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    GGAGAGAGA Um dos quatro filhos de Naor (q.v.),gerado com sua concubina Reum (Gn22.24).

    GAALGAALGAALGAAL Filho de Ebede, evidentemente umcananeu, e lder de um grupo nmade for-mado por seus parentes, semelhante aos gru-pos de habiru, frequentemente mencionadosnas cartas de Amarna (q.u). Organizou arevolta de Siqum contra o governo de

    Abimeleque, e foi derrotado fora da cidade

    quando, ao lado de seus rebeldes, avanourepentinamente para lutar contra o rei e seuexrcito que se aproximava. Zebul, tenente-governador de Siqum, trancou os portespara Gaal e seus irmos fugitivos quandoprocuraram refgio dentro dos muros da ci-dade (Jz 9.26-41).

    GAARGAARGAARGAAR Um dos chefes netineus cujos descen-dentes estavam entre aqueles que retoma-ram do cativeiro da Babilnia com Zorobabel(Ed 2.47; Ne 7.49). VejaNetineu.

    GAASGAASGAASGAAS Colina ou elevao na regio monta-nhosa de Efraim, no extremo sul de Timnate-

    Sera, onde Josu morou e foi sepultado (Js24,30; Jz 2.9), provavelmente localizada cer-ca de 30 quilmetros a sudeste de Siqum.Hidai (ou Hurai) era um nativo do 'ribeirode Gas (2 Sm 23.30; 1 Cr 11.32), aparen-temente uma referncia aos cursos de guae s fontes nas vizinhanas do monte Gas.

    GABAGABAGABAGABA Variao de Geba, em Josu 18.24;Esdras 2.26; Neemias 7.30. VejaGeba.

    GABAIGABAIGABAIGABAI Coletor de impostos, arrecadadorde tributos". Foi um proeminente benjamitaentre as dez pessoas selecionadas para resi-dir em Jerusalm depois do cativeiro da Ba-

    bilnia (Ne 11.8).

    GABATAGABATAGABATAGABATA Termo aramaico utilizado paraaquilo que em grego tinha o nome delithostrotos. Essa palavra grega quer dizerpavimentado com pedras" e foi traduzida emalgumas verses como Pavimento (q.u). AAAApalavra hebraica no corresponde exatamen-te palavra grega. Ela indica o aspecto ele-

    vado do local ao invs de sua estrutura emmosaico ou xadrez. O texto em Joo 19.13informa que este foi o local onde Pilatos pro-

    feriu a sentena formal contra o Senhor Je-sus. Estava localizado ao lado do pretrio,ou residncia do governador em Jerusalm.Se o pretrio (q.v.) pode ser identificado coma torre de Antnia, que pertencia a Herodes(veja Antnia; Castelo), ento passa a sermuito provvel que o antigo pavimento na

    base do convento de Nossa Senhora de Sioseja Gabat. A rea central desse ptio medecerca de 2.300 metros quadrados, e pavi-mentada com pedras de cerca de um metro

    quadrado por 30 centmetros de espessura.D. L. W.

    GABRIELGABRIELGABRIELGABRIEL Anjo enviado a Daniel, na Babi-lnia, para explicar ao profeta a viso do car-neiro e do bode e anunciar a profecia das 70semanas (Dn 8.16-27; 9.21-27). Depois de umintervalo de vrios sculos, Gabriel foi envia-do a Jerusalm como arauto para anunciar aZacarias o nascimento de Joo Batista (Lc1.11-22), e a Nazar para anunciar a Maria onascimento do Messias (Lc 1.26-38). Identifi-cando-se para Zacarias, ele descreve-se comoalgum que vive na presena de Deus (Lc1.19). No Livro de Enoque (uma obraapocalptica judaica posterior), Gabriel apa-rece com Miguel, Rafael e Fanuel (Uriel) comoum dos quatro maiores anjos (captulos 9,10,40), ou como um dos sete maiores (captulo20). Na literatura muulmana (Alcoro), ele representado como o agente por meio do qualMaom obteve seu saber proftico.

    GADARAGADARAGADARAGADARA Gadara (a moderna cidade deUmm Qeis) estava localizada cerca de 400metros acima do nvel do mar Mediterrneoe 620 metros acima do nvel do mar de Tibe-rades, que pode ser visto a uma distnciade 10 quilmetros a sudoeste. Ela tem uma

    vista privilegiada do vale do Jordo e da reada Galilia (das colinas situadas atrs des-sa cidade pode-se ver todo o caminho para oCarmelo), estando situada na extremidadeocidental de uma cadeia de montanhas, en-tre o vale do Jarmuque ao norte, e o Udi

    Arabe ao sul. Por ter seus trs lados marca-dos por escarpados declives, foi idealmenteprojetada para ser uma poderosa fortaleza.Seu clima tambm era mais suportvel queo do vale do Jordo durante o calor do vero,ou mesmo que o da regio de Amata, cuiasfamosas fontes quentes estavam localizadas

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    rostos de lees, e eles eram ligeiros como corassobre os montes (1 Cr 12.8).Gade teve sete filhos (Gn 46.16) e, com exce-o de Esbom, cada um deles fundou umatribo (Nm 26.15-18). Embora muito tenhasido dito sobre os descendentes de Gade, pou-co foi realmente registrado sobre o prpriopatriarca. No incio do xodo, desde o Egito

    at Cana, a tribo de Gade era formada por45.650 pessoas dos de vinte anos para cima,todos os que podiam sair guerra (Nm 1.24).O territrio destinado tribo estavalocalizado a leste do rio Jordo, mas foiestabelecido de comum acordo com as outrastribos que seus guerreiros iriam atravessare ajudar a conquistar o resto do territrioantes de se estabelecerem (Nm 32.20-32). Aterra dos gaditas inclua a regio sul domonte Gileade, desde o ribeiro de Jaboqueat Hesbom, e de Rabate-Amom at o ladooriental do rio Jordo,

    H. A. Han.

    2.

    Gade, o vidente. Um profeta que aconse-lhou Davi, quando fugitivo, a abandonar Moabe(1 Sm 22.5), Mais tarde, ele anunciou a Davi adeciso que o Senhor tomou de castig-lo porter feito um censo (2 Sm 24.11-17; 1 Cr 21.9-17) e sugeriu a construo de um altar na eirade Arana" (2 Sm 24.18,19; 1 Cr 21.18,19). Foium dos historiadores do reino de Davi (1 Cr29.29) e, ao lado de Natfi, encorajou Davi aformar a orquestra levtica para a Casa doSenhor (2 Cr 29.25). Veia Profeta.3. Gade, um deus da fortuna. Veja Falsosdeuses.

    GADI

    1.

    Um dos 12 espias enviados por Moiss parapesquisar a terra de Cana. Era filho de Susie representante de Manas ss (Nm 13.11).2. Pai de Menam que se tomou rei de Israeldepois de assassinar Salum (2 Rs 15.14,17).

    GADIEL Um dos 12 espias enviados por Moisspara pesquisar a terra de Cana. Era filho deSodi e representante de Zebulom (Nm 13.10).

    GADO VejaAnimais I. 8.

    GAET Chefe ou duque edomita, filho deElifaz e neto de Esau (Gn 36.11,16; 1 Cr 1.36).

    GAFANHOTO VejaAnimais: Locusta III.38.

    GAGUEIRA No AT, a palavra hebraica laagimplica um sentido de zombaria e escrnio(cf. SI 2.4). Em duas passagens (Is 28.11;33.19), ela transmite a idia de Deus falan-do em juzo atravs das lnguas estrangei-ras dos exrcitos conquistadores. Como Is-rael recusou-se a ouvir os profetas de Deusem sua lngua nativa hebraica prometendorepouso e refrigrio, Deus iria enviar contraseu povo os assrios e suas tropas mercen-rias de vrias nacionalidades, cujas estranhas

    palavras iriam soar como se tivessem sidoproferidas por lbios gagos (heb. E>'Iaagesapha). Dessa forma, Israel teria sua des-crena fortalecida pela lngua dos invasores.

    GAIO Esse nome romano, muito comum, ocor-re cinco vezes no NT. No entanto, incerto onmero das diferentes pessoas mencionadas,

    mas provavelmente sejam apenas quatro.1. Cristo macednio que acompanhou Pau-lo em algumas de suas viagens e foi um dosdois homens capturados na rebelio de feso(At 19.29).2. Cristo de Derbe, na Licania, que estavacom Paulo em seu regresso da Maceania, pro-

    vavelmente a caminho de Jerusalm (At 20.4),3. Anfitrio de Paulo em cuja casa os cris-tos costumavam se reunir (Em 16,23). Noh dvida de que era o mesmo homem men-cionado em 1 Corntios 1.14 como um dos

    oucos convertidos que Paulo havia batiza-o em Corinto.

    4. Lder cristo a quem dirigida a terceiraepstola de Joo (3 Jo 1). Joo estava evi-dentemente certo da sade espiritual dessehomem, pois esperava que sua sade fsicae sua prosperidade estivessem nas mesmascondies. Como essa epstola foi escrita maistarde (cerca de 90 d.C.), parece provvel quese trate de um Gaio diferente de qualquerum dos demais.

    J.A. S.

    GAIOLA Em Jeremias 5.27, a palavra he-braica significa a cesta de vime na qual ocaador colocava as aves capturadas. Taiscestos, abarrotados de pssaros vivos, pro-

    vavelmente formavam uma cena familiar nosmercados das cidades antigas. VejaCestos.

    GAITA DE FOLES VejaMsica.

    GAIVOTA VejaAnimais; Cnco II 1.24.

    GALCIA Na poca do NT, o termo Galciatinha dois sentidos: um tnico e o outro pro-

    vincial. Portanto, existem agora duas teoriasa respeito da localizao das igrejas s quaisPaulo dirigiu-se na Epstola aos Glatas.1. Galcia tnica. Esse termo refere-se re-gio ao norte da granle plancie interna qual damos o nome de sia Menor. Seu nome derivado dos gauleses ou dos celtas, que

    primeiramente invadiram a Itlia por voltado ano 390 a.C. e que, mais tarde, atraves-saram o mar de Bsforo devastando a siaMenor em aprqx. 278-277 a.C. Foram derro-tados pelo rei talo I, de Prgamo, por voltado ano 239 a.C. e, como resultado, ficaramconfinados em uma regio a noroeste da siaMenor. Seu esprito aristocrtico e vigorosocontribuiu para sua separao; no entanto,eles governaram numerosas tribos dosFrgios e Capadcios. O gegrafo Estraboindica que os glatas agrupavam-se em trs

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    tribos com quatro unidades de governo outetrarquias para cada tribo. Eles enriquece-ram-se s expensas de seus vizinhos por meiode pilhagens e extorses, servindo, s vezes,tambm como mercenrios em conflitos lo-cais. Finalmente estabeleceram-se, e suasprincipais cidades eram Tavium, Ancira iamoderna Ancara) e Pessino. Seu territrio

    estava limitado ao norte com a Bi tinia e aPaflagnia, a leste com Ponto, ao sul com aCapadcia e a Licania, e a oeste com aFrigia. No ano 189 a.C., foram totalmentederrotados pelo exrcito romano sob o coman-do de Maulius Vulso, mas conseguiram aindependncia em 166 a.C. Um lder glata,Deiotaro, colocou-se ao lado dos romanos con-tra Mitridates VI, de Ponto (121-63 a.C.), emsuas continuadas tentativas de controlar todaa regio da sia Menor, Depois de derrotarMitridates, Pompeu confirmou Deiotaro emseu reino anterior e at acrescentou outrosterritrios aos seus domnios (63 a.C.),

    2.

    A provncia romana da Galcia. Depois damorte de Amintas, seu ltimo rei, Augustofez da Galcia uma provncia romana no ano25 a.C., tendo a cidade de Ancira como capi-tal. Seu territrio inclua, alm da antigaregio tnica, partes do Ponto, Frigia,Licania, Pisdia, Paflagnia e Isauria. Tam-

    bm estavam includas na Galcia provinci-al as cidades que o apstolo Paulo evangeli-zou em sua primeira viagem missionria,isto , Antioquia, Icnio, Listra e Derbe (At13-14). Listra e Antioquia tornaram-se co-lnias romanas e todas essas cidades atra-am um grande nmero de gregos, romanos eudeus por causa de sua importncia econ-

    mica e geogrfica. A lngua cltiea continua-va a ser usada na vida privada ao norte, maso latim tornou-se a Lngua oficial, com o gre-go sendo utilizado para fins comerciais.3. Localizao das 'Igrejas da Galcia. Quan-do Paulo endereou sua Epstola aos Glatas,a que povo estaria se referindo? Aquele quemorava na antiga regio tnica ao norte ouquele da regio sul, tambm includo namais nova provncia romana? A teoria queaceita a regio glata do norte afirma quePaulo se dirigiu primeiro s igrejas que jhavia contatado em sua segunda viagemmissionria. Depois de ter visitado o territ-

    rio sul, ele viajou pela regio frgio-glata(At 16,6). Aqueles que defendem essa opi-nio dizem que ele entrou na antiga Galcia,

    visitando Pessino e possivelmente Aneira eTavium antes de continuar at Trade. Ou-tros afirmam, no entanto, que uma segunda

    viagem ao mesmo territrio mencionadaem Atos 18.23, onde o apostolo diz que par-tiu, passando sucessivamente pela provnciada Galcia e da Frigia, confirmando a todosos discpulos. Essa a mais antiga das duasopinies, mantida pelos patriarcas da Igrejae estudiosos mais recentes tais como Alford,Ellicott, Findlay, Godet, Lightfoot e MofTatt.

