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CMARA DOS DEPUTADOS
Centro de Documentao e Informao
LEI N 7.713, DE 22 DE DEZEMBRO DE 1988
Altera a legislao do imposto de renda e d
outras providncias.
O PRESIDENTE DA REPBLICA
Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1 Os rendimentos e ganhos de capital percebidos a partir de 1 de janeiro
de 1989, por pessoas fsicas residentes ou domiciliados no Brasil, sero tributados pelo
imposto de renda na forma da legislao vigente, com as modificaes introduzidas por esta
Lei.
Art. 2 O imposto de renda das pessoas fsicas ser devido, mensalmente,
medida em que os rendimentos e ganhos de capital forem percebidos.
Art. 3 O imposto incidir sobre o rendimento bruto, sem qualquer deduo,
ressalvado o disposto nos arts. 9 a 14 desta Lei.
1 Constituem rendimento bruto todo o produto do capital, do trabalho ou da
combinao de ambos, os alimentos e penses percebidos em dinheiro, e ainda os
proventos de qualquer natureza, assim tambm entendidos os acrscimos patrimoniais no
correspondentes aos rendimentos declarados.
2 Integrar o rendimento bruto, como ganho de capital, o resultado da soma
dos ganhos auferidos no ms, decorrentes de alienao de bens ou direitos de qualquer
natureza, considerando-se como ganho a diferena positiva entre o valor de transmisso do
bem ou direito e o respectivo custo de aquisio corrigido monetariamente, observado o
disposto nos arts. 15 a 22 desta Lei.
3 Na apurao do ganho de capital sero consideradas as operaes que
importem alienao, a qualquer ttulo, de bens ou direitos ou cesso ou promessa de cesso
de direitos sua aquisio, tais como as realizadas por compra e venda, permuta,
adjudicao, desapropriao, dao em pagamento, doao, procurao em causa prpria,
promessa de compra e venda, cesso de direitos ou promessa de cesso de direitos e
contratos afins.
4 A tributao independe da denominao dos rendimentos, ttulos ou
direitos, da localizao, condio jurdica ou nacionalidade da fonte, da origem dos bens
produtores da renda, e da forma de percepo das rendas ou proventos, bastando, para a
incidncia do imposto, o benefcio do contribuinte por qualquer forma e a qualquer ttulo.
5 Ficam revogados todos os dispositivos legais concessivos de iseno ou
excluso, da base de clculo do imposto de renda das pessoas fsicas, de rendimentos e
proventos de qualquer natureza, bem como os que autorizam reduo do imposto por
investimento de interesse econmico ou social.
6 Ficam revogados todos os dispositivos legais que autorizam dedues
cedulares ou abatimentos da renda bruta do contribuinte, para efeito de incidncia do
imposto de renda.
Art. 4 Fica suprimida a classificao por cdulas dos rendimentos e ganhos de
capital percebidos pelas pessoas fsicas.
Art. 5 Salvo disposio em contrrio, o imposto retido na fonte sobre
rendimentos e ganhos de capital percebidos por pessoas fsicas ser considerado reduo do
apurado na forma dos arts. 23 e 24 desta Lei.
Art. 6 Ficam isentos do imposto de renda os seguinte rendimentos percebidos
por pessoas fsicas:
I - a alimentao, o transporte e os uniformes ou vestimentas especiais de
trabalho, fornecidos gratuitamente pelo empregador a seus empregados, ou a diferena
entre o preo cobrado e o valor de mercado;
II - as dirias destinadas, exclusivamente, ao pagamento de despesas de
alimentao e pousada, por servio eventual realizado em municpio diferente do da sede de
trabalho;
III - o valor locativo do prdio construdo, quando ocupado por seu proprietrio
ou cedido gratuitamente para uso do cnjuge ou de parentes de primeiro grau;
IV - as indenizaes por acidentes de trabalho;
V - a indenizao e o aviso prvio pagos por despedida ou resciso de contrato
de trabalho, at o limite garantido por lei, bem como o montante recebido pelos
empregados e diretores, ou respectivos beneficirios, referente aos depsitos, juros e
correo monetria creditados em contas vinculadas, nos termos da legislao do Fundo de
Garantia do Tempo de Servio;
VI - o montante dos depsitos, juros, correo monetria e quotas-partes
creditados em contas individuais pelo Programa de Integrao Social e pelo Programa de
Formao do Patrimnio do Servidor Pblico;
VII - os seguros recebidos de entidades de previdncia privada decorrentes de
morte ou invalidez permanente do participante. (Inciso com redao dada pela Lei n
9.250, de 26/12/1995)
VIII - as contribuies pagas pelos empregadores relativas a programas de
previdncia privada em favor de seus empregados e dirigentes;
IX - os valores resgatados dos Planos de Poupana e Investimento - PAIT, de
que trata o Decreto-Lei n 2.292, de 21 de novembro de 1986, relativamente parcela
correspondente s contribuies efetuadas pelo participante;
X - as contribuies empresariais a Plano de Poupana e Investimento - PAIT,
aqui se refere o art. 5, 2, do Decreto-Lei n 2.292, de 21 de novembro de 1986;
XI - o peclio recebido pelos aposentados que voltam a trabalhar em atividade
sujeita ao regime previdencirio, quando dela se afastarem, e pelos trabalhadores que
ingressarem nesse regime aps completarem sessenta anos de idade, pago pelo Instituto
Nacional de Previdncia Social ao segurado ou a seus dependentes, aps sua morte, nos
termos do art. 1 da Lei n 6.243, de 24 de setembro de 1975;
XII - as penses e os proventos concedidos de acordo com os Decretos-Leis, ns
8.794 e 8.795, de 23 de janeiro de 1946, e Lei n 2.579, de 23 de agosto de 1955, e art. 30
da Lei n 4.242, de 17 de julho de 1963, em decorrncia de reforma ou falecimento de ex-
combatente da Fora Expedicionria Brasileira;
XIII - capital das aplices de seguro ou peclio pago por morte do segurado,
bem como os prmios de seguro restitudos em qualquer caso, inclusive no de renncia do
contrato;
