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UNIVERSI CENTRO DE ENSINO, PESQU I CONGRESSO NACIONAL
Realização:
LÍNGUA PORTUGU
DA MOTIVAÇÃO
Resumo: As discussões atuaisatento para as questões que concernentes ao bilinguismo, éBrasileira de Sinais e Línguamostram a singularidade linguípoucos que apresentam intervdiscussões em relação às especmodalidade. Partindo de um coa motivação – extrínseca e intlíngua, na modalidade escrita. Tinvestigar quais os fatores intercomo L2. O estudo apresentaculturais na educação dos surdsegunda língua. Trata-se de umVisual, do Instituto Federal de foram utilizadas para a coletaqualificação sugerem que a moe mostram que ela está intimam Palavras-chave: Segunda língu 1. Introdução
Pensar no ensino e na
surdos é necessário, pois est
pesquisas voltadas à educaçã
1 Possui graduação em Letras PortLinguística (2013) pela UniversLinguística também pela UFSC, bde sinais, aquisição de lí[email protected]
ERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA – UFU ESQUISA, EXTENSÃO E ATENDIMENTO EM EDUCAÇÃO ESPECINAL DE LIBRAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDI
I CONALIBRAS-UFU
ISSN 2
TUGUESA COMO SEGUNDA LÍNGUA PARAIMPORTÂNCIA
ÇÃO NO PROCESSO DE ENSINO E APREN
EIXO 1 - LIBRAS: LINGUÍSTICA, ENS AQUISIÇÃO E ENSINO DA LÍNGUA PORT
Bruna, CRESCÊ
atuais acerca da educação bilíngue para surdos têm pr envolvem a comunidade surda, pois para tornar
mo, é necessário que se compreenda os espaços que asíngua Portuguesa – ocupam no contexto escolar.
linguística dos surdos quanto à escrita da Língua Portu intervenções pedagógicas realizadas com sucesso especificidades que envolvem o aprendizado dessa seg um contexto de educação bilíngue, apresenta-se neste e intrínseca - pode ser determinante para a aprendizcrita. Trata-se de um recorte da minha pesquisa de dous internos e externos estão implicados na aprendizagemesenta uma breve discussão acerca dos aspectos lis surdos e explora os fatores envolvidos no ensino e de um estudo de caso com alunos surdos do Curso Interal de Santa Catarina – Câmpus Palhoça Bilíngue. A acoleta de dados, além de notas de campo. Os dado a motivação exerce um papel crucial na aprendizagemtimamente ligada a outros fatores.
a língua. Surdos. Língua Portuguesa
o e na aprendizagem da Língua Portuguesa como
ois estamos diante de uma área que embora seja ba
ducação de surdos é uma fonte inesgotável de que
s Português-Inglês pela Universidade do Sul de Santa Cataniversidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e atualmSC, bolsista CAPES/DS. Tem interesse e atua nos seguinte
língua de sinais e ensino de língua portuguesa
PECIAL – CEPAE ÂNDIA
SSN 2447-4959
PARA SURDOS: A
RENDIZAGEM
, ENSINO E AQUISIÇÃO PORTUGUESA COMO L2
ESCÊNCIO NEVES, UFSC1
têm proporcionado um olhar ornar realidade as propostas que as duas línguas – Língua olar. Há vários estudos que a Portuguesa, no entanto, são esso e que aprofundam as
ssa segunda língua e segunda neste trabalho a forma como rendizagem de uma segunda de doutorado, a qual objetiva izagem da Língua Portuguesa tos linguísticos, históricos e sino e aprendizagem de uma o Integrado de Comunicação e. A avaliação e a entrevista dados apresentados para a zagem da Língua Portuguesa
como segunda língua para
seja bastante explorada em
e questionamentos. Sendo
a Catarina (2011), mestrado em atualmente é doutoranda em
guintes temas: língua brasileira guesa para surdos. Email:
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assim, a proposta geral de
determinante para a aprendiz
Pesquisas já desenvo
aprendizagem de uma segund
(GARDNER e LAMBERT
KRASHEN, 1981; ELLIS,
nesta pesquisa, que a motiv
estreitamente relacionada a
aprendizagem).
