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III Simulado - ENEM 1ª serie 1º dia 1 LINGUAGENS CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS A variação linguística é uma realidade que, embora razoavelmente bem estudada pela sociolinguística, pela dialetologia e pela linguística histórica, provoca, em geral, reações sociais muito negativas. O senso comum tem escassa percepção de que a língua é um fenômeno heterogêneo, que alberga grande variação e está em mudança contínua. Por isso, costuma folclorizar a variação regional; demoniza a variação social e tende a interpretar as mudanças como sinais de deterioração da língua. O senso comum não se dá bem com a variação linguística e chega, muitas vezes, a explosões de ira e a gestos de grande violência simbólica diante de fatos de variação. Boa parte de uma educação de qualidade tem a ver precisamente com o ensino de língua um ensino que garanta o domínio das práticas socioculturais de leitura, escrita e fala nos espaços públicos. E esse domínio inclui o das variedades linguísticas historicamente identificadas como as mais próprias a essas práticas isto é, as variedades escritas e faladas que devem ser identificadas como constitutivas da chamada norma culta. Isso pressupõe, inclusive, uma ampla discussão sobre o próprio conceito de norma culta e suas efetivas características no Brasil contemporâneo. Parece claro hoje que o domínio dessas variedades caminha junto com o domínio das respectivas práticas socioculturais. Parece claro também, por outro lado, que não se trata apenas de desenvolver uma pedagogia que garanta o domínio das práticas socioculturais e das respectivas variedades linguísticas. Considerando o grau de rejeição social das variedades ditas populares, parece que o que nos desafia é a construção de toda uma cultura escolar aberta à crítica da discriminação pela língua e preparada para combatê-la, o que pressupõe uma adequada compreensão da heterogeneidade linguística do país, sua história social e suas características atuais. Essa compreensão deve alcançar, em primeiro lugar, os próprios educadores e, em seguida, os educandos. Como fazer isso? Como garantir a disseminação dessa cultura na escola e pela escola, considerando que a sociedade em que essa escola existe não reconhece sua cara linguística e não só discrimina impunemente pela língua, como dá sustento explícito a esse tipo de discriminação? Em suma, como construir uma pedagogia da variação linguística? Adaptado de: ZILLES, A. M; FARACO, C. A. Apresentação. In: ZILLES, A. M; FARACO, C. A, orgs., Pedagogia da variação linguística: língua, diversidade e ensino. São Paulo: Parábola, 2015. Assinale a alternativa que contém uma afirmação correta, de acordo com o sentido do texto. (A) O senso comum costuma perceber a língua como um fenômeno heterogêneo que alberga grande variação e está em mudança contínua. (B) Os gestos de grande violência simbólica constituem-se em fatos de variação linguística. (C) O conceito de norma culta e suas características no Brasil contemporâneo são alvos de explosões de ira diante de fatos de variação linguística. (D) Uma pedagogia que regule o domínio das variedades ditas populares deve ser privilegiada. (E) A heterogeneidade linguística do Brasil deve ser compreendida para que se possa construir uma cultura escolar aberta à crítica da discriminação pela língua. Não tem tradução [...] Lá no morro, se eu fizer uma falseta A Risoleta desiste logo do francês e do inglês A gíria que o nosso morro criou Bem cedo a cidade aceitou e usou [...] Essa gente hoje em dia que tem mania de exibição Não entende que o samba não tem tradução no idioma francês Tudo aquilo que o malandro pronuncia Com voz macia é brasileiro, já passou de português Amor lá no morro é amor pra chuchu As rimas do samba não são I love you E esse negócio de alô, alô boy e alô Johnny Só pode ser conversa de telefone ROSA, N. In: SOBRAL, João J. V. A tradução dos bambas. Revista Língua Portuguesa. Ano 4, n.54. São Paulo: Segmento, abr. 2010 (fragmento). As canções de Noel Rosa, compositor brasileiro de Vila Isabel, apesar de revelarem uma aguçada preocupação do artista com seu tempo e com as mudanças político- culturais no Brasil, no início dos anos 1920, ainda são modernas. Nesse fragmento do samba Não tem tradução, por meio do recurso da metalinguagem, o poeta propõe (A) incorporar novos costumes de origem francesa e americana, juntamente com vocábulos estrangeiros. (B) respeitar e preservar o português padrão como forma de fortalecimento do idioma do Brasil. (C) valorizar a fala popular brasileira como patrimônio linguístico e forma legítima de identidade nacional. (D) mudar os valores sociais vigentes à época, com o advento do novo e quente ritmo da música popular brasileira. (E) ironizar a malandragem carioca, aculturada pela invasão de valores étnicos de sociedades mais desenvolvidas. Nosso pensamento, como toda entidade viva, nasce para se vestir de fronteiras. Essa invenção é uma espécie de vício de arquitetura, pois não há infinito sem linha do horizonte. A verdade é que a vida tem fome de fronteiras. Porque essas fronteiras da natureza não servem apenas para fechar. Todas as membranas orgânicas são entidades vivas e permeáveis. São fronteiras feitas para, ao mesmo tempo, delimitar e negociar: o “dentro” e o “fora” trocam-se por turnos. Um dos casos mais notáveis na construção de fronteiras acontece no mundo das aves. É o caso do nosso tucano, o tucano africano, que fabrica o ninho a partir do oco de uma árvore. Nesse vão, a fêmea se empareda literalmente, erguendo, ela e o macho, um tapume de barro. Essa parede tem apenas um pequeno orifício, ele é a única janela aberta sobre o mundo. Naquele cárcere escuro, a fêmea arranca as próprias penas para preparar o ninho das futuras crias. Se quisesse desistir da empreitada, ela morreria, sem possibilidade de voar. Mesmo neste caso de consentida clausura, a divisória foi inventada para ser negada. Mas o que aqueles pássaros construíram não foi uma parede: foi um buraco. Erguemos paredes inteiras como se fôssemos tucanos cegos. De um e do outro lado há sempre algo que morre, truncado do seu lado gêmeo. QUESTÃO 01 QUESTÃO 02 QUESTÃO 03

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III Simulado - ENEM 1ª serie 1º dia

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LINGUAGENS CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

