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8/17/2019 Letras de Solidão (2012) - Poemas por b.ponto e Paulinha
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1 c c
vol .3
Letrasde Solidão
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2 c c
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poemas
2 0 1 2
p a u l i n h a
; b
. p o n t
o
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4 c c
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Letrasde Solidão
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7 c c
“ T ã o
b o
m
m o r r e r
d e
a m
o r
e
c o n t
i n u a r
v i v e n
d o
”
(
M á r i o
Q u i n t a n a )
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9 c c
1316171830
31333546474853
545960
í n d i c e - p a u l i n h a
Fim e InícioEscutaICanção - breveII
LutoNum Lugar QualquerIIIEncerradoMalignoIVSem Medo
Felicidade GenuínaPalavrasMaternidade
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í n d i c e - b . p o n t o
... leitura em borras de café ...
... jardins ...
... nós em uma casca de nós ...
... domingo ...
... usufruto ...
... semente ...
... falsas impressões ...
... verão em sol maior ...
... feriado ...
... magia negra ...
... pique-esconde ...
... limite ...
... brinde ...
... culto ...
... minueto ...
... braço ...
... ditado ...
... estado físico ...
... infância ...
... sol ...
... espera ...
... estrelas ...
... dentes ...
... mister facebook ...
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28384042434449
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Fim e Início
Cheguei à entrada da gruta com umacaixa cheia nas mãos.
Abaixei a cabeça para entrar e acomodei
os olhos para a iluminação escassa.
Procurei um espaço para me encaixar e
deixei a caixa no chão.Antes de me sentar, procurei pelo
silêncio do fim do dia.
O zumbido nos ouvidos acompanhou meus
olhos vazios de imagem.
Seria uma noite longa.
Acendi a lamparina e me instalei por
cima do saco de dormir.
Parei, respirei fundo e toquei o
primeiro desencontro.
Passei os olhos por suas linhas e
rasguei calmamente o seu desfecho.
Não havia nessa história triste nada
para ser guardado.
Peguei os registros da viagem, apertei-
os contra o peito e trouxe para meu
rosto o doce soprar de ventos.
Belos dias a serem guardados no canto
mais nobre de minha memória.
Rasguei os registros e fui mais fundo
na caixa.
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14 c c
O dia do medo.
Quase pude doer de novo.
As lágrimas pararam bem perto de cair.Havia o que se aprender nesse episódio.
A vida tem um tempo que não nos
pertence.
Não se antecipa a hora.
Olhei para o medo mais uma vez e
Rasguei com força.
Piquei em mil pedaços a dor sentida e
queimei cada sombra de escuridão.
O peso saiu de meus ombros.
Puxei uma folha leve de história.
E ri um pouco ao me lembrar do fato.
Peguei outro dia e encontrei a
lembrança de um reencontro.
Foi bom rever aquele sorriso doce.
Mais uma folha, mais uma história.
Arranquei as páginas de aflição e
juntei cada noite de tormenta.
Rasguei tudo sem dó.
Segui o ritual sem pressa.
Avancei por cada fato, deixando para
trás aquilo que envenena o coração,E retive na alma apenas a lembrança
nobre dos encontros.
Parei para olhar a luz avermelhada que
avançava pela gruta.
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15 c c
Amanheceu.
A caixa vazia foi erguida com o meu
corpoE juntas seguimos para mais um ano.
1º de janeiro de 2012.
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16 c c
Escuta
Bato as mãos fechadas na parede devidro:
Vocês não me ouvem?
Ei!
Aqui. Nessas páginas!
Você me leu?Eu sofri, você sabia?
Aqui. Nessas páginas.
Você percebeu?
Ei! Sou eu!
Aqui, nessas páginas.
Não me julgue morta, por favor.
Eu ainda respiro.
Ei!
Liberta-me daqui! Dessas páginas.
Quebrei o vidro.
Ei, você aí?
Pode me ouvir agora?
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17 c c
I
Calei o verboE parei o tempo
Antes a verdade nua
Do que a mentira bem vestida.
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Canção - breve
A cançãoE o sabor
De ter seu beijo
E sua dor.
A revelaçãoE o aroma
De ter seu corpo
E meu amor.
A partida
E o toque
De ter rosto
E sua cor.
A saudade
E o fim
De ter você
E minha dor.
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19 c c
... leitura em borras de café ...
assimque
ela se
afasta
me
aproximodo
balcão
e
examino
sua xícara..
pequenas
manchas
negras
de
café
tingem
manchas
difusas
no
fundo
de porcelana,
em
formas
que
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20 c c
comprovam
as
minhassuspeitas...
sim,
havia
bebido
tudo!
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... jardins ...
dozeflores
azuis
sem
pétalas...
inverno
úmido.
sonhos
doces
com
coco
ralado.
o
hoje,
passado!
seus
lábios
rosas
pela
coxa
tatuados.