Para desenvolver a
Câmpus Palhoça Bilíngue. A
entre surdos e ouvintes no
níveis e modalidades de ens
Ensino Médio Técnico Integ
2015/1) e módulo III (ingres
são formadas somente por al
Língua Brasileira de Sinais (
2. Referencial teórico
Para compreender co
surda, ou quais as metodolog
que a língua de sinais é a
principalmente para a aprend
"as línguas de sinais são tan
até mesmo a aprendizagem
Língua Portuguesa quando c
da Libras. Segundo o autor,
segunda língua, é imprescind
Assim, entendendo
instrução no processo educac
como segunda língua. É imp
segunda língua, estamos nos
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ral desse estudo é mostrar de que forma a m
rendizagem da Língua Portuguesa.
esenvolvidas em diferentes partes do mundo
segunda língua está ligada a um conjunto de fatore
BERT, 1972; GARDNER, 2005; DÖRNYEI,
LIS, 1994; LAMBERT e LAMBERT, 1975).
motivação exerce um papel crucial na aprendiz
ada a outros fatores (idade, atitude linguística, co
ver a pesquisa, escolhemos o Instituto Federal
gue. A instituição selecionada visa proporcionar u
no campo educacional e profissional e oferta
de ensino. Para o estudo, foram escolhidos alunos
o Integrado de Comunicação Visual, módulo I (i
(ingresso no semestre 2014/1). As duas turmas ele
por alunos surdos e as aulas de Língua Portuguesa
inais (Libras).
der como acontece a aprendizagem de uma segund
odologias podem ser mais eficazes nesse processo,
is é a base para o desenvolvimento cognitivo e
prendizagem da Língua Portuguesa. Para Ferreira
ão tanto o objetivo quanto o meio facilitador do ap
agem da língua oral". Para Rinaldi (1997, p.147),
ndo conseguir estruturar seu conhecimento e suas
autor, para que o surdo possa fazer uma leitura d
escindível que a língua de sinais seja intermediador
a língua de sinais como a primeira língua dos
educacional dos mesmos, partimos para o ensino de
É importante ressaltar, que além de se tratar do
os nos referindo também a uma segunda modalidad
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SSN 2447-4959
a motivação pode ser
undo evidenciam que a
fatores externos e internos
YEI, 2014, 2011, 1994;
75). Partimos da hipótese,
rendizagem da LP e está
ica, contextos de ensino e
ederal de Santa Catarina,
onar uma efetiva interação
ferta cursos de diferentes
alunos surdos do curso de
lo I (ingresso no semestre
as eleitas para a pesquisa
uguesa são diretamente em
egunda língua pela criança
cesso, precisamos entender
itivo e social dos surdos,
erreira-Brito (1993, p. 27),
r do aprendizado em geral,
.147), o surdo aprenderá a
suas experiências, através
itura de mundo através da
diadora nesse processo.
a dos surdos e a língua de
sino de Língua Portuguesa,
ar do aprendizado de uma
alidade – escrita. Diferente
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da modalidade visual/espaci
um tipo diferente de aprend
mas a escrita não é algo iner
“o próprio ato de escrever fo
a leitura e a escrita, é a seg
apenas para a aquisição da p
para o desenvolvimento da
uma sociedade que não vive
cotidiano. Segundo Alisedo
autônomo com relação à fala
O aprendizado de um
gama de variáveis e fator
aprendizagem, isso porque,
objetivos, e além disso, tra
decisivas no aprendizado d
LAMBERT, 1972; GARDN
além dos fatores cognitivos,
processo, e dentre eles, a mo
As questões motivacionais f
cada uma delas apresenta um
motivação e o sucesso no apr
Mas o que é motivaçã
motivação como aquilo que
persistente e que nos impulsi
mais complexas, dentre elas
afirma que motivação é uma
sobre o sucesso ou fracasso
diferença individual, caracte
altos e baixos. Ainda confo
aluno (por exemplo, a curi
ambiente de aprendizagem. R
motivação é um importante f
aluno menos capaz que é alt
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espacial e da oral/auditiva, a modalidade escrita d
aprendizado. Para muitos surdos basta ser ouvinte
o inerente ao ser humano, foi criada e segundo Fi
ver foi frequentemente considerado um processo m
a segunda capacidade mais importante no mundo
o da própria língua (FISCHER, 2009, p. 110). Log
to da leitura e a escrita não é algo específico dos
o vive mais sem a escrita, pois ela permeia todas
lisedo-Costa (1981, p.69), a consideração da esc
à fala foi uma grande conquista.
