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Liderança e Espiritualidade “Os grandes líderes são aqueles capazes de responder por meio dos níveis elevados do espírito” - Deepak Chopra, médico indiano, estabelecido nos EUA, “A Alma da Liderança”, Revista HSM Management 33 julho/agosto 2002. A palavra “espírito”, aqui presente, não é uma ligação com algo religioso, pois é comum relacionarmos “religiosidade” com “religião” e não é a intenção trazer aqui qualquer proselitismo religioso. Quando alguém fala de espiritualidade muitos torcem o nariz, ainda mais no meio corporativo, mas as coisas estão mudando. Essa “espiritualidade” é um nível superior de consciência em gestão. Um líder age na certeza de seus propósitos e convicções que só ele vê e precisa fazer com que outros acreditem nessa mesma visão. Para o neurocientista Paul Mac Lean é no Neocortex, uma das áreas mais avançadas do cérebro, que ocorrem processos neuroquímicos além das reações físicas. Seria a nossa “espiritualidade”? Poderíamos inferir que sim e essa “espiritualidade” é natural em todos nós. Processos avançados em nossas atividades de raciocínio nos dão possibilidades “transcendentais” de autoconhecimento, automotivação, autoconfiança e de autogestão. No livro, “Paixão por Vencer, a Bíblia do Sucesso”, Ed.Campus,2005, Jack Welch em nossa visão ilustra como hierarquizar as competências e fazer com que cada um se auto-analise, mensurado por seus próprios indicadores internos, que chamaríamos de “auto- feedback”, uma resposta a si mesmo.

Liderança Espiritualidade

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Adams Auni, formaliza o conceito de liderança e espiritualidade e fundamenta a sua aplicabilidade executiva.

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Liderança e Espiritualidade

“Os grandes líderes são aqueles capazes de responder por meio dos níveis elevados do espírito” - Deepak Chopra, médico indiano, estabelecido nos EUA, “A Alma da Liderança”, Revista HSM Management 33 julho/agosto 2002.

A palavra “espírito”, aqui presente, não é uma ligação com algo religioso, pois é comum relacionarmos “religiosidade” com “religião” e não é a intenção trazer aqui qualquer proselitismo religioso.

Quando alguém fala de espiritualidade muitos torcem o nariz, ainda mais no meio corporativo, mas as coisas estão mudando.

Essa “espiritualidade” é um nível superior de consciência em gestão.

Um líder age na certeza de seus propósitos e convicções que só ele vê e precisa fazer com que outros acreditem nessa mesma visão.

Para o neurocientista Paul Mac Lean é no Neocortex, uma das áreas mais avançadas do cérebro, que ocorrem processos neuroquímicos além das reações físicas.

Seria a nossa “espiritualidade”? Poderíamos inferir que sim e essa “espiritualidade” é natural em todos nós.

Processos avançados em nossas atividades de raciocínio nos dão possibilidades “transcendentais” de autoconhecimento, automotivação, autoconfiança e de autogestão.

No livro, “Paixão por Vencer, a Bíblia do Sucesso”, Ed.Campus,2005, Jack Welch em nossa visão ilustra como hierarquizar as competências e fazer com que cada um se auto-analise, mensurado por seus próprios indicadores internos, que chamaríamos de “auto-feedback”, uma resposta a si mesmo.

Em 1983, Howard Gardner, introduziu a ideia dos conceitos de inteligência intrapessoal (capacidade de compreender a si mesmo e de apreciar os próprios sentimentos, medos e motivações) e de inteligência interpessoal (capacidade de compreender as intenções, motivações e desejos dos outros).

“... Podemos dizer que possuímos duas mentes... Dois tipos diferentes de inteligência: racional e emocional... devemos buscar um equilíbrio entre ambas.” Inteligência Emocional, Daniel Golemam, Ed.Objetiva, 1996 e o Poder da Inteligência Emocional, Ed. Campus, 2002.

O executivo em busca de respostas encontra o monge ou será a própria consciência? Ou seriam suas múltiplas inteligências? Seria essa a moral de: O Monge e o Executivo, James Hunter, Ed. Sextante?

Qual o percentual de aplicabilidade na sua empresa do conceito “líder servidor”?

