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Leishmaniose Visceral
Abril2012
Profa. Ana Saldanha
Fonte: Marzochi, MCA., 1994; Silva, R., 1957
Espectro Clínico das Leishmanioses no Brasil
Formas Clínicas:(1) Cutânea Única(2) Cutânea Múltipla(3) Cutânea Disseminada(4) Recidiva Cutis(5) Cutânea Difusa
Leishmania braziliensis(6,7,8,9,10)
Leishmania amazonensis(8)
Leishmania guyanensis(8)
Leishmania braziliensis(1,2,3,4)
Leishmania amazonensis(1,2,3,4,5)
Leishmania guyanensis(1,2,3)
Tegumentar
Formas Clínicas:(6) Mucosa Tardia(7) Mucosa Concomitante(8) Mucosa Contígua(9) Mucosa Primária(10) Mucosa Indeterminada
Leishmaniose Cutânea Leishmaniose Mucosa
(11) Período Inicial (Fase aguda)
Período de Estado (Fase clássica)
Período Final
Visceral
Leishmania chagasi
(11)
EPIDERME
DERME
LEISHMANIA
- L. braziliensis induz resposta maior e mais rápida/>destruição/<parasita- L. amazonensis induz resposta menor e mais lenta/< destruição/>parasita
IDRMnegativo
L. V. L.C.D
NEGATIVO POSITIVO
IDRMpositivo
L.Cutânea L.Mucosa
LeishmaniosesDoença Espectral
Leishmaniose Visceral
ConceitoÉ uma doença infecciosa, não contagiosa, causada por espécies de protozoários do gênero Leishmania, que acomete órgãos do Sistema Fagocítico Mononuclear.
Primariamente, é uma infecção zoonótica, afetando outros animais que não o ser humano, o qual pode ser envolvido
secundariamente.
Transmissão Vetorial das leishmanioses
Figura 6- Raposa: reservatóriosilvestre da Leishmania chagasi
Figura 7- Marsupial didelfídeo:reservatório silvestre daLeishmania chagasi
Imunopatogenia
Interação
ParasitoIntracelular
Resposta imunológica celular e humoral do
Hospedeiro
Espectro Clinico da Doença
(L. chagasi)
LEISHMANIOSE VISCERAL SINAIS CLÍNICOS
Febre EsplenomegaliaDor no BaçoEmagrecimentoAnemiaAumento de LinfonodosPerda de ApetiteTosseHepatomegaliaSangramento NasalDiarréiaVômitosIcteríciaEdema
95%95 %85 %80 %75 %75 %70 %75 %60 %50 %40 %15 %5 %5 %
Sudão
95%99 %50 %98 %98 %30 %20 %40 %90 %30 %60 %
Infreqüente10 %40 %
Brasil
99%98 %50 %87 %96%90 %30 %50 %98 %10 %50 %
Infreqüente
ÍndiaPaisesSinais Clínicos
W.H.O, 2000
FORMA CLÍNICA
ASSINTOMÁTICA = INFECÇÃOOLIGOSSINTOMÁTICA (ÁREA ENDÊMICA)DOENÇA CLINICAMENTE MANIFESTA - PERIODO DE ESTADO (FORMAS: AGUDA / CLÁSSICA) - PERIODO FINAL
Disfunção imunológica (celular) reversível
75% dos casos ocorrem em crianças menores de 5 anos FATOR IMUNOLÓGICO – IMATURIDADE IMUNOLÓGICA
FATOR GENÉTICO (?)
