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ano do tetra da Selvagens, era preciso encontrar uma lesma. O dia já estava amanhecendo e faltava menos de uma hora para a entrega do animal. Foi então que Ismael Bartz recebeu a ligação de sua mãe, dizendo que sua tia, dona Helia Becker Albrecht, possuía uma lesma de estimação. Foram até o local e encontraram Carol - nome dado à lesma. Após a apresentação do animal, a Carol foi devolvida ao seu habitat natural. O orga- nizador da Gincana na época, Juliano Pauli, foi junto entregar a lesma e, espantado, presen- ciou Helia à espera de Carol, a chamando pelo nome assim que A pentacampeã Selvagens também soma em seu acervo uma série de curiosidades e lembranças de bastidores, prin- cipalmente quando o assunto é enigma, realizado tradicio- nalmente na madrugada e em cemitérios. Já no primeiro ano de participação da equipe, em 2000, uma rateada é lembrada Lesma do enigma vive até hoje em Lª Capão FOTO ARAUTO Amor pelos animais: Helia mostra os filhotes da lesma Carol COMO VEM A EQUIPE ESTE ANO com precisão. A comissão entre- gou uma folha em branco, que inspirado no filme “Em nome da Rosa”, era necessário passar limão para ler o que estava es- crito. Inexperientes, não sabiam o que fazer com o bendito papel. Até acharam que era um enga- no da comissão e resolveram utilizá-lo para anotações das cervejas consumidas no bar da equipe. Em 2005, ao finalizar o enig- ma, a Selvagens constatou que o “bicho” a ser entregue era uma preá. Tentaram localizar por algumas horas, mas não obti- veram sucesso. Quando faltava 15 minutos para o horário limite de entrega da tarefa, já dia claro, o integrante da equipe Miguel Hoesker (Miguelzinho) - hoje falecido - já sem muita esperan- ça rezava em voz alta em frente ao QG, quando avistou uma preá no acostamento, do outro lado da rua. Com o barulho e alvoroço do Miguelzinho e dos integrantes da equipe, que saíram para ver o que havia acontecido, a tal preá entrou em um terreno baldio, locali- zado em frente ao QG. Vários integrantes cercaram o terreno e foram à caça do animal na tentativa de capturá-lo. Mas o tempo esgotou e a tarefa não foi cumprida. No enigma de 2010, o animal solicitado era uma lagarta mede palmo, famoso mede-mede. Inúmeros integrantes procura- vam o dito bicho, quando Meri Stoeckel, vinda da rua, entrou no QG, envolvida pela tarefa artística e sem saber o que se passava no enigma, foi em di- reção ao seu esposo, Cláudio. O marido avistou no casaco da esposa, sobre o ombro, uma lagarta mede-mede. Foi assim que o tão procurado “bicho” chegou até a equipe. Mas as histórias de animais não encerram aí. Em 2012, a viu. A lesma vive até hoje na propriedade de Helia, em Linha Capão. Carol tem até filhos, que são cuidados com muito amor pela professora aposentada. E a bicharada anda solta na memória da Selvagens. Em 2013, o animal a ser apresentado era uma lebre. Existem boatos até hoje de que a equipe havia entregue um coelho no lugar da lebre. Se o animal apresentado à comissão se tratava de uma lebre ou de um coelho, somente os poucos envolvidos na missão poderão saber. Esse é mais um mistério que fica nas entrelinhas e torna tão apaixonante a Gin- cana Municipal de Vera Cruz. A Selvagens está mobilizada, buscando o hexa em 2017. A equipe conta com aproximadamente 300 integrantes e tem na sua formação a mesma base do ano passado. Reforçada de novos membros, a Selvagens mantém o ideal de desenvolver todas as tarefas por integrantes da equipe e da comunidade vera-cruzense. A equipe não teve contratação profissional diferente para este ano. Para melhorar o desempenho em 2017, o foco será a organização da equipe no fim de semana da gincana, para que possa minimizar os erros de anos anteriores e assim tentar chegar o mais próximo possível da perfeição e cumprindo o maior número de tarefas. O QG da Selvagens continua na rua Roberto Gruendling, nº 911 (antigo Curtume).

