LINGU ÍSTICA TEXTUAL - Biblioteca Virtualbiblioteca.virtual.ufpb.br/files/linguastica_textual_1360183766.pdf · De acordo com Koch (2004), a primeira fase se deteve ao estudo dos

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  • LETRAS | 1

    LINGUSTICA TEXTUAL

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    LINGUSTICA TEXTUAL CARLA ALECSANDRA DE MELO BONIFCIO JOO WANDEMBERG GONALVES MACIEL

    Apresentao

    Caros Alunos,

    Dando continuidade ao trabalho iniciado pelas disciplinas de Leitura e Produo de Texto I e II, a

    disciplina de LINGUSTICA TEXTUAL abordar a histria dos estudos sobre o texto, discutindo suas vrias

    concepes, questes relativas ao seu funcionamento, bem como processos e estratgias de sua

    construo, de maneira que o objetivo da disciplina acompanhar o quadro evolutivo dos estudos da

    Lingustica Textual e sua contribuio metodolgica e didtica para o estudo do texto.

    Para alcanarmos esse objetivo, dividimos a disciplina em quatro unidades temticas: a primeira

    contemplar um breve histrico da Lingustica Textual de modo que o aluno tenha uma viso de onde e

    quando ela surgiu, qual o seu objeto de estudo e quais as suas fases at os dias atuais.

    A segunda unidade versar sobre os articuladores textuais que tm sido objeto de reflexo da

    Lingustica Textual desde os seus primrdios, uma vez que um texto no simplesmente um amontoado de

    palavras ou uma sequncia de frases isoladas, mas sim uma unidade lingustica com propriedades

    estruturais especficas. Dentre os vrios mecanismos articulatrios sero elencados: repetio de itens

    lexicais, paralelismo, parfrases, recorrncia de elementos fonolgicos, de tempos verbais.

    No tocante aos vrios assuntos da Lingustica Textual, a terceira unidade ter como prioridade a

    discusso sobre o conceito de intertextualidade, a sua importncia no processo da leitura e da escrita,

    levantando questes relativas ao seu papel no processo ensino aprendizagem da lngua portuguesa de

    modo que possa contribuir efetivamente na formao do aluno do Curso de Letras.

    Finalmente, a quarta unidade contemplar os gneros textuais emergentes na mdia virtual e no

    ensino, uma vez que diante da penetrao e do papel da tecnologia digital na sociedade contempornea e

    das novas formas comunicativas aportadas, o estudo da comunicao virtual na perspectiva dos gneros

    particularmente interessante porque a interao on line tem o potencial de acelerar enormemente a

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    evoluo dos gneros, tendo em vista a natureza do meio tecnolgico em que ela se insere e os modos

    como se desenvolve.

    Com este material em mos, pretendemos contribuir para sua formao e ao mesmo tempo

    esperando a sua avaliao, sugesto e opinio, de maneira que a participao ser essencial para o bom

    desenvolvimento do nosso trabalho em uma grande parceria em prol do sucesso intelectual e profissional.

    Para tanto, vamos construir juntos, trocando experincias.

    Um abrao fraterno!

    Os autores

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    UNIDADE I

    BREVE HISTRICO DA LINGUSTICA TEXTUAL

    Como se sabe, foi na dcada de 60 na Europa, especialmente na Alemanha, que a lingstica textual

    comeou a desenvolver se como cincia da estrutura e do funcionamento dos textos. De acordo com

    Fvero (2010), a origem do termo lingstica textual encontra se em Cosriu1 embora, no sentido que lhe

    atualmente atribudo, tenha sido empregado pela primeira vez por Weinrich2.

    O objeto de investigao da Lingustica Textual no mais a palavra ou a frase, mas sim o texto,

    uma vez que os textos so formas especficas de manifestao da linguagem. Dentro desta perspectiva, a

    Lingustica Textual ultrapassa os limites da frase e concebe a linguagem como interao. Assim, justifica se

    a necessidade de descrever e explicar a lngua dentro de um contexto, considerando suas condies de uso.

    Dentre as causas do seu desenvolvimento, possvel mencionar as falhas das gramticas da frase

    no tratamento de fenmenos como a referncia, as relaes entre sentenas no ligadas por conjunes, a

    ordem das palavras no enunciado, a entoao, a concordncia dos tempos verbais, fenmenos estes que s

    podem ser explicados em termos de texto ou em referncia a um contexto situacional.

    Portanto, o que legitima a Lingustica Textual a sua capacidade de explicar fenmenos

    inexplicveis por meio de uma gramtica do enunciado, tambm chamada de Lingustica do Discurso que,

    para Marcuschi (apud BENTES, 2001) seu surgimento deu se de forma independente, em vrios pases de

    dentro e de fora da Europa Continental, simultaneamente, e com propostas tericas diversas, havendo,

    assim, no s uma gradual ampliao do objeto de anlise da Lingustica Textual, mas tambm um

    progressivo afastamento da influncia terico metodolgica da Lingustica Estrutural saussuriana.

    importante ainda salientarmos, antes de irmos para as fases da Lingustica Textual que, de forma

    geral a Lingstica Textual teve alguns precursores histricos distintos, conforme aponta pesquisa de

    Tafarello e Rodrigues (1993), que corresponde a trs grandes linhas de pensamento: a Retrica Clssica

    (Empdocles, Corax, Tsias) que das suas cinco partes duas tm relao com a lingstica do texto: uma diz

    1 COSRIU, E. 1955. Determinacin y entorno. Dos problemas de uma lingstica del hablar. Romanistisches Jahrbuch,7: 29 54.2 WEINRICH, H. 1966. Linguistik der Lge. Heidelberg, Verlag Lambert Schneider.

  • LETRAS | 6

    respeito definio de operaes lingsticas subjacentes produo do texto, ou seja, a sua

    microestrutura; a segunda refere se localizao do texto no processo global de comunicao, ou, a sua

    macroestrutura.

    A outra linha de pensamento foi a Estilstica que se serviu da retrica, da gramtica e da filosofia. A

    Estilstica tinha por objeto todas as relaes acima do nvel da frase, considerando que at bem pouco

    tempo a maior unidade da lingstica era a frase.

    A terceira e ltima linha de pensamento foi a dos Formalistas Russos, pertencentes ao Crculo

    Lingstico Moscou. Dentro os quais tm Propp (analisou as estrutura dos contos populares), Jakobson

    (rompeu com os padres tradicionais de anlise de texto) a partir do esquema de comunicao (emissor,

    canal, cdigo, interlocutores etc.)

    De acordo com Tafarello e Rodrigues (1993) tambm h precursores stricto senso, que de uma

    forma ou de outra tiveram sua ateno voltada para o texto. Fazem parte deste conjunto de precursores:

    Hjelmslev, Harris, Pike, Jakobson, Benveniste, Pcheux, Orlandi, entre outros.

    Aps termos, brevemente, explicado quando, onde e quais as causas do surgimento da Lingustica

    Textual, esboaremos neste momento, as suas fases, que para Bentes (2001), na histria da constituio da

    Lingstica textual no se pode ter com preciso uma sequncia cronolgica e homognea no

    desenvolvimento das teorias da lingstica de texto, porm, podem se definir trs momentos tericos e

    bastante diferentes entre si:

    1 FASE 2 FASE 3 FASE

    Transfrstica

    As gramticas textuais

    Elaborao de uma teoria de texto

    Tentaremos explicar, a partir de agora, como se deu cada uma dessas fases:

    1 Fase: Transfrstica

    De acordo com Koch (2004), a primeira fase se deteve ao estudo dos mecanismos interfrsticos que

    fazem parte do sistema gramatical da lngua, cujo uso possibilitaria a duas ou mais sequncia ao estatuto

    de texto.

    Nesta poca, os estudos possuam orientaes diversas, podendo ser estruturalistas, gerativistas ou

    at mesmo funcionalistas e dentre os fenmenos a serem explicados podemos citar a correferncia, a

  • pronominal

    tempos ver

    No

    observado

    ultrapassav

    exemplo, ac

    i

    denomina

    Hartmann (

    de enunciad

    Par

    neste caso,

    essencialme

    pena cha

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    Os

    transfrstic

    coerncia,

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    No

    de construi

    entre as par

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    bais, entre o

    entanto, um

    que essas

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    contece com

    nteressante

    es para o

    (1968), cad

    dos para Ise

    a que voc e

    Ao anal

    Maria. A

    ente pela pr

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    ma sequncia

    elementos

    a. Um fato

    que ocorria

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    exemplo aci

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    rtes dos enu

    leo do art

    outros.

    ma vez que a

    gramticas

    e das frases

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    acrescenta

    texto como

    eia de prono

    enberg (1971

    entenda melh

    Maria saiu

    lisarmos a fr

    ligao que

    edicao do

    o para o fa

    a a existnci

    de coeso,

    que chamo

    mesmo no

    :

    Chamei po

    ima, mesmo

    do global da

    nciados.

    Lembrete!

