• Leitura da vez:

Personagens elementares: • Hana Brady: Uma garotinha linda, forte, brincalhona,

generosa e divertida. Tinha de onze anos e adorava mostrar suas habilidades ao piano. Tinha cabelos loiros, olhos azuis e uma linda cara redonda.

• George Brady: Irmão mais velho de Hana e tocava violino.

• Karel: Pai de Hana e George, amava futebol, esqui e ginástica. Era ator amador, com sua voz potente comandava as corridas de esqui e também era bombeiro voluntário.

• Marketa: Mãe de Hana e George, uma anfitriã calorosa e generosa, tinha um ótimo senso de humor e uma risada que mais parecia um grito de tão alta. Tinha um cuidado especial com os pobres de Nove Mestro.

• Fumiko Ishioka: Diretora do museu, uma moça esguia de longos cabelos negros.

• Akira: Uma das crianças do Centro Educacional do Holocausto. Tinha dez anos e adorava brincar e provocar as outras crianças.

• Maiko: A mais velha menina do Centro Educacional do Holocausto, adorava festas e era uma excelente atleta de nado sincronizado.

• Ludvik: Cristão e tio de Hana e George.

• Hedda: Cristã, tia de Hana e George e irmã de Karel.

• Ella: Uma menina mais velha que Hana, dormia na cama ao da sua e era baixinha, com a pele escura e muito animada.

• Sr. Kotouc: Homem forte, com grandes olhos brilhantes. Dormira no mesmo beliche que George em Theresienstadt.

Outros personagens: • Boshka: Empregada e cozinheira da família de Hana.

• Sylvia: Cadela Borzoi da família.

• Micki e Mourek: Gatinhos de Hana.

• Sr. Rott: Vizinho de Hana.

• Vera e Jiri: Primos de Hana e George, filhos de Ludvik e Hedda.

• Ludmila: Mulher Tcheca que trabalhava no museu de Terezin.

• Friedl Dicker–Brandeis: Professor de artes, tinha sido um famoso pintor e agora era um colega de prisão de Hana em Theresienstadt.

• Oswald Pock: Engenheiro que fora deportado para Terezin.

A mala de Hana

A mala de Hana é uma obra que mostra como era cruel a vida das crianças submetidas ao Holocausto. A história se passa em três continentes durante um período de quase setenta anos.

Em 1939 a 1945, o mundo estava em guerra e o ditador nazista Adolf Hitler desejava que a Alemanha dominasse o mundo. No centro de seu plano estava a eliminação de todo o povo judeu e de todos aqueles que eram considerados inferior ou inimigo do governo.

Quase meio século depois - no Japão - Fumiko Ishioka, querendo contribuir para que jovens do Japão aprendessem mais sobre o Holocausto, funda o Centro Educacional do Holocausto de Tóquio e dessa forma procura descobrir mais sobre a história de Hana Brady. Infelizmente a busca pelo passado de Hana e de sua família, que vivia na Tchecoslováquia, não é um mar de rosas. Fumiko procura e pede ajuda a diversos museus, mas a maioria não conhece Hana. Porém, ela não desamina, quanto mais rejeições recebia mais determinada ficava. A cada descoberta as crianças se interessavam ainda mais por Hana. Lideradas por Maiko elas criam o grupo Pequenas Asas e mais tarde Fumiko abre uma exposição sobre seu trabalho: O Holocausto visto pelos olhos das crianças.

A mala de Hana foi a chave para o sucesso da missão de Fumiko. Ela, juntamente com as crianças dos Pequenas Asas descobriram que dentro da mala havia uma história de tristeza profunda e alegria intensa, a lembrança dos horrores do passado e da esperança de poder ter no futuro um mundo com tolerância, respeito e compaixão. No dia 08 de Maio, completa-se setenta e quatro anos que o Holocausto teve um fim. Seis milhões de judeus foram mortos. Um milhão e meio de crianças estavam entre elas. Esse livro deixa em nós uma reflexão a respeito de nossas ações e se estamos construindo um mundo para que horrores semelhantes ao que atingiu Hana e outros inocentes nunca volte a acontecer.

