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LEIA NO PANORAMA GERAL Emater/RS-Ascar na Expointer, vitrine da agricultura familiar LEIA NESTA EDIÇÃO Milho: Avança o plantio da safra no Norte do Estado N.º 1.412 25 de agosto de 2016 Aqui você encontra: Panorama Geral Condições Meteorológicas Grãos Hortigranjeiros Criações Análise dos Preços Semanais EMATER/RS-ASCAR Rua Botafogo,1051 90150-053 Porto Alegre RS Fone: (051) 2125-3144 Fax: (051) 3231-7414 http://www.emater.tche.br Elaboração: Gerência de Planejamento GPL Núcleo de Informações e Analises NIA Impresso na EMATER/RS Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte Informativo Conjuntural – Desde 1989 auxiliando você na tomada de decisões. PANORAMA GERAL Emater/RS-Ascar na Expointer, vitrine da agricultura familiar Com o tema "Promovendo o Desenvolvimento Rural Sustentável", a Emater/RS-Ascar participa da 39ª edição da Expointer apresentando uma diversidade de temáticas que vão do Monitoramento Integrado de Pragas nas lavouras e do uso de energias alternativas nas propriedades rurais a hortas domésticas, inclusive verticais, indicadas para pequenos espaços, e ao uso na culinária das Plantas Alimentícias Não Convencionais, as Panc´s, entre outras práticas e técnicas que nossa Instituição defende para o fortalecimento do meio rural. Em todas as parcelas, evidenciaremos as ações socioassistenciais que desenvolvidas há mais de 61 anos e que muito têm beneficiado a permanência das famílias no campo, produzindo, gerando renda e evoluindo com qualidade de vida. Entendemos que a sustentabilidade, tão defendida para toda a sociedade, quando se refere ao meio rural está garantida no tripé econômico-social-ambiental. Assim, nessa perspectiva, mantemos o foco da diversificação da produção e das ações socioassistenciais, atendendo a públicos tradicionais da Extensão Rural e Social: indígenas, quilombolas, assentados da reforma agrária, pescadores, pecuaristas e agricultores familiares. Durante os nove dias de Expointer, nossas ações de Assistência Técnica e Extensão Rural Social (Aters) terão como palco o espaço da Emater/RS-Ascar. Localizado na nova área, ao lado do Pavilhão da Agricultura Familiar, o espaço está sendo estruturado e a Instituição divulgará e incentivará práticas que fazem parte do cotidiano do agricultor familiar. Nesse espaço, considerado a vitrine da agricultura familiar gaúcha, destacaremos as bioenergias, o Programa Gestão Sustentável da Agricultura Familiar, tecnologias de saneamento e educação ambiental, bovinocultura de leite, recuperação e manutenção da qualidade do solo, policultivo de carpas, os serviços de classificação e certificação de produtos vegetais, as Unidades de Cooperativismo da Instituição e a segurança e soberania alimentar, através da Cozinha Didática. Com todas essas técnicas e curiosidades, a Emater/RS-Ascar se coloca à disposição dos visitantes da Expointer, que acontece no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, de 27 de agosto a 04 de setembro. Aguardamos sua visita! Clair Kuhn Presidente da Emater/RS e superintendente geral da Ascar

LEIA NESTA EDIÇÃON.º 1. 412 - emater.tche.br · A atividade do agroprocessamento nas propriedades rurais de agricultores familiares do estado do Rio Grande do Sul é muito intensa

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LEIA NO PANORAM A GERAL Emater/RS-Ascar na Expointer, vitrine da agricultura familiar LEIA NESTA EDIÇÃO

Milho: Avança o plantio da safra no Norte do Estado

N.º 1.412

25 de agosto de 2016

Aqui você encontra:

Panorama Geral

Condições Meteorológicas

Grãos

Hortigranjeiros

Criações

Análise dos Preços Semanais

EMATER/RS-ASCAR Rua Botafogo,1051 90150-053 – Porto Alegre – RS Fone: (051) 2125-3144 Fax: (051) 3231-7414 http://www.emater.tche.br Elaboração: Gerência de Planejamento – GPL Núcleo de Informações e Analises – NIA Impresso na EMATER/RS

Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte

Informativo Conjuntural – Desde 1989 auxiliando

você na tomada de decisões.

PANORAM A GERAL

Emater/RS-Ascar na Expointer, vitrine da agricultura familiar

Com o tema "Promovendo o Desenvolvimento Rural Sustentável", a Emater/RS-Ascar participa da 39ª edição da Expointer apresentando uma diversidade de temáticas que vão do Monitoramento Integrado de Pragas nas lavouras e do uso de energias alternativas nas propriedades rurais a hortas domésticas, inclusive verticais, indicadas para pequenos espaços, e ao uso na culinária das Plantas Alimentícias Não Convencionais, as Panc´s, entre outras práticas e técnicas que nossa Instituição defende para o fortalecimento do meio rural. Em todas as parcelas, evidenciaremos as ações socioassistenciais que desenvolvidas há mais de 61 anos e que muito têm beneficiado a permanência das famílias no campo, produzindo, gerando renda e evoluindo com qualidade de vida. Entendemos que a sustentabilidade, tão defendida para toda a sociedade, quando se refere ao meio rural está garantida no tripé econômico-social-ambiental. Assim, nessa perspectiva, mantemos o foco da diversificação da produção e das ações socioassistenciais, atendendo a públicos tradicionais da Extensão Rural e Social: indígenas, quilombolas, assentados da reforma agrária, pescadores, pecuaristas e agricultores familiares. Durante os nove dias de Expointer, nossas ações de Assistência Técnica e Extensão Rural Social (Aters) terão como palco o espaço da Emater/RS-Ascar. Localizado na nova área, ao lado do Pavilhão da Agricultura Familiar, o espaço está sendo estruturado e a Instituição divulgará e incentivará práticas que fazem parte do cotidiano do agricultor familiar. Nesse espaço, considerado a vitrine da agricultura familiar gaúcha, destacaremos as bioenergias, o Programa Gestão Sustentável da Agricultura Familiar, tecnologias de saneamento e educação ambiental, bovinocultura de leite, recuperação e manutenção da qualidade do solo, policultivo de carpas, os serviços de classificação e certificação de produtos vegetais, as Unidades de Cooperativismo da Instituição e a segurança e soberania alimentar, através da Cozinha Didática. Com todas essas técnicas e curiosidades, a Emater/RS-Ascar se coloca à disposição dos visitantes da Expointer, que acontece no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, de 27 de agosto a 04 de setembro. Aguardamos sua visita!