Espectro Clínico da Doença
CLÍNICA
FEBRE AUSENTEHEPATOMEGALIA AUSENTEESPLENOMEGALIA AUSENTEADINAMIA AUSENTECAQUEXIA AUSENTESANGRAMENTO AUSENTE
LABORATÓRIO
ANEMIA AUSENTELEUCOPENIA AUSENTEHIPERGLOBULINEMIA AUSENTETÍTULOS DE ANTICORPOS BAIXOSLEISHMANINA POSITIVOASPIRADO DE MEDULA NÃO
Forma Clínica Assintomática/ Infecção
Definição de Infecção
PACIENTES DE AREAS ENDEMICAS-Sem Manifestações Clinicas
-RIFI/ELISA reagente e ou/
-IDRM reativo e ou/
-Parasitológico positivo
Não Notificar Não Tratar
Espectro Clínico da Doença(Infecção)
CLÍNICA
FEBRE BAIXAHEPATOMEGALIA PRESENTEESPLENOMEGALIA DISCRETA/AUSENTEADINAMIA PRESENTECAQUEXIA AUSENTESANGRAMENTO AUSENTE
LABORATÓRIO
ANEMIA AUSENTELEUCOPENIA AUSENTEPLAQUETOPENIA AUSENTEHIPERGLOBULINEMIA AUSENTETÍTULOS DE ANTICORPOS ALTOSLEISHMANINA NEGATIVA/POSITIVAASPIRADO DE MEDULA BAIXA POSITIVIDADE
TRATAMENTO DISPENSÁVEL SE LEISHMANINA POSITIVA
Período InicialForma Clínica Oligossintomática ou Subclínica
SINAIS E SINTOMAS FREQÜÊNCIA %
FebreSimNão
33-
100-
DiarréiaSimNão
825
24,275,8
TosseSimNão
132
3,097,0
PalidezLeve
ModeradaIntensa
111-
33,33,0-
HepatomegaliaSimNão
1716
51,548,5
EsplenomegaliaSimNão
1023
30,369,7
AnemiaSimNão
249
72,827,3
Forma OligossintomáticaÁrea Endêmica do Maranhão – (33 pacientes)
Fonte: Gama, 2002
LABORATÓRIO FREQÜÊNCIA %
TrombocitopeniaSimNão
-33
-100
HipoalbuminemiaSimNão
-33
-100
HiperglobulinemiaSimNão
2112
63,636,4
Aumento de VHSSimNão
294
87,912,1
Aspirado medulaPositivoNegativo
1213
36,439,4
Forma OligossintómaticaÁrea Endêmica do Maranhão – (33 pacientes)
Fonte: Gama, 2002
Leishmaniose Visceral AmericanaPeríodo inicial / Forma Oligossintomatica
CLÍNICA
FEBRE ALTAHEPATOMEGALIA PRESENTEESPLENOMEGALIA PRESENTEADINAMIA PRESENTECAQUEXIA AUSENTESANGRAMENTO DISCRETO
LABORATÓRIO
ANEMIA MODERADALEUCOPENIA AUSENTEPLAQUETOPENIA AUSENTEHIPERGLOBULINEMIA DISCRETATÍTULOS DE ANTICORPOS ELEVADOLEISHMANINA NEGATIVOASPIRADO DE MEDULA POSITIVO
Período de EstadoForma Aguda
Período de EstadoForma Aguda
Período de EstadoForma Aguda
Período de EstadoForma Aguda
CLÍNICA
FEBRE ALTAHEPATOMEGALIA ACENTUADAESPLENOMEGALIA ACENTUADAADINAMIA PRESENTECAQUEXIA PRESENTESANGRAMENTO PRESENTE
LABORATÓRIO
ANEMIA ACENTUADALEUCOPENIA ACENTUADAPLAQUETOPENIA PRESENTEHIPERGLOBULINEMIA ACENTUADATÍTULOS DE ANTICORPOS ELEVADOLEISHMANINA NEGATIVAASPIRADO DE MEDULA POSITIVO
Período de EstadoForma Clássica
Período de Estado Forma Clássica em Crianças
Período de Estado Forma Clássica em Crianças
Período de Estado Forma Clássica em Adultos
Período de Estado Forma Clássica em Adultos
Tabela 1. Aspectos Demográficos e Epidemiológicos de crianças e adultos com Leishmaniose Visceral - São Luís-MA, 2002.
