Lei de Acessoa a Infor

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    TEORIA E EXERCCIOS PROFESSOR: ANDERSON LUIZ

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    Aula 05

    Assunto:

    Lei do Acesso a Informao (Lei n 12.527/11).

    1. Introduo

    O acesso informao pblica o direito que qualquer pessoa tem de solicitar informaes produzidas ou guardadas por rgos e entidades pblicas. Por conseguinte, dever do Estado assegurar esse direito (Art. 5).

    Importante:

    O Estado deve garantir o direito de acesso informao, que ser franqueada, por meio de procedimentos objetivos e geis, de forma transparente, clara e em linguagem de fcil compreenso.

    Isso porque a Constituio Federal de 1988 garante o direito de acesso s informaes de interesse coletivo ou geral, ou de interesse particular dos indivduos, desde que isto no provoque riscos sociedade ou ao Estado.

    CF, Art. 5, XXXIII:

    Todos tm direito a receber dos rgos pblicos informaes de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que sero prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindvel segurana da sociedade e do Estado.

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    CF, Art. 37, 3, II:

    A lei disciplinar as formas de participao do usurio na administrao pblica direta e indireta, regulando especialmente:

    (...)

    II - o acesso dos usurios a registros administrativos e a informaes sobre atos de governo, observado o disposto no art. 5, X e XXXIII.

    CF, Art. 216, 2:

    Cabem administrao pblica, na forma da lei, a gesto da documentao governamental e as providncias para franquear sua consulta a quantos dela necessitem.

    Ento, a fim de regulamentar esse direito, foi publicada a Lei n 12.527/11, a chamada "Lei de Acesso Informao (LAI)". Essa Lei dispe sobre os procedimentos a serem observados pela Unio, Estados, Distrito Federal e Municpios, com o fim de garantir o acesso a informaes previsto na Constituio Federal (Art. 1).

    O acesso informao reconhecido internacionalmente como um direito universal e um princpio fundamental para a democracia. Com efeito, ao utilizar as informaes pblicas de maneira eficiente, o cidado amplia suas possibilidades de participar do debate pblico e da gesto do Estado.

    O cidado pode, por exemplo, verificar onde e como est sendo aplicado o dinheiro dos seus impostos, podendo ajudar a decidir os gastos futuros, colaborando com o oramento participativo, e at detectando m aplicao e desvios.

    A regulamentao do acesso informao significa o fortalecimento do controle social, que uma importante ferramenta para o combate corrupo e m gesto.

    Importante:

    O acesso informao um direito universal e um princpio fundamental para a democracia.

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    O Brasil, portanto, tem acompanhado essa tendncia mundial desde a promulgao da Constituio Federal de 1988, que assegurou o direito de acesso informao e, posteriormente, com a adoo de diversas iniciativas que culminaram na LAI.

    Importante:

    Embora a Constituio Federal garantisse o direito de acesso a informaes pblicas desde 1988, faltava no Brasil uma lei que regulamentasse esse direito, definindo procedimentos a serem observados tanto pela Administrao Pblica, quanto pela sociedade, para a entrega das informaes. Para preencher essa lacuna, foi publicada a Lei n 12.527/2011, a Lei de Acesso Informao.

    Antes da LAI, apesar dos significativos avanos na rea de transparncia pblica, a legislao existente regulamentava o sigilo das informaes pblicas, e no o acesso a elas. Isso contribuiu para a prevalncia da cultura de sigilo no setor pblico.

    Importante:

    Antes da LAI, a legislao existente regulamentava o sigilo das informaes pblicas, e no o acesso a elas.

    Tendo em vista que o acesso da sociedade era percebido como algo distante da realidade da administrao pblica, o indivduo que desejasse ter acesso a uma informao ou documento pblico normalmente tinha um canal adequado para realizar sua solicitao. Ademais, frequentemente, os agentes pblicos entendiam que a informao era de sua propriedade, ou do seu rgo, do seu setor de trabalho.

    2. Cultura da Transparncia

    A LAI visa a modificar esse cenrio no mbito da administrao pblica, porquanto preciso passar da cultura do sigilo para a cultura da transparncia. Nesse sentido, a prpria LAI define o incentivo

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    cultura de transparncia na administrao pblica como uma de suas diretrizes.

    Importante:

    A LAI define o incentivo cultura de transparncia na administrao pblica como uma de suas diretrizes.

    Normalmente, essa mudana de cultura um processo longo, que alm da reestruturao fsica das entidades e do redesenho dos processos e rotinas, exige que cada agente pblico compreenda a importncia da transparncia para a sociedade da qual ele faz parte e passe a adot-la em seu dia a dia.

    Assim, o agente pblico no s deve compreender e seguir a Lei de Acesso Informao, mas tambm divulg-la em seu ambiente de trabalho.

    Em suma, a entrada em vigor da LIA representa uma mudana de paradigma: em regra, as informaes produzidas pela administrao pblica so pblicas, podendo ser acessadas por qualquer pessoa.

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    Regra Exceo

    Publicidade Sigilo

    Importante:

    A partir da entrada em vigor da LIA, em regra, a administrao pblica dever disponibilizar as informaes pblicas para a sociedade, com agilidade, de forma transparente, clara e em linguagem de fcil compreenso.

    Afinal, garantir o direito de acesso da sociedade s informaes pblicas traz benefcios tanto para o Estado quanto para a sociedade, tais como:

    Preveno da corrupo;

    Aperfeioamento da gesto pblica;

    Controle social;

    Incluso social;

    Melhoria do processo decisrio governamental; e

    Melhoria do processo eleitoral.

    3. Abrangncia da Lei de Acesso Informao

    A LAI abrange toda a administrao pblica, ou seja, todos os rgos e entidades dos Poderes Executivo, Legislativo e Judicirio, da Unio, dos Estados, do DF e dos Municpios, bem como todos os Tribunais de Contas e o Ministrio Pblico (Art. 1, pargrafo nico).

    Alm disso, as entidades privadas sem fins lucrativos esto subordinadas Lei de Acesso no caso de receberem recursos pblicos (Art. 2):

    Diretamente do oramento, ou

    Indiretamente mediante convnio, acordo, termo de parceria, subveno social, contrato de gesto, ajuste ou outros instrumentos.

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    Ressalta-se que a publicidade a que esto submetidas essas entidades privadas sem fins lucrativos que recebem recursos pblicos refere-se parcela dos recursos pblicos recebidos e sua destinao, alm das prestaes de contas a que estejam legalmente obrigadas (Art. 2, pargrafo nico).

    Importante:

    Abrangncia da LAI:

    Poderes Executivo, Legislativo e Judicirio, da U/E/DF/M;

    Tribunais de Contas;

    Entidades privadas sem fins lucrativos que recebem recursos pblicos (referente aos recursos pblicos recebidos e sua destinao, alm das prestaes de contas devidas).

    4. Diretrizes para Aplicao da LAI

    A LAI define que, para assegurar o direito fundamental de acesso informao, os seus procedimentos devem ser executados de acordo com as seguintes diretrizes (Art. 3):

    Observncia da publicidade como preceito geral e do sigilo como exceo;

    Divulgao de informaes de interesse pblico, independentemente de solicitaes;

    Utilizao de meios de comunicao viabilizados pela tecnologia da informao;

    Fomento ao desenvolvimento da cultura de transparncia na administrao pblica;

    Desenvolvimento do controle social da administrao pblica.

    Notem que o desenvolvimento do controle social uma das diretrizes da LIA. Da mesma forma que fundamental desenvolver a cultura da transparncia no mbito da Administrao Pblica, tambm importante que a sociedade tome conhecimento do seu

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    direito de acesso informao e saiba como us-lo para acompanhar as aes governamentais.

    Com efeito, para que o cidado use a informao a que tem acesso, necessrio que ela seja entendida por todos. Por isso, os rgos e entidades pblicas devem aprimorar sua comunicao com a sociedade e divulgar as informaes em uma linguagem acessvel.

    Assim, as informaes devem ser disponibilizadas com linguagem simplificada e em formato de fcil compreenso, como ocorre, por exemplo, no Portal da Transparncia do Governo Federal, que disponibiliza os gastos de recursos federais em forma de grficos que facilitam a compreenso.

    Importante:

    O desenvolvimento do controle social uma das diretrizes da LIA, assim como o fomento ao desenvolvimento da cultura da transparncia no mbito da Administrao Pblica.

