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ACIC Associação Empresarial de Criciúma
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ACICAssociaçãoEmpresarialde Criciúma Sozinhos vamos mais rápido, mas unidos chegaremos mais longe CRICIÚMA | SC | Nº 36 | R$ 9,99
2012 fecha com boas notícias na infraestrutura
Obras do Centro Empresarial
a pleno vapor
EducaçãoNossa bandeira pelo desenvolvimento
A educação novamente é a
pauta principal da revista Liderança
Empresarial. Nossa edição de março
de 2009 já fazia o alerta: Educação:
a chave para o futuro. Então, abordar
o assunto educação tem sido uma
prioridade. O que esperar do nosso
futuro sem esta prerrogativa? E a ACIC
tem batido na tecla junto a candidatos
a prefeito, junto à mídia e para 2013
deve apresentar um estudo sugerindo
ideias para melhoria da educação
em Criciúma. Nesta edição voltamos
ao tema, com várias reportagens da
jornalista Milena Nandi.
A Revista traz também o andamento
das obras de infraestrutura na região,
com a boa notícia deste final do ano,
relativa à Via Rápida, que deve iniciar
já em 2013. Outra pauta destacada é a
ampliação do Centro Empresarial, que
deve ser concluída em 2013.
A revista traz ainda casos de
empresas premiadas, mostrando que
o Sul catarinense possui exemplos
de sobra de boa gestão empresarial,
seja na área ambiental, de recursos
humanos, entre outras. As matérias
são assinadas pela jornalista Paula
Darós Darolt, com os casos da Cecrisa,
Angeloni, Betha Sistemas, ICON,
Copobras e Anjo.
Cases de empresas, artigos sobre
gestão, a pesquisa da ACIC sobre
mão-de-obra e uma matéria especial
sobre a desindustrialização, feita pela
jornalista Cibele Córdova, enriquecem
também esta edição de final de ano da
nossa revista.
EXPEDIENTEA revista Liderança Empresarial é uma publicação da ACIC - Associação Empresarial de
Criciúma. Edição Ana Sofia Schuster | Assessoria de Imprensa ACIC. Projeto Gráfico
Fernando Mangili. Editoração Cibele Córdova. Fotos Novo Texto Comunicação e
Divulgação. Reportagens Ana Sofia Schuster, Cibele Córdova, Milena Nandi e Paula Darós
Darolt. Contatos 48 3461-0900 (ACIC) [email protected] | novotexto@agencianovotexto.
com.br. Vendas Vilma Martinhago - 48 3461-0903. Rua Eernesto Bianchini Góes, 91 -
Próspera - CX Postal 73 - CEP 88815030 - Criciúma - SC.
www.acicri.com.br
APRESENTAÇÃO
������������ ��Editora
A economista Maria Julita
Volpato Gomes iniciou
as atividades frente à
Diretoria Executiva da
ACIC. Maria Julita foi pró-
reitora de Administração
e Finanças da Unesc
e Diretora da Agência
de Desenvolvimento -
ADITT, Inovação e Transferência de Tecnologia
da Unesc. A Nova Diretora Executiva assume as
atividades exercidas até então pelo Contabilista
Waldir Duminelli, no cargo desde a gestão
Álvaro de Freitas Arns, em 1998.
���� ����������������
��������� �����������
Olvacir José Bez FontanaCésar SmielewskiNelcides José DamianiIraide PiovesanVenício Neves PereiraDelir João MilanezDenizard Ferrão RibeiroDiomicio Vidal������������Eduardo Zini BertoliFlávio Spillere JuniorGilmar MenegonHélcio Ramos de JesusJulio César M. WesslerLenir Dal Sasso SchambeckLuiz José DamázioMarli Maria AguiarMichel Alisson da SilvaRui InocêncioTito Lívio de Assis Góes��� ������������
1º secretário
Presidente
2º secretário
1º tesoureiro
2º tesoureiro
Educação:novos exemplos para o Sul
Criciúma contabilizaexperiências integrais 18
Ação aproxima famíliasà empresa 32
Grupo pela educação da ACICinicia ações 22
Consulta de crédito: uma rede mais forte com a força de Criciúma 26
����������� �����������no desenvolvimento e o IDEB 23
ACIC recebe recursospara Centro Empresarial 34
�������������������������etiquetas digitais 28
IVAÍ e Setep vencemlicitação para Via Rápida 35
Pesquisa aponta redução de oferta de vagas 30
��� ����������������������� ������ ����������������������o processo de ensino e aprendizagem ainda está bem aquém do que deveria, em boa parte do País
SUMÁRIO
12
���������������������na separação 55
Que perfume tema sua marca? 66
Jovens renovamFeira Livre de Criciúma 56
���������� ��������������������������68
!��"����#�����$���%����%������������36
Artigo: Consumidoré rei 62
&������'%��por Joice Quadros 74
A primeira fábrica������������%�58
Obras estruturantes para��%�����������#�70
Conceito e designpara produtos 65
�������(���)�������um empresário vencedor 39
Receitas para o empreendedorismo 60
���������������*����72
+���������������ambiente requintado 40
���*���"#��sem impostos 64
Importação: dicas para ,�$��*������-����42
.���������%���������/34�����������������*�����44
5������6��queremos ser” 52
Dica: transporte demudança 47
�����$�����6��������e em equipe 48
Artigo: Novo Layout,#�����*8���#�51
Talvez um dos acontecimentos de maior relevância no ano de 2012, senão o de maior,
é a concretização da Via Rápida. Definida a licitação, recursos garantidos, rumamos para
o início efetivo desta obra que vai marcar o desenvolvimento de Criciúma e das cidades
que a cercam. Então neste momento é oportuno fazermos uma análise profunda do
quanto o comprometimento das pessoas e a liderança de uma entidade significa
para que as obras aconteçam efetivamente. No caso da Via Rápida, a ACIC tem feito
diariamente a sua parte.
Na verdade ao resgatarmos a história da Via Rápida percebemos uma série de fatos
que comprovam a importância deste comprometimento das pessoas com um projeto,
pessoas que acreditaram na obra e sabiam da sua importância singular. No ano de 2006
Santa Catarina criou um documento chamado Plano Catarinense de Desenvolvimento.
Enquanto Secretário de Estado de Planejamento, tive a oportunidade de liderar este
processo, onde duas diretrizes seriam fundamentais para que hoje pudéssemos
testemunhar essa materialização da Via Rápida. Colocamos ali como meta, que
Santa Catarina deveria potencializar seus sistemas logísticos de modo a aumentar a
capacidade de movimentação de cargas e consolidar o estado como centro integrador
da plataforma logística do Sul do país para os mercados nacional e internacional. Para
tanto, outra ação seria “fortalecer o processo de ampliação e manutenção da rede de
rodovias pavimentadas do estado”. Naquele documento, não apenas identificamos,
mas definimos que para chegar a estas metas, o estado precisaria “criar mecanismos e
programas de captação de recursos de agências e fundos para investimentos na área
de infra-estrutura”. A Via Rápida é o exemplo de que isso poderia ser aplicado. E o foi.
Penso que traçamos este caminho e hoje colhemos os frutos. Lutarmos pelo
projeto, ainda na SPG, e lá conseguimos entregá-lo, o que permitiu então buscar os
recursos necessários para esta que é a maior obra do governo do Estado no Sul de
SC. Mesmo com todos os esforços do então presidente da SC Parcerias, Ivo Carminatti,
não obtivemos a obra via Parceria Público Privada, mas devido ao seu empenho em
qualificar a obra, obtendo todas as licenças necessárias, a Via Rápida foi enquadrada na
licitação internacional do BID e hoje é uma realidade. Há que se destacar o empenho e
a vontade dos nossos governadores Raimundo Colombo e Eduardo Pinho Moreira, que
acreditaram efetivamente neste novo modal, tão cobrado pela ACIC.
Nossa luta pela Via Rápida não teve trégua. Em pleno veraneio estávamos nós a
panfletar na beira mar das nossas praias a importância da obra. Sabíamos que se não
cobrássemos, se não tivéssemos essa pauta diariamente na agenda, corria-se o risco de
perdê-la. Então, ao lado dos diretores da entidade, dos secretários de desenvolvimento
regional Édio Castanhel e Luiz Fernando Cardoso, e outras tantas pessoas que trilharam
os caminhos do Governo do Estado nestes cinco anos nunca deixamos de acreditar.
Estamos quase no final deste processo, pois as máquinas estão quase no trecho.
Mas, traçando um caminho paralelo à obra em si, a ACIC empenhou-se em outro
trabalho, enviando sugestões, para que a Via Rápida seja um local para a implantação de
novas empresas e o novo plano diretor contemplou isso. Portanto, teremos o modal de
desenvolvimento, cercado pelas empresas que vão gerar emprego e renda. O caminho
para o futuro está, portanto, cada dia mais consolidado. A ACIC, em nome da sua
Diretoria e de toda a comunidade do Sul, agradece a todos que como nós, acreditaram
e deram a sua contribuição para termos uma nova via de desenvolvimento regional, a
nossa Via Rápida.
EDITORIAL
08 | Liderança Empresarial
Olvacir José Bez FontanaPresidente da ACIC
A ACIC e a VIA RÁPIDA:o esforço necessário
Números da Via RápidaExtensão total: 10,4 km
Traçado inicia no Bairro Jardim
Maristela e termina na BR-101
O projeto inclui pista dupla, ciclovias, calçada e amplo canteiro central
Diversos viadutos
50% do traçado em Criciúma e 50% em Içara
Intersecção com a BR-101 no km 385,5 (acesso Sul ao Balneário Rincão)
Previsão de 22 mil veículos por dia
Anúncio SIECESC
12 | Liderança Empresarial
Educacao:novos exemplos
para o sul
aula de hoje:
,,-
www.acicri.com.br | 13
O Brasil não muda sem investir em educação.
Seja nas salas de aula, seja nos professores
ou seja nas academias este processo de
voltar os olhos à importância e destaque da
educação torna-se fundamental. Ou seja,
que se tenha no ensino básico a mola mestra.
Educar para que o caminho seguinte seja
o crescimento. Seja crescimento pessoal,
que gera desenvolvimento econômico e que
transforma um país em um povo educado.
Pessoas que possam ter capacidade de
�������� �������� ������ �� ������ ���
melhores opções na vida.
Nesta reportagem especial mostramos
mais casos na área da educação que permitem
uma perspectiva positiva quanto ao futuro.
Sociedade se mobiliza pela educação
EDUCACAO,
,
Milena Nandi | CRICIÚMA
14 | Liderança Empresarial
Ensinar e aprender: o conceito é simples, mas na prática, o processo de ensino e aprendizagem ainda está bem aquém do que deveria, em boa parte do País
A boa notícia é que há uma espécie de
movimento vindo da sociedade, incluindo
a Associação Empresarial de Criciúma -
ACIC, em prol da melhoria da qualidade
do ensino. Lideranças, empresários,
professores e até veículos de comunicação
têm se manifestado em favor da educação
como essencial para o desenvolvimento
e crescimento do Brasil e cobrado das
lideranças políticas uma atitude. Das
escolas, brotam bons exemplos e iniciativas
no sentido de fazer algo diferente para vencer
a “luta” entre escola e novas tecnologias, e
fazer com que os estudantes tenham gosto
pelo conhecimento, aprendam mais e
melhor.
O economista e membro do movimento
Todos pela Educação, Gustavo Ioschpe,
afirma que as escolas públicas do País
deveriam ser obrigadas por lei a pôr seu Ideb
(Índice de Desenvolvimento da Educação
Básica - ver página 20) em placa de 1
metro quadrado ao lado da porta principal,
em uma escala gráfica mostrando sua nota
de zero a dez. Na placa deveria aparecer
também o Ideb médio do município e do
estado. “A maioria dos pais e professores
hoje não sabe se a escola do filho é boa ou
ruim, e, se esperarmos que consultem o site
do Ministério da Educação (MEC), seremos
o País do futuro por mais muitas gerações”,
afirma.
Uma das bandeiras da Associação
Empresarial de Criciúma (ACIC) tem sido
a educação. “Uma grande trava para o
desenvolvimento e crescimento do Brasil é
a educação. O problema é que o dinheiro
‘some no ralo’, e não se consegue ter
retorno. Não há uma gestão correta dos
recursos para esta área”, afirma o presidente
da ACIC, Olvacir Bez Fontana.
A associação solicitou aos candidatos ao
pleito municipal que voltassem seu olhar para
a qualidade do ensino, e que seguissem
a indicação de Ioschpe – já adotada em
alguns municípios brasileiros – expondo
o valor do Ideb das escolas, de maneira a
que os pais tenham conhecimento do nível
da instituição, e passem a acompanhar e
fiscalizar. “O pai não sabe o que ocorre e
não cumpre o papel de exigir da escola. É
hora dos governos mostrarem o que estão
fazendo. A medida em que os números
são divulgados, as pessoas envolvidas vão
ter um desafio a mais de fazer o melhor”,
comenta.
Para Fontana, mais que o ensino
superior, é importante que os governantes
se preocupem com a Educação Básica.
Segundo ele, o País ao incluir as classes
C, D e E no consumo, o Brasil garante um
aumento na produção. E esta inclusão deve
ser feita por meio da educação. “Isso se
dá com boas escolas de ensino básico e
cursos técnicos. A pessoa que tem uma
boa base, consegue uma colocação para
arcar com seus estudos. Há muitas pessoas
que estão à margem, no subemprego.
Com um curso técnico, ele consegue um
trabalho digno que o tirará da informalidade
e garantirá uma vida melhor”.
Bistek amplia rede com a 14ª loja
www.acicri.com.br | 15
Conforme o relatório “De Olho nas Metas 2011”, do movimento Todos Pela Educação, 85,3% dos jovens matriculados no último ano do Ensino Fundamental do País não sabem o mínimo esperado em Matemática e 73,8% em Língua Portuguesa. E foi com base em dados como estes que o Grupo RBS criou a campanha “A Educação Precisa de Respostas”. A intenção é estimular o debate e a busca de soluções que elevem a qualidade da Educação Básica no Brasil, em especial no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, áreas de atuação do Grupo.
O projeto da RBS é desenvolvido com o apoio de peças de TV, rádio, jornal e internet, assim como um site, que leva o nome da campanha, e onde são
postadas notícias sobre a realidade da educação e das escolas. A campanha se baseia em seis perguntas sobre o tema: por que, mesmo sendo a 6ª economia do mundo, o Brasil ainda está no 88º lugar no ranking mundial da educação?; Por que 34,5% dos alunos do Ensino Médio não estão na série correspondente à sua idade?; Por que é importante os pais participarem da vida escolar dos seus filhos?; Por que apenas 2% dos estudantes querem seguir a carreira de professor?; Por que 89% dos estudantes chegam ao final do Ensino Médio sem aprender o esperado em matemática? E por que a maioria dos alunos matriculados no último ano do Ensino Fundamental não aprende o mínimo considerado adequado?
Veículos de comunicaçãocriam campanha
Iniciativas das escolas incentivam o gosto pelo conhecimento
Escolas comobons exemplos
EDUCACAO,
,
16 | Liderança Empresarial
Um exemplo vem de Palhoça, onde o
projeto de percepção de risco no trânsito
nas escolas públicas do município será
difundido para todo o Brasil a partir de 2013.
Desde 2007, o Departamento Nacional de
Infraestrutura de Transportes (DNIT) e a
Universidade Federal de Santa Catarina
(UFSC), realizam o projeto, que já deu
lições de conscientização no trânsito para
mais de três mil alunos. O projeto tem foco
nas escolas próximas a rodovias federais.
Uma das escolas contempladas foi
a Professor Guilherme Wiethorn Filho.
A escola municipal fica próxima da BR-
282 e da BR-101 e tinha histórico de
atropelamento de alunos, quando aderiu ao
programa, há cinco anos. Na época, foram
realizados cartazes, murais, encenações e
a escola adquiriu placas e equipamentos
de sinalização, para ensinar as crianças.
E bons exemplos vêm também do Sul
do Estado. Professores do Ensino Médio
de escolas públicas e particulares tiveram
suas boas práticas nas categorias Ensino,
Pesquisa e Extensão reconhecidas pelo
concurso Jogada de Mestre, realizado pela
Unesc. Os três primeiros colocados de
cada categoria receberam bolsas de estudo
da Universidade (que totalizaram mais de R$
60 mil em prêmios). A entrega das bolsas (o
primeiro lugar de cada categoria ganhou um
tablet e outros cinco tablets foram sorteados
entre os participantes do concurso) ocorreu
no dia 23 de outubro.
A professora de informática Cristiane
Machado de Vargas, de Sombrio, foi a
vencedora da categoria Extensão do
concurso Jogada de Mestre, da Unesc.
Com o seu “Jornal Escola Conectados
no IFC”, ela incentivou os estudantes
do terceiro ano do curso Técnico em
Informática do Instituto Federal Catarinense
a trocar experiências e buscar informações
sobre assuntos relacionados ao curso e à
profissão. No blog conectados.ifc-sombrio.
edu.br, os estudantes publicam colunas
sobre diversos assuntos e material com
informações sobre o mundo da tecnologia.
“A intenção foi levar a escola ao ambiente
virtual, estimular a leitura nos alunos. Eles
interagem muito nas redes sociais, e a
escola precisa estar presente neste universo
também. Por isso, além do blog, temos um
perfil no Facebook (www.facebook.com/
ConectadosIFC)”, contou. Entre os temas
abordados, além de informática, estão
meio ambiente, obesidade e bullying.
Já o vencedor da categoria Pesquisa
foi Marcilon de Souza, da E.E.B. Humberto
Hermes Hofmann, de Nova Veneza, com o
projeto “A Escola de Chicago, Durkeheim
e a minha vida”. Ele trabalhou com 405
estudantes do Ensino Médio, o cotidiano
dos alunos, para introduzir a Sociologia
no universo deles. Na categoria Ensino, o
primeiro foi o projeto “Vale a Pena Ler”, da
professora Luciana de Cássia Geremias, da
E.E.B. Gov. Heriberto Hülse, de Criciúma.
Ela utilizou murais espalhados pela escola
e um blog e um perfil no Facebook para
incentivar a prática da leitura entre os
adolescentes.
www.acicri.com.br | 17
Conforme o professor doutor do Programa de Pós-
Graduação em Educação da Unesc (PPGE), Alex Sander
da Silva, mais do que saber o que é o Ideb, a comunidade
teria que saber que verbas para a educação têm e deveriam
ser aplicadas urgentes. E que os investimentos deveriam
ser feitos para que todas as escolas públicas tivessem um
excelente desempenho. “A população tem que saber e
exigir que o Governo Federal devesse aplicar de imediato
10% da verba para a educação e que um Plano Nacional de
Educação, tem que corresponder às reais necessidades
educacionais para o próprio desenvolvimento do país”.
Para o professor, a fiscalização dos pais na educação já
vem ocorrendo de certa maneira. “Penso que a comunidade
já faz isso, quando os pais tiram seus filhos de uma
escola e procuram outra que tenha melhor desempenho
e organização pedagógica. O problema é que muitas
escolas públicas sofrem com o abandono. Muitas delas
procuram se auto-gerir, já que não vem dinheiro dos órgãos
governamentais e isso não deveria acontecer. Dinheiro tem,
o problema é saber para onde ele vai”, comenta.
Silva alerta para o perigo da “rotulação” das escolas em
função da divulgação do Ideb em placas. “Poderá haver a
“rotulação” da escola, dos professores, e principalmente
dos alunos, sem se levar em conta o contexto das escolas e
das políticas adotadas pelos gestores públicos em relação
a elas, as condições sociais de onde ela está localizada,
entre outros aspectos.
A ponta do iceberg
Segundo o pedagogo brasileiro Paulo Freire, educar
exige planejamento, metas, objetivos e investimentos;
pesquisa, criticidade e rigorosidade metódica; disciplina, autoridade e respeito; compromisso
político e empenho ético e comprometimento integral da
sociedade.
Criciúma contabiliza experiências integrais
18 | Liderança Empresarial
As escolas integrais não são novidade
em países desenvolvidos. No Brasil,
elas não estão tão disseminadas. Para o
professor doutor do Programa de Pós-
Graduação em Educação da Unesc
(PPGE), Alex Sander da Silva, a proposta
do ensino em tempo integral é interessante,
mas precisa ser debatida com todos os
envolvidos. “O programa de escolas em
tempo integral é uma proposta muito
interessante para a melhoria da qualidade
pedagógica e formativa da escola. Porém,
esse programa, como outros que chegam
nas escolas, carecem de um amplo debate
com professores, com os alunos e a
própria comunidade. As escolas de tempo
integral devem ser importantes centros de
integração e excelência no ensino e na
aprendizagem”, pondera.