    A teoria do sul da Galcia afirma que Pauloescreveu s igrejas da regio sul da provnciaromana que ele havia contatado em sua pri-meira viagem missionria, isto , Antioquia,Icnio, Listra e Derbe. Ele visitou novamen-te essas igrejas em sua segunda viagem (At16.1- 5) e, possivelmente, durante a terceira(At 18.23). O principal defensor dessa opiniofoi Sir William Ramsay, que realizou exten-sas pesquisas arqueolgicas na sia Menor.

    A maioria dos comentaristas modernos, comexceo dos da Alemanha, aceita essa teoria.Entre eles encontramos Zahn, Burton,Duncan, Tenney, Bruce e Hendrieksen.Para uma apresentao objetiva, tanto daopinio norte como da opinio sul, vejaEverett F. Harrison, Introduction to the NewTestament,pp. 257-59 e Donald Guthrie, ThePauline Epistles, New Testament Introduc-tion,pp. 72-79.Embora exista muito a ser dito em relao acada uma delas, e talvez essa questo no

    possa ser estabelecida com grande seguran-a, a opinio a favor do sul da Galcia pare-ce ser a mais provvel por diversas razes:a. Embora isso no possa levar a alguma con-cluso, o hbito de Paulo de usar termos ofici-ais romanos, associado ao registro histrico em

    Atos e s evidncias da epstola, d um slidosuporte opinio de que ele se dirigiu s igre-as do sul, como est mencionado em Atos 13-14 e 16.1-5. Observe 1 Corntios 16.1, ondePaulo usa a palavra Galcia no contexto, jun-to com outras provncias romanas, como Ma-cednia (16.5), Acaia (16.15) e sia (16.19).Outras referncias Galcia podem ser en-contradas em 2 Timteo 4.10 e 1 Pedro 1.1.

    b.

    A ausncia de uma prova definitiva de quePaulo tenha alguma vez fundado igrejas nonorte da Galcia, em contraste com a fcilconexo com as cidades do sul, cujo extensoantecedente histrico, fornecido em Atos,est possivelmente em linha com o reconhe-cido propsito de Lucas de mostrar o contex-to das epstolas de Paulo. Atos 16.6-8 e 18.23so referncias citadas para a opinio rela-cionada com o norte da Galcia. Em Atos16.6-8 lemos; E, passando pela Frigia e pelaprovncia da Galcia, foram impedidos peloEsprito Santo de anunciar a palavra na

    sia. E, quando chegaram a Msia, intenta-

    vam ir para Bitnia, mas o Esprito de Jesusno lho permitiu. E, tendo passado por Msia,desceram a Trade. Essa passagem indicaque, depois de visitar as cidades do sul daGalcia (16.1-5), e como Paulo havia sidoimpedido pelo Esprito de ir para o oestedentro da provncia da sia, ele tomou a di-reo norte atravs da regio tnica da Frigiae da Galcia (provavelmente, ao longo dafronteira da antiga Galcia). Ao atingir oponto sul da Bitnia e o leste da Msia, elefoi dirigido pelo Esprito para o oeste, aTrade, ao invs de ir para o norte, paraBitnia, ou regio leste localizada na antiga

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    Galcia tnica. No existe aqui nenhumareferncia a uma extensa evangelizao oufundao de igrejas, e nenhum apoio defini-tivo em favor da teoria do norte da Galcia.Em Atos 18.23, a ordem das palavras estinvertida e a referncia foi feita, muito pro-

    vavelmente, a duas regies adjacentes. Pau-lo partiu da cidade de Antioquia, na Sria,

    passando sucessivamente pela provncia daGalcia e da Frigia, confirmando a todos osdiscpulos. Burton prefere a explicao darota que leva Paulo a Tarso atravs das por-tas cilicianas e da parte ocidental extremada velha Galcia e, em seguida, atravs daFrigia, a regio oriental da sia. Isso seriaconsistente com o uso tnico de Lucas doadjetivo glata em Atos 16.6. Observe queno existe nenhuma referncia a cidades ouigrejas em qualquer parte da Galcia, sejano norte ou no sul. Lucas no d nenhumaevidncia de estar tentando fornecer um con-texto em que Paulo esteja fundando igrejas.Portanto, no h provas, em qualquer pas-sagem j citada, de que Paulo estivesse fun-dando igrejas na regio norte,c. Uma terceira razo a favor da opinio relati-

    va ao sul da Galcia a que melhor satisfaz asconsideraes exegticas da epstola. Primeiro,a regio sul da Galcia estaria, provavelmen-te, mais familiarizada com a religio judaica,de acordo com o julgamento de Paulo. Segundo,os mestres judaizantes que se opunham a Pau-lo teriam um acesso mais rpido e mais prov-

    vel regio sul. Terceiro, a forma de Paulo ar-gumentar seria mais compreensvel se consi-derssemos que os decretos de Atos 15 teriamsido destinados s igrejas do sul, como em Atos

    16.1-

    5, e que os erros apresentados aosglatasno eram os de Atos 15 (G1 2.1-10) relativos salvao pela f, mas estavam dirigidos princi-palmente aos cristos que viviam, sob a leimosaica (como em Glatas 2.11-21). E claro quea doutrina da justificao estaria logicamenteafetada, mas a forma peculiar da argumenta-o em Glatas 34 no a atinge diretamentecomo faz a Epstola aos Romanos.

    Bibliografia. E. D. Burton, A Criticai andExegetical Commentary on the Epistle to theGalatians, ICC. D, Guthrie, The PaulineEpistles, New Testament Introduction,Lon-

    dres: Tyndale Press, 1961. Everett F.Harrison, Introduction to tke New Testa-ment, Grand Rapids: Eerdmans, 1964. M.J. Mcllinck, Galatia", IDB. II, 336ss. W. M.Ramsay, A Historical Commentary on St.PauTs Epistle to the Galatians, Nova York:Putnams, 1990; St. Paul the Traveller andRontan Citizen, Londres: Hodder e Stou-ghton, 1898. Howard F. Vos, WHG, pp. 332-337, 347-356, 383ss.

    C. F. D.

    GALALGALALGALALGALAL Nome de dois levitas cujos descen-dentes estavam entre os exilados que retor-

    naram da Babilnia. Um era descendente deAsafe (1 Cr 9.15), o outro era filho de Jedutum,cujos descendentes eram moradores das al-deias dos netofatitas (1 Cr 9.16; Ne 11.17).

    GLATAS, EPSTOLA AOSGLATAS, EPSTOLA AOSGLATAS, EPSTOLA AOSGLATAS, EPSTOLA AOS

    ImportnciaImportnciaImportnciaImportnciaPor vrias razes, essa breve e fervorosa car-

    ta de Paulo muito significativa. Quanto sua interpretao, existe uma grande con-tribuio ao entendimento do evangelho esuas implicaes prticas. Historicamente,ela salvou o cristianismo de se tornar umaseita do judasmo nos dias de Paulo e, maistarde, alimentou o fogo da Reforma. Doutri-naria mente, ele argumenta que como a sal-

    vao s alcanada pela f, ento a f setorna a nica e prpria esfera da vida cris-t. A nova vida no o legalismo ou o abusoda liberdade, mas uma liberdade disciplina-da pela graa e dirigida pelo Esprito de Deusem amor. Esta obra permanece, com extre-

    ma relevncia, como um protesto contra acontaminao legalista do Evangelho da gra-a e a proclamao da liberdade crist.

    Autoria e CanonicidadeAutoria e CanonicidadeAutoria e CanonicidadeAutoria e CanonicidadeEvidncias internas (dentro do prprio li-

    vro) e externas (fora do livro) so ambas todecididamente favorveis autoria do aps-tolo Paulo, que no h razes para duvidar.Mesmo as crticas mais destrutivas reconhe-ceram o livro de Glatas como pertencenteao grupo normativo de Paulo (ao lado deRomanos e 1 e 2 Corntios). O autor se au-todenomina como Paulo (1.1; 5.2) e o livro to caracteristicamente seu quanto ao vo-

    cabulrio, estilo e contedo, to natural-mente desenvolvido na argumentao e alu-ses pessoais, um retrato to fiel do cora-o e mente do grande apstolo, que nin-gum podera ter forjado tal obra-prima.No existe qualquer sugesto de valor, vin-da da Antiguidade, de que qualquer pessoa,a no ser Paulo, podera t-la escrito, ou deque esta epstola no devesse estar no cnondas Escrituras. Ela foi encontrada nas pri-meiras relaes dos livros cannicos, nassuas primeiras verses em referncias fei-tas pelos patriarcas da Igreja e pelos herti-cos. A Epstola aos Glatas registra a Pala-

    vra de Deus revelada por meio do apstolo

    Paulo.Data e Local da Escrita da ObraData e Local da Escrita da ObraData e Local da Escrita da ObraData e Local da Escrita da Obra

    Esses dados no podem ser seguramentefixados. Defensores da teoria do norte daGalcia geralmente colocam essa obra depoisda segunda viagem missionria de Paulo,que vai do ano 52 d.C., em Efeso, at o ano57/58 d.C., na Macednia ou Acaia. Tericosdo sul da Galcia tm opinies que variamentre os anos 48/49 d.C., em Antioquia naSria, at a mesma data e local posteriores

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    descritos acima. Veja Galada. Uma data maisexata vai depender das interpretaes feitasa partir da visita a Jerusalm, mencionadaem Gaiatas 1-2. Os defensores de uma dataanterior no aceitam que Glatas 2.1-10esteja se referindo ao Concilio de Atos 15,pois esses versos apresentam uma nfasediferente, e o decreto do Concilio de

    Jerusalm no foi citado como suporte porPaulo; por conseguinte, Gaiatas antecede oConcilio (48/49 d.C.). Uma data posterior, porqualquer das duas teorias, identifica Gaiatas2.1- 10 com Atos 15.Por diversas razes, podemos afirmar queGlatas 2.1-10 refere-se a Atos 15. Lightfoot(em sua obra St. PauVs Epistle to theGalatans, pp. 123-24) observa as semelhan-as determinantes de geografia, tempo, pes-soas, assuntos da discusso, natureza da con-ferncia e seu resultado, A ocorrncia de doisincidentes to semelhantes, em um perodode poucos anos, muito improvvel e apre-

    senta grande dificuldade para alcanar qual-quer soluo que no seja sua identidade.Aqneles que aceitam que isso no correspon-de a Atos 15, mas a Atos 11.30; 12.25, geral-mente deixam de entender que Paulo, emGlatas 1.13-24, no tem a inteno de rela-tar todas as visitas feitas a Jerusalm, masapenas aquelas que envolveram seu contatocom os doze apstolos. No existe tal conta-to em Atos 11; os doze apstolos podem terfugido de Herodes (cf. At 12.1).Mas, se Paulo escreveu depois de Atos 15, porque no apelou deciso do Concilio de Jeru-salm para resolver o problema dos Glatas?

    A resposta que ele havia feito isso pessoal-

    mente (At 16.4); portanto, mais tarde, em suaepstola, o apstolo se admirou do fato de te-rem desertado a Cristo (G11.6). Referir-se aodecreto de Jerusalm no poderia resolver oproblema que tinham naquela ocasio, queera diferente, como no caso de Pedro (2.11-21); e ambos representavam, logicamente, oprximo passo a partir da questo apresen-tada no Concilio. Essa questo havia progredi-do para a santificao atravs da f e da rela-o entre a vida crist e a lei mosaica. EmGlatas 2.1-10, Paulo faz referncia a umaspecto privado do Concilio de Jerusalm; emprincpio, no em apoio sua doutrina (rece-

    bida independentemente), mas como suporte sua prpria independncia como apstolo.A reside a diferena de nfase.Podemos afirmar que a Epstola aos Glatasfoi escrita durante a terceira viagem missio-nria, de feso, nos anos 52/53 d.C., ou deCorinto ou da Maeednia, nos anos 54/55.

    DestinatriosDestinatriosDestinatriosDestinatriosDirigida s Igrejas da Galcia, essa a ni-ca epstola paulina dirigida a um conjunto deigrejas, Tbdas elas haviam sido fundadas porPaulo (G1 1.8,11; 4.13,14,19,20). Se conside-rarmos a teoria do sul e datarmos o livro de-

    pois do Concilio de Jerusalm, Paulo j haviafeito a entrega dos decretos do Concilio e eleshaviam prosperado (At 16.4,5). O ncleo dasigrejas era judaico, embora fosse constitudoprincipal mente de gentios. Nesse grupo toheterogneo, um compromisso judaizanteentre o judasmo e o cristianismo encontravamuitos pontos de contato. A questo dos cris-tos viverem de acordo com a lei mosaica e odesenvolvimento de dois niveis de justia (f,e f mais a lei) poderia surgir naturalmente ese tomar atraente para este grupo. No exis-te qualquer evidncia verdadeira da presen-a ao carter corajoso, assertivo e orgulhosoaos glatas do norte; portanto, o tom dessaepstola e o tipo de problema que Paulo estenfrentando por meio dela seriam natural-mente mais esperados dos subservientes esuscetveis glatas do sul, que estavam ago-ra procura de um progresso sob o governode Roma. Eles iriam receber muito bem seunovo e abrangente ttulo: os Gaiatas".

