Lei n.º 12-A/2008, de 27 de Fevereiro: Regime de Vinculação de Carreiras e de Remunerações dos Trabalhadores que Exercem Funções Públicas

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    [ N de artigos:120 ]

    Lei n. 12-A/2008, de 27 de Fevereiro (verso actualizada)

    REGIMES DE VINCULAO, DE CARREIRAS E DE REMUNERAES-FUNES PBLICASContm as seguintes alteraes:

    - Rectif. n. 22-A/2008, de 24 de Abril

    - Lei n. 64-A/2008, de 31 de Dezembro

    - Lei n. 3-B/2010, de 28 de Abril

    - Lei n. 34/2010, de 02 de Setembro

    - Lei n. 55-A/2010, de 31 de Dezembro

    SUMRIOEstabelece os regimes de vinculao, de carreiras e de remuneraes dos trabalhadores que exercem funes pblicas

    __________________________

    Lei n. 12-A/2008

    de 27 de Fevereiro

    Estabelece os regimes de vinculao, de carreiras e de remuneraes do s trabalhadores que exercem funes pblicas

    A Assembleia da Repblica decreta, nos termos da alnea c) do artigo 161. da Constituio, o seguinte:

    TTULO IObjecto e mbito de aplicao

    Artigo 1.

    Objecto

    1 - A presente lei define e regula os regimes de vinculao, de carreiras e de remuneraes do s trabalhadores que exercem funes pblicas.

    2 - Complementarmente, a presente lei define o regime jurdico-funcional aplicvel a cada modalidade de constituio da relao jurdica de emprego

    pblico.

    Artigo 2.

    mbito de aplicao subjectivo

    1 - A presente lei aplicvel a todos os trabalhadores que exercem funes pblicas, independentemente da modalidade de vinculao e de

    constituio da relao jurdica de emprego pblico ao abrigo da qual exercem as respectivas funes.

    2 - A presente lei tambm aplicvel, com as necessrias adaptaes, aos actuais trabalhadores com a qualidade de funcionrio ou agente de pessoas

    colect ivas que se encontrem excludas do seu mbito de aplicao objectivo.

    3 - Sem prejuzo do disposto nas alneas a) e e) do artigo 10., a presente lei no aplicvel aos militares das Foras Armadas e da Guarda Nacional

    Republicana, cujos regimes de vinculao, de carreiras e de remuneraes constam de leis especiais.

    4 - As leis especiais de reviso dos regimes de vinculao, de carreiras e de remuneraes referidas no nmero anterior obedecem aos princpios

    subjacentes aos artigos 4. a 8., n.os 1 a 3 do artigo 9., artigos 25. a 31., 40. e 41., n.os 1 a 4 do artigo 42., n.os 1 e 2 do artigo 43., n. 1 do artigo

    45., artigos 46., 47. e 50., n.os 1 e 3 do artigo 66., artigo 67., n.os 1 e 2 do artigo 68., n. 1 do artigo 69., artigos 70., 72., 73., 76. a 79., 83. e

    84., n. 1 do artigo 88., artigos 101. a 103., n.os 1 a 3 do artigo 104., artigo 109., n. 1 do artigo 112., artigos 113. e 114., n.os 1 a 3 e 6 a 10 do

    artigo 117. e artigo 118., com as adaptaes impostas pela organizao das Foras Armadas ou da Guarda Nacional Republicana e pelas competncias

    dos correspondentes rgos e servios.

    Contm as alteraes introduzidas pelos seguintes diplomas:

    - Rectif. n. 22-A/2008, de 24 de Abril

    Verses anteriores deste artigo:

    - 1 verso: Lei n. 12-A/2008, de 27 de Fevereiro

    Artigo 3.

    mbito de aplicao objectivo

    1 - A presente lei aplicvel aos servios da administrao directa e indirecta do Estado.

    2 - A presente lei tambm aplicvel, com as necessrias adaptaes, designadamente no que respeita s competncias em matria administrativa dos

    correspondentes rgos de governo prprio, aos servios das administraes regionais e autrquicas.

    3 - A presente lei ainda aplicvel, com as adaptaes impostas pela observncia das correspondentes competncias, aos rgos e servios de apoio do

    Presidente da Repblica, da Assembleia da Repblica, dos tribunais e do Ministrio Pblico e respectivos rgos de gesto e de outros rgos

    independentes.

    4 - A aplicabilidade da presente lei aos servios perifricos externos do Estado, quer relativamente aos trabalhadores recrutados localmente quer aos

    que, de outra forma recrutados, neles exeram funes, no prejudica a vigncia:

    a) Das normas e princpios de direito internacional que disponham em contrrio;

    b) Dos regimes legais que sejam localmente aplicveis; e

    c) Dos instrumentos e normativos especiais de mobilidade interna.

    5 - Sem prejuzo do disposto no n. 2 do artigo anterior, a presente lei no aplicvel s entidades pblicas empresariais nem aos gabinetes de apoio

    quer dos membros do Governo quer dos titulares dos rgos referidos nos n.os 2 e 3.

    TTULO II

    Gesto dos recursos humanos

    Artigo 4.

    Planificao da actividade e dos recursos

    1 - Tendo em considerao a misso, as atribuies, a estratgia, os objectivos superiormente fixados, as competncias das unidades orgnicas e os

    recursos financeiros disponveis, os rgos e servios planeiam, aquando da preparao da proposta de oramento, as actividades, de natureza

    permanente ou temporria, a desenvolver durante a sua execuo, as eventuais alteraes a introduzir nas unidades orgnicas flexveis, bem como o

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    .

    2 - Os elementos re feridos no nmero anterior acompanham a respectiva proposta de oramento.

    Artigo 5.

    Mapas de pessoal

    1 - Os mapas de pessoal contm a indicao do nmero de postos de trabalho de que o rgo ou servio carece para o desenvolvimento das respectivas

    actividades, caracterizados em funo:

    a) Da atribuio, competncia ou actividade que o seu oc upante se destina a cumprir ou a executar;

    b) Do cargo ou da carreira e categoria que lhes correspondam;

    c) Dentro de cada carreira e, ou, categoria, quando imprescindvel, da rea de formao acadmica ou profissional de que o seu ocupante deva ser

    titular.

    d) Do perfil de competncias transversais da respectiva carreira e, ou, categoria, a aprovar nos termos do n. 2 do Artigo 54., complementado com as

    competncias associadas especificidade do posto de trabalho.

    2 - Nos rgos e servios desconcentrados, os mapas de pessoal so desdobrados em tantos mapas quantas as unidades orgnicas desconcentradas.

    3 - Os mapas de pessoal so aprovados, mantidos ou alterados pela entidade competente para a aprovao da proposta de oramento e tornados

    pblicos por afixao no rgo ou servio e insero em pgina electrnica, assim devendo permanecer.

    4 - As alteraes aos mapas de pessoal que impliquem um aumento de postos de trabalho carecem de autorizao prvia fundamentada do membro do

    Governo de que dependa o rgo ou o servio, desde que devidamente c omprovado o seu cabimento o ramental, e do reconhec imento da sua

    sustentabilidade futura pelo membro do Governo responsvel pela rea das finanas, sem prejuzo do direito de ocupao de posto de trabalho no rgo

    ou servio pelo trabalhador que, nos termos legais, a estes deva regressar.

    5 - A alterao dos mapas de pessoal que implique reduo de postos de trabalho fundamenta-se em reorganizao do rgo ou servio nos termos

    legalmente previstos.

    Contm as alteraes introduzidas pelos seguintes diplomas:

    - Lei n. 3-B/2010, de 28 de Abril

    - Lei n. 55-A/2010, de 31 de Dezembro

    Verses anteriores deste artigo:

    - 1 verso: Lei n. 12-A/2008, de 27 de Fevereiro

    - 2 verso: Lei n. 3-B/2010, de 28 de Abril

    Artigo 6.

    Gesto dos recursos humanos em funo dos mapas de pessoal

    1 - Face aos mapas de pessoal, o rgo ou servio verifica se se encontram em funes trabalhadores em nmero suficiente, insuficiente ou excessivo.

    2 - Sendo insuficiente o nmero de trabalhadores em funes, o rgo ou servio, sem prejuzo do disposto na alnea b) do n. 1 e nos n.os 3 e 4 do

    artigo seguinte, pode promover o rec rutamento do s necessrios oc upao dos posto s de trabalho em causa.

    3 - O rec rutamento referido no nmero anterior, para ocupao dos postos de trabalho necessrios execu o das actividades, opera-se com recurso

    constituio de relaes jurdicas de emprego pblico por tempo indeterminado, excepto quando tais actividades sejam de natureza temporria, caso

    em que o recrutamento efectuado com recurso constituio de relaes jurdicas de emprego pblico po r tempo determinado ou determinvel.

    4 - O recrutamento para constituio de relaes jurdicas de emprego pblico por tempo indeterminado nas modalidades previstas no n. 1 do artigo 9.

    inicia-se sempre de entre trabalhadores com relao jurdica de emprego pblico por tempo indeterminado previamente estabelecida.

    5 - O recrutamento para constituio de relaes jurdicas de emprego pblico por tempo determinado ou determinvel nas modalidades previstas no n.

    1 do artigo 9. inicia-se sempre de entre trabalhadores que:

    a) No pretendam conservar a qualidade de sujeitos de relaes jurdicas de emprego pblico constitudas por tempo indeterminado; ou

    b) Se encontrem colocados em situao de mobilidade espec ial.

    6 - Em caso de impossibilidade de oc upao de todos ou de alguns postos de trabalho por aplicao do disposto nos nmeros anteriores, o rgo ou

    servio, precedendo parecer favorvel dos membros do Governo responsveis pelas finanas e pela Administrao Pblica, pode proceder ao

    recrutamento de trabalhadores com relao jurdica de emprego pblico por tempo determinado ou determinvel ou sem relao jurdica de emprego

    pblico previamente estabelecida.

    7 - O sent ido e a data do parecer referido no nmero anterior expressamente mencionado no procedimento de recrutamento ali em causa.

    8 - Nas condies previstas no n. 4 do artigo anterior, sendo excessivo o nmero de trabalhadores em funes, o rgo ou servio comea por

    promover as diligncias legais necessrias cessao das relaes jurdicas de emprego pblico constitudas por tempo determinado ou determinvel de

    que no carea e, quando ainda necessrio, aplica s restantes o regime legalmente previsto, incluindo o de colocao de pessoal em situao de

    mobilidade especial.

    9 - O recrutamento previsto no n. 5 pode ainda ocorrer, quando especialmente admitido na lei, mediante seleco prpria estabelecida em razo de

    aptido cientfica, tcnica ou artstica, devidamente fundamentada.

    Artigo 7.

    Oramentao e gesto das despesas com pessoal

    1 - As verbas oramentais dos rgos ou servios afectas a despesas com pessoal destinam-se a suportar os seguintes tipos de encargos:

    a) Com as remuneraes dos trabalhadores que se devam manter em exerccio de funes no rgo ou servio;

    b) Com o recrutamento de trabalhadores necessrios ocupao de postos de trabalho previstos, e no ocupados, nos mapas de pessoal aprovados e,

    ou, com alteraes do posicionamento remuneratrio na categoria dos trabalhadores que se mantenham em exerccio de funes;

    c) Com a atribuio de prmios de desempenho dos trabalhadores do rgo ou servio.

