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Lei 9985 2000 - snuc

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  • 1. Joo Alfredo Telles Melo Direito Ambiental FA7

2. Fundamentos e antecedentes: Constituio Federal: Art. 225 - Todos tm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado... 1 - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Pblico: I - preservar e restaurar os processos ecolgicos essenciais e prover o manejo ecolgico das espcies e ecossistemas; II - preservar a diversidade e a integridade do patrimnio gentico do Pas e fiscalizar as entidades dedicadas pesquisa e manipulao de material gentico; III - definir, em todas as unidades da Federao, espaos territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alterao e a supresso permitidas somente atravs de lei, vedada qualquer utilizao que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteo; VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as prticas que coloquem em risco sua funo ecolgica, provoquem a extino de espcies ou submetam os animais a crueldade 3. Fundamentos e antecedentes: Lei 6938/81 - Poltica Nacional de Meio Ambiente: Princpios, art. 2: IV - proteo dos ecossistemas, com a preservao de reas representativas; Instrumentos, art. 9: VI - a criao de espaos territoriais especialmente protegidos pelo Poder Pblico federal, estadual e municipal, tais como reas de proteo ambiental, de relevante interesse ecolgico e reservas extrativistas; (Redao dada pela Lei n 7.804, de 1989) 4. Correntes do mov. ambientalista Em termos cronolgicos, a primeira corrente a da defesa da natureza intocada, o amor aos bosques primrios e aos cursos dgua: o Culto da Vida Silvestre (o mesmo Conservacionismo) (Alier). Socioambientalismo: polticas pblicas ambientais devem envolver as comunidades locais, com conhecimentos tradicionais e prticas sustentveis. Sustentabilidade ambiental, social e cultural, com justia social e eqidade (Juliana Santilli). 5. A Lei n. 9985, de 18.07.2000 Ementa: regulamenta o art. 225, 1o, incisos I, II, III e VII da Constituio Federal, institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservao da Natureza e d outras providncias. Art. 1o . Esta Lei institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservao da Natureza SNUC, estabelece critrios e normas para a criao, implantao e gesto das unidades de conservao. Art. 3 . O Sistema Nacional de Unidades de Conservao da Natureza - SNUC constitudo pelo conjunto das unidades de conservao federais, estaduais e municipais, de acordo com o disposto nesta Lei. 6. Definies (art. 2.) I - unidade de conservao: espao territorial e seus recursos ambientais, incluindo as guas jurisdicionais, com caractersticas naturais relevantes, legalmente institudo pelo Poder Pblico, com objetivos de conservao e limites definidos, sob regime especial de administrao, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteo; II - conservao da natureza: o manejo do uso humano da natureza, compreendendo a preservao, a manuteno, a utilizao sustentvel, a restaurao e a recuperao do ambiente natural, para que possa produzir o maior benefcio, em bases sustentveis, s atuais geraes, mantendo seu potencial de satisfazer as necessidades e aspiraes das geraes futuras, e garantindo a sobrevivncia dos seres vivos em geral; III - diversidade biolgica: a variabilidade de organismos vivos de todas as origens, compreendendo, dentre outros, os ecossistemas terrestres, marinhos e outros ecossistemas aquticos e os complexos ecolgicos de que fazem parte; compreendendo ainda a diversidade dentro de espcies, entre espcies e de ecossistemas; 7. Definies (art. 2.) V - preservao: conjunto de mtodos, procedimentos e polticas que visem a proteo a longo prazo das espcies, habitats e ecossistemas, alm da manuteno dos processos ecolgicos, prevenindo a simplificao dos sistemas naturais; VI - proteo integral: manuteno dos ecossistemas livres de alteraes causadas por interferncia humana, admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais; VIII - manejo: todo e qualquer procedimento que vise assegurar a conservao da diversidade biolgica e dos ecossistemas; 8. Definies (art. 2.) IX - uso indireto: aquele que no envolve consumo, coleta, dano ou destruio dos recursos naturais; X - uso direto: aquele que envolve coleta e uso, comercial ou no, dos recursos naturais; XI - uso sustentvel: explorao do ambiente de maneira a garantir a perenidade dos recursos ambientais renovveis e dos processos ecolgicos, mantendo a biodiversidade e os demais atributos ecolgicos, de