*média desvio padrão
0,6553 / 9(33%)6 / 14(43%)História de LV na família
0,909 6 / 9(67%)9 / 14(64%)Animais doentes na vizinhança
0,4239 / 9(100%)13 / 14(93%)Presença de flebotomíneos
0,5435 / 9(100%)6 / 14(49%)Presença de raposa 0,4239 / 9(100%)13 / 14(93%)Presença de cães
0,4239 / 9(100%)13 / 14(93%)Reside em área endêmica
0,1474,00 ±15,00*2,00± 3.50*Tempo de residência
1.2:11:1Relação sexo M:F
27,44± 10,90*3,82± 2,39*Idade (anos)
pAdulto (n=9)Crianças (n=14)Variável
Caldas, 2004
*média ±desvio padrão
0,2902 / 9 (22%)6 / 14(43%)Parasitose intestinal 0,2081 / 9 (11%)5 / 14 (36%)Pneumonia 0,0144 / 9 (44%)0 / 14Sangramento 0,0176 / 9 (67%)2 / 14 (22%)Adenomegalia0,4416 / 9 (67%)7 / 14 (50%)Diarréia 0,5604 / 9 (44%)8 / 14 (57%)Tosse 0,0385 / 9 (55.5%)13 / 14 (93%)Palidez cutâneo-mucosa 0,0236. / 9 (67%)14 / 14 (100%)Hepatomegalia 0,2128 / 9 (89%)14 / 14 (100%)Esplenomegalia 0,0717 / 9 (78%)14 / 14 (100%)Febre 0,6540,045± 0,073*0,078 ±0,112Percentual de variação do peso 0,411-0,540 ± 0,321**-0,600 ±0,291Percentual de variação do baço0,389-0,496 ± 0,291-0,362±0.214Percentual de variação do fígado0,25721,25 ± 6,29**16,33 ±3,14*Duração da internação (dias)0,03914,22 ± 9,62*7,14 ±8,58*Duração da doença (semanas)
pAdulto (n=9)Crianças (n=14)Variável
Tabela 2. Aspectos Clínicos de Crianças e Adultos com Leishmaniose Visceral - São Luís-MA, 2002.
Caldas, 2004
Tabela 3. Média dos Dados Hematológicos e Bioquímicos das Crianças e Adultos com Leishmaniose Visceral, Antes do Tratamento (dia zero) e no Término do Tratamento (30 dias) - São Luís-MA, 2002.
0,606111,4±29,59114,2±24,450,12576,29±25,5395,29±35,68VHS³ (mm)
0,05030,67±15,6346,89±22,220,09031,43±12,151,51±47,22ALT² (U/l)
0,01332,26±6,1924,56±2,93<0,00129,7±4,8422,7±5,18Hematócrito (%)0,0569,44±1,858,0±0,87<0,0019,38±1,937,18±1,77Hemoglobina(g/dl)
0,0433,67±0,702,97±0,50<0,0014,0±0,602,98±0,65Eritrócitos(x1000/mm)
PMédia±Desvio padrão
Média±Desvio padrão
Média±Desvio padrão
Média±Desvio padrão
30 diasDia zeroP
30 diasDia zero
Adultos (n=9)Crianças (n=14)EXAMES
0,06544,44±25,168,56±38,160,08860,67±28,176,50±39,68AST¹ (U/l)0,50577,44±2,7478,44±4,60,61179,57±4,9479,86±4,94Glicemia (mg/dl)
<0,0013,63±0,612,13±0,670,0233,45±0,832,49±0,91Albumina (U/ml)0,0021,80±0,263,57±0,860,0061,93±0,683,26±1,11Globulina (U/ml)0,8021,27±1,411,21±1,240,4560,43±0,120,46±0,13Creatinina (mg/dl)0,23419,56±6,0217,11±3,410,08113,5±5,8216,85±7,22Uréia (mg/dl)0,007217,0±93,2109,9±47,420,002382,9±111,9148,2±80,4Plaquetas (mm³)0,0641661±800,81022±372,50,4114817±25094109±4453Linfócitos (mm³)0,1151965±943,91523±11990,0055262±29921864±1706Segmentados (mm³)0,044394,8±406,461,2±60,50,0141641±2076164±320Eosinófilos (mm³)
0,0084527±15062448±7750,01013410±67156371±5886Leucócitos (mm³)
Caldas, 2004
CLÍNICA
FEBRE CONTINUAHEPATOMEGALIA ACENTUADAESPLENOMEGALIA ACENTUADAADINAMIA ACENTUADACAQUEXIA ACENTUADASANGRAMENTO FREQUENTEICTERICIA FREQUENTEASCITE PRESENTE RISCO DE OBITO
LABORATÓRIO
ANEMIA ACENTUADALEUCOPENIA ACENTUADAPLAQUETOPENIA PRESENTEHIPERGLOBULINEMIA ACENTUADATÍTULOS DE ANTICORPOS ELEVADOLEISHMANINA NEGATIVAASPIRADO DE MEDULA POSITIVO
Período Final
Leishmaniose Visceral AmericanaPeríodo Final / Sinais de Gravidade
Sangramento
Caxequia
Leishmaniose Visceral Grave
CLÍNICA
• Crianças com idade entre 6 meses e 1 ano;• Adultos com idade entre 50 e 65 anos;• Suspeita de infecção bacteriana;• Recidiva ou reativação de LV;• Presença de diarréia ou de vômitos;• Edema localizado;• Presença de febre há mais de 60 dias.