    Ocasio e Propsito da ObraOcasio e Propsito da ObraOcasio e Propsito da ObraOcasio e Propsito da ObraEmbora alguns vejam um duplo problemade legalismo e libertinagem, o peso da cartafoi dirigido aos adversrios legalistas e ju-daizante s. Ao exporem claramente sua cren-a em Cristo e a fim de evitarem a persegui-o, os judeus procuravam promover a leimosaica como o padro da vida crist. Fa-zendo isso, estavam diminuindo a autorida-de de Paulo. Apelaram aos apstolos de Je-rusalm, a Abrao e lei mosaica para re-tratar Paulo como um apstolo renegadoque, depois de ter recebido o evangelho dosDoze Apstolos, removeu dele toda a lei para

    torn-lo atraente aos gentios e, com isso,conseguiu oferecer um evangelho que era ape-nas parcialmente aceitvel diante de Deus.Insistiam que cada crente deveria tambm setornar um filho de Abrao atravs da circun-ciso e da obedincia lei. Somente assim po-deram alcanar um completo acesso presen-a de Deus, e herdar a plenitude da bnodivina contida na aliana de Abrao.No existe qualquer prova de que os judai-zantes negassem completamente a justi-ficao pela f. Provavelmente ensinavam quea f em Cristo era apenas o passo inicial paraalcanar o favor de Deus, e que o maior iavorpertencia queles que viviam sob a lei. Epossvel que os glatas tivessem recebido osdecretos do Concilio de Atos 15 sobre asalvao pela f independente da lei, e nopodiam ser confundidos por um ataque frontalcontra tudo aquilo que Paulo lhes haviaentregado (At 16.1-5; G1 1.9; 4.16). Mas esseataque direto, na rea da santificao, haviafascinado os insensatos glatas (3.1), umdiscurso que acompanha, de forma imediata,a histria do erro semelhante cometido porPedro (2.11-21).Como resultado, os glatas estavam man-tendo as tradies dos judeus (4.9,10). Esta-

    4

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    vam agora impedidos de ter uma vida cristadequada (5.7), correndo o risco de se toma-rem prisioneiros da lei (4.21; 5.1) e perdendoa comunho com Cristo (5.2,4). Havia semen-tes de diviso entre eles (5.15; 6.1) e Pauloprovavelmente havia sido informado sobreessas coisas por uma delegao de gaiatas.Portanto, o propsito de Paulo no era pro-

    var, em primeiro lugar, que a justificaro alcanada pela f. Seu argumento consideraesta afirmao como verdadeira e, apoian-do-se no fato de que a justificao garanteuma perfeita posio perante Deus, hemcomo a completa herana de Abrao, ele pro-cura estabelecer que a santificao faz par-te da f, independentemente da adeso aqualquer parte da lei mosaica (2.19; 5.18).Essa a argumentao apresentada em todaa carta, como se pode ver na principal exor-tao (5.1), na questo-chave (3.3) e no exem-plo do problema semelhante de Pedro colo-cado de maneira significativa (2.11-21). Pau-lo considera esse erro uma perigosa heresia,

    pois a introduo de obras legalistas emqualquer parte de um sistema que vem dagraa de Deus ir abalar a graa e convert-la em um sistema de obras que contrrioao evangelho (1.6-9).Paulo deve, em primeiro lugar, restabelecersua autoridade apostlica, em seguida escla-recer que a justificao pela f j lhes asse-gurou de forma completa a posio que po-aeriam alcanar e, finalmente, exort-los einstru-los em relao a viver pela graamediante a f.

    EsbooEsbooEsbooEsbooA maioria dos analistas reconhece trs prin-cipais divises de pensamento desde a sau-dao at a concluso. A Epstola aos Glataspode ser resumida da seguinte maneira;I. Saudao e Denncia, 1.1-10

    A. Saudao, 1.1-5B. Denncia, 1.6-10

    II. Pessoal: Autenticao do Apstolo daLiberdade, 1.11-2.21

    A. Proposio: a mensagem de Paulo independente dos homens e vem di-retamente de Deus, 1.11,12

    B. Prova: A histria da independnciade Paulo dos 12 apstolos, 1.13-2.211.Independncia verificada: sua au-

    toridade separada dos apstolos,1.13-242.Independncia reivindicada: sua

    autoridade exercida com os aps-tolos, 2.1-21a.Reconhecimento no Concilio de

    Jerusalm, 2.1-10b.Refutao a Pedro em Antio-

    quia, 2.11-21III. Doutrinria: Justificao da Doutrina

    da Liberdade, 3.1-4.31A, Princpio discutido: Justia e herana

    s podem ser alcanadas pela f e no

    por qualquer forma de lei, 3.1-4.71. Experincia pessoal, 3.1-52. Progenitor Abrao, 3.6-93. Declarao da lei, 3.10-144. Precedncia da promessa, 3.15-185. Propsito da lei, 3.19-226.Posio de superioridade da f,

    3.23-4.7

    B.

    Apelo pessoal, 4.8-201. Circunstncia do apelo, 4.8-112. Contedo do apelo, 4.12-163. Causa do apelo, 4.17-20

    C. Alegoria pertinente, 4.21-311. Situao histrica, 4.21-232. Exemplo alegrico, 4.24-273. Aplicao pessoal, 4.28-31

    IV.Prtica: Expresso da Vida de Liberda-de, 5.1-6.10

    A. Vida livre do sistema do legalismo,5.1- 121. Mandamento e injuno, 5.12. Questo crucial, 5.2-12

    B. Vida de amor no Esprito de Deus,

    5,13-6.101.Excluso da vida de amor: licenei-

    osidade e luxria, 5.13-152.Capacitao vida de amor: o con-

    trole do Esprito, 5.16-243.Expresso da vida de amor: a dire-

    o do Esprito, 5.25-6.10V. Concluso Apostlica, 6.11-18

    A. Advertncia final, 6.11-16B. Exortao final, 6.17C. Bno final, 6.18

    Anlise do ContedoAnlise do ContedoAnlise do ContedoAnlise do ContedoDepois de uma saudao dirigida na qualenfatiza sua autoridade apostlica, Paulo de-nuncia a heresia e adverte aqueles que dese-am aceit-la quanto s suas conseqneias.

    A primeira e principal diviso (1.11-2.21) uma extensa defesa de seu genuno e inde-pendente apostolado e tambm, de formaintrnseca, a defesa de seu evangelho. Seuministrio e sua mensagem so completa-mente independentes dos homens e se origi-nam diretamente do Cristo ressuscitado.Paulo apia suas proposies sobre duas linhasimportantes de provas (veja o esboo acima).

    A primeira prova representa, essenciabnente,a histria da independncia de Paulo dos 12apstolos e de sua sede em Jerusalm. Sua

    independncia verificada (1.13-24) atravsda reviso de seu limitado contato com eles.Ele j era apstolo mesmo antes de ter encon-trado os demais. Depois de receber essa mis-so diretamente de Deus, Paulo a ningumconsultou em relao ao contedo de seu evan-gelho; antes, exerceu seu ministrio de formaindependente. Essa independncia reivindi-cada (2.1-21) em duas ocasies quando real-mente entrou em contato com outros apsto-los. Na primeira, em Jerusalm, os apstoloscujo evangelho os judaizantes reivindicavamensinar reconheceram a mensagem e a auto-

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    ridade de Paulo. Na segunda, Paulo precisoucensurar publicamente o apstolo que era older para os judeus. E Pedro aceitou a censu-ra, Nos dois casos, os apstolos se submete-ram a Paulo na questo da graa versus a lei.Entendemos que o problema de Pedro era, es-sendalmente, o problema dos glatas - viverpela f ou pela lei.

    Em 3.1-4.31 Paulo estende seu discurso so-bre o argumento que usou com Pedro. Pri-meiro, ele estabelece aquilo que a justifica-o pela f j fez, e, em seguida, muda paraa salvao pela f, O princpio discutido que a salvao pela f capaz de dar ao cren-te um perfeito acesso presena de Deus,superior e que jamais pode ser melhoradopor qualquer coisa supostamente alcanadapor uma vida debaixo da lei. Paulo sustentaessa afirmao POT meio de seis linhas deevidncias (veja o esboo). Os glatas devemreconhecer que sua salvao e sua experin-cia crist anteriores estavam baseadas na

    f, e no na lei. Como estavam sendo tolospor comearem na f e depois procuraremcomplementar sua posio e prtica por meiode uma estrita observncia lei!O primeiro argumento doutrinrio declara que,assim como Abrao foi considerado justo e her-deiro das promessas de Deus por meio da f,da mesma maneira aqueles que erem em Cris-to so declarados justos e feitos seus herdei-ros. Em seguida, Paulo mostra que a lei so-mente pode curar os pecadores, mas no ostorna justos. Na verdade, Cristo nos redimiuda lei para podermos herdar as promessas. Apromessa feita a Abrao, pela qual ns tam-

    bm somos abenoados em Cristo, tem prece-

    dncia sobre a lei, quanto ao tempo e suanatureza. Alei tambm foi concedida para re-velar o pecado como uma transgresso e res-tringir o pecador f. Desde a crucificao nonos encontramos mais sob a lei como uma re-gra de vida, mas somos filhos maduros de Deuse, portanto, filhos de Abrao e herdeiros dapromessa, sem qualquer distino racial, so-cial ou sexual. Ofiserve que essas bnos sodirigidas a todas as naes atravs do aspectouniversal da aliana de Abrao (G1 3.8) e nocumprem nem anulam os aspectos pessoal enacional da aliana (Gn 12,1-3) em relao nao e terra de Israel. O principal argumen-

    to de Paulo termina em 4.7.Um apelo muito pessoal e caloroso seguidopor uma histria da lei ilustrando o princ-pio de que ela gera escravido e no podeprover a herana, enquanto a promessa as-sumida mediante a f gera liberdade e asse-gura a herana.

    A quarta seo exorta prtica de uma vidade liberdade para a qual fomos salvos porCristo. uma vida de liberdade do legalismo,sob qualquer sistema ou forma, uma vida li-

    vre aa licenciosidade e do domnio da nature-za pecadora, e uma vida de f expressa atra-

    vs do amor que produzido pelo Esprito

    que em ns habita. O Esprito substitui a leiao ser a rbita do cristo e o guia de sua vida.Ele no ir nos levar contra as permanentesdemandas morais da lei, mas produzir uma

    vida espiritual que um reflexo de Cristo eque a lei nunca .podera produzir. O Esprito o poder e o diretor da nova vida de liberda-de que honra a Cristo e serve aos homens.

    A ltima seo contm uma advertncia queestabelece o contraste entre a devoo dosudaizantes carne e a devoo de Paulo cruz; um ltimo apelo para no seguirem osenganadores e uma bno pedindo a graa,para que possam seguir a Cristo.

    Bibliografia. G. W, Barker, W. L. Lane e J.R. Michaels, The New Testament Speaks,Nova York: Harper & Row, 1969, pp. 185-191.Conybeare e Howson, The Life and Epistlesof St. Paul, Londres: Longmans, Green andCo., 1901. C. J. Ellicott, Commentary on St.PauVs Epistle to the Galatians, Andover:

    Warren F. Draper, 1896. Charles R. Erdman,The Epstle of Paul to the Galatians,Filadl-fia: Westminster, 1930. G. G. Findlay, TheEpstle to the Galatians, ExpB., Everett F.Harrison, Galatians, WBC, pp. 1283-1299.

    William Hendricksen, New TestamentCommentary, Exposition of Galatians,GrandRapids: Baker, 1968. C. F. Hogg e W. E. Vine,The Epistle of Paul the Apostle to theGalatians, Londres. Pickeringe Inglis, 1922.

    J. B. Lightfoot, St PauTs Epistle to theGalatians, Londres: Macmillan and Co., 1896.H, N. Ridderbos, The Epistle of Paul to theChurches of Galata, Grand Rapids:Eerdmans, 1953. J. H. Ropes, The Singular

    Problem of the Epistle to the Galatians,Cambridge: Harvard Univ. Press, 1929.C. F. D.

    GLBANO VejaPlantas.

    GALEEDE Jac deu esse nome hebraico(que significa o monte do testemunho) aomonte de pedras que comemorava o pacto: entre ele e Labo, seu sogro. Labo lhe deuo nome de Jegar-Saaduta, o equivalente, emaramaico, a Galeede em hebraico. Esse localestava em Gileade, onde Labo se encontroucom Jac antes que ele alcanasse o Jaboque,e esse acontecimento foi comemorado com

    sacrifcios, uma refeio de pacto e uma l-tima despedida em paz (Gn 31.47,48).