XIV - os proventos de aposentadoria ou reforma motivada por acidente em
servio e os percebidos pelos portadores de molstia profissional, tuberculose ativa,
alienao mental, esclerose mltipla, neoplasia maligna, cegueira, hansenase, paralisia
irreversvel e incapacitante, cardiopatia grave, doena de Parkinson, espondiloartrose
anquilosante, nefropatia grave, hepatopatia grave, estados avanados da doena de Paget
(ostete deformante), contaminao por radiao, sndrome da imunodeficincia adquirida,
com base em concluso da medicina especializada, mesmo que a doena tenha sido
contrada depois da aposentadoria ou reforma; (Inciso com redao dada pela Lei n
11.052, de 29/12/2004)
XV - os rendimentos provenientes de aposentadoria e penso, de transferncia
para a reserva remunerada ou de reforma pagos pela Previdncia Social da Unio, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, por qualquer pessoa jurdica de direito
pblico interno ou por entidade de previdncia privada, a partir do ms em que o
contribuinte completar 65 (sessenta e cinco) anos de idade, sem prejuzo da parcela isenta
prevista na tabela de incidncia mensal do imposto, at o valor de: (Caput do inciso com redao dada pela Lei n 11.482, de 31/5/2007)
a) R$ 1.313,69 (mil, trezentos e treze reais e sessenta e nove centavos), por
ms, para o ano-calendrio de 2007; (Alnea acrescida pela Lei n 11.482, de 31/5/2007)
b) R$ 1.372,81 (mil, trezentos e setenta e dois reais e oitenta e um centavos),
por ms, para o ano-calendrio de 2008; (Alnea acrescida pela Lei n 11.482, de
31/5/2007)
c) R$ 1.434,59 (mil, quatrocentos e trinta e quatro reais e cinqenta e nove
centavos), por ms, para o ano-calendrio de 2009; (Alnea acrescida pela Lei n 11.482, de
31/5/2007)
d) R$ 1.499,15 (mil, quatrocentos e noventa e nove reais e quinze centavos),
por ms, para o ano-calendrio de 2010; (Alnea acrescida pela Lei n 11.482, de
31/5/2007, com nova redao dada pela Medida Provisria n 528, de 25/3/2011,
convertida na Lei n 12.469, de 26/8/2011)
e) R$ 1.566,61 (mil, quinhentos e sessenta e seis reais e sessenta e um
centavos), por ms, para o ano-calendrio de 2011; (Alnea acrescida pela Medida
Provisria n 528, de 25/3/2011, convertida na Lei n 12.469, de 26/8/2011, produzindo
efeitos a partir de 1/4/2011)
f) R$ 1.637,11 (mil, seiscentos e trinta e sete reais e onze centavos), por ms,
para o ano-calendrio de 2012; (Alnea acrescida pela Medida Provisria n 528, de
25/3/2011, convertida na Lei n 12.469, de 26/8/2011, produzindo efeitos a partir de
1/4/2011)
g) R$ 1.710,78 (mil, setecentos e dez reais e setenta e oito centavos), por ms,
para o ano-calendrio de 2013; (Alnea acrescida pela Medida Provisria n 528, de
25/3/2011, convertida na Lei n 12.469, de 26/8/2011, produzindo efeitos a partir de
1/4/2011)
h) R$ 1.787,77 (mil, setecentos e oitenta e sete reais e setenta e sete centavos),
por ms, a partir do ano-calendrio de 2014. (Alnea acrescida pela Medida Provisria n
528, de 25/3/2011, convertida na Lei n 12.469, de 26/8/2011, produzindo efeitos a partir
de 1/4/2011)
XVI - o valor dos bens adquiridos por doao ou herana;
XVII - os valores decorrentes de aumento de capital:
a) mediante a incorporao de reservas ou lucros que tenham sido tributados na
forma do art. 36 desta Lei;
b) efetuado com observncia do disposto no art. 63 do Decreto-Lei n 1.598, de
26 de dezembro de 1977, relativamente aos lucros apurados em perodos-base encerrados
anteriormente vigncia desta Lei;
XVIII - a correo monetria de investimentos, calculada aos mesmos ndices
aprovados para os Bnus do Tesouro Nacional - BTN, e desde que seu pagamento ou
crdito ocorra em intervalos no inferiores a trinta dias; (Inciso com redao dada pela Lei
n 7.799, de 10/7/1989)
XIX - a diferena entre o valor de aplicao e o de resgate de quotas de fundos
de aplicaes de curto prazo;
XX - ajuda de custo destinada a atender s despesas com transporte, frete e
locomoo do beneficiado e seus familiares, em caso de remoo de um municpio para
outro, sujeita comprovao posterior pelo contribuinte;
XXI - os valores recebidos a ttulo de penso quando o beneficirio desse
rendimento for portador das doenas relacionadas no inciso XIV deste artigo, exceto as
decorrentes de molstia profissional, com base em concluso da medicina especializada,
mesmo que a doena tenha sido contrada aps a concesso da penso; (Inciso acrescido
pela Lei n 8.541, de 23/12/1992)
XXII - os valores pagos em espcie pelos Estados, Distrito Federal e
Municpios, relativos ao Imposto sobre Operaes relativas Circulao de Mercadorias e
sobre Prestaes de Servios de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de
Comunicao - ICMS e ao Imposto sobre Servios de Qualquer Natureza - ISS, no mbito
de programas de concesso de crdito voltados ao estmulo solicitao de documento
fiscal na aquisio de mercadorias e servios; (Inciso acrescido pela Medida Provisria n
451, de 15/12/2008, convertida na Lei n 11.945, de 4/6/2009, produzindo efeitos a partir
de 1/1/2009)
XXIII - o valor recebido a ttulo de vale-cultura. (Inciso acrescido pela Lei n
12.761, de 27/12/2012)
Pargrafo nico. O disposto no inciso XXII do caput deste artigo no se aplica
aos prmios recebidos por meio de sorteios, em espcie, bens ou servios, no mbito dos
referidos programas. (Pargrafo nico acrescido pela Medida Provisria n 451, de
15/12/2008, convertida na Lei n 11.945, de 4/6/2009, produzindo efeitos a partir de
1/1/2009)
Art. 7 Ficam sujeito incidncia do imposto de renda na fonte, calculado de
acordo com o disposto no art. 25 desta Lei:
I - os rendimentos do trabalho assalariado, pagos ou creditados por pessoas
fsicas ou jurdicas;
II - os demais rendimentos percebidos por pessoas fsicas, que no estejam
sujeitos tributao exclusiva na fonte, pagos ou creditados por pessoas jurdicas.