Sinais de Alerta
Leishmaniose Visceral Grave
CLÍNICA
• Idade inferior a 6 meses e superior a 65 anos;• Presença de icterícia;• Presença de fenômenos hemorrágicos;• Presença de edema generalizado;• Sinais de toxemia;• Desnutrição grave;• Presença de qualquer co-morbidade, inclusive infecção bacteriana.
Sinais de Gravidade
Leishmaniose Visceral Grave
Laboratório
LEUCOCITOS 1.000 cel/mm3 ou NEUTRÓFILOS < 500PLAQUETAS 50.000 mm3
HEMOGLOBINAS 7g/dl
ATIVIDADE PROTROMBINA <70%
ALBUMINA< 2,5 mg/ml
CREATININA SÉRICA DE 2 VEZES O VALOR DE REFERÊNCIA
BILIRRUBINA ACIMA DO NORMAL
ENZIMAS HEPATICAS DE 5 VEZES O VALOR DE REFERÊNCIA
Rx DE TÓRAX COM IMAGEM SUGESTIVA DE INFECÇÂO OU EDEMA
Alterações Laboratoriais significativas
Leishmaniose Visceral Grave
Indicações
PACIENTES GRAVES
PACIENTES COM SINAIS DE ALERTA
PACIENTES ALTERAÇÕES LABORATORIAIS SIGNIFICATIVAS
Indicações de Internação
Leishmaniose Visceral AmericanaPeríodo Final / Sinais de Gravidade
LVA x HANSENÍASE
Leishmaniose Visceral Americana Associação com Outras Doenças
LVA x Malária
Leishmaniose Visceral AmericanaAssociada ao HIV
Condições
- Qualquer forma clinica sem exposição recente a áreas de leishmaniose;- Uso de drogas injetáveis;- Ausência de Anticorpos anti-Leishmania no período de estado da doença;- Achados de Amastigotas no sangue periférico;- Envolvimento de órgãos raramente acometidos na LV;- Falha terapêutica ou recidiva após uso de Sbv;- Infecções sugestivas de imunodeficiência durante ou após o tratamento;- Isolamento de espécies de Leishmania dermotrópicas ou não descritas como causa de acometimento visceral.
Leishmaniose Visceral AmericanaAssociada ao HIV
Condições
-Febre associada a hepatomegalia, esplenomegalia ou citopenia;
- Expostos a área de transmissão, em qualquer época da vida;
- Usuários de drogas injetáveis, em qualquer época da vida.
Condições em que portadores de HIV/aids devem ser investigados pa LV.
Leishmaniose Visceral Americana Diagnóstico
Epidemiológico Bairro ou área de procedência
Clínico Febre / palidez / hepatoesplenomegalia
Laboratorial inespecífico Anemia / leucopenia (linfocitose aneosinofilia)plaquetopenia / tgo e tgp / hipoalbuminemiainversão da relação albumina/globulina / VHS
Sorológico imunofluorescência indireta (anticorpos) - ELISA
Parasitológico Mielograma (70 a 80% de positividade)(Punção esplênica ou hepática)
Leishmaniose VisceralFluxograma de Pacientes Sintomáticos em Área Endêmica
Paciente sintomático(Febre > 5 dias/palidez/volume abdominal)
Colher sorologia (IFI)Encaminhar para o médico
IFI+ IFI-
Hepato / espleno Ausente Orientação eAcompanhamento
Presente
Colher exames inespecíficos e/ou mielograma
Definir forma clínica da LVASeguir fluxo de tratamento
TRATAMENTO DAS LEISHMANIOSES
QUESTÕES BÁSICAS:
• COMO TRATAR?
• QUANDO INICIAR?
• QUANDO INTERROMPER?
• COMO AVALIAR A RESPOSTA?
QUAL A CONDUTA FALHA TERAPÊUTICA
QUANDO INICIAR?