forma socialmente justa e economicamente vivel; XII - extrativismo: sistema de explorao baseado na coleta e extrao, de modo sustentvel, de recursos naturais renovveis; 9. Definies (art. 2.) XVI - zoneamento: definio de setores ou zonas em uma unidade de conservao com objetivos de manejo e normas especficos, com o propsito de proporcionar os meios e as condies para que todos os objetivos da unidade possam ser alcanados de forma harmnica e eficaz; XVII - plano de manejo: documento tcnico mediante o qual, com fundamento nos objetivos gerais de uma unidade de conservao, se estabelece o seu zoneamento e as normas que devem presidir o uso da rea e o manejo dos recursos naturais, inclusive a implantao das estruturas fsicas necessrias gesto da unidade; XVIII - zona de amortecimento: o entorno de uma unidade de conservao, onde as atividades humanas esto sujeitas a normas e restries especficas, com o propsito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade; e XIX - corredores ecolgicos: pores de ecossistemas naturais ou seminaturais, ligando unidades de conservao, que possibilitam entre elas o fluxo de genes e o movimento da biota, facilitando a disperso de espcies e a recolonizao de reas degradadas, bem como a manuteno de populaes que demandam para sua sobrevivncia reas com extenso maior do que aquela das unidades individuais. 10. Objetivos (art. 4.) I - contribuir para a manuteno da diversidade biolgica e dos recursos genticos no territrio nacional e nas guas jurisdicionais; II - proteger as espcies ameaadas de extino no mbito regional e nacional; III - contribuir para a preservao e a restaurao da diversidade de ecossistemas naturais; IV - promover o desenvolvimento sustentvel a partir dos recursos naturais; V - promover a utilizao dos princpios e prticas de conservao da natureza no processo de desenvolvimento; VI - proteger paisagens naturais e pouco alteradas de notvel beleza cnica; 11. Objetivos (art. 4.) VII - proteger as caractersticas relevantes de natureza geolgica, geomorfolgica, espeleolgica, arqueolgica, paleontolgica e cultural; VIII - proteger e recuperar recursos hdricos e edficos; IX - recuperar ou restaurar ecossistemas degradados; X - proporcionar meios e incentivos para atividades de pesquisa cientfica, estudos e monitoramento ambiental; XI - valorizar econmica e socialmente a diversidade biolgica; XII - favorecer condies e promover a educao e interpretao ambiental, a recreao em contato com a natureza e o turismo ecolgico; XIII - proteger os recursos naturais necessrios subsistncia de populaes tradicionais, respeitando e valorizando seu conhecimento e sua cultura e promovendo-as social e economicamente. 12. Diretrizes Art. 5o O SNUC ser regido por diretrizes que: I - assegurem que no conjunto das unidades de conservao estejam representadas amostras significativas e ecologicamente viveis das diferentes populaes, habitats e ecossistemas do territrio nacional e das guas jurisdicionais, salvaguardando o patrimnio biolgico existente; II - assegurem os mecanismos e procedimentos necessrios ao envolvimento da sociedade no estabelecimento e na reviso da poltica nacional de unidades de conservao; III - assegurem a participao efetiva das populaes locais na criao, implantao e gesto das unidades de conservao; IV - busquem o apoio e a cooperao de organizaes no- governamentais, de organizaes privadas e pessoas fsicas para o desenvolvimento de estudos, pesquisas cientficas, prticas de educao ambiental, atividades de lazer e de turismo ecolgico, monitoramento, manuteno e outras atividades de gesto das unidades de conservao; 13. Diretrizes V - incentivem as populaes locais e as organizaes privadas a estabelecerem e administrarem unidades de conservao dentro do sistema nacional; VI - assegurem, nos casos possveis, a sustentabilidade econmica das unidades de conservao; VII - permitam o uso das unidades de conservao para a conservao in situ de populaes das variantes genticas selvagens dos animais e plantas domesticados e recursos genticos silvestres; VIII - assegurem que o processo de criao e a gesto das unidades de conservao sejam feitos de forma integrada com as polticas de administrao das terras e guas circundantes, considerando as condies e necessidades sociais e econmicas locais; IX - considerem as condies e necessidades das populaes locais no desenvolvimento e adaptao de mtodos e tcnicas de uso sustentvel dos recursos 14. Diretrizes X - garantam s populaes tradicionais cuja subsistncia dependa da utilizao de recursos naturais existentes no interior das unidades