1 O imposto a que se refere este artigo ser retido por ocasio de cada
pagamento ou crdito e, se houver mais de um pagamento ou crdito, pela mesma fonte
pagadora, aplicar-se- a alquota correspondente soma dos rendimentos pagos ou
creditados pessoa fsica no ms, a qualquer ttulo.
2 (Revogado pela Lei n 8.218, de 29/8/1991)
3 (VETADO).
Art. 8 Fica sujeito ao pagamento do imposto de renda, calculado de acordo
com o disposto no art. 25 desta Lei, a pessoa fsica que receber de outra pessoa fsica, ou de
fontes situadas no exterior, rendimentos e ganhos de capital que no tenham sido tributados
na fonte, no Pas.
1 O disposto neste artigo se aplica, tambm, aos emolumentos e custas dos
serventurios da justia, como tabelies, notrios, oficiais pblicos e outros, quando no
forem remunerados exclusivamente pelos cofres pblicos.
2 O imposto de que trata este artigo dever ser pago at o ltimo dia til da
primeira quinzena do ms subseqente ao da percepo dos rendimentos.
Art. 9 Quando o contribuinte auferir rendimentos da prestao de servios de
transporte, em veculo prprio locado, ou adquirido com reservas de domnio ou alienao
fiduciria, o imposto de renda incidir sobre:
I 10% (dez por cento) do rendimento bruto, decorrente do transporte de carga; (Inciso com redao dada pela Medida Provisria n 582, de 20/9/2012, em vigor a partir
de 1/1/2013, convertida na Lei n 12.794, de 2/4/2013, em vigor a partir de 1/1/2013)
II - sessenta por cento do rendimento bruto, decorrente do transporte de
passageiros.
Pargrafo nico. O percentual referido no item I deste artigo aplica-se tambm
sobre o rendimento bruto da prestao de servios com trator, mquina de terraplenagem,
colheitadeira e assemelhados.
Art. 10. O imposto incidir sobre dez por cento do rendimento bruto auferido
pelos garimpeiros matriculados nos termos do art. 73 do Decreto-Lei n 227, de 28 de
fevereiro de 1967, remunerado pelo art. 2 do Decreto-Lei n. 318, de 14 de maro de 1967,
na venda a empresas legalmente habilitadas de metais preciosos, pedras preciosas e
semipreciosas por eles extrados.
Pargrafo nico. A prova de origem dos rendimentos de que trata este artigo
far-se- com base na via da nota de aquisio destinada ao garimpeiro pela empresa
compradora.
Art. 11. Os titulares dos servios notariais e de registro a que se refere o art. 236
da Constituio da Repblica, desde que mantenham escriturao das receitas e das
despesas, podero deduzir dos emolumentos recebidos, para efeito da incidncia do
imposto:
I - a remunerao paga a terceiros, desde que com vnculo empregatcio,
inclusive encargos trabalhistas e previdencirios;
II - os emolumentos pagos a terceiros;
III - as despesas de custeio necessrias manuteno dos servios notariais e de
registro.
1 Fica ainda assegurada aos odontlogos a faculdade de deduzir, da receita
decorrente do exerccio da respectiva profisso, as despesas com a aquisio do material
odontolgico por eles aplicadas nos servios prestados aos seus pacientes, assim como as
despesas com o pagamento dos profissionais dedicados prtese e anestesia,
eventualmente utilizados na prestao dos servios, desde que, em qualquer caso,
mantenham escriturao das receitas e despesas realizadas. (Pargrafo acrescido pela Lei
n 7.975, de 26/12/1989)
2 (VETADO na Lei n. 7.975, de 26/12/1989)
Art. 12. No caso de rendimentos recebidos acumuladamente, o imposto
incidir, no ms do recebimento ou crdito, sobre o total dos rendimentos, diminudos do
valor das despesas com ao judicial necessrias ao seu recebimento, inclusive de
advogados, se tiverem sido pagas pelo contribuinte, sem indenizao.
Art. 12-A Os rendimentos do trabalho e os provenientes de aposentadoria,
penso, transferncia para a reserva remunerada ou reforma, pagos pela Previdncia Social
da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, quando correspondentes a
anos-calendrios anteriores ao do recebimento, sero tributados exclusivamente na fonte,
no ms do recebimento ou crdito, em separado dos demais rendimentos recebidos no ms.