de uma segunda língua é uma tarefa bastante com
fatores que determinam o sucesso ou fracas
orque, as pessoas buscam conhecer uma nova lí
o, trazem consigo experiências linguísticas e soc
ado de uma L2. Pesquisadores de diferentes á
RDNER, 2005; DÖRNYEI, 2014; KRASHEN, 1
vos, os fatores afetivos também exercem um pap
s, a motivação tem ocupado um espaço significativ
nais foram e continuam sendo discutidas por div
nta um olhar peculiar e uma forma de estabelece
no aprendizado.
otivação? Partindo de uma definição do senso com
lo que nos move, que nos faz buscar novos conh
mpulsiona diariamente a fazer as coisas, das mais s
re elas, o aprendizado de uma segunda língua. Dö
é uma palavra que professores e alunos utilizam d
acasso na aprendizagem de línguas e tem sido con
aracterizando um processo que está em fluxo con
conforme o autor, a motivação é vista como um
a curiosidade) e um fator determinado pelos a
gem. Reece e Walker (1997 apud GÖMLEKSİZ, 2
tante fator no processo de aprendizagem de línguas
e é altamente motivado pode alcançar um sucesso
PECIAL – CEPAE ÂNDIA
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crita de uma língua requer
uvinte para escrever bem,
ndo Fischer (2009, p. 109)
esso mágico”. Desenvolver
mundo moderno, perdendo
). Logo, a atenção voltada
co dos surdos, mas sim de
todas as relações do nosso
da escrita como o sistema
te complexa, pois há uma
fracasso no processo de
ova língua por diferentes
e sociais que podem ser
ntes áreas (GARDNER e
EN, 1981) defendem que
m papel fundamental nesse
ificativo nos últimos anos.
or diversas perspectivas e
belecer um vínculo entre a
o comum, compreendemos
s conhecimentos de forma
mais simples às atividades
a. Dörnyei (2014, p. 518)
zam diariamente para falar
do considerada como uma
o constante, passando por
o um fator interno para o
elos aspectos externos do
SİZ, 2001) defendem que a
línguas e salientam que um
cesso maior que um aluno
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inteligente que não está bem
2001) a motivação envolve
expectativa e o resultado daq
3. Metodologia
A presente pesquisa
participação de um grupo de
pesquisação, uma vez que
acompanhou os alunos duran
sala de aula, tornou-se evide
diante das mesmas metodol
além das propostas pedagóg
correlacionados ao desenvolv
No que se refere à
quantitativa, uma vez que a
Para dar suporte teórico à p
pesquisa bibliográfica é de
principalmente de livros e ar
A coleta de dados s
perceber o desempenho dos
aprendizagem do Português c
A entrevista semiestr
a idade de aquisição da Libr
avaliar o desempenho dos
compreensão textual e c) pro
alunos ao longo desse per
entrevistas e das avaliações
podem estar relacionados ao
4. Resultados
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tá bem motivado. Para Crookes e Schmidt (1986
nvolve a persistência que é determinada pelo i
do daquilo que se almeja.
squisa caracteriza-se como um estudo de cas
upo de surdos com idade entre 15 e 21 anos. O est
z que a pesquisadora é a professora de Líng
s durante o desenvolvimento da pesquisa. A partir
evidente as discrepâncias no aprendizado da seg
etodologias, o que instigou a necessidade de uma
dagógicas, mas que pudesse elucidar os fatores q
envolvimento da Língua Portuguesa, na modalidad
fere à abordagem, a pesquisa pode ser consid
que as duas formas satisfazem o estudo, pois um
co à pesquisa, foi utilizado também o procedimen
é desenvolvida com base em material já ela
s e artigos científicos” (GIL, 2002, p. 44).
ados se deu por meio de uma entrevista e uma
o dos alunos e os fatores linguísticos que podem
guês como segunda língua.
miestruturada tem como objetivo explorar os fatore
a Libras e os aspectos motivacionais. A avaliação,
dos alunos surdos em três etapas: a) análise s
c) produção textual. As notas de campo trazem alg
se período e observações relevantes para a pes
ações pretende-se explorar de que forma os fatore
os ao desenvolvimento linguístico dos surdos. .