de conservao meios de subsistncia alternativos ou a justa indenizao pelos recursos perdidos; XI - garantam uma alocao adequada dos recursos financeiros necessrios para que, uma vez criadas, as unidades de conservao possam ser geridas de forma eficaz e atender aos seus objetivos; XII - busquem conferir s unidades de conservao, nos casos possveis e respeitadas as convenincias da administrao, autonomia administrativa e financeira; e XIII - busquem proteger grandes reas por meio de um conjunto integrado de unidades de conservao de diferentes categorias, prximas ou contguas, e suas respectivas zonas de amortecimento e corredores ecolgicos, integrando as diferentes atividades de preservao da natureza, uso sustentvel dos recursos naturais e restaurao e recuperao dos ecossistemas. 15. Gesto do SNUC (art. 6.) I rgo consultivo e deliberativo: o Conselho Nacional do Meio Ambiente - Conama, com as atribuies de acompanhar a implementao do Sistema; II - rgo central: o Ministrio do Meio Ambiente, com a finalidade de coordenar o Sistema; e III - rgos executores: o Instituto Chico Mendes e o Ibama, em carter supletivo, os rgos estaduais e municipais, com a funo de implementar o SNUC, subsidiar as propostas de criao e administrar as unidades de conservao federais, estaduais e municipais, nas respectivas esferas de atuao. (Redao dada pela Lei n 11.516, 2007) Pargrafo nico. Podem integrar o SNUC, excepcionalmente e a critrio do Conama, unidades de conservao estaduais e municipais que, concebidas para atender a peculiaridades regionais ou locais, possuam objetivos de manejo que no possam ser satisfatoriamente atendidos por nenhuma categoria prevista nesta Lei e cujas caractersticas permitam, em relao a estas, uma clara distino. 16. CATEGORIAS DE UNIDADES DE CONSERVAO Art. 7. Art. 7o As unidades de conservao integrantes do SNUC dividem-se em dois grupos, com caractersticas especficas: I - Unidades de Proteo Integral; II - Unidades de Uso Sustentvel. 1o O objetivo bsico das Unidades de Proteo Integral preservar a natureza, sendo admitido apenas o uso indireto dos seus recursos naturais, com exceo dos casos previstos nesta Lei. 2o O objetivo bsico das Unidades de Uso Sustentvel compatibilizar a conservao da natureza com o uso sustentvel de parcela dos seus recursos naturais. 17. Unidades de Proteo Integral Art. 8o O grupo das Unidades de Proteo Integral composto pelas seguintes categorias de unidade de conservao: I - Estao Ecolgica (art. 9.); II - Reserva Biolgica (art. 10); III - Parque Nacional (art. 11); IV - Monumento Natural (art. 12); V - Refgio de Vida Silvestre (art. 13). 18. Estao Ecolgica (art. 9.) Art. 9o A Estao Ecolgica tem como objetivo a preservao da natureza e a realizao de pesquisas cientficas. 1o A Estao Ecolgica de posse e domnio pblicos, sendo que as reas particulares includas em seus limites sero desapropriadas, de acordo com o que dispe a lei. 2o proibida a visitao pblica, exceto quando com objetivo educacional, de acordo com o que dispuser o Plano de Manejo da unidade ou regulamento especfico. 3o A pesquisa cientfica depende de autorizao prvia do rgo responsvel pela administrao da unidade e est sujeita s condies e restries por este estabelecidas, bem como quelas previstas em regulamento. 4o Na Estao Ecolgica s podem ser permitidas alteraes dos ecossistemas no caso de: I - medidas que visem a restaurao de ecossistemas modificados; II - manejo de espcies com o fim de preservar a diversidade biolgica; III - coleta de componentes dos ecossistemas com finalidades cientficas; IV - pesquisas cientficas cujo impacto sobre o ambiente seja maior do que aquele causado pela simples observao ou pela coleta controlada de componentes dos ecossistemas, em uma rea correspondente a no mximo trs por cento da extenso total da unidade e at o limite de um mil e quinhentos hectares. 19. Estao Ecolgica de Aiuaba Localizao: A Estao Ecolgica de Aiuaba est situada no Estado do Cear, no Serto dos Inhamuns. Superfcie: 11.525 hectares, Bioma Caatinga Esta unidade foi criada para preservar ambientes naturais representativos do ecossistema de Caatinga, bem como propiciar o desenvolvimento de pesquisas cientficas. Possui clima tropical austral do Brasil setentrional semirido, mediano a muito forte. Situada numa das reas mais secas, a sudoeste do estado, Aiuaba apresenta uma mdia de precipitao em torno de 560 mm anuais, com precipitao mxima oscilando entre 750-1000 mm. A temperatura mdia de 23C. A regio est localizada na bacia sedimentar do meio-norte, nos Planaltos da Ibiapaba. 