    Por isso, os rgos e entidades pblicas devem aprimorar sua comunicao com a sociedade e divulgar as informaes em uma linguagem acessvel.

    Assim, as informaes devem ser disponibilizadas com linguagem simplificada e em formato de fcil compreenso, como ocorre, por exemplo, no Portal da Transparncia do Governo Federal, que disponibiliza os gastos de recursos federais em forma de grficos que facilitam a compreenso.

    Notem ainda que esta outra diretriz da LAI: a publicidade das informaes pblicas passa a ser a regra, enquanto que o sigilo ser apenas a exceo.

    Devido a esse novo preceito, garantido o amplo acesso s informaes pblicas. Nos termos da Lei, qualquer interessado poder apresentar pedido de acesso a informaes pblicas, sem precisar explicar os motivos da sua solicitao (Art. 10).

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    Importante:

    Qualquer interessado poder apresentar pedido de acesso a informaes pblicas, sem precisar explicar os motivos da sua solicitao.

    Para que o direito de acesso a informaes pblicas seja respeitado, dever dos rgos e entidades do poder pblico assegurar (Art. 6):

    A gesto transparente da informao, possibilitando amplo acesso a ela e sua divulgao;

    A proteo da informao, garantindo a sua Disponibilidade, Integridade e Autenticidade; e

    A proteo da informao sigilosa e da informao pessoal, observada tambm a sua Disponibilidade, Integridade e Autenticidade, e eventual restrio de acesso.

    A LAI cita exemplos de informaes s quais qualquer pessoa poder ter acesso (Art. 7):

    Sobre a prpria Lei: Orientao sobre os procedimentos de solicitao de acesso, local onde pode ser encontrada a informao desejada ou como ela poder ser obtida.

    Atividades: Informao sobre atividades exercidas pelos rgos e entidades, inclusive sobre sua poltica, organizao e servios.

    Documentos: Informao contida em registros ou documentos produzidos ou guardados nos rgos e entidades.

    Decorrentes de vnculo com a administrao: Informaes produzidas ou sob a guarda de pessoa fsica ou entidade privada, em decorrncia de qualquer vnculo com a administrao, mesmo depois do seu trmino.

    Auditorias: Resultados de inspees, auditorias, prestaes e tomadas de contas realizadas pelos rgos de controle interno e externo.

    Programas, projetos e aes: Informaes sobre a implementao, acompanhamento e resultados dos programas, projetos e aes dos rgos e entidades, inclusive suas metas e indicadores.

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    Patrimnio Pblico: Informaes sobre a administrao do patrimnio pblico, utilizao de recursos pblicos, licitaes e contratos administrativos.

    Importante:

    Quando no for autorizado acesso integral informao por ser ela parcialmente sigilosa, assegurado o acesso parte no sigilosa por meio de certido, extrato ou cpia com ocultao da parte sob sigilo (Art. 7, 2).

    J sabemos que a LAI estabelece que de que a publicidade a regra e o sigilo somente a exceo. Para que esse novo preceito institudo pela LAI seja cumprido, ha dois modos de os governos permitirem o acesso s informaes pblicas. So eles:

    Transparncia ativa: a divulgao de informaes sociedade por iniciativa do prprio setor pblico, que se antecipa e torna pblicas as informaes, principalmente pela Internet.

    Transparncia passiva: a divulgao de informaes pblicas em atendimento s solicitaes da sociedade.

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    5. Transparncia Ativa

    No contexto da transparncia ativa, a LAI definiu como um dever dos rgos e entidades pblicas publicar na internet as informaes pblicas de interesse coletivo ou geral. Ademais, definiu um rol mnimo de informaes que devem estar publicadas nos stios dos rgos/entidades na internet (Art. 8):

    Estrutura organizacional e competncias dos rgos, alm dos endereos e telefones de suas unidades e horrios de atendimento ao pblico;

    Despesas, repasses e transferncias de recursos financeiros.

    Procedimentos licitatrios e contratos celebrados.

    Dados gerais que permitam acompanhar programas, aes, projetos e obras.

    Respostas a perguntas mais frequentes da sociedade.

    6. Transparncia Passiva

    Para garantir o acesso a outras informaes no mencionadas na lista acima, a administrao pblica tem a obrigao de fornec-las por meio da transparncia passiva.

    Para isso, a LAI definiu procedimentos com vista a possibilitar a solicitao de informao, estabeleceu prazos mximos de atendimento e criou mecanismos de recurso, para o caso de negativa de acesso.

    Nesse sentido, a LAI estabeleceu ser dever do Estado a criao de um ponto de contato entre a sociedade e o setor pblico, que o Servio de Informaes ao Cidado (SIC). So funes do SIC (Art. 9):

    Orientar os cidados sobre pedidos de informao;

    Informar sobre a tramitao de documentos e requerimentos de acesso informao;

    Receber pedidos de acesso e devolver as respostas aos solicitantes.

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    Isso significa que cada rgo e entidade do poder pblico deve se estruturar para tornar efetivo o direito de acesso informao. Consequentemente, obrigatria a instalao do SIC, pelo menos em sua sede, em local de fcil acesso e identificao pela sociedade.

    Alm da apresentao de pedidos por meio do balco de atendimento do SIC, os rgos e entidades tambm devero possibilitar que sejam apresentados pedidos de informao por meio eletrnico. No caso do Poder Executivo Federal, ser utilizado sistema eletrnico padro de acesso informao.

    7. Pedidos de Acesso Informao

    Para atender aos pedidos de informao, o SIC o canal de comunicao entre o setor pblico e a sociedade. No que tange aos procedimentos de acesso, a LAI definiu o seguinte:

    Pedido: qualquer pessoa pode apresentar pedido de acesso a informaes utilizando os meios disponibilizados pelos rgos e entidades. O pedido deve conter a identificao do requerente e a especificao da informao (Art. 10).

    Motivao: proibido exigir que o solicitante informe os motivos de sua solicitao (Art. 10, 3).

    Prazo: a informao que estiver disponvel deve ser entregue ao solicitante imediatamente (Art. 11). Se isso no for possvel, o rgo ou entidade ter at 20 (vinte) dias para atender ao pedido. Se houver justificativa, este prazo pode ser prorrogado por mais 10 (dez) dias (Art. 11, 1 e 2).

    Taxas: o servio de busca e fornecimento da informao gratuito. Contudo, podem ser cobrados os custos de reproduo de documentos e, se for o caso, de envio da informao (art. 12).

    Resposta ao Solicitante: para atender ao pedido dentro do prazo, o rgo ou entidade deve (Art. 11, 1):

    Comunicar ao solicitante sobre a disponibilidade imediata da informao e/ou envi-la conforme o meio indicado no pedido (por e-mail, correspondncia, retirada das cpias, consulta presencial);

    Indicar as razes da impossibilidade, total ou parcial, de acesso informao pretendida;

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    Comunicar que no possui a informao e indicar, se for do seu conhecimento, o rgo ou entidade que detm a informao, ou transferir o pedido diretamente para o rgo responsvel, informando ao requerente.

    Importante:

    Em regra, o servio de busca e fornecimento da informao gratuito.

    Importante:

    Se a informao estiver armazenada em formato digital ela poder ser fornecida neste formato, caso haja anuncia do requerente.

    Importante:

    Se o acesso for negado direito do requerente obter o inteiro teor de deciso de negativa de acesso, por certido ou cpia.

    8. Excees ao Direito de Acesso

    As informaes produzidas pelo setor pblico so pblicas e devem estar disponveis sociedade. Todavia, as informaes pessoais e as informaes sigilosas podem pr em risco as pessoas, ou at mesmo o Pas, se divulgadas.

    Por isso, em relao a essas informaes sensveis, o Estado tem o dever de proteg-las. Estas devem ter acesso restrito e ser protegidas no s quanto sua integridade, mas contra vazamentos e acessos indevidos, pois isto poderia causar graves danos.

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    Importante:

    No poder ser negado acesso informao necessria tutela judicial ou administrativa de direitos fundamentais (Art. 21). Nesse sentido, as informaes ou documentos que versem sobre condutas que impliquem violao dos direitos humanos praticada por agentes pblicos ou a mando de autoridades pblicas no podero ser objeto de restrio de acesso (Art. 21, pargrafo nico).

    Ademais, o disposto na LAI no exclui as demais hipteses legais de sigilo e de segredo de justia nem as hipteses de segredo industrial decorrentes da explorao direta de atividade econmica pelo Estado ou por pessoa fsica ou entidade privada que tenha qualquer vnculo com o poder pblico (Art. 22).