(Caput do artigo acrescido pela Medida Provisria n 497, de 27/7/2010, com redao dada pela Lei n 12.350, de 20/12/2010)
1 O imposto ser retido pela pessoa fsica ou jurdica obrigada ao pagamento
ou pela instituio financeira depositria do crdito e calculado sobre o montante dos
rendimentos pagos, mediante a utilizao de tabela progressiva resultante da multiplicao
da quantidade de meses a que se refiram os rendimentos pelos valores constantes da tabela
progressiva mensal correspondente ao ms do recebimento ou crdito. (Pargrafo
acrescido pela Medida Provisria n 497, de 27/7/2010, com redao dada pela Lei n
12.350, de 20/12/2010)
2 Podero ser excludas as despesas, relativas ao montante dos rendimentos
tributveis, com ao judicial necessrias ao seu recebimento, inclusive de advogados, se
tiverem sido pagas pelo contribuinte, sem indenizao. (Pargrafo acrescido pela Medida
Provisria n 497, de 27/7/2010, convertida na Lei n 12.350, de 20/12/2010)
3 A base de clculo ser determinada mediante a deduo das seguintes
despesas relativas ao montante dos rendimentos tributveis: (Pargrafo acrescido pela
Medida Provisria n 497, de 27/7/2010, convertida na Lei n 12.350, de 20/12/2010)
I - importncias pagas em dinheiro a ttulo de penso alimentcia em face das
normas do Direito de Famlia, quando em cumprimento de deciso judicial, de acordo
homologado judicialmente ou de separao ou divrcio consensual realizado por escritura
pblica; e (Inciso acrescido pela Medida Provisria n 497, de 27/7/2010, convertida na
Lei n 12.350, de 20/12/2010)
II - contribuies para a Previdncia Social da Unio, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municpios. (Pargrafo acrescido pela Medida Provisria n 497, de
27/7/2010, com redao dada pela Lei n 12.350, de 20/12/2010)
4 No se aplica ao disposto neste artigo o constante no art. 27 da Lei n
10.833, de 29 de dezembro de 2003, salvo o previsto nos seus 1 e 3. (Pargrafo
acrescido pela Medida Provisria n 497, de 27/7/2010, convertida na Lei n 12.350, de
20/12/2010)
5 O total dos rendimentos de que trata o caput, observado o disposto no 2,
poder integrar a base de clculo do Imposto sobre a Renda na Declarao de Ajuste Anual
do ano-calendrio do recebimento, opo irretratvel do contribuinte. (Pargrafo
acrescido pela Medida Provisria n 497, de 27/7/2010, com redao dada pela Lei n
12.350, de 20/12/2010)
6 Na hiptese do 5, o Imposto sobre a Renda Retido na Fonte ser
considerado antecipao do imposto devido apurado na Declarao de Ajuste Anual.
(Pargrafo acrescido pela Medida Provisria n 497, de 27/7/2010, convertida na Lei n
12.350, de 20/12/2010)
7 Os rendimentos de que trata o caput, recebidos entre 1 de janeiro de 2010
e o dia anterior ao de publicao da Lei resultante da converso da Medida Provisria n
497, de 27 de julho de 2010, podero ser tributados na forma deste artigo, devendo ser
informados na Declarao de Ajuste Anual referente ao ano-calendrio de 2010.
(Pargrafo acrescido pela Medida Provisria n 497, de 27/7/2010, com redao dada
pela Lei n 12.350, de 20/12/2010)
8 (VETADO na Lei n 12.350, de 20/12/2010)
9 A Secretaria da Receita Federal do Brasil disciplinar o disposto neste
artigo. (Pargrafo includo pela Lei n 12.350, de 20/12/2010)
Art. 13. (Revogado pela Lei n 8.383, de 30/12/1991)
Art. 14. (Revogado pela Lei n 8.383, de 30/12/1991)
Art. 15. (Revogado pela Lei n 7.774, de 8/6/1989)
Art. 16. O custo de aquisio dos bens e direitos ser o preo ou valor pago, e,
na ausncia deste, conforme o caso:
I - o valor atribudo para efeito de pagamento do imposto de transmisso;
II - o valor que tenha servido de base para o clculo do Imposto de Importao
acrescido do valor dos tributos e das despesas de desembarao aduaneiro;
III - o valor da avaliao do inventrio ou arrolamento;
IV - o valor de transmisso, utilizado na aquisio, para clculo do ganho de
capital do alienante;
V - seu valor corrente, na data da aquisio.
1 O valor da contribuio de melhoria integra o custo do imvel.
2 O custo de aquisio de ttulos e valores mobilirios, de quotas de capital e
dos bens fungveis ser a mdia ponderada dos custos unitrios, por espcie, desses bens.
3 No caso de participao societria resultantes de aumento de capital por
incorporao de lucros e reservas, que tenham sido tributados na forma do art. 36 desta Lei,
o custo de aquisio igual parcela do lucro ou reserva capitalizado, que corresponder ao
scio ou acionista beneficirio.
4 O custo considerado igual a zero no caso das participaes societrias
resultantes de aumento de capital por incorporao de lucros e reservas, no caso de partes
beneficirias adquiridas gratuitamente, assim como de qualquer bem cujo valor no possa
ser determinado nos termos previsto neste artigo.
Art. 17. O valor de aquisio de cada bem ou direito, expresso em cruzados
novos apurado de acordo com o artigo anterior, dever ser corrigido monetariamente, a
partir da data do pagamento, da seguinte forma: (Caput do artigo com redao dada pela Lei n 7.959, de 21/12/1989)
I - at janeiro de 1989, pela variao da OTN; (Inciso acrescido pela Lei n
7.959, de 21/12/1989)
II - nos meses de fevereiro a abril de 1989, pelas seguintes variaes: em
fevereiro, 31,2025%; em maro, 30,5774%; e em abril, 9,2415%; (Inciso acrescido pela Lei
n 7.959, de 21/12/1989)
III - a partir de maio de 1989, pela variao do BTN. (Inciso acrescido pela Lei
n 7.959, de 21/12/1989)
1 Na falta de documento que comprove a data do pagamento, no caso de
bens e direitos adquiridos at 31 de dezembro de 1988, a converso poder ser feita pelo
valor da OTN no ms de dezembro do ano em que este tiver constado pela primeira vez na
declarao de bens. (Pargrafo com redao dada pela Lei n 7.799, de 10/7/1989)
2 Os bens ou direitos da mesma espcie, pagos em datas diferentes, mas que
constem agrupadamente na declarao de bens, podero ser convertidos na forma do
pargrafo anterior, desde que tomados isoladamente em relao ao ano da aquisio.