20. Estao Ecolgica de Aiuaba 21. Reserva Biolgica Art. 10. A Reserva Biolgica tem como objetivo a preservao integral da biota e demais atributos naturais existentes em seus limites, sem interferncia humana direta ou modificaes ambientais, excetuando-se as medidas de recuperao de seus ecossistemas alterados e as aes de manejo necessrias para recuperar e preservar o equilbrio natural, a diversidade biolgica e os processos ecolgicos naturais. 1o A Reserva Biolgica de posse e domnio pblicos, sendo que as reas particulares includas em seus limites sero desapropriadas, de acordo com o que dispe a lei. 2o proibida a visitao pblica, exceto aquela com objetivo educacional, de acordo com regulamento especfico. 3o A pesquisa cientfica depende de autorizao prvia do rgo responsvel pela administrao da unidade e est sujeita s condies e restries por este estabelecidas, bem como quelas previstas em regulamento. 22. Reserva Biolgica Marinha do Atol das Rocas 23. Parque Nacional (art. 11) Art. 11. O Parque Nacional tem como objetivo bsico a preservao de ecossistemas naturais de grande relevncia ecolgica e beleza cnica, possibilitando a realizao de pesquisas cientficas e o desenvolvimento de atividades de educao e interpretao ambiental, de recreao em contato com a natureza e de turismo ecolgico. 1o O Parque Nacional de posse e domnio pblicos, sendo que as reas particulares includas em seus limites sero desapropriadas, de acordo com o que dispe a lei. 2o A visitao pblica est sujeita s normas e restries estabelecidas no Plano de Manejo da unidade, s normas estabelecidas pelo rgo responsvel por sua administrao, e quelas previstas em regulamento. 3o A pesquisa cientfica depende de autorizao prvia do rgo responsvel pela administrao da unidade e est sujeita s condies e restries por este estabelecidas, bem como quelas previstas em regulamento. 4o As unidades dessa categoria, quando criadas pelo Estado ou Municpio, sero denominadas, respectivamente, Parque Estadual e Parque Natural Municipal. 24. Parque Nacional de Ubajara O PARQUE NACIONAL DE UBAJARA, possui 563 hectares, considerado o menor do Brasil, mas de uma beleza exuberante de encher os olhos de quem o visita. Uma das riquezas do lugar a Gruta de Ubajara, conhecida desde o incio do sculo XVIII, quando os portugueses realizaram expedies na regio em busca de minrios, especialmente prata. Hoje, intensamente visitada por turistas brasileiros e estrangeiros, a gruta tem 1.120m de extenso, dos quais 420m esto abertos ao pblico com o acompanhamento de guias da COOPTUR Cooperativa de Trabalho, Assistncia ao Turismo e Prestao de Servios. O horrio para visitao ao parque das 8:00 s 17:00. A gruta de Ubajara possui galerias e salas com formaes de estalactites e estalagmites, como a Pedra do Sino, a Sala das Rosas, sala dos Retratos e a Sala das Maravilhas. Alm da Gruta de Ubajara, o Parque conta tambm com outras grutas como a Gruta do Morcego Branco, a Gruta de Cima, a Gruta do Urso Fssil e a Gruta do Pendurado, que esto atualmente fechadas para visitao. 25. Parque Nacional de Ubajara 26. Parque Natural Municipal das Dunas de Sabiaguaba 27. Monumento Natural Art. 12. O Monumento Natural tem como objetivo bsico preservar stios naturais raros, singulares ou de grande beleza cnica. 1o O Monumento Natural pode ser constitudo por reas particulares, desde que seja possvel compatibilizar os objetivos da unidade com a utilizao da terra e dos recursos naturais do local pelos proprietrios. 2o Havendo incompatibilidade entre os objetivos da rea e as atividades privadas ou no havendo aquiescncia do proprietrio s condies propostas pelo rgo responsvel pela administrao da unidade para a coexistncia do Monumento Natural com o uso da propriedade, a rea deve ser desapropriada, de acordo com o que dispe a lei. 3o A visitao pblica est sujeita s condies e restries estabelecidas no Plano de Manejo da unidade, s normas estabelecidas pelo rgo responsvel por sua administrao e quelas previstas em regulamento. 28. Monumento Natural das Falsias de Beberibe 29. Refgio da Vida Silvestre Art. 13. O Refgio de Vida Silvestre tem como objetivo proteger ambientes naturais onde se asseguram condies para a existncia ou reproduo de espcies ou comunidades da flora local e da fauna residente ou migratria. 1o O Refgio de Vida Silvestre pode ser constitudo por reas particulares, desde que seja possvel compatibilizar os objetivos da unidade com a utilizao da terra e dos recursos naturais do local pelos proprietrios. 