    8.1. Informaes Pessoais

    As informaes pessoais so aquelas relacionadas pessoa natural que possa ser identificada (Art. 4, IV). O tratamento dessas informaes deve ser feito de forma transparente e com respeito intimidade, vida privada, honra e imagem das pessoas, bem como s liberdades e garantias individuais (Art. 31). Logo, quem acess-las ser responsabilizado por seu uso indevido (Art. 31, 2).

    As informaes pessoais relativas intimidade, vida privada, honra e imagem devem ter seu acesso restrito por 100 (cem) anos, independentemente de classificao, e s podem ser acessadas (Art. 31, 1 e 3):

    pela prpria pessoa;

    por algum autorizado por ela;

    por um agente pblico autorizado por lei;

    para preveno e diagnstico mdico se a pessoa estiver incapaz, e exclusivamente para essa finalidade;

    para a realizao de estatsticas e pesquisas cientficas de evidente interesse pblico, vedada a identificao da pessoa;

    para o cumprimento de ordem judicial ;

    para defesa de direitos humanos; e

    para proteo do interesse pblico preponderante.

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    Por fim, possvel tambm o acesso a informaes pessoais para a recuperao de fatos histricos de maior relevncia. Alm disso, a LAI estabelece que o sigilo de informaes pessoais no pode ser invocado para prejudicar a apurao de irregularidades em que o titular das informaes estiver envolvido (Art. 31, 4).

    8.2 Informaes Classificadas

    Trata-se de informaes pblicas, cuja divulgao indiscriminada pode colocar em risco a segurana da sociedade ou do Estado. Por isso, conquanto sejam pblicas, o acesso a elas deve ser restringido por um perodo determinado.

    A LAI prev que tais informaes sejam classificadas como reservadas, secretas ou ultrassecretas, conforme o risco que sua divulgao proporcionaria e o prazo de sigilo necessrio, devendo sempre ser utilizado o critrio menos restritivo possvel (Art. 24).

    Informaes sigilosas

    Ultrassecretas

    Secretas

    Reservadas

    Importante:

    A informao em poder dos rgos e entidades pblicas, observado o seu teor e em razo de sua imprescindibilidade segurana da sociedade ou do Estado, poder ser classificada como ultrassecreta, secreta ou reservada.

    A LAI prev expressamente as informaes que so consideradas imprescindveis segurana da sociedade ou do Estado. Assim, s podem ser classificadas as informaes que (Art. 23):

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    Colocam em risco a defesa e a soberania nacionais ou a integridade do territrio nacional;

    Prejudicam a conduo de negociaes ou as relaes internacionais, ou que tenha sido fornecida em carter sigiloso por outros Estados e organismos internacionais;

    Colocam em risco a vida, a segurana ou a sade da populao;

    Oferece grande risco estabilidade econmica, financeira ou monetria do pas;

    Causam risco a planos ou operaes estratgicos das Foras Armadas;

    Causam risco a projetos de pesquisa e desenvolvimento cientfico ou tecnolgico, ou a sistemas, bens, instalaes ou reas de interesse estratgico nacional;

    Pem em risco a segurana de instituies ou de altas autoridades nacionais ou estrangeiras e seus familiares;

    Comprometem atividades de inteligncia, de investigao ou de fiscalizao em andamento, relacionadas com a preveno ou represso de infraes.

    8.2.1. Classificao da Informao

    Considerando que o acesso s informaes pblicas a regra, classificar uma informao como sigilosa para restringir o seu acesso um procedimento que carece de muita cautela. Por isso, a LAI estabelece as autoridades competentes para a classificao do sigilo de informaes no mbito da administrao pblica federal (Art. 27), bem como os respectivos prazos mximos de restrio (Art. 24, 1).

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    Informao Ultrassecreta

    Tempo mximo de sigilo 25 anos

    Importante:

    O prazo da classificao ultrassecreta pode ser prorrogado uma nica vez pela Comisso Mista de Reavaliao das Informaes.

    Autoridades competentes para classificar como "ultrassecreta":

    Presidente e Vice-Presidente da Repblica

    Ministros de Estado

    Comandantes da Marinha, do Exrcito e da Aeronutica, com ratificao pelo Ministro da Defesa

    Chefes de Misses Diplomticas e Consulares no exterior, com ratificao pelo Ministro das Relaes Exteriores

    Informao Secreta

    Tempo mximo de sigilo 15 anos

    Importante:

    O prazo da classificao secreta no pode ser prorrogado.

    Autoridades competentes para classificar como "secreta":

    Todas as Autoridades que podem classificar como "ultrassecreta". (Lembrem-se disto: quem pode mais, pode menos!)

    Titulares de autarquias, fundaes, empresas pblicas e sociedades de economia mista.

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    Informao Reservada

    Tempo mximo de sigilo 5 anos

    Importante:

    O prazo da classificao reservada no pode ser prorrogado.

    Autoridades competentes para classificar como "reservada":

    Todas as Autoridades que podem classificar como "secreta". (Novamente, quem pode mais, pode menos!)

    Ocupantes de funes de direo, comando ou chefia, nvel DAS 101.5 ou superior, ou de hierarquia equivalente.

    Tempo Mximo de Sigilo

    Ultrassecreta 25 anos Pode ser prorrogado 1x pela CMRI

    Secreta 15 anos No podem ser prorrogado.

    Reservada 5 anos

    Autoridades Competentes para Classificar

    PR e VPR; ME; Cmt MB, EB e FAB (+ MD); e CMD no exterior (+ MRE).

    Ultrassecreta, Secreta e Reservada

    Titulares de Aut, FP, EP e SEM. Secreta e Reservada

    DAS 101.5 ou equivalente Reservada

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    A competncia para classificar como ultrassecreta e secreta, poder ser delegada pela autoridade responsvel a agente pblico, inclusive em misso no exterior, vedada a subdelegao (Art. 27, 1).

    Segundo a LAI, ao classificar uma informao, a autoridade competente deve formalizar uma deciso justificada, indicando o assunto sobre o qual versa a informao, prazo de sigilo ou evento que definir o trmino do sigilo, o fundamento da classificao e a identificao da autoridade classificadora (Art. 28). Esse documento tem o mesmo grau de sigilo da informao protegida (Art. 28, pargrafo nico).

    Importante:

    O prazo de sigilo contado a partir da data de produo da informao.

    Os rgos e entidades so obrigados a publicar anualmente na internet dados sobre as informaes classificadas e sobre os pedidos de acesso, como a lista dos documentos classificados em cada grau de sigilo, as informaes desclassificadas nos ltimos 12 meses e relatrio estatstico sobre os pedidos de informaes (Art. 30).

    8.2.2. Comisso Mista de Reavaliao de Informaes

    A LAI instituiu a Comisso Mista de Reavaliao de Informaes (CRMI), que decidir, no mbito da administrao pblica federal, sobre o tratamento e a classificao de informaes sigilosas. So competncias da CMRI (Art. 35, 1):

    Requisitar da autoridade que classificar informao como ultrassecreta e secreta esclarecimento ou contedo, parcial ou integral da informao;

    Rever a classificao de informaes ultrassecretas ou secretas, de ofcio ou mediante provocao de pessoa interessada. Essa reviso de ofcio dever ocorrer, no mximo, a cada 4 anos (Art. 35, 3); e

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    Prorrogar o prazo de sigilo de informao classificada como ultrassecreta, sempre por prazo determinado, limitado a uma nica renovao (Art. 35, 2).

    9. Recurso

    Com o propsito de assegurar que o acesso seja a regra, e o sigilo apenas a exceo, a LAI previu a possibilidade de recursos contra as decises ou atitudes que impeam a disponibilizao da informao.

    Assim, existem trs recursos para o solicitante buscar garantir o seu direito de acesso, quais sejam:

    Pedido de desclassificao

    Descumprimento da Lei

    Omisso

    Recursos

    Pedido de desclassificao

    Descumprimento da Lei

    Omisso

    9.1. Pedido de desclassificao

    O pedido de desclassificao independe de uma negativa de acesso. Isto , caso o cidado discorde da classificao de uma informao, por consider-la contrria as regras da LAI, ele pode entrar com pedido de desclassificao para a autoridade que classificou a informao, que ter 5 dias para responder.

    Caso esta autoridade mantenha a classificao, o cidado poder recorrer (Art. 17):

    Ao Ministro de Estado, no caso de informaes classificadas como reservadas;

    CMRI, no caso de informaes classificadas como secretas e ultrassecretas.