• DIAGNÓSTICO DE CERTEZA
• DIAGNÓSTICO PRESUNTIVO
TESTE TERAPÊUTICO
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
TRATAMENTO DAS LEISHMANIOSES
TE
RA
PÊU
TIC
A D
AS
LE
ISH
MA
NIO
SES
Tratamento da Leishmaniose
Propriamente dita
Tratamento da adjuvantes
Médico
Cirúrgico
Tratamento combinado
Geral
Local
Antimonias
Arsenicas
SubstânciasQuímicas
Processosfisioterápicos
TripossafrolNovo TripossafrolBismutoVanádioAtebrinaYarenBayer 205SulfanilamidasDiamidinas aromáticas
DesinfetantesCauterizantesEspecíficas
Injeção naBase da úlcera
Termocautério Diatermo-FulguraçãoDiatermo-coagulaçãoIonizaçãoNeve carbonicaRaio solaresRaios XRadiumRaios de BuckyCirurgia plástica
Exérese das lesões
AtebrinaÓleo fosfaratoEmetinaBerberina
Das complicaçõesda moléstia
Das doenças associadas
Infecções estreptocócicasInfecções piogênicasInfecção fuso-espiroqueticaInfestação pelas larvas de moscas
SífilisBoubaBlastomicoseMaláriaLepraFonte: Pessoa & Barreto, 1948
QuimioterapiaEspecífica
Outros agentesQuimioterápicos
Vacinoterapia
COMO TRATAR
Fonte: MS, 2000
DROGA DE PRIMEIRA LINHA:
ANTIMONIAIS PENTAVALENTES (Sb+5)
• DROGAS DE SEGUNDA LINHA:
ANFOTERICINA B PENTAMIDINAS
TRATAMENTO DAS LEISHMANIOSES
COMO TRATAR?
Fonte: MS, 2000
DROGA DE PRIMEIRA LINHA:
ANTIMONIAIS PENTAVALENTES (Sb+5)
• DROGAS DE SEGUNDA LINHA:
ANFOTERICINA B PENTAMIDINAS
ANTIMONIAIS PENTAVALENTES (Sb+5)
BRAMACHARI (1920)-DESENVOLVIMENTO DO 1º Sb+5
DÉCADA DE 1940 PRODUÇÃO INDUSTRIAL DO Sb+5
SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
PRODUÇÃO EM LARGA ESCALA
LaboratórioRhodia
Antimoniato-N-metilglucamina
LaboratórioWellcome
Estibogluconato de sódio
ANTIMONIAIS PENTAVALENTES
DISPONÍVEIS NO BRASIL
ANTIMONIO
Pertence ao grupo V – A da tabela periódica Símbolo Sb Classificado como semimetal Pode existir nos estados de oxidação – 3,0, + 3 e + 5 Os 2 isótopos do Sb mais abundante massa atômicas de 121 (57,25%) e 123 (42,75%) Na natureza a forma mais encontrada é o sulfeto (Sb2 S3 stibinite) Fraco condutor de calor e de eletricidadeTem larga aplicação em medicina como parasiticida no tratamento das leishmanioses.
18
0
1
1A
He17
7A
16
6A
15
5A
14
4A
13
3A
2
2AH
HaKuRaFr
RnAtPoBiPbTIHgAuPtIrOsReWTaHfBaCs
XeITeSbSnInCdAgPdRhRuTcMoNbZrYSrRb
KrBrSeAsGeGaZnCuNiCoFeMnCrVTiScCaK
ArCISPSiAI
12
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11
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9
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6
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NeFONCBBeLi Elementos de transiçãoLIT
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23,00
3
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19
39,10
37
85,4755
132,9
87
(223)
4
9,012
12
24,30
20
40,08
38
87,6256
137,3
88
(226)
21
44,96
39
88,9157 - 71
89 - 103
22
47,88
40
91,2272
178,5
104
(261)
23
50,94
41
92,9173
180,9
105
(260)
106
24
50,00
42
95,9474
183,8107
25
54,94
43
(98)75
186,2108
26
58,85
44
101,176
190,2109
27
58,93
44
102,977
192,2
28
58,69
46
106,478
195,1
28
62,55
47
107,979
197,0
30
65,38
48
112,480
200,6
5
10,81
13
26,98
31
69,72
49
114,881
204,4
6
12,01
14
28,06
32
72,59
50
118,782
207,2
7
14,01
15
30,97
33
74,92
51
121,783
209,0
8
16,00
16
32,06
34
78,96
52
127,684
(209)
9
19,00
17
35,45
35
79,90
53
126,985
(210)
10
20,18
18
39,95
54
131,3
52
127,684