2o Havendo incompatibilidade entre os objetivos da rea e as atividades privadas ou no havendo aquiescncia do proprietrio s condies propostas pelo rgo responsvel pela administrao da unidade para a coexistncia do Refgio de Vida Silvestre com o uso da propriedade, a rea deve ser desapropriada, de acordo com o que dispe a lei. 3o A visitao pblica est sujeita s normas e restries estabelecidas no Plano de Manejo da unidade, s normas estabelecidas pelo rgo responsvel por sua administrao, e quelas previstas em regulamento. 4o A pesquisa cientfica depende de autorizao prvia do rgo responsvel pela administrao da unidade e est sujeita s condies e restries por este estabelecidas, bem como quelas previstas em regulamento. 30. Refgio da Vida Silvestre da Ilha dos Lobos 31. Unidades de Uso Sustentvel Art. 14. Constituem o Grupo das Unidades de Uso Sustentvel as seguintes categorias de unidade de conservao: I - rea de Proteo Ambiental (art. 15); II - rea de Relevante Interesse Ecolgico (art. 16); III - Floresta Nacional (art. 17); IV - Reserva Extrativista (art. 18); V - Reserva de Fauna (art. 19); VI Reserva de Desenvolvimento Sustentvel (art. 20); e VII - Reserva Particular do Patrimnio Natural (art.21) . 32. rea de Proteo Ambiental (APA) Art. 15. A rea de Proteo Ambiental uma rea em geral extensa, com um certo grau de ocupao humana, dotada de atributos abiticos, biticos, estticos ou culturais especialmente importantes para a qualidade de vida e o bem-estar das populaes humanas, e tem como objetivos bsicos proteger a diversidade biolgica, disciplinar o processo de ocupao e assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais.(Regulamento) 1o A rea de Proteo Ambiental constituda por terras pblicas ou privadas. 2o Respeitados os limites constitucionais, podem ser estabelecidas normas e restries para a utilizao de uma propriedade privada localizada em uma rea de Proteo Ambiental. 3o As condies para a realizao de pesquisa cientfica e visitao pblica nas reas sob domnio pblico sero estabelecidas pelo rgo gestor da unidade. 4o Nas reas sob propriedade privada, cabe ao proprietrio estabelecer as condies para pesquisa e visitao pelo pblico, observadas as exigncias e restries legais. 5o A rea de Proteo Ambiental dispor de um Conselho presidido pelo rgo responsvel por sua administrao e constitudo por representantes dos rgos pblicos, de organizaes da sociedade civil e da populao residente, conforme se dispuser no regulamento desta Lei. 33. APA da Serra de Baturit A rea de Proteo Ambiental da Serra de Baturit conta com 32.690 hectares de superfcie e foi criada atravs do Decreto Estadual n 20.956, de 18 de Setembro de 1990. Localizada no Norte do Estado, na regio serrana do Macio de Baturit, a 104 Km de Fortaleza. O ecossistema considerado de "Serra mida". Imerso na quase absoluta semi-aridez do Cear, O Macio de Baturit um Ecossistema Paradisaco onde se encontra um dos poucos vestgios de Mata Atlntica ainda existente no interior do nordeste. O nome Baturit significa "serra verdadeira" no idioma dos tupis, habitantes originais da regio. Possui um clima muito particular, j que nos encontramos numa regio semi-rida. As temperaturas mximas podem alcanar at 37 entanto as mnimas podem chegar aos 17 no perodo entre Junho e Agosto registrando una mdia mnima de 22. Outro ponto interessante que a temperatura pode variar at 15 no mesmo dia. No ms de Dezembro comeam as chuvas at o ms de Maro. 34. APA da Serra de Baturit 35. rea de Relevante Interesse Ecolgico - ARIE Art. 16. A rea de Relevante Interesse Ecolgico uma rea em geral de pequena extenso, com pouca ou nenhuma ocupao humana, com caractersticas naturais extraordinrias ou que abriga exemplares raros da biota regional, e tem como objetivo manter os ecossistemas naturais de importncia regional ou local e regular o uso admissvel dessas reas, de modo a compatibiliz-lo com os objetivos de conservao da natureza. 1o A rea de Relevante Interesse Ecolgico constituda por terras pblicas ou privadas. 2o Respeitados os limites constitucionais, podem ser estabelecidas normas e restries para a utilizao de uma propriedade privada localizada em uma rea de Relevante Interesse Ecolgico. 