A variação linguística é uma realidade que, embora razoavelmente bem estudada pela sociolinguística, pela dialetologia e pela linguística histórica, provoca, em geral, reações sociais muito negativas. O senso comum tem escassa percepção de que a língua é um fenômeno heterogêneo, que alberga grande variação e está em mudança contínua. Por isso, costuma folclorizar a variação regional; demoniza a variação social e tende a interpretar as mudanças como sinais de deterioração da língua. O senso comum não se dá bem com a variação linguística e chega, muitas vezes, a explosões de ira e a gestos de grande violência simbólica diante de fatos de variação. Boa parte de uma educação de qualidade tem a ver precisamente com o ensino de língua – um ensino que garanta o domínio das práticas socioculturais de leitura, escrita e fala nos espaços públicos. E esse domínio inclui o das variedades linguísticas historicamente identificadas como as mais próprias a essas práticas – isto é, as variedades escritas e faladas que devem ser identificadas como constitutivas da chamada norma culta. Isso pressupõe, inclusive, uma ampla discussão sobre o próprio conceito de norma culta e suas efetivas características no Brasil contemporâneo.

Parece claro hoje que o domínio dessas variedades caminha junto com o domínio das respectivas práticas socioculturais. Parece claro também, por outro lado, que não se trata apenas de desenvolver uma pedagogia que garanta o domínio das práticas socioculturais e das respectivas variedades linguísticas. Considerando o grau de rejeição social das variedades ditas populares, parece que o que nos desafia é a construção de toda uma cultura escolar aberta à crítica da discriminação pela língua e preparada para combatê-la, o que pressupõe uma adequada compreensão da heterogeneidade linguística do país, sua história social e suas características atuais. Essa compreensão deve alcançar, em primeiro lugar, os próprios educadores e, em seguida, os educandos.

Como fazer isso? Como garantir a disseminação dessa cultura na escola e pela escola, considerando que a sociedade em que essa escola existe não reconhece sua cara linguística e não só discrimina impunemente pela língua, como dá sustento explícito a esse tipo de discriminação? Em suma, como construir uma pedagogia da variação linguística?

Adaptado de: ZILLES, A. M; FARACO, C. A. Apresentação. In:

ZILLES, A. M; FARACO, C. A, orgs., Pedagogia da variação

linguística: língua, diversidade e ensino. São Paulo: Parábola, 2015.

Assinale a alternativa que contém uma afirmação correta, de acordo com o sentido do texto. (A) O senso comum costuma perceber a língua como um

fenômeno heterogêneo que alberga grande variação e está em mudança contínua.

(B) Os gestos de grande violência simbólica constituem-se em fatos de variação linguística.

(C) O conceito de norma culta e suas características no Brasil contemporâneo são alvos de explosões de ira diante de fatos de variação linguística.

(D) Uma pedagogia que regule o domínio das variedades ditas populares deve ser privilegiada.

(E) A heterogeneidade linguística do Brasil deve ser compreendida para que se possa construir uma cultura escolar aberta à crítica da discriminação pela língua.

Não tem tradução

[...] Lá no morro, se eu fizer uma falseta A Risoleta desiste logo do francês e do inglês A gíria que o nosso morro criou Bem cedo a cidade aceitou e usou [...] Essa gente hoje em dia que tem mania de exibição Não entende que o samba não tem tradução no idioma francês Tudo aquilo que o malandro pronuncia Com voz macia é brasileiro, já passou de português Amor lá no morro é amor pra chuchu As rimas do samba não são I love you E esse negócio de alô, alô boy e alô Johnny

Só pode ser conversa de telefone

ROSA, N. In: SOBRAL, João J. V. A tradução dos bambas. Revista Língua Portuguesa. Ano 4, n.54. São Paulo: Segmento, abr. 2010

(fragmento).

As canções de Noel Rosa, compositor brasileiro de Vila Isabel, apesar de revelarem uma aguçada preocupação do artista com seu tempo e com as mudanças político- culturais no Brasil, no início dos anos 1920, ainda são modernas. Nesse fragmento do samba “Não tem tradução”, por meio do recurso da metalinguagem, o poeta propõe (A) incorporar novos costumes de origem francesa e

americana, juntamente com vocábulos estrangeiros. (B) respeitar e preservar o português padrão como forma de

fortalecimento do idioma do Brasil. (C) valorizar a fala popular brasileira como patrimônio

linguístico e forma legítima de identidade nacional. (D) mudar os valores sociais vigentes à época, com o

advento do novo e quente ritmo da música popular brasileira.

(E) ironizar a malandragem carioca, aculturada pela invasão de valores étnicos de sociedades mais desenvolvidas.

Nosso pensamento, como toda entidade viva, nasce para se vestir de fronteiras. Essa invenção é uma espécie de vício de arquitetura, pois não há infinito sem linha do horizonte. A verdade é que a vida tem fome de fronteiras. Porque essas fronteiras da natureza não servem apenas para fechar. Todas as membranas orgânicas são entidades vivas e permeáveis. São fronteiras feitas para, ao mesmo tempo, delimitar e negociar: o “dentro” e o “fora” trocam-se por turnos.

Um dos casos mais notáveis na construção de fronteiras acontece no mundo das aves. É o caso do nosso tucano, o tucano africano, que fabrica o ninho a partir do oco de uma árvore. Nesse vão, a fêmea se empareda literalmente, erguendo, ela e o macho, um tapume de barro. Essa parede tem apenas um pequeno orifício, ele é a única janela aberta sobre o mundo. Naquele cárcere escuro, a fêmea arranca as próprias penas para preparar o ninho das futuras crias. Se quisesse desistir da empreitada, ela morreria, sem possibilidade de voar. Mesmo neste caso de consentida clausura, a divisória foi inventada para ser negada.

Mas o que aqueles pássaros construíram não foi uma parede: foi um buraco. Erguemos paredes inteiras como se fôssemos tucanos cegos. De um e do outro lado há sempre algo que morre, truncado do seu lado gêmeo.