    Voc pode a q, e ledendo aumenta

    o ou indefin

    s da frase tin

    am limita

    diam ser vist

    nesta fase

    mplo, frase

    es ininterrup

    a de pressup

    analisar a seg

    a estava com

    notvel a l

    re Maria e o

    entos, e no

    s esse elem

    to.

    conjunes,

    o de muitos

    as conjune

    um me ouvi

    ncia do con

    porque pod

    cessarm/articles/1636er um artigo naar mais ainda os

    ido), a orde

    nham como

    es, j que

    tas/ analisad

    que muitos

    complexa

    ptas para H

    osies par

    guinte frase:

    m muito medo

    igao entre

    o pronome E

    apenas por

    mento de co

    , tambm f

    s estudiosos

    es em dado

    iu.

    ectivo (mas)

    e estabelece

    68/1/LINGUISTIa ntegra sobres seus conhecim

    m das palav

    unidade de

    elas no t

    das no inter

    s estudioso

    , signo ling

    Harweg (196

    ra Bellert (19

    :

    o.

    e o pronome

    ELA (co refe

    uma quest

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    foram tema

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    trecho, com

    ), o ouvinte/

    er as relae

    CA TEXTUAL Ea LINGUSTICAmentos sobre o

    LETRAS |

    vras, a conco

    estudo o en

    traziam os

    rior do texto

    os apresenta

    gustico prim

    8), sequnc

    970).

    e Ela e o ref

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    acionado p

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    SEUSTEXTUAL E SEU

    o assunto.

    7

    ordncia dos

    nunciado, foi

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    aram vrias

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    US

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  • 2 Fase: G

    Seg

    objeto de e

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    de maneira

    em conside

    Exp

    textuais oco

    1) a

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    capaz tanto

    possvel que

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    S lembabordag

    LETRAS | 8

    Gramtica

    gundo Marcu

    estudo da lin

    por todos os

    da sequncia

    a anloga, es

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    plicando melh

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    a percepo q

    para a com

    falante.

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    o de produz

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    brando, j egem no volu

    as de texto

    uschi (1998),

    gustica, pro

    s usurios d

    a de frases co

    sta segunda

    mada compe

    hor, querem

    ois fatores im

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    ea os diver

    essas compe

    Do ebase

    Assimoutrque

    studamos aume 2 em L

    o

    , as gramtic

    ocurando est

    da lngua. Ta

    onstitui ou n

    fase da ling

    etncia lingu

    mos dizer que

    mportantes:

    extos no ap

    e textos seria

    egou se a co

    ditos quant

    sos tipos tex

    etncias, CHA

    exposto acime apenas na s

    m, essa impora forma de tse configura

    a Teoria GerLinguagens:

    cas do texto

    tabelecer um

    l sistema pe

    no um texto

    ustica textu

    stica do fala

    e a transio

    resentavam o

    a essencial q

    ncluso que

    to de ter a c

    xtuais como o

    AROLLES (19

    ma, podemossoma de fras

    ortante questratamento pa como a seg

    rativa. Vocusos e refle

    o introduzira

    m sistema de

    ermitiria que

    o e se esse te

    ual, recebeu

    ante.

    o da fase tra

    o fenmeno d

    que se levas

    e todo falant

    capacidade

    o narrativo,

    983) expe q

    concluir queses no estav

    sto abre o ppara o texto,gunda fase da

    pode a quaexes, p.77

    m, pela prim

    e regras finito

    e os usurios

    exto bem f

    influncias d

    nsfrstica pa

    da co-referen

    se em consid

    te de uma d

    de elaborar

    descritivo, d

    que o falante

    e a constituiva funcionan

    precedente psurgindo as

    a Lingustica

    alquer mom

    meira vez, o

    o e recorren

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    formado. De

    do gerativism

    ara a fase de

    nciao;

    derao o c

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    issertativo.

    e possui trs

    o de um tendo, concord

    para a necesss GramticasTextual.

    mento resga

    texto como

    nte que seria

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    mo, levando

    e gramticas

    onhecimento

    lngua seria

    sendo ainda

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    exto comda?!

    sidade des Textuais

    tar essa

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    a

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    ,

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    o

    a

    a

    m

  • LETRAS | 9

    1. Competncia formativa:

    estaria relacionada ao fato de o usurio ser capaz

    de produzir e compreender um nmero infinito de

    texto e avaliar, a boa ou m formao de um

    texto;

    2. Competncia transformativa:

    faz referncia capacidade de resumir um texto,

    parafrase-lo, reformul-lo, ou atribuir-lhe um

    ttulo, como tambm de avaliar a adequao do

    resultado dessas atividades;

    3. Competncia qualificativa:

    estaria voltada capacidade de o usurio

    identificar o tipo ou gnero de um dado tipo, assim

    como possibilidade de produzir um texto de um

    tipo particular.

    Segundo Koch (2004, p.5), uma vez que todos os falantes teriam essas capacidades, as tarefas

    bsicas de uma gramtica do texto seriam as seguintes:

    a) Verificar o que faz com que um texto seja um texto, em outras palavras, determinar seus

    princpios de constituio, os fatores responsveis pela sua coerncia, as condies em que se

    manifesta a textualidade;

    b) Levantar critrios para a delimitao de textos;

    c) Diferenciar as vrias espcies de texto.

    Embora empenhados no sentido de desenvolver uma gramtica textual, tais tarefas no puderam

    ser contempladas por problemas na formulao das Gramticas Textuais.

    O primeiro se refere conceituao do texto, que como j mencionamos, seria uma unidade

    formal, dotada de uma estrutura interna e gerada a partir de um sistema finito de regras, internalizado por

    todos os usurios da lngua. Semelhante, em sua formulao, gramtica gerativa da sentena, de

    Chomsky, esse sistema finito de regras constituiria a gramtica textual de uma lngua. Com base nisto,

    propor um percurso gerativo para o texto no seria fcil, j que ele no constitui uma unidade estrutural,

    originria de uma estrutura de base e realizada por meio de transformaes sucessivas.

    Alm disso, a separao entre as noes de texto (unidade estrutural, gerada a partir da

    competncia de um usurio idealizado e descontextualizado) e discurso (unidade de uso) acabou se

    constituindo em um outro problema das gramticas de texto pelo fato desta separao no ter justificativa,

    uma vez que o texto s pode ser compreendido a partir do uso em uma situao real de interao.

    Apesar dos problemas, no se pode negar o mrito das gramticas de texto que estabeleceram dois

    pilares para a consolidao dos estudos voltados ao texto e ao discurso:

    1) a verificao de que o texto constitui a unidade lingstica mais elevada se desdobrando ou se

    subdividindo em unidades menores, igualmente passveis de classificao, onde as unidades menores

  • (inclusive os

    estruturao

    2) a

    diferente e a

    Por

    gramtica t

    sua produ

    Par

    perspectiva

    interaciona

    3 Fase: E

    De

    o enfoque,

    Lingustica

    produo, r

    acontece na

    im

    lngua, enca

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    De

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    feio inte

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    diferem mu

    LETRAS | 10

    s elementos l

    o da unidade

    a verificao

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    tanto, ao in

    extual, o foc

    o em uma s

    a tanto, os

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    Elaborao

    acordo com

    , passando

    Textual o co

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    arada agora

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    s a um siste

    ma Marcusch

    rdisciplinar,

    ou formal.

    seu livro int

    Texto afirm

    uito umas da

    0

    xicos e gra

    e textual;

    o que no ex

    o do texto n

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    co mudou pa

    situao real

    estudiosos i

    duto acabad

    cativos.

    o de uma

    Marcuschi (

    a noo de

    ontexto, ou

    nterpretao

    entre o escrit

    essaltar que

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    xtos de com

    bado, e sim

    possvel n

    ema abstrato

    hi (1998), ne

    dinmica, f

    titulado A co

    mando que e

    s outras, con

    Citaremosa amplitudentanto, v8 para que

    maticais) dev

    xiste continuid

    o constitui u

    curar descre

    ara a anlise

    de intera

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    do, mas de u

    teoria de

    1998), no fin

    e textualida

    seja, o conj

    o de texto, e

    tor / falante

    e essa fase d

    como um s

    unicao, e t

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    notar que o

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    sse estgio

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    oeso textua

    embora elas

    nforme o enf

    s os principade do campovoc podere sozinho vo

    vem sempre

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    processual,

    al, Koch (199

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    rase e texto,

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    que no c

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    minante.

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    a de entidad

    e o compem

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    que o via n

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    ma nova co

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    no mais da

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    o texto, mas

    oncepo de

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    o de regras

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    cos comuns,

    isualizarmoscias. No99) na pgina

    a

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    ,

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    a

  • LETRAS | 11

    Beaugrande & Dressler Se aproximam da linha americana da Anlise do Discurso e seus estudos

    esto voltados aos critrios ou padres essenciais de textualidade e do processo cognitivo do texto, sendo

    centrados no texto os critrios de textualidade a coeso e a coerncia, enquanto que a informatividade, a

    situacionalidade, a intertextualidade, a intencionalidade e a aceitabilidade so centrados nos usurios.

    Entre outros pressupostos adotados esto os da semntica procedural, que realam o estudo da coerncia

    e do processamento do texto, no s o conhecimento declarativo (dado pelo contedo proposicional dos

    enunciados), mas tambm o conhecimento construdo atravs da vivncia, condicionado scio

    culturalmente, que armazenado na memria, sob a forma de modelos cognitivos globais.

    Givn e outros estudiosos filiados linha americana da Anlise do Discurso, buscando subsdios em

    pesquisas nas reas da Psicologia da Cognio e da Inteligncia Artificial esto voltados tanto com as

    formas de construo lingstica do texto enquanto seqncia de frases, quanto com a questo do

    processamento cognitivo do texto (isto , com os processos de produo e compreenso) e,

    conseqentemente, com o estudo dos mecanismos e modelos cognitivos envolvidos nesse processamento.