    2 - Sem prejuzo do disposto no n. 6 do artigo 47., a oramentao dos tipos de encargos referidos nas alneas b) e c) do nmero anterior efectuada

    de forma equitativa entre os rgos ou servios e tem por base a ponderao:

    a) Dos objectivos e actividades do rgo ou servio e da motivao dos respectivos trabalhadores, quanto ao referido na alnea b) do nmero anterior;

    b) Do nvel do desempenho atingido pelo rgo ou servio no ano anterior ao da preparao da proposta de oramento, quanto ao referido na alnea c).3 - Compete ao dirigente mximo do rgo ou servio, ponderados os factores referidos na alnea a) do nmero anterior, decidir sobre o montante

    mximo de cada um dos tipos de encargos referidos na alnea b) do n. 1 que se prope suportar, podendo optar, sem prejuzo do disposto no n. 6 do

    artigo 47., pela afectao integral das verbas oramentais correspondentes a apenas um dos tipos.

    4 - A deciso referida no nmero anterior tomada no prazo de 15 dias aps o incio de exec uo do oramento.

    5 - Quando no seja utilizada a totalidade das verbas oramentais destinadas a suportar o tipo de encargos referido na alnea b) do n. 1, a parte

    remanescente acresc e s destinadas a suportar o tipo de encargos referido na alnea c ) do mesmo nmero.

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    Artigo 12.

    Perodo experimental da nomeao definitiva

    1 - A nomeao definitiva de um trabalhador para qualquer carreira e categoria inicia-se com o decurso de um perodo experimental destinado a

    comprovar se o trabalhador possui as competncias exigidas pelo posto de trabalho que vai ocupar.

    2 - Na falta de lei especial em contrrio, o perodo experimental tem a durao de um ano.

    3 - Durante o perodo experimental, o trabalhador acompanhado por um jri especialmente constitudo para o efeito, ao qual compete a sua avaliao

    final.

    4 - A avaliao final toma em considerao os elementos que o jri tenha recolhido, o relatrio que o trabalhador deve apresentar e os resultados das

    aces de formao frequentadas.

    5 - A avaliao final traduz-se numa escala de 0 a 20 valores, considerando-se concludo com sucesso o perodo experimental quando o trabalhador tenhaobtido uma avaliao no inferior a 14 ou a 12 valores, consoante se trate ou no, respectivamente, de carreira ou categoria de grau 3 de complexidade

    funcional.

    6 - Concludo com sucesso o perodo experimental, o seu termo formalmente assinalado por acto escrito da entidade competente para a nomeao.

    7 - O tempo de servio deco rrido no perodo experimental que se tenha conc ludo com sucesso c ontado, para todos os efeitos legais, na carreira e

    categoria em causa.

    8 - Concludo sem sucesso o perodo experimental, a nomeao feita cessar e o trabalhador regressa situao jurdico-funcional de que era titular

    antes dela, quando constituda e consolidada por tempo indeterminado, ou cessa a relao jurdica de emprego pblico, no caso contrrio, em qualquer

    caso sem direito a indemnizao.

    9 - Por acto especialmente fundamentado da entidade competente, ouvido o jri, o perodo experimental e a nomeao podem ser feitos cessar

    antecipadamente quando o trabalhador manifestamente revele no possuir as competncias exigidas pelo posto de trabalho que ocupa.

    10 - O tempo de servio dec orrido no perodo experimental que se tenha conc ludo sem sucesso contado, sendo o caso, na carreira e categoria s

    quais o trabalhador regressa.

    11 - As regras previstas na lei geral sobre procedimento concursal para efeitos de recrutamento de trabalhadores so aplicveis, com as necessrias

    adaptaes, constituio, composio, funcionamento e competncia do jri, bem como homologao e impugnao administrativa dos resultados da

    avaliao final.

    Artigo 13.

    Regime da nomeao transitria

    1 - Aos pressupostos do recurso nomeao transitria, ao perodo experimental e sua durao e renovao so aplicveis, com as necessrias

    adaptaes, as disposies adequadas do Regime do Contrato de Trabalho em Funes Pblicas (RCTFP) relativas ao contrato a termo resolutivo.

    2 - A rea de recrutamento da nomeao transitria constituda pelos trabalhadores que no tenham ou no pretendam conservar a qualidade de

    sujeitos de relaes jurdicas de emprego pblico constitudas por tempo indeterminado, bem como pelos que se encontrem em situao de mobilidade

    especial.

    Artigo 14.Forma da nomeao

    1 - A nomeao reveste a forma de despacho e pode consistir em mera declarao de conc ordncia com proposta ou informao anterior que, nesse

    caso, faz parte integrante do acto.

    2 - Do despacho de nomeao consta a referncia aos dispositivos legais habilitantes e existncia de adequado cabimento oramental.

    Artigo 15.

    Aceitao da nomeao

    1 - A aceitao o acto pblico e pessoal pelo qual o nomeado declara aceitar a nomeao.

    2 - A aceitao titulada pelo respectivo termo, de modelo aprovado por portaria do membro do Governo responsvel pela rea da Administrao

    Pblica.

    3 - No acto de aceitao o trabalhador presta o seguinte compromisso de honra:

    Afirmo solenemente que cumprirei as funes que me so confiadas com respeito pelos deveres que decorrem da Constituio e da lei.

    Contm as alteraes introduzidas pelos seguintes diplomas:

    - Rectif. n. 22-A/2008, de 24 de Abril

    Verses anteriores deste artigo:

    - 1 verso: Lei n. 12-A/2008, de 27 de Fevereiro

    Artigo 16.

    Competncia

    1 - A entidade competente para a nomeao -o tambm para a assinatura do termo de aceitao.

    2 - A competncia prevista no nmero anterior pode, a solicitao do rgo ou servio, ainda que por iniciativa do trabalhador, ser exercida pelo

    governador civil ou, no estrangeiro, pela autoridade diplomtica ou consular.

    Artigo 17.

    Prazo para aceitao

    1 - Sem prejuzo do disposto em leis especiais, o prazo para aceitao de 20 dias contado, continuamente, da data da publicitao do acto de

    nomeao.

    2 - Em casos devidamente justificados, designadamente de doena e frias, o prazo previsto no nmero anterior pode ser prorrogado, por perodos

    determinados, pela entidade competente para a assinatura do respectivo termo.

    3 - Em caso de ausncia por maternidade, paternidade ou adopo, de faltas por acidente em servio ou doena profissional e de prestao de servio

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    m ar, o prazo prevs o no n. au oma camen e prorroga o para o ermo e a s s ua es.

    Artigo 18.

    Efeitos da aceitao

    1 - A aceitao determina o incio de funes para todos os e feitos legais, designadamente os de perc epo de remunerao e de contagem do tempo

    de servio.

    2 - Nos casos de ausncia por maternidade, paternidade ou adopo e de faltas por acidente em servio ou doena profissional, a percepo de

    remunerao decorrente de nomeao definitiva retroage data da publicitao do respectivo acto.

    3 - Nos casos previstos no n. 3 do artigo anterior, a contagem do tempo de servio decorrente de nomeao definitiva retroage data da publicitao

    do respectivo acto.

    Artigo 19.

    Falta de aceitao

    1 - A entidade competente para a assinatura do termo de aceitao no pode, sob pena de responsabilidade civil, financeira e disciplinar, recusar-se a

    faz-lo.

    2 - Sem prejuzo do disposto em leis especiais, a falta de aceitao do nomeado importa a revogao automtica do acto de nomeao sem que possa ser

    repetido no procedimento em que foi praticado.

    SECO IVContrato

    Artigo 20.

    mbito do contrato

    So contratados os trabalhadores que no devam ser nomeados e cuja relao jurdica de emprego pblico no deva ser constituda por comisso de

    servio.

    Artigo 21.

    Modalidades do contrato

    1 - O c ontrato reveste as modalidades de contrato por tempo indeterminado e de c ontrato a termo resolutivo, certo ou incerto.

    2 - O tempo de servio deco rrido no perodo experimental que se tenha conc ludo sem sucesso contado, sendo o caso, na carreira e categoria s

    quais o trabalhador regressa.

    Artigo 22.Pressupostos e rea de recrutamento do contrato a termo resolutivo

    1 - Os pressupostos do recurso ao contrato a termo resolutivo so os previstos no RCTFP.

    2 - A rea de recrutamento do contrato a termo resolutivo constituda pelos trabalhadores que no tenham ou no pretendam conservar a qualidade

    de sujeitos de relaes jurdicas de emprego pblico constitudas por tempo indeterminado, bem como pelos que se encontrem em situao de

    mobilidade especial.

    SECO VComisso de servio

    Artigo 23.

    Durao e renovao

    1 - Na falta de lei especial em contrrio, a comisso de servio tem a durao de trs anos, sucessivamente renovvel por iguais perodos.

    2 - O tempo de servio deco rrido em comisso de servio contado, sendo o c aso, na carreira e categoria s quais o trabalhador regressa.

    Artigo 24.

    Posse

    1 - Sem prejuzo do disposto em leis especiais, a aceitao do exerccio de cargos em comisso de servio reveste a forma de posse.

    2 - A posse um acto pblico, pessoal e solene pelo qual o trabalhador manifesta a vontade de aceitar o exerccio do cargo.

    3 - aplicvel comisso de servio e posse, com as necessrias adaptaes, o disposto no artigo 14., nos n.os 2 e 3 do artigo 15., nos artigos 16. e

    17., no n. 1 do art igo 18. e no artigo 19.

    CAPTULO II

    Garantias de imparcialidade

    Artigo 25.Incompatibilidades e impedimentos

    1 - A existncia de incompatibilidades e de impedimentos contribui para garantir a imparcialidade no exerccio de funes pblicas.

    2 - Sem prejuzo do disposto na Constituio, nos artigos 44. a 51. do Cdigo do Procedimento Administrativo e em leis especiais, as incompatibilidades

    e os impedimentos a que se encontram sujeitos os trabalhadores, independentemente da modalidade de constituio da relao jurdica de emprego

    pblico ao abrigo da qual exercem funes, so os previstos no presente c aptulo.

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    Artigo 26.

    Incompatibilidade com outras funes

    As funes pblicas so, em regra, exercidas em regime de exclusividade.

    Artigo 27.

    Acumulao com outras funes pblicas

    1 - O exerccio de funes pode ser acumulado com o de outras funes pblicas quando estas no sejam remuneradas e haja na acumulao manifestointeresse pblico.