Clair Kuhn Presidente da Emater/RS

e superintendente geral da Ascar

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CARNES BRASILEIRAS GANHAM ESPAÇO NO MERCADO CHINÊS

Principal importadora da soja brasileira, a China vem abrindo cada vez mais espaço para proteínas animais do Brasil. Em 2016, o país asiático tem sido o segundo principal destino das exportações de carne bovina in natura e carne de frango e o terceiro mercado para a carne suína nacional. A expectativa é de que o embarque deste produto continue crescendo nos próximos anos, diante do aumento de plantas frigoríficas habilitadas a exportar para os chineses. A China hoje é o principal parceiro comercial do país, sendo responsável por quase 30% das exportações brasileiras do agronegócio neste ano. Ainda que um dos principais motores desse aumento no comércio tenha sido a soja em grãos, outros produtos começam a ganhar espaço na pauta de vendas ao país. Esse é o caso das carnes. Atualmente, há 16 frigoríficos brasileiros habilitados a exportar para o país asiático. No caso da carne de frango, as vendas brasileiras para a China tiveram alta de 52% em relação ao mesmo período do ano passado. Em volume, o aumento dos embarques foi de 77%. O câmbio favorável e a habilitação de novas plantas foram fatores decisivos para o resultado. O mercado chinês também tem chamado a atenção dos exportadores brasileiros de carne suína, que exportaram 29 mil toneladas para o país nos cinco primeiros meses deste ano. Apesar de ter a maior criação de suínos do mundo, uma série de medidas internas, adotadas pelo governo chinês, tem afetado a competitividade do país, o que ajudou a alavancar as vendas brasileiras. Fonte: Agrolink

AGROINDÚSTRIA

A atividade do agroprocessamento nas propriedades rurais de agricultores familiares do estado do Rio Grande do Sul é muito intensa e, conforme o IBGE, alcança mais de 80 mil estabelecimentos. A pujança dessa atividade tem levado os governos federal, estaduais e municipais a discutir e implantar políticas públicas que propiciem a formalização desses empreendimentos e que ampliem o seu mercado de comercialização. Assim, o Rio Grande do Sul, através da Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR), possui o Programa da Agroindústria Familiar, que atua na formalização e implantação de agroindústrias, na formação de beneficiários e no apoio à comercialização, e que tem na Emater/RS a

principal entidade executora dessa política pública. A instituição presta assistência à elaboração de perfis de agroindústria e de projetos técnicos e de crédito. Colabora também na formação de beneficiários em gestão agroindustrial, boas práticas de fabricação e tecnologia de processamento dos alimentos, na orientação das legislações previdenciária, sanitária, tributária e ambiental, contribuindo para a rotulagem e venda. Fonte: SDR

CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS

CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS OCORRIDAS NA SEMANA DE 19/8/2016 A 25/8/2016

No período de 19 a 25 de agosto de 2016 ocorreram chuvas significativas em algumas áreas e a presença de uma massa de ar frio provocou geadas e temperaturas negativas em algumas localidades. Entre a sexta-feira (19/8) e o domingo (21/8) a propagação de uma frente fria favoreceu a formação de grandes aglomerados de nuvens e provocou chuva em todo Estado, com temporais isolados e altos volumes acumulados, principalmente na Metade Norte. A partir do dia 22/8 (segunda-feira), o ingresso de uma nova massa de ar frio e seco determinou o tempo firme, com acentuado declínio das temperaturas em todas as regiões, com formação de geadas em diversos municípios e valores negativos nos Campos de Cima da Serra. Entre a quarta (24/8) e a quinta-feira (25/8), o ar frio perdeu intensidade e ocorreu grande amplitude térmica, com valores menores no período noturno e temperaturas máximas acima de 25,0 °C na maioria das regiões. Os totais registrados ao longo da semana oscilaram entre 10 e 35 mm na maioria das localidades. No Alto Vale do Uruguai, Planalto e e na Serra do Nordeste os valores superaram os 50 mm e em alguns municípios foram observados totais superiores a 100 mm. Nas estações do INMET, os volumes mais significativos ocorreram em Frederico Westphalen (75 mm), Erechim (76 mm), Serafina Corrêa (78 mm), São José dos Ausentes (80 mm), Bom Jesus (88 mm), Palmeira das Missões (91 mm), Cambará do Sul (92 mm) e Canela (117 mm). A temperatura mínima foi registrada em Vacaria (-2,1 °C) no dia 12/8 e a máxima ocorreu em Teutônia (27,0 °C) no dia 24/8.

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PREVISÃO METEOROLÓGICA PARA SEMANA DE 19/8/2016 A 25/8/2016

A semana compreendida de 26 de agosto a 1º de setembro novamente deverá apresentar chuva significativa o RS. Entre a sexta-feira (2/8) e o sábado (27/8), a presença de uma massa de ar quente manterá o tempo firme e as temperaturas elevadas, com valores próximos de 30 °C em diversas localidades do Estado. No domingo (28/8), a propagação de uma frente fria já provocará pancadas de chuva sobre a maior parte do Estado, principalmente na Zona Sul e na Campanha. Entre a segunda (29/8) e a quarta-feira (31/8), o deslocamento de uma área de baixa pressão entre o RS e SC, favorecerá a formação de grandes aglomerados de nuvens e chuva, com possibilidade de temporais isolados, associados com fortes rajadas de vento e eventual queda de granizo, especialmente na Metade Norte. No dia 1º de setembro o ingresso de uma nova massa de ar frio e seco afastará as instabilidades e provocará ligeiro declínio da temperatura. Os totais esperados no período oscilarão entre 25 e 50 mm na maior parte da Metade Sul. No restante do Estado os valores serão superiores a 60 mm e poderão alcançar 100 mm em algumas localidades do Extremo Sul, Litoral Norte, Serra do Nordeste, Planalto e Alto Uruguai.