    Na concepo de Weinrich toda Lingustica Lingustica de Texto. O objetivo dos seus trabalhos a

    construo de uma macrossintaxe do discurso, com base no tratamento textual de categorias gramaticais

    como os artigos, os verbos etc. Utiliza como mtodo heurstico a partitura textual, que consiste em unir a

    anlise frasal por tipo de palavras e a estrutura sinttica do texto num s modelo, tal como uma partitura

    musical a duas vozes. Para o autor, o texto uma seqncia linear de lexemas e morfemas que se

    condicionam reciprocamente e que, de modo recproco, constituem o contexto: texto , pois, um andaime

    de determinaes onde tudo se encontra interligado, uma estrutura determinativa.

    J Van Dijk vem, desde 1985, atuando na perspectiva da Anlise Crtica do Discurso (Critical

    Discourse Analysis). Seu trabalho est relacionado questo da tipologia dos textos, no que diz respeito ao

    estudo das macroestruturas textuais, e ao das superestruturas ou esquemas textuais. Tendo dedicado,

    inicialmente, maior ateno s superestruturas narrativas, passou, mais tarde, a examinar outros tipos de

    superestruturas, especialmente as do noticirio jornalstico.

    O trabalho de Petfi a princpio se voltou para construo de uma teoria semitica dos textos

    verbais denominada de TeSWeST (Teoria da Estrutura do Texto Estrutura do Mundo). Esta teoria visa ao

    relacionamento entre a estrutura de um texto e a interpretao extensional (em termos de mundos

    possveis) do mundo (ou do complexo de mundos) que textualizado em um texto, implicando, assim,

    elemento con textuais (externos ao texto) e cotextuais (internos ao texto). Como conseqncia,

    atualmente, os interesses desse autor e de seu grupo esto direcionados questo da

    compreenso/produo de textos.

    Para Schmidt, a textualidade o modo de toda e qualquer comunicao transmitida por sinais,

    inclusive os lingsticos, preferindo a denominao Teoria de Texto a Lingstica de Texto. Segundo o autor,

  • o texto

    jogo de at

    reconhecve

    Con

    tambm co

    Charolles, C

    Ma

    pontos em

    como estud

    funcioname

    A Lingust

    Atu

    investigae

    produo e

    de interess

    Marcuschi e

    1998, 1999

    (1990), Nus

    Alm

    ainda citar

    inferencia

    oralidade/e

    perspectiva

    tornando se

    No

    vem sendo

    discurso. Es

    LETRAS | 12

    qualquer ex

    tuao com

    el, ou seja, re

    nvm, ainda,

    omo opera

    Combettes, V

    rcuschi (198

    comum s

    do das opera

    ento e recep

    tica Textua

    almente, se

    es na rea c

    compreens

    e de diverso

    e Koch (Mar

    9), e fora do

    ssbaumer (19

    m do interes

    r a import

    o, o aces

    escrita; e o e

    a bakhtiniana

    e hoje um te

    tocante qu

    realizada n

    ssa releitura

    2

    xpresso de

    unicativa

    ealizando um

    lembrar dos

    acionalizao

    Vigner, Adam

    3) apud Koc

    vrias corre

    aes lingst

    o de textos

    al nos dia

    e levarmos

    cognitiva, qu

    o, s estrat

    os estudioso

    rcuschi & Ko

    o Brasil com

    991), Adam (

    sse que vem

    ncia a que

    so ao conh

    studo dos g

    a, os gnero

    erreno extrem

    uesto dos g

    a obra de B

    de Bahktin

    Voc, tambsegredos doatuais.

    um conjunt

    tematicame

    m potencial i

    s lingistas f

    o dos funda

    m, entre outr

    h (1999) apr

    entes acima

    ticas e cogni

    s escritos ou

    as atuais

    em conside

    uestes relac

    gias socioc

    os do campo

    ch, 1998; Ko

    o as obras d

    (1990 e 1993

    m sido dados

    estes de c

    hecimento

    neros textu

    os esto oc

    mamente pro

    neros, aind

    Bakhtin (195

    tem sido fe

    bm, pode coo texto para

    o lingstico

    ente orienta

    locucionrio

    franceses qu

    amentos te

    os.

    resentou um

    mostradas,

    itivas regula

    orais.

    erao o de

    cionadas ao

    ognitivas e i

    o, como o

    och & Marcu

    de Heinema

    3), e Van Dijk

    s aos proces

    cunho socio

    prvio etc.;

    uais, este ago

    upando luga

    omissor (Koc

    da segundo K

    53), na qual

    eita com obj

    onsultar o liva se ter uma

    o num ato d

    ado e preen

    o reconhecve

    e se voltam

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    a definio d

    sugerindo q

    doras e cont

    esenvolvime

    processame

    nteracionais

    o caso no Br

    uschi, 1998;

    ann & Viehw

    k (1994, 1995

    sos de orga

    ocognitivos q

    ; o tratam

    ora conduzid

    ar de destaq

    ch, 2002).

    Koch (2002),

    o autor pro

    jetivos didt

    vro de Koch (viso mais a

    e comunica

    nchendo um

    el.

    s questes

    ados ao ens

    de Lingustic

    que a Lingus

    troladoras d

    ento pelo q

    ento do texto

    s, entre outra

    rasil dos est

    Marcuschi, 1

    weger (1991)

    5, 1997), ent

    nizao glob

    que envolve

    ento da o

    do sob outras

    que nas pes

    vale pena

    ope o seu c

    ticos, ou sej

    (2002, p.149ampla da ling

    o no m

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    de ordem te

    sino como

    ca Textual ao

    stica do text

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    o, no que di

    as passaram

    udos desenv

    1998, 1999;

    ), Koch & O

    tre outros.

    bal dos texto

    em a refer

    ralidade e

    s luzes, isto

    squisas sobr

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    conceito de

    a, para que

    9) Desvendagustica nos d

    mbito de um

    omunicativa

    extual assim

    o caso de

    o detectar os

    to seja vista

    construo,

    passando as

    iz respeito

    a ser o foco

    volvidos por

    Koch, 1997,

    Oesterreicher

    os, podemos

    renciao, a

    da relao

    , dentro da

    re o texto e

    releitura que

    gneros do

    possam ser

    ando osdias

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    r

  • LETRAS | 13

    aplicados no mbito educacional, por muitos estudiosos como, por exemplo, na Inglaterra, a obra de

    Swales; nos Estados Unidos, cabe ressaltar autores como Bhatia, Miller, Freedman, Coe e Bazerman; na

    Frana, a obra de Jean Michel Adam, destacando se, neste domnio, os trabalhos conduzidos por Bernard

    Schneuwly, Joaquim Dolz e Jean Paul Bronckart.

    importante ainda esclarecer que os estudos de Schneuwly, Dolz e Bronckart consideram o gnero

    como suporte das atividades de linguagem, definindo o com base em trs dimenses essenciais:

    1) os contedos e os conhecimentos que se tornam dizveis a partir dele;

    2) os elementos das estruturas comunicativas e semiticas partilhadas pelos textos reconhecidos como

    pertencentes a determinado gnero;

    3) as configuraes especficas de unidades de linguagem, traos, principalmente, da posio

    enunciativa do enunciador, bem como dos conjuntos particulares de seqncias textuais e de tipos discursivos

    que formam sua estrutura.

    De forma que se estabelece, ento, distino entre gneros, tipos discursivos e sequncias textuais

    que so vistas como esquemas que fazem parte da constituio dos vrios gneros, variando menos que

    eles em funo das circunstncias sociais.

    Finalizando, possvel afirmar veementemente que a lingstica Textual tem contribudo

    significativamente com seu escopo, tanto para o texto, quanto para a construo de sentido do mesmo,

    alcanando assim, grandes avanos no campo da textualidade.

    Vimos, atravs de suas fases, que o que era apenas um estudo da frase, passou para um estudo da

    gramtica de texto, na tentativa de suprir algumas lacunas no preenchidas pela corrente estruturalista e

    gerativista; e logo em seguida, chegou se aos conceitos de texto, que por sua vez o define no mais como

    algo pronto e acabado, mas como um processo em construo e, nesse sentido as contribuies tem sido

    ainda mais significantes, pois, hoje se tem conceitos mais globais do seja um texto, bem como dos gneros

    textuais, gneros do discurso e tipos de suportes dos gneros textuais.

    Assim, atualmente, a Lingustica Textual tem como objeto particular de investigao no mais a

    palavra ou a frase isolada, mas o texto, considerado a unidade bsica de manifestao da linguagem, isto

    porque que o homem se comunica por meio de textos, ocorrendo diversos fenmenos lingsticos que s

    podem ser explicados no seu interior.

  • Os

    primrdios,

    frases isolad

    Ne

    apresentad

    assumem u

    repetio d

    verbais, etc

    1.

    presena d

    acrscimo d

    textual, ou

    aos elemen

    nomes gen

    dos

    S quem

    pode fa

    (Isto , 2

    LETRAS | 14

    articuladore

    , uma vez qu

    das, mas sim

    este estudo

    os em um t

    uns em rela

    de itens lex

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    A repetio

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    ntos anterio

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    m faz um ch

    zer um bisc

    21/04/1999

    4

    OS AR

    es textuais t

    ue um texto

    m uma unidad

    o, o termo

    texto se enc

    ao aos ou

    icais, parale

    o ou reitera

    mnticos id

    ue ele no t

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    res. A repet

    nalizao, su

    Repetio d

    ementos ou

    hocolate to

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    9, Biscoitos

    UN

    RTICUL

    m se sido

    no simp

    de lingustica

    articuladore

    adeiam, com

    utros. Dentr

    elismo, parf

    o de itens

    dnticos ou

    eria sem ess

    ementos traz

    tio pode r

    ubstituio, s

    do mesmo it

    expresses l

    o gostoso

    o to delicio

    Suos)

    IDAD

    LADOR

    objeto de re

    lesmente um

    a com propri

    es far refe

    mo se organ

    re os vrios

    frases, reco

    lexicais efe

    opostos e t

    se item. As f

    z consigo no

    realizar se p

    sinonmia, op

    tem lexical

    exicais.

    oso.

