    errado, j que a liderana o uso do poder.

    ITEM II. O poder potencial e a liderana o exerccio do poder,

    sendo um fenmeno decorrente do poder. Item certo.

    ITEM III. O poder envolve a capacidade de influenciar outras pessoas

    para que elas faam aquilo que desejado por quem o exerce. O item est

    certo, apesar de usar o termo controla. Eu preferiria influencia, mas v l...

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    ITEM IV. O poder legtimo realmente a capacidade de forar as

    pessoas a realizar alguma coisa, mesmo contra a sua vontade. Trata-se do

    poder do cargo. Apesar de vaga, a afirmativa foi considerada correta.

    ITEM V. A autoridade o exerccio do poder legtimo, que deriva do

    cargo. Nesse tipo de poder, as pessoas fazer o que o chefe quer, mesmo que

    no concordem. Elas apenas fazem o que mandado pelo detentor do poder

    porque entendem e aceitam o sistema de regras e leis que do subsdio ao

    poder que ele possui.

    Assim, as alternativas II, III, IV, e V esto corretas.

    GABARITO: E.

    16. (FCC/TRF-4/Analista/2010) O modelo de liderana em

    que, medida que aumenta a maturidade do seguidor,

    um lder deve adotar mais o comportamento orientado ao

    relacionamento e menos o orientado tarefa,

    denominado de Liderana

    a) de Resultados.

    b) Participativa.

    c) Diretiva.

    d) de Apoio.

    e) Situacional.

    Comentrio:

    Primeiro: essa questo est muito mal redigida e merecia ser

    anulada. Apesar disso, quando se fala em maturidade dos funcionrios e a

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    forma de agir da liderana voc deve associar diretamente ao modelo de

    liderana situacional de Hersey e Blanchard (os queridinhos da FCC).

    Sabe-se que, neste modelo, num primeiro momento, quando o nvel

    de maturidade do funcionrio sobe, a liderana passa a se orientar mais para o

    relacionamento. O problema que, do penltimo estgio de maturidade para o

    ltimo, o que se observa que a liderana atua com baixo foco tanto em

    relacionamento quanto em tarefas, adotando o estilo de Delegar.

    Assim, a Banca adotou um posicionamento questionvel ao no anular

    essa questo. Na verdade, a FCC deve ter tirado essa frase especfica de

    algum trabalho acadmico e, mesmo no estando 100% de acordo com o

    modelo, foi considerada como referncia. Pode-se at dizer que a inspirao

    geral essa, mas no exatamente o que acontece no modelo!

    Lembro, entretanto, que mesmo no havendo resposta 100% correta,

    voc poderia acert-la! s ter a manha de fazer prova.

    GABARITO: E

    17. (FCC/DPE-SP/Agente/2010) Com relao s distines

    entre liderana e capacidade gerencial, considere as

    afirmativas abaixo.

    I. Liderar envolve um processo de influncia no coercitiva

    decorrente da autoridade formal do cargo e, neste sentido,

    distinto de gerenciar.

    II. Os gerentes tendem a adotar atitudes impessoais, s vezes

    at passivas, em relao s metas, enquanto os lderes tm

    uma atitude pessoal e ativa em relao s metas.

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    III. Hoje o lder o componente mais estratgico da

    organizao, o responsvel pelo desenvolvimento de outras

    pessoas e pelo sucesso da empresa.

    IV. O bom gerenciamento traz ordem e consistncia ao se

    projetar planos e acompanhar os seus resultados; liderana, em

    comparao, lidar com a mudana.

    V. O gerente tem uma viso de longo prazo; o lder, perspectiva

    de curto prazo. O gerente faz as coisas certas; o lder faz as

    coisas direito.

    Est correto o que se afirma APENAS em

    a) I e III.

    b) III, IV e V.

    c) I, II e IV.

    d) II e V.

    e) I, II, III e IV.

    Comentrio:

    Vamos analisar cada um dos itens:

    ITEM I. Liderar um processo no coercitivo, como afirma a questo,

    mas no decorre necessariamente da autoridade formal do cargo. Gerenciar

    que decorre da autoridade do cargo. Item errado, mas que foi considerado

    correto pela banca. Ento lembre: para a FCC, isso pode ser considerado certo!

    ITEM II. Os gerentes so frios e apenas buscam cumprir os objetivos

    ditados pela organizao. Os lderes possuem uma viso e tomam atitudes

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    pessoais em relao a ela. isso que est dito nesse item, com outras

    palavras. Item certo.

    ITEM III. Certo. O lder um componente estratgico da organizao

    e responsvel pelo seu desenvolvimento. questionvel se ele o

    componente mais estratgico da organizao, mas quando voc ver coisas

    extremamente positivas sobre coisas tidas pelo senso comum como positivas,

    considere a possibilidade de aceitar. Provavelmente existir algum autor de

    administrao que usou exatamente essas palavras, e nele que a Banca est

    se baseando.

    ITEM IV. Gerenciar est ligado ao projeto e execuo de planos,

    dando ordem organizao. Liderar est ligado gesto das mudanas. Item

    certo.

    ITEM V. Errado. O certo seria: o gerente tem uma viso de curto

    prazo. O lder tem uma viso de longo prazo. O gerente faz certo as coisas

    (direito). O lder faz as coisas certas.

    Na ausncia de uma resposta que considere corretos os itens II, III e

    IV, vamos com a nica que i