Em Criciúma, o projeto da escola integral
foi concebido em 2009 e implantado em
2010 em escolas da rede municipal. Hoje,
cinco instituições de ensino adotaram o
projeto, totalizando 1.616 alunos do 1º ao
9º ano: Vilson Lalau (Bairro Cristo Redentor),
Linus João Rech (Bairro Paraíso), Carlos
Gorini (Bairro São Marcos), Acácio Alfredo
Vilaim (Bairro Montevidéo) e Padre Pedro
Petruzzellis (Bairro Pinheirinho).
A coordenadora do projeto de escolas
integrais da Secretaria da Educação de
Criciúma, Gislaine Machado da Silva, explica
que os estudantes permanecem mais de 9
horas diárias na escola. Chegam às 7h30
e saem às 17h, tendo cinco refeições por
dia. “O ensino integrado mescla aulas de
disciplinas de base com outras, como de
canto coral e de esporte. É uma maneira
de evitar que as crianças, sabendo que as
aulas de disciplinas tradicionais serão em
um período, venham apenas no outro para
a escola”, conta.
Inglês e informática também estão
incluídos no programa, que prevê 36 aulas
semanais, sendo 20 de disciplinas da base
comum e 16 de diversificadas. Para garantir
o bom desenvolvimento do projeto, Gislaine
afirma que todas as sextas-feiras é feita
uma reunião pedagógica entre o diretor da
escola e os professores. Neste dia, as aulas
ocorrem apenas no período da manhã.
Ela explica que antes de definir as
escolas que participariam do projeto de
ensino integral o município realizou uma
pesquisa de desenvolvimento social,
e assim, verificou, dentro da zona de
vulnerabilidade, quais não estavam tendo
um bom desempenho. Um dos critérios
foi a evasão escolar e o rendimento dos
alunos.
EDUCACAO,
,
Adriana Pavei, diretoria da escola Linus
João Rech conta que em 2008 a direção
começou a divulgar em reuniões de pais e
professores a necessidade e possibilidade
da implantação da escola integral na
comunidade. No ano seguinte, o projeto
começou a tomar corpo com bases
estruturadas e documentadas à medida
que iniciou a construção do ginásio e a
ampliação da escola. Em junho de 2011,
após reuniões e alinhamento pedagógico,
o projeto foi inaugurado na escola.
Segundo ela, não houve resistência
dos alunos em relação à escola integral,
mas tanto os profissionais quanto os
estudantes precisaram passar por uma
fase de adaptação e experiência. Entre
as mudanças necessárias estiveram a
formação para os docentes, ampliação
do espaço físico da escola, construção
de um ginásio, aquisição de mobílias e
materiais pedagógicos, ampliação do
quadro de profissionais, que dobrou,
mudança no currículo e aumento das
disciplina. “O currículo é integrado, ou
seja, os alunos têm aula do currículo de
base comum (matemática, ciências,
português) juntamente com as do
currículo diversificado (mosaico, hip-hop,
informática, banda-fanfarra, letramento)”,
explica. Todos os 170 alunos, das oito
turmas do jardim ao 5º ano da escola
(4 aos 12 anos) participam do sistema
integrado.
A diretora comenta que a escola foi
escolhida para participar do programa em
função da fragilidade socioeconômica
das famílias e área de risco social, além
do Ideb. “Os resultados superaram as
expectativas. O rendimento dos alunos
melhorou através do currículo diversificado
e integrado, contribuindo significativamente
na superação das dificuldades de
aprendizagem. A confiança dos pais na
escola aumentou e a frequência também”,
enumera Adriana. “Muitas coisas sempre
precisarão melhorar, pois nada é acabado.
As avaliações, bem como as melhorias,
fazem parte da qualidade de ensino e
do crescimento de tudo o que envolve a
educação escolar”, complementa.
Na Linus João Rech, frequência��������$�����#����������������������#��
www.acicri.com.br | 19
Período ampliadoganha adeptos na cidade
EDUCACAO,
,
20 | Liderança Empresarial
O Colégio Marista de Criciúma apostou
em um projeto que está resultando em
bons resultados: o Período Ampliado.
O projeto foi implantado em 2012 com
alunos da Educação Infantil e do Ensino
Fundamental I (1º ao 5º ano) com ênfase
na Língua Inglesa, sendo um diferencial na
cidade por ter duas professoras que fazem
toda a mediação em Língua Inglesa.
A Diretora Educacional do Colégio
Marista, Ingrid Martins, explica que na
parte da tarde as crianças têm aulas
regulares, e de manhã participam de
projetos, têm momentos de lazer e de
descanso. “Todas as crianças têm Inglês
a partir dos três anos. A professora,
formada em Letras, com fluência em
Inglês, comunica-se com as crianças
o tempo todo nesta língua. As crianças
também desenvolvem projetos nos
Laboratórios de Informática e de Biologia
e na Biblioteca. O Colégio oferece aulas
extracurriculares, como natação, música,
dança e as crianças são acompanhadas
pela auxiliar até essas aulas”, afirma Ingrid.
A diretora afirma que a grande maioria
dos alunos do ampliado não precisa
de escola o dia todo, e por isso, todo
o trabalho é feito no sentido de que a
criança desenvolva o prazer de ficar no
ambiente escolar além do horário normal.
“Nenhum aluno é obrigado a participar
do Ampliado. É uma opção da família”,
comenta. “O feedback dos pais tem sido
muito positivo e isso acabou gerando
uma solicitação de ampliação do serviço
para o Fundamental II (6º ao 9º ano)”,
completa Ingrid.
Em 2013 será oferecido o Período
Ampliado também para o Ensino
Fundamental II (6º ao 9º ano), mas com
características diferentes, pois serão
oferecidas seis aulas de Inglês durante
a semana.
O que é oIdeb?
!O Índice de Desenvolvimento da
Educação Básica (Ideb) foi criado em 2007 para medir a qualidade de cada escola e de cada rede de ensino. O indicador é calculado com base no desempenho do estudante em avaliações do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) e em taxas de aprovação. Assim, para que o Ideb de uma escola ou rede cresça é preciso que o aluno aprenda, não repita o ano e frequente a sala de aula.
O Ideb é apresentado em uma escala de zero a dez. O índice é medido a cada dois anos e o objetivo é que o país, a partir do alcance das metas municipais e estaduais, tenha nota 6 em 2022 – correspondente à qualidade do ensino em países desenvolvidos.
O Ideb é calculado a partir de dois componentes: taxa de rendimento escolar (aprovação) e médias de desempenho nos exames padronizados aplicados pelo Inep. Os índices de aprovação são obtidos a partir do Censo Escolar, realizado anualmente pelo Inep. As médias de desempenho utilizadas são as da Prova Brasil (para Idebs de escolas e municípios).
www.acicri.com.br | 21
Grupo pela educação da ACIC inicia ações
EDUCACAO,
,
22 | Liderança Empresarial
Se o desempenho dos nossos
estudantes pode ser melhorado, por
meio de uma educação também de
qualidade melhor, a ACIC quer contribuir
para que isto aconteça. A ideia está
sendo desenvolvida pelo grupo de
educação, formado por representantes
das Secretarias Municipais de Educação
e do Estado, Unesc, SATC e da própria
ACIC, através do coordenador deste
grupo, Iraíde Piovesan.
O grupo tem se reunido regularmente,
com o objetivo de discutir propostas e
construir um documento de melhoria na
qualidade da educação no município.
“A proposta é discutir quais as melhores
propostas para a educação no nosso
município. O que há de melhor para
mudarmos a educação. Vamos
traçar o perfil de saída dos alunos do
ensino básico, buscando desenvolver
habilidades para traçar este perfil do
aluno em nossa cidade, apontar as
falhas e promover melhorias.”, observa
a assessora pedagógica da Satc,
Mafalda Rosso Izidoro. Para Mafalda,
a preocupação da ACIC com o tema
e o envolvimento da entidade é muito
importante, pois significa que as empresas
estão se preocupando com a qualidade
do aluno. “Eles também querem bons
profissionais para ocuparem as vagas
ofertadas no mercado de trabalho”.
Mas como focar no aluno, sem focar
na família? Este questionamento também
está sendo feito no grupo, que já tem
como meta a inclusão desta no processo.
Para o vice-presidente da ACIC, Iraíde
Piovesan, o objetivo é ter uma escola
que forme com qualidade e para isso
é preciso um norte. O documento
trabalhado pelas entidades se propõe a
isso, a discutir o que deve ser melhorado
e fazer esta proposta de forma clara e que
seja norteador do ensino em Criciúma,
aplicado ao ensino público e privado.
Santa Catarina
ganha Fórum de Educação
A discussão de políticas educacionais e o acompanhamento dos projetos no legislativo de Santa Catarina é o objetivo de atuação do Fórum Estadual de Educação, instalado em novembro no estado.
A solenidade de abertura do Fórum aconteceu em Florianópolis, e contou com a posse de representantes de 34 entidades públicas, privadas, órgãos governamentais e não governamentais. No evento também foi realizada a 1ª Reunião Ordinária para elaboração do Regimento Interno, do calendário de ações e escolha da comissão de Mobilização e Sistematização da Conferência Nacional de Educação (CONAE) 2013/2014.
A instalação do Fórum ocorre pela Secretaria Estadual da Educação e a coordenação irá ficar sob a responsabilidade da secretária adjunta, Elza Moretto. A instância também ficará responsável pela coordenação da Conferência Estadual de Educação. O Fórum será permanente e contará com duas reuniões ordinárias por ano.
Um país, um estado, uma região não
pode ser melhor, mais rica e mais bem
preparada do que as pessoas que a
compõem.
As escolas catarinenses evoluíram
no Ideb - Ìndice de Desenvolvimento
da Educação Básica, divulgado a cada
dois anos e criado em 2007 para medir
a qualidade das escolas e das redes de
ensino em todo o país.
O Índice é calculado com a combinação
de dois conceitos educacionais
importantes: o fluxo escolar (a taxa de
aprovação, reprovação e abandono) e o
desempenho de estudantes em avaliações
que medem o conhecimento em português
e matemática, considerados base para as
demais disciplinas do currículo escolar.
São avaliados por amostragem, alunos
da 4ª série (5º ano) e 8ª série (9º ano) do
ensino fundamental e do 3º ano do ensino
médio, em matemática e português, de
escolas públicas e particulares em uma
escala que vai de zero a 10.
A meta do Plano de Desenvolvimento
da Educação é que o Ideb do Brasil seja
6 em 2022. Esta média é um padrão
definido como aceitável para os membros
da Organização para Cooperação e
Desenvolvimento Econômico, o clube das
34 nações mais desenvolvidas.
Com os resultados, o governo determina
metas para a educação e planeja a
distribuição de recursos. Diretores e
professores ficam sabendo como está o
trabalho e podem promover mudanças.
Eles têm como ver o resultado da turma e
analisar em que nível de aprendizado os
estudantes se encaixam. Para cada nível, o
MEC sugere o assunto que o aluno deveria
dominar.
Os pais devem acompanhar o Ideb pela
internet. Podem olhar se o desempenho
da escola do filho melhorou, estagnou ou
piorou. Se o índice está baixo, é preciso
questionar quais são as medidas que
a escola está tomando. Santa Catarina
melhorou a qualidade da educação básica
entre 2009 e 2011, sendo o Estado com
Ideb mais alto nos anos finais do ensino
fundamental e no ensino médio. Também
indicam uma melhora na média nacional,
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IDEB
EDUCACAO,
,
www.acicri.com.br | 23
Escolas particulares atingiram objetivos e mantêm médias que colocam Santa Catarina
na 2ª colocação em todo o país.
Aluno do Ensino Médio na Escola Pública sabe menos que o do fundamental na Particular.
Entre as escolas com melhor avaliação no Ìndice, tanto nos anos iniciais (1º e 4º ano)
quanto nos anos finais (5º e 9º anos), a maior parte delas pertence à rede municipal.
No Estado, uma em cada três Instituições administradas por suas respectivas Prefeituras
já alcançaram a meta do IDEB para 2022, que é 6.
principalmente nos anos iniciais, de 1º ao
5º ano, do fundamental.
Apesar do avanço, não é um resultado a
ser comemorado tendo em vista que nota
6 (traçado para o Brasil alcançar até 2022 -
é um objetivo de país em desenvolvimento
e não de países desenvolvidos).
Marli Maria de AguiarVice-Presidente da ACICpara os Assuntos da Educação
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continua
EDUCACAO,
,Chegamos à conclusão: região Sul
tem um grande desafio pela frente
pois está bem abaixo da média de SC
tanto nos primeiros anos do Ensino
Fundamental (quase a metade) quanto
nos anos finais (também quase a
metade).
Chama a atenção o fato de que
as melhores escolas públicas de 1º
a 4º ano de Santa Catarina estejam
localizadas em Joinville e Jaraguá
do Sul, cidades que se destacam
em desenvolvimento econômico, e
daí a analogia: desenvolvimento está
atrelado à educação!
Nas Páginas Amarelas da Revista
“Veja” de 22/08, o educador João
Batista Araújo e Oliveira, presidente
do Instituto ALFA e BETO, ONG
dedicada à educação, em se tratando
do nível nacional houve melhora bem
pequena nos anos iniciais da escola e
pouquíssima variação nas séries finais
e no Ensino Médio. Foram investidos
muito e o retorno não foi proporcional,
o que levou à conclusão de que: ou os
projetos não foram bem executados ou
são desnecessários.
Ainda segundo ele, é preciso focar o
DNA da escola e deixar de lado o que
é periférico. Os pedagogos precisam
aprender a ser GESTORES.
Com relação ao Ensino Médio, diz:
“o grosso do currículo escolar tem
de ser voltado para a massa, para
pessoas que vão enfrentar o mercado
de trabalho. Nos Estados Unidos, 50%
das pessoas que estão no mercado de
trabalho tem apenas o ensino médio (é
um nível de qualificação que permite a
eficiência da economia)”.
“O investimento em educação
pode mudar de 5% para 10% do PIB
mas temos que mudar a questão da
GESTÃO. Desde 1995, o salário do
professor quintiplicou no Brasil, mas
não houve avanço no desempenho do
ensino. A educação é mais complexa.
10% é descabida do ponto de vista da
macroeconomia. Se muda Educação a
partir de Instituições e não através de
metas”.
Algumas sugestões do educador
1Instalação de placas nas escolas públicas contendo os índices do Ideb do Estado,
Munícipio e daquela Escola
2Sugerir a criação de um Ideb para o Corpo Docente do Estado, Munícipio
e daquela Escola.Divulgando esses índices para os pais
dos alunos, cria-se desta maneira, consciência e cobrança direta da
Sociedade nas Instituições de Ensino.
3Municipalização do
Ensino FundamentalO objetivo é criar
consciência sobre a responsabilidade de alcançar melhor
desempenho com ações cobradas entre pais,
alunos, professores e Poder Público, fazendo
com que a Sociedade cobre uma gestão melhor das Instituições de Ensino.
Levando em consideração o que a História têm
mostrado no que se refere à Educação e à EDUCAÇÃO
EFICIENTE (aquelas com os melhores índices em Santa Catarina), sendo a maioria
Municipal onde há um papel ativo dos gestores da rede
de ensino e haver sucessivos compromissos das gestões
com uma educação de qualidade, o papel ativo dos
PAIS e da COMUNIDADE, um substantivo investimento orçamentário na orientação
pedagógica e formação continuada dos profissionais
da educação, a ACIC elencou para o pleito de 2012 com relação à EDUCAÇÃO:
Implantar políticas para atrair pessoas de bom nível ao magistério;
Gestão Eficaz;
Proposta Política Pedagógica consistente - deve detalhar o que os alunos devem aprender em cada série;
Sistema de Avaliação que possa medir a evolução do aprendizado - Para isso é necessário ter um programa de ensino;
Sistema de Premiação e Punição.
uma rede mais forte com a força de Criciúma
Consulta de Crédito:
26 | Liderança Empresarial
Criada em 2010 a partir da união de
entidades representativas do varejo de São
Paulo, Paraná e Rio de Janeiro, a Boa Vista
Serviços, que administra o SCPC, tem como
missão ouvir o mercado e disponibilizar
dados, informações e serviços que
aperfeiçoem os resultados das decisões dos
clientes. E jamais seria possível seguir adiante
com esta missão sem estabelecer forte
parceria com as entidades representativas
das lideranças empresariais das principais
regiões de Santa Catarina, como é o caso da
ACIC - Associação Empresarial de Criciúma.
Na condição de administradora do SCPC,
a Boa Vista conta com um banco de dados
com mais de 350 milhões de informações
comerciais sobre consumidores e 42
milhões de registros de transações entre
empresas, a serviço de 1,2 milhão de
clientes diretos e indiretos em todos os
segmentos da economia. Deste modo, tem
profundo conhecimento sobre o consumidor
brasileiro e detém a melhor base de dados
sobre consumidores e empresas no país.
Esta riqueza de informações armazenadas
pela Boa Vista gera poderosas ferramentas
que auxiliam o processo de tomada de
decisão, atendendo empresas de todos os
segmentos da economia.
Apesar do recente início de suas
operações, podemos destacar alguns
resultados já obtidos: com uma média de
7 milhões de consultas por dia, a Boa Vista
tem, atualmente, cerca de 40% do mercado
de informações para o crédito, atendendo
a 1,2 milhões de clientes diretos e indiretos,
conforme mostra a figura abaixo.
A riqueza de informações do banco de
dados permite à Boa Vista Serviços oferecer
soluções inteligentes para auxiliar o processo
de tomada de decisões de negócios de seus
mais de 30 mil clientes diretos em todos os
segmentos da economia.
Num momento em o Cadastro Positivo
surge como uma grande oportunidade,
tanto de aprimoramento do sistema
quanto de melhor desenvolvimento do
mercado, a Boa Vista Serviços mantém
o Portal Consumidor Positivo (http://www.
boavistaservicos.com.br/consumidor-
positivo/) que consiste em um conjunto
de iniciativas voltadas ao consumidor para
auxiliar na regularização de conjunto de
iniciativas voltadas ao consumidor, para
auxiliar na regularização dependências
financeiras e orientações no sentido de
controlar o orçamento doméstico, visando
atingir, principalmente, as novas camadas
sociais que se formam no país. O propósito
é contribuir na formação de um “consumidor
positivo”, que é receptivo à educação
financeira e consciente da necessidade de
se planejar para realizar seus sonhos.
Tudo isto é resultado de investimentos
constantes com inovação e tecnologia para
o desenvolvimento de produtos e serviços
voltados para criação de valor. Mas para a
Boa Vista, a inovação e a tecnologia não são
mais importantes do que o desenvolvimento
de parceria, até porque acreditamos que
“nós” (juntos) somos muito mais inteligentes
juntos do que individualmente. É neste ponto
que se insere a Rede Verde Amarela, uma
plataforma inovadora de compartilhamento,
serviços e interatividade na qual as
informações comerciais de pessoas físicas
coletadas pelas entidades são sustentadas
pela base de dados da Boa Vista Serviços
gerando o mais completo e inteligente banco
de informações de crédito do país.
A ACIC disponibiliza a consulta de crédito no sitewww.acicri.com.br ou pelo telefone (48) 3461-0900, com Henrique.
Marco histórico no mercado e no
relacionamento da Boa Vista Serviços com
seus parceiros, a Rede Verde-Amarela
constitui uma base de dados consistente
e representativa daquilo que é demandado
pelo mercado de crédito. Foi lançada com
a participação inicial de mais de 2200
associações comerciais, clubes de diretores
lojistas, sindicatos varejistas e outras
entidades, proporcionando uma capilaridade
que abrange praticamente 100% dos
municípios brasileiros e assegura a cobertura
onde o conjunto das atividades econômicas
corresponde a cerca de 100% do Produto
Interno Bruto nacional, mas o potencial de
desenvolvimento da Rede Verde Amarela
é enorme e a parceria com a ACIC é uma
demonstração disso.
Cobertura dasatividadeseconômicas
350 milhõesde informações
comerciais
42 milhões de registros de
transações entre empresas
1,2 milhãode clientes
40% do mercado de informações para o crédito
Fazer legenga aqui, fazer legenda aqui, fazer legenda aqui
Prateleiras �����������������6���������������*����-���#��São José
^��Liderança Empresarial
Manter a igualdade do preço apresentado
nas prateleiras do supermercado com o
preço registrado no caixa tornou-se um
dos grandes desafios do varejo, diante
do volume de promoções ofertadas ao
consumidor. E para encarar esse cenário no
mercado catarinense, as etiquetas digitais
estão conquistando cada vez mais espaço.