Fonte: CEMETRS – INMET/FEPAGRO

GRÃOS Milho – Com as condições climáticas favoráveis, avançou o plantio durante o último período, podendo ser notado um número elevado de máquinas em ação. Praticamente foram finalizados os encaminhamentos dos projetos de custeio, uma vez que a maioria já realizou o financiamento da safra. Nas Missões a cultura está sendo implantada lentamente devido à preocupação quanto ao comportamento climático, no entanto mais de 1/3 (45 mil hectares) da área prevista para esta safra já foi semeada. A germinação é lenta em função das temperaturas amenas e da falta de aquecimento do solo. Nessa região falta cultivar as áreas utilizadas com pastagens anuais de inverno onde ainda existe potencial de utilização para pastoreio. Trigo – Com as condições meteorológicas favoráveis, as lavouras aceleraram o processo de floração, alcançando 15% do total implantado no Estado, sendo que 2% já atingiram a fase de formação (enchimento) de grãos. No momento, a atenção dos agricultores segue direcionada para o monitorando de doenças, principalmente ferrugens e manchas foliares; além disso, dão continuidade às adubações de cobertura, em especial nas áreas semeadas no final do período recomendado pelo zoneamento agroclimático. Exceto em algumas regiões produtoras onde foi registrada baixa pluviosidade, a cultura apresenta perfilhamento vigoroso e bom aspecto, dando indícios de uma possível boa produção.

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No momento os produtores que implantaram as lavouras em maio estão preocupados com os efeitos da geada ocorrida no início desta semana, que pode ter causado impacto negativo na produtividade. Cabe ressaltar que nas próximas semanas as lavouras estarão, em sua maioria, na fase suscetível às baixas temperaturas (geadas), qual seja floração/formação de grão. Não raro, ao longo dos anos, geadas neste período têm provocado severos danos à cultura. Quanto à comercialização, o preço do produto tem se mostrado oscilante, porém não dá mostras de uma elevação que anime o agricultor. Na semana o preço referência para a saca de 60 quilos ficou em R$ 40,24 pagos diretamente ao produtor. Cevada - Cultura entrando no estádio reprodutivo e apresentando espigas com bom número de espiguetas, indicando bom potencial produtivo; porém é atacada por doenças fúngicas (oídio, manchas folhares e vírus), especialmente no Planalto, necessitando de controle químico com urgência. Preço de referência:balcão R$ 42,00/sc.(classe 1).

Canola - A cultura mantém-se nas fases de floração e formação das síliquas, majoritariamente, e iniciando o enchimento de grão, com algumas lavouras apresentando alteração na cor do grão (de verde para marrom) indicando fase final da maturação. O padrão de lavouras é muito bom. As áreas semeadas no final de abril e início de maio (do cedo) estão melhores, apresentam melhor stand e estatura de plantas, enquanto que as semeadas no final de maio sofreram mais com o excesso de chuvas, que provocou perda de nutrientes e germinação desparelha. O temor dos produtores é com ocorrência de geadas nos próximos períodos. Preço de referência: balcão R$ 71,00/saca. Feijão - Produtores estão preparando as áreas para o plantio da próxima safra. Na região das Missões e Fronteira Noroeste, produtores beneficiários da chamada da agroecologia estão realizando trocas de sementes de feijão e se mobilizando em grupos para adquirir sementes. O elevado preço do produto no mercado tem incentivado os produtores a implantar a cultura nessas áreas.

HORTIGRANJEIROS

Situações Regionais

Embora a semana mais úmida nas áreas das regiões Celeiro, Alto Jacuí e Noroeste Colonial, houve grande insolação, mas sem prejuízo ao desenvolvimento das hortaliças. As folhosas continuam com bom desenvolvimento, qualidade satisfatória, baixa incidência de doenças. A oferta de alface é superior ao poder de aquisição do mercado ocasionando sobras nas propriedades. Rabanete com boa produção, concentrada nesta época, provocando queda de preço e sobra de produto devido o ciclo curto; cenoura e beterraba com baixa oferta e pouco interesse na produção; produtores implantam a cultura do tomate para antecipar a colheita e melhorar o preço de venda. Com a previsão de clima frio os produtores estão adiando o plantio das espécies de verão cultivadas em ambiente desprotegido. Produtores de mudas estão preocupados com a possibilidade de frio mais prolongado, o que pode ocasionar baixa procura pelas mudas. Aumento lento da produção e oferta de morango, mas apresentando grande procura; preços estáveis.

Neste período, a produção de folhosas se concentra em hortas caseiras, e os produtores comerciais das regiões das Missões e Fronteira Noroeste estão reclamando que está sobrando produto, pois nesta época do ano os consumidores estão consumindo menos hortaliças; estão com excelente qualidade nas diversas culturas em um pequeno espaço caracterizando o autoconsumo, sendo elas alface, repolhos, brócolis, couve-flor e temperos. Na fruticultura o período é de início da floração nos citros, sendo que essa fase se apresenta com boa intensidade. As temperaturas baixas beneficiam as frutíferas, principalmente as que necessitam mais horas de frio para uma produção normal; no entanto os pessegueiros precoces já estão na frutificação, com boa carga. Pode-se considerar atrasada a brotação das videiras e figueiras, que normalmente iniciam o desenvolvimento na primeira quinzena de agosto, em função das temperaturas amenas. Em muitos escritórios municipais da Emater/RS-Ascar ocorre a entrega de mudas frutíferas, com a orientação de plantios, condução e realização de podas, principalmente de uva e pêssego – cujas plantas já estão quase todas floridas, enquanto que a ameixeira, a macieira e o caquizeiro ainda não estão emitindo flores.

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Período entre 01 a 22 de agosto no Vale do Caí predominado por dias ensolarados e temperatura em elevação durante o dia, com chuvas bem distribuídas nas três semanas (média de 31 mm para o período); tais condições ocasionaram bom desenvolvimento das olerícolas em geral, com grande oferta e queda nos preços de comercialização. Houve relato de problemas pontuais causados por doenças, principalmente fúngicas e ácaros. O cultivo do repolho se desenvolve sem problemas significativos, havendo registros pontuais com relação ao ataque de lagartas, que nestas circunstâncias deprecia a qualidade do produto. Lavouras encontram-se em fase de desenvolvimento vegetativo, colheita e também de formação de novas áreas. O preço médio praticado foi de R$ 0,90 a R$ 1,30 por unidade, refletindo a elevada oferta da plena colheita. Por sua vez, brócolis e couve-flor, em fase de colheita, apresentam boa qualidade e uma pequena valorização ao produtor neste período. No Vale do Rio Pardo e Alto da Serra do Botucaraí, o quadro climático da semana foi bastante favorável à olericultura, com predominância de boa radiação, com sol intenso e períodos de nebulosidade, temperaturas amenas e elevadas. Com o clima favorável as olerícolas em geral apresentam boa qualidade e há oferta regular de hortaliças da época (alface, repolho, couves, rúcula, temperos, entre outras). Com o tempo favorável os olericultores conseguiram fazer operações de preparo de solo, semeadura e plantio de culturas a campo; no entanto o frio tem retardado os plantios a campo. Produtores preparam as mudas de espécies estivais para plantios principalmente em estufas e também a campo. No município de Venâncio Aires iniciam os plantios de pepino e tomate em estufas. Na região do Vale do Rio Pardo, os produtores de aipim preparam o solo e iniciam o plantio. Faltam ramas/manivas de aipim na região de Venâncio Aires e em função disso muitos agricultores adquirem as manivas de outras regiões. Estima-se um pequeno aumento da área plantada. Segue a colheita de aipim e batata-doce, com boa qualidade para o mercado. A oferta dos produtos olerícolas segue normal e os preços estão estáveis. Há grandes variações de preços bastante significativas da região do Vale do Rio Pardo para o Alto da Serra do Botucaraí. Na região alta os preços são bem superiores no geral.