QUESTÃO 01

QUESTÃO 02

QUESTÃO 03

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III Simulado - ENEM 1ª serie 1º dia

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Aprendemos a demarcarmo-nos do Outro e do Estranho como se fossem ameaças à nossa integridade. Temos medo da mudança, medo da desordem, medo da complexidade. Precisamos de modelos para entender o universo (que é, afinal, um pluriverso ou um multiverso), que foi construído em permanente mudança, no meio do caos e do imprevisível.

A própria palavra “fronteira” nasceu como um conceito militar, era o modo como se designava a frente de batalha. Nesse mesmo berço aconteceu um fato curioso: um oficial do exército francês inventou um código de gravação de mensagens em alto-relevo. Esse código servia para que, nas noites de combate, os soldados pudessem se comunicar em silêncio e no escuro. Foi a partir desse código que se inventou o sistema de leitura Braille. No mesmo lugar em que nasceu a palavra “fronteira” sucedeu um episódio que negava o sentido limitador da palavra.

A fronteira concebida como vedação estanque tem a ver com o modo como pensamos e vivemos a nossa própria identidade. Somos um pouco como a tucana que se despluma dentro do escuro: temos a ilusão de que a nossa proteção vem da espessura da parede. Mas seriam as asas e a capacidade de voar que nos devolveriam a segurança de ter o mundo inteiro como a nossa casa.

MIA COUTO Adaptado de fronteiras.com, 10/08/2014.

No trecho sublinhado no 3º parágrafo, o conteúdo entre parênteses propõe uma reformulação da palavra universo, em função da argumentação feita pelo autor. Essa reformulação explora o seguinte recurso: (A) contraste de morfemas de sentidos distintos (B) citação de neologismos de valor polissêmico (C) comparação de conceitos relacionados ao tema (D) enumeração de sinônimos possíveis no contexto (E) enumeração morfemas com o mesmo sentido no texto

O PERIGO DE UMA ÚNICA HISTÓRIA

Marcos Rolim

Você conhece Chimamanda Ngozi Adichie? Se não conhece, permita que eu

1a apresente. Chimamanda (38

anos) é uma escritora nigeriana de excepcional qualidade. 2Seus trabalhos já receberam traduções em mais de 30

idiomas e três dos 3seus romances (Americanah, Hibisco

Roxo e Meio Sol Amarelo) foram lançados no Brasil pela Companhia das Letras.

4Ela foi uma das convidadas do

projeto TED ideas worth spreading, uma iniciativa global de

promoção de palestras curtas, não mais que 18 minutos, com pessoas que realmente têm algo importante a dizer. Em 2009, Chimamanda falou no TED sobre Os perigos de uma única história.

O que ela conta é que, ainda criança, lia muitas histórias britânicas e americanas. Por isso, seus textos infantis eram povoados por personagens loiras, que comiam maçãs, brincavam na neve e que se alegravam quando o sol aparecia. Assim, apesar de viver na Nigéria, um lugar onde as pessoas são quase todas negras como ela, onde se come manga e não há surpresas com o sol, os livros haviam produzido uma realidade imaginária na criança, mais forte que seu próprio mundo. Chimamanda conclui que isto demonstra o quanto somos vulneráveis a uma história.

EXTRACLASSE.org.br (ADAPTADO)

A coesão de um texto pode ser garantida por estratégias de repetição, retomada e referência de um item lexical citado em um enunciado A ou B e, assim, sucessivamente. Quanto ao emprego de a (ref. 1), seus (ref. 2 e 3), Ela (ref. 4),

podemos dizer que constituem (A) estratégias comuns que empobrecem o texto. (B) um processo de pronominalização que garante a

estrutura coesiva do texto. (C) recursos que seriam representados, de forma mais

adequada, com o emprego de outros itens lexicais que poderiam assumir o papel de sinônimos no texto.

(D) opções que funcionariam de forma mais eficiente caso fossem substituídos, respectivamente, por: “permita que eu apresente você a ela”; “os trabalhos dela”; “três dos romances da mesma”; “A escritora”.

(E) formas presas ao modelo de estrutura coesiva e não podem ser substituídas por outro recurso.

Leia as seguintes proposições: I. Encontrei a pessoa certa. II. Falei sobre os olhos dela. Ao unir as duas orações, subordinando a II a I, mantendo o mesmo sentido que cada uma apresenta e usando adequadamente os pronomes relativos, tem-se: (A) Encontrei a pessoa certa sobre cujos os olhos dela falei. (B) Encontrei a pessoa certa sobre os olhos dela falei. (C) Encontrei a pessoa certa sobre cujos olhos falei. (D) Encontrei a pessoa certa cujos olhos falei. (E) Encontrei a pessoa certa sobre cujos os olhos falei.

Assinale a alternativa em que o uso dos pronomes relativos está em acordo com a norma culta da Língua Portuguesa. (A) Busca-se uma vida por onde a tolerância seja, de fato,

alcançada. (B) Precisa-se de funcionários com cujo caráter não pairem

dúvidas. (C) São pessoas com quem depositamos toda a confiança. (D) Há situações de onde tiramos forças para prosseguir. (E) José é um candidato de cuja palavra não se deve

duvidar.

Leia uma passagem do livro A vírgula, do filólogo Celso Pedro Luft (1921-1995). A vírgula no vestibular de português “Mas, esta, não é suficiente.” “Porque, as respostas, não satisfazem.” “E por isso, surgem as guerras.” “E muitas vezes, ele não se adapta ao meio em que vive.” “Pois, o homem é um ser social.” “Muitos porém, se esquecem que...” “A sociedade deve pois, lutar pela justiça social.” Que é que você acha de quem virgula assim? Você vai dizer que não aprendeu nada de pontuação quem semeia assim as vírgulas. Nem poderá dizer outra coisa.

QUESTÃO 04

QUESTÃO 05

QUESTÃO 07

QUESTÃO 06

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III Simulado - ENEM 1ª serie 1º dia

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Ou não lhe ensinaram, ou ensinaram e ele não aprendeu. O certo é que ele se formou no curso secundário. Lepidamente, sem maiores dificuldades. Mas a vírgula é um “objeto não identificado”, para ele. Para ele? Para eles. Para muitos eles, uma legião. Amanhã serão doutores, e a vírgula continuará sendo um objeto não identificado. Sim, porque os três ou quatro mil menos fracos ultrapassam o vestíbulo... Com vírgula ou sem vírgula. Que a vírgula, convenhamos, até que é um obstáculo meio frágil, um risquinho. Objeto não identificado? Não, objeto invisível a olho nu. Pode passar despercebido até a muito olho de lince de examinador... Leia o seguinte trecho retirado do texto: “Ou não lhe ensinaram, ou ensinaram e ele não aprendeu. O certo é que ele se formou no curso secundário.”