    GALERA VejaNavios.

    GALERIA Termo da arquitetura usado nasverses KJV e ASV em ingls como traduode 'attiq, palavra hebraica de significado in-certo. Foi usada para descrever o templo deEzequiel (Ez 41.16 e 42.3,5): as galerias emredor dos trs, defronte do umbral (na ver-so RSV em ingls l-se: todas as trs tinhamanelas com caixilhos rebaixados). E uma

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    palavra emprestada do acdio etequ, passar;portanto, tem o sentido de passagem em umagaleria on varanda. Uma variante dessa pa-lavra hebraica, attiq, encontrada em Eze-quiel 41.15 (paredes ou galerias).

    A obscura palavra hebraica rahat, traduzi-da como galerias, aparece como tranas emalgumas verses (Ct 7.5).

    GALILIA Entre as demais, a regiomais ao norte da Palestina, a oeste do rio

    Jordo. A Galilia do norte uma regiomontanhosa (cerca de 1.300 metros acimado nvel do mar) e se estende para o su des-de o rio Leontes (Nahr el-Litani), que ter-mina no Lbano, cerca de 50 quilmetros atUdi esh-Shagliur e corre em direo a Aco(Ptolemaida). O sul e a baixa Galilia somais planos, portanto mais adequados paramorar e paia a lavoura, por estarem limita-dos ao sul nela frtil plancie de Esdraelom.Estradas abertas em todas as direes atra-

    vs da Galilia favoreciam o comrcio com

    o Egito, Arbia e Sria. Pomares de frutas ede azeitonas floresciam nas colinas, e osgros e os pastos se desenvolviam muito

    bem nos vales.Os cananeus continuaram a dominar aGalilia durante muito tempo depois da in-

    vaso de Josu (Jz 1,30-33; cf. 4.2). Na pocade Salomo, a Galilia tinha uma populaoheterognea, de forma que ele sentiu que po-dia doar 20 de suas cidades a Hiro, de Tiro,sem que houvesse uma grande perda paraIsrael (1 Rs 9.11). Depois das conquistas-assrias, em aprox. 732 a.C. (2 Rs 15.29), aGalilia se tomou, outra vez, uma terra pre-dominantemente habitada por gentios. Porisso Isaas lhe deu o nome de Galilia dasnaes (Is 9.1; cf. Mt 4.15).Depois que Herodes anexou a regio ao seureino, a Galilia passou a atrair um grandenmero de judeus. Josefo afirmou qne elatinha 240 cidades e vilas (Life, 45) e podiaformar um exrcito de 100.000 homens paralutar contra os romanos (Wars, ii.20.6).No tempo de Jesus, a Galilia fazia parte datetrarquia de Herodes Antipas (4 a.C.-30d. C.). Suas principais cidades eramCafarnaum, Nazar e Tiberades, a capital.Os apstolos de Jesus eram da Galilia(exceto Judas Iscariotes), e a maior parte de

    seu ministrio foi desenvolvida no norte e naextremidade oeste do mar da Galilia, usan-do Cafarnaum como ponto central. A popu-lao era formada tanto por judeus como porgentios. A regio norte era mais habitada porgentios do que a regio sul, e tinha mais con-tato com as culturas grega e romana.

    E. B. R.

    GALILIA, MAR DA Chamado de mar daGalilia em Mateus 4.18, tambm tinha o nomede mar de Quinerete (Nm 34.11), lago de Ge-nesar (Lc 5.1) e mar de Tiberades (Jo 6.1).

    Estando cerca de 230 metros abaixo do nveldo mar, e a 100 quilmetros de Jerusalm,na provncia da Galilia, esse mar um lagode gua doce alimentado pelo rio Jordo, querecebe a neve do monte Hermom e do Lba-no trazida pelas chuvas das montanhas e queformam um lago com aproximadamente 20quilmetros de extenso, 12 quilmetros de

    largura mxima, com uma profundidade es-timada entre 25 a 230 metros.O clima temperado da plancie de Genesar,na regio da praia a noroeste, permitia umaproduo anual constante de vegetais, grose frutas. Em algumas regies, escarpadosrochedos e montanhas circundam o mar, ele-

    vando-se do lado leste at 900 metros no fr-til altiplano de Haur. Ventos frescos sopramsobre essas escarpas e alimentam frequen-tes, repentinas e violentas tempestades so-

    bre a morna superfcie do lago (Lc 8.22ss.).Nesse local se desenvolveu uma florescenteindstria pesqueira por causa da abundan-te quantidade de peixes, cuja variedade che-

    gava a 22 espcies conhecidas (Mc 1.20).Apesar do escarpado contorno da praia, novecidades de 15.000 habitantes (ou mais) sesituavam s margens desse lago. As maisimportantes eram Betsaida-Jlia, Tibera-des e Cafarnaum.Betsaida-Jlia (q.v.), situada no lado noro-este da praia, foi construda pelo tetrarcaFelipe, filho de Herodes o Grande, que lhedeu o nome de Jlia em honra filha do im-perador Augusto. O episdio em que Jesusalimentou mais de 5.000 pessoas ocorreuperto dali.Tiberades (q.v,), situada no lado oeste, foi

    construda por Herodes Antipas (em aprox.25 d.C.) e recebeu esse nome por causa deTibrio Csar. Suas fontes de gua mineralmorna faziam com que essa cidade fossemuito procurada como um centro de trata-mento de sade e repouso. Ali prosperavamos hbitos e a moral helenstica; portanto, a

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    Runas da antiga Corinto ondeGlio foi procnsul

    maior parte dos judeus, inclusive o SenhorJesus, procurava evit-la.

    Cafarnaum (q.u.), localizada a apenas 10quilmetros ao norte de Tiberades, era acidade de Pedro e Andr. Jesus instalou alisua sede e, assim, Cafarnaum tornou-se suacidade (Mt 9.1). O Senhor realizou ali in-meros milagres e convocou Mateus de suatenda de coleta de impostos. Mas ainda as-sim a cidade no se arrependeu e sofreu aruna (Mt 11.23,24).Em suas margens, em volta do mar daGalilia, Jesus realizou 18 dos 33 milagresregistrados, transmitiu muitos ensinos echamou seus discpulos.VejaTiberades, mar de.

    E. B. R.

    GALILEUGALILEUGALILEUGALILEU Nativo ou habitante da Galilia(Mt 26.69; Mc 14.70; Lc 13.1; At 1.11). Jesus(Mt 26.69) e Pedro (Mc 14.70) foram chama-dos de galileus, e os apstolos eram todosgalileus, com exceo de Judas Iscariotes.Os galileus eram pessoas muito comuns, ge-nerosas, impulsivas, piedosas, nacionalistase muitas vezes mais helensticas que os ju-deus. Embora a Galilia e a Judeia estives-sem separadas por apenas 100 quilmetros,seus habitantes eram diferentes em muitosaspectos. Uma das diferenas aparecia nalngua, cqja pronncia e acento aramaico da

    Galilia foram suficientes para que a servaidentificasse Pedro (Mt 26.73; Mc 14.70).Os galileus tinham costumes diferentes e pr-ticas religiosas mais simples que os judeus,de forma que o termo galileu significava umacensura usada pelos fariseus. As pessoas que

    viviam fora da Galilia tinham uma opiniopouco lisonjeira sobre seus habitantes, por-tanto acreditavam que um profeta no pode-ra vir da Galilia (cf. Jo 1.46; 7.41,52). Des-sa maneira, o termo galileu significava nos uma localizao geogrfica como tambmum tipo cultural.

    E. B. R.

    GALINHAGALINHAGALINHAGALINHA Veja Animais: Galinha domsti-ca III. 30.

    GALINHA DOMSTICAGALINHA DOMSTICAGALINHA DOMSTICAGALINHA DOMSTICA Vejo AnimaisIII. 30.

    GALIOGALIOGALIOGALIO Procnsul romano da Acaia, na Grcia,enquanto Paulo trabalhava em Corinto

    durante sua segunda viagem missionria (At18.12-17). Era filho de M. Anneo Sneca enasceu em Crdoba, Espanha, aprox. no ano3 d.C. Seus dois irmos mais novos eramSneca, o filsofo e tutor de Nero, e Marcos

    Anneo Mela, gegrafo e pai do poeta Lucano.Nero, obrigou os trs irmos a cometer suicdioaprox. no ano 66 d.C.

    Assumiu o nome de L. Jnio Glio Anneoquando foi adotado pelo seu abastado amigoLcio Jnio Glio e introduzido na carreirapoltica. Alm de ter sido cnsul na Acaia,onde o clima lhe fez adoecer (de acordo comuma carta enviada a Sneca), Glio se tor-nou um senador de Roma.

    Uma inscrio encontrada aprox. no ano1905 em Delfos (70 quilmetros a noroestede Corinto) revela que Glio tornou-serocnsul da Acaia depois da 26a aclamaoe Cludio como imperador. Jack Fineganafirma, com muita convico, que a chega-da de Glio a Corinto deve ter ocorrido emIo de julho de 51 d.C., o que localiza a vindade Paulo no ano 50 d.C. (FLAP, 2a ed., pp.362ss.).Glio se mostrou um juiz imparcial e um ofi-cial romano digno quando Paulo foi trazido sua presena. Recusou-se a se envolver emassuntos religiosos, no dando ateno con-

    seqente manifestao dos judeus. J. R.R.R.R.

    GALO VejaAnimais III.31.

    GALIMGALIMGALIMGALIM Cidade na regio de Benjamim,aparentemente prxima de Las e Anatote,portanto ao norte de Jerusalm (Is 10.30).Talvez seja Khirbet Kakl, pouco mais deum quilmetro a oeste de Anatote. Era acidade de Palti, o segundo marido de Mi cal(1 Sm 25.44).

    GAMADITAS ou GAMADEGAMADITAS ou GAMADEGAMADITAS ou GAMADEGAMADITAS ou GAMADE Termo obscu-ro encontrado apenas em Ezequiel 27.11. Foitraduzido como homens valorosos na ver-

    so ASV em ingls, mas o contexto pareceimplicar um nome prprio. Foram feitas su-gestes a fim de identificar esse termo coma cidade de Kumidi das cartas de Tell el-

    Amama, em algum lugar prximo a Arvade,no norte da Fencia.

    GAMALIELGAMALIELGAMALIELGAMALIEL1. Gamaliel I (o ancio") era filho de Simo eneto do famoso Rabino Hilel. Ocupava umaimportante posio no conselho judaico e eramuito respeitado (At 5.34-40), Foi o primeiro a

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    ostentar o ttulo raban (nosso mestre), aoinvs de rabi (meu mestre), um ttulo muitomais comum. Certa vez, foi conselheiro deHerodes para assuntos legais e religiososPesahim 886). Sua importncia pode ser vis-ta na declarao: Quando Raban Gamaliel, o

    Ancio, morreu, cessou a glria da lei, e a pu-reza e a abstinncia morreram (Sotah 9.15).

    Como era caracterstico na escola de Hilel,Gamaliel era um liberal em sua aparncia emostrava opinies moderadas em relao sleis do sbado, do casamento e do divrcio(Rosli ha-Shanah 2.5; Yebamoth 16.7; Gittin4.2, 3). Atos 5.34-39 diz que ele aconselhoumoderao no tratamento aos apstolos. Issopode ser interpretado como um exemplo deseu temperamento. Outra interpretao que ele falou com ironia contra o ceticismosaduceu em relao providncia divina(James Moffatt, Gamaliel, Expositor, 8a

    srie, 5 [1913], p. 96). Se este ltimo estivercorreto, essa passagem reflete o conflito en-tre a tradio farisaica de Hilel e a tradiodos saduceu s de Shamai.

    A meno feita por Gamaliel sobre Teudas,em Atos 5.36, levanta um problema em re-lao cronologia. Josefo menciona um re-

    belde chamado Teudas que foi morto aprox.no ano 44 d.C., durante a procuradoria deFado (Ant. 20.5. Iss.). Gamaliel, falando an-tes desse acontecimento, coloca Teudas an-tes do alistamento que teve lugar no ano 6d.C. Swain havia sugerido que o discursodeveria ser colocado em Atos 12, pouco an-tes da morte de Herodes (Joseph W. Swain,Gamaliel 's Speech and Caligula '$ Statue,Harvard Theological Review, 37 [1944] p.

    342). Entretanto, isso no traz nenhuma qju-da para solucionar a questo, pois de acordocom Josefo, Teudas foi executado depois damorte de Herodes, possvel que Josefo es-teja se referindo a outro Teudas, A confiabi-lidade das informaes de Josefo tambmpode ser discutida, pois vrios relatos feitossobre as guerras judaicas nem sempre socompletamente precisos.

    A afirmao em Atos 22.3 de que Paulo foicriado aos ps de Gamaliel levanta outro pro-

    blema. Se Paulo foi ensinado pelo moderadoGamaliel, por que demonstrou um dio toradical contra a Igreja? Por que no mencio-nou Gamaliel em suas cartas? E por que suaatitude em relao lei era to diferente?