    DE II

    RES TEX

    eflexo da l

    m amontoad

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    formas lexica

    ovas informa

    or meio da:

    posio, hipe

    a retomada

    XTUAIS

    ingustica do

    o de palavra

    uturais espe

    aneira como

    m relao ao

    os articulat

    elementos f

    e elementos

    propsito tr

    ais remetem

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    : repetio d

    ernimo e hi

    da informa

    S

    o textual de

    as ou uma s

    cficas.

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    os outros e

    rios podem

    fonolgicos,

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    os do mundo

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    :

    s

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    o

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    adje

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    Mais foicomeoescritor

    (Lgia Bo

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    o, pessoa, ge

    etivo e a arg

    sse gramatic

    ask (2004, p.2om ateno espmatical.

    E

    E

    E

    E

    N

    (

    i s no msou assim: Umra.

    ojunga Nun

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    Nomes gen

    ente, coisa.

    Nominaliza

    gumentos d

    al qualquer

    207), o modopecial no conte

    Eu tenho pr

    Eu tenho d

    Eu tenhom

    Eu tenho c

    Ns podemo

    (Veja, 01/03

    passado qum dia fiquei

    es)

    sou no final

    ricos reit

    o empre

    o enunciado

    reconhecid

    Em

    como as nomiexto da Lingus

    ressa.

    vidas.

    edo.

    ncer.

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    3/2000, Onc

    ue a vontadi pensando

    l de 2009. O

    terao proc

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    o. Usualmen

    da como um

    magrea com

    inalizaes setica Sistmica,

    .

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    de de escrevo que ia se

    O casamento

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    te a nomina

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    alizao3 o

    .

    vrios propsminalizaes s

    a crescer. Ae. Resolvi q

    to, no duro

    LETRAS | 1

    e nomes gen

    geral, a um v

    o processo e

    sitos comunicato tratadas com

    A coisaue ia ser

    ou muito.

    15

    nricos tipo:

    verbo, a um

    em que uma

    tivos tem sidomo um tipo de

    :

    m

    a

    oe

  • lexe

    sin

    4 Frase ou recu

    S

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    (Ist

    EstsuaencPO

    (Pr

    Luis Inencontr

    O barulOs milhsua maio

    (Diaman

    LETRAS | 16

    emticas (pe

    nimos.

    urso verbal que

    quem faz u

    de fazer um

    to , 21/04/

    ta a linhaa vida. Comcontrando sDIA SER BR

    odutos de l

    cio da Silvaro, o preside

    lho um does de rudoor parte so

    ntino Silva)

    6

    Substituio

    erfrases).4

    Sinonmia

    e exprime aquil

    um chocolat

    m biscoito t

    /1999, Bisco

    Brilhante. Po voc j desolues paILHANTE.

    impeza Ca

    recebeu a vente da Rep

    os problemaos que rodeo produzido

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    o que poderia s

    te to gosto

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    oitos Suos

    Produtos deeve ter percra economi

    aras 12/06/

    visita de algpblica defe

    as mais graveiam o homos por ele m

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    delicioso.

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    /98)

    guns empreendeu a red

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    mesmo.

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    , desenvolvhante est sempo, sem

    esrios da inuo dos pr

    gem nossa cmente em qu

    lo uso de l

    elo emprego

    ero de palavras

    vidos s parsempre inovabusar do s

    ndstria farmreos dos m

    civilizao nuase todos o

    lexemas ou

    o de sinnim

    .

    a facilitar avando. Semseu bolso. S

    macutica.medicament

    neste sculoos cantos, e

    expresses

    os ou quase

    mpreS

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  • um

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    Vale

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    2.

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    Oco

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    Polticacom a omalria

    (Rui Bar

    O profe(hipern

    Grupospessoas

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    e lembrar q

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    nos nveis fo

    especfico, c

    orre quando

    es fixos de p

    a e Politicaloutra. A poldos povos

    rbosa)

    ssor comprnimo)

    de refugiadfamintas, m

    Oposio

    Hipernimo

    odo parte, cl

    segundo um

    ue nenhum

    o do lexema

    mo configur

    onolgico, m

    com a ideia d

    Paralelismo

    estruturas g

    palavras e cad

    ha no se ctica a higde moralida

    ou um apar

    dos chegammaltrapilhas

    o elemento

    o e Hipnim

    asse elemen

    ma relao pa

    lexema por

    no texto.

    ra se como

    orfolgico, l

    de repetio

    o sinttico

    gramaticais

    da membro

    onfundem,iene dos paade estraga

    relho eletr

    diariaments, destruda

    a que se faz

    os quando

    nto tem se u

    arte todo, el

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    um fenm

    exical, sintt

    o de estrutur

    a prefeita

    repetidas em

    do par apare

    no se pareases moralmada.

    nico. O tele

    te do sertoas. (hipnim

    a aluso u

    o o primeiro

    um hipernim

    emento clas

    belece rela

    meno discur

    tico e semn

    as.

    a correlao

    m formatos p

    ece em posi

    ecem, no smente sadio

    evisor de 3

    o castigadomo)

    um oposto do

    o elemento m

    mo, e quand

    sse, tem se o

    o coesiva a

    sivo assinal

    ntico. A litera

    na estrutur

    paralelos ap

    o estrutura

    se relacionaos. A Politic

    32 polegada

    pela seca. S

    LETRAS | 1

    o referente t

    mantm com

    do o primeir

    o hipnimo.

    alguma. Esta

    ado pela p

    atura lingus

    rao sintti

    resentam de

    almente idn

    am umaalha, a

    as.

    So

    17

    textual.

    m o segundo

    ro elemento

    a ocorre em

    presena de

    tica associa

    ica da frase.

    eterminados

    ntica.

    o

    o

    m

    e

    .

    s

  • Per

    potico, ou

    fnicos e de

    correlatas c

    Cano

    O ventoE a minO ventoE a min

    O ventoE a minO ventoE a min

    (Manu

    LETRAS | 18

    cebe se que

    seja, os aut

    e tempos ver

    Na lngu

    como:

    o do vento e

    o varria as fnha vida ficao varria as lnha vida fica

    o varria os snha vida ficao varria os mnha vida fica

    el Bandeira

    Nos

    Nos

    Nos

    Nos

    Gon

    a

    b

    c

    d

    e

    f)

    g

    h

    8

    e os textos

    tores utilizam

    rbais.

    ua portugues

    e da minha

    folhas, / o vava / cada vluzes,/ o veava / cada v

    sonhos / e vava / cada vmeses / e vava / cada v

    ,1986)

    sso cu tem

    ssas vrzeas

    ssos bosque

    ssa vida ma

    nalves Dias

    a) no s...

    ) no s...

    ) no s...

    ) ou...

    ) quer...

    ) tanto...

    ) quanto ma

    ) quanto m

    se valem d

    m se da repe

    sa, bons para

    vida

    vento varriavez mais chento varria avez mais che

    varria as amvez mais chevarria os teuvez mais che

    m mais estre

    s tm mais f

    es tm mais

    is amores.

    s

    ais...

    enos...

    de estrutura

    etio de te

    alelismos se

    os frutos, /eia / de frutas msicas, /eia / de aro

    mizades... / oeia / de afetus sorrisos...eia / de tud

    las,

    flores,

    s vida,

    mas tam

    como tam

    mas tam

    ou...

    quer...

    quanto..

    mais / m

    mais / m

    as paralelsti

    rmos, de est

    e obtm com

    / o vento vatos, de flore/ o vento vamas, de est

    o vento vartos e de mu./ o vento vo.

    bm...

    mbm...

    bm...

    .

    menos...

    menos...

    icas para a

    truturas, de

    m o emprego

    arria as florees, de folhasarria os aromtrelas, de c

    ria as mulhulheres.//varria tudo!/

    construo

    contedos,

    de algumas

    es...//s.//mas...//nticos.//

    eres.//

    //

    do sentido

    de recursos

    construes

    o

    s

    s

  • O p

    Pelo

    anlise sint

    con

    asp

    apr

    Casa de f

    Em Recino Rio d

    aralelismo s

    o exemplo c

    tica interna

    nsiderando o

    pecto rtmico

    esentar um

    ferreiro, esp

    ife e Vitriade Janeiro e

    inttico pod

    citado, perce

    amente estru

    Paralelismo

    o aspecto lg

    Paralelismo

    o. No paral

    certo isocron

    peto de pau

    , por exempe em So Pa

    Se voc

    se voc

    se voc

    a vals

    se voc

    se voc

    se voc

    Mas v

    voc

    Carlos

    e atuar tamb

    ebe se que o

    uturadas de f

    o semntico

    ico semntic

    o rtmico

    elismo rtm

    nismo, ou se

    .

    plo, o problulo.

    c gritasse,

    c gemesse

    c tocasse

    a vienense,

    c dormisse

    c cansasse

    c morresse

    voc no mo

    duro, Jos

    s Drummon

    bm nos pro

    o paralelism

    formas idnt

    o a per

    co na frase.

    a simetr

    ico, os segm

    eja, aparecem

    ema da dro

    ,

    ,

    e,

    e,

    e

    orre,

    !