(209)
Fonte: Marsden, 1985; Franco et al, 1995
GLUCANTIME ANTIMONIATO DE MEGLUMINA
APRESENTAÇÃO COMERCIAL:
- 1 AMPOLA= 5 ML= 405 MG Sb+5
DOSE RECOMENDADA (OMS/MS):
Fonte: WHO, 1990; MS, 2000; MS, 2002
FORMA CUTÂNEA – 10 a 20 mg/Sb+5/kg/dia (20 dias)FORMA MUCOSA - 20mg/Sb+5/kg/dia (40 dias)FORMA VISCERAL - 20mg/Sb+5/kg/dia (mínimo 20 dias)
TRATAMENTO DAS LEISHMANIOSES
FARMACODINÂMICA :
- FASE DE ELIMINAÇÃO RÁPIDA - FASE DE ELIMINAÇÃO LENTA (LEISHMANICIDA)
MECANISMO DE AÇÃO:
- VIA OXIDATIVA- LEISHMANICIDA
Fonte: Chulay et al, 1988; Berman, 1988
TRATAMENTO DAS LEISHMANIOSES
GLUCANTIME:
GLUCANTIME:
MODO DE USO:
- ENDOVENOSO- INTRAMUSCULAR
MITOS:
- 1X/DIA- NÃO DILUIR- MÁXIMO/ DIA
TRATAMENTO DAS LEISHMANIOSES
GLUCANTIME:
RECOMENDAÇÕES:
- NÃO UTILIZAR BEBIDAS ALCÓOLICAS- REPOUSO PÓS- ADMINISTRAÇÃO- INGESTA DE LÍQUIDOS AUMENTADA
CONTRA- INDICAÇÕES:
- GESTANTE- INSUFICIÊNCIA RENAL- CARDIOPATIA/ HEPATOPATIA
TRATAMENTO DAS LEISHMANIOSES
GLUCANTIME:
TOXICIDADE:
- CARDÍACA - PANCREÁTICA- RENAL - HEPÁTICA
EFEITOS ADVERSOS:
- MIALGIA/ ARTRALGIA - DOR ABDOMINAL- CEFALÉIA - ANOREXIA- PALPITAÇÃO - DOR PRÉ-CORDIAL- FEBRE - RASH CUTÂNEO
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QUANDO INTERROMPER?
BOA RESPOSTA/ FINAL DO TRATAMENTO
TOXICIDADE
FALHA TERAPÊUTICA
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COMO AVALIAR RESPOSTA TERAPÊUTICA?
LEISHMANIOSE VISCERAL AUSÊNCIA DE SINAIS E SINTOMAS
FEBRE DIMINUIÇÃO DA HEPATOMEGALIA DIMINUIÇÃO DE ESPLENOMEGALIA MELHORA NOS EXAMES LABORATORIAS
LEISHMANIOSE TEGUMENTAR EPITELIZAÇÃO DAS LESÕES
CURA CLÍNICA REFRATARIEDADE RECIDIVA
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AVALIAÇÃO DE REGULARIDADE DE TRATAMENTO?
TRATAMENTO REGULAR TRATAMENTO IRREGULAR
CONDUTA FRENTE TRATAMENTO IRREGULAR?50% DO TRATAMENTO TEMPO DA ÚLTIMA DOSE ESTADO ATUAL DOS SINAIS E SINTOMAS
CONDUTA FRENTE FALHA TERAPÊUTICA?
DROGA DE SEGUNDA LINHA
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ANFOTERICINA B
Pacientes graves, recidivantes, falha terapêutica e gestantes:
- Desoxicolato de anfotericina B: 1mg/kg/dia em dose única diária por 14 a 20 dias consecutivos;
• Na impossibilidade de uso do desoxicolato de anfotericina B:- Antimoniato de N-metil glucamina: 20mg de antimônio pentavalente (Sb+5 )/kg/dia/30 dias
Pacientes transplantados renais, com insuficiência renal instalada previamente aotratamento ou refratários ao desoxicolato de anfotericina B:
- Anfotericina B lipossomal: 3mg/kg/dia durante sete dias ou 4mg/kg/dia durante cinco dias, em dose única diária.
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Suporte hemoterápico• Concentrado de hemácias:
- Hemoglobina < 7g/dL ou hematócrito < 21%.- Repercussões hemodinâmicas associadas à anemia.
Dose: 300mL/transfusão ou 10mL/kg/transfusão para crianças com peso até 30kg.
• Concentrado de plaquetas:- Plaquetas < 20.000/mm³ ou sangramentos associados a plaquetopenia
moderada.
Dose: uma unidade para cada 7 a 10kg de peso corporal. Repetir após três dias, se necessário.
• Plasma fresco congelado:- Sangramentos graves não controlados após transfusão de plaquetas.
Dose: 10 a 20 mL/kg/transfusão de 8 em 8 horas ou de 12 em 12 horas.
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Obrigada!
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