    2 - Sendo remuneradas e havendo manifesto interesse pblico na acumulao, o exerc cio de funes apenas pode ser acumulado com o de outras

    funes pblicas nos seguintes casos:

    a) Inerncias;

    b) Actividades de representao de rgos ou servios ou de ministrios;

    c) Participao em comisses ou grupos de trabalho;

    d) Participao em conselhos consultivos e em comisses de fiscalizao ou outros rgos colegiais, neste caso para fiscalizao ou controlo de

    dinheiros pblicos;

    e) Actividades de carcter ocasional e temporrio que possam ser consideradas complemento da funo;

    f) Actividades docentes ou de investigao de durao no superior fixada em despacho dos membros do Governo responsveis pelas finanas,

    Administrao Pblica e educao ou ensino superior e que, sem prejuzo do cumprimento da durao semanal do trabalho, no se sobreponha em mais

    de um tero ao horrio inerente funo principal;

    g) Realizao de conferncias, palestras, aces de formao de curta durao e outras actividades de idntica natureza.

    Artigo 28.

    Acumulao com funes privadas

    1 - Sem prejuzo do disposto nos nmeros seguintes, o exerc cio de funes no pode ser acumulado com o de funes ou actividades privadas.

    2 - A ttulo remunerado ou no, em regime de trabalho autnomo ou subordinado, podem ser acumuladas, pelo trabalhador ou por interposta pessoa,

    funes ou actividades privadas desde que as mesmas no sejam concorrentes ou similares com as funes pblicas desempenhadas e que com estas

    sejam conflituantes.

    3 - Consideram-se concorrentes ou similares com as funes pblicas desempenhadas e que com estas sejam conflituantes as funes ou actividades

    que, tendo contedo idntico ao das funes pblicas desempenhadas, sejam desenvolvidas de forma permanente ou habitual e se dirijam ao mesmo

    crcu lo de destinatrios.

    4 - A ttulo remunerado ou no, em regime de trabalho autnomo ou subordinado, podem ainda ser acumuladas, pelo trabalhador ou por interposta

    pessoa, funes ou actividades privadas que:

    a) No sejam legalmente consideradas incompatveis com as funes pblicas;b) No sejam desenvolvidas em horrio sobreposto, ainda que parcialmente, ao das funes pblicas;

    c) No comprometam a iseno e a imparcialidade exigidas pelo desempenho das funes pblicas;

    d) No provoquem algum prejuzo para o interesse pblico ou para os direitos e interesses legalmente protegidos dos cidados.

    Contm as alteraes introduzidas pelos seguintes diplomas:

    - Lei n. 34/2010, de 02 de Setembro

    Verses anteriores deste artigo:

    - 1 verso: Lei n. 12-A/2008, de 27 de Fevereiro

    Artigo 29.

    Autorizao para acumulao de funes

    1 - A acumulao de funes nos termos previstos nos artigos 27. e 28. depende de prvia autorizao da entidade competente.

    2 - Do requerimento a apresentar para o efeito deve constar a indicao:

    a) Do local do exerccio da funo ou actividade a acumular;

    b) Do horrio em que ela se deve exercer;

    c) Da remunerao a auferir, quando seja o caso;

    d) Da natureza autnoma ou subordinada do trabalho a desenvolver e do respectivo contedo;

    e) Das razes por que o requerente entende que a acumulao, conforme os casos, de manifesto interesse pblico ou no inco rre no previsto nas

    alneas a) e d) do n. 4 do artigo anterior;

    f) Das razes por que o requerente entende no existir conflito com as funes desempenhadas, designadamente por a funo a acumular no revestir

    as caractersticas referidas nos n.os 2 e 3 e na alnea c) do n. 4 do artigo anterior;

    g) Do compromisso de cessao imediata da funo ou actividade acumulada no caso de oco rrncia superveniente de conflito.

    3 - Compete aos titulares de cargos dirigentes, sob pena de cessao da comisso de servio, nos termos do respectivo estatuto, verificar da existncia

    de situaes de acumulao de funes no autorizadas, bem como fiscalizar, em geral, a estrita observncia das garantias de imparcialidade no

    desempenho de funes pblicas.

    Contm as alteraes introduzidas pelos seguintes diplomas:

    - Lei n. 34/2010, de 02 de Setembro

    Verses anteriores deste artigo:

    - 1 verso: Lei n. 12-A/2008, de 27 de Fevereiro

    Artigo 30.

    Interesse no procedimento

    1 - Os trabalhadores no podem prestar a terceiros, por si ou por interposta pessoa, em regime de trabalho autnomo ou subordinado, servios no

    mbito do estudo, preparao ou financiamento de projectos, candidaturas ou requerimentos que devam ser submetidos sua aprec iao ou deciso ou

    de rgos ou unidades orgnicas co locados sob sua directa influncia.

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    - , ,

    rgos ou unidades orgnicas colocados sob sua directa influnc ia.

    3 - Para efeitos do disposto nos nmeros anteriores, consideram-se colocados sob directa influnc ia do trabalhador os rgos ou unidades orgnicas

    que:

    a) Estejam sujeitos ao seu poder de direco, superintendncia ou tutela;

    b) Exeram poderes por ele delegados ou subdelegados;

    c) Tenham sido por ele institudos, ou relativamente a cujo titular tenha intervindo como entidade empregadora pblica, para o fim especfico de

    intervir nos procedimentos em causa;

    d) Sejam integrados, no todo ou em parte, por trabalhadores por ele designados por tempo determinado ou determinvel;

    e) Cujo titular ou trabalhadores neles integrados tenham, h menos de um ano, sido beneficiados por qualquer vantagem remuneratria, ou obtido

    meno relativa avaliao do seu desempenho, em cujo procedimento ele tenha intervindo;

    f) Com ele colaborem, em situao de paridade hierrquica, no mbito do mesmo rgo ou servio ou unidade orgnica.

    4 - equiparado ao interesse do trabalhador, definido nos termos dos n.os 1 e 2, o interesse:

    a) Do seu cnjuge, no separado de pessoas e bens, dos seus ascendentes e descendentes em qualquer grau, dos colaterais at ao 2. grau e daquele

    que com ele viva nas condies do artigo 2020. do Cdigo Civil;

    b) Da sociedade em cujo capital detenha, directa ou indirectamente, por si mesmo ou conjuntamente com as pessoas referidas na alnea anterior, uma

    participao no inferior a 10 %.

    5 - A violao dos deveres referidos nos n.os 1 e 2 produz as consequncias disciplinares previstas no respectivo estatuto.

    6 - Para efeitos do disposto no Cdigo do Procedimento Administrativo, os trabalhadores devem comunicar ao respectivo superior hierrquico, antes de

    tomadas as decises, praticados os actos ou celebrados os c ontratos referidos nos n.os 1 e 2, a existnc ia das situaes referidas no n. 4.

    7 - aplicvel, com as necessrias adaptaes, o disposto no artigo 51. do Cdigo do Procedimento Administrativo.

    CAPTULO III

    Cessao da relao jurdica de emprego pblico

    Artigo 31.Disposies gerais

    1 - Quando previsto em lei especial, e nos termos nela estabelecidos, a no reunio superveniente de qualquer dos requisitos referidos no artigo 8. faz

    cessar ou modificar a relao jurdica de emprego pblico.

    2 - Em qualquer caso, na falta de lei especial em contrrio, a relao jurdica de emprego pblico cessa quando o trabalhador complete 70 anos de

    idade.

    Artigo 32.

    Cessao da nomeao

    1 - A nomeao definitiva cessa por:

    a) Concluso sem sucesso do perodo experimental, nos termos dos n.os 8, 9 e 10 do artigo 12.;

    b) Exonerao a pedido do trabalhador;

    c) M tuo acordo entre a ent idade empregadora pblica e o trabalhador, mediante justa compensao;

    d) Aplicao de pena disciplinar expulsiva;

    e) Morte do trabalhador;

    f) Desligao do servio para efeitos de aposentao.

    2 - A exonerao referida na alnea b) do nmero anterior produz efeitos no 30. dia a contar da data da apresentao do respectivo pedido, excepto

    quando a entidade empregadora pblica e o trabalhador acordarem diferentemente.

    3 - A causa de cessao referida na alnea c) do n. 1 regulamentada por portaria dos membros do Governo responsveis pelas finanas e pela

    Administrao Pblica com observncia das seguintes regras:

    a) A compensao a atribuir ao trabalhador toma como referncia a sua remunerao base mensal, sendo o respectivo montante aferido em funo do

    nmero de anos completos, e com a respectiva proporo no caso de fraco de ano, de exercc io de funes pblicas;

    b) Tal causa gera a incapacidade do trabalhador para constituir uma relao de vinculao, a ttulo de emprego pblico ou outro, com os rgos e

    servios aos quais a presente lei aplicvel e com entidades pblicas empresariais, durante o nmero de meses igual ao dobro do nmero resultante da

    diviso do montante da compensao atribuda pelo da sua remunerao base mensal, calculado com aproximao por excesso.

    4 - cessao da nomeao transitria so aplicveis, com as necessrias adaptaes, as disposies adequadas do RCTFP relativas ao contrato a termo

    resolutivo, bem como a da alnea d) do n. 1.

    Contm as alteraes introduzidas pelos seguintes diplomas:

    - Lei n. 64-A/2008, de 31 de Dezembro

    Verses anteriores deste artigo:

    - 1 verso: Lei n. 12-A/2008, de 27 de Fevereiro

    Artigo 33.

    Cessao do contrato

    1 - Concludo sem sucesso o perodo experimental, o contrato feito cessar e o trabalhador regressa situao jurdico-funcional de que era titular

    antes dele, quando constituda e consolidada por tempo indeterminado, ou cessa a relao jurdica de emprego pblico, no c aso contrrio.

    2 - O c ontrato pode cessar pelas causas previstas no RCTFP.

    3 - Quando o contrato por tempo indeterminado deva cessar por despedimento colect ivo ou por despedimento por extino do posto de trabalho, a

    identificao dos trabalhadores relativamente aos quais tal cessao deva produzir efeitos opera-se por aplicao dos procedimentos previstos na lei em

    caso de reorganizao de servios.

    4 - Identificados os trabalhadores cujo contrato deva cessar aplicam-se os restantes procedimentos previstos no RCTFP.5 - Confirmando-se a necessidade de cessao do contrato, o trabalhador notificado para, em 10 dias teis, informar se deseja ser colocado em

    situao de mobilidade especial pelo prazo de um ano.

    6 - No o desejando, e no tendo havido acordo de revogao nos termos do RCTFP, praticado o acto de cessao do contrato.

    7 - Sendo colocado em situao de mobilidade espec ial e reiniciando funes por tempo indeterminado em qualquer rgo ou servio a que a presente

    lei aplicvel, os procedimentos para cessao do contrato so arquivados sem que seja praticado o c orrespondente acto.

    8 - No tendo lugar o reincio de funes, nos termos do nmero anterior, durante o prazo de colocao do trabalhador em situao de mobilidade

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    especial, praticado o acto de cessao do contrato.

    9 - O disposto nos n.os 5 a 8 aplicvel, com as necessrias adaptaes, cessao do contrato por tempo indeterminado por:

    a) Caducidade por impossibilidade superveniente, absoluta e definitiva de a entidade empregadora pblica receber o trabalho; ou

    b) Despedimento por inadaptao.

    10 - Para os efeitos previstos no RCTFP, a inexistncia de alternativas cessao do contrato ou de outros postos de trabalho compatveis com a

    categoria ou com a qualificao profissional do trabalhador justificada atravs de declarao emitida pela entidade gestora da mobilidade.