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    9.2. Descumprimento da Lei

    Se, em relao a um pedido de informao, a LAI deixar de ser cumprida, como por exemplo, a informao entregue for incompleta, ou negada sem justificativa, o cidado pode entrar com recurso para:

    A autoridade superior que emitiu a deciso de negativa de acesso ou que prestou a informao 1 instncia recursal (Art. 15);

    A CGU 2 instncia recursal (Art. 16);

    A CMRI 3 instncia recursal (Art. 16, 3).

    Importante:

    O recurso somente poder ser dirigido CGU depois de ser apreciado por pelo menos uma autoridade no prprio rgo ou entidade.

    9.3. Omisso

    Se o rgo ou entidade se omitir e descumprir os prazos estabelecidos na LAI e, consequentemente, no entregar a informao requisitada, o cidado poder recorrer:

    autoridade desse rgo ou entidade responsvel pelo acesso informao - autoridade do art. 40 da Lei (1 instncia recursal);

    CGU (2 instncia recursal).

    10. Autoridade Responsvel pelo Acesso Informao

    Para que o direito de acesso seja respeitado, o dirigente mximo de cada rgo ou entidade da administrao pblica federal direta e indireta designar autoridade que lhe seja diretamente

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    subordinada para, no mbito do respectivo rgo ou entidade, exercer as seguintes atribuies (Art. 40):

    Assegurar o cumprimento eficiente e adequado das normas de acesso informao;

    Monitorar a implementao do disposto na LAI e apresentar relatrios peridicos sobre o seu cumprimento;

    Recomendar as medidas indispensveis implementao e ao aperfeioamento das normas e procedimentos necessrios para o cumprimento da LAI;

    Orientar unidades no que se refere ao cumprimento do disposto na LAI e seus regulamentos.

    11. Responsabilidade dos Agentes Pblicos

    A LAI deixou claras as obrigaes de quem, no seu dia a dia, tem contato, manipula ou guarda informaes pblicas. O agente pblico que descumprir propositalmente essas obrigaes poder ser punido com, no mnimo, suspenso, alm da possibilidade de responder por improbidade administrativa.

    A lei define como condutas ilcitas que podem ensejar responsabilidade (Art. 32):

    No fornecer informaes pblicas

    No proteger informaes sigilosas

    Quanto ao no fornecimento de informaes pblicas, a LIA estabelece que o agente pblico poder ser responsabilizado se praticar as seguintes condutas:

    Retardar deliberadamente o fornecimento de informaes, ou fornec-la intencionalmente de forma incorreta, incompleta ou imprecisa

    Destruir ou alterar informao que se encontre sob sua guarda ou a que tenha acesso em razo do cargo pblico

    Agir com dolo ou m-f na anlise das solicitaes de acesso informao

    Impor sigilo informao para obter proveito pessoal ou para ocultar ato ilegal

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    Ocultar da reviso de autoridade superior competente informao sigilosa para beneficiar ou prejudicar algum

    Destruir ou subtrair documentos relacionados a violaes de direitos humanos por agentes do Estado

    Em relao ausncia de proteo das informaes sigilosas, dever do Estado controlar o acesso e a divulgao de informaes sigilosas produzidas por seus rgos e entidades, assegurando a sua proteo.

    Isso significa que os rgos e entidades respondem diretamente pelos danos causados em decorrncia da ou utilizao indevida de informaes sigilosas ou pessoais, cabendo a apurao de responsabilidade funcional nos casos de dolo ou culpa, assegurado ao Estado o direito de regresso dos danos pelo agente pblico responsvel (Art. 34).

    Assim, o acesso, a divulgao e o tratamento de informao classificada como sigilosa ficaro restritos a pessoas que tenham necessidade de conhec-la e que sejam devidamente credenciadas.

    Ademais, o acesso informao sigilosa cria, para aquele que a obteve, obrigaes de resguardar seu sigilo, gerando responsabilizao no caso de vazamento.

    A pessoa fsica ou entidade privada que detiver informaes em virtude de vnculo de qualquer natureza com o poder pblico e deixar de observar o disposto na LAI estar sujeita s seguintes sanes (Art. 33):

    Advertncia;

    Multa;

    Resciso do vnculo com o poder pblico;

    Suspenso temporria de participar em licitao e impedimento de contratar com a administrao pblica por prazo no superior a 2 (dois) anos; e

    Declarao de inidoneidade para licitar ou contratar com a administrao pblica, at que seja promovida a reabilitao perante a prpria autoridade que aplicou a penalidade. A aplicao dessa penalidade de competncia exclusiva da autoridade mxima do rgo ou entidade pblica (Art. 33, 3).

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    Alm disso, as penalidades de advertncia, resciso e suspenso temporria podero ser aplicadas juntamente com a multa, assegurado o direito de defesa do interessado, no respectivo processo, no prazo de 10 (dez) dias (Art. 33, 1).

    Resumo

    1) A LAI representa uma mudana de paradigma em matria de transparncia pblica, porque estabelece que o acesso a regra e o sigilo, a exceo.

    2) Qualquer cidado poder solicitar acesso s informaes pblicas, assim consideradas aquelas no classificadas como sigilosas, de acordo procedimento que observar as regras, prazos, instrumentos de controle e recursos previstos.

    3) As seguintes instituies pblicas devem cumprir a LAI: os rgos e entidades pblicas dos trs Poderes (Executivo, Legislativo e Judicirio), de todos os nveis de governo (federal, estadual, distrital e municipal), assim como os Tribunais de Contas e o Ministrio Pblico, bem como as autarquias, fundaes pblicas, empresas pblicas, sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela Unio, Estados, Distrito Federal e Municpios.

    4) Alm disso, as seguintes entidades privadas tambm esto sujeitas lei: as entidades privadas sem fins lucrativos que recebam recursos pblicos para a realizao de aes de interesse pblico, diretamente do oramento ou por meio de subvenes sociais, contrato de gesto, termo de parceria, convnios, acordo, ajustes e outros instrumentos similares, devem divulgar informaes sobre os recursos recebidos e sua destinao.

    5)

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    Documento Informao

    Unidade de registro de informaes qualquer que seja o suporte ou formato.

    Dados, processados ou no, que podem ser utilizados para produo e transmisso de conhecimento, contidos em qualquer meio, suporte ou formato.

    6) A LAI prev excees regra de acesso para dados pessoais e informaes classificadas por autoridades como sigilosas. Informaes sob a guarda do Estado que dizem respeito intimidade, honra e imagem das pessoas, por exemplo, no so pblicas (ficando protegidas por um prazo de cem anos). Elas s podem ser acessadas pelos prprios indivduos e, por terceiros, apenas em casos excepcionais previstos na LAI.

    7) Quando no for autorizado acesso integral informao por ser ela parcialmente sigilosa, assegurado o acesso parte no sigilosa por meio de certido, extrato ou cpia com ocultao da parte sob sigilo.

    8) A LAI estabelece regras referentes classificao da informao. Como princpio geral, estabelece que uma informao pblica somente pode ser classificada como sigilosa quando considerada imprescindvel segurana da sociedade ( vida, segurana ou sade da populao) ou do Estado (soberania nacional, relaes internacionais, atividades de inteligncia).

    9) A informao em poder dos rgos e entidades pblicas, observado o seu teor e em razo de sua imprescindibilidade segurana da sociedade ou do Estado, poder ser classificada como ultrassecreta, secreta ou reservada.

    10) As informaes podem ser classificadas como:

    Ultrassecreta

    Prazo de segredo: 25 anos (renovvel uma nica vez)

    Secreta

    Prazo de segredo: 15 anos

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    Reservada

    Prazo de segredo: 5 anos

    11)

    Informaes sigilosas

    Ultrassecretas

    Secretas

    Reservadas

    12)

    Tempo Mximo de Sigilo

    Ultrassecreta 25 anos Pode ser prorrogado 1x pela CMRI

    Secreta 15 anos No podem ser prorrogado.

    Reservada 5 anos

    13) Esto especificadas na LAI as autoridades que tm a prerrogativa de classificar as informaes nos diferentes graus de sigilo. Quanto mais estrito o sigilo, maior o nvel hierrquico do agente pblico.

    14) A classificao do sigilo de informaes no mbito da Administrao Pblica Federal de competncia:

    Grau Ultrassecreto: Presidente da Repblica, Vice-Presidente da Repblica, Ministros de Estado e autoridades com as mesmas prerrogativas, Comandantes da Marinha, do Exrcito e da Aeronutica, Chefes de Misses Diplomticas e Consulares permanentes no exterior.