Olerícolas Pepino - Essa é uma cultura que apresenta áreas de cultivo ao longo de todo ano na região do Vale do Caí. A safra mais forte ocorre na saída de inverno e na saída do verão, havendo neste momento pequenas áreas em fase de colheita, mas muitas áreas se encontram em fase de desenvolvimento vegetativo e implantação. O clima das últimas semanas foi favorável para a evolução da cultura, mas mesmo assim percebe-se que ainda está abaixo do esperado (muito lento devido às variações de temperatura, mesmo em ambiente protegido). Situação fitossanitária boa, com alguns registros de ocorrência de mosca-branca. O preço praticado no período reflete a baixa oferta, alcançando preços à ordem de R$ 3,00 a R$ 3,50/kg, ou R$ 60,00 a R$ 80,00/cx. 20 quilos (preço de entrega dos produtores).

Tomate - A cultura de forma geral se encontra na fase de preparo de novas áreas de plantio e formação de mudas no Vale do Caí. Situação fitossanitária razoável devido aos períodos de insolação, baixa umidade e temperaturas variadas. Um fator que está preocupando os produtores e também limitando o plantio de novas áreas é o alto custo dos insumos. Os preços praticados nas últimas semanas para a pequena oferta disponível se situaram em torno de R$ 2,50 a R$ 3,00/kg. No município de Muçum, no Vale do Taquari, onde o microclima é favorável, o cultivo de tomate se encontra em fase de desenvolvimento, manejo e tratamento fitossanitário, registrando-se nos últimos dias ataque severo de mosca-branca, que não seria característico desta época de condições climáticas amenas. A cultura da alface por sua vez apresenta bom desenvolvimento vegetativo, sendo comercializada a R$ 1,50/unid. nas áreas em fase de colheita. A cultura do feijão-vagem se encontra em fase de desenvolvimento vegetativo e colheita, registrando-se ataque severo da mosca-branca; está sendo comercializada a R$ 10,00/kg. Embora sob a real possibilidade de entrada de frentes frias, como a do final do último período na Serra Gaúcha, as primeiras mudas de tomateiros já estão sendo transplantadas a campo, em regiões de mesoclimas mais quentes. Nessas lavouras, também estão sendo efetivadas as práticas do tutoramento rígido e a primeira aplicação fitossanitária. Segundo informações de viveiristas e tomaticultores, a tendência nessas localidades é não haver alterações da área tradicional da cultura. O que vem se incrementando, na região toda, principalmente nas

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partes mais altas de cultivo e, por consequência, mais sujeitas a danos por temperaturas baixas, é o cultivo protegido, seja em estufas ou somente a parte superior abrigada, muitas das quais aproveitado a estrutura recém-implantada das videiras, mantendo no mesmo local duas culturas concomitantes. Para os cultivos implantados mais tarde, produtores buscam linhas de crédito para custear lavouras e formalizar o pedido de produção das mudas junto aos viveiristas de olerícolas.

Pimentão - O pimentão, que sentiu bastante a incidência da geada do mês passado, retomou o florescimento e o bom desenvolvimento, apresentando no período a retomada de alguma produção. As mudas transplantadas na quinzena passada estão com bom desenvolvimento. A produção foi comercializada a R$ 40,00/cx. de 11 quilos. Alface - Neste período de temperaturas adequadas ao cultivo, alta insolação e baixa umidade favorecem o rápido desenvolvimento da cultura e ocorre uma grande oferta de alface com ótima qualidade fitossanitária ao mercado. Entretanto, os preços praticados têm feito que agricultores sequer realizem a colheita. De acordo com as informações colhidas junto a olericultores visitados nesta semana na região do Vale do Caí, os preços na Ceasa chegam de R$ 2,00 a R$ 3,00 a dúzia das variedades lisa e crespa, e de R$ 4,00 para a variedade americana. Aipim/mandioca - Para a cultura do aipim, no momento, as atividades desenvolvidas são o preparo do solo e plantio, sendo que em algumas áreas o plantio já está finalizado. Este ano temos um fator atípico que é a baixa quantidade e qualidade de manivas próprias disponíveis para o plantio no Vale do Caí. Alguns agricultores têm relatado que “se salvaram” poucas mudas, muito pelo fato de perdas por podridões de raiz que ocorreram na safra anterior, devido ao excesso de chuvas. Diante deste cenário, as agropecuárias do município estão comercializando mudas vindas do Mato Grosso do Sul, da variedade Baianinha. Ainda há comercialização, mas em menores quantidades, sendo que os preços continuam bons na Ceasa, onde o valor da caixa de 20 quilos pode variar de R$ 20,00 a R$ 30,00, dependendo da qualidade. Já na lavoura está em torno de R$ 20,00.