    nd de Andra

    vrbios ou d

    mo se realiza

    ticas (substa

    rfeita correla

    ria na const

    mentos fn

    m em interva

    oga e muito

    ade

    ditos popular

    pela justap

    ntivo + prep

    ao entre

    truo da fr

    icos da fras

    alos iguais.

    menos grav

    LETRAS | 1

    res que se no

    posio das u

    osio + sub

    as ideias co

    rase, consid

    se ou do ve

    ve do que

    19

    otabilizam.

    unidades da

    bstantivo).

    oordenadas,

    derando seu

    erso devem

    a

    ,

    u

    m

  • A c

    compasso t

    muito usado

    inco

    inac

    e no

    termos

    no inter

    A alde

    Era umsucedmesmeramqualqmoraque spr on

    At qondaspraia,a dep

    ALVES.

    nada menos

    m ritmo que

    mbora esse

    lismo pode

    ordenaes

    lao no

    tureza heter

    o amora fun

    heiro.

    ites sem, dasharesprocurarmaturauelesa praia

    suasvieram coisa e

    s.

    e remete ao

    recurso seja

    e ocasionar

    logicamente

    o de tempo

    rognea dos

    ndamentada

    o

    a

    r

    e

    o

    s

    a

  • Len

    extenso f

    pedra, que

    3. A

    uma rela

    intercompre

    formulando

    um mecanis

    la. estabe

    Veja

    No meiopedra /

    Carlos D

    Mdo troAh! Ce

    em mimDe qex

    Maao maPrazeEsta ano ab

    Deus,

    ganhesaib

    do os verso

    nica dos ver

    metaforiza u

    A parfrase

    o de equiva

    eenso entr

    o as ideias, re

    Parafras

    smo de se fa

    lecer uma re

    amos os exe

    o do caminhno meio do

    Drummond

    Meu ser evapopel de paixego eu cria, am quase imoque inmeroxistncia falas eis sucumbal, que a vidaeres, scios malma, que sebismo vos su Deus!... Qu

    rum momentba morrer o q

    B

    s de Drumm

    rsos anterior

    um obstculo

    o processo

    alncia sem

    re os partici

    ealizando um

    sear significa

    azer refernc

    elao de int

    mplos a segu

    ho tinha umo caminho t

    de Andrade

    orei na lida ies que me aah! msero ertal a essnc

    os sis a menz me no dobe Naturezaa em sua origmeus e meuedenta e si numiu dos desuando a morroubeto o que perdque viver no

    ocage

    mond acima,

    res, essa que

    o do dia a dia

    o no qual o e

    ntica (expli

    pantes da in

    ma tessitura c

    a reafirmar,

    cia a uma ob

    tertextualida

    uir:

    ma pedra / ttinha uma p

    e

    insanaarrastava.eu sonhavacia humana.nte ufanaourava!escravagem dana.s tiranos!o coube,senganos.rte luz me

    deram anoso soube.

    percebe se

    ebra sugere o

    a humano.

    enunciado re

    cao, reite

    nterao, ist

    coesa e orga

    em palavras

    ra que lhe

    de.

    tinha uma ppedra.

    na

    que o terce

    o tropeo pro

    eformulador

    rao, nfas

    to , no mo

    anizada.

    s diferentes,

    anterior com

    pedra no me

    Meus dias cem banquecomigo a pana AlemanhaOh! secretNo sejas

    a prpria lngo choru

    Marinhas (o que de b

    impossveQuando o Ri

    desa o trsaiba desc

    eiro verso qu

    ovocado pel

    r mantm co

    se), com o o

    omento em

    , o sentido d

    m o intuito d

    eio do cami

    consumir deetes com reisna encheua, na Frana,trio que tomole: dentegua, que ainume daquela(1), meu negbom nesta bel que ao praio a Petrporem com finaer o que sub

    Olavo Bila

    LETRAS | 2

    uebra repent

    a presena i

    om o enuncia

    objetivo de

    que escreve

    de um texto

    e reafirm la

    nho / tinha

    terra em ters todos os diatambm Tob, na Inglaterro bem comiase agudo ferrada agora encas iguarias!go, se tu vissearriga coubento resistisslis me roubeas gulodices,bir no soube

    ac

    21

    tinamente a

    ncmoda da

    ado anterior

    assegurar a

    emos vamos

    o. tambm

    a, esclarec

    uma

    rra,as;biasra...s!acerra

    ese,es.e (2),e!

    a

    a

    r

    a

    s

    m

  • Ap

    qual se trad

    de atividade

    com novos

    A p

    palavras, co

    marcadores

    em outras p

    1. No prindo Zero;

    2. E Deuse para

    war

    3. E Deuso Progr

    4. E Dprograma

    5. Masassim qu

    experpode

    6. OProgra

    7. E Deus

    8. E di

    9. E disse

    LETRAS | 22

    s a leitura d

    duz em outra

    e textual m

    significados,

    parfrase n

    om vistas a to

    Dentro

    s de reformu

    palavras, etc

    ncpio, Deus c; e viu que er

    disse: Que aos discos come. Mas Deus

    s disse: Vouramador, e co

    d

    Deus disse: ador e admir

    BILL era maisue Deus disserimentaste? Ners criar tud

    Programadormador respo

    Que

    disse ao BILLvend

    isse Analist

    ao Programa

    10. E

    Dispo

    2

    dos exemplo

    as palavras u

    muito pratica

    , tem se uma

    o anula o q

    ornar a men

    da prtica

    ulao do tip

    .

    criou o Bit e ora bom. E Deu

    criou os disapaream osmpactos. Entcriou os prog

    criar o Progrolocou o no Cdiretrios e s

    No bom p lo, e amar a

    s esperto quee, que no poNo preciso modo o que quis

    WINDO

    r comeou aondeu: Estouem disse que

    L: Sers odiaders o WINDa: O WINDO

    programasador: Todos

    Deus expulso

    onvel em: .

    discursiva na

    a. Esse tipo

    m manuscrito

    com outras

    uzidas pelos

    outra forma,

    rou o Umidos, e

    os rgidosa aindaia.

    us criouodos os

    ra oados sob

    mesmoe nuncaeus. Eou o

    E odisse:

    ontigo. E

    e usar

    eus dias.

    a

    o

    o

    s

    s

    ,

  • LETRAS | 23

    (KOCK; ELIAS, 2009, p. 169)

    4. Recorrncia de elementos fonolgicos trata se de fatos suprassegmentais, como a entonao, o

    metro, a rima, o ritmo, assonncias, aliteraes, etc. Vejamos os exemplos abaixo.

    Joo Marcelo da Silva Elias, 4 srie, Colgio Madre Alix

    PR O V A de que no so exatamente os tempos, mas o carter de cada povo que determina as tradies, o consumo de tomar banhos. Ou de no tomar banho. Os gregos e romanos, por exemplo, sempre foram adeptos da prtica. J os europeus, em pleno sculo XIX, fugiam da gua como se ela fosse praga. Literalmente. que como a gua quente dilata os poros, os mdicos europeus acreditavam que os banhos facilitavam a entrada de germes. Ou seja, fugir das banheiras era recomendado como uma medida de higiene. Outra crena dizia que a gua amolecia o organismo e impedia o crescimento. Assim, crianas eram frequentemente impedidas de entrar no banho

    SOALHEIRO, Brbara. Como fazamos sem... So Paulo: Panda Books, 2006.

  • 5. Recorrnc

    O u

    (WEINRICHI

    perfeito e f

    pretrito pe

    A fim de exe

    O te

    seguido pel

    narrado. Em

    com o emp

    UM DO

    Naquepara ocuriosaarmasmicro c

    Os caraescape

    Maria

    Disponv

    _estudo

    LETRAS | 24

    cia de tempo

    uso dos tem

    I apud KOC

    uturo do pre

    erfeito simpl

    emplificar o

    exto Um do

    lo verbo es

    m seguida h

    rego do tem

    OMINGO N

    la madrugadescanso. Q

    a vou abri lana mo. Mcomputado

    as somuitei com vida

    Lucineide

    vel em: . Acesso em

    (K

    is est dire

    2009). Os t

    dicativo serv

    sto do indica

    cima, selecio

    egal uma

    gado no pre

    e um comen

    mundo come

    eta um fin

    to comple

    chega a fing

    que devera

    ndo Pessoa

    ingo, estvrepente ouabri a portapara fazer seletrnicos

    ando eu conmiliares cont

    ran.br/revistas

    m: 20/05/2010

    KOCH; ELIAS, 20

    etamente lig

    tempos verb

    vem para na

    ativo servem

    onamos o tex

    narrao qu

    etrito impe

    trio do pro

    entado, isto

    gidor:

    etamente,

    ir que dor

    as sente.

    a

    amos todosuo batidas na deparei msilncio poiss. Fiquei boq

    nsegui cairtinuavam d

    s/interletras/e

    0.

    009, p. 171)

    gado ao no

    bais: pretri

    arrar e os tem

    m para come

    xto narrativo

    ue se inicia c

    rfeito (modo

    odutor: ... po

    , o presente

    r

    s dormindo,na porta, m

    me com doiss s queriamquiaberta e

    em mim, eldormindo.

    ed_anteriores

    osso tipo de

    itos perfeito

    mpos: prese

    ntar, criticar

    o Um domin

    om um adju

    o indicativo),

    ois um dia

    e.