    Artigo 34.

    Cessao da comisso de servio

    1 - Na falta de lei especial em contrrio, a comisso de servio cessa, a todo o tempo, por iniciativa da entidade empregadora pblica ou do trabalhador,com aviso prvio de 30 dias.

    2 - Cessada a comisso de servio, o trabalhador regressa situao jurdico-funcional de que era titular antes dela, quando constituda e consolidada

    por tempo indeterminado, ou cessa a relao jurdica de emprego pblico, no caso contrrio, em qualquer caso com direito a indemnizao quando

    prevista em lei especial.

    CAPTULO IVContratos de prestao de servios

    Artigo 35.

    mbito dos contratos de prestao de servios

    1 - Os rgos e servios a que a presente lei aplicvel podem celebrar contratos de prestao de servios, nas modalidades de contratos de tarefa e

    de avena, nos termos previstos no presente captulo.

    2 - A celebrao de contratos de tarefa e de avena apenas pode ter lugar quando, cumulativamente:a) Se trate da execuo de trabalho no subordinado, para a qual se revele inconveniente o recurso a qualquer modalidade da relao jurdica de

    emprego pblico;

    b) (Revogada.)

    c) Seja observado o regime legal da aquisio de servios;

    d) O contratado comprove ter regularizadas as suas obrigaes fiscais e com a segurana social.

    3 - Considera-se trabalho no subordinado o que, sendo prestado com autonomia, no se encontra sujeito disciplina e direco do rgo ou servio

    contratante nem impe o cumprimento de ho rrio de trabalho.

    4 - Sem prejuzo dos requisitos referidos nas alneas c) e d) do n. 2, a celebrao de contratos de tarefa e de avena depende de prvio parecer

    favorvel dos membros do Governo responsveis pelas reas das finanas e da Administrao Pblica, relativamente verificao do requisito previsto na

    alnea a) do n. 2, sendo os termos e tramitao desse parecer regulados por portaria dos mesmos membros do Governo.

    5 - Os membros do Governo a que se refere o nmero anterior podem excepcionalmente autorizar a celebrao de um nmero mximo de contratos de

    tarefa e de avena, em termos a definir na portaria prevista no nmero anterior, desde que, a par do cumprimento do disposto no n. 2, no sejam

    excedidos os prazos contratuais inicialmente previstos e os encargos financeiros globais anuais, que devam suportar os referidos contratos, estejam

    inscritos na respectiva rubrica do o ramento do rgo ou do servio.

    6 - O contrato de tarefa tem como objecto a execu o de trabalhos espec ficos, de natureza excepcional, no podendo exceder o termo do prazo

    contratual inicialmente estabelecido.

    7 - O c ontrato de avena tem como objecto prestaes suc essivas no exerc cio de profisso liberal, com retribuio certa mensal, podendo ser feito

    cessar a todo o tempo, por qualquer das partes, mesmo quando celebrado com clusula de prorrogao tcita, com aviso prvio de 60 dias e sem

    obrigao de indemnizar.

    8 - A verificao, atravs de relatrio de auditoria efectuada pela Inspeco-Geral de Finanas em articulao com a Direco-Geral da Administrao e

    do Emprego Pblico, da vigncia de c ontratos de prestao de servio para execuo de trabalho subordinado equivale ao rec onhec imento pe lo rgo

    ou servio da necessidade de ocupao de um posto de trabalho com recurso constituio de uma relao jurdica de emprego pblico por tempo

    indeterminado ou por tempo determinado ou determinvel, conforme caracterizao resultante da auditoria, determinando:

    a) A alterao do mapa de pessoal do rgo ou servio, por forma a prever aquele posto de trabalho;

    b) A publicitao de proc edimento c oncursal para constituio da relao jurdica de emprego pblico, no s termos previstos na presente lei.

    Contm as alteraes introduzidas pelos seguintes diplomas:- Lei n. 3-B/2010, de 28 de Abril Verses anteriores deste artigo:- 1 verso: Lei n. 12-A/2008, de 27 de Fevereiro

    Artigo 36.

    Incumprimento do mbito da celebrao

    1 - Sem prejuzo da produ o plena dos seus efeitos durante o tempo em que tenham estado em execuo, os contratos de prestao de servios

    celebrados com violao dos requisitos previstos nos n.os 2 e 4 do artigo anterior so nulos.

    2 - A violao referida no nmero anterior faz incorrer o seu responsvel em responsabilidade civil, financeira e disciplinar.

    3 - Para efeitos da efectivao da responsabilidade financeira dos dirigentes autores da violao referida no n. 1 pelo Tribunal de Contas, consideram-se

    os pagamentos despendidos em sua consequncia como sendo pagamentos indevidos.

    CAPTULO V

    Publicitao das modalidades de vinculao

    Artigo 37.Publicao

    1 - So publicados na 2. srie do Dirio da Repblica, por extracto:

    a) Os actos de nomeao definitiva, bem como os que determinam, relativamente aos trabalhadores nomeados, mudanas definitivas de rgo ou servio

    e, ou, de categoria;

    b) Os contratos por tempo indeterminado, bem como os actos que determinam, relativamente aos trabalhadores contratados, mudanas definitivas de

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    abrangidas.

    3 - A descrio do contedo funcional no pode, em caso algum, e sem prejuzo do disposto no n. 3 do artigo 271. da Constituio, constituir

    fundamento para o no cumprimento do dever de obedincia e no prejudica a atribuio ao trabalhador de funes, no expressamente mencionadas,

    que lhe sejam afins ou funcionalmente ligadas, para as quais o trabalhador detenha a qualificao profissional adequada e que no impliquem

    desvalorizao profissional.

    Artigo 44.

    Graus de complexidade funcional

    1 - Em funo da titularidade do nvel habilitacional em regra exigida para integrao em cada carreira, estas classificam-se em trs graus de

    complexidade funcional, nos seguintes termos:

    a) De grau 1, quando se exija a titularidade da escolaridade obrigatria, ainda que acrescida de formao profissional adequada;

    b) De grau 2, quando se exija a titularidade do 12. ano de escolaridade ou de curso que lhe seja equiparado;

    c) De grau 3, quando se exija a titularidade de licenciatura ou de grau acadmico superior a esta.

    2 - O diploma que crie a carreira faz referncia ao respectivo grau de complexidade funcional.

    3 - As carreiras pluricategoriais podem apresentar mais do que um grau de complexidade funcional, cada um deles referenciado a categorias, quando a

    integrao nestas dependa, em regra, da titularidade de nveis habilitacionais diferentes.

    Artigo 45.

    Posies remuneratrias

    1 - A cada categoria das carreiras corresponde um nmero varivel de posies remuneratrias.

    2 - categoria da carreira unicategorial corresponde um nmero mnimo de oito posies remuneratrias.

    3 - Nas carreiras pluricategoriais, o nmero de po sies remuneratrias de cada categoria obedece s seguintes regras:a) categoria inferior corresponde um nmero mnimo de oito posies remuneratrias;

    b) A cada uma das categorias sucessivamente superiores corresponde um nmero proporc ionalmente dec rescente de posies remuneratrias por forma

    a que:

    i) Estando a carreira desdobrada em duas categorias, seja de quatro o nmero mnimo das posies remuneratrias da categoria superior;

    ii) Estando a carreira desdobrada em trs categorias, seja de cinco e de duas o nmero mnimo das posies remuneratrias das categorias

    sucessivamente superiores;

    iii) Estando a carreira desdobrada em quatro categorias, seja de seis, quatro e duas o nmero mnimo das posies remuneratrias das categorias

    sucessivamente superiores.

    Contm as alteraes introduzidas pelos seguintes diplomas:

    - Rectif. n. 22-A/2008, de 24 de Abril

    Verses anteriores deste artigo:

    - 1 verso: Lei n. 12-A/2008, de 27 de Fevereiro

    Artigo 46.Alterao do posicionamento remuneratrio: Opo gestionria

    1 - Tendo em considerao as verbas oramentais destinadas a suportar o tipo de encargos previstos na alnea b) do n. 1 do artigo 7., o dirigente

    mximo do rgo ou servio decide, nos termos dos n.os 3 e 4 do mesmo artigo, se, e em que medida, este se prope suportar encargos decorrentes de

    alteraes do posicionamento remuneratrio na categoria dos trabalhadores do rgo ou servio.

    2 - A deciso referida no nmero anterior fixa, fundamentadamente, o montante mximo, com as desagregaes necessrias, dos encargos que o rgo

    ou servio se prope supo rtar, bem como o universo das carreiras e c ategorias onde as alteraes do posicionamento remuneratrio na categoria

    podem ter lugar.

    3 - O universo referido no nmero anterior pode ainda ser desagregado, quando assim o entenda o dirigente mximo, em funo:

    a) Da atribuio, competncia ou actividade que os trabalhadores integrados em determinada carreira ou titulares de determinada categoria devam

    cumprir ou executar;

    b) Da rea de formao acadmica ou profissional dos trabalhadores integrados em determinada carreira ou titulares de determinada categoria, quando

    tal rea de formao tenha sido utilizada na caracterizao dos postos de trabalho contidos nos mapas de pessoal.

    4 - Para os efeitos do disposto nos nmeros anteriores, as alteraes podem no ter lugar em todas as carreiras, ou em todas as categorias de uma

    mesma carreira ou ainda relativamente a todos os trabalhadores integrados em determinada carreira ou titulares de determinada categoria.5 - A deciso tornada pblica por afixao no rgo ou servio e insero em pgina electrnica.

    Artigo 47.

    Alterao do posicionamento remuneratrio: Regra

    1 - Preenchem os universos definidos nos termos do artigo anterior os trabalhadores do rgo ou servio, onde quer que se encontrem em exerccio de

    funes, que, na falta de lei especial em contrrio, tenham obtido, nas ltimas avaliaes do seu desempenho referido s funes exercidas durante o

    posicionamento remuneratrio em que se encont ram:

    a) Duas menes mximas, consecutivas;

    b) Trs menes imediatamente inferiores s mximas, consecutivas; ou

    c) Cinco menes imediatamente inferiores s referidas na alnea anterior, desde que consubstanciem desempenho positivo, consecutivas.

    2 - Determinados os trabalhadores que preenchem cada um dos universos definidos, so ordenados, dentro de cada universo, por ordem decrescente da

    classificao quantitativa obtida na ltima avaliao do seu desempenho.3 - Em face da ordenao referida no nmero anterior o montante mximo dos encargos fixado por cada universo, nos termos dos n.os 2 e 3 do artigo

    anterior, distribudo, pela ordem mencionada, por forma a que cada trabalhador altere o seu posicionamento na categoria para a posio

    remuneratria imediatamente seguinte quela em que se encontra.

    4 - No h lugar a alterao do posicionamento remuneratrio quando, no obstante reunidos os requisitos previstos no n. 1, o montante mximo dos

    encargos fixado para o universo em causa se tenha previsivelmente esgotado, no quadro da execuo oramental em curso, com a alterao relativa a

    trabalhador o rdenado superiormente.