    Grau Secreto: autoridades sobreditas, mais: titulares de autarquias, fundaes ou empresas pblicas e sociedades de economia mista.

    Grau Reservado: autoridades supracitadas, mais: as que exercem funes de direo, comando ou chefia, de hierarquia equivalente ou superior ao nvel DAS 101.5; as que compem o grupo - Direo e Assessoramento Superiores, conforme regulamentao especfica de cada rgo ou entidade.

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    15)

    Informao Ultrassecreta

    Tempo mximo de sigilo 25 anos

    Importante:

    O prazo da classificao ultrassecreta pode ser prorrogado uma nica vez pela Comisso Mista de Reavaliao das Informaes.

    Autoridades competentes para classificar como "ultrassecreta":

    Presidente e Vice-Presidente da Repblica

    Ministros de Estado

    Comandantes da Marinha, do Exrcito e da Aeronutica, com ratificao pelo Ministro da Defesa

    Chefes de Misses Diplomticas e Consulares no exterior, com ratificao pelo Ministro das Relaes Exteriores

    16)

    Informao Secreta

    Tempo mximo de sigilo 15 anos

    Importante:

    O prazo da classificao secreta no pode ser prorrogado.

    Autoridades competentes para classificar como "secreta":

    Todas as Autoridades que podem classificar como "ultrassecreta". (Lembrem-se disto: quem pode mais, pode menos!)

    Titulares de autarquias, fundaes, empresas pblicas e sociedades de economia mista.

    17)

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    Informao Reservada

    Tempo mximo de sigilo 5 anos

    Importante:

    O prazo da classificao reservada no pode ser prorrogado.

    Autoridades competentes para classificar como "reservada":

    Todas as Autoridades que podem classificar como "secreta". (Novamente, quem pode mais, pode menos!)

    Ocupantes de funes de direo, comando ou chefia, nvel DAS 101.5 ou superior, ou de hierarquia equivalente.

    18)

    Autoridades Competentes para Classificar

    PR e VPR; ME; Cmt MB, EB e FAB (+ MD); e CMD no exterior (+ MRE).

    Ultrassecreta, Secreta e Reservada

    Titulares de Aut, FP, EP e SEM. Secreta e Reservada

    DAS 101.5 ou equivalente Reservada

    19) No podero ser objeto de restrio de acesso informaes ou documentos que versem sobre condutas que impliquem violao dos direitos humanos praticada por agentes pblicos ou a mando de autoridades pblicas.

    20) A LAI prev a responsabilizao do servidor nos casos de descumprimento de seus dispositivos.

    21) Informaes pessoais so aquelas relacionadas pessoa natural identificada ou identificvel, cujo tratamento deve ser feito de forma transparente e com respeito intimidade, vida privada, honra e imagem das pessoas, bem como s liberdades e garantias individuais.

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    22) As informaes pessoais tero seu acesso restrito, independentemente de classificao de sigilo, pelo prazo mximo de 100 (cem) anos a contar da sua data de produo.

    23) O servidor pblico passvel de responsabilizao quando:

    Recusar-se a fornecer informao requerida nos termos da LAI, retardar deliberadamente o seu fornecimento ou fornec-la intencionalmente de forma incorreta, incompleta ou imprecisa;

    Utilizar indevidamente, bem como subtrair, destruir, inutilizar, desfigurar, alterar ou ocultar, total ou parcialmente, informao que se encontre sob sua guarda ou a que tenha acesso ou conhecimento em razo do exerccio das atribuies de cargo, emprego ou funo pblica;

    Agir com dolo ou m-f na anlise das solicitaes de acesso informao;

    Divulgar ou permitir a divulgao ou acessar ou permitir acesso indevido informao sigilosa ou informao pessoal;

    Impor sigilo informao para obter proveito pessoal ou de terceiro, ou para fins de ocultao de ato ilegal cometido por si ou por outrem;

    Ocultar da reviso de autoridade superior competente informao sigilosa para beneficiar a si ou a outrem, ou em prejuzo de terceiros; e

    Destruir ou subtrair, por qualquer meio, documentos concernentes a possveis violaes de direitos humanos por parte de agentes do Estado.

    24) Nenhum servidor poder ser responsabilizado civil, penal ou administrativamente por dar cincia, a quem de direito, de informao concernente prtica de crimes ou improbidade.

    25) O pedido de acesso informao pblica no precisa ser justificado, afinal a informao solicitada j pertence ao requerente. O Estado existe para servir sociedade deve atuar em nome dela. Consequentemente, o Estado no o proprietrio, mas apenas o guardio do bem pblico e da informao que produzida e custodiada pelos rgos e entidades pblicas. O Estado apenas presta um servio ao atender demanda.

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    Transparncia Ativa Transparncia Passiva

    A Administrao Pblica divulga informaes sociedade por iniciativa prpria, de forma espontnea, independente de qualquer solicitao.

    A Administrao Pblica divulga informaes sob demanda em atendimento s solicitaes da sociedade.

    26) O Estado deve garantir o direito de acesso informao, que ser franqueada, por meio de procedimentos objetivos e geis, de forma transparente, clara e em linguagem de fcil compreenso.

    27) Garantir o direito de acesso da sociedade s informaes pblicas traz benefcios tanto para o Estado quanto para a sociedade, tais como:

    Preveno da corrupo;

    Aperfeioamento da gesto pblica;

    Controle social;

    Incluso social;

    Melhoria do processo decisrio governamental; e

    Melhoria do processo eleitoral.

    28) A pessoa fsica ou entidade privada que detiver informaes em virtude de vnculo de qualquer natureza com o poder pblico e deixar de observar o disposto na LAI estar sujeita s seguintes sanes:

    Advertncia;

    Multa;

    Resciso do vnculo com o poder pblico;

    Suspenso temporria de participar em licitao e impedimento de contratar com a administrao pblica por prazo no superior a 2 (dois) anos; e

    Declarao de inidoneidade para licitar ou contratar com a administrao pblica, at que seja promovida a reabilitao perante a prpria autoridade que aplicou a penalidade. A aplicao dessa penalidade de competncia exclusiva da autoridade mxima do rgo ou entidade pblica.

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    Exerccios Comentados

    1. (Indita) A LAI prev um rol mnimo de informaes que devem ser publicadas na internet pelos rgos e entidades. Marque a alternativa que no corresponde a essas informaes:

    a) Informaes pessoais dos seus servidores, como telefone, estado civil, contracheque etc.

    b) Respostas a perguntas mais frequentes da sociedade.

    c) Despesas, repasses e transferncias de recursos financeiros.

    d) Dados gerais que permitam acompanhar programas, aes, projetos e obras.

    e) Estrutura organizacional e competncias dos rgos, alm dos endereos e telefones de suas unidades e horrios de atendimento ao pblico.

    Comentrios:

    A letra a est errada. As informaes pessoais devem ser protegidas pelos rgos e entidades pblicas e no devem ser publicadas, pois somente os titulares dessas informaes ou servidores autorizados podem acess-las.

    As demais alternativas esto certas. No contexto da transparncia ativa, a LAI definiu como um dever dos rgos e entidades pblicas publicar na internet as informaes pblicas de interesse coletivo ou geral. Ademais, definiu um rol mnimo de informaes que devem estar publicadas nos stios dos rgos/entidades na internet (Art. 8):

    Estrutura organizacional e competncias dos rgos, alm dos endereos e telefones de suas unidades e horrios de atendimento ao pblico;

    Despesas, repasses e transferncias de recursos financeiros.

    Procedimentos licitatrios e contratos celebrados.

    Dados gerais que permitam acompanhar programas, aes, projetos e obras.

    Respostas a perguntas mais frequentes da sociedade.

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    Logo, a resposta desta questo a letra a.

    2. (Indita) Considerando os dispositivos da LAI, assinale a alternativa incorreta:

    a) Caso um documento pedido esteja disponvel na pgina do rgo ou entidade na internet, compete ao SIC orientar o cidado para que este encontre o que procura.

    b) Os rgos e entidades so devem publicar anualmente uma lista com dados sobre as informaes classificadas como sigilosas.

    c) Caso uma parte de um documento solicitado contiver dados pessoais, pode ser negado todo o pedido do cidado, uma vez que os dados pessoais so protegidos pela LAI.

    d) Se o documento for classificado como reservado, o rgo ou entidade deve enviar ao SIC a deciso de negativa de acesso, com as informaes sobre a classificao da informao, para que esta seja entregue ao solicitante quando o acesso a uma informao for negado.

    e) Caso o acesso ao documento solicitado seja negado, pelo fato de o documento ter sido classificado como secreto pelo Ministro de Estado, se o cidado no concordar com a justificativa da classificao ele pode entrar com pedido de desclassificao autoridade que classificou a informao.