As palavras destacadas, nesta passagem, I. são pronomes pessoais. II. são pronomes pessoais do caso reto. III. apresentam no contexto o mesmo referente. IV. pertencem à terceira pessoa do singular. As afirmações corretas estão contidas apenas em: (A) I e II. (B) II e III. (C) I, II e III. (D) I, III e IV. (E) II, III e IV. O efeito de humor da tirinha abaixo se deve

(A) à postura desobediente de Mafalda diante da mãe. (B) à resposta autoritária da mãe de Mafalda à pergunta da

filha. (C) ao uso de palavras em negrito e cada vez maior do 2º ao

4º quadrinho. (D) ao fato de aparecer apenas a fala da mãe de Mafalda e

não sua imagem. (E) aos sentidos atribuídos por Mafalda para as palavras

“títulos” e “diplomamos”. Lusofonia

rapariga: s.f., fem. de rapaz: mulher nova; moça; menina; (Brasil), meretriz. Escrevo um poema sobre a rapariga que está sentada no café, em frente da chávena de café, enquanto

alisa os cabelos com a mão. Mas não posso escrever este poema sobre essa rapariga porque, no brasil, a palavra rapariga não quer dizer o que ela diz em portugal. Então, terei de escrever a mulher nova do café, a jovem do café, a menina do café, para que a reputação da pobre rapariga que alisa os cabelos com a mão, num café de lisboa, não fique estragada para sempre quando este poema atravessar o atlântico para desembarcar no rio de janeiro. E isto tudo sem pensar em áfrica, porque aí lá terei de escrever sobre a moça do café, para evitar o tom demasiado continental da rapariga, que é uma palavra que já me está a pôr com dores de cabeça até porque, no fundo, a única coisa que eu queria era escrever um poema sobre a rapariga do café. A solução, então, é mudar de café, e limitar-me a escrever um poema sobre aquele café onde nenhuma rapariga se pode sentar à mesa porque só servem café ao balcão.

JÚDICE, N. Matéria do Poema. Lisboa: D. Quixote, 2008.

O texto traz em relevo as funções metalinguística e poética. Seu caráter metalinguístico justifica-se pela (A) discussão da dificuldade de se fazer arte inovadora no

mundo contemporâneo. (B) defesa do movimento artístico da pós-modernidade,

típico do século XX. (C) abordagem de temas do cotidiano, em que a arte se

volta para assuntos rotineiros. (D) tematização do fazer artístico, pela discussão do ato de

construção da própria obra. (E) valorização do efeito de estranhamento causado no

público, o que faz a obra ser reconhecida.

Giocondas gêmeas

A existência de uma segunda pintura da Mona Lisa – a Gioconda, de Leonardo da Vinci – foi confirmada pelo

Museu do Prado, em Madri, em fevereiro. O quadro era conhecido desde o século XVIII, mas tido como uma reprodução tardia do original. Um trabalho de restauração revelou que seu fundo de cor negra na verdade recobria a reprodução de uma típica paisagem da Toscana, como a pintada por Da Vinci. Radiografias mostraram que a tela é irmã gêmea do original, provavelmente pintada por discípulos do mestre, sob supervisão de Da Vinci, no seu ateliê de Florença, entre 1503 e 1506. Os dois quadros serão, agora, expostos no Louvre. Há, entretanto, diferenças: a florentina Lisa Gherardini (Mona Lisa), aparentemente na meia-idade, parece mais moça na nova tela. O manto sobre o ombro esquerdo do quadro original surge como um véu transparente, e o decote aparece com mais nitidez. A descoberta reforça a tese de estudiosos, como o inglês Martin Kemp, de que assistentes de Da Vinci ajudaram na composição de telas importantes do mestre.

Revista Planeta, ano 40, ed. 474, mar. 2012.

QUESTÃO 08

QUESTÃO 09

QUESTÃO 10

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III Simulado - ENEM 1ª serie 1º dia

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Para cumprir sua função social, o gênero notícia precisa divulgar informações novas. No texto Giocondas gêmeas, além de ser confirmada a existência de uma tela gêmea de Mona Lisa e de serem destacadas as diferenças entre elas,

o valor informativo do texto está centrado na (A) afirmação de que Gioconda genuína estava na fase da

meia-idade. (B) revelação da identidade da mulher pintada por Da Vinci,

a florentina Lisa Gherardini. (C) consideração de que as produções artísticas de Da Vinci

datam do período renascentista. (D) descrição do fato de que a tela original mostra um manto

sobre o ombro esquerdo da personagem. (E) confirmação da hipótese de que Da Vinci teve

assistentes que o auxiliaram em algumas de suas obras.

Poema Satírico sobre os desmandos administrativos e morais imputados a Luis da Cunha Menezes, que governou a Capitania das Minas de 1783 e 1788: (A) Cartas Chilenas. (B) Marília de Dirceu (C) O Uraguai (D) Vila Rica (E) Fábula do Ribeirão do Carmo

.Qual a alternativa que apresenta uma associação errada? (A) Barroco/ Racionalismo (B) Arcadismo/ Racionalismo (C) Arcadismo/ Iluminismo (D) Arcadismo/ Anti- classicismo (E) Romantismo/ Revolução/ Industrial

A obra de Fernão Lopes tem um caráter: (A) Basicamente histórico, pela fidelidade à documentação e pela objetividade da linguagem científica. (B) Essencialmente estético pelo predomínio do elemento ficcional. (C) Histórico-literário, aproximando-se do moderno romance histórico, pela fusão do real com o imaginário. (D) Histórico-literário, pela seriedade da pesquisa histórica, pelas qualidades ao estilo e pelo tratamento literário, que reveste a narrativa a narrativa histórica de um tom épico e compõe cenas de grande realismo plástico, além do domínio da técnica dramática de composição. (E) Essencialmente crítico, pela sutileza demonstrada em escrever apenas para agradar representantes da nobreza.