    , pois ummuito amedrs caras enorm as jias, otremendo d

    les j estava

    s/n1/inter

    e atitude c

    o, imperfeito

    nte, futuro d

    r e apresenta

    ngo no lega

    nto adverbia

    , tempo zero

    a especial de

    dia especiarontada, marmes e como carro, ode medo.

    am longe,

    omunicativa

    o, mais que

    do presente,

    ar reflexes.

    al.

    al de tempo,

    o do mundo

    descanso.,

    las

    a

    e

    ,

    .

    ,

    o

    ,

  • LETRAS | 25

    No segundo perodo do primeiro pargrafo, usado o tempo presente ouo, vou abri la ,

    marcando um dos momentos mais relevantes da narrativa. Segundo a teoria de Weinrich, trata se da

    metfora temporal, isto , o emprego de um tempo de um dos mundos no interior do outro. Este recurso

    imprime maior ateno, maior engajamento, uma vez que consiste no uso de um tempo do mundo

    comentado no interior do mundo narrado.

    O momento de maior tenso, denominado clmax, acontece no 3 perodo do 1 pargrafo, onde

    o verbo abrir tambm empregado no presente, para a seguir surgir ... deparei me... , expresso no

    pretrito perfeito, tempo zero do mundo narrado.

    No perodo seguinte o verbo pedir encontra se no pretrito perfeito e o verbo querer, no

    pretrito imperfeito, tempos sem perspectiva do mundo narrado que manifestam ao propriamente dita,

    1 plano, passando para pano de fundo (me pediram para... pois s queriam as jias,...). Interessante

    perceber que o pano de fundo, normalmente registrado no incio do texto, neste aparece no clmax,

    quando o autor apresenta o motivo que desencadeou a ao principal.

    No segundo e ltimo pargrafo, o emprego do verbo ser no presente denota um aspecto

    descritivo dos personagens ... so muito geis,..., mesmo recurso utilizado em: ..., pois um dia especial

    para descanso. para, novamente, serem empregados o pretrito perfeito ...eu consegui cair... e ...

    escapei com vida e... seguido do pretrito imperfeito estavam e continuavam, repetindo o que j foi

    explicado no final do primeiro pargrafo.

  • Um

    processo da

    sua import

    O nosso ob

    contribuir p

    De

    constituio

    poderamos

    podem ser

    etc. Assim,

    Veja

    abaixo e vej

    LETRAS | 26

    dos objetiv

    a escrita e le

    ncia no pro

    jetivo, neste

    para a forma

    acordo com

    o da prpr

    s dizer que a

    orais, escrito

    esse dilog

    amos, na pr

    ja se h algu

    Lembr

    ParaPtu

    Esse dPra qSe n

    PraSe

    A malPra qQue g

    Que te diz

    6

    vos da Lingu

    eitura de tex

    ocesso da leit

    e momento,

    o do aluno

    o E Dicion

    ria palavra,

    a intertextua

    os, visuais, p

    o entre text

    tica, um exe

    ma relao e

    re se

    que mentir?Para que menu ainda no tedom de saberqu? Pra que mno h necessi

    De me trair?

    que mentirtu ainda no tcia de toda mue mentir, seostas de outroz que no te q

    UNI

    INTERT

    stica Textua

    xtos. Mas, o

    tura e escrit

    ser o de re

    o do Curso d

    nrio de term

    intertextua

    alidade seria

    por exemplo

    tos recebe o

    emplo de co

    entre elas.

    Vale a pena l

    Leitura e Prop.124. Portant

    j

    tirensr iludir?mentir,idade?

    tensmulher?eu seioquer?

    IDADE

    TEXTUA

    al estudar

    que interte

    a? Qual a su

    esponder a c

    e Letras.

    mos literrio

    alidade sign

    a a refernci

    , das artes p

    o nome de in

    mo se d a in

    lembr lo que avolume

    oduo de Textoo, estamos nes foi introduzid

    E III

    LIDADE

    os tipos de

    extualidade?

    ua importnc

    cada um des

    os de Carlos

    ifica relao

    ia explcita

    plsticas, do

    tertextualida

    ntertextualid

    a intertextualidtrs, na discipli

    o II na unidadeste momento reo. Vamos relem

    Pra quSe t

    Que tuSe tu s

    ApePelo

    Ou po

    (Vadic

    E

    intertextuali

    ? De onde su

    cia no ensino

    sses question

    Ceia (2005)

    o entre tex

    a ou implcita

    cinema, da

    ade.

    dade. Leia as

    ade j foi mencina de

    de Texto e Texesgatando um cmbrar? verbo.

    e mentir tantu sabes que e

    u no gostas dabes que eu tesar de ser trao teu dio sincor teu amor fin

    o e Noel Rosa

    idade e suas

    urge esse ter

    o de Lngua P

    namentos no

    , como se p

    xtos. De ou

    a a outros

    msica, da p

    s letras das d

    cionada no

    xtualidade,conceito que

    o assimeu seide mim?te queroadocerongido?

    a, 1934)

    s funes no

    rmo? Qual a

    Portuguesa?

    o sentido de

    pode notar a

    utra forma,

    textos, que

    propaganda,

    duas msicas

    o

    a

    ?

    e

    a

    ,

    e

    ,

    s

  • Ap

    com a de V

    anos de C

    escrito no

    intertextual

    Meu

    Oh!

    Da a

    Da m

    Que

    Quetard

    so

    Deb

    Casi

    s a leitura,

    Vadico/Noel

    asimiro de A

    sculo XX.

    l.

    us oito anos

    Que saudad

    aurora da mi

    minha infnc

    os anos no

    amor, que ses fagueiras

    ombra das ba

    aixo dos lara

    miro de Abr

    possvel o

    Rosa. Outro

    Abreu e Osw

    Portanto, o

    Dom d

    No mede todaCada ude serNo mandassCale a bVoc sVoc sVoc eVoc qVoc d seu dComo pv vive(Caeta

    de que tenho

    inha vida,

    cia querida

    o trazem ma

    sonhos, ques

    ananeiras

    anjas!

    reu

    observar que

    o exemplo d

    wald de And

    segundo te

    e Iludir

    e venha falaa mulherm sabe a doo que .

    me olhe comse atrs de mboca, e nosabe explicasabe entendest, voc ,uer, voc tediz a verdaddom de iludpode quereer sem menano Veloso,

    o

    ais

    flores Naqu

    e a msica d

    e intertextu

    drade. O prim

    exto cita o

    ar na malci

    or e a delci

    mo se a polcmim.o cale na boarder, tudo be, voc faz.em.de, a verdadir.er que a muntir.1982)

    uelas

    M

    O

    a

    D

    Qqu

    D

    eb

    Se

    O

    e Caetano V

    alidade pod

    meiro foi esc

    primeiro, es

    a

    ia

    cia

    ca notcia r

    em.

    de

    lher

    Meus oito ano

    Oh! Que saud

    aurora da m

    a minha inf

    Que os anos nuintal de ter

    a rua So An

    baixo da ban

    em nenhum

    Oswald Andra

    Veloso mant

    e ser visto n

    crito no sc

    stabelecendo

    uim.

    os

    dade que ten

    minha vida,

    ncia querid

    no trazem mrra

    ntnio D

    naneira

    laranjais!

    ade

    LETRAS | 2

    m um dilo

    nos poemas

    ulo XIX e o

    o com ele u

    nho D

    a

    mais Naquel

    27

    ogo explcito

    Meus oito

    segundo foi

    uma relao

    le

    o

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    LETRAS | 28

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  • LETRAS | 29

    Assim, vale pena reafirmar que, para o processo de compreenso, alm do conhecimento do

    texto fonte, tambm necessrio considerar que a retomada de texto ou textos em outro(s) texto(s)

    conduz a construo de novos sentidos, j que estes fazem parte de outra situao de comunicao.

    Na literatura, e at mesmo nas artes, a intertextualidade se faz presente, uma vez que todo texto,

    seja ele literrio ou no, originado de outro, seja direta ou indiretamente. Qualquer texto que se refere a

    assuntos abordados em outros textos considerado como exemplo de intertextualizao.

    A intertextualidade est presente em reas como na pintura. Veja as vrias verses da famosa

    pintura de Leonardo da Vinci, Mona Lisa:

    Mona Lisa, Leonardo da Vinci. leo sobretela, 1503

    Mona Lisa, de Marcel Duchamp, 1919

    Mona Lisa, Fernando Botero, 1978 Mona Lisa, propaganda publicitria

    Como j dito anteriormente, possvel encontrar exemplos de intertextualidade em vrias reas,

    como a pintura, a literatura, a msica, a propaganda, ocorrendo tambm em vrios gneros como a charge.

  • LETRAS | 30

    A ttulo de ilustrao, temos abaixo um exemplo desse gnero criado pelo chargista Duke onde se v a

    referncia a um contexto poltico que, atravs da intertextualidade com uma msica do grupo Solteires do

    forr, nota se a construo de uma crtica a atuao do poltico em cartaz.

    Voc No Vale Nada Mais Eu Gosto de Voc Solteires do Forr Composio: Dorgival Dantas Voc no vale nada, Mas eu gosto de voc! Voc no vale nada, Mas eu gosto de voc! Tudo que eu queria era saber Porqu?!? Tudo que eu queria era saber Porqu?!? Voc brincou comigo, bagunou a minha vida. Esse sofrimento no tem explicao. J fiz de quase tudo tentando te esqueer. Vendo a hora morrer no posso me acabar na mo. Seu sangue de barata, a Boca de vampiro. Um dia eu lhe tiro de vez meu corao. A ja no lhe quero Amor no d ouvidos Por favor me perdoa T morrendo de paixo... Eu quero ver voc sofrer S pra deixar de ser ruim Eu vou fazer voc chorar, se humilhar Ficar correndo atras de mim....(2X) Voc no vale nada, Mas eu gosto de voc! Voc no vale nada, Mas eu gosto de voc! Tudo que eu queria era saber Porqu?!? Tudo que eu queria era saber Porqu?!?