Também conhecida como etiqueta eletrônica
de gôndola ou prateleira, ela transformou-se
em uma aliada de empresas que apostam
na tecnologia e na praticidade para fidelizar
os clientes e encarar a competitividade com
inovação.
A tecnologia das etiquetas digitais
representa vantagens para o varejista e para
o consumidor. Para quem estiver diante da
prateleira, ela identifica diversas informações
relacionadas ao produto como o preço
total, preço por unidade de medida (por
quilo ou litro, por exemplo) e a indicação
de promoções. Além disso, garante melhor
visualização dos preços de cada item,
devido à forte fixação no trilho, o que impede
a movimentação e retirada do lugar como
ocorre com a etiqueta de papel.
Para o varejista também são diversas
vantagens. Em Santa Catarina, a rede
Bistek Supermercados inaugurou a primeira
loja do estado totalmente com sistema
de etiquetas digitais. Ou seja, no intuito
de inovar e agregar valor ao segmento
supermercadista, o Bistek instalou cerca de
15 mil etiquetas eletrônicas em 100% dos
produtos precificados na loja inaugurada
no Continente Park Shopping, na região
metropolitana de Florianópolis.
Na loja Bistek, esse sistema representa
organização e modernidade para clientes,
intensificando a fidelização. Para além,
agilidade na manutenção do layout de
exposição dos produtos nas gôndolas e
segurança na precificação dos produtos.
A principal diferença para as etiquetas de
papel reside no fato de serem atualizados
todos os preços automaticamente,
diferentemente do processo de impressão
e troca manual dos valores das etiquetas
de papel.
De acordo com a diretora de TI do
Bistek, Tatiana Mendonça, a tecnologia
permite uma gestão mais qualificada dos
processos. “Como temos uma dinâmica
grande de ofertas diárias, as etiquetas
eletrônicas vêm justamente para agilizar
e prover segurança ao processo de
precificação, pois a carga de preços é feita
simultaneamente para os PDVs (caixas) e
para as etiquetas eletrônicas”, destaca.
Além da agilidade, eficiência e
segurança, as etiquetas digitais colaboram
para a sustentabilidade. Assim, deixa-se
de utilizar um grande número de etiquetas
de papel, que diariamente são impressas
em função das inúmeras promoções de
preços no supermercado.
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Bistek Supermercados inaugura a primeira
loja de Santa Catarina com 100% dos
produtos com a tecnologia, que apresenta
vantagens aos varejistas e aos consumidores
Bistek amplia rede com a 14ª loja
www.acicri.com.br | 29
A etiqueta eletrônica do Bistek
utiliza a tecnologia da empresa sueca
PRICER, líder mundial no segmento de
etiquetas eletrônicas de prateleira e que
no Brasil á representada pela empresa
SEAL. Trata-se de uma metodologia bi-
direcional, em que cargas enviadas por
transcievers instalados no teto da loja
permitem a emissão de infravermelho
de alta frequência (IRDA) às etiquetas
eletrônicas das prateleiras. A etiqueta
“responde” ao sistema confirmando o
recebimento da informação. Como cada
etiqueta está associada a um produto e
é identificada por um número único, o
sistema reconhece em poucos minutos
quantas e quais etiquetas não receberam
a carga.
Segundo Tatiana, as etiquetas
eletrônicas possuem 31 páginas de
acesso para apresentar informações
gerenciais do produto, que podem
ser utilizadas para melhorar os
processos da loja. “E por meio do
Painel de Gerenciamento do Sistema,
o administrador consegue visualizar
qualquer situação de erro, gerenciar as
situações de problema e rapidamente
intervir para solucioná-las”, explica.
O software relaciona todas as
etiquetas que não receberam a carga
de preço por qualquer motivo, quais
etiquetas apresentam bateria com menos
de três meses de vida útil e se alguma
antena transmissora está com defeito.
Neste caso, o responsável pelo setor
vai imediatamente até o local onde a
etiqueta deveria estar, identificando qual
a situação ocorreu e, imediatamente,
tomando a ação corretiva.
Uma tela de cristal líquido
Outras informaçõesPreço principal
Atenção: Promoção
Rádio transmissorpara dar feedback
Rádioreceptor
Códigode barras
Código do itemFonte: seal.com.br
Descriçãodo produto
Etiquetade papel
Unidade
Como um dos principais
faturamentos do setor em Santa
Catarina, a rede Bistek inaugurou
sua 14ª loja no final de setembro. O
empreendimento faz parte do quadro
de lojas âncoras do maior shopping do
estado, o Continente Park Shopping,
localizado na marginal da BR 101 e
esquina com a SC 407, em São José
– região metropolitana de Florianópolis.
Para o diretor comercial do Bistek,
Walter Ghislandi, a loja apresenta
conceito inovador para o segmento.
“Trata-se de uma loja premium com
localização privilegiada e layout
diferenciado. Quem ganha é o
cliente que continua a adquirir nossos
produtos com os melhores preços em
um ambiente diferenciado e de extrema
sofisticação”, comemora.
O Bistek Continente Park Shopping
abrange 4.219 m² de área total, 1.650
m² de área de venda e exposição
e disposição de 14 checkouts que
privilegiam os caixas rápidos. Estão
sendo gerados 180 empregos diretos
e a 14ª loja conta com estacionamento
próprio e esteiras exclusivas de acesso.
O cliente também garante o acesso a
partir das 8h30, horário diferenciado ao
do Shopping, este aberto ao público a
partir das 10h.
Pesquisa aponta redução de oferta de vagas���%���%��������Criciúma
`4�Liderança Empresarial
Dois anos após a primeira pesquisa de
demanda de mão-de-obra realizada na
região, a ACIC finalizou a segunda estimativa
e os números apontam uma redução
das vagas em aberto. O levantamento foi
elaborado sob a coordenação do vice-
presidente da ACIC, Iraíde Piovesan, e pelo
engenheiro Jefferson Morona, da SATC. Os
dados levantados permitem um comparativo
com a primeira pesquisa, realizada em
2010, e apontam queda na demanda por
profissionais, totalizando 1.586 vagas. Em
2010, o levantamento apontou que faltavam
cerca de quatro mil profissionais para os
setores pesquisados. Com base nesta
pesquisa de 2010 foram realizadas cerca
de 10 mil qualificações de profissionais em
nove setores. Em 2012 foram 12 segmentos
pesquisados, incluindo Vestuário,
Gráfico, Plástico, Químico, Madeireiro,
Cerâmico, Bares, Hotéis e Restaurantes,
Metal Mecânico, Saúde, Tecnologia da
Informação, Mineração e Construção civil.
Este trabalho faz parte do planejamento
estratégico da ACIC, permitindo que se
tenha um diagnóstico das demandas
por formação de pessoas. Neste novo
estudo foram incluídas empresas de
Saúde, Tecnologia e Mineração. Os dados
Planejamento�����������
Levantamento foi feito
pela ACIC e SATC
começaram a ser levantados em junho
e finalizados na metade de outubro.
A partir desta carência é possível
diagnosticar um quadro completo
das demandas e o passo seguinte
é a qualificação de pessoas. Na
pesquisa de 2010, diversas entidades
desenvolveram cursos com foco na
formação de profissionais. “Abadeus,
Bairro da Juventude, Colégio
Maximiliano Gaizinski, Esucri, IFSC,
SATC, Senai, Senac e Unesc foram os
parceiros para a qualificação destas
10 mil pessoas”, observa Jefferson
Morona. Foram realizados cursos de
capacitação e formação continuada,
com foco na área produtiva e
operacional, pois a pesquisa apontou
uma menor demanda por cargos de
formação superior. “São cursos com
média de 20 a 40 horas, que permitem
à pessoa iniciar uma atividade e depois
ir se qualificando e aperfeiçoando, seja
no nível técnico ou superior”, observa
Morona.
Além da qualificação realizada,
que diminuiu a demanda, também
aponta-se a crise mundial como um
aspecto a ser considerado. Para
Piovesan, a crise impactou na oferta
de vagas e a pesquisa constatou isso.
“Ainda que haja menos demanda por
profissionais, nosso objetivo
agora é trabalhar para
atender a estes setores que ainda
precisam de pessoas qualificadas”,
observa.
O levantamento dos dados foi
realizado por meio de formulários,
enviados para sindicatos patronais
com questões sobre as carências
dos setores. Nestes questionários,
as empresas responderam aspectos
sobre a necessidade futura e de
capacitação destes profissionais, sobre
a intenção de capacitar os já existentes
em sua empresa, sobre quais as
demandas futuras por profissionais
especializados e o que as empresas
estão fazendo para reter colaboradores.
Num dos setores onde há mais falta
de pessoas refere-se a confecção do
vestuário, em que a grande lacuna
ainda é de costureiras. Já o setor de
saúde possui uma necessidade de
técnicos de enfermagem. E no setor
de tecnologia, os programadores e
profissionais para suporte técnico
lideram o rol de necessidade.
Os dados da pesquisa ficam à
disposição das empresas e entidades
formadoras de mão-
de-obra para a
montagem dos
cursos.
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Ninguém melhor do que a família para ter
a exata noção da importância da segurança
no ambiente de trabalho. Em uma área como
a mineração, onde a redução de acidentes
é uma meta diária a ser conquistada, esta
aproximação com a família é mais uma
forma de trabalhar essa realidade. Um
projeto pioneiro está sendo implantado na
Carbonífera Metropolitana, trazendo esposas
e filhos para conhecer a realidade da
empresa e do processo de produção.
O projeto “Nossas parceiras na
segurança” consiste em convidar as
esposas dos colaboradores a conhecerem
a empresa e onde os colaboradores, e
também maridos e namorados. Eles falam
sobre a atividade realizada no dia-a-dia,
incluindo áreas de produção, manutenção
e segurança no trabalho. Para muitas foi o
primeiro contato sobre como é a rotina de
trabalho na empresa, desde a entrada no
turno, o deslocamento até o interior da mina,
a frente de trabalho e os equipamentos
usados na extração e transporte do carvão.
As medidas e ações de segurança foram
destacadas. Além de mostrar esta rotina, o
projeto ressalta a importância do ambiente
familiar como base para uma jornada de
trabalho focada no comportamento seguro.
A mensagem de segurança também é
colocada em prática entre os colaboradores,
onde compartilha-se o lema “cuidar de mim,
cuidar do meu colega e deixar ser cuidado
no trabalho”. A ação pioneira no setor de
mineração foi destacada pelo assessor
técnico do Siecesc, Cléber Gomes. “A
segurança é uma questão cultural e a
Metropolitana está inovando ao trazer a
família para dentro da empresa, pois se
a pessoa está bem, o bom trabalho será
consequencia”, avaliou Gomes.
Entre as esposas o clima foi de satisfação
em compartilhar a realidade de trabalho
dos companheiros. Silvana Pandini Filastro
conta que o marido trabalha há oito anos
na Metropolitana, mas não conhecia o local.
Para ela a visita foi bastante válida. Ao final
do encontro Silvana e as demais mulheres
participantes do encontro receberam o
capacete rosa com os dizeres “Nossa
parceira na segurança”.
O projeto já teve três edições em 2012.
Ao final, todas as “parceiras na segurança”,
receberam um capacete rosa. Para o diretor
Cláudio Ivan Faraco Wasniewski, o item é
uma lembrança para que todos os dias as
esposas lembrem de que a segurança está
em primeiro lugar. “Nada melhor, do que as
esposas para nos auxiliarem nesta ação. Elas
vão levar o capacete, colocar algum lugar em
casa que as façam lembrar que os riscos
estão em todos os lados, nos ajudando a
exercer a segurança”, complementa.
Açãoaproxima famílias à empresa���%���%��������Treviso
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ACIC recebe recursospara Centro Empresarial
34 | Liderança Empresarial
O Governador em exercício, Eduardo
Pinho Moreira oficializou em novembro
a liberação de 1 milhão de reais à ACIC,
com recursos do Funturismo, que serão
utilizados na construção do auditório
modular do Centro Empresarial de
Criciúma, sede da entidade.
O presidente da ACIC, Olvacir Bez
Fontana, destacou que a ampliação vai
permitir que a Associação disponibilize
ainda mais sua estrutura para as empresas
e a comunidade promoverem seus
eventos comerciais, de qualificação,
entre outros. Mensalmente, mais de 300
eventos são realizados nos 11 auditórios
da ACIC. Com a ampliação a entidade
vai receber mais 3.000 metros quadrados
de área construída, incluindo um bloco
de três andares para entidades parceiras
e um auditório modular com capacidade
para 540 lugares. O governo do Estado
já foi parceiro na construção do Centro
Empresarial, com liberação de 800 mil
reais, também oriundos do Funturismo. A
nova sede da ACIC foi inaugurada em 2009
e deu início a uma nova era da entidade,
em uma área de 4.500 metros quadrados.
O projeto arquitetônico é do escritório
NDA Arquitetura e as obras estão sendo
executadas pela Engenharia Castanhel. O
término da ampliação do Centro Empresarial
está previsto para final de 2013.
No intuito de apresentar a evolução das obras de ampliação do Centro Empresarial aos associados e a toda comunidade, a ACIC disponibiliza um link em seu site com informações referentes às etapas de
construção, desde o seu início.Acompanhe em www.acicri.com.br
www.acicri.com.br | 35
IVAÍ e Setepvencem licitaçãopara Via Rápida
As empresas Ivaí e Setep foram
anunciadas como as vencedoras da
licitação para construção da Via Rápida,
que vai ligar Criciúma e Içara à BR 101. A
IVAÍ ficará responsável pelo Lote 1, orçado
em R$ 77,1 milhões e a SETEP pelo Lote 2,
orçados em R$ 15,7 milhões. O anúncio foi
feito pelo presidente do Deinfra, Paulo Meller,
em novembro na ACIC. O evento contou
ainda com a presença do Governador em
exercício, Eduardo Pinho Moreira.
O processo de assinatura de contrato
para liberação dos recursos do BID, onde
está incluída a Via Rápida, acontecerá até
o final de dezembro. O prazo previsto para
construção é de 36 meses.
Para Fontana, este é mais um momento
importante deste processo, iniciado
ainda na sua gestão como Secretário de
Planejamento do estado de SC.
O prefeito Clésio Salvaro destacou
mais esta etapa cumprida e definiu a obra
como histórica para o Sul catarinense. Já o
governador Eduardo Moreira salientou que
o processo atual é fruto de um projeto de
longo prazo iniciado em 2006 e que teve a
participação e a continuidade ao longo dos
últimos governos.
36 | Liderança Empresarial
Notícias valorizam o Sul de Santa Catarina
Neste ano, a comissão julgadora foi
constituída por profissionais com notada
experiência nas áreas de jornal impresso,
rádio, televisão, web jornalismo e fotografia.
Representantes que avaliaram também
as categorias Trabalho Acadêmico e a
especial A Força da Indústria. A solenidade
de premiação aconteceu em setembro,
em Criciúma, com ampla presença
de autoridades políticas, lideranças
empresariais e imprensa. Cerca de 14 mil
reais foram entregues em premiações, que
além das sete categorias reconheceu a
primeira colocação geral entre os finalistas.
Para o presidente da ACIC, Olvacir Bez
Fontana, a intenção é transformar as pautas
de notícias ruins e fomentar as notícias
positivas, por meio de uma iniciativa que a
cada ano comprova sua relevância. “Este
evento, que já chega aos seus doze anos,
tem esse propósito, e nossa conclusão
é de que a cada ano e a cada edição,
conseguimos atingir todos os objetivos.
Acrescento que para este ano preparamos
uma categoria especial, A Força da
Indústria, tratando-se do carro chefe da
nossa economia. E ninguém melhor que a
mídia para mostrar essa importância”.
A categoria Jornal Impresso recebeu
35 inscrições, Fotografia foram 21
trabalhos e 11 em Rádio. Já a categoria
Televisão contabilizou 13 reportagens
inscritas, sete em Web Jornalismo e dez
em Trabalho Acadêmico. Com foco nos
setores industriais da região, a categoria
especial A Força da Indústria avaliou cinco
reportagens. Para a categorial especial de
2013, os profissionais da comunicação
deverão inscrever reportagens sobre o tema
Educação.
O Prêmio ACIC de Jornalismo é uma
iniciativa da Associação Empresarial de
Criciúma – ACIC, entidade que busca
promover o desenvolvimento do município
e toda sua região. A partir de pautas
de trabalho e ações pontuais, agrega e
defende o setor empresarial da indústria,
do comércio e de serviços, mantendo
posição de liderança e em sintonia com o
dia-a-dia da comunidade. O 12º Prêmio
ACIC de Jornalismo contou com o apoio
da Associação Criciumense de Transporte
Urbano - ACTU, Sicredi, SATC, Siecesc e LJ
Download Informática.
O desafio estava lançado:
apresentar o potencial do Sul de
Santa Catarina e a importância
de sua população por meio de
notícias positivas publicadas na
imprensa. Com 102 trabalhos
inscritos, os profissionais da
comunicação acataram à
proposta da 12ª edição do Prêmio
ACIC de Jornalismo e tornaram
o evento uma das principais
referências de reconhecimento à
profissão no Sul do estado.
www.acicri.com.br | 37
Categoria Especial Indústria – Claudemir Schmitz (A Tribuna) – com
a reportagem “Indústria mais forte, cidade mais rica” que abordou
a principal fonte de arrecadação do município, o setor secundário,
gerando mais de 18 mil postos de trabalho.
Categoria Televisão - Fabíola Oliveira, Caroline Bortot, Felipe Bressan
e Elder Machado (Tv Litoral Sul) – com a reportagem “Corrente de
solidariedade: 11 anos de campanha do agasalho.
2º - Eliane Gonçalves – Biodiesel, um combustível ecologicamente
correto.
3º - Fábio Cadorin – Água limpa, peixe vivo. Projeto de responsabilidade
ambiental na impressão gráfica.
Categoria Rádio - Denis Luciano (Rádio Eldorado) – com a
reportagem “Difa 50 anos: a guria deixou saudades”.
2º - Filhos do picadeiro – Maria do Carmo Garcia e
Fernando Machado (Rádio Eldorado).
3º - Mãos femininas que construíram a capital do carvão
– Denis Luciano (Rádio Eldorado).
Categoria Jornal Impresso – Alexandre Lenzi (Diário
Catarinense) – com a reportagem “Polo catarinense: os
donos do mercado”.
2º - A tecnologia chega ao meio rural – Samira Pereira
(Jornal da Manhã).
3º - Atrás da bola e dos sonhos: Projeto tigrinhos da
oportunidade para que crianças transformem em craques
também na vida – João Lucas Cardoso Guidi (A Tribuna).
Categoria Trabalho Acadêmico – Douglas Saviato
Medeiros (Faculdade Satc) – com a reportagem “Bairro
Próspera desponta como Eldorado criciumense”.
Categoria Web Jornalismo – Karina Farias (Portal Satc)
– com a reportagem “Com mais de 60 e feliz”.
������������������ – Lucas André Colombo (Jornal
da Manhã) – com a fotografia “Escola Integral”.
2º - A tecnologia chega ao meio rural – Ulisses Job Lima
(Jornal da Manhã).
3º - Uma esperança no céu – Nícola Martins (Portal
Engeplus).
1º Lugar Geral – Alexandre Lenzi (Diário Catarinense)
– com a reportagem “Polo catarinense: os donos do
mercado”. Que abordou o desenvolvimento das três
maiores redes supermercadistas de Santa Catarina.
Os premiados
Amilton João Zanette:um empresário vencedor
HOMENAGEM ACIC
Faleceu no dia 1º de novembro
o diretor presidente da Transportes
Ouro Negro, Amilton João Zanette,
conhecido como Gago. O
empresário tinha 59 anos e lutava
há quatro anos contra o câncer. O
presidente da ACIC, Olvacir Bez
Fontana, lamentou o falecimento
e salientou o perfil empreendedor
de Zanette. “Foi um empresário
vencedor, um empreendedor que
nos deixa um legado de sucesso e de
envolvimento com a comunidade”.
O vice presidente regional da
FIESC, Diomício Vidal, destaca a
visão empreendedora de Zanette,
que viu a oportunidade de crescer
no mercado de cargas fracionadas,
investindo na área. “Diante desta sua
personalidade e de tudo o que ainda
tinha por contribuir, só temos a lamentar
a perda deste empresário que nos deixa
um legado de vitórias e participação na
comunidade”.