Indique a afirmação correta sobre o Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente: (A) É complexa a crítica aos costumes da época, já que o autor primeiro a relativizar a distinção entre o Bem e o Mal. (B) A sátira é aqui demolidora e indiscriminada, não fazendo referência a qualquer exemplo de valor positivo. (C) O moralismo vicentino localiza os vícios, não nas instituições, mas nos indivíduos que as fazem viciosas. (D) A ênfase desta sátira recai sobre as personagens populares mais ridicularizadas e as mais severamente punidas. (E) É intrincada a estruturação de suas cenas, que surpreendem o público com o inesperado de cada situação.

Sobre o Humanismo, identifique a alternativa falsa: (A) Rejeita a noção do homem regido por leis sobrenaturais e opõe-se ao misticismo. (B) Fundamenta-se na noção bíblica de que o homem é pó e ao pó retornará, e de que só a transcendência liberta o homem de sua insignificância terrena. (C) Designa tanto uma atitude filosófica quanto um período específico da evolução da cultura ocidental. (D) Em sentido amplo, designa a atitude de valorização do homem, de seus atributos e realizações. (E) Dá ao homem, centro de sua própria história, a oportunidade de buscar e aprender. A preocupação com a brevidade da vida induz o poeta barroco a assumir uma atitude que: (A) quer gozar ao máximo seus dias, enquanto a mocidade dura. (B) se revolta contra os insondáveis desígnos de Deus. (C) se deixa subjugar pelo desânimo e pela apatia dos céticos. (D) desiste de lutar contra o tempo, menosprezando a mocidade e a beleza. (E) descrê da misericórdia divina e contesta os valores da religião.

Identifique a afirmação que se refere a Gregório de Matos: (A)Teve grande capacidade em fixar num lampejo os vícios, os ridículos, os desmandos do poder local, valendo-se para isso do engenho artificioso que caracteriza o estilo da época. (B) Dos poetas arcádicos eminentes, foi sem dúvida o mais liberal, o que mais claramente manifestou as idéias da ilustração francesa. (C) Sua obra é uma síntese singular entre o passado e o presente: ainda tem os torneios verbais do Quinhentismo português, mas combina-os com a paixão das imagens pré-românticas. (D) Sua famosa sátira à autoridade portuguesa nas Minas do chamado ciclo do ouro é a prova de que seu talento não se restringia ao lirismo amoroso. (E) No seu esforço da criação, a comédia brasileira realiza um trabalho de crítica que encontra seguidores no Romantismo e mesmo no restante do século XIX.

Leia o texto com atenção. À Instabilidade das Cousas do Mundo Nasce o Sol, e não dura mais que um dia, Depois da Luz se segue a noite escura, Em tristes sombras morre a formosura, Em contínuas tristezas a alegria, Porém, se acaba o Sol, por que nascia? Se é tão formosa a Luz, por que não dura? Como a beleza assim se transfigura? Como o gosto, da pena assim se fia? Mas no Sol, e na Luz falte a firmeza, Na formosura não se dê constância, E na alegria, sinta-se tristeza. Começa o Mundo enfim pela ignorância E tem qualquer dos bens por natureza A firmeza somente na inconstância. (Gregório de Matos)

QUESTÃO 15

QUESTÃO 14

QUESTÃO 11

QUESTÃO 12

QUESTÃO 13

QUESTÃO 16

QUESTÃO 18

QUESTÃO 17

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III Simulado - ENEM 1ª serie 1º dia

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A ideia central do texto é: (A) a falsidade das aparências. (B) os contrastes da vida. (C) a duração prolongada do sofrimento. (D) a grandeza de Deus e a pequenez humana. (E) a duração efêmera de todas as realidades do mundo. No texto da questão anterior, predominam as imagens: (A) táteis. (B) auditivas. (C) gustativas. (D) visuais. (E) olfativas. A respeito do Padre Antônio Vieira, pode-se afirmar: (A) Embora vivesse no Brasil, por sua formação lusitana não se ocupou de problemas locais. (B) Procurava adequar os textos bíblicos às realidades de que tratava. (C) Dada sua espiritualidade, demonstrava desinteresse por assuntos mundanos. (D) Em função de seu zelo para com Deus, conduzia o raciocínio dos seus ouvintes para que eles se alimentassem da palavra e procurassem alcançar as próprias respostas. (E) Mostrou-se tímido diante dos interesses dos poderosos.

INGLÊS

Most people know what an iPod is, but what does this word

mean? According to one theory, it’s an acronym for “Interface Protocol Option Devices”. According to another theory, “i” stands for “internet”, while Pod stands for “portable device”. A pod also refers to a container provided by nature: peas grow in a pod, and an iPod contains music. Podcasting, on the other hand, is a variation of broadcasting. Now you can download programs from the internet onto your iPod, instead of listening to them on the radio.

De acordo com o texto, (A) o iPod, segundo mais de uma teoria, é um invólucro

natural. (B) o iPod, de acordo com mais de uma teoria, é um

anacronismo. (C) o iPod é algo conhecido pela maioria das pessoas. (D) a internet permitiu a criação, ainda que teórica, de uma

variante de gravador de músicas. (E) o iPod, um aparelho portátil, pode ser usado como

internet.

No texto, a analogia entre o iPod e a vagem justifica-se porque

(A) ambos são invólucros naturais. (B) ambos abrigam algo em seu interior. (C) os dois são portáteis. (D) nenhum dos dois é de grande porte. (E) os dois desempenham funções orgânicas.

On Marriage

Kahlil Gibran Love one another, but make not a bond of love: Let it rather be a moving sea between the shores of your

souls. Fill each other's cup but drink not from one cup. Give one another of your bread but eat not from the same

loaf Sing and dance together and be joyous, but let each one of

you be alone, Even as the strings of a lute are alone though they quiver

with the same music. Give your hearts, but not into each other's keeping. For only the hand of Life can contain your hearts. And stand together yet not too near together: For the pillars of the temple stand apart, And the oak tree and the cypress grow not in each other's

shadow.