Frutícolas

Morango - No município de Bom Princípio, o morango plantado no chão está com excelente desenvolvimento e iniciando a maturação do segundo cacho, com boa carga de frutos. O morango em substrato de segundo ano está com muito fruto amadurecendo e início de frutificação do segundo cacho. O cultivo de primeiro ano está iniciando a frutificação. Pela carga de frutos e de flores que estão a campo, a produção das próximas semanas será grande. Os produtores continuam reclamando bastante da grande entrada de morango de Minas Gerais; associada à crescente oferta regional, fez os valores caírem muito na Ceasa, sendo comercializado a R$ 10,00 (quatro cumbucas frente ao morango Mineiro que chega a R$ 6,00/quatro cumbucas). Outro tradicional cultivador de morango, o município de Feliz registra que o clima das últimas semanas foi favorável para a cultura que estava estagnada, auxiliando no bom desenvolvimento vegetativo e colocação de excelente florada, que resulta em excelente produção e oferta de qualidade (frutos grandes). No Vale do Rio Pardo, os morangueiros apresentam boa floração e produção, favorecidos pelas temperaturas amenas/baixas (indução floral) e pela boa incidência de radiação solar que vem ocorrendo nesse último mês. Em função disso se observa uma boa qualidade dos frutos (aparência e sabor). Observou-se a presença de ácaros em cultivos em estufas e fora do solo, pois o ambiente seco e quente é favorável para o desenvolvimento desses aracnídeos Comercialização: R$ 15,00 a R$ 18,00/kg. Citros - O período é de início de floração de todas as espécies de laranjeiras, bergamoteiras e limoeiros na região do Vale do Caí. Ao mesmo tempo em que ocorre o início da floração, tem continuidade a colheita das variedades cítricas de ciclo mais tardio. Entre as laranjeiras, estão em colheita Valência, Céu Tardia e Umbigo Monte Parnaso. A Valência é uma variedade de laranja de suco por excelência, e é a fruta cítrica com a maior área de cultivo e produção no Rio Grande do Sul, cuja colheita já atinge 40% (veja quadro). A laranja Céu Tardia é uma variedade sem acidez, chamada de Laranja Lima em São Paulo, e está com 75% das frutas colhidas. A colheita da Umbigo Monte Parnaso está em 50%, sendo esta a variedade de laranja em colheita preferida para o consumo ao natural. Entre as bergamoteiras, as variedades do grupo das comuns são Caí, Pareci e Montenegrina. Com

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referência à Caí, esta já está com a colheita encerrada desde o final de julho; a Pareci teve as últimas frutas colhidas no início deste mês de agosto, e a Montenegrina, a mais tardia das bergamoteiras, está com 40% das frutas colhidas. Chamada como bergamota no Rio Grande do Sul, o tangor Murcott, aportuguesado com Morgote, está em início de colheita, com 15% das frutas colhidas. O tangor é um híbrido natural, resultado do cruzamento entre uma bergamoteira e uma laranjeira. Tem a casca fina, aderida aos gomos, e textura mais firme que as bergamotas. As laranjas e bergamotas colhidas estão com muito boa qualidade, intensa coloração alaranjada da casca e sabor equilibrado entre teor de açúcar e acidez. As temperaturas baixas têm mantido a população da mosca-das-frutas em baixo nível neste inverno. A mosca-das-frutas sul-americana, nome científico Anastrepha spp, é a principal praga dos citros, atacando principalmente as laranjeiras. Além da baixa ocorrência da mosca-das-frutas, as temperaturas baixas têm reduzido o aparecimento da doença fúngica pinta-preta, que causa manchas escuras nas frutas e apressa a queda das mesmas. A pinta-preta é a principal doença da bergamota Montenegrina. A lima ácida Tahiti, que tem floração e portanto frutificação durante todo o ano, está em uma fase de poucas frutas com tamanho adequado para comercialização, o que determina pequena oferta. O abastecimento é feito principalmente com frutas provenientes da Bahia e de São Paulo. Em relação aos preços médios recebidos pelos citricultores do Vale do Caí, comparando com a primeira quinzena do mês de agosto, os preços permaneceram estáveis para as laranjas Céu Tardia, Umbigo Monte Parnaso e houve redução para a Valência (veja quadro abaixo). Em relação às bergamotas houve elevação para a Montenegrina e para a Murcott, o mesmo tendo ocorrido para a lima ácida Tahiti. O preço recebido pelas frutas cítricas é considerado bom pelos citricultores, apesar do aumento dos custos de produção devido à elevação dos preços dos insumos, como fertilizantes e agrotóxicos, que foram reajustados com valores superiores à inflação. O bom momento vivido pelos citricultores incentivou a implantação de novos pomares. Os viveiristas que produzem mudas cítricas do município de Pareci Novo, município onde se concentra a maioria dos viveiros do Vale do Caí, relatam que comercializaram todas as mudas produzidas.

Fruta %colhido até 19.08

R$/cx em 05.08

R$/cx em 19.08

Laranja Céu Tardia

75% 12,00 12,00

Laranja Umbigo Monte Parnaso

50% 26,00 26,00

Laranja Valência

35% 12,00 11,00

Bergamota Montenegrina

40% 26,00 27,00

Tangor Murcott

15% 21,00 27,00

Lima ácida Tahiti

65% 35,00 40,00

Uva - Seguem com força os trabalhos de poda seca, principal prática de inverno da cultura. Mesmo assim, a porção da área concluída – podada e amarrada, ou somente podada, está bem abaixo da média dos últimos anos, sendo proposital essa postergação na atividade. Esse procedimento intencional tende a retardar ao máximo o início da brotação das videiras e, assim, mitigar os possíveis danos pela ocorrência de geadas tardias, previstas há bastante tempo pela meteorologia. Os vinhais constituídos por variedades superprecoces, como Pinot Noir, Prosecco e Chardonay já demonstram as gemas em início de vegetação. Nessa fase fenológica, os viticultores já iniciam as aplicações fitossanitárias para a prevenção de fitopatias, especialmente a “varola” ou antracnose, doença típica de início de brotação e sob temperaturas baixas. Uma prática que vem sendo iniciada na cultura é o uso de discos de papelão impregnados de cobre na coroa das mudas, no intuito de controle das ervas espontâneas. Desse modo, por um a dois anos, não haverá necessidade de controle químico ou manual das ervas concorrentes ao estabelecimento das mudas de videiras.

Comercialização de Hortigranjeiros

Dos 35 produtos principais analisados semanalmente pela Gerência Técnica da CEASA/RS, no período entre 16/08/2016 a 23/08/2016, tivemos 27 produtos estáveis em preços, 01 em alta e 07 em baixa.

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Observamos que são analisados como destaques em alta ou em baixa somente os produtos que tiveram variação de 25% para cima ou para baixo. A CEASA/RS nesta terça-feira apresentou-se com grande estabilidade nas cotações de atacado, reflexo de um mercado de hortigranjeiros retraído pelas dificuldades financeiras das famílias. O varejo gaúcho replica esta baixa intenção de compras adquirindo volumes menores. Um produto destacou-se em baixa: Vagem: De R$10,00 para R$6,25/kg (-37,50%). Além da retração que está ocorrendo na venda dos hortigranjeiros em nosso mercado, no caso da Vagem ocorreu uma pequena melhoria na oferta do produto. Estas são as razões para a queda em sua cotação. Na CEAGESP neste inicio de semana, os preços de atacado caíram em media 12% em relação aos do inicio da semana anterior. Ocorreu uma pequena melhoria na oferta do Espírito Santo e também de Santa Catarina. O preço estabelecido com esta pequena elevação na oferta em nosso mercado, R$6,25/kg, já se aproxima do preço médio ocorrido no ultimo triênio para agosto que foi de R$5,77/kg. Nenhum produto destacou-se em alta.