Além de um empresário vencedor,
Amilton Zanette era ligado ao
associativismo e à comunidade,
atuando em várias entidades onde
compartilhou sua experiência como
empresário. De 2008 a 2011 participou
da diretoria da ACIC – Associação
Empresarial de Criciúma, integrando as
gestões de Santos Longaretti e Olvacir
Bez Fontana. Ainda junto à comunidade
participava do movimento de Irmãos,
integrou a diretoria da Transporcred,
foi conselheiro e diretor da Sociedade
Recreativa Mampituba, conselheiro do
Criciúma Esporte Clube e conselheiro
fiscal do SICOB. Parceiro de entidades
sociais, Zanette sempre disponibilizou
gratuitamente a frota da Ouro Negro
para transporte de material esportivo do
Criciúma Esporte Clube, lixo eletrônico
da Famcri e doações de produtos para
bazares das APAES.
Natural de Criciúma, era casado
com Cintia Zanette, com quem teve três
filhas, Priscila, Carolina e Maria Luiza.
A trajetória vitoriosa iniciou na
década de 1980, quando atuava
no ramo de confecção e percebeu
as oportunidades no setor de
transportes. Após 13 anos na Rosatex,
decidiu deixar seu único emprego
com carteira assinada e iniciar o
próprio negócio. Em 1983, fundou a
Transportes Rápido Ouro Preto. Após
o fim desta sociedade, no ano de
2001, deu início à Transportes Ouro
Negro. A empresa iniciou com uma
frota de apenas 18 caminhões e aos
poucos foi conquistando os clientes
catarinenses, mantendo um modelo de
gestão focado sempre no investimento
no negócio. Com isso ganhou a
confiança de clientes em todo o
Brasil, destacando-se no transporte
de cargas fracionadas. Zanette dizia
que a estratégia sempre deu retorno e
que via este resultado todos os dias.
Considerava que uma regra para o
sucesso era investir nas pessoas e na
qualificação, com eficiência, qualidade,
agilidade e segurança. Aplicando
este modelo de gestão transformou
a Ouro Negro em uma das maiores
transportadoras do Estado, com cerca
de 300 colaboradores, 19 filiais e 150
caminhões.
Trajetória de sucesso
Tecnologia para um ambiente requintado
Paula Darós Darolt | Criciúma
40 | Liderança Empresarial
Decorar um ambiente nem sempre
sai tão barato ou dentro do orçamento
planejado, o desejo de incluir um papel de
parede normalmente encarece os gastos
de uma reforma. Recentemente lançado no
mercado em Criciúma, a Ewig Design veio
com tecnologia e inovação para conquistar
as lojas de decoração e agradar o bolso
do consumidor, que deseja um ambiente
requintado e com custo acessível.
Um dos itens mais importantes na
finalização de uma construção, reforma
ou decoração de uma residência é sem
dúvidas a cor da parede. Combinar tons,
usar uma parede com uma cor mais
vibrante já foram moda, porém, um velho
produto durou décadas nos catálogos
de decoração: o papel de parede. No
Brasil ainda não é tão cultural quanto nos
Estados Unidos ou na Europa, onde é
muito comum substituir a pintura interna de
uma residência por papel de parede.
Acompanhando as tendências para
decoração, o proprietário da marca, José
Reginaldo Pickler Corrêa, pesquisou
produtos já existentes no mercado e não
encontrou em Criciúma novidades para
papel de parede. “Várias lojas vendem
papel de parede, mas ninguém oferece a
tecnologia e as opções que nós temos.
Criamos a Ewig Design pensando no cliente,
que muitas vezes que colocar na parede de
sua casa algo que ele mesmo criou”, explica.
Isso porque a Ewig Design trabalha com
a impressão no papel de parede. O cliente
pode escolher no catalogo da marca um
modelo ou então reproduzir algo que ele
já tenha escolhido previamente. Segundo
Reginaldo, é comum os clientes pedirem
algo parecido com qualquer amostra. “Aqui
nós podemos reproduzir, o cliente traz uma
referencia, um desenho e nós trabalhamos
em cima. Nosso cliente pode personalizar a
parede de sua casa com a sua cara”, afirma.
Outro grande diferencial da Ewig Design
está na metragem do produto. A grande
dificuldade na hora de preencher uma
parede com o papel desejado está no
tamanho, pois, as demais marcas vendem
o papel de parede em um rolo fechado,
aproximadamente 5mt² enquanto com a
Ewig Design você pode comprar apenas o
tamanho necessário para sua parede. “As
vezes o cliente tem uma parede com 1mt a
mais que o rolo, e aí tem que comprar um
rolo a mais só para preencher este espaço,
isso é que encarece”, relata.
No momento de construir ou reformar, a ideia é substituir a pintura interna por
papeis de parede personalizados pelo próprio cliente
A Ewig Design reproduz no papel de parede as referências trazidas pela clientela
www.acicri.com.br | 41
O xodó dos decoradoresque nunca cai de moda
Há quem diga que os custos de uma parede decorada com papel de parede sejam altos, porém, é necessário fazer um balanço com o custo benefício que o material pode trazer.
Uma parede com tinta deve receber nova pintura de dois em dois anos, o papel de parede permite uma durabilidade de mais de cinco anos.
A limpeza é outro fator determinante, a matéria prima do papel de parede é impermeável, facilitando a retirada de marcas e sujeiras.
A tecnologia importada da matéria prima faz com que o papel de parede da Ewig Desin seja aplicado com mais facilidade e tenha uma maior durabilidade.
Para os decoradores e arquitetos, o papel de parede está sempre em alta e nunca vai cair de moda. As pessoas procuram cada vez mais uma forma versátil e limpa de mudar o ambiente de sua casa. Com inovação, a Ewig Design ganhou o gosto também dos artistas plásticos, que agora podem reproduzir suas telas em proporções maiores aplicando em qualquer ambiente.
A artista plástica Hellen Rampinelli foi a primeira a adotar a tecnologia da Ewig. “Com este material nós podemos fazer papel de parede texturizado ou liso conforme o cliente deseja. Este é outro grande diferencial da Ewig”, detalha Hellen que lançou uma exposição com a reprodução de seus trabalhos em papel de parede.
Para Hellen, a Ewig trouxe tecnologia, saindo do trivial. “A aceitação deste produto é enorme entre os arquitetos. O papel de parede traz o bem estar, requinte, aconchego e agora o artista pode criar o seu papel de parede ampliando suas obras. É uma grande novidade”, complementa a artista.
Tecnologia e valor agregado
A tecnologia tem sido
uma opção bastante
utilizada também por
artistas plásticos
Importação: dicas para fazer bons negócios
42 | Liderança Empresarial
Dentro da economia de escala, introduzida
nas economias capitalistas mundiais, nenhum
país consegue produzir tudo o que necessita
para seu desenvolvimento e crescimento.
Visto isso, a importação vem ao encontro
das empresas brasileiras no suprimento de
matérias primas necessárias e primordiais
para a produção de produtos com qualidade
e com preços competitivos. A afirmação é do
diretor da IDB Trading, Erick Marques Isoppo.
Nesta entrevista, Erick, que é formado em
Relações Internacionais e pós-graduado
em Gestão Internacional, explica que, a
importação pode sim, ser uma ferramenta
para permitir às empresas tornarem-se mais
competitivas, refletindo na venda de bens
de capital e bens duráveis para o mercado
doméstico e para a exportação. Exemplo
disso é a China: segundo maior importador
mundial e o primeiro em exportação.
De outro lado, a indústria brasileira
necessita de tecnologia para continuar se
desenvolvendo, e o Brasil ainda continua
sendo um país exportador de commodities
e falha no incentivo à criação de tecnologia.
Essa carência reflete na necessidade de
importação de máquinas e softwares que
serão bem-vindos para modernização do
nosso parque fabril.
“Não podemos esquecer que a
importação como um todo ajuda no combate
à inflação e faz com que o empresário
brasileiro não se “acomode” e busque
meios para continuar se desenvolvendo na
competição com os produtos importados.”,
observa. Confira a entrevista completa:
Que tipo de operação hoje é a mais indicada
para compra de máquinas no exterior?
Tanto na compra de máquinas como de
suprimentos, a operação mais aconselhada
é a operação por conta e ordem de terceiros
vinculado a uma trading company. A trading
company é uma empresa especializada em
importação no qual detêm todo o know how
e experiência para garantir ao empresário
importador uma importação segura, com
custos menores e sempre seguindo a
legislação brasileira, que por sinal, é uma das
mais burocráticas do mundo.
Deve ser sempre notado os benefícios
oferecidos pelo governo para importação de
máquinas, entre ela a redução do ICMS via
trading e também o ex-tarifário, que reduz a
alíquota de imposto de importação, incentivo
esse específico para importação de máquinas
que não possuem similares no país.
Quanto a insumos, como importar matérias-
primas, agregar valor e revender produtos
industrializados?
Os insumos possuem tratamento especial
pelo governo, onde há redução de imposto
de importação e IPI. A importação de matéria
prima requer atenção devido a vários fatores,
que são: qualidade do produto, quantidade
mínima, preço negociado, garantias de
fornecimentos e condições de pagamento.
Sabemos que uma fábrica no Brasil, após
comprar insumos, beneficia e os revende a
prazo. Na importação, a trading irá auxiliá-
lo na busca de financiamentos a juros
internacionais importantes para a proteção
do capital de giro da empresa importadora.
Além disso, a trading buscará negociar com
os fornecedores a garantia de produtos,
a qualidade do mesmo, o preço mais
viável para ambas as partes e a proteção
jurídica quanto aos métodos de pagamento
e incutirem utilizados nas negociações
internacionais.
Sempre digo aos clientes da IBD do
Brasil Trading: “sejam bons na produção e
venda de seus produtos, deixa a importação
com a gente”. Somos bons em comércio
exterior, temos foco e gente especializada em
importação, ou seja, garantimos um serviço
de qualidade para o crescimento de nossos
clientes. Eles crescem, nós crescemos, e
toda a região se desenvolve junto.
De que forma a IDB assessora as
operações de importações aos seus clientes?
Nossa empresa vem, ao longo dos quase
sete anos de existência, montando uma rede
de parceiros confiáveis para garantir o melhor
serviço aos nossos clientes.
Nossos parceiros são empresas
internacionais especializadas em vistorias de
qualidade, inspeção de fábrica, transportes
internacionais e nacionais, despachantes
aduaneiros qualificados, consultores
contábeis e jurídicos, além de termos um
quadro de profissionais altamente qualificados.
Exemplo disso: todos os funcionários da IBD
são pós-graduados. Os que operam na
parte internacional da empresa disponibilizam
negociações em inglês, espanhol e italiano
além de serem professores de faculdades
escore nas áreas do comércio exterior.
Que tipo de transporte hoje é mais indicado
para a importação? O quanto o frete impacta
na operação?
Há quatro modais de transporte disponíveis
na importação: o modal aéreo, marítimo,
rodoviário e ferroviário. Infelizmente, o Brasil
é carente do modal ferroviário internacional
e nacional. Nossos aeroportos de carga são
restritos a Guarulhos e Viracopos. O modal
rodoviário é geralmente sugerido para cargas
do MERCOSUL e o marítimo para cargas de
maior peso e cubagem e que necessitem vir
de longas distâncias.
No estado Santa Catarina, o modal
marítimo é o mais utilizado por permitir trazer
grandes volumes a preços relativamente
competitivos. Vale lembrar que santa Catarina
é o único estado do Brasil que dispõe de
cinco portos (Imbituba, Itajaí, Navegantes, São
Francisco do Sul e Itapoá).
Gostaria de ressaltar aos importadores, que
quantidade não é barreira. O modal marítimo
permite duas situações que podem vir ao
encontro do importador. Há a modalidade
LCL e FLC. O primeiro permite importar
pequenas quantidades. Essa modalidade
se assemelha ao consolidado ou fracionado
utilizado domesticamente. O FLC é quando o
importador utiliza containeres para o transporte
de sua carga de forma exclusiva.
O impacto do frete na operação vai
depender do valor do produto importado.
A IBD , preocupada com o impacto dos
custos de frete, de impostos e de taxas de
porto, faz simulações de valores a nossos
clientes para que ele possa analisar a
viabilidade da importação e tomar a decisão
de importar ou não importar.
Convidamos as empresas que importam
ou que pretendem importar a fazer uma
simulação de valores com a IDB do Brasil
Trading. (www.idbdobrasil.com.br).
���%���%�������| Criciúma
Empresas do Sulentre as 150 melhores para se trabalhar
Paula Darós Darolt | Criciúma
De acordo com a revista Exame e Você S/A, em
sua 16ª edição especial de setembro de 2012,
chegar ao grupo de elite não é fácil, porém, as
chances estão abertas para todos. Com a missão
de encontrar e reconhecer as 150 que mais
valorizam seus funcionários e se tornam melhores
empresas para se trabalhar, as revistas elencaram
três empresas de Criciúma: Betha Sistemas,
Cecrisa e Angeloni.
Para alcançar este patamar não é fácil. Neste
ano, cerca de 600 empresas de todo o país fizeram
suas inscrições, o que dificultou os trabalhos dos
jornalistas do Guia e os profissionais da Fundação
Instituto de Administração (FIA), responsável pela
metodologia do anuário desde 2006. Juntos, Guia
e FIA, realizam um trabalho com base em uma
rigorosa seleção e análise.
Para conquistar o tão almejado prêmio das
150 melhores, as empresas percorrem um
longo trajeto, começando já em fevereiro com as
inscrições pelo site do Guia. Em várias etapas as
empresas são avaliadas em preenchimento de
formulários e entrevistas por jornalistas do Guia,
cada uma das avaliações com peso que resulta
no Índice de Felicidade no Trabalho (IFT), que é a
soma das notas dos funcionários, das práticas de
Rh e da percepção do jornalista.
Na sua 16ª edição, o Guia da revista Exame e Você S/A – As Melhores Empresas para Você Trabalhar, traz três empresas de Criciúma, Betha Sistemas, Cecrisa e Angeloni
ENTENDA O PRÊMIO
O Guia Você S/A EXAME — As Melhores Empresas para Você Trabalhar é a maior pesquisa de clima organizacional do país e nasceu em 1997 com a missão de valorizar as empresas que melhor cuidam de seus colaboradores. O trabalho é baseado em uma metodologia que foi se aperfeiçoando ao longo dos anos, tornando-se mais abrangente, crítica e rigorosa quando ganhou a parceria da Fundação Instituto de Administração (FIA), em 2006.
Após as inscrições, funcionários são escolhidos aleatoriamente e respondem questionários que identificam o grau de satisfação deles com o trabalho o que resulta no Índice de Qualidade no Ambiente de Trabalho (IQAT), o que vale 70% da composição da nota final. O setor de Recursos Humanos da empresa também tem participação importante no prêmio. O RH preenche um formulário com dados sobre a equipe e a companhia, com número de empregados, missão e valores, e elabora um Caderno de Evidências, com vários detalhes das políticas e práticas da empresa, sendo que estes dois itens resultam no Índice de Qualidade na Gestão de Pessoas (IQGP), valendo 20% da nota.
Já na segunda fase, todas as pré-classificadas recebem a visita de um jornalista, que conversa com empregados do nível operacional, gestores do executivo de RH ou o presidente. Esta etapa tem peso de 10%. Todas as etapas resultam no Índice de Felicidade no Trabalho.
44 | Liderança Empresarial
Em Santa Catarina foram 11 empresas premiadas,
entre eles estão a Tigre, a Embraco e o Angeloni.
Entre os diferenciais que tornam a empresa uma
das 150 Melhores para Trabalhar estão programas
de integração de novos funcionários, de formação,
motivacionais e ações de reconhecimento e
valorização dos talentos internos, de Programas
de Seleção Interna para oportunidade de carreira,
de gestão de pessoas, avaliações por mérito e
ferramentas de Comunicação.
Segundo o presidente executivo do Angeloni,
José Augusto Fretta, o resultado é consequência
de contínuo trabalho no qual o funcionário é ouvido
e participa com ideias e sugestões de novos
processos, recebe treinamentos e é formado
para desenvolver-se profissionalmente, tendo a
possibilidade de vislumbrar novas oportunidades
dentro da empresa. “No Angeloni o funcionário
tem diversos benefícios que o ajudam a manter o
importante equilíbrio entre trabalho e vida pessoal,
sendo ainda reconhecido pelo seu desempenho e
dedicação”, destaca Fretta.
Angeloni
Com 8.500 funcionários, 25 lojas distribuídas em 14 cidades catarinenses e na capital do Paraná, a rede Angeloni nasceu em 1958, em Criciúma, sul de Santa Catarina. Empresa 100% familiar, foi a primeira loja de auto-serviço de Santa Catarina e, em pouco mais de meio século, desbravou novos mercados com premissas modernas, arrojadas e inovadoras, ancoradas no conceito de bem servir, que o transformaram num modelo na área de supermercados. Foi pioneiro na climatização das lojas, na oferta de estacionamento coberto e de elevadores. É a maior rede de supermercados de Santa Catarina, 3ª da Região Sul e está em 8º lugar no ranking nacional. Além das lojas, a rede é integrada ainda por 21 farmácias, 8 postos de combustíveis e um centro de distribuição com 38 mil m², em Porto Belo.
www.acicri.com.br | 45
Para a Cecrisa o prêmio não é novidade, já que a empresa é eleita
entre as 150 melhores pelo sexto ano consecutivo. De acordo com
a pesquisa da Você S/A, 87,9% dos funcionários se identificam com
a empresa, 83,% estão satisfeitos e motivados e 86,2% aprovam os
seus líderes. Números altos, boa parte conquistados com o estilo
de condução do co-presidente da empresa, Rogério Sampaio.
Para Rogério, a revista colocou a Cecrisa, mais uma vez,
em posição de destaque na qualidade do seu ambiente de
trabalho e seu volume de vendas. “Todo este reconhecimento é
consequência das ações em prol da responsabilidade social, da
busca constante de maior qualidade no trabalho, e a consciência
de que nossa equipe é o principal responsável pela qualidade que
a Portinari representa no mercado”, complementa Sampaio.
Representante Brasileira - A Cecrisa/Portinari também foi a
única empresa brasileira de revestimentos a participar da 30ª edição
do Salão Internacional da Cerâmica para Arquitetura e Construção –
Cersaie. O evento é considerado um dos mais importantes encontros
mundiais de fabricantes de cerâmica, e foi realizado nos dias 25 a 29
de setembro, em Bologna (Itália). Para o co-presidente da Cecrisa,
José Luis Pano, a estimativa é que o estande tenha recebido cerca
de 2.500 pessoas durante os dias de evento.
Empresa líder no mercado nacional, a Cecrisa comercializa porcellanatos e revestimentos cerâmicos com as marcas PORTINARI e CECRISA. Com sede em Criciúma, Santa Catarina, possui o maior portifólio de porcellanatos do mercado nacional, exportando mais de 3.000 produtos para cerca de 50 países, em cinco continentes.
A Betha Sistemas é uma empresa catarinense, com sede na cidade de Criciúma, no sul do Estado, tem 27 anos de história e é especialista no desenvolvimento de softwares para a gestão pública. Em 2011, a Betha faturou R$ 32 milhões. O público-alvo da empresa são os órgãos públicos de todo o Brasil, nas esferas Federal, Estadual e principalmente Municipal, atuando em Prefeituras, Câmaras Municipais, Samaes, Fundos, Fundações, Tribunais de Contas, entre outros. A Betha possui aproximadamente três mil clientes, operando com mais de 370 colaboradores. Nos 17 Estados em que está presente, a Betha atua por meio de 31 revendas e cinco filiais.
Cecrisa
Entre diversos inscritos, as empresas do extremo Sul de Santa
Catarina, seguiram a risca os pré-requisitos e colocaram Criciúma
no pódio das 150 melhores empresas para você trabalhar. A Betha
Sistemas foi uma delas. Menos de dois meses após receber o
prêmio das melhores para trabalhar no segmento de TI e Telecom,
foi congratulada com mais uma premiação. Para o gerente de RH
Estratégico da Betha, Leandro Medeiros, a conquista dos dois
prêmios consolida o trabalho realizado com o objetivo de melhorar as
campanhas internas. “Estar nesses rankings significa que estamos
no caminho certo e que os nossos colaboradores estão aceitando
as práticas realizadas”, afirma Medeiros.
As 150 empresas selecionadas são separadas no Guia em 19
setores mais as cooperativas. “Na nossa área, que é a de tecnologia,
nós entramos ao lado de grandes empresas como o Google e
a Locaweb, e fora do eixo Rio/São Paulo, a Betha e a Ibayte, de
Fortaleza, foram as únicas do segmento a estar na lista”, conta o
gerente de RH.