Trechos para análise:

“Um dia, Hana e George entraram na fila do cinema para assistir ao Branca de Neve e os Sete Anões. Quando chegaram ao guichê para comprar os ingressos, viram uma placa que dizia: “Judeus não são admitidos”. Com os rostos vermelhos e os olhos ardendo, Hana e George viraram de costas e voltaram para casa. Quando Hana entrou em casa, estava furiosa e chateada.”

Página 23

“Minha querida, desejo toda a felicidade em seu aniversário. Sinto muito por não poder ajudá-la a apagar as velas este ano. Mas o coração é um pingente que eu fiz para a sua pulseira. Suas roupas estão ficando pequenas para você? Peça ao papai e ao George que falem com suas tias para fazerem roupas novas para minha garotona. Eu penso em você e no seu irmão o tempo todo. Estou bem. Está sendo uma boa menina? Vai escrever para mim? Espero que você e George continuem estudando. Estou bem. Tenho muitas saudades, minha querida Hanichka. Mando beijos agora.

Amor, mamãe – Maio, 1941. Ravensbruck” Página 38

“- Ouça atentamente o que vou te dizer – sussurrou. – Você está infeliz e com medo. É assim que os nazistas querem nos ver. Todos nós. Você não pode dar essa satisfação a eles, Hana. Não pode dar aquilo que eles querem. Somos mais fortes e melhores do que isso. Seque essas lágrimas, Hana, e faça uma cara corajosa.”

Página 79

“Por favor, me desculpe se minha carta o machuca por lembrá-lo de sua experiência difícil. Mas eu gostaria muito de poder saber mais da sua história e da história de Hana. Gostaríamos de saber como era a vida de vocês antes de serem enviados ao campo, as coisas sobre as quais conversavam, seus sonhos e os sonhos dela. Estamos interessados em qualquer coisa que ajude as crianças do Japão a se sentirem mais próximas de Hana. Gostaríamos de entender o que o preconceito, a intolerância e o ódio causaram as crianças judias. Se possível, ficaria muito grata se pudesse me emprestar algumas fotos da família. Estou ciente de que a maioria dos sobreviventes do Holocausto perdeu sua famílias e suas lembranças. Mas, se tiver algum foto seria de muita ajuda para as crianças do Japão entenderem um pouco mais sobre o Holocausto. Nós, do Centro Educacional de Tóquio e as crianças do “Pequenas Asas”, estamos exultantes em saber que Hana tinha um irmão e que ele sobreviveu.”

Página 98

“Hana Brady, treze anos de idade, a dona desta mala.

Cinquenta e oito anos atrás, 18 de maio de 1942 – dois dias depois de celebrar seu aniversário de onze anos – ela foi levada para Terezin na Tchecoslováquia.

23 de outubro de 1944, amassada num trem de carga, ela foi para Auschwitz.

Ela foi levada à câmara de gás logo depois.

As pessoas só podiam levar uma mala cada uma.

Eu tento imaginar o que Hana levou em sua mala.

Hana teria sessenta e nove anos hoje, mas sua vida acabou quando tinha treze.

Eu imagino que tipo de garota ela era.

Alguns desenhos que ela fez em Terezin – isso é tudo que ela deixou para nós.

O que esses desenhos nos dizem? Memórias felizes de sua família? Sonhos e esperanças para o futuro? Por que ela foi morta? Havia uma razão. Ela nasceu Judia. Nome: Hana Brady. Data de Nascimento: 16 de maio de 1931. Órfã. Nós, “Pequenas Asas”, vamos contar a todas as crianças do Japão o que aconteceu com Hana. Nós, “Pequenas Asas”, nunca esqueceremos o que aconteceu com um milhão e meio de crianças judias. Nós, crianças, podemos fazer a diferença em construir a paz neste mundo – para que o Holocausto nunca aconteça de novo.”

Página 104 e 105

Obrigada pela companhia nesse bate-papo sobreleituras e até a próxima!

Desejo um bom livro a vocês!