    Fonte: http://www.dukechargista.com.br/

    Para aprender mais sobre intertextualidade, voc poder acessar o seguinte link http://www. infoescola.com/portugues/intertextualidade-parafrase -e-parodia/, tendo autonomia em suas pesquisas, tirando suas prprias concluses.

    Segundo Kock (2006), possvel falar em intertextualidade em stricto sensu, que ocorre quando,

    em um texto, est inserido outro texto (intertexto) anteriormente produzido, que faz parte da memria

  • social da co

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    87 do livro d. Referncia:os do texto.

    LETRAS | 3

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  • LETRAS | 32

    Vejamos agora como ocorre intertextualidade explicita atravs de um anncio da Pfizer, veiculado

    pela revista Veja de 2005.

    Fonte: Revista Veja. So Paulo: abril, ed. 1.929, ano 38, n. 44, 02 nov. 2005

    Fonte:http://vagalume.uol.com.br/nandoreis/do seu lado.html

    Muito prazer,

    ns somos a Pfizer

    Paixo segundo Nando Reis: Faz muito tempo, mas eu me lembro... voc implicava comigo. Mas hoje eu vejo que tanto tempo me deixou muito mais calmo. O meu comportamento egosta, o seu temperamento difcil. Voc me achava meio esquisito e eu te achava to chata. Mas tudo que acontece na vida tem um momento e um destino. Viver uma arte, um ofcio. S que precisa cuidado. Pr perceber que olhar s pr dentro o maior desperdcio. O teu amor pode estar do seu lado. O amor o calor que aquece a alma. O amor tem sabor pr quem bebe a sua gua. Eu hoje mesmo quase no lembro que j estive sozinho. Que um dia eu seria seu marido, seu prncipe encantado. Ter filhos, nosso apartamento, fim de semana no stio. Ir ao cinema todo domingo s com voc do meu lado. O amor o calor que aquece a alma. Para Nando Reis, paixo significa estar do seu lado. Para Pfizer, paixo o que faz a gente pesquisar as curas para os males que afetam a qualidade de vida dos homens e mulheres. E a gente faz isso todos os dias. Com paixo.

    Do Seu Lado Nando Reis Faz muito tempo, mas eu me lembro... voc implicava comigo Mas hoje eu vejo que tanto tempo me deixou muito mais calmo O meu comportamento egosta, o seu temperamento difcil Voc me achava meio esquisito e eu te achava to chata Refro Mas tudo que acontece na vida tem um momento e um destino Viver uma arte, um ofcio S que preciso cuidado Pra perceber que olhar s pra dentro o maior desperdcio O teu amor pode estar do seu lado O amor o calor que aquece a alma O amor tem sabor pra quem bebe a sua gua Eu hoje mesmo quase no lembro que j estive sozinho Que um dia eu seria seu marido, seu prncipe encantado Ter filhos, nosso apartamento, fim de semana no stio Ir ao cinema todo domingo s com voc do meu lado Yeeah Mas tudo que acontece na vida tem um momento e um destino Viver uma arte, um ofcio S que preciso cuidado Pra perceber que olhar s pra dentro o maior desperdcio O teu amor pode estar do seu lado O amor o calor que aquece a alma O amor tem sabor pra quem bebe a sua gua

  • LETRAS | 33

    Como se pode notar, o anncio dessa campanha publicitria estruturado a partir da citao

    completa de um discurso cultural, que tem como matriz a letra da cano Do seu lado, do compositor

    Nando Reis. De modo que para se comunicar com o pblico, a Pfizer emprega aqui o argumento de

    autoridade, atravs da citao direta, uma vez que o artista cultuado por um pblico fiel ao seu tipo de

    msica. Observa se, ento, que a intertextualidade, atravs da letra da msica, em aspas, funciona como

    gancho para que o anunciante expresse seu posicionamento ligado paixo pelo ser humano, de quem

    diz estar sempre ao lado.

    Se tomarmos por base os textos literrios, a citao de outros textos implcita, ou seja, um poeta

    ou romancista no indica o autor e a obra de onde retira as passagens citadas, pois pressupe que o leitor

    compartilhe com ele um mesmo conjunto de informaes a respeito de obras que compem um

    determinado universo cultural. No entanto, isto no quer dizer que a intertextualidade implcita ocorra

    apenas em textos literrios, j que ela ocorre em outros textos tambm.

    A fim de entendermos melhor, vejamos um exemplo de intertextualidade implcita atravs da

    comparao do poema No meio do caminho publicado pela primeira vez em 1928, na modernista Revista

    de Antropofagia, pelo poeta Carlos Drummond de Andrade com uma propaganda de um projeto de

    educao ambiental.

    Considerando o texto publicitrio, podemos dizer que ele dialoga com o poema de Drummond

    ocorrendo uma intertextualidade implcita, visto que o autor do poema No meio do caminho no

    mencionado.

    Vale pena destacar que o leitor que tenha o conhecimento prvio do poema pode fazer a

    remisso rapidamente quele e, consequentemente notar que um texto dialoga com o outro. Contudo, se

    no acontecer uma identificao de referncias ao poema de Drummond, ser difcil para o leitor atribuir

    um novo sentido ao texto da propaganda.

    No meio do caminho tinha uma pedra

    Tinha uma pedra no meio do caminho

    Tinha uma pedra

    No meio do caminho tinha uma pedra

    Nunca me esquecerei desse acontecimento

    Na vida de minhas retinas to fatigadas

    Nunca me esquecerei que no meio do caminho tinha uma pedra

    Tinha uma pedra no meio do caminho

    No meio do caminho tinha uma pedra.

    Carlos Drummond de Andrade

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    LETRAS | 34

    que diz resp

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  • LETRAS | 35

    intertextualidade se faa presente em todos os textos, cabe ao leitor, mediante suas leituras, perceber em

    que nvel esse fator textual est presente nos mais variados textos, como corrobora Koch (2006, p. 78),

    identificar a presena de outro(s) texto(s) em uma produo escrita depende do conhecimento do leitor,

    do seu repertrio de leitura.

    Portanto, uma vez que a leitura uma forma de se adquirir conhecimento de mundo, atravs

    desse conhecimento que se pode perceber a existncia de outros textos em determinada produo,

    levando se em considerao o contexto scio histrico cultural j que dependendo da situao, da poca,

    do momento, os sentidos dos textos podem mudar e podem levar a outras significaes.

    Isso nos remete a uma citao, muito feliz, de Bazerman (2006, p. 88) ns criamos os nossos textos

    a partir do oceano de textos anteriores que esto nossa volta e do oceano de linguagem em que vivemos.

    E compreendemos os textos dos outros dentro desse mesmo oceano. Como podemos observar, so

    muitas as influncias pelas quais as produes textuais passam, sofrendo ascendncias no apenas do lugar

    que se vive, da linguagem utilizada, mas tambm do momento histrico por que passa determinada

    sociedade.

    A identificao, o reconhecimento de um texto no outro indispensvel para que ocorra uma

    interao textual, de um dilogo entre intertextos, revelando a capacidade que os escritores possuem em

    estabelecer ligaes para a concluso de suas idias e pensamentos.

    A intertextualidade e o ensino de Lngua Portuguesa

    Partindo do pressuposto de que atravs de um texto que o usurio da lngua pode desenvolver a

    sua capacidade de organizar o pensamento e de transmitir idias, informaes, opinies em situaes

    comunicativas, a intertextualidade na perspectiva da sala de aula, torna se um dos principais desafios

    vivenciados pelos professores, sobretudo, no ensino de Lngua Portuguesa, pela dificuldade que se tem de

    ver a compreenso do texto como um produto histrico social, relacionando o outros textos que j foram

    lidos e/ou ouvidos, admitindo, portanto uma multiplicidade de leituras possveis para ele.

    Com base na compreenso do que seja texto, torna se indispensvel o trabalho, em ambiente de

    sala de aula, utilizando vrios gneros textuais, em situaes distintas e com objetivos distintos, como a

    construo e desconstruo dos textos, onde sejam ressaltados os efeitos advindos das alteraes; a

    criao de intertextos; a verificao e a modificao de um gnero textual, entre outros. Para tanto, o

    professor de lngua portuguesa deve saber diferenciar o uso de uma lngua, de modo que possa adequ la a

    vrios contextos e tambm a anlise da lngua, tendo consigo conceitos no apenas sobre a sua estrutura,

    funcionamento, mas assim tambm como a nomenclatura pertinente.

  • LETRAS | 36

    Nos dias atuais, a escola tem procurado enfatizar o trabalho de leitura e a produo de textos, ao

    mesmo tempo, que tenta um equilbrio com a anlise das estruturas da lngua e seu uso. Dessa maneira, o

    professor pode por meio da interao com vrios gneros textuais e o intertexto presente neles, averiguar

    as experincias anteriores do aluno enquanto leitor e deixar se guiar pelas dicas deixadas pelo autor no

    texto para considerar tambm o implcito, inferindo, assim as intenes do autor, possibilitando ao aluno a

    oportunidade de desempenhar tanto o papel de leitor, quanto o de produtor de textos.