Em seu livro O Profeta, Khalil Gilbran discorre sobre vários aspectos da vida, inclusive os relacionamentos afetivos. A esse respeito, o texto acima, repleto de metáforas, leva o leitor a considerar que...

(A) duas pessoas em um relacionamento amoroso devem compartilhar tudo o que têm e manter-se o mais próximas possível.

(B) não se deve abrir o coração para outra pessoa nem ficar muito preso a ela, pois isso pode gerar muito sofrimento.

(C) uma pessoa precisa manter sua individualidade mesmo quando está envolvida em um relacionamento amoroso.

(D) duas pessoas apaixonadas devem sempre estar juntas, divertir-se e dançar, aproveitando os bons momentos da vida.

(E) relacionamentos amorosos são semelhantes aos pilares de um templo e às árvores que crescem na natureza.

Jangada Brasil

Why would you want to sail a jangada? The jangada is the most typical traditional sailing vessel of

Brazil. This fishing boat is considered one of the world’s most gracious and at the same time most primitive sailing vessels. The jangada is still in use by artisanal fishermen

in many coastal communities in the northeastern region of Brazil. It is estimated that there are 4,000 boats and 10,000 fishermen left in Brazil who use them. Compared to some other boats described on this site it is not particularly hard to find one. It can be found in the states of Ceará and Rio Grande do Norte. The sailing characteristics of a jangada can be best compared to those of a relative unstable dinghy.

Com base nas informações apresentadas no texto acima, pode-se afirmar que as jangadas…

(A) são usadas por cerca de 10.000 pescadores no Brasil, sobretudo no litoral da região nordeste.

(B) são consideradas as embarcações mais belas dentre as embarcações primitivas para pesca.

(C) são utilizadas atualmente por 4.000 pescadores nos estados do Ceará e do Rio Grande do Norte.

(D) são raramente empregadas por pescadores hoje em dia, por serem embarcações mais tradicionais.

(E) são mais instáveis que botes em termos de navegabilidade, porém são melhores para a pesca.

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Marque a opção que apresenta a mesma regra de formação do superlativo de “the most typical ,..” , do texto acima.

(A) the most prettier (B) the shortier (C) the least bad (D) the more younger (E) the most horrible BRAND BULLYING GROWING, WARN TEACHERS

Children who cannot afford the latest brands and fashions face bullying or exclusion by their peers, teachers warned yesterday. A desire to fit in plays a huge role in the products children want to own […]. Almost half of the teachers questioned said young people who cannot afford the fashionable items owned by their friends have been excluded, isolated or bullied as a result.

[…] Emma-Jane Cross, chief executive of Beatbullying […] said: “Young people are image conscious, and a lot of

bullying is based on appearance. Targeting others for not having the “right” look, accessory or brand is unfortunately all too common […].

O texto jornalístico apresenta o termo brand bullying para se

referir a um tipo específico de bullying praticado nas escolas. Sendo assim, segunto o texto, brand bullying pode ser definido como

(A) um momento específco da adolescência em que a moda se torna muito importante para os jovens, defnindo sua identidade.

(B) a prática de excluir e isolar aqueles alunos que possuem todos os artigos caros e “da moda”, por serem considerados exibidos e esnobes.

(C) a ação de seguir todas as tendências e praticar bullying contra os colegas que não se importam com a moda e preferem se isolar.

(D) o fenômeno que ocorre na adolescência de grupos serem isolados por seguirem determinada tendência de moda.

(E) o ato de excluir e praticar bullying contra os colegas que não podem comprar artigos e produtos considerados por eles “da moda”.

O adjetivo possessivo “their” aparece duas vezes no texto

acima, escolha a alternativa que apresenta seus referentes respectivamente.

(A) children / teachers (B) brands / peers (C) teachers / young people (D) children / young people (E) young people / friends

Escolha a opção que apresenta o trecho retirado do texto acima na forma negativa correta.

(A) teachers don’t warn yesterday (B) teachers didn’t warn yesterday (C) teachers doesn’t warn yesterday (D) teachers won’t warn yesterday (E) teachers weren’t warn yesterday

Na charge, o médico (A) tenta convencer o paciente a parar de fumar. (B) considera que os advogados, como o paciente, devem trabalhar mais. (C) afirma que os advogados têm expectativa de vida maior que os médicos. (D) compara as horas de trabalho dos médicos com as dos advogados. (E) adverte o paciente de que ele só tem mais três anos de vida. O argumento do médico se baseia em (A) escolaridade. (B) lazer. (C) aposentadoria. (D) tempo de vida útil. (E) rotina.

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ESPANHOL

Texto 1 KOTA KOTI, LA NIÑA CONVERTIDA EN UNA “BARBIE REAL”

Se llama Dakota Rose, pero en Internet sus miles

de fans la conocen como Kota Koti. Esta niña, aunque no está claro si tiene 16 años o 18, es el nuevo ‘juguete’ de Internet, el nuevo ‘boom’ de las redes sociales. Sus largas pestañas, grandes ojos azules, cuerpo delgado y frágil y labios carnosos le han valido para convertirse en la ‘Barbie real’. Las imágenes que ella misma ha subido en su blog junto con varios vídeos demuestran su gran parecido con la muñeca. Pero, sin lugar a dudas, el lugar donde más fans tiene es en Japón y China, ya que si se parece a ‘Barbie’, más es su parecido con las muñecas anime. De hecho, ella lo sabe y es la imagen que más explota con un estilismo similar al de esta tendencia.

El furor por la ‘Barbie real’ comenzó hace unos meses, cuando Dakota publicó una serie de fotografías en su página de Facebook. Sin embargo, no da más datos por lo que no se sabe ni su nombre real, ni su localización ni la edad exacta que tiene. Incluso muchos de sus seguidores han llegado a creer que se trataba realmente de una muñeca hiperrealista. Lo que la llevó a colgar un vídeo mostrando que era de carne y hueso.

Algo peculiar de sus vídeos es que la joven no pronuncia ninguna palabra, su comunicación se reduce a una serie de subtítulos con los cuales explica los pasos a seguir para maquillarse o realizarse ondulados en el cabello o como vestirse. Algunos de ellos ya superan las 430.000 visitas.

Disponible en: . Acesso en: 23 abr. 2012. Adaptado.