3 No caso do pargrafo anterior, no sendo possvel identificar o ano dos
pagamentos, a converso ser efetuada tomando-se por base o ano da aquisio mais
recente.
4 No caso de aquisio com pagamento parcelado, a correo monetria ser
efetivada em relao a cada parcela. (Pargrafo com redao dada pela Lei n 7.799, de
10/7/1989)
Art. 18. Para apurao do valor a ser tributado, no caso de alienao de bens
imveis, poder ser aplicado um percentual de reduo sobre o ganho de capital apurado,
segundo o ano de aquisio ou incorporao do bem, de acordo com a seguinte tabela:
Ano de Aquisio
ou Incorporao
Percentual de Reduo Ano de Aquisio ou
Incorporao
Percentual de
Reduo
At 1969 100 1979 50
1970 95% 1980 45%
1971 90% 1981 40%
1972 85% 1982 35%
1973 80% 1983 30% 1974 75% 1984 25%
1975 70% 1985 20%
1976 65% 1986 15%
1977 60% 1987 10%
1978 55% 1988 5%
Pargrafo nico. No haver reduo, relativamente aos imveis cuja aquisio
venha ocorrer a partir de 1 de janeiro de 1989.
Art. 19. Valor da transmisso o preo efetivo de operao de venda ou da
cesso de direitos, ressalvado o disposto no art. 20 desta Lei.
Pargrafo nico. Nas operaes em que o valor no se expressar em dinheiro, o
valor da transmisso ser arbitrado segundo o valor de mercado.
Art. 20. A autoridade lanadora, mediante processo regular, arbitrar o valor ou
preo, sempre que no merea f, por notoriamente diferente do de mercado, o valor ou
preo informado pelo contribuinte, ressalvada, em caso de contestao, avaliao
contraditria, administrativa ou judicial.
Pargrafo nico. (VETADO).
Art. 21. Nas alienaes a prazo, o ganho de capital ser tributado na proporo
das parcelas recebidas em cada ms, considerando-se a respectiva atualizao monetria, se
houver.
Art. 22. Na determinao do ganho de capital sero excludos:
I - o ganho de capital decorrente da alienao do nico imvel que o titular
possua, desde que no tenha realizado outra operao nos ltimos cinco anos e o valor da
alienao no seja superior ao equivalente a trezentos mil BTN no ms da operao. (Inciso
com redao dada pela Lei n 8.134, de 27/12/1990)
II - (Revogado pela Lei n 8.014, de 6/4/1990)
III - as transferncias causa mortis e as doaes em adiantamento da legtima;
IV - o ganho de capital auferido na alienao de bens de pequeno valor,
definido pelo Poder executivo.
Pargrafo nico. No se considera ganho de capital o valor decorrente de
indenizao por desapropriao para fins de reforma agrria, conforme o disposto no 5
do art. 184 da Constituio Federal, e de liquidao de sinistro, furto ou roubo, relativo a
objeto segurado.
Art. 23. (Revogado pela Lei n 8.134, de 27/12/1990)
Art. 24. (Revogado pela Lei n 8.134, de 27/12/1990)
Art. 25. O imposto ser calculado, observado o seguinte:
I - se o rendimento mensal for de at Cr$ 750.000,00, ser deduzida uma
parcela correspondente a Cr$ 250.000,00 e, sobre o saldo remanescente incidir alquota de
10%; (Inciso com redao dada pela Lei n 8.269, de 16/12/1991)
II - se o rendimento mensal for superior a Cr$ 750.000,00, ser deduzida uma
parcela correspondente a Cr$ 550.000,00 e, sobre o saldo remanescente incidir alquota de
25%. (Inciso com redao dada pela Lei n 8.269, de 16/12/1991)
1 Na determinao da base de clculo sujeita a incidncia do imposto
podero ser deduzidos:
a) Cr$ 20.000,00 por dependente, at o limite de cinco dependentes;
b) Cr$ 250.000,00, correspondentes parcela isenta dos rendimentos
provenientes de aposentadoria e penso, transferncia para reserva remunerada ou reforma
pagos pela Previdncia Social da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios,
ou por qualquer pessoa jurdica de direito pblico interno, a partir do ms em que o
contribuinte completar sessenta e cinco anos de idade;
c) o valor da contribuio paga, no ms, para a Previdncia Social da Unio,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios;
d) o valor da penso judicial paga. (Pargrafo acrescido pela Lei n 8.218, de
29/8/1991 e com nova redao dada pela Lei n 8.269, de 16/12/1991)
2 As disposies deste artigo aplicam-se aos pagamentos efetuados a partir
de 1 de dezembro de 1991. (Pargrafo acrescido pela Lei n 8.218, de 29/8/1991 e com
nova redao dada pela Lei n 8.269, de 16/12/1991)
Art. 26. O valor da Gratificao de Natal (13 salrio) a que se referem as Leis
n 4.090, de 13 de julho de 1962, e de n 4.281, de 8 de novembro de 1963, e o art. 10 do
Decreto-Lei n 2.413, de 10 de fevereiro de 1988, ser tributado mesma alquota (art. 25)
a que estiver sujeito o rendimento mensal do contribuinte, antes de sua incluso.
Art. 27. (Revogado pela Lei n 9.250, de 26/12/1995)
Art. 28. (Revogado pela Lei n 8.134, de 27/12/1990)
Art. 29. (Revogado pela Lei n 8.134, de 27/12/1990)
Art. 30. Permanecem em vigor as isenes de que tratam os arts. 3 a 7 do
Decreto-Lei n 1.380, de 23 de dezembro de 1974, e o art. 5 da Lei n 4.506, de 30 de
novembro de 1964.