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    5 - Para efeitos do disposto nas alneas b) e c) do n. 1 so tambm consideradas as menes obtidas que sejam superiores s nelas referidas.

    6 - H lugar a alterao obrigatria para a posio remuneratria imediatamente seguinte quela em que o trabalhador se encontra, quando a haja,

    independentemente dos universos definidos nos termos do artigo anterior, quando aquele, na falta de lei especial em contrrio, tenha acumulado 10

    pontos nas avaliaes do seu desempenho referido s funes exerc idas durante o posicionamento remuneratrio em que se enc ontra, contados nos

    seguintes termos:

    a) Trs pontos por cada meno mxima;

    b) Dois pontos por cada meno imediatamente inferior mxima;

    c) Um ponto por cada meno imediatamente inferior referida na alnea anterior, desde que consubstancie desempenho positivo;

    d) Um ponto negativo por cada meno correspondente ao mais baixo nvel de avaliao.

    7 - Na falta de lei especial em contrrio, a alterao do posicionamento remuneratrio reporta-se a 1 de Janeiro do ano em que tem lugar.

    Contm as alteraes introduzidas pelos seguintes diplomas:

    - Rectif. n. 22-A/2008, de 24 de Abril

    Verses anteriores deste artigo:

    - 1 verso: Lei n. 12-A/2008, de 27 de Fevereiro

    Artigo 48.

    Alterao do posicionamento remuneratrio: Excepo

    1 - Ainda que no se encontrem reunidos os requisitos previstos no n. 1 do artigo anterior, o dirigente mximo do rgo ou servio, ouvido o Conselho

    Coordenador da Avaliao, ou o rgo com competncia equiparada, e nos limites fixados pela deciso referida nos n.os 2 e 3 do artigo 46., pode

    alterar, para a posio remuneratria imediatamente seguinte quela em que se encontra, o posicionamento remuneratrio de trabalhador em cuja

    ltima avaliao do desempenho tenha obtido a meno mxima ou a imediatamente inferior.

    2 - Da mesma forma, nos limites fixados pela deciso referida nos n.os 2 e 3 do artigo 46., o dirigente mximo do rgo ou servio, ouvido o Conselho

    Coordenador da Avaliao, ou o rgo com competncia equiparada, pode determinar que a alterao do posicionamento na categoria de trabalhador

    referido no n. 3 do artigo anterior se opere para qualquer outra posio remuneratria seguinte quela em que se encontra.

    3 - O disposto no nmero anterior tem como limite a posio remuneratria mxima para a qual tenham alterado o seu posicionamento os trabalhadores

    que, no mbito do mesmo universo, se encont rem ordenados superiormente.4 - As alteraes do posicionamento remuneratrio previstas no presente artigo so particularmente fundamentadas e tornadas pblicas, com o teor

    integral da respectiva fundamentao e do parecer do Conselho Coordenador da Avaliao, ou do rgo com competncia equiparada, por publicao

    em espao prprio da 2. srie do Dirio da Repblica, por afixao no rgo ou servio e por insero em pgina electrnica.

    5 - aplicvel o disposto no n. 7 do artigo anterior.

    Contm as alteraes introduzidas pelos seguintes diplomas:

    - Rectif. n. 22-A/2008, de 24 de Abril

    Verses anteriores deste artigo:

    - 1 verso: Lei n. 12-A/2008, de 27 de Fevereiro

    CAPTULO II

    Carreiras

    SECO I

    Organizao das carreiras

    Artigo 49.Enumerao e caracterizao

    1 - So gerais as carreiras de:

    a) Tcnico superior;

    b) Assistente tcnico;

    c) Assistente operacional.

    2 - A c aracterizao das carreiras gerais em funo do nmero e designao das categorias em que se desdobram, dos c ontedos funcionais, dos graus

    de complexidade funcional e do nmero de posies remuneratrias de c ada categoria consta do anexo presente lei, de que parte integrante.

    3 - A previso, nos mapas de pessoal, de postos de trabalho que devam ser oc upados por coordenadores tc nicos da c arreira de assistente tcnico

    depende da existncia de unidades orgnicas flexveis com o n vel de seco ou da nec essidade de coo rdenar, pelo menos, 10 assistentes tcnicos do

    respectivo sector de actividade.

    4 - A previso, nos mapas de pessoal, de postos de trabalho que devam ser ocupados por encarregados gerais operacionais da carreira de assistente

    operacional depende da nec essidade de coo rdenar, pelo menos, trs enc arregados operacionais do respec tivo sec tor de actividade.

    5 - A previso, nos mapas de pessoal, de postos de trabalho que devam ser ocupados por encarregados operacionais da carreira de assistente

    operacional depende da nec essidade de coo rdenar, pelo menos, 10 assistentes operacionais do respectivo sector de actividade.

    CAPTULO III

    Recrutamento

    Artigo 50.

    Procedimento concursal

    1 - Decidido pelo dirigente mximo da entidade empregadora pblica, nos termos do n. 2 do artigo 6. e da alnea b) do n. 1 e dos n.os 3 e 4 do artigo

    7., promover o recrutamento de trabalhadores nec essrios ocupao de todos ou de alguns postos de trabalho previstos, e no ocupados, nos mapas

    de pessoal aprovados, publicitado o respectivo procedimento concursal, designadamente atravs de publicao na 2. srie do Dirio da Repblica.

    2 - O procedimento concursal referido no nmero anterior observa as injunes dec orrentes do disposto nos n.os 3 a 7 do artigo 6.

    3 - Da publicitao do proc edimento c oncursal consta, com clareza, a refernc ia ao nmero de postos de trabalho a ocupar e a sua caracterizao em

    funo da atribuio, competncia ou actividade a cumprir ou a executar, carreira, categoria e, quando imprescindvel, rea de formao acadmica ou

    profissional que lhes correspondam.4 - Para os efeitos do disposto no nmero anterior, a publicitao do procedimento faz referncia:

    a) rea de formao acadmica quando, nos casos da alnea c) do n. 1 do artigo 44., exista mais do que uma no mesmo nvel habilitacional;

    b) rea de formao profissional quando, nos casos das alneas a) e b) do n. 1 do artigo 44., a integrao na carreira no dependa, ou no dependa

    exclusivamente, de habilitaes literrias.

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    Contm as alteraes introduzidas pelos seguintes diplomas:

    - Rectif. n. 22-A/2008, de 24 de Abril

    Verses anteriores deste artigo:

    - 1 verso: Lei n. 12-A/2008, de 27 de Fevereiro

    Artigo 51.

    Exigncia de nvel habilitacional

    1 - Em regra, pode apenas ser candidato ao procedimento quem seja titular do nvel habilitacional e, quando seja o caso, da rea de formao,

    correspondentes ao grau de complexidade func ional da carreira e categoria caracter izadoras dos postos de trabalho para cuja ocupao o

    procedimento publicitado.

    2 - A publicitao do procedimento pode, porm, prever a possibilidade de candidatura de quem, no sendo titular da habilitao exigida, considere

    dispor da formao e, ou, experincia profissionais necessrias e suficientes para a substituio daquela habilitao.

    3 - A substituio da habilitao nos termos referidos no nmero anterior no admissvel quando, para o exerccio de determinada profisso ou funo,

    implicadas na caracterizao dos postos de trabalho em causa, lei especial exija ttulo ou o preenchimento de c ertas condies.4 - O jri, preliminarmente, analisa a formao e, ou, a experincia profissionais e delibera sobre a admisso do candidato ao procedimento concursal.

    5 - Em caso de admisso, a deliberao, acompanhada do teor integral da sua fundamentao, notificada aos restantes candidatos.

    Artigo 52.

    Outros requisitos de recrutamento

    1 - Quando se trate de carreiras unicategoriais ou da categoria inferior de carreiras pluricategoriais, podem candidatar-se ao procedimento:

    a) Trabalhadores integrados na mesma carreira, a cumprir ou a executar diferente atribuio, competncia ou actividade, do rgo ou servio em causa;

    b) Trabalhadores integrados na mesma carreira, a cumprir ou a executar qualquer atribuio, competncia ou actividade, de outro rgo ou servio ou

    que se encontrem em situao de mobilidade especial;

    c) Trabalhadores integrados em outras carreiras;

    d) Sendo o caso, trabalhadores que exeram os respectivos cargos em comisso de servio ou que sejam sujeitos de outras relaes jurdicas de

    emprego pblico por tempo determinado ou determinvel e indivduos sem relao jurdica de emprego pblico previamente estabelecida.

    2 - Na falta de lei especial em contrrio, quando se trate de categorias superiores de carreiras pluricategoriais, podem candidatar-se ao procedimento,

    para alm dos referidos no nmero anterior, trabalhadores integrados na mesma carreira, em diferente categoria, do rgo ou servio em causa, que se

    encontrem a cumprir ou a executar idntica atribuio, competncia ou actividade.

    Artigo 53.

    Mtodos de seleco

    1 - Sem prejuzo do disposto nos nmeros seguintes, os mtodos de seleco a utilizar obrigatoriamente no recrutamento so os seguintes:

    a) Provas de conhecimentos, destinadas a avaliar se, e em que medida, os candidatos dispem das competncias tcnicas necessrias ao exerccio da

    funo; e

    b) Avaliao psicolgica destinada a avaliar se, e em que medida, os candidatos dispem das restantes competncias exigveis ao exerccio da funo.

    2 - Excepto quando afastados, por escrito, pelos candidatos que, cumulativamente, sejam titulares da categoria e se encontrem ou, tratando-se de

    candidatos colocados em situao de mobilidade especial, se tenham por ltimo encontrado, a cumprir ou a executar a atribuio, competncia ou

    actividade caracterizadoras dos postos de trabalho para cuja ocupao o procedimento foi publicitado, os mtodos de seleco a utilizar no seu

    recrutamento so o s seguintes:

    a) Avaliao c urricular incidente espec ialmente sobre as funes que tm desempenhado na c ategoria e no cumprimento ou exec uo da atribuio,

    competncia ou actividade em causa e o nvel de desempenho nelas alcanado;e

    b) Entrevista de avaliao das competncias exigveis ao exerccio da funo.

    3 - Podem ainda ser adoptados, facultativamente, outros mtodos de seleco legalmente previstos.

    4 - Sem prejuzo do disposto no nmero anterior, a entidade empregadora pblica pode limitar-se a utilizar os mtodos de seleco referidos nas alneas

    a) dos n.os 1 ou 2, nos seguintes casos:

    a) Nos procedimentos c oncursais para constituio de re laes jurdicas de emprego pblico por tempo indeterminado, abertos ao abrigo do disposto

    no n. 4 do Artigo 6., pode ser aplicado apenas o mtodo de seleco prova de conhec imentos ou avaliao curricu lar, consoante os casos previstos,

    respectivamente, nos n.os 1 ou 2, sem prejuzo do disposto em lei especial;

    b) Nos proc edimentos c oncursais para constituio de re laes jurdicas de emprego pblico por tempo determinado ou determinvel, abertos ao abrigo

    do disposto no n. 5 do Artigo 6., pode ser aplicado apenas o mtodo de seleco avaliao curricular, sem prejuzo do disposto em lei especial.