    Baseado em propostas interativas, o processo ensino/aprendizagem deve promover o

    desenvolvimento do individuo em uma dimenso integral e nesta perspectiva, o trabalho do professor,

    dentre outros, seria o de desenvolver no alunado a capacidade de identificao do intertexto, uma vez que

    a intertextualidade um fenmeno que faz parte da produo de sentido e pode acontecer entre textos

    expressos por linguagens distintas. Assim, o professor poderia investir, em sua sala de aula, no fato de que

    todo texto produto de outros textos, j que toda palavra dialgica e que o que se diz em um texto a

    resposta a outro algo que j foi dito em outros textos.

  • LETRAS | 37

    UNIDADE IV

    GNEROS TEXTUAIS EMERGENTES NA MDIA VIRTUAL

    Os gneros textuais so entidades scio discursivas e formas de

    ao social incontornveis em qualquer situao comunicativa.

    Luiz Antnio Marcuschi

    O estudo acerca dos gneros textuais no novo e vem sendo tratado desde os anos 60 quando

    surgiram a Lingustica de Texto, a Anlise Conversacional e a Anlise do Discurso. Atualmente, no Brasil,

    presencia se uma exploso de estudos na rea.

    Na tradio ocidental, os gneros textuais j perduram por mais de vinte e cinco sculos e este

    termo gnero estava ligado especialmente aos gneros literrios. Segundo Swales (apud MARCUSCHI,

    2008, p. 147), a noo de gnero j no mais se vincula apenas literatura, o termo facilmente usado

    para referir uma categoria distinta de discurso de qualquer tipo.

    Falam se muito, hoje, em gneros textuais emergentes no contexto da tecnologia digital, gneros

    virtuais ou digitais, os quais possuem caractersticas muito semelhantes dos gneros j conhecidos

    tradicionalmente, nas vrias formas de comunicao e na prtica da linguagem escrita da sociedade.

    No difcil constatar que nos ltimos dois sculos foram as novas tecnologias, em

    especial as ligadas rea da comunicao, que propiciaram o surgimento de novos

    gneros textuais. Por certo, no so propriamente as tecnologias per se que originam os

    gneros e sim a intensidade dos usos dessas tecnologias e suas interferncias nas

    atividades comunicativas dirias (MARCUSCHI, 2005)

    Diante da penetrao e do papel da tecnologia digital na sociedade contempornea e das novas

    formas comunicativas aportadas, o estudo da comunicao virtual na perspectiva dos gneros

    particularmente interessante porque a interao on line tem o potencial de acelerar enormemente a

    evoluo dos gneros, tendo em vista a natureza do meio tecnolgico em que ela se insere e os modos

    como se desenvolve. Esse meio propicia, ao contrrio do que se imaginava, uma interao altamente

    participativa.

  • LETRAS | 38

    Se tomarmos o gnero segundo a viso Marcuschiana, como texto concreto, situado histrica e

    socialmente, culturalmente sensvel, recorrente, relativamente estvel do ponto de vista estilstico e

    composicional e na viso bakhtiniana, servindo como instrumento comunicativo com propsitos especficos

    como forma de ao social, nota se que um novo meio tecnolgico, na medida em que interfere nessas

    condies, deve tambm interferir na natureza do gnero produzido.

    Uma das peculiaridades da mdia virtual a centralidade da escrita, uma vez que a tecnologia

    digital depende totalmente da escrita. Para Marcuschi (2005) com a era eletrnica no se pode mais

    postular como propriedade tpica da escrita a relao assncrona, caracterizada pela defasagem temporal

    entre produo e recepo, j que os bate papos virtuais so sncronos, ou seja, realizados em tempo real e

    essencialmente escritos. Nesse sentido, existem vrios aspectos a serem considerados, pois as novas

    tecnologias no mudam os objetos, mas as nossas relaes com eles.

    David Crystal em seu livro, Linguagem e a Internet, ao destacar o papel da linguagem na Internet e

    o efeito da Internet na linguagem nos chama a ateno para os seguintes aspectos:

    do ponto de vista dos usos da linguagem, temos uma pontuao minimalista,

    uma ortografia um tanto bizarra, abundncia de siglas e abreviaturas nada convencionais,

    estruturas frasais pouco ortodoxas e uma escrita semi-alfabtica;

    do ponto de vista da natureza enunciativa dessa linguagem, integram-se mais

    semioses do que usualmente, tendo em vista a natureza do meio;

    do ponto de vista dos gneros realizados, a internet transmuta de maneira

    bastante complexa gneros existentes e desenvolve alguns realmente novos.

    A Internet e todos os gneros a ela ligados so eventos textuais fundamentalmente baseados na

    escrita. Na Internet a escrita continua essencial apesar da integrao de imagens e de som. Como afirma

    Marcuschi (2005), todo gnero digital possibilita um trabalho da oralidade e da escrita assim como os

    gneros textuais tradicionais utilizados na escola, pois se apresentam como uma evoluo destes.

    Para Erickson (apud Marcuschi, 2005), o gnero no ambiente virtual assim se define:

    Um gnero um padro de comunicao criado pela combinao de foras individuais,

    sociais e tcnicas implcitas numa situao comunicativa recorrente. Um gnero estrutura

    a comunicao ao criar expectativas partilhadas acerca da forma e do contedo da

    interao, atenuando assim a presso da produo e interpretao.

    Com base nessa noo de gnero, Erickson (apud Marcuschi, 2005), sugere observar o seguinte em

    relao ao discurso on line.

  • LETRAS | 39

    Propsito comunicativo do discurso;

    Natureza da comunidade discursiva;

    Regularidades de forma e contedo da comunicao, expectativas subjacentes e convenes;

    Propriedades das situaes recorrentes em que o gnero empregado, incluindo as foras

    institucionais, tecnolgicas e sociais que do origem s regularidades do discurso.

    Os gneros emergentes na mdia virtual

    A cada dia surge um novo tipo de interao e novos gneros que a prpria natureza da tecnologia

    favorece. Os tipos variados j existentes iro, com certeza, dar lugar a outros que viro e com eles a

    necessidade de dar continuidade aos estudos e anlises dos tipos inovadores.

    A Internet veio inaugurar uma forma significativa de comunicao e de uso da linguagem atravs do

    surgimento dos gneros virtuais, marcados pela fugacidade e volatilidade do texto, como no caso das salas

    de bate papo, onde as conversas entre duas ou mais pessoas acontecem em tempo real, de maneira

    sncrona, tornando ento o texto fugaz; pela interatividade, j que permitem a interao entre o leitor e o

    texto (como no caso dos weblogs, onde os leitores podem opinar, mandar recados ou discordar do que foi

    escrito, interferindo, assim, no texto virtual); pelo anonimato, em alguns casos, como os das salas de bate

    papo abertas, onde as pessoas se escondem atrs de um nickname (apelido), criando uma nova ou novas

    identidades virtuais; dentre outras.

    Marcuschi (2005), no quadro abaixo, sugere um paralelo formal e funcional com os gneros

    emergentes e suas contrapartes pr existentes.

    GNEROS TEXTUAIS EMERGENTES NAMDIA VIRTUAL E SUAS CONTRAPARTES EM GNEROS PR EXISTENTES

    GNEROS EMERGENTES GNEROS J EXISTENTES

    1 E mail Carta pessoal // bilhete // correio

    2 Bate papo virtual em aberto Conversaes (em grupos abertos?)

    3 Bate papo virtual reservado Conversaes duais (casuais)

    4 Bate papo ICQ (agendado) Encontros pessoais (agendados?)

    5 Bate papo virtual em salas privadas Conversaes (fechadas?)

    6 Entrevista com convidado Entrevista com pessoa convidada

    7 Aula virtual Aulas presenciais

    8 Bate papo educacional (Aula participativa e interativa???)

    9 Vdeo conferncia Reunio de grupo/ conferncia / debate

    10 Lista de discusso Circulares/ sries de circulares (???)

    11 Endereo eletrnico Endereo postal

    (MARCUSCHI, 2005, p. 31)

  • LETRAS | 40

    Segundo o autor, esses gneros tm caractersticas prprias e devem ser analisados em particular.

    Nem sempre tm uma contraparte muito clara e no se pode esperar uma especularidade na projeo de

    domnios to diversos como so o virtual e o real. Esses gneros so mediados pela tecnologia

    computacional que oferece um programa de base (uma ferramenta conceitual) e servem se da telefonia.

    De certo modo, esses gneros so diversificados em seus formatos e possibilidades e dependem do

    software utilizado para sua produo. No caso dos e mails, por exemplo, temos vrios programas para sua

    elaborao.

    Ainda na viso de Marcuschi (2005), uma das caractersticas centrais dos gneros em ambientes

    virtuais serem altamente interativos, geralmente sncronos (com simultaneidade temporal), embora

    escritos. Isso lhes d um carter inovador no contexto das relaes entre fala escrita. Alm disso, tendo em

    vista a possibilidade cada vez mais comum de insero de elementos visuais no texto (imagens, fotos etc.) e

    sons (msicas, vozes) pode se chegar a uma interao com a presena de imagem, voz, msica e linguagem

    escrita numa integrao de recursos semiolgicos. Quanto a isso, h outro aspecto nas formas de

    semiotizao desses gneros relativo ao uso de marcas de polidez ou indicao de posturas. So os

    conhecidos emoticons (cones indicadores de emoes) ao lado de uma espcie de etiqueta netiana

    (etiquetas da Internet), trazendo descontrao e informalidade formulao (monitorao fraca da

    linguagem), tendo em vista a volatilidade do meio e a rapidez da interao. Contudo, estes aspectos no se

    distribuem por igual ao longo dos gneros.