    Comentrios:

    A letra a est certa. O acesso informao compreende, entre outros, o direito de obter orientao sobre os procedimentos para a consecuo de acesso, bem como sobre o local onde poder ser encontrada ou obtida a informao almejada (Art. 7, I).

    Nesse sentido, o acesso a informaes pblicas ser assegurado mediante criao de servio de informaes ao cidado, nos rgos e entidades do poder pblico, em local com condies apropriadas para atender e orientar o pblico quanto ao acesso a informaes (Art. 9, I, a).

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    A letra b est certa. A autoridade mxima de cada rgo ou entidade publicar, anualmente, em stio disposio na internet e destinado veiculao de dados e informaes administrativas, nos termos de regulamento (Art. 30):

    Rol das informaes que tenham sido desclassificadas nos ltimos 12 (doze) meses;

    Rol de documentos classificados em cada grau de sigilo, com identificao para referncia futura;

    Relatrio estatstico contendo a quantidade de pedidos de informao recebidos, atendidos e indeferidos, bem como informaes genricas sobre os solicitantes.

    A letra c est errada. Quando no for autorizado acesso integral informao por ser ela parcialmente sigilosa, assegurado o acesso parte no sigilosa por meio de certido, extrato ou cpia com ocultao da parte sob sigilo (Art. 7, 2).

    A letra d est certa. direito do requerente obter o inteiro teor de deciso de negativa de acesso, por certido ou cpia (Art. 14).

    A letra e est certa. O pedido de desclassificao independe de uma negativa de acesso. Isto , caso o cidado discorde da classificao de uma informao, por consider-la contrria as regras da LAI, ele pode entrar com pedido de desclassificao para a autoridade que classificou a informao, que ter 5 dias para responder.

    Caso esta autoridade mantenha a classificao, o cidado poder recorrer (Art. 17):

    Ao Ministro de Estado, no caso de informaes classificadas como reservadas;

    CMRI, no caso de informaes classificadas como secretas e ultrassecretas.

    Portanto, a resposta desta questo a letra c.

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    3. (Indita) Para assegurar o direito ao acesso s informaes pblicas, a LAI especificou condutas que, uma vez praticadas, ensejam a responsabilizao do agente pblico. Nesse sentido, assinale a alternativa correspondente atitude que no leva responsabilizao.

    a) Impor sigilo a uma informao para obter proveito pessoal ou de terceiro.

    b) Retardar deliberadamente o fornecimento de informao devidamente requerida.

    c) Impedir acesso indevido a informao classificada como sigilosa ou pessoal.

    d) Destruir documentos concernentes a possveis violaes de direitos humanos por parte de agentes do Estado.

    e) Impor sigilo a informao para ocultar um ato ilegal.

    Comentrios:

    As letras a, b, d e e esto certas. Constituem condutas ilcitas que ensejam responsabilidade do agente pblico ou militar (Art. 32):

    Recusar-se a fornecer informao requerida nos termos desta Lei, retardar deliberadamente o seu fornecimento ou fornec-la intencionalmente de forma incorreta, incompleta ou imprecisa;

    Utilizar indevidamente, bem como subtrair, destruir, inutilizar, desfigurar, alterar ou ocultar, total ou parcialmente, informao que se encontre sob sua guarda ou a que tenha acesso ou conhecimento em razo do exerccio das atribuies de cargo, emprego ou funo pblica;

    Agir com dolo ou m-f na anlise das solicitaes de acesso informao;

    Divulgar ou permitir a divulgao ou acessar ou permitir acesso indevido informao sigilosa ou informao pessoal;

    Impor sigilo informao para obter proveito pessoal ou de terceiro, ou para fins de ocultao de ato ilegal cometido por si ou por outrem;

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    Ocultar da reviso de autoridade superior competente informao sigilosa para beneficiar a si ou a outrem, ou em prejuzo de terceiros; e

    Destruir ou subtrair, por qualquer meio, documentos concernentes a possveis violaes de direitos humanos por parte de agentes do Estado.

    A letra c est errada. As informaes sigilosas ou pessoais so protegidas razo pela qual so de acesso restrito.

    Assim, a resposta desta questo a letra c.

    4. (Indita) Caso a divulgao de uma informao possa pr em risco a segurana da sociedade ou do Estado, tal informao deve ser classificada como sigilosa, com o grau de reservada, secreta ou ultrassecreta. Logo, no pode ser classificada como sigilosa informao que:

    a) Oferea grande risco estabilidade econmica do Pas.

    b) Possa prejudicar operaes estratgicas das Foras Armadas.

    c) Exponha irregularidades ou desvios praticados por alta autoridade.

    d) Coloque em risco a segurana de altas autoridades nacionais ou estrangeiras.

    e) Comprometa atividades de investigao ou fiscalizao em andamento.

    Comentrios:

    As letras a, b, d e e esto certas. So consideradas imprescindveis segurana da sociedade ou do Estado e, portanto, passveis de classificao as informaes cuja divulgao ou acesso irrestrito possam (Art. 23):

    pr em risco a defesa e a soberania nacionais ou a integridade do territrio nacional;

    prejudicar ou pr em risco a conduo de negociaes ou as relaes internacionais do Pas, ou as que tenham sido

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    fornecidas em carter sigiloso por outros Estados e organismos internacionais;

    pr em risco a vida, a segurana ou a sade da populao;

    oferecer elevado risco estabilidade financeira, econmica ou monetria do Pas;

    prejudicar ou causar risco a planos ou operaes estratgicos das Foras Armadas;

    prejudicar ou causar risco a projetos de pesquisa e desenvolvimento cientfico ou tecnolgico, assim como a sistemas, bens, instalaes ou reas de interesse estratgico nacional;

    pr em risco a segurana de instituies ou de altas autoridades nacionais ou estrangeiras e seus familiares; ou

    comprometer atividades de inteligncia, bem como de investigao ou fiscalizao em andamento, relacionadas com a preveno ou represso de infraes.

    A letra c est errada. As informaes que apontem irregularidades ou desvios no so passveis de classificao, independente da autoridade envolvida.

    Logo, a resposta desta questo a letra c.

    4. (Indita) Assinale a alternativa que no est correta:

    a) As respostas s perguntas frequentes constantes dos portais dos ministrios so exemplo de transparncia ativa.

    b) A transparncia passiva um importante mecanismo para que a sociedade tenha acesso s informaes que no so publicadas espontaneamente pela administrao pblica.

    c) Uma informao obtida por um grande nmero de pessoas mediante transparncia ativa normalmente proporciona para a administrao pblica uma economia de recursos, se cotejada mesma informao obtida pela transparncia passiva.

    d) Quando uma pessoa utiliza a internet para preencher o formulrio de Acesso Informao e solicitandar uma informao especfica, isso transparncia ativa, porquanto foi acessada por intermdio da internet.

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    e) As informaes sobre licitaes e contratos publicados nos stios eletrnicos dos rgos pblicos so exemplos de transparncia ativa.

    Comentrios:

    As letras a e e esto certas. No contexto da transparncia ativa, a LAI definiu como um dever dos rgos e entidades pblicas publicar na internet as informaes pblicas de interesse coletivo ou geral. Ademais, definiu um rol mnimo de informaes que devem estar publicadas nos stios dos rgos/entidades na internet (Art. 8):

    Estrutura organizacional e competncias dos rgos, alm dos endereos e telefones de suas unidades e horrios de atendimento ao pblico;

    Despesas, repasses e transferncias de recursos financeiros.

    Procedimentos licitatrios e contratos celebrados.

    Dados gerais que permitam acompanhar programas, aes, projetos e obras.

    Respostas a perguntas mais frequentes da sociedade

    A letra b est certa. A transparncia passiva consiste na divulgao de informaes governamentais no publicadas espontaneamente pela administrao pblica, em resposta ao pedidos apresentados pela sociedade.

    A letra c est certa. A transparncia ativa consiste na divulgao espontnea de informaes governamentais sociedade. As informaes so tornadas pblicas, principalmente pela internet, sem precisar que algum as solicite.