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outono
sumido.
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... nós em uma casca de nós ...
aoprocurar
por
mim
do
outrolado
da rua,
encontrará
apenas
o
contorno
de
algo
que
lembra
uma
casca,
nua!
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24 c c
... domingo ...
queijoparmesão
derrete
lentamente
entre
omolho
e o
macarrão...
assim,
sempre,
como
se em
um
novo
dia.
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... usufruto ...
chame-mepelo
nome
errado,
prenda-se
emmeus
cabelos
falsos,
e até
saia
sem
se
despedir..
mas
diga
que
me
ama
apenas
se
for
sincero.
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... semente ...
outrooutono
que o
silêncio
planta
emterreno
morno,
pois
nada
cresce
no
inverno,
nem as
heras,
nem as
pragas
do
inferno.
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... falsas impressões ...
umaxícara
sem
asa,
às
vezes,nada
mais
é
do
que
um
copo
mais
largo.
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... verão em sol maior ...
todabonitinha
em sua
bicicletinha,
passeava
porentre
a
avenida
relativamente
perdida.
o
vento
lhe
soprava
a
sainha,
descobrindo
com
elegância
sua
pequena
bundinha.
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29 c c
oh,
que
saudadesdos
últimos
domingos
de
sol.
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II
SonharNão é viver
Mas,
Para viver
É preciso sonhar
Sempre.
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Luto
Encarei o céu negro acima de minhacabeça.
Não consegui gritar
As lágrimas descontroladas de meus
olhos
Sufocaram todo o som de minha voz.
Mirei o corpo sem vida em meus braços.
Cada centímetro de mim doía
mortalmente.
Respirar era um sacrifício
Pois minha única vontade era morrer
também.
Estendi a mão trêmula para tocar as
mãos frias dele
Era a última vez que estaríamos juntos.
Amar o perdido
Eis meu fardo.
Marcada para viver a solidão
de amar só.
Retiraram de meus braços
O corpo de meu amado.
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Ninguém me estendeu a mão.
Deixaram meu corpo sem forças
Tombar no chão frio da noite.E partiram.
Levaram o amor da minha vida
E com ele toda minha alegria.
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Num lugar qualquer
Encontrei-o sentado na grama,Brincando com suas lâminas verdes.
Ele não me viu chegar.
Melhor assim,
Ainda não era a hora de me conhecer.
Os cabelos fartos só poderiam serherança da mãe.
E a covinha no sorriso era o verdadeiro
retrato do pai.
Algumas vezes ele olhava para o céu
Perdido como uma pipa
E franzia os olhos para se proteger da
luz forte do sol.
Foi quando percebi que chorava
Senti vontade de correr para abraçá-lo
Para protegê-lo dessa aflição.
Mas, ele não sabia quem eu era,
Ou quem seria eu em sua vida.
O anjo que me guiou até lá
Segurou firme meu braço
E me encarou:
- Hora de partir.
Quis protestar,
Porém minhas rugas não chegaram a
verbalizar nenhuma frase.
Acompanhei o anjo até a saída.
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Antes de partir
Virei o rosto e contemplei
Aquele que seriaUm dia
Meu único filho.
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III
Eu quero a arteQuero o que é meu
Que vem na minha fala
Que suporta minhas palavras
E que termina como poesia.
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... feriado ...
sãoseis
em
maio
que
ficampara
junho...
encontram
se
ao
acaso
e
saltam
o
muro
e
varrem
o campo
até
o
riacho.
são
seis
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de
junho,
feriado!
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... magia negra ...
vocêpode
até
ter
razão
em euentender
nada
sobre
o
conceito
básico
de
vingança...
porém
ignora
os
meus
conhecimentos,
mesmo
que
poucos,
nas
magias
ocultas.
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se
eufosse
você,
mesmo
assim,
ficaria
um
pouco
preocupada.
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... pique-esconde ...
quiseraeu me
perder
entre
os
seiscantos.
quisera
você
costurar
novas
estrelas
em
negros
mantos.
vazios
os
meus
desejos.
precisos
os
seus
beijos.
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... limite ...
ávidaa
vida
por
sentimentos
meussem
momentos
seus...
do
lado
de
fora
a flora
aflora
mim,
totalmente
pelado.
contorne
agora
e
vire-me
de
lado.
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... brinde ...
lino
poster
sobre
a
paredeescura:
“tudo
está
a
venda
e não
há
nada
que
não se
possa
comprar”
...
- certo,
pensei,
- dou
de
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brinde
toda
essador
se
você
levar
parte
do
sofrimento!
aceito
vale
refeição.
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Encerrado
Foi muito difícil olhar para trásAbandonar o passado
E ter certeza de que nada daquilo faria
mais parte de minha vida.
Foi muito difícil olhar para o chão
Deixar os retratosE ter certeza de que minha imagem não
comporia mais nenhum álbum.