    Contm as alteraes introduzidas pelos seguintes diplomas:

    - Rectif. n. 22-A/2008, de 24 de Abril

    - Lei n. 55-A/2010, de 31 de Dezembro

    Verses anteriores deste artigo:

    - 1 verso: Lei n. 12-A/2008, de 27 de Fevereiro

    - 2 verso: Rectif. n. 22-A/2008, de 24 de Abril

    Artigo 54.

    Tramitao do procedimento concursal

    1 - O proc edimento c oncursal simplificado e urgente, obedecendo aos seguintes princ pios:

    a) O jri do procedimento composto por trabalhadores da entidade empregadora pblica, de outro rgo ou servio e, quando a rea de formao

    exigida revele a sua convenincia, de entidades privadas;

    b) Inexistncia de actos ou de listas preparatrias da ordenao final dos candidatos;

    c) A ordenao final dos candidatos unitria, ainda que lhes tenham sido aplicados mtodos de seleco diferentes;

    d) O recrutamento efectua-se pela ordem decrescente da ordenao final dos candidatos co locados em situao de mobilidade espec ial e, esgotados

    estes, dos restantes c andidatos.

    2 - A tramitao do procedimento concursal, incluindo a do destinado a constituir reservas de rec rutamento em cada rgo ou servio ou em entidade

    centralizada, regulamentada por portaria do membro do Governo responsvel pela rea da Administrao Pblica ou, tratando-se de carreira especial

    relativamente qual aquela tramitao se revele desadequada, por portaria deste membro do Governo e daquele cujo mbito de competncia abranja

    rgo ou servio em cujo mapa de pessoal se contenha a previso da carreira.

  • 8/6/2019 Lei n. 12-A/2008, de 27 de Fevereiro: Regime de Vinculao de Carreiras e de Remuneraes dos Trabalhadores

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    Artigo 55.

    Determinao do posicionamento remuneratrio

    1 - Quando esteja em causa posto de trabalho relativamente ao qual a modalidade da relao jurdica de emprego pblico seja o contrato, o

    posicionamento do trabalhador rec rutado numa das posies remuneratrias da categoria objecto de negociao c om a entidade empregadora pblica

    e tem lugar:

    a) Imediatamente aps o termo do procedimento concursal; ou

    b) Aquando da aprovao em curso de formao especfico ou da aquisio de c erto grau acadmico ou de certo ttulo profissional, nos termos da

    alnea c) do n. 3 do artigo 41., que decorram antes da celebrao do contrato.

    2 - Para os efeitos do disposto na alnea d) do n. 1 do artigo anterior, a negociao com os candidatos colocados em situao de mobilidade especial

    antecede a que tenha lugar com os restantes candidatos.

    3 - Sem prejuzo de contactos informais que possam e devam ter lugar, a negociao entre a entidade empregadora pblica e cada um dos candidatos,

    pela ordem em que figurem na ordenao final, efectua-se por escrito, devendo os trabalhadores com relao jurdica de emprego pblico informarpreviamente essa entidade da carreira, da categoria e da posio remuneratria que detm nessa data.

    4 - Em casos excepcionais, devidamente fundamentados, designadamente quando o nmero de candidatos seja de tal modo elevado que a negociao se

    torne impraticvel, a entidade empregadora pblica pode tomar a iniciativa de a consubstanciar numa proposta de adeso a um determinado

    posicionamento remuneratrio enviada a todos os candidatos.

    5 - O eventual acordo obtido ou a proposta de adeso so objecto de fundamentao escrita pela entidade empregadora pblica.

    6 - Sem prejuzo do disposto no n. 10, em cada um dos universos de candidatos referidos na alnea d) do n. 1 do artigo anterior, bem como

    relativamente ordenao de todos os candidatos, a falta de acordo com determinado candidato determina a negociao com o que se lhe siga na

    ordenao, ao qual, em caso algum, pode ser proposto posicionamento remuneratrio superior ao mximo que tenha sido proposto a, e no aceite por,

    qualquer dos candidatos que o antecedam naquela ordenao.

    7 - Aps o seu encerramento, a documentao relativa aos processos negociais em causa pblica e de livre acesso.

    8 - Quando esteja em causa posto de trabalho relativamente ao qual a modalidade da relao jurdica de emprego pblico seja a nomeao, lei especial

    pode tornar-lhe aplicvel o disposto nos nmeros anteriores.

    9 - No usando da faculdade prevista no nmero anterior, o posicionamento do trabalhador recrutado tem lugar na ou numa das posies remuneratrias

    da categoria que tenham sido publicitadas conjuntamente com os elementos referidos no n. 3 do artigo 50.

    10 - Quando esteja em causa o recrutamento de trabalhadores necessrios oc upao de po stos de trabalho caracterizados por corresponderem

    carreira geral de tcnico superior, a entidade empregadora pblica no pode propor a primeira posio remuneratria ao candidato que seja titular de

    licenciatura ou de grau acadmico superior a ela.

    Contm as alteraes introduzidas pelos seguintes diplomas:

    - Lei n. 3-B/2010, de 28 de Abril

    Verses anteriores deste artigo:

    - 1 verso: Lei n. 12-A/2008, de 27 de Fevereiro

    Artigo 56.

    Curso de Estudos Avanados em Gesto Pblica

    1 - Observados os condicionalismos referidos no n. 1 do artigo 50. relativamente a actividades de natureza permanente, o dirigente mximo da entidade

    empregadora pblica pode optar, em alternativa publicitao de procedimento concursal nele previsto, pelo recurso a diplomados pelo Curso de

    Estudos Avanados em Gesto Pblica (CEAGP).

    2 - Para efeitos do disposto no nmero anterior, a entidade empregadora pblica remete ao Instituto Nacional de Administrao (INA) lista do nmero depostos de trabalho a ocupar, bem como a respectiva caracterizao nos termos dos n.os 3 e 4 do artigo 50.

    3 - A caracterizao dos postos de trabalho cujo nmero consta da lista toma em considerao que os diplomados com o CEAGP apenas podem ser

    integrados na carreira geral de tcnico superior e para cumprimento ou execu o das atribuies, competncias ou actividades que a respec tiva

    regulamentao identifique.

    4 - A remessa da lista ao INA compromete a entidade empregadora pblica a, findo o CEAGP, integrar o correspondente nmero de diplomados.

    5 - O rec rutamento para frequnc ia do CEAGP observa as injunes dec orrentes do disposto nos n.os 4 a 7 do artigo 6.

    6 - A integrao na carreira geral de tcnico superior efectua-se na segunda posio remuneratria ou naquela cujo nvel remuneratrio seja idntico

    ou, na sua falta, imediatamente superior ao nvel remuneratrio correspondente ao posicionamento do candidato na categoria de origem quando dela

    seja titular no mbito de uma relao jurdica de emprego pblico constituda por tempo indeterminado.

    7 - O CEAGP pode igualmente decorrer em outras instituies de ensino superior nos termos fixados em portaria dos membros do Governo responsveis

    pela Administrao Pblica e ensino superior, sendo, neste caso, a Direco-Geral da Administrao e do Emprego Pblico a entidade competente para a

    gesto de todo o procedimento.

    8 - O CEAGP regulamentado por portaria do membro do Governo responsvel pela rea da Administrao Pblica.

    Contm as alteraes introduzidas pelos seguintes diplomas:

    - Lei n. 3-B/2010, de 28 de Abril

    Verses anteriores deste artigo:

    - 1 verso: Lei n. 12-A/2008, de 27 de Fevereiro

    Artigo 57.

    Formao profissional

    1 - No se tratando de carreira especial para cuja integrao tenha sido exigida a aprovao em curso de formao especfico, o incio de funes do

    trabalhador recrutado tem lugar com um perodo de formao em sala e em exerccio, cuja durao e contedo dependem da prvia situao jurdico-

    funcional do trabalhador.

    2 - Os trabalhadores tm o direito e o dever de frequentar, todos os anos, aces de formao e aperfeioamento profissional na actividade em que

    exercem funes.

    CAPTULO IV

    Mobilidade geral

    Artigo 58.

    Cedncia de interesse pblico

    1 - H lugar celebrao de acordo de cedncia de interesse pblico quando um trabalhador de entidade excluda do mbito de aplicao objectivo da

    presente lei deva exercer funes, ainda que a tempo parcial, em rgo ou servio a que a presente lei aplicvel e, inversamente, quando um

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    trabalhador de rgo ou servio deva exercer funes, ainda que no mesmo regime, em entidade excluda daquele mbito de aplicao.

    2 - O acordo pressupe a concordncia escrita do rgo ou servio, do membro do Governo respectivo, da entidade e do trabalhador e implica, na falta

    de disposio em contrrio, a suspenso do estatuto de origem deste.

    3 - A cednc ia de interesse pblico sujeita o trabalhador s ordens e instrues do rgo ou servio ou da entidade onde vai prestar funes, sendo

    remunerado por estes com respeito pelas disposies normativas aplicveis ao exerccio daquelas funes.

    4 - O exerccio do poder disciplinar compete entidade cessionria, excepto quando esteja em causa a aplicao de penas disciplinares expulsivas.

    5 - Os comportamentos do trabalhador cedido tm relevncia no mbito da relao jurdica de emprego de origem, devendo o procedimento disciplinar

    que apure as infraces disciplinares respeitar o estatuto disciplinar de origem.

    6 - O trabalhador cedido tem direito:

    a) contagem, na categoria de origem, do tempo de servio prestado em regime de cedncia;

    b) A optar pela manuteno do regime de proteco soc ial de origem, incidindo os desconto s sobre o montante da remunerao que lhe competiria na

    categoria de origem;c) A oc upar, nos termos legais, diferente po sto de trabalho no rgo ou servio ou na entidade de origem ou em outro rgo ou servio.

    7 - No caso previsto na alnea c) do nmero anterior, o acordo de cedncia de interesse pblico caduca com a ocupao do novo posto de trabalho.

    8 - O acordo pode ser feito cessar, a todo o tempo, por iniciativa de qualquer das partes que nele tenham intervindo, com aviso prvio de 30 dias.

    9 - No pode haver lugar, durante o prazo de um ano, a cedncia de interesse pblico para o mesmo rgo ou servio ou para a mesma entidade de

    trabalhador que se tenha enc ontrado cedido e tenha regressado situao jurdico-funcional de origem.

    10 - No caso previsto na primeira parte do n. 1, o exerccio de funes no rgo ou servio titulado atravs da modalidade adequada de constituio

    da relao jurdica de emprego pblico.

    11 - As funes a exercer em rgo ou servio correspondem a um cargo ou a uma carreira, categoria, actividade e, quando imprescindvel, rea de

    formao acadmica ou profissional.

    12 - Quando as funes co rrespondam a um cargo dirigente, o acordo de cednc ia de interesse pblico prec edido da observncia dos requisitos e

    procedimentos legais de recrutamento.