Segundo o texto, Dakota Rose é uma: (A) bela atriz de 18 anos. (B) fã de uma boneca Barbie. (C) jovem usuária de Internet. (D) boneca anime japonesa. (E) uma jovem estudante japonesa. “Algunos de ellos ya superan las 430.000 visitas.” O

pronome destacado nesse fragmento se refere aos: (A) pasos para maquillarse o peinarse. (B) vídeos colgados por Dakota Rose. (C) seguidores de la niña Kota Koti

(D) subtítulos explicativos de los vídeos. (E) subtítulos explicando los pasos.

Segundo o texto, os fãs de Kota Koti se concentram mais em China e Japão porque nesses dois países: (A) alguns jovens preservam seus dados pessoais do domínio público. (B) tem muitas pessoas que se encantam pela conhecida boneca Barbie. (C) as bonecas anime são uma grande tendência. (D) muitos jovens são seguidores de redes sociais. (E) muitos jovens se disfarçam de bonecos.

Texto 2

"Una dieta adecuada y evitar la exposición al sol impedirá que su perro sufra con las altas temperaturas. Un buen corte de pelo ayudará al animal a soportar el calor. Ud. deberá llevarlo a la peluquería. No le corte el pelo en casa, los resultados suelen ser catastróficos. Conviene también sustituir su comida habitual por una más ligera, con menos grasa, y reducir la cantidad.

El verano obliga igualmente a cambiar los hábitos de paseo. Estos deben establecerse en función de los momentos del día menos caluroso. Lo ideal es salir a última hora de la tarde o incluso de noche, o entonces, a primera hora de la mañana."

(PROFORMAÇÃO. Caderno de atividades. vol. II. Brasília: MEC, 2000. Coleção

Magistério). En "LO ideal es salir...", el vocablo destacado se clasifica como: (A) artículo neutro. (B) Pronombre complemento (C) Artículo masculino. (D) Pronombre demostrativo neutro. (E) Pronombre personal. Texto 3

[...] La familia es un plato difícil de preparar. Son

muchos ingredientes. Reunirlos todos es un problema, principalmente en Navidad y Año Nuevo. Poco importa la calidad de la tartera, hacer una familia exige coraje, devoción y paciencia. No vale cualquiera. Los trucos, los secretos, lo imprevisto. A veces, incluso dan ganas de desistir.

Preferimos la incomodidad del estómago vacío. Aparecen la pereza, la conocida falta de imaginación sobre lo que se va a comer y ese hastío. Pero la vida – como el pan nuestro de cada día – siempre encuentra un modo de entusiasmarnos y abrirnos el apetito. El tiempo pone la mesa, determina o número de sillas y los lugares. De repente, como um milagro, la familia está servida.[...]

AZEVEDO, Francisco. Arroz de Palma. Madrid: Espasa, 2013.

Neste trecho da obra de Francisco Azevedo, ele se utiliza de uma figura de linguagem muito comum para falar de sua família. A figura de linguagem em questão é a: (A)comparação (B) crônica (C) hipérbole (D) eufemismo (E) metáfora Texto 4

Es este el material natural más fuerte conocido por el hombre?

Los dientes de lapa pueden contener el material

biológico más fuerte jamás descubierto, dicen los investigadores en el Reino Unido. Las criaturas acuáticas en forma de cúpula que se encuentran aferradas a las costas rocosas han establecido un nuevo récord, el cual anteriormente estuvo en manos de las arañas.

"Hasta ahora, pensábamos que la seda de araña era el material biológico más fuerte debido a su súper fuerza y posibles aplicaciones en todo, desde chalecos antibalas

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hasta la electrónica de computación", dijo en un comunicado el profesor Asa Barber, quien dirigió el estudio. "Pero ahora hemos descubierto que los dientes de lapa exhiben una fuerza que tiene el potencial de ser mayor".

Disponível em: http://cnnespanol.cnn.com. Acesso em 20 fev. 2015.

A notícia do jornal espanhol mostra que: (A) o material mais forte conhecido pelo homem até então era a teia produzida pelas aranhas. (B) os materiais mais resistentes são aqueles cuja matéria-prima é a seda produzida pelas aranhas. (C) a quantidade de produtos que podem ser produzidos com base na seda da aranha garantiu o recorde ao material. (D) cientistas confirmaram recentemente a descoberta do material mais resistente do mundo. (E) suposto material biológico mais resistente é produzido por um animal aquático. Texto 5 UN PLAN DE LECTURA

Mi arribo a la literatura fue de casualidad. En el último año de la secundaria salía del colegio y me iba a leer cosas al azar a una librería de Banfield. Hurgando entre los ejemplares me llamó la atención un título: “Sobre héroes y tumbas”. No tenía idea quién era el autor, pero me había atrapado en sus garras. Ideé un método para poder leerlo porque no tenía guita para comprarlo. El plan consistía en leer cuatro páginas por día –no más–, recordar la hoja en donde detenía la lectura y retirarme con la cabeza gacha, en silencio. La historia me había capturado de tal forma que, por las noches, antes de dormir, cavilaba acerca del futuro de Martín y Alejandra; soñaba conocer el Parque Lezama, sus estatuas y sus bancos, “la sorda sirena de un barco lejano”, en fin: Todo. Jamás crucé palabra con el librero; hasta llegué a pensar que yo para él era un fantasma. Mis viejos me veían algo raro pero no decían nada. Antes de fin de año, en una cena, les conté cómo me había capturado un libro y les expliqué mi método. El viejo dijo “No seas miserable, tomá, mañana vas y te lo comprás”.

Al otro día agarré el libro y feliz, le di la plata al librero.

El me miró fijo un instante –que para mí fueron siglos–. Luego dijo: “Cómo te voy a cobrar un libro que llevás leído más de la mitad. Es tuyo”.

Disponível em: http://www.revistaenie.clarin.com. Acesso em: 20 fev. 2015.