    Alguns chegaram a sugerir que a frase paratous podas gamaliel pepaideumenosdeveriaser traduzida como uma frase genrica: Cri-ado sob a influncia de Gamaliel" (G. CorrieClanville, "Gamaliel, ExpT, 39 [1918], pp.39ssj. Outros dizem que Paulo no estudouem Jerusalm, e que sua localizao nessacidade se deve inclinao teolgica deLucas (M. S. Enslin, Paul and Gamaliel,ournal of Religion, 7 [1927], pp. 360-375),

    Entretanto, de certo modo, Paulo reflete atradio farisaica de seu mestre. Por exem-

    plo, ele chama o livro de sS ie Lei (1 Co14.21), uma expresso muito apropriada paraum aluno de Gamaliel, pois os fariseus con-sideravam toda a Escritura como a Lei. Ou-tra evidncia de que Paulo estudou com Ga-maliel so passagens do Taimude que fa-zem referncia a um aluno de Gamaliel cha-mado de aquele aluno. Essa designao

    possivelmente seja uma referncia a Paulo(Joseph Klausner, From Jesus to Paul, p.310ss.). Por que Paulo no menciona seu fa-moso mestre em suas cartas? Esta umapergunta que levanta outra questo. A ex-perincia de sua converso e sua nova ori-entao podem ter sido fatores importantes.2. Prncipe da tribo de Manasss (Nm7.54,59; 10.23). Foi nomeado assistente deMoiss na contagem do povo no Sinai (Nm1.10; 2.20).

    G. E.H.

    GAMO VejaAnimais 11.18,

    GAMGL Chefe dos levitas escolhido comolder do 22 turno dos sacerdotes, que foramorganizados por Davi em 24 turnos (1 Cr24.17) .

    GANNCIA VejaCobia.

    GANGRENA Veja Doena: Doenas Inter-nas.

    GANSO VejaAnimais III.32.

    GARA VejaAnimais 111,33.

    GAREBE1. Um dos homens poderosos de Davi, inclu-

    do entre os 30 (2 Sm 23.38; 1 Cr 11.40). Umitrita (q.v,), membro de uma famlia deQuiriate-Jearim (cf. 1 Cr 2.53).2. Nome de uma colina de localizao incer-ta, prxima a Jerusalm, sobre a qual a ci-dade deveria se expandir, de acordo com umaprofecia de Jeremias (Jr 31.39). Ela literal-mente significa Colina do Leproso.

    GANCHO1. Heb. waw, um colchete ou argola como acabea de um espigo colocada na madeira.Eles eram peas de ouro (x 26.32; 36.36)ou de prata (x 27.10; 38.10) que seguravamas cortinas e telas do Tabernculo em seus

    devidos lugares.2. Heb, hah, um colchete ou argola, tal como colocado no nariz de um touro para condu-zi-lo (2 Rs 19.28) ou em sua mandbua (Ez29.4; 38.4), Era um smbolo do juzo divinosobre Senaqueribe, Fara e Gogue, e sobreos prncipes de Jud (Ez 19.4,9). A esculturaassria retrata os cativos reais com uma ar-

    ola nos lbios, amarrados, e sendo segura-os por meio de uma corda pelo monarca

    assrio (ANEP # 447), assim como aconteceu

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    O monte de Gate. HFV

    com o rei Manasses de Jud (2 Cr 33.11).3. Heb. hakkci, um anzol usado na pescaria(Is 19.8; Hc 1.15), mencionado nas tentativasde capturar o leviat (J 41,1).

    4.

    Heb. sinna, nm espinho ou gancho, emparalelo com sir duga, anzis, uma met-fora para trazer Israel cativo (Am 4.2), deacordo com a prtica descrita em 2.5. Heb. shrphattuyim, ganchos duplos ou

    bifurcados, sobre os quais as carcaas dosanimais eram penduradas para se retirar apele (Ez 40.43). A palavra, porm, de sig-nificado duvidoso: as verses sugerem abasou orlas, como visto em uma mesa sgcrificialde pedra decorada para os bois Apis emMnfis, no Egito.6. Gr. agkistron, um anzol para pesca (Mt17.27).Veja tambmAnzol; Gancho de Carne; Foice.

    H.

    E. Fi.GANCHO DE CARNE

    As instrues dadas a Moiss para o altardg ofertas queimadas incluam os ganchos(Ex 27,3); estes deveram ser feitos de bron-ze no Tabernculo e de ouro no Templo (1 Cr28.17) . O texto em 1 Samuel 2.13 descreveos garfos como tendo trs dentes e sendo usa-dos pelo sacerdote para pegar sua poro decarne das panelas enquanto estavam cozen-do. VejaGancho.

    GARMITA Nome de significado incerto usa-do para Abiqueila (ou Queila), descendente

    de Calebe, da tribo de Jud (1 Cr 4.19).GARRAFA Em Isaas 22.24, garrafas(heb. nebalim) se refere a um jarro de barropara armazenamento (Lm 4.2), ou a uma

    bolsa, geralmente feita de peles de bode com-pletamente secas ou de um outro animal se-melhante, e era usada para gua, vinho, lei-te, ou outros lquidos.Geralmente se entende que a palavra heb.ashisha, traduzida como garrafa no AT (2Sm 6.19; 1 Cr 16.3; Ct 2.5; Os 3.1), designaum bolo de passas feito de uvas prensadas

    e levado em viagens. Era considerada umaiguaria e um importante item alimentar.

    GASMU Varia co de Gesm (.o.) encontra-da apenas em algumas verses em Neemias6.6. Esse rabe era um associado de Samba-late e Tobias em sua oposio a Neemias.

    GATE Nome de lngar amplamente usado noLevante com o significado de prensa de vi-nho. Documentos administrativos deUgarite relacionam 29 cidades diferentescom um nome onde o primeiro elemento gt(Gate), seguido por um segundo elemento,por exemplo, gtttrtr prensa de vinho de

    Astarote; ou gt gld, a prensa de vinho deGileade. Portanto, no nenhuma surpre-sa encontrar diversos lugares com o nomede Gate na Palestina, pois na Antiguidade a

    vinicultura representava uma importanteatividade, assim como hoje em dia.Existem inmeras referncias s cidadescom o nome de Gate na Palestina, tanto em

    fontes bblicas como seculares. As vezes, eraacrescentado ao nome um elemento adicio-nal a fim de distingui-lo de outras Gates, masem numerosos exemplos o nome Gate apa-rece sozinho tornando-se difcil para o intr-prete decidir exatamente a qual Gate o tex-to est se referindo. As Gates bblicas, quetrazem essas designaes adicionais, serodiscutidas sob ttulos diferentes (veja Gate-Hefer; Gate dos filisteus e Gate-Rimom). Ofinal locativo -ayim pode ser acrescentadopara produzir a forma Gitaim (q.a.). As ve-zes, h referncias a essa cidade apenas comoGate. O nome Moresete-Gate contm essetermo como segundo elemento, embora tam-

    bm possa ser simplesmente chamada deGate (2 Cr 11.8;vejaMoresete-Gate).Pelo menos quatro, ou talvez cinco outrascidades com o nome de Gate so conhecidasna Palestina a partir de fontes extrabblicas.Uma delas chamada Gittipadalla nas t-

    buas de Amarna (EA 250.12) e foi escritacomo ddptr na lista de Sisaque (N 34). Apartir de sua posio no texto mais recente,entre Borim (N 33; Khirbet Burin) e Yahem(N" 35; Khirbet Yamma), evidente que essaGate-padilla deveria ser identificada com acidade de Jatt, na plancie costeira ao sul domonte Carmelo. O mesmo lugar aparece

    como knt na lista de Tutmsis III (N 70) emntima associao com outros lugares que sesabe estarem localizados ao norte de Sarom,como, por exemplo, Soc (N". 67; swk, KhirbetShuweikat ar-Ras e Yehem N 68).O Gintikirmil, Gate-Carmelo, das tbuas de

    Amarna (EA 288.26, 289.18), provavelmen-te esteja se referindo mesma cidade de Gatedos filisteus, agora identificada como Tell es-Safi (Y. Aharoni, Rubute and Gini-Kirmil,

    VT, XIX [19691, 137-145).Outra Gate da Galilia est indicada pelonmero 44 da relao de Tutmsis III,

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    escrita como kntsn e relacionada depois deIbleo (N 43; Khirbet Balama), qne aparecenas tbuas de Amarna (EA 319.5) comoGin-aahna.

    A quarta Gate na inscrio de Tutmsis,kntit (N 93), provavelmente representa aforma plural Gattoth. Devido sua posio

    nessa relao, ao lado de outras cidades do

    norte da Galilia, Aharoni a associou comGate Aser, escrita como qtisr em duas listastopogrficas de Ramss II. Ele sugere queessa cidade de Gate seja identificada com

    Jatt, uma vila do antigo territrio tribal deAser (Yohanan Aharoni, The Settlement of theIsraelite Trihes in Upper Gaiilee,Jerusalm.Magnes Press, 1957, p, 65 [Heb.]).

    A. F. R.

    GATE DOS FILISTEUS Cidade natal deum dos cinco prncipes filisteus (Js 13,3). Eraconhecida como uma cidade habitada porgigantes (Js 11.22), particularmente porGolias (1 Sm 17.4; 2 Sm 21.19,20; 1 Cr 20.4-

    8). Nessa cidade, Aquis (q. v. i governou comorei com uma aparente hegemonia sobre todaa regio dos filisteus (1 Sm 21.10-15; 27.1-12; 28,1,2; 29.1-11). Y. Aharoni (VT, XIX[1969], 141-144) acredita que a cidade deGate-Carmelo, que consta em duas cartas de

    Amarna, de Abdu-Heba de Jerusalm (#288-289. ANET, pp. 488ss.), seja idntica pos-terior Gate dos filisteus.De acordo com uma passagem (1 Cr 18.1),Davi conquistou Gate, mas o texto paralelotem uma outra interpretao (2 Sm 8.1). Umrei filisteu ainda reinava l nos dias de Sa-lomo (1 Rs 2.39). Essa cidade, fortificadapor Roboo, era provavelmente Moresete-Gate (q.v.), que pertence a uma linha maislgica com outras cidades daquela relao(2 Cr 11.8). Hazael capturou Gate em umaincurso contra a Palestina (2 Rs 12.17);Uzias neutralizou seu poder quando expan-diu a prpria influncia de Jud (2 Cr 26.6)e os anais de Sargo II mencionam um Gimtina terra de Asdode (q.v.). Depois disso, anica referncia a Gate consta em uma ex-presso proverbial (Mq 1.10; cf. 2 Sm 1.20).Escavaes mostraram que no existia ne-nhuma colnia de filisteus em Tell Sheik el-

    Areini (8 quilmetros a noroeste de Laquis),nem em Tell en-Najila (13 quilmetros a su-

    deste de Laquis). Para esses dois locais vejaBW, pp. 571-574. Alguns estudiosos volta-ram recentemente (Aharoni, op. cit., p. 144) sugesto mais antiga (Gath, ISBE, II,1177) de que Gate estava localizada em Telles-Safi (33 quilmetros a oeste de Belm, 15quilmetros ao norte de Laquis), o que colo-caria essa cidade prxima a Ecrom (TellMuqanna), estando com isso de acordo como relato da LXX de 1 Samuel 17.52. Tell es-Safi est localizada na extremidade oeste do

    vale de El, no qual Davi matou Golias. Esselocal, sobre o contraforte mais estreito das

    escarpas da Sefel, projeta-se como um ba-luarte com suas pronunciadas escarpas situ-adas em seus lados norte e oeste.Em 1960, Bliss e Macalister fizeram pesqui-sas nesse local e descobriram cermicas quecorroboram com os dados bblicos relaciona-dos com sua ocupao. Verificaram a exis-tncia de uma muralha na cidade, do pero-

    do do reinado de Jud, e um santuriocananeu circundando um local anteriormen-te mais elevado com uma srie de pedras emposio vertical (Excavations in Palestina,

    1898-1900, pp. 28-43). Porm, a existnciade cemitrios muulmanos sobre esse mon-te impediu que fossem feitas escavaes emgranae escala.VejaGate; Filisteu.

    A. F. R.

    GATE-HEFER Cidade localizada na fron-teira de Zebulom (Js 19.13), relacionada de-pois de Daberate (Dabburiya) e Jafia (Yafa)e antes de Ete-Cazim (localizao desconhe-

    cida). conhecida como cidade natal do pro-feta Jonas, filho de Amitai (2 Rs 14.25).Jernimo, em seu comentrio sobre o livrode Jonas, afirma que Gate-Hefer estava si-tuada a 3 quilmetros de Sephoris (Saffu-riya), na estrada para Tiberades, e que oshabitantes locais daquela poca indicavamo tmulo do profeta a qualquer passante in-teressado. Evidentemente isso representauma referncia cidade de Meshhed, que athoje exibe a sepultura de Nebi Yunas, umahonra que esta cidade compartilha com v-rios outros lugares da Palestina, sem men-cionar sua famosa rival, Nnive. Essa cida-

    de s foi habitada partir do perodo roma-no, mas havia uma cidade da Idade do Ferronas proximidades chamada Khirbet ez-Zur-ra, a sudeste de Meshhed.