    13 - O acordo de cedncia de interesse pblico para o exerc cio de funes em rgo ou servio a que a presente lei aplicvel tem a durao mxima

    de um ano, excepto quando tenha sido c elebrado para o exerccio de um cargo ou esteja em causa rgo ou servio, designadamente temporrio, que

    no possa constituir relaes jurdicas de emprego pblico por tempo indeterminado, casos em que a sua durao indeterminada.14 - No caso previsto na alnea b) do n. 6, o rgo ou servio ou a entidade comparticipam:

    a) No financiamento do regime de proteco social aplicvel em concreto com a importncia que se encontre legalmente estabelecida para a

    contribuio das entidades empregadoras;

    b) Sendo o caso, nas despesas de administrao de subsistemas de sade da funo pblica, nos termos legais aplicveis.

    15 - Quando um trabalhador de rgo ou servio deva exercer funes em central sindical ou confederao patronal, ou em entidade privada com

    representatividade equiparada nos sectores econmico e soc ial, o acordo pode prever que continue a ser remunerado, bem como as correspondentes

    comparticipaes asseguradas, pelo rgo ou servio.

    16 - No caso previsto no nmero anterior, o nmero mximo de trabalhadores cedidos de quatro por cada central sindical e de dois por cada uma das

    restantes entidades.

    Artigo 59.

    Mobilidade interna a rgos ou servios

    1 - Quando haja convenincia para o interesse pblico, designadamente quando a economia, a eficcia e a eficincia dos rgos ou servios o

    imponham, os trabalhadores podem ser sujeitos a mobilidade interna.

    2 - A mobilidade referida no nmero anterior sempre devidamente fundamentada e pode operar-se:

    a) Dentro da mesma modalidade de constituio da relao jurdica de emprego pblico por tempo indeterminado ou entre ambas as modalidades;

    b) Dentro do mesmo rgo ou servio ou entre dois rgos ou servios;

    c) Abrangendo indistintamente trabalhadores em actividade ou que se encontrem colocados em situao de mobilidade especial;

    d) A tempo inteiro ou a tempo parcial, conforme o aco rdado entre os sujeitos que devam dar o seu acordo.

    Artigo 60.

    Modalidades de mobilidade interna

    1 - A mobilidade interna reveste as modalidades de mobilidade na categoria e de mobilidade intercarreiras ou categorias.

    2 - A mobilidade na categoria opera-se para o exerccio de funes inerentes categoria de que o trabalhador titular, na mesma actividade ou em

    diferente actividade para que detenha habilitao adequada.

    3 - A mobilidade intercarreiras ou categorias opera-se para o exerc cio de funes no inerentes categoria de que o trabalhador titular e inerentes:

    a) A categoria superior ou inferior da mesma carreira; ou

    b) A carreira de grau de complexidade funcional igual, superior ou inferior ao da carreira em que se encontra integrado ou ao da categoria de que

    titular.

    4 - A mobilidade intercarreiras ou categorias depende da titularidade de habilitao adequada do trabalhador e no pode modificar substancialmente a

    sua posio.

    Artigo 61.

    Acordos

    1 - Em regra, a mobilidade interna depende do acordo do trabalhador e dos rgos ou servios de origem e de destino.

    2 - Sem prejuzo do disposto nos nmeros seguintes, dispensado o acordo do trabalhador para efeitos de mobilidade interna, em qualquer das suasmodalidades, quando:

    a) Se opere para rgo, servio ou unidade orgnica situados no conce lho do seu rgo, servio ou unidade orgnica de origem ou no da sua residncia;

    b) O rgo, servio ou unidade orgnica de or igem ou a sua residncia se situe no c oncelho de Lisboa ou no do Porto e a mobilidade se opere para

    rgo, servio ou unidade orgnica situados em conc elho confinante c om qualquer daqueles;

    c) Se opere para qualquer outro concelho, desde que se verifiquem cumulativamente as seguintes condies, aferidas em funo da utilizao de

    transportes pblicos:

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    Avaliao do desempenho e tempo de servio em mobilidade interna

    A meno obtida na avaliao do desempenho, bem como o tempo de exerccio de funes em carreira e categoria decorrentes de mobilidade interna

    do trabalhador reportam-se, em alternativa, sua situao jurdico-funcional de origem ou correspondente mobilidade interna em que se encontrou,

    conforme, entretanto, o trabalhador no venha ou venha, respectivamente, a constituir uma relao jurdica de emprego pblico por tempo

    indeterminado, sem interrupo de funes, na ltima situao jurdico-funcional.

    TTULO V

    Regime de remuneraes

    CAPTULO I

    RemuneraesSECO I

    Componentes da remunerao

    Artigo 66.

    Direito remunerao

    1 - O direito remunerao devida por motivo de exerccio de funes em rgo ou servio a que a presente lei aplicvel constitui-se, em regra, com

    a aceitao da nomeao, ou acto equiparado, ou, no devendo estes te r lugar, com o incio do exerc cio efectivo de funes.

    2 - O disposto no nmero anterior no prejudica regime diferente legalmente previsto, designadamente no n. 2 do artigo 18.

    3 - A remunerao, quando seja peridica, paga mensalmente.

    4 - A lei prev as situaes e condies em que o direito remunerao to tal ou parcialmente suspenso.

    5 - O direito remunerao cessa com a cessao de qualquer das modalidades de vinculao, designadamente das relaes jurdicas de emprego

    pblico constitudas.

    Artigo 67.

    Componentes da remunerao

    A remunerao dos trabalhadores que exeram funes ao abrigo de relaes jurdicas de emprego pblico composta por:

    a) Remunerao base;

    b) Suplementos remuneratrios;

    c) Prmios de desempenho.

    SECO II

    Remunerao base

    Artigo 68.

    Tabela remuneratria nica

    1 - A tabela remuneratria nica contm a totalidade dos nveis remuneratrios susceptveis de ser utilizados na fixao da remunerao base dos

    trabalhadores que exeram funes ao abrigo de relaes jurdicas de emprego pblico.

    2 - O nmero de nveis remuneratrios e o montante pec unirio correspondente a cada um fixado em portaria conjunta do Primeiro-Ministro e do

    membro do Governo responsvel pela rea das finanas.

    3 - A alterao do nmero de nveis remuneratrios objecto de negociao colectiva, nos termos da lei.

    4 - A alterao do montante pec unirio correspondente a cada nvel remuneratrio objecto de negociao c olectiva anual, nos termos da lei,

    devendo, porm, manter-se a proporcionalidade relativa entre cada um dos nveis.

    5 - No necessrio observar a proporcionalidade prevista no nmero anterior entre o primeiro nvel remuneratrio e o nvel subsequente sempre que

    aquele seja fixado por referncia retribuio mnima mensal garantida (RMMG).

    Contm as alteraes introduzidas pelos seguintes diplomas:

    - Lei n. 3-B/2010, de 28 de Abril

    Verses anteriores deste artigo:

    - 1 verso: Lei n. 12-A/2008, de 27 de Fevereiro

    Artigo 69.Fixao da remunerao base

    1 - A identificao dos nveis remuneratrios correspondentes s posies remuneratrias das categorias, bem como aos cargos exercidos em comisso

    de servio, efectuada por decreto regulamentar.

    2 - Na identificao dos nveis remuneratrios correspondentes s posies remuneratrias das categorias observam-se, tendencialmente, as seguintes

    regras:

    a) Tratando-se de carreiras pluricategoriais, os intervalos entre aqueles nveis so decrescentemente mais pequenos medida que as correspondentes

    posies se tornam superiores;

    b) Nenhum nvel remuneratrio correspondente s posies das vrias categorias da carreira se encontra sobreposto, verificando-se um movimento

    nico crescente desde o n vel correspondente primeira posio da categoria inferior at ao c orrespondente ltima posio da categoria superior;

    c) Excepcionalmente, o nvel correspondente ltima posio remuneratria de uma categoria pode ser idntico ao da primeira posio da categoria

    imediatamente superior;

    d) Tratando-se de carreiras unicategoriais, os intervalos entre aqueles nveis so constantes.

    Artigo 70.

    Conceito de remunerao base

    1 - A remunerao base mensal o montante pecunirio correspondente ao nvel remuneratrio, conforme os c asos, da posio remuneratria onde o

    trabalhador se enc ontra na categoria de que titular ou do c argo exercido em comisso de servio.

    2 - A remunerao base est referenciada titularidade, respectivamente, de uma categoria e ao respectivo posicionamento remuneratrio do

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    trabalhador ou de um cargo exerc ido em comisso de servio.

    3 - A remunerao base anual paga em 14 mensalidades, correspondendo uma delas ao subsdio de Natal e outra ao subsdio de frias, nos termos da

    lei.

    Artigo 71.

    Remunerao horria

    1 - O valor da hora normal de trabalho calculado atravs da frmula (Rb x 12)/(52 x N) , sendo Rb a remunerao base mensal e N o nmero de horas da

    normal durao semanal do trabalho.

    2 - A frmula referida no nmero anterior serve de base ao c lculo da remunerao c orrespondente a qualquer outra frac o do tempo de t rabalho.

    Artigo 72.

    Opo de remunerao base

    Quando a re lao jurdica de emprego pblico se constitua por comisso de servio, ou haja lugar a cednc ia de interesse pblico, o trabalhador tem o

    direito de optar, a todo o tempo, pela remunerao base devida na situao jurdico-funcional de origem que esteja constituda por tempo

    indeterminado.

    SECO III

    Suplementos remuneratrios

    Artigo 73.

    Condies de atribuio dos suplementos remuneratrios1 - So suplementos remuneratrios os acrsc imos remuneratrios devidos pelo exerccio de funes em postos de trabalho que apresentam condies

    mais exigentes relativamente a outros postos de trabalho c aracterizados por idntico cargo ou por idnticas carreira e c ategoria.

    2 - Os suplementos remuneratrios esto referenc iados ao exerc cio de funes nos postos de trabalho referidos na primeira parte do nmero anterior,

    sendo apenas devidos a quem os oc upe.

    3 - So devidos suplementos remuneratrios quando trabalhadores, em postos de trabalho determinados nos termos do n. 1, sofram, no exerccio das

    suas funes, condies de trabalho mais exigentes:

    a) De forma anormal e transitria, designadamente as decorrentes de prestao de trabalho extraordinrio, nocturno, em dias de descanso semanal,

    complementar e feriados e fora do local normal de trabalho; ou

    b) De forma permanente, designadamente as decorrentes de prestao de trabalho arriscado, penoso ou insalubre, por turnos, em zonas perifricas,

    com iseno de horrio e de secretariado de direco.

    4 - Os suplementos remuneratrios so apenas devidos enquanto perdurem as condies de trabalho que determinaram a sua atribuio.

    5 - Os suplementos remuneratrios so apenas devidos enquanto haja exerccio de funes, efectivo ou como tal considerado por acto legislativo da

    Assembleia da Repblica.

    6 - Em regra, os suplementos remuneratrios so fixados em montantes pecunirios, s excepcionalmente podendo ser fixados em percentagem daremunerao base mensal.

    7 - Com observncia do disposto nos nmeros anteriores, os suplementos remuneratrios so criados e regulamentados por lei e ou no caso das relaes

    jurdicas de emprego pblico constitudas por c ontrato, por instrumento de regulamentao c olectiva de t rabalho.