Preços praticados na semana Alto da Serra do Botucaraí

Produto Preço em R$

Aipim em casca (cx.) 16,00 a 18,00

Aipim sem casca (cx.) 3,25 a 3,75

Batata-doce (cx.) 40,00

Alface (unid.) 1,00

Alface hidropônica (unid.) 1,50

Repolho (unid.) 2,50

Couve-flor (unid.) 3,00

Tempero (unid.) 1,00

Couve folha (unid.) 1,50

Brócolis (unid.) 1,50

Moranga cabotiá (kg) 2,00

Rabanete (molho) 2,50

Morango (kg) 15,00

Beterraba (molho) 2,50

Rúcula (molho) 1,00

Pepino conserva (kg) 7,00

CRIAÇÕES Bovinocultura de corte - Na última quinzena tivemos um período de temperaturas mais elevadas, com boa quantidade de chuva e

luminosidade, favorecendo o pleno desenvolvimento do campo nativo e das pastagens de aveia e azevém, com produção de pasto verde de boa qualidade para o rebanho. Na região da Serra, a pouca quantidade de pastagens nativas é agravada pela grande quantidade de campo queimado; além disso, apresentam-se fibrosas, com baixo teor de proteína e baixa digestibilidade. Muitos pecuaristas familiares queimaram campo nativo e já ocorreu o rebrote, mas estas áreas poderão ser prejudicadas se confirmado um novo período de geadas na região. Pecuaristas que ainda têm área de campo nativo diferido na primavera e verão – consiste na retirada dos animais de uma área de campo natural de forma a promover um descanso planejado da pastagem, durante um período suficiente para a produção e queda das sementes das espécies forrageiras nativas - conseguem suplementar com sal proteinado (mistura de grãos e ureia) e aproveitar esta pastagem de baixa qualidade. O nitrogênio não proteico, resultante da ureia combinada com o pasto seco, é capaz de suprir em parte a deficiência nutricional dos campos nativos. As pastagens cultivadas de inverno, especialmente o azevém, recuperaram o crescimento, porém abaixo do esperado para o período. Em algumas áreas de pastagem perene de verão, as plantas já começam a emitir a brotação para o próximo ciclo de crescimento. Entretanto com o frio mais intenso do final de semana e ocorrência de geadas, o crescimento deve se retrair novamente. Determinadas áreas de aveia preta plantada no cedo e não manejadas adequadamente já apresentam início de amadurecimento e produção de sementes. Recomenda-se que os produtores utilizem cercas

elétricas para divisão das áreas em potreiros,

permitindo assim ampliação da oferta de forragem

aos rebanhos.

Os pecuaristas continuam usando alimentos

conservados, como feno e silagem, para

complementar a alimentação animal. Com a

proximidade da safra de verão, os produtores

devem estar atentos ao planejamento da produção

de culturas para uso como silagem, em função da

importância estratégica que esses alimentos têm

nos períodos de escassez de pastagens.

Em algumas propriedades está ocorrendo a

aplicação da adubação de cobertura com

nitrogênio para acelerar o desenvolvimento e dar

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maior suporte de carga animal sobre as

pastagens.

É importante manejar o rebanho, realizando o

dimensionamento da carga animal em função da

disponibilidade forrageira, adequando-se às

condições presentes no momento, tanto para o

campo nativo como para as pastagens cultivadas,

para evitar perdas maiores no desempenho dos

animais.

A condição corporal dos rebanhos é bastante

variável, pois aqueles alimentados com pastagens

cultivadas ou campo nativo melhorado apresentam

bom estado de condição corporal, enquanto que

os animais exclusivamente em campos nativos

apresentam condições corporais de médias para

ruins. Com isto os animais fracos ficam debilitados

e mais sujeitos a doenças. Embora esse quadro,

começa a se observar uma ligeira recuperação do

estado de condição corporal (ECC) do rebanho de

bovino de corte no Estado. Os produtores mantêm

cuidados sanitários nos rebanhos e realizam

monitoramento dos animais principalmente para o

combate as verminoses, realizando tratamentos

estratégicos. O rebanho bovino está na fase final

de gestação das vacas e início da parição, com

expectativa de altas taxas de natalidade.

Comercialização

Na região de Bagé, o gado magro de reposição

apresenta preços estáveis e demanda retraída,

provavelmente pelo baixo desempenho das

pastagens de inverno. Alguns compradores de

gado gordo destacam a baixa oferta, em função de

algumas pastagens que não estão dando

condições para o acabamento dos animais. Preços

à vista praticados na região: boi gordo entre R$

4,60 e R$ 5,90/kg vivo e preço médio de R$

5,20/kg vivo; vaca gorda entre R$ 4,20 e R$

4,90/kg vivo e preço médio de R$ 4,30/kg vivo;

terneiro entre R$ 4,40 e R$ 6,30/kg e preço médio

de R$ 5,30/kg vivo.

Na região de Caxias do Sul, os preços praticados

na semana que passou foram os seguintes: boi

gordo R$ 5,60/kg vivo; vaca gorda R$ 4,90/kg vivo

e terneiro R$ 5,50/kg vivo.

Na região de Passo Fundo, a oferta de boi gordo

deve ser ampliada em curto espaço de tempo,

com reflexos no preço ofertado ao produtor.

Preços praticados para boi gordo entre R$ 5,10 e

R$ 5,50/kg vivo; novilho para engorda entre R$

5,00 e R$ 5,30/kg vivo; vaca descarte entre R$

3,73 e R$ 4,33/kg vivo e com preço em queda, em

função da maior oferta pela retirada das vacas das

áreas de lavoura e começo da entrada de novilho

gordo no mercado.

Na região de Pelotas, há muita oferta de bovinos

para a venda, porém a demanda e o preço caíram.

Produtores relatam dificuldade de comercialização

de animais em razão da falta de pastagens nas

propriedades dos compradores. Em Arroio

Grande, o gado das pastagens cultivadas

apresenta bom ganho de peso; no final do mês

deverá ser iniciado o encaminhamento de animais

para abate. Em Rio Grande o mercado encontra-

se desaquecido, com vendas abaixo da média.