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(1986 apud GÖMLEKSİZ,
pelo interesse, relevância,
e caso e contou com a
O estudo também adota a
íngua Portuguesa que
partir das experiências em
da segunda língua, mesmo
e uma pesquisa que fosse
ores que estão diretamente
alidade escrita.
considerada qualitativa e
ois uma completa a outra.
dimento bibliográfico. “A
já elaborado, constituído
uma avaliação, a fim de
odem estar implicados na
fatores investigados como
liação, por sua vez, almeja
lise sintática, b) leitura e
em algumas produções dos
a pesquisa. A partir das
fatores externos e internos
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Realização:
Nesta seção será apr
realizada com duas participa
este artigo, as discussões estã
Fatores
Idade de aquisição da
língua de sinais
Idade de aprendizagem da
Língua Portuguesa
Motivação intrínseca
Atitude Linguística
Contextos de
aprendizagem
Motivação extrínseca
Input e interação com a
Língua Portuguesa
Quadro 1. Síntese das entrevistas
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rá apresentada uma síntese com os fatores investi
rticipantes da pesquisa, a fim de comparar os dad
es estão voltadas para a motivação – intrínseca e ex
Ana Alice
Tenra idade (pais surdos) 12 anos (pais o
da 11 anos 16 anos
Às vezes tem vontade de
aprender Língua
Portuguesa e em outros
momentos não.
Tem muita von
aprender Líng
Portuguesa.
Acha difícil, mas gosta de
Língua Portuguesa
Acha difícil, m
Língua Portugu
Estudou em escola
inclusiva e tinha
dificuldades. Atualmente,
estuda em uma escola
bilíngue.
Estudou em es
inclusiva e tinh
dificuldades. A
estuda em uma
bilíngue.
Pouco incentivo da família
e de outras pessoas
Muito incentiv
de uma amiga
referência par
Escola, aulas de Língua
Portuguesa, redes sociais,
mensagens de celular,
sites, livros (pouco) e
legendas (pouco). Nunca
leu revistas e jornais. Não
falou em outras práticas de
leitura e escrita.
Escola, aulas d
Portuguesa, red
mensagens de
sites, livros (po
legendas (pouc
leu revistas e jo
falou em outra
leitura e escrita
istas
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investigados e a entrevista
s dados encontrados. Para
ca e extrínseca.
ais ouvintes)
vontade de
Língua
ícil, mas gosta de
ortuguesa
em escola
e tinha
des. Atualmente,
m uma escola
entivo da mãe e
iga surda que é
para ela
ulas de Língua
sa, redes sociais,
ns de celular,
ros (pouco) e
(pouco). Nunca
as e jornais. Não
outras práticas de
escrita.
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Realização:
O quadro acima perm
duas jovens surdas. Há quat
aquisição da Libras, idade d
motivação extrínseca.
De modo geral, é o fa
nos dados coletados e como
muitos pesquisadores, justam
uma segunda língua.
A avaliação foi realiz
das produções em Língua Po
A primeira parte é um
correção gramatical. Na se
terceira parte tinha como ob
escolheu-se a tirinha como p
opção de um texto curto para
Avaliação
1. Análise Sintática
- Julgamento gramatical (JG)
(20 questões)
- Correção gramatical (CG)
(10 questões)
2. Leitura e Compreensã
Textual
5 questões
3. Produção textual
Quadro 2: Resultado da avaliação
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a permite comparar os dados depreendidos a par
á quatro aspectos que diferem significativamente,
dade de aprendizagem da Língua Portuguesa, mo
, é o fator idade e a motivação (intrínseca e extrínse
como já discutido, são dois fatores que foram bas
justamente por exercerem um papel determinant
i realizada em maio de 2015, com o objetivo de te
ua Portuguesa.
te é uma avaliação sintática, por meio de um julg
Na segunda parte, o objetivo era avaliar a comp
mo objetivo obter uma produção textual dos alun
omo ponto de partida em razão da natureza do c
to para análise mais aprofundada.
Ana Al
al (JG)
(CG)
- JG: 19 acertos
- CG: 6 acertos
- JG: 16 ace
- CG: 6 ace
reensão 3 acertos 2 acertos
O menino gritou mais
alto que socorro! Céu
ouvir, começou chuva e
outro menino dar
guarda-chuva, ele falou
obrigado.
Cascão grito
Cascão agar
Cascão ver
ajuda guard
liação
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a partir da entrevista das
ente, sendo eles: idade de
sa, motivação intrínseca e
xtrínseca) que se destacam
m bastante explorados por
inante no aprendizado de
de ter um registro formal
m julgamento gramatical e
compreensão textual e a
s alunos. Para a pesquisa,
a do curso e também, pela
Alice
16 acertos
6 acertos
o gritou agarrou
o agarrou espera
o ver Cebolinha
guarda-chuva.