    A. F. R.

    GATE-RIMOM Nome de uma ou duas cida-des da antiga Israel.1. Aparece na relao das cidades danitas (Js19.45) em associao com Jede, Ben-Beraque e Me-Jarcom, ou as guas de

    Yarkon. Entretanto, a prpria cidade deve-ria ser uma cidade levtica (Js 21.24; 1 Cr6.69). Talvez tenha se tomado um centro ad-ministrativo durante o perodo da monarquia

    unida, pois a rea permaneceu livre das con-quistas dos danitas (Jz 1.34,35). Somentedurante a expanso realizada sob o governode Davi que Israel finalmente conseguiucontrolar essa regio (cf. 2 Sm 8.1; 1 Cr 18.1).

    A cidade chamada knt (n 63), que est nalista topogrfica de Tutmsis III, junto com

    Jope (N* 62), Lode (n 64), Ono (n" 65) e Afeca(n" 66), pode ser idntica a Gate-Rimom porcausa da semelhana do local (para a locali-zao das outras cidades mencionadas aci-ma, veja os respectivos artigos). A aparenteimportncia dessa cidade, como cidade ar-

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    mazm dos levitas sob a administrao deDavi, levou investigadores recentes a aban-donar a antiga identidade de Gate-Rimomcom a pequena, porm proeminente, Tell AbuZeitn, em favor de Tell Jerisheh (A colinade Napoleo), um grande local prximo uno do Udi Musrara com o rio Yarkon.Escavaes realizadas nesse local revelaram

    que ele havia sido uma importante cidadeno final da Idade do Bronze, e que continuoua existir at quase o final do sculo X a.C.2. O nome de Gate-Rimom aparece ao ladode Taanaque como uma das grandes cidadesde Manasses na Cisjordnia e que foi desti-nada a famlias coatitas dos levitas (Js21.25). A validade dessa referncia discu-tida devido a uma dificuldade textual. Napassagem paralela em 1 Crnicas 6.70, cons-tam duas cidades inteiramente diferentes emlugar de Taanaque e Gate-Rimom, isto ,

    Aner e BileS (q.v..). Esta interpretao apoi-ada pela LXX em Josu 21,25, que trazlebatha (uma possvel mistura de Ieblaa\m]e Baithsa ou Baithsan, que aparecem como

    variaes nos manuscritos da LXX em lugarde lebatha). Qualquer que seja a soluo paraesse complicado problema textual, a existn-cia de uma Gate-Rimom prxima a Taana-que recebe um apoio adicional das tbuasde Amarna, que fazem referncia a umaGimti-rimmunima (EA 250,46) em associa-o com Sunm. A regio norte de Gate-Rimom talvez possa ser identificada comRummana (169-214), nas vizinhanas deTaanaque.

    Bibliografia, Benjamin Mazar, The Citiesof the Territory of Dan, IEJ, X (1960), 65-77; The excavations at Tell Qasile", IEJ, I(1950), 63, n. 6. E. L. Sukenik, Excavationsin Palestine, 1933-1934; Tell el Jerishe,Quarterly of the Department of Antiquites,Palestine,IV (1934), 208-209.

    A. P. R.

    GAVIAO VejaAnimais; Gavio II 1.35.

    GAZA Importante cidade porturia nacosta sul da Palestina. O nome modernoGhazzeh preserva a primeira consoante ori-ginal (cf. o original hebraico azza, Dt 2.23).Durante o final da Idade do Bronze, essa ci-dade era o principal centro administrativo

    do Egito em sua provncia de Cana, da qualrepresentava o extremo sul (Gn 10.19; cf. At8.26), Seus habitantes originais eram osaveus, mais tarde substitudos peloscaftorins (Dt 2.23; cf. Js 10.41). Jud deve-ria ter herdado essa cidade (Js 15.47), masno conseguiu conquist-la (Js 13.2,3; Jz1.18; 3.3; na LXX). Da, portanto, ela se tor-nou um importante centro dos filisteus (Js13.3; Jz 16; 1 Sm 6.17; et.al.). Foi, muitas

    vezes, conquistada pelos assrios em sua lutapara controlar a Palestina. O rei Ezequias

    subjugou Gaza (2 Rs 18.8), porm mais tardeSenaqueribe concedeu algumas cidades da

    Judia ao seu rei. O Fara Neco assumiu acidade em sua marcha para o norte em 609a.C. (Jr 47.1).

    A cidade conservou sua importncia nos pe-rodos persa, helnico e romano. Foi sitiadapor Alexandre durante cinco meses. Jnatas,

    Simo e Alexandre Janeu lutaram contra elae o ltimo conseguiu final mente devastaressa cidade em 93 a.C,, de forma que muitosescritores chamam-na de eremos, isto ,desrtiea. Pompey coloca a regio de Gazasob a jurisdio da provncia romana da Sria(62 a.C.}. Foi reconstruda pelo general ro-mano Gabinius em 57 a.C., em uma novalocalizao beira-mar, um pouco ao sul daantiga cidade. Assim, Lucas registrou corre-tamente que Filipe foi orientado pelo men-sageiro divino a tomar a antiga estrada quedescia de Jerusalm at Gaza, e que este eraum caminho que estava deserto (At 8.26).

    A. F. R.

    GAZAO Fundador da famlia dos netinins(ou netineus), cujos descendentes estavamentre os primeiros exilados que retornaramda Babilnia (Ed 2,48; Ne 7.51).

    GAZELA VejaAnimais II, 19.

    GA7.FR Forma alternativa de Gezer (q.v.)em 2 Samuel 5.25 e 1 Crnicas 14.16.

    GAZITAS Designao aplicada aos habitan-tes de Gaza em Josu 13.3. Esta cidade es-tava localizada mais ao sul, entre as cincoprincipais cidades dos filisteus. A palavratambm consta em Juizes 16.2.

    GEADA A geada comum nas reas maisaltas da Palestina durante o inverno, e podedanificar os rebentos dos gros e das frutas(SI 78.47; heb, kanamal).Ageada (heb. kepor) citada em xodo 16.14; J 38.29; Salmos147.16; e no livro apcrifo de Sir 43.19. otermo que descreve as pequenas agulhas degelo que se formam durante uma noite fria ecalma. A palavra heb. qerah em Jeremias36.30 traduzida como gelo" em J 37.10, e

    frio em Gnesis 31.40, em algumas versesda Bblia Sagrada.

    GEAZI Servo ou jovem (em hebraico noar)de Eliseu. Seu nome foi mencionado em trsocasies (2 Rs 4.12ss.; 5.20; 8.4) e ele podeser o servo cujo nome no foi mencionado em2 Reis 4.43 e 6.15.Foi Geazi que sugeriu a Eliseu que a hospi-talidade da sunamita devia ser recompen-sada com a promessa de um filho, e que maistarde carregou o bordo de Eliseu e o colo-cou sobre a face da criana morta em um voesforo de restituir-lhe a vida (2 Rs 4.8-37).

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    A ambio de Geazi pode ser vista em suafalsa solicitao a Naam de um talento deprata e de duas vestes de festa em nome deseu mestre, Eliseu, que anteriormente ha-

    via se recusado a aceitar qualquer recom-pensa por parte de Naam (2 Rs 5.20-23).Como resultado de seu pecado, Eliseu lan-ou uma maldio sobre Geazi e seus des-

    cendentes para que a lepra de Naam sealastrasse sobre eles para sempre (2 Rs 5.27).

    A lepra um termo genrico no AT, usadopara muitos tipos de doenas de peie. Evi-dente mente, esse tipo que Naam e Geazihaviam contrado no exigia que ficassemisolados (cf. 2 Rs S.lss.; Lv 13;12,13). VejaDoena; Lepra.

    A ltima apario de Geazi no AT aquelaem que relata ao rei Joro todas as grandesobras de Eliseu, especialmente a de ressus-citar o filho da sunamita (2 Rs 8.4-6).

    Veia Eliseu: Naam.R. L. S.

    GEBA Palavra escrita como Gaba em Josu18.24; Esdras 2.26; Neemias 7.30, em algu-mas verses.Cidade herdada por Benjamim (Js 18.24),atualmente a cidade de Jeba, uma vila ra-

    be localizada 10 quilmetros a noroeste deJerusalm, entre er-Ram (Ram) eMukhmas (Micms). Ocupa a colina (emhebraico a palavra geba significa colina,altitude) do lado sul da garganta do desfi-ladeiro do Udi Suweinit, oposta a Micms(q.v.), em sua margem norte (1 Sm 14.5).Geba uma das quatro cidades dos benja-mitas nas quais residiam famlias de sacer-

    dotes (Js 21.17; 1 Cr 6.60). Alguns de seushabitantes podiam traar sua linhagem atEde (1 Cr 8.6) e aparentemente podiamser identificados com o juiz que tinha o mes-mo nome (Jz 3.15ss.). expresso planieiede Gibe (Jz 20.33) foi interpretada pelaPeshitta, LXX e Vulgata como sendo a re-gio ao ocidente de Gibe.Sem dvida essa cidade o local que apareceno relato do corajoso ataque de Jnatas aosfilisteus, porque em 1 Samuel 13.16 e 14.5 apalavra no Texto Massortico hebraico ebaGeba, e no Gibe. A maioria dos

    estudiosos acredita que em 1 Samuel 14.2,16a palavra gib'a, Gibe", seja um erro de or-

    tografia e o correto seja geba, porque no sepode ver Micms a partir de Gibe (Tell el-Ful), mas ela pode ser facilmente observadade Geba atravs de um vale profundo. Ante-riormente, os filisteus haviam estabelecidouma guarnio militar em Geba (1 Sm 13.3),tambm conhecida como Gibeate-Elohim(outeiro de Deus, 1 Sm 10.5) por causa desna localizao elevada.Durante o reinado de Jud, o rei Asa derru-

    bou as muralhas de Ram para fortificarMispa e Geba, localizadas nas duas princi-pais estradas para Jerusalm, a partir do

    norte (1 Rs 15,22; 2 Cr 16.6). Essa cidadetambm mencionada como nm ponto dearada dos assrios em seu ataque contraerusalm (Is 10.29). Com os primeiros re-fugiados do exlio vieram 621 descendentesdos cidados de Geba e de Ram (Ed 2.26;Ne 7.30). Essa cidade pertencia provnciaps-exlica de Jud (Ne 11.31) e em seu ter-

    ritrio residiam muitos dos cantores do Tem-plo (Ne 12.28ss-).Benjamim Mazar(Geba", EBi, II, cols. 411-412 [heb.] argumenta que deve ter existidouma outra cidade com o nome de Geba, nafronteira norte de Jud, provavelmenteKhirbet et-Tell, em frente a Udi Jib. O rei

    Josias profanou todos os lugares altos deGeba at Berseba (2 Rs 23.8). No mesmocaptulo est claro que Betei tambm per-tencia aos limites de Jud durante esse pe-rodo (2 Rs 23.4,16) e que Betei est ao nor-te da cidade de Jeba' discutida acima. Umexpresso semelhante desde Geba at

    Rimom, ao sul de Jerusalm (Zc 14.10), qneparece apoiar a opinio de que Geba o pon-to mais ao norte do reino de Jud. Tambm importante observar que na poca romanaos limites situados entre a Judia e a Samariano estavam localizados sobre a linhaeshanah - Geba - Chanot - Barkai (cf. tam-

    bm 2 Cr 13.19).Eusbio (em sua obra Onomasticon, 74.2) fazreferncia a uma Geba localizada 8 quilme-tros ao norte de Gofna, no caminho de Jeru-salm para Siqum. A identificao com et-Tel apoiada pelo fato de terem sido encon-tradas nesse focal algumas runas desde operodo israelita at o bizantino.

    Entretanto, como indica Y. Aharoni (TheLand ofthe Bible, 1967, pp. 350ss.), no hnecessidade de se acreditar que essa Gebaestivesse localizada diretamente na frontei-ra. Na poca do rei Josias, a cidade de Geba,assim como Berseba, eram centros adminis-trativos prximos fronteira onde haviamsido localizados santurios religiosos antesda reforma feita por esse rei.

    A, F. R.

    GEBAL1. Antigo porto martimo fencio, 40 quil-metros ao norte de Beirute e conhecido pe-los gregos como Biblos; a moderna cidade

    de Jebeil. Gebal um dos locais mais anti-gos j escavados do Oriente Prximo, tendoproduzido ossos humanos encerrados emgrandes vasos de terra que datam da eraneoltica (4000-3000 a.C.). Por volta do ano3100 a.C., Biblos era um centro de influn-cia egpcia, e navios conhecidos como viajan-tes de Biblos navegavam o Mediterrneoentre a Fencia e o Egito (BW., p. 154).Um dos achados mais importantes de Gebal o sarcfago deAiro(de aprox. 1000 a.C.), des-coberto em 1923, e que contm uma inscrioredigida com antigos caracteres alfabticos

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    Fortificaes fenciaa, Gebal

    fencios. Os gebalitas eram habilidosos arte-sos (1 Rs 5.18) e forneciam a Tiro OS calaftesou operrios especializados em calafetar osnavios (Ez 27.9). Por verem ali papiros em

    forma de rolos de pergaminho importados doEgito, os gregos deram cidade o nome deBiblos, que significa papiro. Biblos tambmsignifica livro, e a palavra Bblia tem a mes-ma origem. Veja N. Jidejian, Byblos Throughthe Ages,Leiden. Brill, 1968.2. rea entre o mar Morto e Petra, mencio-nada no Salmo 83,7 como aliada aos inimi-gos de Israel. a moderna cidade de Gibal.Para uma ilustrao do sarcfago de Airo,ejaAlfabeto.