36. ARIE das Dunas do Coc LEI N 9502, de 07 de outubro de 2009 Art. 1 - Fica criada, por esta Lei, com fundamento nos arts. 16, 22 e as demais disposies da Lei Federal n 9.985, de 18 de julho de 2000, que institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservao (SNUC), bem ainda na Resoluo n 12, de 14 de setembro de 1989, do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), a rea de Relevante Interesse Ecolgico (ARIE) Dunas do Coc, situada no bairro do Coc, a leste de Fortaleza, com a finalidade de manter o ecossistema e o geossistema de importncia local que ali ocorrem, bem como regular o uso admissvel dessa rea, de modo a compatibiliz-lo com os objetivos de conservao da natureza e com os objetivos especiais de: I - conservar o sistema natural existente no bairro do Coc, caracterizado pela ocorrncia de dunas fixas, vegetao fixadora de areias e reas alagadas associadas (lagoa interdunar e olhos d`gua), visando manuteno do equilbrio hidrolgico e climtico de nossa cidade, especialmente do seu segmento leste; 37. ARIE da Dunas do Coc III - garantir a existncia do campo de dunas fixas do Coc como elemento de preservao e manuteno da riqueza do sistema fluvial adjacente - o rio Coc, situado no Parque Ecolgico do Coc, do qual representa rea de transio e tamponamento em relao aos impactos impostos pela completa urbanizao do seu entorno; IV - mitigar o processo de desmatamento descontrolado que fez com que a cidade, em menos de 30 (trinta) anos, tenha perdido quase 60% (sessenta por cento) de sua cobertura vegetal, com impactos tanto sobre o clima urbano, com a formao de ilhas de calor e aumento das temperaturas mdias diurnas, quanto sobre a qualidade de vida da populao; V - prover a populao de Fortaleza de um espao de rea verde para o lazer, a contemplao e o contato com a natureza. 38. ARIE das dunas do Coc 39. Floresta Nacional (FLONA) Art. 17. A Floresta Nacional uma rea com cobertura florestal de espcies predominantemente nativas e tem como objetivo bsico o uso mltiplo sustentvel dos recursos florestais e a pesquisa cientfica, com nfase em mtodos para explorao sustentvel de florestas nativas.(Regulamento) 1o A Floresta Nacional de posse e domnio pblicos, sendo que as reas particulares includas em seus limites devem ser desapropriadas de acordo com o que dispe a lei. 2o Nas Florestas Nacionais admitida a permanncia de populaes tradicionais que a habitam quando de sua criao, em conformidade com o disposto em regulamento e no Plano de Manejo da unidade. 3o A visitao pblica permitida, condicionada s normas estabelecidas para o manejo da unidade pelo rgo responsvel por sua administrao. 4o A pesquisa permitida e incentivada, sujeitando-se prvia autorizao do rgo responsvel pela administrao da unidade, s condies e restries por este estabelecidas e quelas previstas em regulamento. 5o A Floresta Nacional dispor de um Conselho Consultivo, presidido pelo rgo responsvel por sua administrao e constitudo por representantes de rgos pblicos, de organizaes da sociedade civil e, quando for o caso, das populaes tradicionais residentes. 6o A unidade desta categoria, quando criada pelo Estado ou Municpio, ser denominada, respectivamente, Floresta Estadual e Floresta Municipal. 40. FLONA do Araripe 41. Reserva Extrativista (Resex) Art. 18. A Reserva Extrativista uma rea utilizada por populaes extrativistas tradicionais, cuja subsistncia baseia-se no extrativismo e, complementarmente, na agricultura de subsistncia e na criao de animais de pequeno porte, e tem como objetivos bsicos proteger os meios de vida e a cultura dessas populaes, e assegurar o uso sustentvel dos recursos naturais da unidade.(Regulamento) 1o A Reserva Extrativista de domnio pblico, com uso concedido s populaes extrativistas tradicionais conforme o disposto no art. 23 desta Lei e em regulamentao especfica, sendo que as reas particulares includas em seus limites devem ser desapropriadas, de acordo com o que dispe a lei. 2o A Reserva Extrativista ser gerida por um Conselho Deliberativo, presidido pelo rgo responsvel por sua administrao e constitudo por representantes de rgos pblicos, de organizaes da sociedade civil e das populaes tradicionais residentes na rea, conforme se dispuser em regulamento e no ato de criao da unidade. 3o A visitao pblica permitida, desde que compatvel com os interesses locais e de acordo com o disposto no Plano de Manejo da rea. 4o A pesquisa cientfica permitida e incentivada, sujeitando-se prvia autorizao do rgo responsvel pela administrao da unidade, s condies e restries por este estabelecidas e s normas previstas em regulamento. 42. RESEX da Prainha do Canto Verde 43. Reserva de Fauna Art. 19. A Reserva de Fauna uma rea natural com populaes animais de espcies nativas, terrestres ou aquticas, residentes ou migratrias, adequadas para estudos tcnico-cientficos sobre o manejo econmico sustentvel de recursos faunsticos. 