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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 4ª VARA
CRIMINAL DA COMARCA DE CAXIAS/MA
TÍCIO sobrenome, nacionalidade, estado civil, profissão,
portador da cédula de identidade n. ____, inscrito no CPF
sob o n. ____, residente e domiciliado no endereço, por seu
advogado, vem, respeitosamente, à presença de Vossa
Excelência, requerer a concessão de LIBERDADE PROVISÓRIA,
com fulcro no artigo 5º, inciso LXVI, da Constituição
Federal, bem como nos artigos 310, parágrafo único, e 323,
I, ambos do Código de Processo Penal, pelas razões de fato
e de direito a seguir expostas:
DOS FATOS
No dia XX/XX/XXXX, o requerente foi
preso em flagrante pela prática, em tese, do crime de furto
qualificado (artigo 155, § 4º, IV, do Código Penal),
encontrando-se, no momento, recolhido do 4º Distrito
Policial De Caxias.
A autoridade policial que presidiu o
Auto de Prisão em flagrante não arbitrou fiança,
determinando o recolhimento de ambos os acusados ao
cárcere.
DO DIREITO
Entretanto Excelência, o requerente
tem direito ao benefício da liberdade provisória com
fiança, pois não se enquadra nas situações dos artigos 323
e 324 do Código de Processo Penal, que excluem a
possibilidade de concessão de fiança.
Nesse diapasão a Carta Magna
estabelece que deverá ser concedida Liberdade Provisória
quando a lei assim permitir. In verbis:
Constituição Federal
Art. 5º.....
LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela
mantido, quando a lei admitir a liberdade
provisória, com ou sem fiança;
Diante da previsão Constitucional, a
jurisprudência do STF é pacífica ao conceder Liberdade
Provisória ao paciente que preencha os requisitos e não
esteja passível de Prisão Preventiva.
“Aquele que foi preso em flagrante, embora
formalmente perfeito o auto respectivo (CPP,
arts. 304 a 306) e não obstante tecnicamente
caracterizada a situação de flagrância (CPP,
art. 302), tem, mesmo assim, direito
subjetivo à obtenção da liberdade provisória
(CPP, art. 310, parágrafo único), desde que
não se registre, quanto a ele, qualquer das
hipóteses autorizadoras da prisão
preventiva, a significar que a prisão em
flagrante somente deverá subsistir se se
demonstrar que aquele que a sofreu deve
permanecer sob a custódia cautelar do
Estado, em razão de se verificarem, quanto a
ele, os requisitos objetivos e subjetivos
justificadores da prisão preventiva. (...)
Constitui situação de injusto
constrangimento ao status libertatis do
indiciado ou do réu a decisão judicial que,
sem indicar fatos concretos que demonstrem,
objetivamente, a imprescindibilidade da
manutenção da prisão em flagrante, denega ao
paciente a liberdade provisória que lhe
assegura o parágrafo único do art. 310 do
CPP.”
(HC 94.157, rel. min. Celso de Mello, 2ª T,
DJE de 28-3-2011.)
No entanto o Código de Processo
Penal, em seu art. 310, inc. III e p.ú, prevê a Liberdade
Provisória quando verificada pelo juiz competente. Verbis:
Código de Processo Penal
Art. 310. Ao receber o auto de prisão em
flagrante, o juiz deverá fundamentadamente:
......
III - conceder liberdade provisória, com ou
sem fiança.
Parágrafo único. Se o juiz verificar, pelo
auto de prisão em flagrante, que o agente
praticou o fato nas condições constantes dos
incisos I a III do caput do art. 23 do
Código Penal, poderá, fundamentadamente,
conceder ao acusado liberdade provisória,
mediante termo de comparecimento a todos os
atos processuais, sob pena de revogação.
DO PEDIDO
“Ex positis”, requer seja deferido o
pedido de LIBERDADE PROVISÓRIA, arbitrando-se fiança e
expedindo-se o respectivo alvará de soltura em favor do
requerente, como medida de justiça.
Termos em que,
Pede deferimento.
Local / data.
Advogado
OAB nº