    Contm as alteraes introduzidas pelos seguintes diplomas:

    - Lei n. 64-A/2008, de 31 de Dezembro

    Verses anteriores deste artigo:

    - 1 verso: Lei n. 12-A/2008, de 27 de Fevereiro

    SECO IV

    Prmios de desempenho

    Artigo 74.

    Preparao da atribuio

    1 - Tendo em considerao as verbas oramentais destinadas a suportar o tipo de encargos previstos na alnea c) do n. 1 e no n. 5 do artigo 7., o

    dirigente mximo do rgo ou servio fixa, fundamentadamente, no prazo de 15 dias aps o incio da execuo do oramento, o universo dos cargos e odas carreiras e categorias onde a atribuio de prmios de desempenho pode ter lugar, com as desagregaes necessrias do montante disponvel em

    funo de tais universos.

    2 - aplicvel atribuio de prmios de desempenho, com as necessrias adaptaes, o disposto nos n.os 3 a 5 do artigo 46.

    Artigo 75.

    Condies da atribuio dos prmios de desempenho

    1 - Preenchem os universos definidos nos termos do artigo anterior os trabalhadores que, cumulativamente, exeram funes no rgo ou servio e, na

    falta de lei especial em contrrio, tenham obtido, na ltima avaliao do seu desempenho, a meno mxima ou a imediatamente inferior a ela.

    2 - Determinados os trabalhadores que preenchem cada um dos universos definidos, so ordenados, dentro de cada universo, por ordem decrescente da

    classificao quantitativa obtida naquela avaliao.

    3 - Em face da ordenao referida no nmero anterior, e aps excluso dos trabalhadores que, nesse ano, tenham alterado o seu posicionamento

    remuneratrio na categoria por cujo nvel remuneratrio se encontrem a auferir a remunerao base, o montante mximo dos encargos fixado por cadauniverso nos termos do artigo anterior distribudo, pela ordem mencionada, por forma a que cada trabalhador receba o equivalente sua remunerao

    base mensal.

    4 - No h lugar a atribuio de prmio de desempenho quando, no obstante reunidos os requisitos previstos no n. 1, o montante mximo dos encargos

    fixado para o universo em causa se tenha esgotado com a atribuio de prmio a trabalhador ordenado superiormente.

    5 - Os prmios de desempenho esto referenciados ao desempenho do trabalhador objectivamente revelado e avaliado.

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    Contm as alteraes introduzidas pelos seguintes diplomas:

    - Rectif. n. 22-A/2008, de 24 de Abril

    Verses anteriores deste artigo:

    - 1 verso: Lei n. 12-A/2008, de 27 de Fevereiro

    Artigo 76.

    Outros sistemas de recompensa do desempenho

    1 - Nos limites do previsto na alnea c) do n. 1 e no n. 5 do artigo 7., por lei e, ou, no caso das relaes jurdicas de emprego pblico constitudas por

    contrato, por instrumento de regulamentao c olectiva de t rabalho, podem ser criados e regulamentados outro s sistemas de rec ompensa do

    desempenho, designadamente em funo de resultados obtidos em equipa ou do desempenho de trabalhadores que se enc ontrem posicionados na

    ltima posio remuneratria da respectiva categoria.

    2 - Os sistemas referidos no nmero anterior podem afastar a aplicao do previsto na presente seco.

    Contm as alteraes introduzidas pelos seguintes diplomas:

    - Lei n. 64-A/2008, de 31 de Dezembro

    Verses anteriores deste artigo:

    - 1 verso: Lei n. 12-A/2008, de 27 de Fevereiro

    CAPTULO II

    Descontos

    Artigo 77.

    Enumerao

    1 - Sobre as remuneraes devidas pelo exerccio de funes em rgo ou servio a que a presente lei aplicvel incidem:

    a) Descontos obrigatrios;

    b) Descontos facultativos.

    2 - So obrigatrios os descontos que resultam de imposio legal.

    3 - So facultativos os descontos que, sendo permitidos por lei, carecem de autorizao expressa do titular do direito remunerao.

    4 - Na falta de lei especial em contrrio, os descontos so efectuados directamente atravs de reteno na fonte.

    Artigo 78.

    Descontos obrigatrios

    Constituda a relao jurdica de emprego pblico, so descontos obrigatrios os seguintes:

    a) Imposto sobre o rendimento das pessoas singulares;

    b) Quotizaes para o regime de proteco social aplicvel.

    Artigo 79.

    Descontos facultativos

    1 - Constituda a relao jurdica de emprego pblico, so descontos facultativos, designadamente, os seguintes:

    a) Prmios de seguros de doena ou de acidentes pessoais, de seguros de vida e complementos de reforma e planos de poupana-reforma;

    b) Quota sindical.

    2 - Desde que solicitado pelos trabalhadores nomeados ou em comisso de servio, as quotas sindicais so obrigatoriamente descontadas na fonte.

    3 - So subsidiariamente aplicveis aos descontos referidos no nmero anterior, com as necessrias adaptaes, as disposies adequadas do RCTFP.

    TTULO VI

    Regime jurdico-funcional das modalidades de constituio da relao jurdica de emprego pblico

    Artigo 80.

    Fontes normativas da nomeao

    1 - As fontes normativas do regime jurdico-funcional aplicvel aos trabalhadores que, enquanto sujeitos de uma relao jurdica de emprego pblico

    diferente da comisso de servio, se encontrem nas condies referidas no artigo 10. so, por esta ordem:

    a) A presente lei e a legislao que a regulamenta, na parte aplicvel;

    b) As leis gerais cujo mbito de aplicao subjectivo abranja todos os trabalhadores, independentemente da modalidade de constituio da relao

    jurdica de emprego pblico ao abrigo da qual exercem as respectivas funes, na parte aplicvel;

    c) As leis especiais aplicveis s correspondentes carreiras especiais, nas matrias que, face ao disposto na lei, possam regular;

    d) Subsidiariamente, as leis gerais cujo mbito de aplicao subjectivo se circunscreva aos ento designados funcionrios e agentes.

    2 - So, designadamente, leis gerais previstas na alnea b) do nmero anterior as que definam:

    a) O regime da reorganizao de servios e da colocao de pessoal em situao de mobilidade especial;

    b) O estatuto do pessoal dirigente;

    c) Os sistemas de avaliao do desempenho dos servios, dos dirigentes e dos trabalhadores;

    d) O estatuto disciplinar.

    3 - So, designadamente, matrias reguladas pelas leis especiais previstas na alnea c) do n. 1 as que definam:

    a) A estruturao das carreiras especiais;

    b) Os requisitos de rec rutamento e a subsequente de terminao do posicionamento remuneratrio;

    c) Os nveis remuneratrios das posies das categorias das carreiras;

    d) Os suplementos remuneratrios;

    e) Outros sistemas de recompensa do desempenho;f) Sistemas adaptados e especficos de avaliao do desempenho;

    g) Estatutos disciplinares especiais;

    h) O regime aplicvel em matrias no reguladas nas leis previstas nas alneas a) e b) do n. 1.

    Contm as altera es introduzidas elos se uintes di lom as: Verses anteriores deste arti o:

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    - Rectif. n. 22-A/2008, de 24 de Abril

    - 1 verso: Lei n. 12-A/2008, de 27 de Fevereiro

    Artigo 81.

    Fontes normativas do contrato

    1 - As fontes normativas do regime jurdico-funcional aplicvel aos trabalhadores que, enquanto sujeitos de uma relao jurdica de emprego pblico

    diferente da comisso de servio, se encontrem em condies diferentes das referidas no artigo 10. so, por esta ordem:

    a) A presente lei e a legislao que a regulamenta, na parte aplicvel;

    b) As leis gerais cujo mbito de aplicao subjectivo abranja todos os trabalhadores, independentemente da modalidade de constituio da relao

    jurdica de emprego pblico ao abrigo da qual exercem as respectivas funes, na parte aplicvel;

    c) As leis especiais aplicveis s correspondentes carreiras especiais, nas matrias que, face ao disposto na lei, possam regular;

    d) O RCTFP;

    e) Subsidiariamente, as leis gerais cujo mbito de aplicao subjectivo se circunscreva aos ento designados funcionrios e agentes;

    f) Subsidiariamente, as disposies do contrato.

    2 - So ainda fonte normativa, nas matrias que, face ao disposto na lei, possam regular, os instrumentos de regulamentao colectiva de trabalho que

    integrem ou derroguem disposies ou regimes constantes das fontes referidas nas alneas a) a d) do nmero anterior, desde que mais favorveis aos

    trabalhadores, designadamente sobre:

    a) Suplementos remuneratrios;

    b) Outros sistemas de recompensa do desempenho;

    c) Sistemas adaptados e especficos de avaliao do desempenho;

    d) O regime aplicvel em matrias no reguladas nas leis previstas nas alneas a) e b) do n. 1 quando expressamente as possam regular.

    3 - So igualmente fonte normativa, nas matrias que, face ao disposto na lei ou em instrumento de regulamentao colectiva de trabalho, possam

    regular, as disposies do contrato que integrem ou derroguem disposies ou regimes constantes das fontes referidas nos nmeros anteriores desde

    que mais favorveis aos trabalhadores.

    4 - aplicvel, com as necessrias adaptaes, o disposto nos n.os 2 e 3 do artigo anterior, excepto no que se refere alnea b) do ltimo, cujo

    contedo se restringe aos requisitos de recrutamento.

    Contm as alteraes introduzidas pelos seguintes diplomas:

    - Rectif. n. 22-A/2008, de 24 de Abril

    - Lei n. 64-A/2008, de 31 de Dezembro

    Verses anteriores deste artigo:

    - 1 verso: Lei n. 12-A/2008, de 27 de Fevereiro

    - 2 verso: Rectif. n. 22-A/2008, de 24 de Abril

    Artigo 82.

    Fontes normativas da comisso de servio

    1 - As fontes normativas do regime jurdico-funcional aplicvel aos trabalhadores cuja relao jurdica de emprego pblico est constituda por comisso

    de servio so, por esta ordem:

    a) A presente lei e a legislao que a regulamenta, na parte aplicvel;

    b) As leis gerais cujo mbito de aplicao subjectivo abranja todos os trabalhadores, independentemente da modalidade de constituio da relao

    jurdica de emprego pblico ao abrigo da qual exercem funes, na parte aplicvel;

    c) As leis especiais aplicveis correspondente comisso de servio, nas matrias que, face ao disposto na lei, possam regular;

    d) Subsidiariamente, as aplicveis relao jurdica de emprego pblico de origem, quando a haja e subsista;e) As previstas no artigo 80., quando no haja ou no subsista relao jurdica de emprego pblico de origem.

    2 - aplicvel, com as necessrias adaptaes, o disposto no n. 2 e nas alneas b), primeira parte, e c) a h) do n. 3 do artigo 80.

    Contm as alteraes introduzidas pelos seguintes diplomas:

    - Rectif. n. 22-A/2008, de 24 de Abril

    Verses anteriores deste artigo:

    - 1 verso: Lei n. 12-A/2008, de 27 de Fevereiro

    TTULO VII

    Disposies finais e transitrias

    Artigo 83.

    Jurisdio competente

    1 - Os tribunais da