1o A Reserva de Fauna de posse e domnio pblicos, sendo que as reas particulares includas em seus limites devem ser desapropriadas de acordo com o que dispe a lei. 2o A visitao pblica pode ser permitida, desde que compatvel com o manejo da unidade e de acordo com as normas estabelecidas pelo rgo responsvel por sua administrao. 3o proibido o exerccio da caa amadorstica ou profissional. 4o A comercializao dos produtos e subprodutos resultantes das pesquisas obedecer ao disposto nas leis sobre fauna e regulamentos 44. Reserva de Desenvolvimento Sustentvel Art. 20. A Reserva de Desenvolvimento Sustentvel uma rea natural que abriga populaes tradicionais, cuja existncia baseia-se em sistemas sustentveis de explorao dos recursos naturais, desenvolvidos ao longo de geraes e adaptados s condies ecolgicas locais e que desempenham um papel fundamental na proteo da natureza e na manuteno da diversidade biolgica.(Regulamento) 1o A Reserva de Desenvolvimento Sustentvel tem como objetivo bsico preservar a natureza e, ao mesmo tempo, assegurar as condies e os meios necessrios para a reproduo e a melhoria dos modos e da qualidade de vida e explorao dos recursos naturais das populaes tradicionais, bem como valorizar, conservar e aperfeioar o conhecimento e as tcnicas de manejo do ambiente, desenvolvido por estas populaes. 2o A Reserva de Desenvolvimento Sustentvel de domnio pblico, sendo que as reas particulares includas em seus limites devem ser, quando necessrio, desapropriadas, de acordo com o que dispe a lei. 3o O uso das reas ocupadas pelas populaes tradicionais ser regulado de acordo com o disposto no art. 23 desta Lei e em regulamentao especfica. 4o A Reserva de Desenvolvimento Sustentvel ser gerida por um Conselho Deliberativo, presidido pelo rgo responsvel por sua administrao e constitudo por representantes de rgos pblicos, de organizaes da sociedade civil e das populaes tradicionais residentes na rea, conforme se dispuser em regulamento e no ato de criao da unidade. 45. Reserva de Desenvolvimento Sustentvel 5o As atividades desenvolvidas na Reserva de Desenvolvimento Sustentvel obedecero s seguintes condies: I - permitida e incentivada a visitao pblica, desde que compatvel com os interesses locais e de acordo com o disposto no Plano de Manejo da rea; II - permitida e incentivada a pesquisa cientfica voltada conservao da natureza, melhor relao das populaes residentes com seu meio e educao ambiental, sujeitando-se prvia autorizao do rgo responsvel pela administrao da unidade, s condies e restries por este estabelecidas e s normas previstas em regulamento; III - deve ser sempre considerado o equilbrio dinmico entre o tamanho da populao e a conservao; e IV - admitida a explorao de componentes dos ecossistemas naturais em regime de manejo sustentvel e a substituio da cobertura vegetal por espcies cultivveis, desde que sujeitas ao zoneamento, s limitaes legais e ao Plano de Manejo da rea. 6o O Plano de Manejo da Reserva de Desenvolvimento Sustentvel definir as zonas de proteo integral, de uso sustentvel e de amortecimento e corredores ecolgicos, e ser aprovado pelo Conselho Deliberativo da unidade. 46. Reserva de Desenvolvimento Sustentvel de Mamirau 47. Reserva Particular do Patrimnio Natural - RPPN Art. 21. A Reserva Particular do Patrimnio Natural uma rea privada, gravada com perpetuidade, com o objetivo de conservar a diversidade biolgica. (Regulamento) 1o O gravame de que trata este artigo constar de termo de compromisso assinado perante o rgo ambiental, que verificar a existncia de interesse pblico, e ser averbado margem da inscrio no Registro Pblico de Imveis. 2o S poder ser permitida, na Reserva Particular do Patrimnio Natural, conforme se dispuser em regulamento: I - a pesquisa cientfica; II - a visitao com objetivos tursticos, recreativos e educacionais; III - (VETADO) 3o Os rgos integrantes do SNUC, sempre que possvel e oportuno, prestaro orientao tcnica e cientfica ao proprietrio de Reserva Particular do Patrimnio Natural para a elaborao de um Plano de Manejo ou de Proteo e de Gesto da unidade. 48. RPPN na Caatinga Fazenda No me Deixes - Quixad 49. CRIAO, IMPLANTAO E GESTO Art. 22. As unidades de conservao so criadas por ato do Poder Pblico.(Regulamento) 1o (VETADO) 2o A criao de uma unidade de conservao deve ser precedida de estudos tcnicos e de consulta pblica que permitam identificar a localizao, a dimenso e os limites mais adequados para a unidade, conforme se dispuser em regulamento. 3o No processo de consulta de que trata o 2o, o Poder Pblico obrigado a fornecer informaes adequadas e inteligveis populao local e a outras partes interessadas. 