Dentro das principais práticas internas realizadas pela Betha
Sistemas está o projeto Vida em Equilíbrio, que oferece atividades
de lazer gratuitas aos colaboradores. Para agradar todos os estilos,
os funcionários podem escolher entre aulas de mergulho, surfe,
gastronomia, degustação de vinhos, fotografia e dança. Além de
equilibrar vida profissional e pessoal dos trabalhadores, o projeto
também promove a integração entre os colaboradores. A empresa
também implantou o 14º e 15º salários, além de possuir uma
campanha de valorização da carreira dos funcionários. “Agora, é
trabalhar mais ainda para continuar ocupando uma posição no
ranking”, finaliza Medeiros.
Betha Sistemas
46 | Liderança Empresarial
www.acicri.com.br | 47
A mudança é inevitável,
seja de hábito, emprego e até
de endereço. E para isso é
necessário planejamento.
O seguimento de transportes
especiais (mudança) é
caracterizado como um trabalho
difícil e realmente é muito difícil.
Precisa-se de equipe capacitada,
responsável e esse material
humano está cada vez mais raro
no mercado.
Quando se transporta uma
mudança é indispensável
entender que não se transporta
apenas móveis e sim uma história
de conquistas. Tudo é especial,
fruto de muito suor e deve ser
tratado com cuidado.
Não troque o certo pelo
duvidoso. Contrate quem
entende do negócio.
Hoje encontramos no mercado
empresas que oferecem
essa segurança. Seguro da
carga, embalagens especiais,
montadores de móveis, veículos
rastreados e equipe capacitada.
Transportede mudança
Dicas importantes�����6��������������������������������destino
Y����#�#����������������
!�����6��������������������,�������#��na rua
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��������������"#���]�����#��������������para transporte
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O Núcleo Catarinense de CCQ - Círculo
de Controle de Qualidade, promoveu no
mês de outubro a 14ª edição do Encontro
Catarinense de Equipes de Melhorias.
Neste ano, o evento foi realizado em
Jaraguá do Sul, e teve o lançamento do I
Prêmio Catarinense de CCQ que teve em
seus três finalistas, empresas do extremo
Sul do estado, Anjo, ICON e Copobrás.
O encontro existe desde 1999 e
tem como foco principal a qualidade
e autodesenvolvimento das empresas
envolvendo troca de experiências e
fortalecimento do trabalho em equipe.
São 25 empresas associadas, entre elas
multinacionais como WEG e empresas
de renome na América Latina.
Segundo a presidente do Núcleo
Catarinense de CCQ, Geani Vieira dos
Santos, as empresas associadas acreditam
na valorização do trabalho em equipe para
uma promoção de um desenvolvimento
sustentável. “Ter equipes dentro de uma
empresa, trabalhando com melhorias de
processos é fundamental. Resultam em
qualidade de vida, redução de custos e
melhorias em geral como segurança e
etc”, explica.
O I Prêmio Catarinense de CCQ foi
desenvolvido para reconhecer as equipes
que através de programas participativos
contribuíram para o aumento da
competitividade da empresa. “Somente
empresas associadas ao núcleo puderam
participar. Estas empresas trabalham com o
grupo de melhoria de processos, sendo que
cada empresa pode inscrever um projeto de
melhoria para o prêmio. A nossa surpresa foi
que os três primeiros lugares ficaram para
empresas aqui do Sul”, relata Geani.
A Copobrás implantou o sistema de grupos de melhorias de processos em 2011 em todas as suas unidades. São 69 equipes com 750 colaboradores participando para uma promoção de qualidade. “Nós tivemos 15% de adesão dos colaboradores. Depois de implantar o GMP o resultado veio rápido, não só financeiro como a perceptível mudança no trabalho em equipe. Hoje eles são focados nas soluções e não amarrado ao problema”, conclui a gerente.
O Prêmio
Copobrás
48 | Liderança Empresarial
Produzir com qualidade e em equipe
Paula Darós Darolt| CRICIÚMA
Núcleo Catarinense de Círculo de Controle de Qualidade promoveu o 1º prêmio para valorizar os grupos de melhorias de processos das indústrias de Santa Catarina
A entrega do troféu aconteceu no dia 5
de outubro junto ao encontro catarinense.
O primeiro lugar ficou para a Copobrás,
de São Ludgero, com o projeto “A
automatização do desbobinador das
máquinas termo formadoras de bandeja da
Copobrás”. Para a gerente de qualidade
corporativa, Marilésia Kestring Badziak, a
satisfação maior é ter participado do prêmio
e já ficar entre os finalistas. “Ficamos muito
felizes já quase soubemos que estávamos
entre os finalistas, ganhar o primeiro lugar
foi sensacional. É a prova de que o trabalho
em equipe dá certo”, declara Marilésia.
A Anjo Tintas ficou em 3º lugar com
o projeto “Pesando Certo”, o grupo
“Criação”, responsável pelo trabalho, é
formado por profissionais que trabalham
nos setores Thinner, Laboratório de
Controle de Qualidade e Manutenção da
Unidade Revenda. Hoje, a Anjo Tintas
conta com 18 Grupos de Melhorias
de Processos (GMP) formados por
40% dos profissionais que participam
voluntariamente.
O Projeto Pesando Certo foi uma
forma encontrada pelos profissionais para
agilizar o processo produtivo e melhorar a
qualidade de vida dos trabalhadores do
setor de thinner. O problema observado
era a dificuldade de acertar o peso do
Thinner no envase das latas de 18 litros,
que começava automático e terminava
manual.
Para envasar, o operador tinha que
programar a balança com o peso menor
a ser envasado e depois manualmente
finalizava o envase para chegar ao peso
correto identificado na lata. Isso era
necessário porque quando o peso era
programado corretamente o produto
transbordava, danificando a tinta impressa
na lata em alguns casos. Esse processo
de finalizar manualmente o envase
resultava em perda de tempo no processo
produtivo.
Os integrantes do GMP Criação
identificaram como causas do problema
o sistema de dosagem inadequado e
que a vazão do bico era muito grande.
E a proposta de melhoria foi instalar na
máquina um cilindro de duplo estágio,
assim, no segundo estágio do envase o
solvente desce com menor vazão.
As vantagens da implantação dessa
ideia foram a agilidade no processo,
a garantia da quantidade exata de
produto na lata sem precisar terminar
o envase manualmente, o aumento
da produtividade, redução de custos,
satisfação dos profissionais do setor,
entre outros.
Fazer parte de um GMP é uma forma
de participar com ideias de melhorias
no ambiente de trabalho, é uma das
ferramentas de gestão participativa da
Anjo, pois todos têm a oportunidade de
dar sugestões.
Projeto Pesando Certo conquista 3º lugar
18 Gruposde Melhoriasde Processos
Os quaisrepresentam
40% dos ������������
A empresa criciumense ICON, faturou o
segundo lugar com o projeto “Escariador
60°”. Com o programa implantado desde
2009 dentro da empresa, a ICON conta
hoje com 12 grupos de melhorias de
processo e já vem colhendo bons frutos
de colaboradores que trabalham em
equipe. Para a coordenadora do programa,
Marinês Rosso Menegon de Freitas, o GMP
funciona como uma forma de motivação
para a auto-realização e prazer no trabalho
através de uma gestão participativa.
“O interessante deste trabalho é que é
voluntário. Não obrigamos os funcionários
a participarem. Apresentamos os projetos e
já sentimos de cara o interesse de nossos
colaboradores”, explica Marinês.
São 60 funcionários que se dedicam
a trabalhar em 12 grupos de forma mista,
com oportunidades para discutir e melhorar
o ambiente de trabalho. “O GMP é uma
oportunidade que o nosso colaborador
tem para expor suas ideias, estimulando
a criatividade. Aqui o funcionário expõe a
ideia e ela não fica parada, ela é colocada
em prática”, declara.
Desde a sua implementação na empresa,
Marinês afirma que vários resultados foram
alcançados pela ICON. Os funcionários
relatam a mudança da qualidade de
vida dentro e fora da empresa. “Cada
funcionário sabe o que está precisando
ser modificado em seu setor. Não somos
nós, aqui dentro da administração sozinhos
que vamos perceber. Eles nos passam
suas dificuldades, dão ideias que são
registradas e executadas”, afirma.
Segundo a coordenadora, ser finalista
de um prêmio estadual com concorrentes
como WEG, Duas Rodas, entre outros, só
vem a acrescentar e valorizar o funcionário
dentro da empresa. “É uma honra para a
ICON alcançar o 2º lugar. Podemos divulgar
para os novos colaboradores a importância
do projeto, motivar os funcionários e
agregar novos grupos”, enaltece Marinês.
O coordenador dos grupos, Maicon
Maccarini, afirma que sempre tem algo que
possa ser melhorado dentro da empresa, e
o GMP está aí para isto. O projeto da ICON
foi muito elogiado pelos avaliadores que
visitaram a empresa, porém a expectativa
dos funcionários foi um pouco mais
humilde. “Escrevemos para o prêmio nosso
melhor projeto de 2011. Acreditávamos na
ideia pois ela tinha sido fantástica dentro
da empresa, porém nem imaginávamos
que chegaríamos à final. Ficamos muito
contentes com o segundo lugar”, relata
Maicon.
Para o autor da ideia, líder do grupo IMAQ,
Adenilson Nazário, a ideia inicial era facilitar
o modo de operação. “A ICON acreditou
na gente e nós retribuímos. Os integrantes
do nosso grupo têm pouco mais de um
ano de empresa e o fato de ficarmos em
segundo lugar em um prêmio estadual
gera um contentamento muito grande e
contagiante entre os funcionários”, revela.
A ICON inscreveu para o prêmio uma
peça desenvolvida dentro da empresa.
“Havia um problema em uma chapa,
que precisava ser aquecida para fazer a
furação, pois ela era muito dura. Isso gerava
um transtorno e não nos dava qualidade ao
final do processo. Modificamos uma broca,
realizamos vários testes e chegamos a
uma ferramenta que deu certo”, explica
Adenílson.
Ambiente de trabalho
ICON conquista o 2º lugar em sua primeira participação
2009iniciou o programa
60funcionários em
12grupos mistos.
O que leva as pessoas a optarem
por um modelo, cor, formato de celular,
computador, carro? Segundo pesquisas
essa influência é gerada pelo visual,
designer do objeto desejado. Portanto, o
consumidor tende a escolher os produtos
que compra em boa parte das vezes
pela estética que mais agradou aos seus
olhos e não necessariamente pela função
desempenhada.
É por isso que as empresas vêm cada
vez mais investindo no visual dos seus
produtos e embalagens. Exemplo claro
disso é da empresa que recentemente
foi classificada como a mais valiosa da
história da humanidade, a Apple.
Um diferencial que pode agregar valor
ao produto, e que hoje no Brasil, pode ser
protegido pelo sistema de Propriedade
Industrial através do registro de Desenho
Industrial. Este protege apenas a
configuração visual e dá ao seu titular
direito de explorar o referido produto no
mercado nacional com exclusividade por
até 25 anos. Assim como nas patentes, o
Desenho Industrial registrado permite ao
seu dono excluir a concorrência de copiar
sua inovação estética ou ainda, licenciar
através de royalties e quem sabe vender
os direitos de exploração desta ferramenta
comercial tão competitiva.
Para proteger o visual de seus
produtos ou embalagens inovadores,
basta procurar um agente da Propriedade
Industrial habilitado. Para isso os
inventores, empreendedores têm de forma
acessível as Associações Empresariais
conveniadas ao Printe (Programa de
Proteção Intelectual) e podem obter todas
as orientações necessárias.
Ou ainda acessar www.printe.com.br.
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O Brasil quer ser potência ou colônia? A indagação pautou discussões de empresários da região de Criciúma junto ao presidente da Associação Brasileira de Indústria de Máquinas e Equipamentos – Abimaq, Luiz Aubert Neto, durante o mês de setembro.
Em encontro sobre “A Desindustrialização e a Reindustrialização Brasileira”, Aubert Neto fez o alerta para atual cenário industrial brasileiro e a influência do segmento de transformação diante do mercado externo. Segundo ele, a economia brasileira está em processo de primarização e são necessárias algumas medidas para que esse quadro se reverta. “O país possui entraves que levam ao sucateamento da indústria, principalmente de transformação, impedindo a competitividade com o mercado estrangeiro. Minha intenção,
como representante da Abimaq, é apresentar os riscos que corremos de perder nossas indústrias e expor a eficácia de ações conjuntas da sociedade organizada para reversão desse processo”, destacou.
De acordo com o presidente da Associação Empresarial de Criciúma - ACIC, Olvacir Bez Fontana, o evento permitiu o engrandecimento de atuação dos profissionais da indústria regional. “O tema é de extrema importância e veio a confirmar uma direção: de que temos que influenciar nossos amigos, vizinhos, no condomínio de casa, os trabalhadores, ou seja, todos a nossa volta a criar mudanças. E isso vem de baixo, a partir dos pequenos, criando movimentos de influência e consequente mudança. A conclusão é que depende de cada um de nós”, ressaltou.
“O Brasil que queremos ser”
52 | Liderança Empresarial
Cibele Córdova | CRICIÚMA
Para o presidente da Abimaq, durante
os últimos vinte anos o Brasil passou de
5º maior produtor mundial de máquinas
e equipamentos para a 14ª posição. As
máquinas brasileiras, que são quase 45%
mais caras; as taxas de juros, que ainda
continuam altas apesar das reduções; a
carga tributária, que representa 35% dos
custos, e a taxa de câmbio são os principais
motivos que tornam a indústria do país
menos competitiva, concedendo assim,
espaço para os produtos importados,
principalmente da China.
“Não somos contra a importação. O
problema é que o Brasil está deixando
de gerar riquezas, a partir de sua própria
matéria prima. Por exemplo, o Brasil é o
maior produtor e exportador mundial de
grãos de café, mas o maior exportador de
café industrializado é a Alemanha, que não
possui um pé de café”, contextualiza Aubert
Neto. Cenário que influencia também
na geração de empregos. No caso da
indústria de máquinas, de outubro de 2011
a julho de 2012 o segmento já demitiu mais
de 10 mil trabalhadores.
Em uma tentativa de proteção da indústria
brasileira, Aubert Neto explicou ainda
que as medidas adotadas pelo Governo
Federal estão no rumo certo, contudo
possuem viés de incentivo ao consumo
e não ao investimento. O problema,
segundo ele, é que não há reflexos para
a cadeia produtiva sendo necessário o
incentivo aos investimentos. “Para isso,
é preciso criar ambiente competitivo para
as empresas brasileiras, sem desprezar
o investimento estrangeiro. Com regras
claras que atendam aos interesses do
país, como ocorre no restante do mundo.
É a chamada obrigatoriedade do conteúdo
local, gerando riquezas daqui para lá, e não
o contrário”, conclui.
A Abimaq representa 4,5 mil empresas
de um setor que gera mais de 260 mil
empregos diretos no país. Confira a seguir
a entrevista com o presidente da Abimaq e
entenda o processo de desindustrialização:
O que significa dizer que o Brasil está
em processo de desindustrialização?
Para exemplificar, efetuamos a
comparação com o ano de 2004. A cada
100 máquinas vendidas no Brasil, 60
eram fabricadas
internamente e
40 importadas.
Hoje, 60 são
importadas e 40
fabricadas aqui.
Além disso, em
agosto de 2012, o
Nível de Utilização
da Capacidade
Instalada – NUCI
- ficou abaixo dos
65% sendo o pior
índice dos últimos
40 anos. Isso quer dizer que a máquina
do empresário brasileiro está parada, mas
seu faturamento não cai. Ou seja, continua
vendendo máquina, mas não uma fabricada
no país. Está importando da China ou de
qualquer outro lugar do mundo, trazendo-a
para dentro de sua empresa, trocando a
etiqueta de identificação e revendendo ao
mercado interno. Assim continua faturando
e recolhendo os impostos, mas não está
fabricando mais. O mercado existe, mas
não a partir de fabricação própria. Esse é o
processo de desindustrialização, ou seja, o
Brasil não está industrializando.
Até que ponto esse contexto interfere na
indústria de transformação?
Na década de 1980 éramos o 5º maior
fabricante de máquinas do mundo e hoje
caímos para a 14ª posição. Não existe
país rico desenvolvido sem uma indústria
de transformação desenvolvida, aquela
que transforma a matéria prima básica
como o minério de ferro, por exemplo,
transformando-o em aço e depois em um
automóvel. Nosso setor exportava cerca de
35% do faturamento, sendo que os números
caíram para menos de 25%. Estamos
perdendo mercado interno e externo
com a forte concorrência, principalmente,
chinesa. O déficit da
balança comercial do
setor de máquinas
e equipamentos em
2012 será superior a 18
bilhões de reais.
Não se trata de uma
afirmação pessimista
ou até contraditória,
já que a economia do
Brasil está aquecida em
diversos aspectos como
no consumo interno, por
exemplo?
Vários países subdesenvolvidos irão
crescer muito mais que o Brasil neste ano.
Somente o Chile e o Peru, por exemplo,
a taxa de crescimento é de 6%. Vejamos
alguns números: 66% da população
brasileira não possui esgoto coletado. Não
digo tratado, apenas coletado. Um quarto
dos municípios brasileiros não possui água
potável e 65% do esgoto de Guarulhos,
A Desnacionalização
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A Abimaq representa 4,5 mil
empresas...
... de um setorque gera mais
de 260 milempregos
54 | Liderança Empresarial
segunda maior cidade do país, é jogado no
Rio Tietê. Para levar esgoto tratado e água
potável a todos, seriam necessários 400
bilhões de reais, ou seja, um ano e meio de
juros do Brasil. Somos a sexta economia
do mundo, porém em relação ao PIB per
capita ocupamos a 72ª posição.
Além disso, 80% dos empregos gerados
no Brasil envolvem menos de dois salários
mínimos, baixíssimo valor agregado em
serviços. Isso tudo não garante futuro. O
que garante é o que chamamos de taxa de
crescimento, é a formação bruta de capital
fixo. Não é questão de ser pessimista, mas
realista. Acredito que é possível mudar e o
Brasil está dando algumas sinalizações de
que quer mudar. Se tivermos a coragem
e desenvolvermos as mudanças básicas,
em 20 ou 25 anos este país estará muito
diferente. Do contrário, seremos sempre
um país de oportunidades perdidas.
Essa perda da competitividade brasileira
frente ao mercado externo refere-se a
uma ineficiência de gestão pública e/ou
privada?
Na verdade é conjuntural. Compare
que 85% de nossa energia é hidráulica,
ou seja, fonte barata já que provém da
água, da chuva. Na Alemanha, provém de
usinas termoelétricas ou termonucleares,
consideradas estas as mais caras. Mesmo
assim, a energia elétrica brasileira é a mais
cara do mundo. Por que pagamos mais
que outros países? O Brasil é o único
país do mundo que tributa quem compra
uma máquina, sendo que chega a pagar
36% de imposto. Deve-se inverter isso,
incentivar o investimento ao contrário de
penalizar quem quer modernizar e investir.
Então não é a indústria brasileira que não
é competitiva, mas o Brasil que não está
competitivo.
De que modo reverter esse quadro num
sentido de reindustrialização, contribuindo
assim para a taxa de crescimento?
Trabalhando com o tripé do mal:
câmbio, juros e tributos. Fatores de
competitividade e que interferem nas
linhas de financiamento a longo prazo,
contribuindo para a inversão do atual
modelo que privilegia a exportação de
bens primários. Atualmente, 75% das
exportações brasileiras envolvem produtos
básicos, como soja, petróleo, minério de
ferro e café, por exemplo. Não sou contra
exportar matéria-prima, porém, o país
não pode ser apenas um exportador de
commodities. Temos que exportar também
produtos de valor agregado, pois é isso
que gera emprego e riqueza para o país.
Claro que o Brasil tem uma vantagem
competitiva muito grande em relação ao
agronegócio, mas não pode se basear
apenas neste segmento, que é o que
basicamente estamos fazendo hoje.
Acrescento ainda a desoneração dos
investimentos e a melhoria da saúde pública
e da educação, elementos de extrema
importância. Pode-se mexer nos juros e
nos tributos, mas é preciso investimento
maciço na saúde e em educação, bem
como uma gestão para diminuir gastos.
E em relação à ABIMAQ, como vem
trabalhando para reverter esse quadro?