    D. D. T.eA. F. J.

    GEBALITAS Habitantes de Gebal (q.e.).

    GEBER Filho de Uri e um dos doze oficiaiscomissrios de Salomo cujo dever era pro-

    videnciar comida e suprimentos para o do-miclio real. Estava encarregado do 12 dis-trito, que consistia de Gileade (1 Rs 4,19).Outro dos oficiais comissrios era Ben-Geber(filho de Geber, 1 Reis 4.13), que cuidavado 6odistrito, que consistia das 60 cidades deGileade e Bas.

    GEBIM Cidade de localizao desconheci-da na regio de Benjamim, entre Anatote eNobe, cujos habitantes foram retratados porIsaas como tendo fugido antes da aproxima-o do exrcito assrio (Is 10.31).

    GEDALIAS1. Governador de Jud, nomeado por Nabu-codonosor depois da destruio de Jerusalmem aprox. 586 a.C. (2 Rs 25.22-26; Jr 40.6-41.18) . Gedalias era membro de uma impor-tante e proeminente famlia. Seu av era Safa,provavelmente aquele que serviu como secre-trio de estado sob o rei Josias e que relatouao rei a descoberta do livro da lei (2 Rs 22,10).

    Aico, filho de Safa e pai de Gedalias, tor-nou-se protetor de Jeremias depois do famo-so sermo do Templo (Jr 26.24).

    Gedalias estabeleceu seu governo em Mispa,qne estava localizada 8 a 10 quilmetros aonorte de Jerusalm, na moderna Tell en-Nashbeh ou Nebi Samwill. No se conhece adurao de seu governo, e as sugestes variamentre dois meses a cinco anos, Ismael, que eralder de um grupo de fanticos nacionalistase membro da famlia real no exlio, assassinouGedalias enquanto estava hospedado naresidncia oficial em Mispa (Jr 41.2).Foi encontrado em La quis um selo de argila,anexado a um papiro, qne trazia uma im-presso com as palavras A Gedalias, queest sobre a casa'. Esse selo podera sugerirque Gedalias tivesse sido o ltimo primeiro-ministro de Jud, ou o administrador do pa-lcio, pois esse selo pertencia ao oficial-che-fe do territrio vizinho ao do rei (cf. G. E.

    Wright, Biblical Archaeology,p. 178).2. Filho de Jedutum, um instrumentista che-fe do coro do Templo (1 Cr 25.3,9).3. Neto de Ezequias e av do profeta Sofonias

    (Sf 1.1).4. Filho de Pasur, um dos prncipes de Jeru-salm que defendeu a condenao de Jere-mias morte (Jr 38.1-6).5. Um dos sacerdotes que expulsou sua es-posa pag (Ed 10.18).

    R. L. S.

    GEDEON Forma grega de Gideo.

    GEDER ou GEDERITA Cidade no identi-ficada ao sul da Palestina cujo rei foi captu-rado por Josu (Js 12,13). Provavelmente sejaa mesma cidade de Bete-gader (q.u.); Baal-hanan, que estava encarregado dos olivais e

    das figueiras bravas (ou sicmoros) de Davique havia nas campinas (Sefel), era umgederita on um nativo de Geder (1 Cr 27.28).

    GEDERA Cidade em Sefel de Jud (Js15.36). Em 1 Crnicas 4.23, est escrito: Es-tes eram oleiros e habitantes de Netaim ede Gedera; moravam ali com o rei para oservirem. Essa cidade pode ser provavel-mente identificada com a moderna Jedireh,cerca de 15 quilmetros a sudeste de Lode.

    Alguns identificam Gedera com uma cidadede Benjamim, da qual veio Jozabade, um dos

    Antigo porto de Gebal

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    homens poderosos de Davi. Pode ser a mes-ma Jedireh prxima a Gibeo, ou umaJedireh cerca de cinco quilmetros a sudes-te de Gezer.

    GEDERATITA Habitante de Gedera. Essetermo foi aplicado a Jozabade em 1 Crni-cas 12,4, um dos poderosos de Davi, e em 1Crnicas 4.23 referindo-se aos oleiros e ha-

    bitantes de Netaim e Gedera.

    GEDEROTAIM Cidade em Sefel de Jud,prxima a Zor e Azeca (Js 15.36). O relatode Josu relaciona essa cidade como a dci-ma quinta em uma enumerao que sugerequatorze cidades e suas aldeias". Portanto,segundo alguns estudiosos acreditam, a ex-presso e Gederotaim deveria ser interpre-tada como e seus apriscos de carneiros*1 ou~e seus lugares cercados". Assim, essa afir-mao estaria se referindo s cidades prece-dentes deixando o nmero total em 14, comoo versculo sugere.

    GEDEROTE Cidade em Sefel de Jud, cujonome aparece ao lado de Bete-Dagom, Naame Maqued em Josu 15.41. Foi mencionadaunto com Bete-Semes e Aiialom como tendosido conquistadas pelos filisteus durante oreinado ae Acaz (2 Cr 28.18). Ela tem sidoidentificada com Cedrom, um lugar fortifi-cado por Cendebeus, que l foi derrotado por

    Joo, filho de Simo Macabeu (1 Mac 15.39;16.9) .

    GEDOR1. Um dos filhos de Jeiel, um benjamita, epai ou fundador de Gibeo (1 Cr 8.31; 9.37).

    2.

    Cidade na regio montanhosa de Jud,designada por Josu a Jud na diviso daterra (Js 15.58). Homens provenientes deGedor vieram a Davi emZiclagued Cr 12.7).O texto em 1 Crnicas 4.4 afirma que Penuelera pai" de Gedor, e 1 Crnicas 4.18 tam-

    bm afirma que Jerede era pai de Gedor.Como nessa seo outros homens tambm fo-ram relacionados como pais, ou reeonstru-tores de antigas cidades de Cana, podemosconcluir que Penuel e Jerede foram funda-dores de cidades cananitas antigas - comoSoc e Zanoa (1 Cr 4.18), que so apresenta-das em Josu 15.34,35.3. Cidade ou vale onde se estabeleceram al-

    guns dos simeonitas (1 Cr 4.39). Sua locali-zao desconhecida. A verso LXX traz"Gerar em lugar de Gedor nesse versculo.

    GEENA Forma grega da palavra hebraicae-hinnom, ou vale de Hinom (Js 15.8;

    18.16c tambm chamada de Tofete (2 Rs23.10 '. A forma Gaienmt ocorre na LXX em

    Josu 18.166. Essa palavra usada comonome metafrico do lugar de tormento dospecadores depois do Juzo Final. Esse valeera o lugar ao culto idlatra a Moloque, o

    deus do fogo (Acaz... queimou incenso novale do filho de Hinom e queimou a seusprprios filhos - 2 Cr 28.3; cf. 2 Cr 33.6; Jr7.31; 32.35; Lv 18.21). Por essa razo, oGeenafoi condenado por Josias (2 Rs 23.10)a se tornar um lugar de rejeio e de abo-minao.O conceito de um lugar de eterno castigo

    espiritual muito freqente no AT (cf. Dt32.22, Porque um fogo se acendeu na mi-nha ira, e arder at ao mais profundo doinferno. Veja tambm Levtico 10.2; Isaas30.27,30,33; 33.14; 66.24; Daniel 7.10; Sal-mos 18.8; 50.3; 97.3). Esse conceito, combi-nado com a profecia de Jeremias sobre o malcontra o vale (Jr 19.2-10), desenvolveu acrena sobre um lugar de castigo espiritualao qual foi dado o temvel nome de Geena.Gaster (IDB) sugere que a aplicao dessenome a um lugar segue a analogia de usarlugares da Palestina - como, por exemplo,o Armagedom (Ap 16.16; Zc 12.11), Jerusa-lm (G1 4.26; Ap 21.2) ou Sodoma (Ap 11.8)

    - para representar conceitos espirituais.A partir aa literatura judaica podemos verque a idia era prevalecente (Enoque 10.12-14: [Pecadores] sero levados ao abismo defogo sofrendo torturas, e sero trancados portoaa a eternidade na priso. Tambm hreferncias neste sentido em Enoque 18.11-16; 27.1-3; Judite 16.17; 2 Esdras 7.36; Sir7.17; Sibylline Oracles 1, 10.3; IQM 2.8;Talmude, Aboth 1.6; Assuno de Moiss10.10) . Alguns escritores judeus acredita-

    vam que o povo escolhido deveria estar isen-to, e que a durao do castigo deveria serlimitada. Entretanto, Filo ensinou que ju-

    deus pecadores tambm deveram ser pu-nidos eternamente (De Praem. Et Poen.921). A natureza espiritual do Geena ainda indicada pelo fato de ter sido colocado noterceiro cu em livros apcrifos (Ascensode Isaas 4.14; 2 Enoque 40.12; 41.2).Mas a doutrina fica mais explicitamenteafirmada nos ensinos de Jesus. O Senhorfala sobre o Geena (como um termo femini-no) como um lugar de futuro castigo (vejaas notas marg. da verso RSV em ingls emMt 5.29; 18.8,9; Mc 9.45,47; Lc 12;5); Geenade fogo (Mt 5.22); pode fazer perecer naGeena (Mt 10.28); a condenao da Geena(Mt 23.33); o tomais em dobro mais filho

    da Geena, isto , algum merecedor de suapunio (Mt 23.15). Esse nome tambm usado em outra passagem do NT, em Tiago3.6, a lngua... incendiada pelo fogo aaGeena. O NT ensina claramente que o cas-tigo da geena eterno (Mc 9.47,48; Mt 25.46;

    Ap 14.11).O livro de Apocalipse d ao Geena o nome delago de fogo (19.20; 20.10,14,15; 21.8). Almdisso, como Apocalipse assemelha o lago de fogoa uma segunda morte (20.14), ele tambm ,aparentemente, um sinnimo da descrio doGeena. No livro de Apocalipse, pode-se ob-

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    servar, em uma confirmao posterior da iden-tidade desses termos com Geena, que ho-mens incrdulos foram a ele consignados(20.15; 21.8), assim como o prprio Satans(20.10). O Geena tambm o lugar da eter-na condenao (20.106).

    Veia Morto, O; Escatologia; Estado Eternoe Morte; Hades; Inferno; Hinom; Punio;

    Seol; Tofete.Bibliografia. Joachin Jeremias, Geena",TDNT, I, 657ss.

    J. W. R.

    GELILOTE Termo tcnico hebraico paradistritos administrativos, como o dos filisteus(Js 13.2), e traduzido como fronteiras ouregies. O Gelilote de Josu 18.17 estavasituado nos limites entre Jud e Benjamim.Parece pouco provvel que este local seja aGilgal de Josu 15.7. Embora nenhuma iden-tificao positiva seja possvel, alguns enten-dem que Gelilote seja uma colina prxima

    chamada Hospedaria do Bom Samaritano,em algum ponto da estrada entre Jerico eJerusalm, como TaTat ed-Damm. Ao falarsobre a distribuio de terras tribo de Ben-amim, o texto em Josu 18.17 diz o seguin-te: E ia desde o norte, e saa a En-Semes, edali saa a Gelilote, que est defronte da su-

    bida de Adumim.

    GELO A geada um tanto rara na Palesti-na, exceto nas montanhas mais altas. Trsreferncias bblicas a gelo ou geada (J 37.10;38.29; SI 147.17) enfatizam o poder de Deus.Em sentido figurado, os falsos amigos socomparados a ribeiros encobertos com a

    geada (J 6.16).GEMALI Pai do espio Amiel, da tribo deD, enviado por Moiss para espionar a ter-ra de Cana (Nm 13.12).

    GEMARIAS1. Filho de Saf, um escriba ou sacerdoteque ocupou uma cmara na Porta Nova doTemplo durante o reinado de Jeoaquim (Jr36.10) . Gemarias vinha de uma famlia ilus-tre, seu pai Saf era secretrio ou impor-tante ministro na poca de Josias, a quemHilquias trouxe o livro da lei depois de tersido encontrado no Templo (2 Rs 22.8). Seu

    irmo era Aico, que salvou a vida de Jere-mias depois de seu sermo no Templo (Jr26.24); e seu sobrinho, Gedalias, tomou-segovernador de Jud depois da queda de Je-rusalm (Jr 39.14). Gemarias testemunhoua ocasio em que Jeoaquim destruiu o pri-meiro rolo do livro de Jeremias. Junto comElnat e Delaas, insistiu que o rei no quei-masse o rolo, mas o rei no lhes deu ouvi-dos (Jr 36.25).2. Filho de Hilquias, enviado pelo rei Zede-quias como embaixador a Nabucodonosor, e

    portador da carta de Jeremias aos judeuscativos na Babilnia (Jr 29.3).