4o Na criao de Estao Ecolgica ou Reserva Biolgica no obrigatria a consulta de que trata o 2o deste artigo. 50. CRIAO, IMPLANTAO E GESTO 5o As unidades de conservao do grupo de Uso Sustentvel podem ser transformadas total ou parcialmente em unidades do grupo de Proteo Integral, por instrumento normativo do mesmo nvel hierrquico do que criou a unidade, desde que obedecidos os procedimentos de consulta estabelecidos no 2o deste artigo. 6o A ampliao dos limites de uma unidade de conservao, sem modificao dos seus limites originais, exceto pelo acrscimo proposto, pode ser feita por instrumento normativo do mesmo nvel hierrquico do que criou a unidade, desde que obedecidos os procedimentos de consulta estabelecidos no 2o deste artigo. 7o A desafetao ou reduo dos limites de uma unidade de conservao s pode ser feita mediante lei especfica. 51. Plano de Manejo Art. 27. As unidades de conservao devem dispor de um Plano de Manejo. (Regulamento) 1o O Plano de Manejo deve abranger a rea da unidade de conservao, sua zona de amortecimento e os corredores ecolgicos, incluindo medidas com o fim de promover sua integrao vida econmica e social das comunidades vizinhas. 2o Na elaborao, atualizao e implementao do Plano de Manejo das Reservas Extrativistas, das Reservas de Desenvolvimento Sustentvel, das reas de Proteo Ambiental e, quando couber, das Florestas Nacionais e das reas de Relevante Interesse Ecolgico, ser assegurada a ampla participao da populao residente. 3o O Plano de Manejo de uma unidade de conservao deve ser elaborado no prazo de cinco anos a partir da data de sua criao. 52. Plano de Manejo Art. 28. So proibidas, nas unidades de conservao, quaisquer alteraes, atividades ou modalidades de utilizao em desacordo com os seus objetivos, o seu Plano de Manejo e seus regulamentos. Pargrafo nico. At que seja elaborado o Plano de Manejo, todas as atividades e obras desenvolvidas nas unidades de conservao de proteo integral devem se limitar quelas destinadas a garantir a integridade dos recursos que a unidade objetiva proteger, assegurando-se s populaes tradicionais porventura residentes na rea as condies e os meios necessrios para a satisfao de suas necessidades materiais, sociais e culturais. 53. Gesto Art. 29. Cada unidade de conservao do grupo de Proteo Integral dispor de um Conselho Consultivo, presidido pelo rgo responsvel por sua administrao e constitudo por representantes de rgos pblicos, de organizaes da sociedade civil, por proprietrios de terras localizadas em Refgio de Vida Silvestre ou Monumento Natural, quando for o caso, e, na hiptese prevista no 2o do art. 42, das populaes tradicionais residentes, conforme se dispuser em regulamento e no ato de criao da unidade.(Regulamento) Art. 30. As unidades de conservao podem ser geridas por organizaes da sociedade civil de interesse pblico com objetivos afins aos da unidade, mediante instrumento a ser firmado com o rgo responsvel por sua gesto.(Regulamento) 54. Populaes tradicionais Art. 42. As populaes tradicionais residentes em unidades de conservao nas quais sua permanncia no seja permitida sero indenizadas ou compensadas pelas benfeitorias existentes e devidamente realocadas pelo Poder Pblico, em local e condies acordados entre as partes.(Regulamento) 1o O Poder Pblico, por meio do rgo competente, priorizar o reassentamento das populaes tradicionais a serem realocadas. 2o At que seja possvel efetuar o reassentamento de que trata este artigo, sero estabelecidas normas e aes especficas destinadas a compatibilizar a presena das populaes tradicionais residentes com os objetivos da unidade, sem prejuzo dos modos de vida, das fontes de subsistncia e dos locais de moradia destas populaes, assegurando-se a sua participao na elaborao das referidas normas e aes. 55. Licenc. Ambiental e UCs Art. 36. Nos casos de licenciamento ambiental de empreendimentos de significativo impacto ambiental, assim considerado pelo rgo ambiental competente, com fundamento em estudo de impacto ambiental e respectivo relatrio - EIA/RIMA, o empreendedor obrigado a apoiar a implantao e manuteno de unidade de conservao do Grupo de Proteo Integral, de acordo com o disposto neste artigo e no regulamento desta Lei.(Regulamento) 56. Regularizao das UCs Art. 55. As unidades de conservao e reas protegidas criadas com base nas legislaes anteriores e que no pertenam s categorias previstas nesta Lei sero reavaliadas, no todo ou em parte, no prazo de at dois anos, com o objetivo de definir sua destinao com base na categoria e funo para as quais foram criadas, conforme o disposto no regulamento desta Lei. (Regulamento)