Lesma do enigma vive até hoje em Lª Capãoadmv2.sizing.com.br/projetos/arauto/images/PagMat/Pag051423/... · gou uma folha em branco, que inspirado no fi lme “Em nome da Rosa”,

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ano do tetra da Selvagens, era preciso encontrar uma lesma. O dia já estava amanhecendo e faltava menos de uma hora para a entrega do animal. Foi então que Ismael Bartz recebeu a ligação de sua mãe, dizendo que sua tia, dona Helia Becker Albrecht, possuía uma lesma de estimação. Foram até o local e encontraram Carol - nome dado à lesma. Após a apresentação do animal, a Carol foi devolvida ao seu habitat natural. O orga-nizador da Gincana na época, Juliano Pauli, foi junto entregar a lesma e, espantado, presen-ciou Helia à espera de Carol, a chamando pelo nome assim que

A pentacampeã Selvagens também soma em seu acervo uma série de curiosidades e lembranças de bastidores, prin-cipalmente quando o assunto é enigma, realizado tradicio-nalmente na madrugada e em cemitérios. Já no primeiro ano de participação da equipe, em 2000, uma rateada é lembrada

Lesma do enigma vive até hoje em Lª Capão

FOTO

ARA

UTO

Amor pelos animais: Helia mostra os filhotes da lesma Carol

COMO VEM A EQUIPE ESTE ANO

com precisão. A comissão entre-gou uma folha em branco, que inspirado no fi lme “Em nome da Rosa”, era necessário passar limão para ler o que estava es-crito. Inexperientes, não sabiam o que fazer com o bendito papel. Até acharam que era um enga-no da comissão e resolveram utilizá-lo para anotações das cervejas consumidas no bar da equipe.

Em 2005, ao fi nalizar o enig-ma, a Selvagens constatou que o “bicho” a ser entregue era uma preá. Tentaram localizar por algumas horas, mas não obti-veram sucesso. Quando faltava 15 minutos para o horário limite

de entrega da tarefa, já dia claro, o integrante da equipe Miguel Hoesker (Miguelzinho) - hoje falecido - já sem muita esperan-ça rezava em voz alta em frente ao QG, quando avistou uma preá no acostamento, do outro lado da rua. Com o barulho e alvoroço do Miguelzinho e dos integrantes da equipe, que saíram para ver o que havia acontecido, a tal preá entrou em um terreno baldio, locali-zado em frente ao QG. Vários integrantes cercaram o terreno e foram à caça do animal na tentativa de capturá-lo. Mas o tempo esgotou e a tarefa não foi cumprida.

No enigma de 2010, o animal solicitado era uma lagarta mede palmo, famoso mede-mede. Inúmeros integrantes procura-vam o dito bicho, quando Meri Stoeckel, vinda da rua, entrou no QG, envolvida pela tarefa artística e sem saber o que se passava no enigma, foi em di-reção ao seu esposo, Cláudio. O marido avistou no casaco da esposa, sobre o ombro, uma lagarta mede-mede. Foi assim que o tão procurado “bicho” chegou até a equipe.

Mas as histórias de animais não encerram aí. Em 2012,

a viu. A lesma vive até hoje na propriedade de Helia, em Linha Capão. Carol tem até fi lhos, que são cuidados com muito amor pela professora aposentada.

E a bicharada anda solta na memória da Selvagens. Em 2013, o animal a ser apresentado era uma lebre. Existem boatos até hoje de que a equipe havia entregue um coelho no lugar da lebre. Se o animal apresentado à comissão se tratava de uma lebre ou de um coelho, somente os poucos envolvidos na missão poderão saber. Esse é mais um mistério que fi ca nas entrelinhas e torna tão apaixonante a Gin-cana Municipal de Vera Cruz.

A Selvagens está mobilizada, buscando o hexa em 2017. A equipe conta com aproximadamente 300 integrantes e tem na sua formação a mesma base do ano passado. Reforçada

de novos membros, a Selvagens mantém o ideal de desenvolver todas as tarefas por integrantes da equipe e da comunidade vera-cruzense. A equipe não teve contratação

profissional diferente para este ano. Para melhorar o desempenho em 2017, o foco será a organização da equipe

no fim de semana da gincana, para que possa minimizar os erros de anos anteriores e assim tentar chegar o mais

próximo possível da perfeição e cumprindo o maior número de tarefas. O QG da Selvagens continua na rua Roberto

Gruendling, nº 911 (antigo Curtume).