Preços médios praticados na região: boi gordo

entre R$ 5,00 e R$ 5,40/kg vivo; vaca gorda R$

4,40 a R$ 4,80/kg vivo e terneiro R$ 5,30 a R$

6,00/kg vivo.

Na região de Santa Maria, o momento atual da

pecuária regional não é nada bom e nem

promissor para o próximo período, pois se verifica

uma queda do consumo de carne de gado e a

consequente queda dos preços. Aliada a esta

situação, temos a proximidade de entrega das

áreas com pastagens para o plantio da próxima

safra de soja, o que provoca uma maior oferta de

produto. O produtor que comprou terneiros e bois

a preços de R$ 5,50 a R$ 5,60/kg vivo,

provavelmente terá prejuízo na comercialização

desses animais. Para completar ainda temos o

problema do alongamento do prazo de

pagamento. O preço médio praticado na semana

retrasada era de R$ 5,36/kg vivo do boi gordo. Já

na semana passada o preço médio ficou em R$

5,28/kg vivo e agora nesta semana o preço médio

do boi gordo caiu para 5,08 /kg vivo. Em São

Francisco de Assis também há grande oferta de

gado magro para reposição, principalmente

terneiros e com preços muito aquém dos

praticados nas feiras oficiais.

Na região de Santa Rosa, a oferta de gado de

invernar continua em alta. O mercado do boi gordo

está sofrendo a concorrência da entrada de carne

de outros estados a preços mais competitivos. Os

frigoríficos de menor porte estão reduzindo a

quantidade de dias por semana dedicados ao

abate. A grande oferta do produto tem dificultado a

comercialização por parte de pequenos

pecuaristas que ofertam lotes menores. Preços

praticados na região: terneiro de R$ 900,00 a R$

1.000,00/cabeça; novilho dois anos R$ 1.300,00 a

10

R$ 1.400,00/cabeça; boi gordo R$ 5,00 a R$

5,10/kg vivo; vaca magra R$ 1.500,00 a R$

1.600,00/cabeça; vaca gorda R$ 4,60/kg vivo e

vaca com cria de R$ 2.200,00 a R$

2.300,00/cabeça.

Bovinocultura de leite - O clima manteve temperaturas amenas e bom regime de chuvas durante a semana, o que fez com que as pastagens tivessem um ótimo desenvolvimento. Em função da presença da umidade os produtores puderam realizar adubação nitrogenada. Os rebanhos de bovinos de leite neste período

necessitam de maiores cuidados nutricionais, pois

as condições dos campos nativos apresentam-se

com menor produção e redução da qualidade

forrageira. As matrizes começam a melhorar o

estado corporal em função da utilização das

pastagens cultivadas que estão apresentando um

melhor desenvolvimento, proporcionando

acréscimo na produção. O estado sanitário do

rebanho se encontra satisfatório.

Em alguns locais, o aumento das quantidades de

ração e milho tem sido uma estratégia para evitar

queda na produção e manter o estado corporal

dos animais. A compra de milho, sorgo, farelo de

arroz e casca de soja tem sido alternativa utilizada

por alguns produtores para continuar fornecendo

concentrado aos animais com menores custos.

Produtores que conseguiram produzir silagem em

boas quantidades têm custos mais baixos e mais

facilidade para manter a produção e poupar as

pastagens em épocas chuvosas.

Produtores de leite em sistemas confinados utilizam a ensilagem de milho como base forrageira, suplementada com concentrado de acordo com a produção individual de leite. Produtores que utilizam o sistema de piqueteamento nas pastagens têm obtido um melhor aproveitamento das forrageiras. Em alguns locais houve dificuldade de pastejo devido à excessiva umidade. Algumas propriedades estão cortando azevém

para feno, encontrando dificuldades na secagem

em razão das baixas temperaturas; isso impede

que a planta cortada desidrate para ser enfardada

para conservação.

As áreas de pastagens perenes de verão como

tifton e braquiária apresentam rebrote inicial,

podendo ofertar forragem a partir do final de

agosto, se não ocorrerem novas geadas.

O inverno prolongado poderá atrasar a

implantação das pastagens anuais de verão, com

risco de entressafra no início do outono.

Comercialização

Na região de Caxias do Sul, a produção de leite a pasto diminuiu a quantidade de ração necessária e reduziu o custo de produção. O preço médio do leite pago ao produtor varia de R$ 1,48 a R$ 1,77/L, dependendo de bônus por qualidade e quantidade. Na região de Erechim, os preços do litro de leite

variaram de R$ 1,12 a R$ 1,67/L, com média R$

1,22/L.

Na região de Frederico Westphalen, o preço

pago pela indústria ao produtor está entre R$ 1,10

e R$ 1,80/L e preço médio de R$ 1,45/L. O preço

de novilha da raça holandesa prenha é de R$

3.700,00/cabeça.

Na região de Porto Alegre, na média os

produtores recebem R$ 1,30/L, valor que pode

variar conforme quantidade e qualidade do leite

fornecido no mês de julho. Houve um aumento no

valor pago sobre o litro de leite referente à

produção de julho em média de R$ 0,13/L. Para a

nova safra de milho destinado à produção de

silagem, os valores da saca de milho transgênico

para semente, dependendo da cultivar, estão entre

R$ 500,00 e R$ 700,00/saca; milho convencional

em torno de R$ 270,00/saca.

Na região de Pelotas, os preços pagos aos

produtores estão variando entre R$ 0,90 e R$

1,70/L, conforme bonificação por volume e

qualidade.

Na região de Santa Maria, o preço praticado na

região continua em alta esta semana, indicando

um valor médio pago aos produtores de R$ 1,30/L.

Este valor reflete o resultado do outono/inverno

rigoroso, com diminuição da produção e aumento

do custo da mesma, pela necessidade de maior

frequência na suplementação alimentar,

principalmente ração, que por sua vez está com

preço majorado em virtude dos preços altos do

milho e da soja.

Na região de Santa Rosa, há euforia com os

preços pagos pelo produto nos últimos meses e

com tendência de aumento para o próximo mês.

As informações são de que houve aumento no

valor pago ao produtor; o menor valor está em

torno de R$ 1,10/L quando a produção mensal é

abaixo de 5.000 litros e quando acima, varia de

acordo com a quantidade, atingindo um valor de

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até R$ 1,80/L em caso de produtores com mais de

20.000 litros no mês e padrão de qualidade em

células somáticas e bacterianas.