Na verdade, há cinco anos lançamos o
projeto Abimaq 2022, o qual vem justamente
a questionar o que precisa ser feito para
reverter essa situação enfrentada pelo Brasil
e voltar à primeira divisão global. O tripé do
mal, a exportação e a inovação tecnológica
devem ser trabalhados a resultar em um
tripé do bem e numa perenidade para
a indústria. Já conquistamos algumas
medidas incentivadas pelo governo federal
como: redução de juros para as linhas do
Programa de Sustentação do Investimento
(PSI) para até 2,5% ao ano, considerada uma
das menores já registradas; elevação do
Imposto Importação para alguns produtos
em 25%; desoneração do INSS patronal
na folha de pagamentos; prorrogação da
desoneração do IPI e contínua redução da
taxa Selic. Mas ainda há muito que fazer. O
Brasil precisa de reformas estruturantes e a
Abimaq continuará lutando por isso.
“Ainda há muito o que fazer. O Brasil
precisa de reformas estruturantes e a
Abimaq continuará lutando por isso”
Luiz Aubert Neto
Em caso de separação, a regra até
poucos anos atrás, prevalecia à guarda
unilateral em que um dos pais obtinha a
guarda do filho (os), suas responsabilidades
e o exercício de direitos e deveres.
Todavia, com a redação da Lei 11.698/08
o quadro mudou, alterando o Código Civil e
criando assim a guarda compartilhada para
filhos de pais separados.
Assim, em caso de separação, o
juiz deve dar precedência à guarda
compartilhada para conjuntamente os pais
se responsabilizarem, distribuindo aos
dois seus deveres e direitos referentes ao
poder familiar do filho (os) comum, mesmo
morando em casas separadas.
Esta norma beneficia os pais que
gostariam de compartilhar mais a
companhia do (os) filho (os), que muitas
vezes é impedido, prejudicado, limitado
por aquele que detém a guarda unilateral,
esquecendo que a prioridade deve ser
sempre o bem estar do menor.
O ideal é que os genitores se acertem
naturalmente. O genitor prejudicado agora
com o amparo da Lei 11.698/08, pode por
meio de ação autônoma de separação, de
divórcio, de dissolução de união estável ou
em medida cautelar, solicitar, demandar a
guarda compartilhada.
O juiz decretará o período de convívio
segundo a rotina de cada um dos genitores
sendo que também poderá definir sanções
no caso de não cumprir com suas
responsabilidades.
A guarda compartilhada deverá assim,
sempre que possível, ser aplicada não
esquecendo o juiz de analisar cada caso,
podendo decretar guarda unilateral se
assim entender que é o melhor para o
menor, atribuindo à mãe ou ao pai que
melhor conjuntura tiver.
Débora May PelegrimBacharel em Direito, pela Universidade do Sul de Santa Catarina
(UNISUL), colaboradora do Escritório Giovani Duarte Oliveira Advogados e Associados, na área de Direito de Família e Sucessões.
Guarda dos�������se-pa-ra-ção
Jovens renovam a Feira Livre de CriciúmaCibele Córdova | CRICIÚMA
56 | Liderança Empresarial
Com bordões improvisados, a intenção é conquistar
a clientela. “Olha a promoção relâmpago”, “Quem
vai levar... três abacaxis por cinco reais”, “Chega
aqui, companheiro!”. Mais do que um local para a
comercialização de frutas, verduras, hortaliças e outros
tipos de mercadorias, a Feira Livre se tornou um local de
encontro entre as pessoas, e o importante é conquistar a
simpatia de quem passa em busca de produtos frescos
e até mesmo de amizade.
Para os feirantes da Feira Livre de Criciúma, o contato
com o consumidor acontece das 5h30 às 12h durante três
vezes por semana, às terças-feiras, sextas e sábados. Localizada na rua São José, junto ao Camelódromo
e à antiga Prefeitura, a Feira dispõe de 45 boxes com os mais variados produtos, desde frutas e verduras a
carnes, peixes, derivados de leite, hortaliças, plantas para jardim e bebidas como vinho, por exemplo. Mas
para quem imagina que trabalhar na feira é uma exclusividade de pessoas com mais idade, o cenário em
Criciúma, entretanto, é bastante jovem. Mais que isso, uma tradição que passa de pais para filhos.
Com apenas 19 anos, Lidiane Durante
comanda seu próprio negócio. A partir do
incentivo da mãe, Neiva Durante, em junho
deste ano adquiriu um box para a venda da
produção basicamente familiar. Nos dias de
Feira sua rotina começa às 4h15, porém,
considera o trabalho gratificante e que chega
a render dois salários mínimos no final do
mês. “Fui criada em uma caixa de verduras,
praticamente, já que meus pais sempre
trabalharam com comercialização hortifruti.
Apenas segui o ramo e pretendo continuar
enquanto continuar compensando”,
destaca.
Apesar do pouco tempo como feirante,
ela já ensina os traquejos para a fidelização
dos clientes, como simpatia no momento
da venda, além de boas mercadorias e
organização do box. Também garante que
não há disputa com seus pais, proprietários
há 28 anos de outro box da Feira Livre do
município. “Separo produtos para mim,
e eles ficam com o restante. Todos são
de ótima qualidade, então tem para todo
mundo. E pelo contrário, nos ajudamos
conforme os dias de maior movimento”,
explica Lidiane.
Aos 28 anos de idade, Carla Josiane
Vargas contabiliza 20 deles como feirante no
Centro de Criciúma. Com apenas oito anos
já participava com o pai das vendas, quando
a Feira Livre ainda acontecia no terreno
do atual Bistek Supermercados, próximo
ao Terminal Central. Todos os anos de
experiência resultam em circulação intensa
no box, hoje administrado por ela e por seu
esposo, Rodrigo dos Santos Moreira. “A
gente está sempre rindo e brincando com
as pessoas. Não adianta vir trabalhar de
mau humor”, revela Carla.
Quem confirma o sucesso do casal
e marca presença nos três dias de Feira
Livre é o proprietário do Restaurante Eliza,
Vanderlei de Lima. “Sempre tem festa com
esses dois. É de admirar o ânimo, visto o
Atuação diferenciada no mercado de trabalho
Cib
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Có
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Aos 19 anos, Lidiane Durantejá possui seu prórpio negócio
horário que eles começam a trabalhar,
ainda na madrugada. Sempre fui muito
bem atendido, comprovando que nesse
emprego não existe idade se as pessoas
trabalham com bom humor”, conta o cliente.
Carla e Rodrigo chegam a lucrar três
salários mínimos no mês, sendo a Feira
Livre a fonte de renda exclusiva devido à
demanda. Nos dias em que não há Feira,
ambos viajam a Florianópolis em busca de
produtos frescos e diferenciados. O pai de
Carla, Jairo Vargas, também é feirante e
mantém box de queijos e vinhos.
Em uma realidade de sobrevivência
frente ao avanço das grandes redes de
supermercados, esse grupo de jovens
feirantes, entre outros trabalhadores,
enxergou uma metodologia de atuação que
garante vantagem competitiva, seja com
preços diferenciados, produtos frescos,
possibilidade de pechincha, ou até mesmo
oferecendo um ombro amigo.
Casal jovem também bastante conhecido
é Camila Gambalonga, 23, e Jackson
Premoli, 26, os quais trabalham com a
venda de produtos próprios. Alface, agrião,
rúcula, rabanete, couve-flor, brócolis, aipim e
feijão estão entre os itens mais procurados,
com ofertas a partir de R$ 1 a unidade.
“Somo os primeiros a chegar, ainda às 3h.
Mas o horário aqui passa bastante rápido,
pois além de ganharmos um dinheirinho,
fazemos muitas amizades e conquistamos
clientes fiéis, como cooperativas e
restaurantes, por exemplo”, confirma a
feirante. Compartilhando a tradição do
trabalho em família, Ilze Premoli é mãe de
Rodrigo e também possui seu próprio box
na Feira Livre de Criciúma.
Vanderlei é cliente fiel do casal Carla e Rodrigo
A primeira fábricade tratores em SC
58 | Liderança Empresarial
A Budny Tratores e Equipamentos
inaugurou no dia 30 de novembro uma
nova unidade em Içara. Com o novo
investimento a empresa consolida a
implantação da primeira fábrica de tratores
de Santa Catarina.
A operação está instalada em uma área
de 30 mil metros quadrados com 5 mil
metros de área construída. O investimento
na nova unidade foi de R$ 30 milhões, e
outros R$ 20 milhões já foram investidos
desde o início da fabricação de tratores
no parque fabril da matriz. De acordo
com o diretor da empresa, Carlos Budny,
com o novo espaço a montadora terá um
aumento instantâneo da produção. “A nova
fábrica aumenta de imediato da produção
de um trator por dia para cinco tratores por
dia”, comemora. “Até o ano que vem temos
objetivo de chegar a produzir 10 tratores
por dia”, adianta Budny. A expectativa é
incrementar o faturamento entre 30% e 40%
em 2013.
Na meta de expansão para o próximo
ano, a Budny pretende aumentar o
percentual de componentes nacionais na
fabricação de tratores. Atualmente 75% dos
componentes são de origem nacional. A
intenção é chegar a 90%. “Hoje o índice
de nacionalização é importante para a
sustentabilidade. Na linha de montagem
são utilizados 45% de produção própria,
30% do mercado interno e o restante
do externo”, explica Budny. “A parceria
feita com uma das principais empresas
de motores, a MWM de São Paulo,
fornecedora tradicional do mercado
agrícola e rodoviário, consolida o nosso
objetivo”, afirma o diretor.
Foco na agricultura familiar
A empresa tem com foco principal
atender à grande demanda da agricultura
familiar. O diretor comenta que, agregando
o trator à linha de produtos, aumentam
as divisas, o que proporcionam uma
alavancagem dos negócios no Brasil e no
mercado externo. “A agricultura familiar tem
maior índice de clientes compradores e é
importante para a agricultura nacional pela
sua diversificação. Hoje 70% dos alimentos
consumidos no Brasil provêm da agricultura
familiar”, revela.
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Exportação
A empresa
Já no setor de exportação, segundo
Carlos Budny, a empresa já negociou
com o Mercosul e agora se prepara para
exportar para a África. “Os contatos com
Angola foram feito em janeiro deste ano.
A previsão é de fecharmos parcerias que
irão gerar grandes negócios e divisas para
a região”, antecipa.
A Budny atende o mercado agrícola
há 22 anos, com tecnologia e estrutura
fabril própria e conta com departamentos
de fundição, usinagem, metalurgia e
eletrônica. É uma empresa extremamente
verticalizada e dinâmica. A companhia
emprega aproximadamente 550 pessoas.
Além de fabricar tratores a empresa também
fabrica plantadeiras, pulverizadores, grade
niveladora, semeadeiras, carretas agrícolas
e hidráulicas e arados, entre outros
equipamentos agrícolas.
O princípio de uma históriaAs grandes inovações que nos rodeiam, em sua
grande maioria, são fruto da visão de seus criadores frente às necessidades no seu dia-a-dia. No caso da Budny Equipamentos Agrícolas não foi diferente. No início da década de 1990, o então estudante do curso Técnico em Eletrônica da SATC, Carlos Budny, começou a trabalhar em um projeto para minimizar os problemas dos agricultores em controlar a temperatura das estufas de fumo. Budny era filho de agricultores e conhecia de perto o problema, que ocasionava, não raro, perdas aos produtores.
Foi então, em 1990, que a Budny iniciou suas atividades, na época lançando o controlador
eletrônico de temperatura em que o grande diferencial é o baixo custo e a fácil operacionalização. A este seguiram-se outros produtos e soluções para o mercado agrícola, sempre com foco no trabalho e no atendimento ao agricultor. Nestas duas décadas de atuação a empresa expandiu-se, marcando presença nos três estados do Sul - Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul - onde estão concentrados o maior número de propriedades com economia familiar.
A sede da empresa fica na localidade de Linha Zilli, em Içara, com metalúrgica, departamento de engenharia eletrônica e mecânica, fundição e centro de usinagem.
Receitas para o empreendedorismoCibele Córdova | CRICIÚMA
60 | Liderança Empresarial
Dois cenários se destacam no mercado
do empreendedorismo brasileiro. O
primeiro refere-se ao número de pessoas
envolvidas em um negócio próprio ou na
criação de um, totalizando 27 milhões de
pessoas. Ou seja, o Brasil ocupa a terceira
posição em números absolutos do ranking
de 54 países analisados pelo Global
Entrepreneurship Monitor 2011 (GEM).
Além disso, a mulher brasileira é uma das
que mais empreende no mundo, sendo
que dos países analisados atingiu a quarta
maior TEA - Taxa de Empreendedores
em Estágio Inicial. A proporção nacional
configura que 51% são homens e 49%
mulheres.
No município de Criciúma, Jerusa
Dalmolin ressalta com muito orgulho que é
a cabeça dos negócios da família. Depois
de participar de um curso promovido pela
Epagri, em parceria com o Serviço Nacional
de Aprendizagem Rural - Senar, substituiu
a produção de gado leiteiro e a plantação
de feijões por uma fábrica de biscoitos.
Há cinco anos fundou Delícias do Campo,
referência em produtos coloniais em todo o
estado de Santa Catarina. “Sempre gostei
de cozinhar, mas nunca havia pensado na
possibilidade como uma profissão. Fiquei
apaixonada com o curso de biscoitos e
já voltei para casa com muitas ideias”,
explica.
A pesquisa do GEM destaca ainda
que para cada empresa aberta porque o
trabalhador teve a necessidade de investir
em um negócio próprio, outras 2,24 são
iniciadas devido à visão do empreendedor,
que enxergou uma oportunidade no
mercado. Visão, inclusive, é uma das
principais características atribuídas
àqueles que almejam sucesso, segundo
a proprietária do Delícias do Campo. “O
empreendedor deve ser uma pessoa que
aposta, com muita coragem e enxergando
sempre à frente. Nem todos possuem
esse pique, pois é um processo diário,
com muitos desafios e o mercado exige
bastante. Mas, com certeza, me considero
uma mulher empreendedora”, pontua
Jerusa.
O Brasil ocupa a 3ª posição no ranking de 54
países analisados pelo GEM. Os
dois primeiros colocados são
China e EUA
A pesquisa Global Entrepreneurship
Monitor é realizada anualmente, por
meio de uma parceria entre o Sebrae e o Instituto Brasileiro
da Qualidade e Produtividade (IBQP)
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Delícias do Campo – produtos Coloniais
integra o quadro de cooperados da Nosso
Fruto, uma cooperativa de agricultores
familiares de Criciúma com oito anos
de existência no mercado agrícola.
Atualmente, o negócio de Jerusa conta
com o trabalho de mais 11 colaboradores,
durante cinco dias da semana e produção
mensal de 15 mil pacotes de biscoitos
e bolachas. São onze tipos de receitas,
produção que atende cerca de vinte
municípios de Santa Catarina, além de
setenta pontos de venda, incluindo grandes
redes de supermercados, padarias,
unidades de menor porte e em parcerias
com a Prefeitura Municipal de Criciúma e
Companhia Nacional de Abastecimento
- Conab. “Abrangemos desde a cidade
de Araranguá, ao Sul, até o município de
Joinville que fica no norte do estado. Mas já
estamos analisando proposta de inserção
também no mercado do Paraná para o
próximo ano”, revela.
Os biscoitos são produzidos
manualmente, o que para a empreendedora
de Criciúma indica diferenciação
diante da concorrência. A
embalagem também atribui
qualidade de apresentação ao
produto. “O mercado possui
diversas empresas que fabricam
o mesmo tipo de alimento, então
deve-se procurar fazer algo que
seja destaque. Procuro desenvolver
receitas saborosas, com técnicas cada vez
mais adequadas à qualidade da saúde, como
redução de gordura trans, por exemplo. Além
disso, envolvendo um trabalho artesanal na
elaboração das embalagens, para que o
cliente sinta o prazer de receber aquilo como
se fosse um presente”.
A escala de produção varia conforme
cada receita, mas o rendimento chega
a alcançar 300 pacotes de 200g em
aproximadamente três horas. Em resumo,
são necessários três momentos: preparo
dos ingredientes, tempo de forno e
embalagem. Em seguida, parte-se para
questões de logística, como transporte,
exposição e venda.
Às vésperas das comemorações natalinas,
Jerusa intensifica a rotina da equipe para
atender a demanda. A partir de novembro e
até o final do mês de dezembro, o trabalho
no Delícias do Campo acontece também
aos sábados. “A bolacha decorada de Natal
torna-se a campeã de vendas alavancando o
faturamento, sendo que já temos programado
aumento da produção em 40%”.
Para presentear amigos e familiares,
Jerusa acrescenta o segmento de cestas
montadas como opção que sempre agrada.
Também elaboradas artesanalmente, elas
variam de R$ 60 a R$ 200. “Comecei este
negócio apreensiva, pensando que eu teria
que disputar com grandes indústrias. Mas
descobri que quando fazemos algo com
carinho de modo diferenciado, não existe
disputa, e os grandes reconhecem também
os pequenos. Para minha família, tudo isso se
transformou em um desafio muito bom, com
diversas conquistas”, conclui.
Delícias que diferenciam
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Órgãos e instituições com funcionamento
no Camelódromo
A Nosso Fruto possui 36 cooperados.
De acordo com a presidente, Loiva
Perdoná, a principal função da cooperativa
é dar assistência aos agricultores na participação de projetos do
governo federal e na realização das vendas, sem que o agricultor deixe de ser pessoa física e utilizando assim o
CNPJ da Nosso Fruto.
por Diego Pivoesan MedeirosCoordenador do curso de
Design Gráfico da Faculdade [email protected]
Nas colunas anteriores sobre design, publicadas nas últimas edições desta
revista, foi possível discutir um pouco sobre identidade visual, valor de marca e mídias
digitais. Agregando a essa discussão, o presente tema abordará sobre o consumidor,
peça chave do sucesso de qualquer empresa. Pesquisar, compartilhar, aprender e surpreender são palavras que nortearão
este texto a fim de pontuar a importância do consumidor em todas as etapas que fazem
relação com sua marca.
Para você, qual a importância do consumidor para o seu negócio? A resposta para essa pergunta pode ser simples e objetiva. Provavelmente você pensou em frases como “total importância” ou “o consumidor é o centro do meu negócio”. Que bom. Mas inicio com essa per-gunta para apontar o quanto o consumidor está envol-vido e para identificar o quanto ele se faz presente em toda gestão da sua marca.
O Branding - ou gestão do design - busca identifi-car o público que sua marca irá atingir como primei-ro passo. Para isso uma ferramenta é imprescindível: a
pesquisa. É importante saber onde o público está, o que consome, o que pensa, o que procura. Hoje as ações de mercado são imediatistas, as pessoas possuem mais acesso a informação e com isso estão mais criteriosas quanto à escolha de marcas.
Vejo marcas locais investindo porcentagens grandio-sas em mídias muito abertas, mas não percebem que seu público se concentra em áreas distintas. Se você sabe onde seu público está, sabe onde investir. Se você sabe onde investir, sabe planejar e não terá problemas em sua comunicação.
Pesquisas de mercado, pesquisas de grupo foco, pesquisas quantitativas e pesquisa em loco no ponto de venda são formas que podem lhe gerar um excelente material de informação. Lembre-se, nesses casos, quem possui informação, possui o poder.
Pesquisar: o conhecimento em primeiro lugar
62 | Liderança Empresarial
A facilidade com as ferramentas online e o acesso a informação fizeram com que o consumidor se tornasse um gerador de conteúdo. Aproveite este gancho e con-quiste seu consumidor para que ele também seja uma ferramenta de divulgação de sua marca. Consumidores satisfeitos compartilham satisfação, consumidores insa-tisfeitos multiplicam insatisfação.
Dentro da gestão da marca, saber como e onde se posicionar é fator decisivo não só perante a seus con-correntes, mas para seus consumidores. Se sua empresa visa buscar novos mercados e públicos, mudar estraté-gias no ponto de venda, fazer um redesign na embala-gem de seu produto podem ser tiros certeiros nessa mu-dança. Claro que, ligado ao primeiro ponto abordado, a pesquisa.
Pense em estratégias que o torne gerador de conteú-do. Una o conteúdo de sua embalagem com algo inte-ressante em seu site, uma ação na internet que mobilize seus consumidores e acima de tudo, evite spans, men-sagens constantes e propagandas inesperadas. Além de odiar spans, o consumidor começará a ignorar sua marca e tudo que for ligado a ela. Equilíbrio e estratégia sempre.
no tangível e intangível. Penso na sua marca como pro-duto.
Ações que aproximem seu consumidor da sua em-presa, que estabeleçam um elo e que agreguem são importantes como fonte de pesquisa e amadurecimento de marca. Aqui se soma a pesquisa, para obter o conhe-cimento, o compartilhar com o consumidor e com isso o aprender junto a ele.