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Realização:
Como observado, os
duas participantes pode ser
Fica evidente que Ana, a jov
avaliação, especialmente na
satisfatórios, apesar de ap
considerarmos a teoria do pe
Entretanto, como co
escrita? O acompanhamento
produções coletadas durante
Figura 1. Material utilizada para a
Após serem apresen
perguntas, sendo a primeira:
participantes responderam:
Figura 2. Produção textua
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do, os dados mostram que a diferença no desemp
e ser considerada mínima, diante das discrepânc
, a jovem que nasceu em uma família de surdos,
te na produção textual. No entanto, Alice consegu
de apresentar uma experiência linguística com
do período crítico de aquisição da linguagem.
o considerar que houve um progresso, especial
mento das alunas ao longo desse período, as n
rante o ano indicam que sim.
para atividade em sala de aula
resentadas ao gênero textual (cartaz), as alunas
meira: qual a principal informação veiculada no ca
textual - Ana
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esempenho linguístico das
repâncias das duas surdas.
rdos, realizou uma melhor
nsegue alcançar resultados
com certo “atraso”, se
ialmente, na produção
, as notas de campo e as
alunas responderam várias
no cartaz acima? As duas
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Realização:
Figura 3. Produção textua
Os resultados da ava
pesquisa, pois, impulsionam
para que as participantes c
diferenças?
5. Discussão
O objetivo da pesqui
aprendizado de Língua Po
presentes na educação dos
educação de surdos, a impo
aprendizagem dos surdos, e
idade para assegurar que o
primeira língua dos surdos p
que também são relevantes
aprendizagem e os fatores af
As duas participant
aquisição da primeira língua,
dúvidas que a aquisição da
desenvolvimento linguístico
de uma interação e compreen
língua pode causar. Além d
tenham explorado a Libras
inferiu seu conhecimento de
não acontece? A jovem Ali
realidade daqueles que nasc
Libras desde a mais tenra ida
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textual - Alice
da avaliação e as notas de campo intrigam e sust
ionam um questionamento central: o que pode te
ntes conseguissem alcançar resultados aproxima
pesquisa é problematizar de que forma os fatores
ua Portuguesa pelos surdos e contemplar as d
o dos surdos. É consenso geral entre os pesqu
importância da Língua Brasileira de Sinais no p
dos, e a necessidade de garantir a língua de sinai
ue o surdo possa se desenvolver plenamente. En
rdos parece não resolver o “problema”, isso porq
antes nesse processo, como a metodologia, os co
res afetivos.
cipantes apresentam algumas diferenças bem
língua, idade de aprendizagem da segunda língua e
ção da primeira língua desde a mais tenra idad
ístico e cognitivo de qualquer pessoa, no caso dos
mpreensão do mundo à sua volta, sem as limitaçõe
lém disso, mesmo que os contextos de ensino
as no processo de instrução, é por meio dela
nto de mundo em suas atividades escolares e cotid
m Alice é uma amostra da grande maioria dos
e nasceram em família de pais ouvintes e não tiv
nra idade, que demoraram para reconhecer-se com
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e sustentam a hipótese da
ode ter sido determinante
oximados, apesar de suas
atores estão implicados no
as discussões que estão
pesquisadores da área da
s no processo de ensino e
sinais desde a mais tenra
te. Entretanto, assegurar a
porque, há outros fatores
, os contextos de ensino e
bem marcadas, idade de
gua e a motivação. Não há
idade é decisiva para o
so dos surdos, é a garantia
itações que o não acesso à
nsino e aprendizagem não
dela que a criança surda
cotidianas. E quando isso
a dos surdos, ela expõe a
ão tiveram contato com a
e como surdos, para serem
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vistos como surdos. E a
consolidada, como proporcio
contexto de ensino e apr
considerável para que se po
interação expressiva no amb
essas perguntas, mas não há
para muitas repostas. Quadro
adolescentes que já adquir
habilidades comunicativas in
Os dados obtidos po
olhar atento para a motivaçã
exerce um papel importantís
Os pesquisadores (GARDE
KRASHEN, 1981) que inv
acerca da motivação já hav
segunda língua, e, inclusiv
relacionados para o caráter
entrevistas, das notas de cam
afirmar que a motivação –
implícitas no processo de en
Entretanto, esses m
determinante na aprendizage
surdos não se sente tão mo
motivação extrínseca. Toda
relação à língua, que pode se
da língua de sinais como líng
forma os pais surdos seriam
seja, se o fato de os pais ter
outras experiências linguístic
Como podemos ver,
vez que eles se inter-relacion
o desenvolvimento da crianç
ensino e aprendizagem que
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E a Língua Portuguesa, na modalidade escrita
porcionar o aprendizado da língua escrita? Como
e aprendizagem? Como garantir o input ling
se possa ativar a capacidade da linguagem? Com
o ambiente familiar e escolar? É difícil pensar em
ão há dúvidas que a aquisição da língua de sinais
uadros (1997) corrobora com essa afirmação ao di
adquiriram a L1 apresentam um desenvolvimen
ivas interpessoais.