Art. 31. Ficam sujeitos incidncia do imposto de renda na fonte, calculado de
acordo com o disposto no art. 25 desta Lei, relativamente parcela correspondente s
contribuies cujo nus no tenha sido do beneficirio ou quando os rendimentos e ganhos
de capital produzidos pelo patrimnio da entidade de previdncia no tenham sido
tributados na fonte: (Caput do artigo com redao dada pela Lei n 7.751, de 14/4/1989) I - as importncias pagas ou creditadas a pessoas fsicas, sob a forma de resgate,
peclio ou renda peridica, pelas entidades de previdncia privada;
II - os valores resgatados dos Planos de Poupana e Investimento - PAIT de que
trata o Decreto-Lei n 2.292, de 21 de novembro de 1986.
1 O imposto ser retido por ocasio do pagamento ou crdito, pela entidade
de previdncia privada, no caso do inciso I, e pelo administrador da carteira, fundo ou clube
PAIT, no caso do inciso II.
2 (VETADO).
Art. 32. Ficam sujeitos incidncia do imposto de renda na fonte, alquota de
vinte e cinco por cento:
I - os benefcios lquidos resultantes da amortizao antecipada, mediante
sorteio, dos ttulos de economia denominados capitalizao;
II - os benefcios atribudos aos portadores de ttulos de capitalizao nos lucros
da empresa emitente.
1 A alquota prevista neste artigo ser de quinze por cento em relao aos
prmios pagos aos proprietrios e criadores de cavalos de corrida.
2 O imposto de que trata este artigo ser considerado:
a) antecipao do devido na declarao de rendimentos, quando o beneficirio
for pessoa jurdica tributada com base no lucro real;
b) devido exclusivamente na fonte, nos demais casos, inclusive quando o
beneficirio for pessoa jurdica isenta.
3 (VETADO).
Art. 33. Ressalvado o disposto em normas especiais, no caso de ganho de
capital auferido por residente ou domiciliado no exterior, o imposto ser devido, alquota
de vinte e cinco por cento, no momento da alienao do bem ou direito.
Pargrafo nico. O imposto dever ser pago no prazo de quinze dias contados
da realizao da operao ou por ocasio da remessa, sempre que esta ocorrer antes desse
prazo.
Art. 34. Na inexistncia de outros bens sujeitos a inventrio ou arrolamento, os
valores relativos ao imposto de renda e outros tributos administrados pela Secretaria da
Receita Federal, bem como o resgate de quotas dos fundos fiscais criados pelos Decretos-
Leis ns 157, de 10 de fevereiro de 1967, e 880, de 18 de setembro de 1969, no recebidos
em vida pelos respectivos titulares, podero ser restitudos ao cnjuge, filho e demais
dependentes do contribuinte falecido, inexigvel a apresentao de alvar judicial.
Pargrafo nico. Existindo outros bens sujeitos a inventrio ou arrolamento, a
restituio ao meeiro, herdeiros ou sucessores, far-se- na forma e condies do alvar
expedido pela autoridade judicial para essa finalidade.
Art. 35. O scio quotista, o acionista ou titular da empresa individual ficar
sujeito ao imposto de renda na fonte, alquota de oito por cento, calculado com base no
lucro lquido apurado pelas pessoas jurdicas na data do encerramento do perodo-base.
(Expresso "o acionista" com execuo suspensa pelo Senado Federal, na forma do art.
52, X da Constituio Federal, pela Resoluo n 82, de 18/11/1996)
1 Para efeito da incidncia de que trata este artigo, o lucro lquido do
perodo-base apurado com observncia da legislao comercial, ser ajustado pela:
a) adio do valor das provises no dedutveis na determinao do lucro real,
exceto a proviso para o imposto de renda;
b) adio do valor da reserva de reavaliao, baixado no curso do perodo-base,
que no tenha sido computado no lucro lquido;
c) excluso do valor, corrigido monetariamente, das provises adicionadas, na
forma da alnea a, que tenham sido baixadas no curso do perodo-base, utilizando-se a
variao do BTN Fiscal; (Alnea com redao dada pela Lei n 7.799, de 10/7/1989)
d) compensao de prejuzos contbeis apurados em balano de encerramento
de perodo-base anterior, desde que tenham sido compensados contabilmente, ressalvado do
disposto no 2 deste artigo.
e) excluso do resultado positivo da avaliao de investimentos pelo valor de
patrimnio lquido; (Alnea acrescida pela Lei n 7.959, de 21/12/1989)
f) excluso dos lucros e dividendos derivados de investimentos avaliados pelo
custo de aquisio, que tenham sido computados como receita; (Alnea acrescida pela Lei
n 7.959, de 21/12/1989)
g) adio do resultado negativo da avaliao de investimentos pelo valor de
patrimnio lquido. (Alnea acrescida pela Lei n 7.959, de 21/12/1989)
2 No podero ser compensados os prejuzos:
a) que absorverem lucros ou reservas que no tenham sido tributados na forma
deste artigo;
b) absorvidos na reduo de capital que tenha sido aumentado com os
benefcios do art. 63 do Decreto-Lei n 1.598, de 26 de dezembro de 1977.
3 O disposto nas alneas a e c do 1 no se aplica em relao s provises
admitidas pela Comisso de Valores Mobilirios, Banco Central do Brasil e
Superintendncia de Seguros Privados, quando contribudas por pessoas jurdicas
submetidas orientao normativa dessas entidades.
4 O imposto de que trata este artigo:
a) ser considerado devido exclusivamente na fonte, quando o beneficirio do
lucro for pessoa fsica;
b) (Revogada pela Lei n 7.959, de 21/12/89)
c) poder ser compensado com o imposto incidente na fonte sobre a parcela dos
lucros apurados pelas pessoas jurdicas, que corresponder participao de beneficirio,
pessoa fsica ou jurdica, residente ou domiciliado no exterior.
5 dispensada a reteno na fonte do imposto a que se refere este artigo
sobre a parcela do lucro lquido que corresponder participao de pessoa jurdica imune
ou isenta do imposto de renda. (Pargrafo com redao dada pela Lei n 7.730, de
31/1/1989)
6 O disposto neste artigo se aplica em relao ao lucro lquido apurado nos
perodos-base encerrados a partir da data da vigncia desta Lei.