Compartilhar: o consumidor como ferramenta de marketing
Aprender: o consumidor como co-autor
Design participativo, co-autoria, co-criação, são termos muito presentes e atuais em alguns ramos da indústria hoje, como o setor calçadista, de eletrodomésticos, onde o consumidor participa ativamente no desenvolvi-mento de novos produtos, seja em fases iniciais ou até em fases finais ao longo do projeto.
Dar a liberdade de participação no processo, seja ele na criação de um novo produto ou serviço, na va-lidação, nas ideias e testes, é integrar ao projeto quem consumirá seu produto. Quando falo em produto penso
Surpreender: a inovação como meta
Estar sempre à frente da concorrência é meta prioritária para qualquer empresa. Mas estar sempre à frente do pensamento do consumidor é meta para sua empresa? O que quero dizer é que surpreender seu consumidor faz com que ele se apaixone ainda mais pelo seu pro-duto ou serviço. Tornar a compra prazerosa, aliar datas comemorativas e lembranças como ação da empresa e prestar serviços sem que seja cobrado são pontos sem-pre positivos.
A inovação deve estar na missão de qualquer empre-sa, e quando cito inovar, não estou falando em projetar coisas novas, produtos diferentes. A inovação está nas ações, está na estratégia, está na gestão e precisa estar no DNA da empresa.
Muitas marcas são conhecidas por inovar sempre e o grande desafio está em aliar inovação com baixo custo. O alto investimento não é sinônimo de inovação. Muito já foi visto ligando iniciativas inovadoras ligadas a sus-tentabilidade, redesign e simples mudanças na gestão da empresa. Isso tudo pode surpreender e conectar ain-da mais seus clientes a sua marca.
Possivelmente esse texto deixou algo a ser discutido e muitas lacunas foram abertas, pois duas páginas são pequenas para tratar de um tema tão interessante e enri-quecedor. Sugiro uma reflexão e, quem sabe, uma ação dentro da gestão da sua marca. Pense no pesquisar, compartilhar, aprender e surpreender e tente relacionar o quanto seu consumidor está no centro de seus produ-tos e serviços.
diagramação:Laboratório de Orientação em Design
ilustração:Jan Raphael Reuter Braun
Consumidores satisfeitos compartilham satisfação, consumidores insatisfeitos
multiplicam insatisfação.“
revisão:Cláudio José Toldo (SC0640JP)
www.acicri.com.br | 63
Em forma de protesto e buscando a
conscientização da população quanto a
alta carga tributária, a Associação Jovens
Empreendedores de Criciúma – AJE, em
parceria com a Associação Empresarial de
Criciúma – ACIC e Posto São Pedro realizaram
mais uma edição do Feirão do Imposto.
Outros 21 estados participaram do evento
idealizado pela Confederação Nacional dos
Jovens Empresários – CONAJE.
Pelo segundo ano consecutivo foi
realizada a venda de gasolina sem imposto.
O litro da gasolina foi comercializado a cerca
de R$ 1,70 aos primeiros que chegaram
ao Posto São Pedro, na Próspera. O
primeiro da fila foi o funileiro artesanal,
William Bittencourt, que estacionou o carro
no posto próximo da meia noite anterior.
“Cheguei aqui bem antes para garantir que
teria meu carro abastecido. Fiquei sabendo
do Feirão pelo jornal, mas parabenizo a AJE
por um evento como este. A população
deve ficar alerta da alta carga tributária”,
comenta.
Foram comercializados dois mil litros
de combustível sem tributos, mostrando
o impacto da carga de impostos sobre
produtos e serviços. A Federação
Nacional do Comércio de Combustíveis e
Lubrificantes informa que em cada litro de
gasolina, o consumidor paga quase 40%
de impostos e no de diesel, 22%. “Este é
apenas um exemplo do impacto tributário
no dia a dia do brasileiro e a proposta do
evento é mostrar esta situação”, observa o
coordenador do Feirão em Criciúma, Rafael
Antunes.
Além da venda da gasolina sem
impostos, membros da AJE também
realizaram um trabalho de panfletagem,
divulgando a porcentagem dos tributos em
cada produto comercializado. “As pessoas
não sabem qual a real porcentagem de
imposto nos produtos. A população deve
ficar alerta que todo o imposto arrecadado
não está sendo revertido em saúde e
educação como deveria”, revela Rafael.
Foram limitados 20 litros do combustível
por veículo e 10 litros para motocicleta.
Neste ano, o resultado foi ainda mais
satisfatório do que na última edição. “No ano
passado já tivemos um bom resultado, mas
este ano, tivemos a procura de 100 carros a
mais depois de termos esgotado as senhas
para o abastecimento”, conta Antunes.
Para o proprietário do Posto São Pedro,
Paulo Roberto Benedet, apoiar um evento
como este visa mostrar para a população
que o preço da gasolina não é alto devido
ao estabelecimento. “As pessoas só
sabem que a carga de tributos é alta, mas
não sabe quanto. Acham que a gasolina
está cara porque o posto que encarece o
produto. Com esta ação, percebemos no
ato que a população não tem percepção
dos tributos pagos”, relata o proprietário.
Foram distribuídas 100 senhas para
abastecimento e o último veículo da fila
chegou por voltas das 7h da manhã.
“No ano passado já vi que deu fila então
me preparei neste ano, cheguei as 5h da
manhã. É importante que outros órgãos
também participem deste trabalho, mostrar
para as pessoas que estamos pagando
muitos impostos e que pelo menos
deveríamos receber uma contrapartida
disso”, lamenta o vigilante Bertoline Borges
Alves.
O feirão do imposto é realizado há nove anos em todo o país, e em Criciúma a ACIC e AJE realizam o evento há cinco anos. Nas três primeiras edições o feirão era realizado na Praça Nereu Ramos com abordagem da população e panfletagem. Conforme o consultor dos núcleos da ACIC, João José Camargo, a venda de um produto sem imposto gera mais resultado. “Nas edições anteriores não conseguíamos atingir um público tão grande como agora. A venda da gasolina chama muito a atenção”, revela.
Para as próximas edições a AJE pretende conquistar o apoio de mais empresários. “Queremos conscientizar também os empresários que revendem seus produtos com uma alta carga tributária. Precisamos do apoio deles para tornar o evento com maior notoriedade”, finaliza Rafael Antunes.
Combustívelsem impostos
Outras edições
Feirão do imposto em Criciúma atraiuconsumidores
com a venda de gasolina livre de tributos
Paula Darós Darolt | Criciúma
De acordo com Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), até o último dia de 2012, os brasileiros deverão ter pagado R$ 1,6 trilhão em arrecadação tributária. No ano passado, a marca chegou aos R$ 1,512 trilhão. O impostômetro, painel eletrônico instalado no centro capital paulista que registra os impostos pagos aos governos em tempo real, registrou no dia 30 de agosto, R$ 1 trilhão em apenas 252 dias, marca alcançada 15 dias antes do ano anterior. Conforme as pesquisas, os brasileiros estão pagando R$ 4 bilhões de impostos por dia.
Impo$tômetro
64 | Liderança Empresarial
Conceitoe designpara produtos���%���%�������� Criciúma
Com o apoio institucional do Clube da
Decoração e Arquitetura, CDA, união das
empresas de Decoração e Design de
Criciúma, e da própria ACIC – Associação
Empresarial de Criciúma, a Unesc consolida
o seu curso de Bacharelado em Design,
com ênfase em projetos de produtos. O
curso encerra o seu segundo semestre
com o objetivo de formar profissionais
para os diversos segmentos empresariais
e industriais, e aprofundar os modernos
conceitos do Design, com ênfase em
projeto de produtos. Para o clube da
Decoração Catarinense, o curso vai
fortalecer e dar credibilidade ao mercado
de design, divulgando novas tecnologias,
tendências e proporcionando maior
qualificação profissional.
O coordenador do curso, o arquiteto
João Luis Rieth, explica que o curso tem
foco no mercado e trabalha junto aos
acadêmicos uma forte capacitação para
a área tecnológica, com aplicação seja na
produção industrial ou artesanal, e ainda na
formação de designers qualificados para
a prestação de serviços. Os profissionais
também trabalharão o impacto dos novos
produtos no mercado e processo de
produção, incluindo sistemas de simulação
de produtos.
O design de produtos está associado
à atividade de projeto e fabricação de
bens, englobando um grande espectro de
aplicações e percepção de novas demandas
de mercado. Possui interfaces importantes
com várias áreas de conhecimento que
interferem horizontalmente nos sistemas
produtivos e mercadológicos, como o
marketing, as engenharias, informática,
ergonomia, medicina, o metal mecânico,
mobiliário, cerâmico, o de embalagens,
de transportes, revestimentos, acessórios,
produtos esportivos e de lazer, entre outras.
Utiliza metodologias processuais,
qualitativas e quantitativas de planejamento
e projeto para a materialização de produtos.
Quanto ao seu modo de atuação, deve
ser preparado, acima de tudo, para ser
um profissional capaz de estabelecer
as interfaces entre as áreas que atuam
diretamente sobre os sistemas técnicos
e a área comercial da empresa. Hoje é
consenso que o desenho industrial tem
uma importância estratégica, pois além de
agregar valor estético e funcional ao produto
ou serviço, também desenvolve projetos
que tornem o processo de produção viável
e com um bom preço de venda, ou seja,
ao desenhar uma nova cadeira que previna
as dores nas costas o profissional também
deverá estabelecer os materiais que tornem
a produção e a comercialização mais
produtiva e eficaz, atendendo o consumidor
e o produtor, além de cuidar da imagem dos
produtos que vão levar o nome da empresa.
João Luis Rieth adianta que entre
os projetos de futuro está a criação do
Centro de Design, dentro do curso, para
implementação de projetos e difusão
das atividades acadêmicas junto à
iniciativa privada. O Centro estará sob a
responsabilidade da coordenação do
curso, devendo seguir as diretrizes da
UNESC no que se refere á pesquisa,
extensão e captação de recursos. “Este
Centro de Design UNESC poderá incorporar
duas modalidades de experimentos
didático-pedagógicos: escritório modelo e
incubadora de empresas.”, conclui.
O curso se estenderá aos setores do
mobiliário, metal mecânico, cerâmico,
embalagens, transportes, revestimentos,
acessórios, produtos esportivos, lazer,
confecção, jóias, artefatos de qualquer
natureza, artesanato, polímeros, softwares,
traços culturais da sociedade, calçados e
outras manifestações regionais.
Áreas de atuação
Forma de Ingresso: O ingresso será semestral, por processo seletivo inicial: concurso vestibular, sistema SIM UNESC e outros.Número de Vagas Ofertadas por Período: 50 vagas anuais.Duração: 4 anos, incluindo TCC e estágio.
Considere os cinco sentidos básicos que enviam ao cérebro as
sensações e permitem a interação do corpo humano com o mundo
exterior: visão, audição, paladar, tato e olfato. E que tal aliar esta
última característica, o cheiro, com um mercado em expansão no
Brasil, responsável pelo faturamento de mais de 15,4 bilhões de
reais. Estes são os números da indústria de higiene e beleza durante
o primeiro semestre de 2012, segundo a Associação Brasileira da
Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec).
Isso quer dizer que o país ocupa o terceiro lugar no ranking
global, considerado, portanto, um dos mercados desse segmento
que mais cresce. Em 2011, o faturamento no setor representou
1,7% do Produto Interno Bruto (PIB) e a Abihpec calcula que essa
participação deverá chegar a 2% da economia este ano. Mais que
preocupado em satisfazer públicos femininos e masculinos, porém,
os fabricantes de cosméticos estão aperfeiçoando um cenário em
que o aroma vende. Para além, atuando nas emoções dos clientes
e transformando o olfato em uma importante ferramenta do varejo.
A partir do desenvolvimento de
fragrâncias exclusivas, o Marketing Olfativo
pode ser considerado uma estratégia de
comunicação para aquecer as vendas e
fidelizar clientes. Especialista no assunto,
a OMNES Perfumes e Cosméticos está
localizada em Içara, Santa Catarina, com
produção especializada de essências para
ambientes e produtos. Hotéis com alto
índice de ocupação, supermercados,
lavanderias industriais e transportes
públicos estão entre os adeptos da
ferramenta que pode tanto aromatizar
o ambiente quanto neutralizar odores
indesejáveis.
A tecnologia utilizada pela OMNES
garante ainda o consumo pela
rede de vestuário da região, ao
desenvolver perfumes exclusivos e
aplicados diretamente nas peças de
roupas, como o jeans, por exemplo.
Segundo o representante da OMNES,
Teodoro Zappelini, o marketing olfativo
representa uma frente de negócios
ainda pouco conhecida no Brasil, mas
que deve ser vista como um braço do
Marketing de Serviços para alavancar as
vendas. “Trata-se de uma estratégia que
agrega valor à marca, em que o cliente cria
vínculo emocional atraído pela identidade
olfativa do ambiente ou da roupa que está
comprando”, explica.
O proprietário da OMNES, Andrés
Pesserl, destaca que são desenvolvidas
fragrâncias em um período de 30 a 60 dias,
envolvendo pesquisa sobre faixa etária, de
marca, hábitos, público que se pretende
atingir e fabricação do produto. Após,
são realizados testes com o cliente para
aprovação. Ao término do processo,
o empresário adquire a exclusividade
da fragrância, porém não a fórmula,
esta de domínio da própria OMNES.
“É a customização de um aroma e a
garantia de que não haverá o mesmo
cheiro em outros locais. O segredo
está na sutilidade, ou seja, no limite da
percepção em que deve-se despertar
o interesse de quem passa pelo recinto
ou compra uma roupa. Com a fixação
agradável por meio do olfato, é provável
que esse mesmo cliente crie laços
afetivos e de fidelização, destacando
a marca em meio à concorrência”,
ressalta Pesserl.
Marketing Olfativo
66 | Liderança Empresarial
Cibele Córdova | Içara
Que perfumetem a sua
marca?
A OMNES Perfumes e Cosméticos surgiu
em 2004, com alteração de controle acionário
e de gestão em 2011. Com estrutura de
apenas oito funcionários, excluindo-se a
área comercial, hoje abrange os mercados
de toda a região Sul, além de São Paulo
e Goiânia. Possui mais de 50 variedades
de produtos de higiene e de beleza para
homens e mulheres, entre cremes para o
corpo, hidratantes para cabelos, máscaras
para a pele, cremes nutritivos, sabonetes
para as mãos, antibactericidas, loções de
barbear, entre outros. Destaca-se ainda,
a linha Casa e Gourmet com sabonetes
e sprays que sequestram das mãos ou
da cozinha os odores como alho, peixe e
cebola, em um processo de higienização.
Considerando todos os produtos, são
desenvolvidos cerca de 10 a 12 mil frascos
por mês, prevendo-se um crescimento de
20% no segundo semestre de 2012, em
relação ao primeiro
semestre.
Pesserl explica
que o Marketing
Olfativo exige um
trabalho intenso e
progressivo em cada
região, sendo que
aproximadamente
30 clientes já
adquiriram este tipo
de produto. Pode aparentar simples, mas
o processo envolve as etapas de compra
da matéria-prima, que é importada,
formação de lotes de validade, fabricação
da receita, processamento com controle
de temperatura e velocidade de agitação,
por exemplo, descanso para estabilização,
embalagem, rotulagem e expedição. Além
disso, uma amostra pode conter até 18
composições diferentes com odores de
frutas, capim, ervas, madeira e flores, entre
diversas outras referências.
“Acompanhamos as tendências
apresentadas em feiras e encontros
temáticos, para um controle de qualidade de
primeira linha e apresentação internacional
de todos os nossos produtos. O Marketing
Olfativo, porém, tornou-se nosso carro chefe,
considerado um serviço que surpreende o
cliente, incapaz de abrir mão da tecnologia
depois que a conhece”, finaliza Pesserl.
Uma empresa com sede em Içara
A sua vida financeira fica muito melhor com um parceiro que cresce com você e com a sua comunidade.
O Sicredi é uma instituição financeira cooperativa, com os produtos e serviços de um banco, mas com uma
filosofia diferente. Ao invés de clientes, tem associados, que participam dos resultados e têm voz de decisão.
Para nós, ninguém precisa perder para todo mundo ganhar. Ao contrário, gente que coopera cresce. Junte-
se a nós e venha viver bem a sua vida financeira.
Uma instituição financeira também.
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Cartão de Crédito
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COD Brasil: exportação e integração digital
68 | Liderança Empresarial
As empresas exportadoras que utilizam o Sistema COD Brasil para emissão de certificados de origem têm acesso a uma série de vantagens. O sistema gera um banco de dados que facilita o preenchimento da documentação de maneira rápida e segura em relação à emissão tradicional no papel. “Por possuir uma inteligência baseada nos acordos comerciais, reduz em cerca de 90% os principais erros
cometidos na elaboração destes documentos, evitando prejuízos para as empresas. Com a implementação da assinatura digital, as vantagens serão ainda maiores. Os certificados de origem serão disponibilizados eletronicamente para as Aduanas dos países de destino da exportação, que com máxima segurança e rapidez poderão desembaraçar a mercadoria”, explica Tatiani.
A coordenadora da CIN enfatiza
ainda a importância estratégica da certificação de origem digital para facilitar o comércio intrabloco, de maneira mais ágil e eficaz, além do comprometimento e do esforço dos órgãos interessados. “Tais quais, Ministério das Relações Exteriores, Ministério do Desenvolvimento, Aladi, CNI e FIESC para a implantação, de fato, da assinatura digital no Brasil e, consequentemente, nos demais países da Aladi”.
Vantagens do sistema eletrônico
Cibele Córdova| CRICIÚMA
O que éCOD Brasil?Certificado de Origem
Digital
Versão eletrônica do Certificado de Origem atualmente utilizado
(impresso)
Versão padronizada pela Aladi para sua
utilização nos diversos acordos comerciais
Versão digitalmente assinada pelo
exportador e por Funcionário Habilitado
Versão com garantia da autenticidade,
autoria e integridade do documento
Para atestar a origem de uma mercadoria
frente ao mercado internacional e seus
critérios de produção previamente
estabelecidos, as empresas utilizam o
Certificado de Origem. Trata-se de um
documento que atende a diversos objetivos,
entre eles, garantindo o acesso preferencial
ao mercado dos países com os quais o
Brasil mantém acordos comerciais, para
as mercadorias aqui produzidas. Ou seja,
entende-se que o Certificado de Origem
representa um instrumento essencial para a
competitividade do produto brasileiro frente
à concorrência internacional, reduzindo ou
isentando impostos de importação no país
de destino.
Desde 2011, porém, ficou estabelecido
que as entidades brasileiras com
interesse em emitir certificados de
origem preferenciais possuam sistema
informatizado. E para discutir os benefícios
e impactos do Certificado de Origem Digital
(COD Brasil), mais de 70 representantes
de empresas catarinenses, prestadoras
de serviço em comércio exterior, tradings,
entidades públicas e acadêmicos estiveram
reunidos em setembro, em Florianópolis,
para o Seminário “Competitividade na
Exportação por meio da Integração Digital”.
Também estiveram presentes o embaixador
do Ministério das Relações Exteriores (MRE),
Ruy Pereira; representante do Ministério
do Desenvolvimento (MDIC), Cibele
Oldemburgo; representante da Associação
Latino-Americana de Integração (Aladi),
Roberto França; e representante da unidade
de Comércio Exterior da Confederação
Nacional da Indústria (CNI), Ronnie Pimentel.
De acordo com a coordenadora do
Centro Internacional de Negócios (CIN)
da Federação das Indústrias (FIESC),
Tatiani Leal, é preciso destacar diversos
aspectos resultantes do evento. Para ela,
é fundamental que o Brasil permaneça
exercendo seu papel de liderança para a
integração regional da América Latina, e, para
isto, deve tomar a frente na implementação
e disseminação da Certificação de Origem
Digital. “Vale notar que, hoje, países como
Chile, Colômbia, Equador e México já são
percussores na troca de Certificados de
Origem Digitais. Também é recomendável
que as empresas que emitem certificados
de origem nas suas exportações iniciem a
utilização do Sistema COD Brasil o quanto
antes, para que possam ajustar seus
processos internos e estejam preparadas
com antecedência, além de desfrutar desde
agora de toda a segurança e agilidade
oferecida pela ferramenta on-line”.
www.acicri.com.br | 69
Cenário catarinense
“Competitividade na Exportação por meio da Integração Digital”, realizado em Florianópolis
Benefícios de Utilização
GERAISRedução de custos operacionais pela facilidade de comunicação, com uso sistemas de informática, entre exportadores, aduanas e entidades emissoras e maior segurança quanto à integridade do COD.