    GENEALOGIAGENEALOGIAGENEALOGIAGENEALOGIA

    DefinioDefinioDefinioDefinioA palavra hebraica para genealogia, yahas,ocorre apenas uma vez no AT, na forma deum substantivo, na frase livro da genealo-

    gia (Ne 7.5), onde apresenta uma relaode exilados que retomaram da Babilnia a

    Jerusalm, O verbo yahas, registrar, estsempre na forma causai (hithpael) e pode sertraduzido como fazer com que o nome dealgum seja registrado (inscrito) em tbuasgenealgicas (1 e 2 Cr, Ed e Ne). No NT, apalavra grega genealogia, genealogia ocor-re em 1 Timteo 1.4 e Tito 3.9.Essa idia tambm transmitida no AT pelapalavra hebraica totdoth. geraes (vejaGerao), ou pela frase livro das geraes(Gn 5.1), e no NT, pela palavra grega bibloseeneseos, livro da gerao (Mt 1.1). Dessa

    forma, o termo genealogia pode ser defini-do como uma relao de nomes indicando osancestrais ou os descendentes de um indiv-duo ou de vrios indivduos, ou pode signifi-car ainda, por alguma razo, o registro denomes de pessoas.

    Listas GenealgicasListas GenealgicasListas GenealgicasListas GenealgicasAs principais listas so as seguintes:1. De Ado a No (Gn 5; 1 Cr 1.1-4). Ela for-nece a linhagem de Sete com dez nomes emcada passagem. Em Gnesis, esses nomesso relacionados sob a frmula: A viveu xanos e gerou B , e A viveu depois de ter gera-do B v anos e gerou filhos e filhas, e todos os

    dias de A foram z anos, e ele morreu, Exis-tem muitas variaes para "x e para y en-tre o Texto Massortico, o Pentateuco Sama-ritano % a Septuaginta, enquanto as varia-es de V, nos vrios relatos, so menores.2. Descendentes de Caim (Gn 4.17-22). Umacaracterstica notvel dessa primeira lista daBblia que so mencionadas as profissesde algumas das pessoas que nela aparecem.3. Descendentes de No (Gn 10; 1 Cr 1.4-23).Essa a Tbua das Naes t vejaNaes).4. Linhagem de Sem at Abrao (Gn 11.10-26; 1 Cr 1.24-27). Essa lista semelhante aGnesis 5, exceto que o Texto Massortico ea Septuaginta no do o total de anos quecada homem viveu (por outro lado, o Penta-teuco Samaritano segue exatamente a fr-mula de Gnesis 5).5. Descendentes de Tera (Gn 11.27-31).6. Descendentes de Naor, irmo de Abrao(Gn 22,20-24).7. Descendentes de L, filho de Har, outroirmo de Abrao (Gn 19.36-38).8. Descendentes de Abrao (Gn 25.1-4; 1 Cr1.28-33).9. Descendentes de Ismael (Gn 25.12-17; 1Cr 1.29-31).

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    10. Descendentes de Isaque (1 Cr 1.34).11. Descendentes de Esa (Gn 36; 1 Cr 1.35-54).12. Descendentes de Jac/Israel (Gn 46.8-27; 1 Cr 2-8).a. Descendentes de Jac com Lia (Gn46.8- 15).(1) Rben (Gn 46.9; Ex 6.14; Nm 26.5-11; 1

    Cr 5.1-10).(2) Simeo (Gn 46.10; Ex 6.15; Nm 26.12-14; 1 Cr 4.24-38).(3) Levi (Gn 46.11; x 6.16-26). A genealogiade Levi importante e extensa nos livros doperodo posterior ao cativeiro. A razo paraisso demonstrar a continuidade do sacerd-cio levtico, antes, durante e depois do exlio.0 sacerdcio levtico pode ser acompanhadonos livros ps-exlicos da seguinte maneira:a) Pr-exlio, antes de Davi (1 Cr 6.16-30); napoca de Davi (1 Cr 6.31-48; 15.5-24); Josaf(2 Cr 17.8); Ezequias (2 Cr 29.12-14; 31.12-17); Josias (2 Cr 34.8-13; 35.8,9). b) Ps-exlio(Ed 2.40-42; Ne 10.2-13; 12.1-24). c) Linha-

    gem arnica de sumos sacerdotes (1 Cr 6.1-15; Ne 12.26; Ed 5.2; Ag 1.1,12,14; 2.2,4).(4) Jud (Gn 46.12; Nm 26.19-22; 1 Cr2.34,22). Como acontece com a linhagemarnica, a linhagem de Jud importante,pois era dessa linhagem que o Messias viria(Gn 49.9,10) e, mais particularmente, Ele vi-ria da linhagem de Davi (2 Sm 7.12-16; SI89.3,4,28-30,32-37). Para a linhagem de Daviem particular, veja 1 Crnicas 3.10-20; Es-dras 3.2,8; 5.2; Neemias 12.1; Ageu 1.1,12,14;2.2,23; Mateus 1.6-16; Lucas 3.23-31.(5) Issacar (Gn 46.13; Nm 26.23-25; 1 Cr 7.1-5).(6) Zebulom (Gn 46.14; Nm 26.26,27).

    b.

    Descendentes de Jac com Bila (Gn 46.23-25).(7) D (Gn 46.23; Nm 26.42,43).(8) Naftali (Gn 46.24; Nm 26.48-50).c. Descendentes de Jac com Zilpa (Gn 46.16-18).(9) Gade (Gn 46.16; Nm 26.15-18; 1 Cr 5.11-17).(10) Aser (Gn 46.17; Nm 26.44-47; 1 Cr 7.30-40).d. Descendentes de Jac com Raquel (Gn46.19-22).(11) Jos (Gn 46.19,20; Nm 26.28-37). En-tretanto, duas tribos vieram de Jos (cf. Gn48.5.8- 20), a saber, Manasses (Nm 26.29-34;

    1

    Cr 7.14-19) e Efraim (Nm 26.35-37; 1 Cr7.20-27). 12) Benjamim (Gn 46.19,21; Nm 26.38-41;1 Cr 7.6-12; 8.1-40). O rei Saul era da linha-gem de Benjamim (1 Cr 8,29-38; 9.35-44).1131 Genealogias de perodos posteriores aoexlio. Aqueles que retornaram com Zoroba-

    bel (Ed 2.2-61; Ne 7.7-64) e com Esdras (Edi.1-7). Tambm existem vrias listasfornecidas por livros do perodo ps-exlico,duas delas relacionam tanto os nomes comosuas tribos (cf. 1 Cr 9.3-9; Ne 11.4-36). Asgenealogias ps-exlico so muito importan-

    tes por estabelecerem e preservarem ahomogeneidade da raa. Elas deveram mos-trar a continuidade da nao mesmo em meioa um perodo de ruptura nacional.(14) Genealogias de Cristo (Mt 1.1-17; Lc3.23-38). Essas duas genealogias so adequa-das ao propsito de cada um desses livros.Mateus demonstra que Jesus o rei e o Mes-

    sias de Israel; portanto ele acompanha sualinhagem desde Salomo e Davi para mos-trar seu legtimo direito ao trono, e at

    Abrao, com quem Deus fez uma alianaeterna a respeito do prprio Abrao e suasemente. Ao mostrar que Jesus o Filho doHomem, Lucas traa a linhagem de Jesusat Ado, o pai da humanidade.Podemos ver que as listas genealgicas po-dem ter uma ordem descendente ou ascen-dente. Isso pode ser observado, por exemplo,na genealogia de Aro, que apresentada naordem descendente (isto , A gerou B) em 1Crnicas 6.3-14 e na ordem ascendente (isto, A, filho de B) em Esdras 7.1-5. O mesmofenmeno acontece na genealogia de Cristo(cf. Mt 1.2-16; Lc 3.23-38, respectivamente).

    Propsitos das GenealoPropsitos das GenealoPropsitos das GenealoPropsitos das GenealogiasgiasgiasgiasPrimeiro, elas mostram a histria de Israel.

    As primeiras genealogias mostram as rela-es familiares de Israel e a diferena comseus vizinhos. Ado o pai de toda humani-dade, mas depois as naes se desenvolve-ram. Naturalmente, Israel despertava omaior interesse dos escritores bblicos, poisfoi para o benefcio dessa nao que os pac-tos com Abrao e Moiss foram celebrados.Segundo, elas foram feitas para mostrar osancestrais e a preservao das vrias tribosde Israel.Terceiro, as genealogias servem para a pre-servao e a pureza do sacerdcio arnico deIsrael e da linhagem de Davi que, fundamen-talmente, leva a Cristo, o to aguardado Mes-sias, tal como Ele aparece nos Evangelhos.Essas genealogias tinham no s a finalida-de de preservar as descendncias, como tam-

    bm provar a legitimidade da funo dos in-divduos.Quarto, as genealogias ps-Exlica servempara demonstrar a homogeneidade de Israelcomo nao depois de seu cativeiro. Dessamaneira, concluindo, podemos ver que essas

    genealogias eram, essencialmente, a estrutu-ra sobre a qual repousava a histria de Israel,

    Genealogias e CronologiaGenealogias e CronologiaGenealogias e CronologiaGenealogias e CronologiaDesde o incio fica muito evidente que exis-tem lacunas genealgicas, pelo menos emalgumas dessas genealogias. Por exemplo,embora tenham sido registradas apenas trsgeraes entre Jac e Moiss (Ex 6.16-20; Nm3.17-19), na linhagem de Josu existem onzegeraes registradas entre Jac e Josu (1Cr 2.2; 7.20-29). Muitos outros exemplospoderam ser citados (veja Kitchen, pp. 54ss. ).

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    Neemias (Ne 9), a histria de Israel foi resu-mida, comeando com a criao e a convoca-o de Abrao, continuando com o xodo, oSinai, a rebelio em Cades-Bamia, uma ci-tao de xodo 34,6 (Ne 9.17), as experin-cias no deserto, a conquista da Transjord-nia e, brevemente, a histria posterior de Is-rael. Em suma, o tema abrange todo o Pen-

    tateuco, comeando com o Gnesis. Esse tes-temunho est um tanto frente da tendn-cia de recentes estudiosos de concordar e atri-

    buir as histricas datas do final do sculo Va Esdras/Neemias e aos livros das Crnicas(F. L. Cross, The Ancient Library ofQumran[1961], p. 189; John Bright, History of Israel[1959], p. 383).O AT ensina repetidamente que Moiss es-creveu a lei cf. Js 1.7-9; 23.6; 1 Rs 2.3; 8.53,56;Ed 7.6 etc.). Com referncia histria de Is-rael, os eventos de Gnesis so citados namesma seqncia com xodo, Levtico, N-meros e Deuteronmio. Em adio seqn-cia que temos em Neemias 9, o histrico Sal-mo 105 representa outro exemplo a esse res-peito. As aluses feitas em Osias antigahistria da nao tambm se referem comigual facilidade a Gnesis (Os 12.3,4,12), aoExodo (Os 12.13; 13.4), a Levtico (Os 12.9),a Nmeros (Os 9.10), a Deuteronmio (ref. aZeboim, Os 11.8) e aos livros posteriores.Est claro que Gnesis faz parte da histriasagrada do incio de Israel.No NT, Cristo comeou por Moiss e por to-dos os profetas a expor as profecias messi-nicas em todas as Escrituras (Lc 24.27).Est claro que Jesus considerava o primeirolivro da Bblia como mosaico. Na verdade, o

    Senhor Jesus se referiu ao AT como Moisse os profetas (Lc 16.29,31; cf, Jo 5.46,47; Mt

    5.17; Lc 24.44). Os apstolos tambm usa-vam essa terminologia (At 26.22; 28.23). Aomesmo tempo, Cristo se referiu a muitos t-picos registrados em Gnesis como partesdas Escrituras inspiradas (Mt 19.4-6; 24.38;Lc 17.32; Jo 7.22). Est claro que Cristo eseus apstolos consideravam a autoriamosaica de Gnesis. O historiador judeu

    Josefo afirmou expressamente a mesma opi-nio em aprox. 90 d.C. (Against Apion 1,8).Nenhuma autoridade antiga respeitvelquestiona essa autoria.Quanto data em que o livro de Gnesis foiescrito, ela foi estabelecida pela opinio con-servadora como sendo do perodo da pere-grinao pelo deserto, cerca de 1440-1400a.C., por causa da autoria mosaica, A datatradicional do xodo, calculada a partir dareferncia feita em 1 Reis 6.1, 480 anosantes de Salomo iniciar a construo de seuTemplo, Aqui ainda existe espao para algu-ma elasticidade. O texto da LXX traz 440anos. O Templo de Salomo foi construdopor volta de 960 a.C. Os dados em Juizes11.26 concordam com esses nmeros. Algunsinsistem em uma data alternativa, cerca de1250 a.C., baseando-se em certos dados ar-queolgicos; mas parece no existir uma ra-zo suficiente mente coerente para se aban-donar a data mais adequada ao texto bbli-co. Vejaxodo, O: A poca.Pono de vista crtico.Com o acirramento domovimento nacionalista na Alemanha, por

    volta do ano 18