Art. 36. Os lucros que forem tributados na forma do artigo anterior, quando
distribudos, no estaro sujeitos incidncia do imposto de renda na fonte.
Pargrafo nico. Incide, entretanto, o imposto de renda na fonte:
a) em relao aos lucros que no tenham sido tributados na forma do artigo
anterior;
b) no caso de pagamento, crdito, entrega, emprego ou remessa de lucros,
quando o beneficirio for residente ou domiciliado no exterior.
Art. 37. O imposto a que se refere o art. 36 desta lei ser convertido em nmero
de OTN, pelo valor desta no ms de encerramento do perodo-base e dever ser pago at o
ltimo dia til do quarto ms subseqente ao do encerramento do perodo-base.
Art. 38. O disposto no art. 63 do Decreto-Lei n 1.598, de 26 de dezembro de
1977, somente se aplicar aos lucros e reservas relativos a resultados de perodos-base
encerrados data da vigncia desta Lei.
Art. 39. O disposto no art. 36 desta Lei no se aplicar s sociedades civis de
que trata o art. 1 do Decreto-Lei n 2.397, de 21 de dezembro de 1987.
Art. 40. Fica sujeita ao pagamento do Imposto sobre a Renda alquota de 10%
(dez por cento), a pessoa fsica que auferir ganhos lquidos nas operaes realizadas nas
Bolsas de Valores, de Mercadorias, de Futuros e Assemelhadas, ressalvado o disposto no
inciso II do art. 22 desta Lei. (Caput do artigo com redao dada pela Lei n 7.751, de 14/4/1989)
1 Considera-se ganho lquido o resultado positivo auferido nas operaes ou
contratos liquidados em cada ms, admitida a deduo dos custos e despesas efetivamente
incorridos, necessrios realizao das operaes, e compensao das perdas efetivas
ocorridas no mesmo perodo.
2 O ganho lquido ser constitudo: (Caput do pargrafo com redao dada pela Lei n 7.730, de 31/1/1989)
a) no caso dos mercados vista, pela diferena positiva entre o valor de
transmisso do ativo e o custo de aquisio do mesmo; (Alnea com redao dada pela Lei
n 7.730, de 31/1/1989)
b) no caso do mercado de opes: (Caput da alnea com redao dada pela Lei n 7.730, de 31/1/1989)
1 - nas operaes tendo por objeto a opo, a diferena positiva apurada entre o
valor das posies encerradas ou no exercidas at o vencimento da opo; (Item com
redao dada pela Lei n 7.730, de 31/1/1989)
2 - nas operaes de exerccio, a diferena positiva apurada entre o valor de
venda vista ou o preo mdio vista na data do exerccio e o preo fixado para o
exerccio, ou a diferena positiva entre o preo do exerccio acrescido do prmio e o custo
de aquisio; (Item com redao dada pela Lei n 7.730, de 31/1/1989)
c) no caso dos mercados a termo, a diferena positiva apurada entre o valor da
venda vista ou o preo mdio vista na data da liquidao do contrato a termo e o preo
neste estabelecido;
d) no caso dos mercados futuros, o resultado lquido positivo dos ajustes dirios
apurados no perodo.
3 Se o contribuinte apurar resultado negativo no ms ser admitida a sua
apropriao nos meses subseqentes. (Pargrafo com redao dada pela Lei n 7.730, de
31/1/1989)
4 O imposto dever ser pago at o ltimo dia til da primeira quinzena do
ms subseqente ao da percepo dos rendimentos.
5 (Revogado pela Lei n 8.014, de 6/4/1990)
6 O Poder Executivo poder baixar normas para apurao e demonstrao de
ganhos lquidos, bem como autorizar a compensao de perdas entre dois ou mais mercados
ou modalidades operacionais, previstos neste artigo.
Art. 41. As dedues de despesas, bem como a compensao de perdas
previstas no artigo anterior, sero admitidas exclusivamente para as operaes realizadas
em mercados organizados, geridos ou sob a responsabilidade de instituio credenciada
pelo Poder Executivo e com objetivos semelhantes aos das bolsas de valores, de
mercadorias ou de futuros.
Art. 42. (Revogado pela Lei n 8.134, de 27/12/1990)
Art. 43. Fica sujeito incidncia do Imposto sobre a Renda na fonte, alquota
de 7,5% (sete inteiros e cinco dcimos por cento), o rendimento bruto produzido por
quaisquer aplicaes financeiras.
1 O disposto neste artigo aplica-se, tambm, s operaes de financiamento
realizadas em Bolsas de Valores, de mercadorias, de futuros ou assemelhadas.
2 O disposto neste artigo no se aplica ao rendimento bruto auferido:
a) em aplicaes em fundos de curto prazo, tributados nos termos do Decreto-
lei n 2.458, de 25 de agosto de 1988;
b) em operaes financeiras de curto prazo, assim consideradas as de prazo
inferior a 90 (noventa) dias, que sero tributadas s seguintes alquotas, sobre o rendimento
bruto:
1 - quando a operao se iniciar e encerrar no mesmo dia, 40% (quarenta por
cento);
2 - nas demais operaes, 10% (dez por cento), quando o beneficirio se
identificar e 30% (trinta por cento), quando o beneficirio no se identificar.
3 Nas operaes tendo por objeto Letras Financeiras do Tesouro - LFT ou
ttulos estaduais e municipais a elas equiparados, o Imposto sobre a Renda na fonte ser
calculado alquota de:
a) 40% (quarenta por cento), em se tratando de operao de curto prazo; e
b) 25% (vinte e cinco por cento), quando o prazo da operao for igual ou
superior a 90 (noventa) dias.