PARA AS ENTIDADES EMISSORAS
Redução substancial no custo de armazenamento da
informação;
Otimização do tempo de análise e emissão dos Certificados
de Origem;
Maior eficiência no processo de emissão com resultados no
aumento da qualidade do serviço prestado ao exportador e
no atendimento às solicitações do DEINT.
A FIESC já emite certificados de
origem preferencialmente por meio
do Sistema COD Brasil e diversas
empresas catarinenses são usuárias
deste sistema, assim como empresas
de outros estados, por meio das
respectivas Federações de Indústria.
O Sistema COD Brasil tem abrangência
nacional e é gerenciado pela
Confederação Nacional da Indústria
(CNI).
A Associação Empresarial de
Criciúma (ACIC) participa das emissões
de certificados de origem para
exportação por meio da conferência
dos documentos necessários,
assinatura e no cadastramento destes
documentos no sistema Fiesc. De
acordo com a gerente do setor
Financeiro da ACIC, Solange Zanette
Peruchi, o COD é utilizado por algumas
empresas da região desde janeiro de
2011, sendo que outras ainda estão
implementando o sistema. “Para poder
utilizá-lo a empresa precisa cadastrar
algumas informações. Foi estipulado
que até o dia 31 de dezembro deste
ano todas as empresas estejam
cadastradas, sendo que após esta
data a ACIC fará as emissões somente
através do COD”, explica.
Solange acrescenta que são
diversos os benefícios para as
empresas participantes. “Além de mais
agilidade e segurança, a empresa que
for sócia de algum Sindicato Patronal
de Indústria garante um desconto
especial nas emissões. Será bem mais
fácil tanto para o empresário quanto
para a ACIC, pois o certificado estará
livre de erros”, conclui.
PARA O EXPORTADOR E IMPORTADOR
Redução de tempo de duração do trâmite comercial como um
todo;
Eliminação do custo de mobilização até as entidades para a
apresentação de documentos e retirada do COD;
Redução de análises subjetivas;
Diminuição de custos no envio do COD ao importador;
Maior segurança no processo de solicitação de benefícios
tarifários.
Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
As empresas que ainda não aderiram ao Sistema COD Brasil devem realizar o cadastro ������������������������������!� �!���
70 | Liderança Empresarial
O projeto básico de engenharia dos túneis e
sistema viário complementar nos segmentos da
travessia do Morro dos Cavalos está concluído
e aguarda aprovação dos estudos ambientais
para incorporação de subprogramas relativos
ao projeto. Conforme o Dnit, a licitação e a
contratação da obra só serão encaminhadas
após a conclusão do Projeto Executivo – que
depende do Licenciamento Ambiental. Em
maio deste ano, uma audiência pública foi
realizada em Palhoça, para apresentar o projeto
e estudos ambientais para a população. O
Estudo de Impacto Ambiental e o Relatório de
Impacto Ambiental (EIA/RIMA) está em análise
no Ibama.
Túneis Morro dos Cavalos
Para a transposição do Morro do Formigão está projetado um túnel.
Segundo o Dnit, um novo edital de licitação em Regime Diferenciado de
Contratações Públicas (RDC) para a obra, publicado em novembro deste
ano. O RDC tem por objetivos ampliar a eficiência nas contratações, a
competitividade entre os licitantes, promover a troca de experiências e
tecnologias em busca da melhor relação entre custos e benefícios, incentivar
a inovação tecnológica, assegurar tratamento isonômico entre os licitantes e
a seleção da proposta mais vantajosa para a administração pública.
Nesta contratação, a definição do vencedor se dará pelo critério de
julgamento pelo menor preço, a ser apurado na primeira sessão pública, onde
os licitantes apresentarão suas propostas e suas ofertas por meio de lances
públicos e sucessivamente decrescentes, invertendo a sequência rígida da
Lei 8.666/93. Os licitantes terão acesso aos projetos básico e executivo da
obra, mas não haverá a disponibilização do orçamento detalhado da obra,
que será de livre acesso apenas aos órgãos de controle.
Túnel do Formigão
Duplicação da BR-101, aeroporto
Regional Humberto Ghizzo Bortoluzzi,
em Jaguaruna, Anel Viário e Via Rápida
são algumas das obras estruturantes
para o Sul de Santa Catarina,
reivindicadas e acompanhadas
pelas lideranças empresariais da
região. Com uma infraestrutura
considerada não ideal para atrair
novos investimentos e garantir a
permanência de empreendimentos,
o Sul do Estado em obras como
as citadas acima, a esperança é
de que a região, reconhecida pelo
empreendedorismo de sua gente,
volte a entrar no páreo, concorrendo
de igual, com outras regiões
catarinenses.
Uma das obras mais esperadas,
e a mais antiga em curso, é a
duplicação do trecho Sul da BR-101.
Segundo o Departamento Nacional
de Infraestrutura de Transporte (Dnit),
estão concluídos 220 quilômetros
da obra – o que corresponde a 92%
do total – com169 quilômetros de
ruas laterais, 127 viadutos e pontes,
além do Túnel do Morro dAgudo,
no município de Paulo Lopes. No
total, foram aplicados até agora na
duplicação, R$ 1,79 bilhões, dos R$
1,99 bilhões previstos.
As obras de duplicação da
BR-101 estão divididas em duas
fases. A primeira refere-se as obras
contratadas de pavimentação, que
iniciam em Palhoça e seguem até
a divisa entre Santa Catarina e Rio
Grande do Sul, somando 238,5
quilômetros de extensão. No trecho,
dois lotes ainda não foram concluídos:
o 25 (de Laguna a Capivari de Baixo,
e o que mais causa problemas de
congestionamento) e o lote 29 (de
Araranguá a Sombrio). Segundo o
Dnit, a previsão é que ainda este ano
seja concluída parte do pavimento
do local. Os demais trechos estão
com a pista duplicada concluída,
seguindo trabalhos complementares
em Palhoça e Tubarão.
Já a segunda fase das obras
diz respeito aos segmentos que
tiveram elaboração de projetos em
momentos distintos, em função
de questões socioambientais
individuais, como os túneis do
Morro dos Cavalos, em Palhoça, o
Morro do Formigão, em Tubarão e
a ponte de Cabeçuda, em Laguna.
Obras estruturantespara um Sul competitivoMilena Nandi| CRICIÚMA
A construção da ponte para transposição da
Lagoa de Cabeçuda está em andamento, assim
como os serviços de dragagem do canal de
serviço (que permitirá a circulação de materiais
e equipamento para construção dos pilares),
montagem de canteiro de obras (que irá abrigar
aproximadamente 1.500 operários durante o pico
da obra) e salvamento arqueológico. A ordem
de serviço foi assinada em maio deste ano
com a presença da presidenta Dilma Rousseff.
A ponte terá 2.815 metros de extensão, sendo
investidos R$ 597 milhões. Já estão aplicados
aproximadamente R$ 38 milhões. O prazo de
execução contratual é de 1.080 dias.
Transposição da Lagoade Cabeçuda
www.acicri.com.br | 71
Momento de expansão
Governo assume administração do Porto
Aprofundamento da relação com a
cidade
Movimentação
O Governo de Santa Catarina passa a
administrar seu segundo porto a partir da
metade do mês de dezembro. Em Brasília,
o governador Raimundo Colombo se reuniu
com o ministro de Portos, Leônidas Cristino,
na Secretaria Especial de Portos, para a
assinatura do convênio de delegação do
Porto de Imbituba pela União para o Estado.
O convênio tem duração inicial de dois anos,
enquanto o Estado aguarda a publicação
de um marco regulatório para o setor. “É um
momento de virada para o Sul. Queremos
levar para o município e à região o mesmo
desenvolvimento observado em Itajaí com o
porto municipal”, disse o governador.
Na prática, a máquina estadual passa a
ter o controle de um dos portos com maior
potencial de crescimento e com uma das
melhores condições naturais do país. E essa
gestão será realizada pela SC Participações
e Parcerias - SC Par. O convênio da gestora
atual, a Companhia Docas de Imbituba, foi
formalizado em 1942 e se encerra no dia 15
de novembro. A nova estrutura se soma ao
Porto de São Francisco, que já é administrado
pelo Governo e teve seu período prorrogado
por um ano. O convênio atual venceria no dia
30 de novembro. “Agora temos dois braços
para fomentar o desenvolvimento de Santa
Catarina. No Estado são cinco portos, em
uma concorrência importante e saudável
entre privados, municipais e estaduais”,
explicou Colombo.
O porto foi administrado durante 70
anos pela Companhia Docas de Imbituba.
Era, portanto, o único porto público do país
administrado por uma empresa privada.
Como concessionária e na qualidade de
Autoridade Portuária, a Companhia Docas
de Imbituba tinha como funções principais,
gerenciar e fiscalizar todas as atividades e
operações portuárias, funções que passam
agora a ser responsabilidade do Estado,
exercidas por meio da SC Parcerias.
(Informações Thiago Santaella,
Secretaria de Estado de Comunicação)
Há anos o Porto de Imbituba não vivia um
período tão próspero. Em agosto deste ano,
teve a movimentação recorde dos últimos
23 anos, com 280.638 toneladas, abaixo
apenas do registrado durante o final dos anos
80, quando a atividade carbonífera no Sul de
Santa Catarina estava em pleno vapor. Aliado
ao crescimento no fluxo de serviços há uma
série de projetos em curso ou planejados,
dentro do movimento de revitalização do
Porto, iniciado há alguns anos.
Entre as obras já realizadas, está a
ampliação dos cais 1 e 2, realizada pela Santos
Brasil, empresa arrendatária dos Terminais de
Contêineres do Porto de Imbituba, e dois
portêineres, com capacidade de atender as
maiores embarcações do mundo. Segundo
Jeziel Pamato, administrador do Porto
de Imbituba, também há investimentos
em obras para que o Porto se adeque
às exigências legais em relação ao novo
desenho do recinto alfandegado. “Com
as alterações, a segurança do Porto irá
melhorar a infraestrutura dos escritórios
das autoridades federais intervenientes.
Até o final do ano, todas elas devem estar
em pleno funcionamento em suas novas
locações”, afirma.
Já no quesito projetos, um dos mais
aguardados é a dragagem do Porto – obra
prevista no PAC 2 e em fase de licitação –
que irá ampliar a capacidade operacional
do Porto. “Com a dragagem teremos
capacidade para movimentar 10 milhões
de toneladas de cargas e 970 mil TEUs
(unidade de medida para contêineres de
20 pés). Estamos nos preparando para
que em cinco anos nossa movimentação
esteja em 700 mil TEUs por ano, podendo
chegar a 25 milhões de toneladas por ano”,
explica. E ainda para este ano, um sistema
de reconhecimento automático de veículos
– através do escaneamento das placas nas
portarias – deve ser implantado no Porto.
Para Pamato, as obras contribuirão
substancialmente para a melhoria do
atendimento e segurança do Porto.
“Tudo o que estamos investindo é para
nos adequarmos melhor às normas,
protegermos nossa área alfandegada e
contribuir para o crescimento do Porto.
Nossas ações nos preparam da melhor
maneira possível para o grande fluxo diário
que está prestes a se consolidar”, afirma.
Integrar os equipamentos históricos do
Porto em um espaço amplo no Canto da
Praia da Vila é a proposta para resgatar a
relação Porto x Cidade. Segundo Pamato,
o acesso seria livre para moradores e
turistas da área urbanizada. Elementos
históricos de referência serão incluídos
como os prédios do Escritório Central e
da antiga Cooperativa e ainda a capela de
São Pedro da Praia, que necessitaria ser
realocada. “Também há a possibilidade
de construirmos um grande espaço na
orla, com área contemplativa para as ilhas
Santana de Dentro e Santana de Fora,
aumentarmos a integração e a utilização
das trilhas do Morro do Farol e um grande
espaço para realização de eventos, criando
mais um parque para Imbituba”, conta.
Em agosto de 2012 a movimentação
do Porto de Imbituba foi a maior dos
últimos 23 anos e 9 meses, com 280.638
toneladas. O recorde anterior foi de
318.476 toneladas em novembro de
1988, quando o Porto vivia o auge da
movimentação do carvão, chegando a
quase 3 milhões de toneladas anuais.
No mês de agosto foram 22 navios
atracados, sendo 19 de longo curso
(navegação entre portos internacionais) e
três de cabotagem (navegação na costa
brasileira). As cargas mais movimentadas
foram o coque de petróleo (108.874
toneladas) e o sal (59.510 toneladas),
ambos na importação de longo curso.
A média mensal de 2012 está em
177.316 toneladas, totalizando 1.418.526
toneladas que passaram pelo Porto, em
105 navios, até agosto.
Segundo Pamato, o recorde é uma
prova do potencial do Porto. “A tendência
de crescimento está se consolidando. O
terminal de Conteineres já conta com três
linhas de navegação e, com o trabalho
comercial desenvolvido pelo Terminal,
em breve poderemos ter mais serviços
com novos destinos para importação e
exportação da produção de mercadorias
do Sul do Brasil”, comenta o administrador
do Porto. “Entendemos que o nosso
Porto está efetivamente preparado para
oferecer à cadeia produtiva as melhores
condições logísticas e custos altamente
competitivos para o enfrentamento da
atual crise mundial”, complementa.
72 | Liderança Empresarial
O alunoproblema
Pela vivência como psicoterapeuta e
educador fez-me ordenar um conjunto de
ideias correlacionadas com o cotidiano
escolar baseadas na tríade família/educando/
educador e sua dinâmica frente a produção
cognitiva e comportamental. Não há como
negar à influência simbiótica nesta relação
desencadeada e mantida pela autorização/
ortogação da responsabilidade psicoafetiva
educacional (?) dos pais frente ao educador,
sendo frutos desta ligação a admiração e
ventilação afetiva bem como, angústia, raiva,
agressividade e inibições.
As projeções agressivas são
direcionadas para as relações interpessoais
fazendo da instituição escolar um alvo
constante de conflitos psíquicos e,
ao mesmo tempo, um amortizador
ansiogênico neurótico de natureza
compensatória e como bem fala C.G.Jung
toda compensação resulta em perdas e
como consequências agravamento de seu
comportamento desajustado. Por ironia ou
caos é o educando o primeiro e único a
sofrer punições, sanções e transgressões
pedagógicas do corpo funcional da
instituição tornando-o inconscientemente
uma personae non gratae frente sociedade,
família e escola; como resposta obtemos
um agravamento de seus aspectos psico
sócio afetivos. O “aluno problema” após
todos os procedimentos convencionais
Ibidem adotados pela escola é solicitado o
comparecimento dos responsáveis (?) em
prol a uma solução. Certa vez realizei uma
analise gestaltica frente a uma fábula... um
certo dia o filósofo coelho viu-se intrincado
a saber das razões dos eternos conflitos
entre os lobos e seu povo e decidiu
procurar o governador lobo para uma
conversa informal; chegando na cidade
foi prontamente recebido no salão oval.
Ficaram cerca de três horas dialogando;
o Exmo.Lobo afirmava que devido a
globalização, crises cambiais, mídias
interativas, guerras e catástrofes não se
justificaria mais as desavenças darwinistas
entre lobos e coelhos e que todas as
perseguições e caças não passava de mitos
populares preconizados pelos ascendentes
Leporidaes.Resolveram fazer uma grande
festa para selar a confraternização entre
os dois povos...o prato principal foi coelho
a parmegiana. M. Klein em 1942 afirmava
que é inoperante toda a tentativa de
adaptação do comportamento e superação
de conflitos quando o binômio pais-filhos
se encontram em processos operacionais
defensivos sublimatórios ou seja, deve
haver no primeiro momento a acareação
afetiva do núcleo familiar para depois
atender as condições psicopedagógicas.
A criança atualmente tornou-se um alvo
projetivo de conflitos, angústias e punições
dos pais, religiões, mídias e política. Sob
as égides “jovens do futuro” emprega-
se uma série de cobranças desprovidas,
castrações e punições enquanto que
a afetividade, compreensão e diálogo
ficam a cargo da orientação educacional,
professores, psicólogos em primeiro
momento e posteriormente da Xuxa, Mc
Donald’s, malhação, BBB, roupas e tênis
de grife, internet e shopping centers.
Ibrahim Georges Cecyn MoussaPedagogo, Terapeuta Ocupacional e
�� �"��#���$��%���������&�'����� ���# ��da Aprendizagem e Neurociências pelo
CENSUPEG (Centro Sul-Brasileiro de Pesquisa, Extensão e Pós-Graduação);
Mestre em Psicologia pela UFPR. Doutorando em Educação pela UNIMEP - SP.
74 | Liderança Empresarial
O senhor define 2012 como um ano
atípico. Que razões levaram o senhor a
esta conclusão?
Foi um ano diferente, onde se notou
na Europa uma grande retração no PIB,
a China não alcançou o crescimento
desejado e os Estados Unidos passaram
o ano se recompondo para tentar alinhar
sua economia. Ainda na China e nos
Estados Unidos os processos políticos
para escolha de novos mandatários, tudo
isto refletiu na economia mundial que
andou meio em compasso de espera.
Como o senhor vê a Europa para
2013?
Como a Europa chegou “ao
fundo do poço”, a tendência agora
é que retome seus rumos e se
estabilize, levando sua economia ao
crescimento, mesmo que seja pouco.
Não acredito que o caos deste ano se
repita na Europa.
E a China?
A China, como não teve grande
crescimento nas exportações, até
em função da crise no mercado europeu,
está se voltando mais para o seu mercado
interno.
A mudança no comando político
da China vai mudar muito o quadro
econômico?
Na China, está entrando uma nova
geração de gestores. Lá as mudanças
ocorrem por gerações e esta que está
assumindo está sinalizando que vai ser
voltada para o consumo interno. A renda
per capita chinesa é muito baixa e esta
nova geração via querer melhorar a renda
interna.
Como o Mundo viu estas mudanças?
O mundo viu em compasso de espera.
Como as turbulências estão se acalmando,
os empreendedores de novo começam a
acreditar no desenvolvimento.
E o empreendedor brasileiro? Acredita
que o Brasil vai crescer 4% em 2013
como diz o ministro do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior, Fernando
Pimentel ?
Nós acreditamos que vamos crescer
em 2013. Não 4% como diz o Ministro,
mas vamos chegar perto disto porque
estamos vendo os investimentos em
infraestrutura, temos os jogos da Copa do
Mundo, financiamentos para a construção
civil, que mexem com o país. Já se nota
uma melhoria no humor do consumo, da
produção e do povo brasileiro.
E 2013 para a ACIC?
Será um grande ano para a ACIC.
Nesta gestão de quatro anos a ACIC vai
dobrar sua estrutura física e vai se tornar a
“biblioteca” do empresário.
Uma biblioteca?
Os livros vivos são os fatos reais e
cada empresário é um livro vivo. Nosso
conceito de “biblioteca” é para a ACIC se
tornar um centro onde os empresários vão
se reunir para discutir problemas e ideias,
opinando, discordando e debatendo. É
um conceito de multiplicação de ideias
e para tanto vamos promover muitos
seminários e palestras. Isto é bem
mais que uma bibliotea. Nós queremos
uma ACIC na liderança da busca de
informações.
Feiras&Feiras O Futuro da Indústria
“Nós queremos uma ACIC na liderança da
busca de informações”
Ao chegar ao final de 2012, o
empresário presidente da ACIC, Olvacir
Fontana, analisa que este foi “um ano
atípico”. Olhando para frente, diz que
tem boas expectativas para 2013, que
será “um grande ano para a ACIC” e
espera ver a entidade transformada em
um grande centro de negócios.
O Sindicato das Indústrias do Vestuário de
Criciúma e Região, Sindivest, formalizou seu
apoio à realização da Fenafashion, feira que
reunirá em Criciúma, de 23 a 29 de julho de
2013, a cadeia de fornecedores da indústria
da moda. “Este evento deve fortalecer
nosso setor e por isto conta com o apoio da
entidade”, afirma Roberto Benedet, presidente
do Sindivest.
A Federação das Indústrias do Estado de Santa
Catarina (FIESC), preocupada em analisar o futuro
da indústria catarinense e identificar setores de
atividade e áreas estratégicas de desenvolvimento,
iniciou um processo de reflexão por meio do
Projeto Setores Portadores de Futuro para a
Indústria Catarinense. Em Criciúma, o Painel de
Especialistas da Messoregião Sul foi realizada dia
28 de novembro.
Joice [email protected]
Mercado.Sul
www.acicri.com.br | [email protected] | (48) 3461-0903Rua Eernesto Bianchini Góes, 91 - Próspera - Cxa Postal 73 - CEP 88815-030 - Criciúma - SC