os por meio das entrevistas e da avaliação nos
tivação no processo de ensino e aprendizagem e a
rtantíssimo no processo de ensino e aprendizagem
RDER, 2004; GARDNER e LAMBERT, 1975
e investigaram a relação entre os fatores afetiv
já haviam mostrado as suas implicações na ap
clusive, indicaram quais os outros fatores estar
aráter influenciador da motivação. No caso dos
de campo no decorrer do curso e do resultado d
– intrínseca ou extrínseca – é a soma de outra
de ensino e aprendizagem e também das experiênc
ses mesmos dados que mostram a motivaçã
dizagem da segunda língua, indicam que a aluna
ão motivada para aprender a LP, especialmente,
Todavia, é possível identificar uma atitude ling
ode ser o resultado das práticas pedagógicas e, par
língua de instrução. A entrevista de Ana nos faz
seriam responsáveis pela pouca motivação na apre
ais terem vivenciado um outro momento histórico
guísticas, podem ter induzido o comportamento da
s ver, não é possível categorizar e tratar distintam
lacionam. A idade de aquisição da língua de sinais
criança surda, porém, se o surdo não tiver inserido
que possa explorar a primeira língua, não será
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escrita? Sem uma língua
omo tornar significativo o
t linguístico (da escrita)
? Como desenvolver uma
ar em respostas para todas
sinais é o ponto de partida
o ao dizer que as crianças e
vimento mais rápido nas
nos permitem lançar um
m e afirmar que esse fator
izagem da segunda língua.
1975; DÖRNYEI, 2001;
afetivos e se debruçaram
na aprendizagem de uma
estariam intrinsecamente
o dos surdos, a partir das
tado da avaliação, pode-se
outras questões que estão
eriências familiares.
tivação como um fator
aluna surda filha de pais
ente, no que se refere à
de linguística positiva em
e, particularmente, do uso
os faz pensar se de alguma
a aprendizagem da LP, ou
tórico e terem passado por
nto da aluna surda.
tintamente os fatores, uma
sinais é determinante para
nserido em um contexto de
o será o suficiente, pois a
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língua de mediação não ser
positivas e a língua for vis
ambiente que promova a mot
Os dados coletados e
entre o aspecto motivaciona
evidente quando todos os da
famílias de pais ouvintes e pa
6. Referências ALISEDO-COSTA G. Parle
Ligue Française d’Hygihne M
DÖRNYEI, Z. Motivation i
& M. A. Snow (Eds.), Teac
531). Boston, MA: National
______ USHIODA, E. Teac
______. Motivation and mo
Journal, 78. 273-284, 1994.
ELLIS, R. The Study of Se
1994.
FERREIRA-BRITO, Lucind
Babel Editora, 1993.
FISCHER, Steven Roger. U
Osasco, SP: Novo Século Ed
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ão será a língua de sinais. Se as atitudes em rela
for vista como obrigatória, o professor não dará
a motivação.
ados e apresentados apesar de serem parciais já sug
acional e aprendizagem da segunda língua e iss
os dados forem analisados, uma vez que nove do
es e passaram por diferentes experiências na aquisi
Parler par ecrit. Santé Mentale: L’eocil Ecou
ihne Mentale;1981.
tion in second language learning. In M. Celce-M
eaching English as a second or foreign langua
tional Geographic Learning/Cengage Learning, 201
Teaching and researching: motivation. Harlow:
nd motivating in the foreign language classroom
994.
of Second Language Acquisition. Oxford: Oxfo
ucinda. Integração Social e Educação de Surd
Uma breve história da linguagem. Tradução
ulo Editora, 2009.
PECIAL – CEPAE ÂNDIA
SSN 2447-4959
m relação à LP não forem
o dará conta de criar um
já sugerem estreita relação
e isso poderá ficar mais
ove dos dez alunos são de
aquisição da linguagem.
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