4 A base de clculo do Imposto sobre a Renda na fonte sobre as operaes de
que trata o 3 ser constituda pelo rendimento que exceder remunerao calculada com
base na taxa referencial acumulada da Letra Financeira do Tesouro no perodo, divulgada
pelo Banco Central do Brasil.
5 O Imposto sobre a Renda ser retido pela fonte pagadora:
a) em relao aos juros de depsitos em cadernetas de poupana, na data do
crdito ou pagamento;
b) em relao s operaes de financiamento realizadas em bolsas de valores,
de mercadorias, de futuros e assemelhadas, na liquidao;
c) nos demais casos, na data da cesso, liquidao ou resgate, ou nos
pagamentos peridicos de rendimentos.
6 Nas aplicaes em fundos em condomnio, exceto os de curto prazo, ou
clubes de investimento, efetuadas at 31 de dezembro de 1988, o rendimento real ser
determinado tomando-se por base o valor da quota em 1 de janeiro de 1989, facultado
administradora optar pela tributao do rendimento no ato da liquidao ou resgate do ttulo
ou aplicao, em substituio tributao quando do resgate das quotas.
7 A alquota de que trata o caput aplicar-se- aos rendimentos de ttulos,
obrigaes ou aplicaes produzidas a partir do perodo iniciado em 16 de janeiro de 1989,
mesmo quando adquiridos ou efetuadas anteriormente a esta data.
8 As alquotas de que tratam os pargrafos 2 e 3, incidentes sobre
rendimentos auferidos em operaes de curto prazo, so aplicveis s operaes iniciadas a
partir de 13 de fevereiro de 1989. (Artigo com redao dada pela Lei n 7.738, de
9/3/1989)
Art. 44. O imposto de que trata o artigo anterior ser considerado:
I - antecipao do devido na declarao de rendimentos, quando o beneficirio
for pessoa jurdica tributada com base no lucro real;
II - devido exclusivamente na fonte nos demais casos, inclusive quando o
beneficirio for pessoa jurdica isenta, observado o disposto no art. 47 desta lei.
Art. 45. (Revogado pela Lei n 8.134, de 27/12/1990)
Art. 46. (Revogado pela Lei n 7.730, de 31/1/1989)
Art. 47. Fica sujeito incidncia do imposto de renda exclusivamente na fonte,
alquota de trinta por cento, todo rendimento real ou ganho de capital pago a beneficirio
no identificado.
Art. 48. A tributao de que tratam os arts. 7, 8 e 23 no se aplica aos
rendimentos e ganhos de capital tributados na forma dos arts. 41 e 47 desta Lei.
Art. 49. O disposto nesta Lei no se aplica aos rendimentos da atividade
agrcola e pastoril, que sero tributados na forma da legislao especfica.
Art. 50. (VETADO).
Art. 51. A iseno do imposto de renda de que trata o art. 11, item I, da Lei n
7.256, de 27 de novembro de 1984, no se aplica empresa que se encontre nas situaes
previstas no art. 3, itens I a V, da referida Lei, nem s empresas que prestem servios
profissionais de corretor, despachante, ator, empresrio e produtor de espetculos pblicos,
cantor, msico, mdico, dentista, enfermeiro, engenheiro, fsico, qumico, economista,
contador, auditor, estatstico, administrador, programador, analista de sistema, advogado,
psiclogo, professor, jornalista, publicitrio, ou assemelhados, e qualquer outra profisso
cujo exerccio dependa de habilitao profissional legalmente exigida.
Art. 52. A falta ou insuficincia de recolhimento do imposto ou de quota deste,
nos prazos fixados nesta Lei, apresentada ou no a declarao, sujeitar o contribuinte s
multas e acrscimos previstos na legislao do imposto de renda.
Art. 53. Os juros e as multas sero calculados sobre o imposto ou quota,
observado o seguinte:
a) quando expresso em BTN, sero convertidos em cruzados novos pelo valor
do BTN no ms do pagamento;
b) quando expresso em BTN Fiscal, sero convertidos em cruzados novos pelo
valor do BTN Fiscal no dia do pagamento. (Artigo com redao dada pela Lei n 7.799, de
10/7/1989)
Art. 54. Fica o Poder Executivo autorizado a implantar medidas de estmulo
eficincia da atividade fiscal em programas especiais de fiscalizao.
Art. 55. Fica reduzida para um por cento a alquota aplicvel s importncias
pagas ou creditadas, a partir do ms de janeiro de 1989, a pessoas jurdicas, civis ou
mercantis, pela prestao de servios de limpeza, conservao, segurana, vigilncia e por
locao de mo-de-obra de que trata o art. 3 do Decreto-Lei n 2.462, de 30 de agosto de
1988.
Art. 56. (Revogado pela Lei n 9.430, de 27/12/1996)
Art. 57. Esta Lei entra em vigor em 1 de janeiro de 1989.
Art. 58. Revogam-se o art. 50 da Lei n 4.862, de 29 de novembro de 1965, os
arts. 1 a 9 do Decreto-Lei n 1.510, de 27 de dezembro de 1976, os arts. 65 e 66 do
Decreto-Lei n 1.598, de 26 de dezembro de 1977, os arts. 1 a 4 do Decreto-Lei n 1.641,
de 7 de dezembro de 1978, os arts. 12 e 13 do Decreto-Lei n 1.950, de 14 de julho de
1982, os arts. 15 e 100 da Lei n 7.450, de 23 de dezembro de 1985, o art. 18 do Decreto-
Lei n 2.287, de 23 de julho de 1986, o item IV e o pargrafo nico do art. 12 do Decreto-
Lei n 2.292, de 21 de novembro de 1986, o item III do art. 2 do Decreto-Lei n 2.301, de
21 de novembro de 1986, o item III do art. 7 do Decreto-Lei n 2.394, de 21 de dezembro
de 1987, e demais disposies em contrrio.
Braslia, 22 de dezembro de 1988; 167 da Independncia e 100 da Repblica.
JOS SARNEY
Mailson Ferreira da Nbrega