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A.Maslow, psicólogo americano (1908-1970), em sua Pirâmide de Necessidades, estabelece 5 níveis de necessidades do ser. A base, são as necessidades fisiológicas e o vértice a auto-realização. Hoje, é possível visualizar essa mesma pirâmide de forma invertida. O vértice é a base, onde os valores para as necessidades básicas teriam menor peso. E agora, a área maior é a da auto-realização, expressando uma importância bem maior.

Ken Blanchard (co-autor de Gerente Minuto e Quem comeu o meu Queijo) nos diz em seu livro “Lidere como Jesus”, RJ- Ed. Sextante,2005, que o líder servidor compartilha, envolve, transmite, delega, conversa, aconselha, direciona, orienta, ensina, ouve, convive e serve.

“... Acreditar em seu potencial é uma qualidade de liderança fundamental...” pag. 23, Jesus, O maior líder que já existiu, Laurie B.Jones, RJ-Ed.Sextante,2006, propõe um comportamento pleno de autoconhecimento e autoconfiança inspiradora para sua equipe.

Parece que esse tipo de liderança espiritualizada promove muita conversa, resiliência excessiva e nada de resultado, mas não é bem assim. O que vai determinar o resultado é a reciprocidade dos liderados, compartilhando a mesma visão, missão, objetivos e valores.

Um bom líder exigirá resultados compatíveis e aplicáveis inerentes a sua atividade.

O líder precisa comunicar-se e comunicar a sua idéia a todas as pessoas, não importa os veículos que precisar, pois de que outra forma poderia liderar aqueles que desconhecem do que está falando?

“A convicção de minha alma afirma ser a oração o maior poder de todo o universo...” Liderança espiritual segundo Spurgeon, Steve Miller,SP- Editora Vida, 2003.

Líder é aquele que lidera em todas as posições, não precisa estar sempre a frente ou ser sempre o primeiro para que o sigam.

“... O líder impaciente para as fraquezas de seus liderados terá uma liderança deficiente. A evidência de nossa força não está no fato de podermos correr a frente, mas estarmos dispostos a adaptar nosso passo rápido ao passo moroso do mais fraco, sem com isso prejudicar a liderança.” Pag. 62, Liderança espiritual, J. Oswald Sanders, Ed. Mundo Cristão, 1985.

“O desenvolvimento da autoconsciência ampliando seu horizonte interior promove o conhecimento de si mesmo e nesse momento adquire a possibilidade de conhecer, entender e aceitar os outros...” Pag.22-23, Como integrar liderança e espiritualidade, Jair Moggi e Daniel Burkhard, RJ- Ed. Elsevier,2004.

“... Um líder espera oposição... Não há oportunidade sem oposição... A maior motivação da vida não é externa nem a interna, mas a eterna... Os grandes líderes vêem tanto o real como o irreal...” Cap.IV – Como um líder motiva, Liderança com Propósitos, Rick Warren,SP- Ed. Vida, 2005.

“Capital espiritual é um novo paradigma ...”pag.39 , “É a espiritualidade vista como algo capaz de causar melhorias – e não como uma ênfase religiosa...” pag.49. É usar três tipos de inteligência: Racional (QI), Emocional (QE) e Espiritual (QS), para obter êxito dentro e fora de nós mesmos. Capital espiritual, Danah Zohar e Ian Marshall, RJ-Ed. Best Seller, 2006 (autores de QS Inteligência Espiritual)

Equilíbrio, foco, gestão, organização, planejamento, ética, bem estar, auto-realização, etc.. Equilíbrio no trabalho, princípios da filosofia budista para melhorar o dia-a-dia estressante, Michael Carrol, Ed. Best Seller, 2006.

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Somos treinados para conquistar e vencer os opositores, independente que sejam do nosso time ou não.

Essa posição do Ego muda no despertamento de si mesmo.

Esse acordar, promove “autodescobertas”.

É preciso estar pronto, não perder tempo e ajustar o foco nas mudanças que estão ocorrendo.

Liderança e espiritualidade não deveriam apresentar uma dicotomia, mas apresentar um continuum. O que promove essa ruptura do continuum é o entendimento ainda obliterado de líderes ao liderar pessoas, idéias e opiniões com uma visão limitada.

Liderança com “espiritualidade” é transcender esses limites.