Foi muito difícil levantar a alça
Carregar a mala quase vazia
E ter certeza de que minha bagagem não
seria mais do que minha memória.
Foi muito difícil fechar a porta
Selar o destino
E ter certeza de que minha sorte
estaria lançada
Para sempre.
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Maligno
Encerra em tiO rancor que te assola.
Se não sabes perdoar,
Aceita o fardo de tua doença,
Pois a mágoa
É o mal que te consome.
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IV
Da fé ao infernoDo segredo à metáfora
Da certeza ao final.
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... culto ...
eraflávia,
amiga
do
edu,
quemnão
bebia
vinho.
dani,
karen
e
lolla
dançavam
nuas
sobre
o
carpete
de
linho.
amanhecia
rápido
e os
corpos
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espalhados
pelo
salãocomeçavam
levente
a se
decompor.
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... minueto ...
si, sol,dó, mi, lá...
si, sol,
ré, mi, fá..
sol, mi;ré, dó;
lá, sol, fá, mi, si...
dó,
ré...
dó,
mi...
dó;
lá, sol, fá, mi, sol...
ré,
fá...
ré,
si;
ré, dó, ré, lá!
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... braço ...
meubraço
não
se
sustenta...
simplesmente
pende
do
ombro,
ao
lado
do corpo,
imóvel,
semi-morto.
8/17/2019 Letras de Solidão (2012) - Poemas por b.ponto e Paulinha
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Sem medo
AmarNunca foi suave para mim
Ao contrário
Sempre foi intenso,
Quase violento,
Pois amo por inteiroSem entrega parcial
E quase imprudentemente sem medo.
8/17/2019 Letras de Solidão (2012) - Poemas por b.ponto e Paulinha
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Felicidade Genuína
Felicidade genuínaÉ aquela que não cabe o peito
Que transborda pelos olhos
E escorre em sorrisos.
Felicidade sem palavras
Não comporta tradução
Não pode ser tocada
Mas cabe em uma ilustração.
Felicidade de verdade
É estado no qual me encontro agora
E divido com você.
8/17/2019 Letras de Solidão (2012) - Poemas por b.ponto e Paulinha
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... ditado ...
é,quem
não
avisa
amigo
...erra!
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... estado físico ...
moldava-me,como
fluído
denso
à
suaforma
recipiente.
... adaptando.
confortavelmente,
no
interior
quente
de
seu
coração,
evaporavam
em
gases
as
partículas
que
lhe
apertavam
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o peito;
tão
fortea
pressão.
em
vão.
agora,
líquido,
esparramo-me
pelas
imperfeições
profundas
do
asfalto
frio.
... condensando.
8/17/2019 Letras de Solidão (2012) - Poemas por b.ponto e Paulinha
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... infância ...
oque
você
está
com
dificuldadespara
entender
é
que,
esconde-esconde
e
pega-pega
são
brincadeiras
de
criança.
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Palavras
Se as palavras que falo não te servemPor que me questiona?
Sou apenas isso e nada mais.
Se as palavras que falo te ferem
Por que me obriga a pronunciá-las?Sou o que digo e não calo.
Se as palavras que falo te perturbam
Por que não me deixa no silêncio?
Sou só e assim prefiro estar.
Se as palavras que falo te fazem chorar
Por que abriu o livro?
Sou exatamente aquilo que lê.
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Maternidade
Não é um movimento simplesSomente natural.
Não é previsível
É único.
Não é controlável
Tem vontade própria.Não é infinito
São nove meses
Mas eterno no coração.
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... sol ...
nãoé
como
se
eu
tivesseesquecido
os
óculos
de
sol
sobre
a
mesa.
realmente
vim
sem
eles...
e
assim
mesmo
que
vou
ficar!
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… espera …
fazdias
que
espero
e
otelefone
não
toca…
até
pensei
em
reconectá-lo
à
parede,
mas
faltou
coragem.
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63 c c
… estrelas …
emnoites
de
céu
limpo
asestrelas,
do
fundo
do
mar,
aguardam
pacientemente
que
todas
as
suas
demais
amigas
desçam
e
venham
brincar.
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… dentes …
osdentes
de
leite
não
crescemde
novo,
mesmo
que
sejam
aqueles
da
frente.
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… mister facebook …
contrao
prolapso
da
válvula
mitralo
médico
receitou
um
pequeno
remédio
para
regular
o
ritmo
do
coração…
a
idéia
era
deixar
de
ser
rock
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66 c c
e
passar
abater
mais
pop.
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67 c c
...para Eva.
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são paulo/brasil - natal de 2012
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(fundação biblioteca nacional)
os autores autorizam a reprodução de
seus textos desde que citada a fonte
capa, fonte ‘gantz font’
títulos, fonte ‘charackterny
corpo, fonte ‘prestige elite std’
outras, fonte ‘oriental view’
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