Ovinocultura – Na região de Pelotas, maior

procura que oferta de ovinos para o abate;

mercado da lã com pouco movimento e preços em

queda. A Cooperativa de Lãs Mauá Ltda. está

recebendo a lã de esquila pré-parto, mas com

pouco volume. Os preços tiveram uma melhora,

com exceção para a lã, abaixo da cotação da

safra.

Na região de Santa Rosa, borregos nascidos no

cedo se desenvolvem normalmente e devem estar

aptos para a venda já no início de dezembro.

Diante dos bons preços pagos para a carne ovina

e lã nos últimos anos, alguns produtores se

manifestam favoráveis à melhoria do rebanho para

gerar renda com a atividade. Preços da semana:

capão a R$ 5,50/kg vivo; ovelha entre R$ 4,80 e

R$ 5,00/kg vivo; cordeiro entre R$ 5,50 a 6,00/kg

vivo; carne ovina entre R$ 15,00 e R$ 18,00/kg

diretamente com o produtor.

Na região de Soledade, comercialização de

cordeiro entre R$ 5,00 e R$ 5,60/ kg vivo e preço

médio de R$ 6,00/kg vivo.

Suinocultura - A situação da suinocultura não

sofreu alteração. Os preços dos insumos

continuam altos, e o preço do quilo do suíno vivo é

menor que o custo de produção. Os suinocultores

continuam descontentes com o retorno econômico

obtido com o desenvolvimento da atividade. O

milho é comercializado de R$ 42,00 a R$

58,00/saca e o farelo de soja entre R$ 1,60 e R$

2,10/kg.

Os criadores independentes estão recebendo em

torno de R$ 3,00/kg vivo. Já a cotação industrial

para o produtor integrado, divulgada pela pesquisa

semanal da ACSURS, mostra os seguintes preços:

Cotrel* R$ 3,00/kg vivo; Cosuel/Dália Alimentos R$

3,00/kg vivo; Cotrijui R$ 2,95/kg vivo; Cooperativa

Languiru R$ 2,75/kg vivo; Cooperativa Majestade*

R$ 2,90/kg vivo; Ouro do Sul R$ 3,20/kg vivo;

Alibem R$ 2,90; BRF* R$ 2,90/kg vivo; JBS R$

2,90/kg vivo; Pamplona* R$ 2,90/kg vivo (*mais

bonificação de carcaça). O preço do suíno baixou

R$ 0,04 esta semana e a cotação agroindustrial

média do suíno ficou em R$ 2,94/kg vivo.

Piscicultura e Pesca Artesanal - Na região de

Erechim, a semana foi de temperaturas baixas e

de altas precipitações. Esta nova onda de frio

ameaça a sobrevivência dos peixes,

especialmente das tilápias. Os piscicultores

começam a planejar as estratégias de criação para

o período de primavera/verão, como renovação

dos açudes, adubação e repovoamento. Cresce o

interesse pela criação intensiva de tilápias na

região do Alto Uruguai. O quilograma do peixe vivo

está sendo comercializado em feiras entre R$ 8,00

e R$ 14,00; preço estável na semana.

Na região de Santa Rosa, pescadores relatam

que a pesca continua pouco produtiva, mas com a

elevação do nível do rio possivelmente entrem

cardumes a jusante que poderão melhorar as

condições da atividade para as próximas

semanas.

Apicultura - Nas últimas semanas o clima tem

sido favorável para a apicultura. Os enxames

aproveitam as temperaturas mais elevadas para

intensificar as atividades, embora as floradas

ainda sejam bastante incipientes. Algumas

espécies começam a dar sinal de florada para os

próximos dias. Florada predominante de nabo,

canola e vegetação nativa.

O cenário da apicultura ainda não mudou muito; permanecemos na entressafra, exigindo atenção por parte dos apicultores quanto ao manejo alimentar dos enxames, visando o fornecimento de alimentos energéticos e proteico com vistas ao fortalecimento dos enxames para a próxima safra. Os enxames apresentam boas condições sanitárias. Os produtores realizam preparo das caixas-isca e

limpeza de caixas, pois se observa a enxameação

devido ao início das floradas e recomendam-se

técnicas de manejo para evitar a perda de

enxames no apiário.

Alguns produtores estão fazendo migração das

colmeias para eucaliptos em floração.

Comercialização

A expectativa é de um verão muito produtivo, pois

as condições climáticas até o momento têm

favorecido o desenvolvimento de crias, gerando

bom número de campeiras.

ANÁLISE DOS PREÇOS SEMANAIS RECEBIDOS PELOS PRODUTORES

COMPARAÇÃO ENTRE OS PREÇOS DA SEMANA E PREÇOS ANTERIORES

Produtos Unidade Semana Atual

Semana Anterior

Mês Anterior Ano Anterior Médias dos Valores da Série

Histórica – 2011/2015

25/08/2016 18/08/2016. 28/07/2016 27/08/2015 GERAL AGOSTO

Arroz em Casca 50 kg 49,66 49,68 49,90 38,92 37,03 36,56

Feijão 60 kg 223,15 223,38 207,50 132,74 140,65 133,81

Milho 60 kg 44,54 45,13 44,38 27,75 29,08 28,50

Soja 60 kg 71,73 70,10 72,81 76,16 67,26 70,03

Sorgo Granífero 60 kg 40,26 40,26 39,82 23,44 24,42 23,59

Trigo 60 kg 40,24 40,17 40,61 34,49 33,54 33,89

Boi para Abate kg vivo 5,00 5,07 5,43 5,69 4,43 4,52

Vaca para Abate kg vivo 4,49 4,60 4,89 5,12 3,98 4,08

Cordeiro para Abate kg vivo 5,48 5,45 5,55 5,62 4,87 4,95

Suíno Tipo Carne kg vivo 3,32 3,31 3,18 3,52 3,35 3,18

Leite (valor liquido recebido) litro 1,30 1,27 1,19 0,99 0,91 0,94

15/08-19/08 08/08-12/08 15/08-19/08 17/08-21/08

Fonte: Elaboração: EMATER/RS-ASCAR. Gerência de Planejamento / Núcleo de Informações e Análises (NIA). Índice de correção: IGP-DI (FGV).

NOTA: Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são preços correntes. Ano Anterior e Médias dos Valores da Série Histórica, são valores corrigidos. Média Geral é a média dos preços mensais do quinquênio 2011-2015 corrigidos. A última coluna é a média, para o mês indicado, dos preços mensais, corrigidos, da série histórica 2011-2015.