    De fato, isso proporciona para a administrao pblica uma economia de recursos, se comparada mesma informao obtida pela transparncia passiva. Nesta, haver uma resposta para cada solicitao apresentada pela sociedade.

    A letra d est errada. Quando a informao solicitada por algum, para depois o rgo entregar o que foi solicitado, trata-se

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    de transparncia passiva, ainda que o pedido tenha sido feito pela internet.

    Logo, a resposta desta questo a letra d.

    5. (Indita) Marque a alternativa incorreta a respeito das informaes pessoais:

    a) possvel o acesso a informaes pessoais para a defesa de direitos humanos, independente do consentimento expresso da pessoa a que elas se referirem.

    b) As informaes pessoais relativas intimidade e vida privada tem seu acesso restrito garantido, independente de classificao de sigilo, at 100 anos.

    c) Um suspeito de desvio de recursos pblicos pode impedir a apurao dessas irregularidades no que tange s suas informaes pessoais, pois estas so protegidas pela lei de Acesso Informao, e se forem acessadas, as provas sero consideradas ilcitas.

    d) possvel o acesso a informaes pessoais para a proteo do interesse pblico e geral preponderante.

    e) A LAI autoriza o acesso a informaes pessoais para a recuperao de fatos histricos de maior relevncia.

    Comentrios:

    As letras a e d esto certas. As informaes pessoais relativas intimidade, vida privada, honra e imagem podero ter autorizada sua divulgao ou acesso por terceiros diante de previso legal ou consentimento expresso da pessoa a que elas se referirem (Art. 31, 1, II). Esse consentimento no ser exigido quando as informaes forem necessrias (Art. 31, 2):

    preveno e diagnstico mdico, quando a pessoa estiver fsica ou legalmente incapaz, e para utilizao nica e exclusivamente para o tratamento mdico;

    realizao de estatsticas e pesquisas cientficas de evidente interesse pblico ou geral, previstos em lei, sendo vedada a identificao da pessoa a que as informaes se referirem;

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    ao cumprimento de ordem judicial;

    defesa de direitos humanos; ou

    proteo do interesse pblico e geral preponderante.

    A letra b est certa. As informaes pessoais relativas intimidade, vida privada, honra e imagem tero seu acesso restrito, independentemente de classificao de sigilo e pelo prazo mximo de 100 (cem) anos a contar da sua data de produo, a agentes pblicos legalmente autorizados e pessoa a que elas se referirem (Art. 31, 1, I).

    A letra c est errada. De acordo com o Art. 31 da LAI, vedado que a restrio de acesso s informaes pessoais seja invocada com a finalidade de prejudicar processo de apurao de irregularidades em que o titular das informaes esteja envolvido.

    A letra c est errada e a letra e est certa. A restrio de acesso informao relativa vida privada, honra e imagem de pessoa no poder ser invocada com o intuito de prejudicar processo de apurao de irregularidades em que o titular das informaes estiver envolvido, bem como em aes voltadas para a recuperao de fatos histricos de maior relevncia (Art. 31, 4).

    Logo, a resposta desta questo a letra c.

    6. (Indita) Assinale a instituio que no se submete LAI:

    a) Organizao no governamental prestadora de servios sociais cuja receita provm de recursos de empresas privadas.

    b) Fundao privada sem fins lucrativos recebedora de recursos de Municpio em razo da celebrao de um convnio.

    c) Universidade de Braslia.

    d) Empresa Brasileira de Correios e Telgrafos

    e) Ministrio da Justia

    Comentrios:

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    A letra a est errada. Entidades que no recebem recursos pblicos no so obrigadas a observar a LIA.

    As letra b, c, d e e esto certas. Subordinam-se ao regime da LAI (Art. 1, pargrafo nico):

    Os rgos pblicos integrantes da administrao direta dos Poderes Executivo, Legislativo, incluindo as Cortes de Contas, e Judicirio e do Ministrio Pblico;

    As autarquias, as fundaes pblicas, as empresas pblicas, as sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela Unio, Estados, Distrito Federal e Municpios.

    Ademais, a LAI se aplica tambm, no que couber, s entidades privadas sem fins lucrativos que recebam, para realizao de aes de interesse pblico, recursos pblicos diretamente do oramento ou mediante subvenes sociais, contrato de gesto, termo de parceria, convnios, acordo, ajustes ou outros instrumentos congneres (Art. 2).

    Logo, a resposta desta questo a letra a.

    (Indita) Com fulcro na LAI, julgue as assertivas abaixo:

    7. (Indita) Um cidado pode solicitar uma informao a qualquer rgo ou entidade, desde que justifique o seu interesse e explique resumidamente o que vai fazer com a informao que deseja obter.

    Comentrios:

    So vedadas quaisquer exigncias relativas aos motivos determinantes da solicitao de informaes de interesse pblico (Art. 10, 3).

    Logo, a assertiva est errada.

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    8. (Indita) Para solicitar uma informao pblica a um rgo ou entidade, o cidado deve ser uma das partes interessadas, ou seja, deve ter uma ligao com essa informao.

    Comentrios:

    Qualquer interessado poder apresentar pedido de acesso a informaes aos rgos e entidades submetidos LAI, por qualquer meio legtimo, devendo o pedido conter a identificao do requerente e a especificao da informao requerida (Art. 10).

    Logo, a assertiva est errada.

    9. (Indita) Qualquer cidado pode solicitar uma informao a um rgo sem justificar o pedido. Nesse caso, justo que o rgo, ao negar uma informao a este cidado, tambm no justifique essa negativa.

    Comentrios:

    De fato, so vedadas quaisquer exigncias relativas aos motivos determinantes da solicitao de informaes de interesse pblico (Art. 10, 3). No obstante, direito do requerente obter o inteiro teor de deciso de negativa de acesso, por certido ou cpia (Art. 14).

    Logo, a assertiva est errada.

    10. (Indita) Ao receber um pedido de informao, o rgo ou entidade tem at 20 dias para entregar essa informao ou neg-la, motivadamente. Esse prazo pode ser prorrogado por at mais 10 dias, justificadamente.

    Comentrios:

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    A informao que estiver disponvel deve ser entregue ao solicitante imediatamente (Art. 11). Se isso no for possvel, o rgo ou entidade ter at 20 (vinte) dias para atender ao pedido. Se houver justificativa, este prazo pode ser prorrogado por mais 10 (dez) dias (Art. 11, 1 e 2).

    Logo, a assertiva est certa.

    11. (Indita) Para pedir uma informao para um rgo pblico, a pessoa deve possuir direitos polticos, e estar em dia com as obrigaes eleitorais.

    Comentrios:

    Para o acesso a informaes de interesse pblico, a identificao do requerente no pode conter exigncias que inviabilizem a solicitao (Art. 10, 1).

    Logo, a assertiva est errada.

    12. (Indita) A transparncia ativa consiste na divulgao de informaes governamentais em resposta s solicitaes aduzidas pela sociedade.

    Comentrios:

    Na verdade, a transparncia ativa consiste na divulgao espontnea de informaes governamentais sociedade. As informaes so tornadas pblicas, principalmente pela Internet, sem precisar que algum as solicite.

    Logo, a assertiva est errada.

    13. (Indita) Os procedimentos previstos LAI, que visam a cingir o direito fundamental de acesso informao e devem ser executados de acordo com os princpios bsicos da administrao

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    pblica, tem como diretriz a observncia da publicidade absoluta como preceito geral.

    Comentrios:

    Os procedimentos previstos LAI destinam-se a assegurar o direito fundamental de acesso informao e devem ser executados em conformidade com os princpios bsicos da administrao pblica e com as seguintes diretrizes (art. 3):

    Observncia da publicidade como preceito geral e do sigilo como exceo;

    Divulgao de informaes de interesse pblico, independentemente de solicitaes;

    Utilizao de meios de comunicao viabilizados pela tecnologia da informao;

    Fomento ao desenvolvimento da cultura de transparncia na administrao pblica;

    Desenvolvimento do controle social da administrao pblica.

    Notem que a publicidade absluta no uma diretriz prevista na LAI. Excepcionalmente, h restrio de acesso informao.

    Logo, a assertiva est errada.

    14. (Indita) Cabe ao Estado assegurar o direito de acesso informao que ser fornecida em linguagem de fcil compreenso.

    Comentrios:

    dever do Estado garantir o direito de acesso informao, que ser franqueada, mediante procedimentos objetivos e geis, de forma transparente, clara e em linguagem de fcil compreenso (Art. 5).

    Logo, a assertiva est certa.

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    15. (Indita) dever do Estado garantir o direito de acesso informao. Por isso, ao rgo ou entidade defeso oferecer meios para que o prprio requerente possa pesquisar a informao de que necessitar.

    Comentrios:

    Sem prejuzo da segurana e da proteo das informaes e do cumprimento da legislao aplicvel, o rgo ou entidade poder oferecer meios para que o prprio requerente possa pesquisar a informao de que necessitar (Art. 11, 3).

    Logo, a assertiva est errada.

    Agradecimento:

    Amigos(as),

    Ao encerrar a ltima aula de nosso curso, tenho a sensao de dever cumprido (espero que vocs tambm, rs). Por isso, s me resta pedir que sejam perseverantes na busca de seus objetivos. Nunca desistam de seus sonhos!

    Ficarei extremamente orgulhoso quando encontr-los(as) nos corredores da CGU. Contem comigo, sempre!

    Boa sorte!

    Muito Obrigado!

    At breve,

    Anderson Luiz ([email protected])

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    Lista das Quests Comentadas nesta Aula

    1. (Indita) A LAI prev um rol mnimo de informaes que devem ser publicadas na internet pelos rgos e entidades. Marque a alternativa que no corresponde a essas informaes:

    a) Informaes pessoais dos seus servidores, como telefone, estado civil, contracheque etc.

    b) Respostas a perguntas mais frequentes da sociedade.

    c) Despesas, repasses e transferncias de recursos financeiros.

    d) Dados gerais que permitam acompanhar programas, aes, projetos e obras.

    e) Estrutura organizacional e competncias dos rgos, alm dos endereos e telefones de suas unidades e horrios de atendimento ao pblico.

    2. (Indita) Considerando os dispositivos da LAI, assinale a alternativa incorreta:

    a) Caso um documento pedido esteja disponvel na pgina do rgo ou entidade na internet, compete ao SIC orientar o cidado para que este encontre o que procura.

    b) Os rgos e entidades so devem publicar anualmente uma lista com dados sobre as informaes classificadas como sigilosas.

    c) Caso uma parte de um documento solicitado contiver dados pessoais, pode ser negado todo o pedido do cidado, uma vez que os dados pessoais so protegidos pela LAI.

    d) Se o documento for classificado como reservado, o rgo ou entidade deve enviar ao SIC a deciso de negativa de acesso, com as informaes sobre a classificao da informao, para que esta seja entregue ao solicitante quando o acesso a uma informao for negado.

    e) Caso o acesso ao documento solicitado seja negado, pelo fato de o documento ter sido classificado como secreto pelo Ministro de Estado, se o cidado no concordar com a justificativa da classificao ele pode entrar com pedido de desclassificao autoridade que classificou a informao.

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    3. (Indita) Para assegurar o direito ao acesso s informaes pblicas, a LAI especificou condutas que, uma vez praticadas, ensejam a responsabilizao do agente pblico. Nesse sentido, assinale a alternativa correspondente atitude que no leva responsabilizao.

    a) Impor sigilo a uma informao para obter proveito pessoal ou de terceiro.

    b) Retardar deliberadamente o fornecimento de informao devidamente requerida.

    c) Impedir acesso indevido a informao classificada como sigilosa ou pessoal.

    d) Destruir documentos concernentes a possveis violaes de direitos humanos por parte de agentes do Estado.

    e) Impor sigilo a informao para ocultar um ato ilegal.

    4. (Indita) Caso a divulgao de uma informao possa pr em risco a segurana da sociedade ou do Estado, tal informao deve ser classificada como sigilosa, com o grau de reservada, secreta ou ultrassecreta. Logo, no pode ser classificada como sigilosa informao que:

    a) Oferea grande risco estabilidade econmica do Pas.

    b) Possa prejudicar operaes estratgicas das Foras Armadas.

    c) Exponha irregularidades ou desvios praticados por alta autoridade.

    d) Coloque em risco a segurana de altas autoridades nacionais ou estrangeiras.

    e) Comprometa atividades de investigao ou fiscalizao em andamento.

    4. (Indita) Assinale a alternativa que no est correta:

    a) As respostas s perguntas frequentes constantes dos portais dos ministrios so exemplo de transparncia ativa.

    b) A transparncia passiva um importante mecanismo para que a sociedade tenha acesso s informaes que no so publicadas espontaneamente pela administrao pblica.

    c) Uma informao obtida por um grande nmero de pessoas mediante transparncia ativa normalmente proporciona para a

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    administrao pblica uma economia de recursos, se cotejada mesma informao obtida pela transparncia passiva.

    d) Quando uma pessoa utiliza a internet para preencher o formulrio de Acesso Informao e solicitandar uma informao especfica, isso transparncia ativa, porquanto foi acessada por intermdio da internet.

    e) As informaes sobre licitaes e contratos publicados nos stios eletrnicos dos rgos pblicos so exemplos de transparncia ativa.

    5. (Indita) Marque a alternativa incorreta a respeito das informaes pessoais:

    a) possvel o acesso a informaes pessoais para a defesa de direitos humanos, independente do consentimento expresso da pessoa a que elas se referirem.

    b) As informaes pessoais relativas intimidade e vida privada tem seu acesso restrito garantido, independente de classificao de sigilo, at 100 anos.

    c) Um suspeito de desvio de recursos pblicos pode impedir a apurao dessas irregularidades no que tange s suas informaes pessoais, pois estas so protegidas pela lei de Acesso Informao, e se forem acessadas, as provas sero consideradas ilcitas.

    d) possvel o acesso a informaes pessoais para a proteo do interesse pblico e geral preponderante.

    e) A LAI autoriza o acesso a informaes pessoais para a recuperao de fatos histricos de maior relevncia.

    6. (Indita) Assinale a instituio que no se submete LAI:

    a) Organizao no governamental prestadora de servios sociais cuja receita provm de recursos de empresas privadas.

    b) Fundao privada sem fins lucrativos recebedora de recursos de Municpio em razo da celebrao de um convnio.

    c) Universidade de Braslia.

    d) Empresa Brasileira de Correios e Telgrafos

    e) Ministrio da Justia

    (Indita) Com fulcro na LAI, julgue as assertivas abaixo:

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    7. (Indita) Um cidado pode solicitar uma informao a qualquer rgo ou entidade, desde que justifique o seu interesse e explique resumidamente o que vai fazer com a informao que deseja obter.

    8. (Indita) Para solicitar uma informao pblica a um rgo ou entidade, o cidado deve ser uma das partes interessadas, ou seja, deve ter uma ligao com essa informao.

    9. (Indita) Qualquer cidado pode solicitar uma informao a um rgo sem justificar o pedido. Nesse caso, justo que o rgo, ao negar uma informao a este cidado, tambm no justifique essa negativa.

    10. (Indita) Ao receber um pedido de informao, o rgo ou entidade tem at 20 dias para entregar essa informao ou neg-la, motivadamente. Esse prazo pode ser prorrogado por at mais 10 dias, justificadamente.

    11. (Indita) Para pedir uma informao para um rgo pblico, a pessoa deve possuir direitos polticos, e estar em dia com as obrigaes eleitorais.

    12. (Indita) A transparncia ativa consiste na divulgao de informaes governamentais em resposta s solicitaes aduzidas pela sociedade.

    13. (Indita) Os procedimentos previstos LAI, que visam a cingir o direito fundamental de acesso informao e devem ser executados de acordo com os princpios bsicos da administrao pblica, tem como diretriz a observncia da publicidade absoluta como preceito geral.

    14. (Indita) Cabe ao Estado assegurar o direito de acesso informao que ser fornecida em linguagem de fcil compreenso.

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    15. (Indita) dever do Estado garantir o direito de acesso informao. Por isso, ao rgo ou entidade defeso oferecer meios para que o prprio requerente possa pesquisar a informao de que necessitar.

    Gabarito

    1-A 2-C 3-C 4-D 5-C 6-A 7-E 8-E 9-E 10-C

    11-E 12-E 13-E 14-C 15-E

    Bibliografia

    Cartilha de Acesso Informao Pblica: Uma introduo Lei 12.527, de 18 de novembro de 2011

    Lei do Acesso a Informao (Lei n 12.527, de 18 de novembro de 2011).

    Rumo a uma cultura de acesso informao: a Lei 12.527/2011 Curso promovido pela Escola Virtual da CGU.