Verifica-se no texto que: (A) os pais do narrador apoiavam a sua iniciativa de ler na própria livraria. (B) os pais do narrador apoiavam a sua iniciativa de ler na própria livraria. (C) o narrador sempre demonstrou gosto pela leitura. (D) o dono da livraria impediu o narrador de continuar frequentando a loja sem comprar o livro. (E) o livro escolhido pelo narrador era de um de seus autores prediletos

Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas, quanto ao uso do: "el, la, lo y le". ".....1..... cruz en .....2..... pecho y .....3..... diablo en .....4..... hecho." ".....5..... que uno no quiere, otro .....6..... ruega."

Texto 6 “Ligar por Internet ha pasado de ser tabú a algo habitual”

La psicóloga y Single Coach ha editado una guía para tener éxito en la red

Leticia Brando es psicóloga especializada en relaciones virtuales y acaba de escribir la Guía Parship para la búsqueda de pareja por Internet. La Single Coach de esta página web da en este texto consejos sencillos y prácticos con la intención de exprimir las posibilidades de la red a la hora de encontrar pareja. Hoy, día de San Valentín, puede ser un buen momento para adentrarse en el mundo de Internet que, según Brando, no es más que una réplica de la vida real donde se invierten los pasos que permiten conocer a la gente. “En Internet conectas primero con la parte intelectual y emocional de las personas, por lo que la parte física deja de tener tanta importancia”, asegura la misma psicóloga. En los últimos años ha crecido de forma espectacular el número de personas que han encontrado el amor de su vida gracias a las posibilidades que ofrecen las nuevas tecnologías y a la aceptación social que se ha ido ganando este medio como forma de comunicación interpersonal.

Extraído de <www.lavanguardia.com>

Ao analisar o título do texto com seu conteúdo é correto concluir que: (A) houve uma mudança na mentalidade das pessoas com relação aos encontros virtuais. (B) algumas pessoas utilizam a internet como forma de manter contatos telefônicos amorosos. (C) existe uma resistência das pessoas a buscar relacionamentos amorosos pela internet. (D) a internet reforçou o preconceito de marcar encontros às escuras como se fazia no passado. (E) os encontros virtuais ainda são vistos como perigosos pelas pessoas e discriminados. Texto 7

(A) 1-El; 2-el; 3-lo; 4-lo; 5-Lo; 6-lo   

(B) 1-La; 2-el; 3-el; 4-el; 5-Lo; 6-lo   

(C) 1-La; 2-lo; 3-lo; 4-el; 5-Lo; 6-le

(D) 1-El; 2-lo; 3-el; 4-el; 5-Le; 6-lo  

(E) 1-La; 2-lo; 3-lo; 4-lo; 5-Le; 6-lo

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O slogan defendido pela campanha da jornada esportiva é corretamente interpretada como: (A) “O esporte é o caminho que deve ser percorrido para a integração das pessoas.” (B)“Valorizar o esporte é valorizar a integração entre as pessoas com mobilidade reduzida.” (C) “A integração social é conseguida através da prática esportiva de pessoas cadeirantes.” (D) “Incentivar o esporte é um dos caminhos para se chegar à integração entre as pessoas. (E) “O valor do esporte reside em promover a integração entre as pessoas com deficiência.”

CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS

No Brasil, em regiões tropicais úmidas com relevo de encostas íngremes, ocorrem rápidos movimentos de massa, os quais desencadeiam problemas sociais e econômicos, particularmente nas áreas urbanas. Esse fenômeno é mais comum no verão, quando as chuvas são abundantes, tornando o solo mais saturado. De acordo com o exposto, considere as afirmativas abaixo. I - A topografia, o regime pluviométrico, a estrutura e a espessura do manto de alteração, as atividades humanas e a retirada da vegetação original são alguns dos fatores que influenciam movimentos rápidos de massa. II - Os movimentos de massa fazem parte da dinâmica externa da crosta terrestre e são agentes que participam da modelagem do relevo, independentemente da intervenção humana. III - Em algumas grandes cidades e regiões metropolitanas brasileiras, é comum a ocupação das encostas de morros pela população de baixa renda, a mais prejudicada pelos efeitos socioambientais negativos dos movimentos rápidos de massa. IV - os movimentos de massa são analisados considerando-se basicamente a natureza do material transportado (solo, detritos ou rocha) e a velocidade do movimento, que varia desde alguns centímetros por ano até mais de 5km por hora. V - o deslizamento e corrida de lama são classificados como movimentos rápidos de massa, desencadeados principalmente pela declividade do terreno, a água e a gravidade. Assim, assinale a alternativa CORRETA. (A) Estão corretas as alternativas I, III e V. (B) Estão corretas as alternativas II, III, IV e V. (C) Está correta apenas a alternativa I. (D) Estão corretas todas as alternativas. (E) Estão corretas as alternativas I, II e IV.

As formas de relevo da superfície terrestre são resultantes da interação de duas grandes forças: a endógena (interna) e a exógena (externa). Baseando-se na proposta de classificação do relevo do território brasileiro assinalada no mapa a seguir e em seus conhecimentos sobre o assunto, é correto afirmar que

Disponível em: Acesso em: 07 setembro de 2013. I. no mapa, as porções do território mais escuras correspondem às depressões, estruturas geológicas que remontam à era Pré-Cambriana. II. no mapa, as porções do território mais escuras correspondem às planícies e aos dobramentos modernos, estruturas geológicas que remontam à era Pré-Cambriana. III. classificação do relevo assinalada no mapa foi proposta por Aziz Ab´Sáber, como resultado do levantamento do território nacional realizado pelo Projeto Radambrasil e nos estudos anteriores sobre o relevo, sobretudo do professor Aroldo de Azevedo. IV. classificação do relevo assinalada no mapa foi proposta por Aroldo de Azevedo, como resultado do levantamento do território nacional realizado pelo Projeto Radambrasil e nos estudos anteriores sobre o relevo, sobretudo do professor Aziz Ab´Sáber. V. a classificação de relevo assinalada no mapa foi apresentada por Jurandyr Ross, sendo considerada a mais completa proposta de relevo contando com 28 unidades entre planaltos, planícies e depressões. As proposições corretas dizem respeito apenas às alternativas (A) I e III. (B) II e III. (C) III e IV. (D) Apenas III. (E) Apenas V.

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O tectonismo é definido como um movimento lento e prolongado da crosta terrestre, resultante da movimentação do magma pastoso. Observe a figura abaixo.

A TERRA. 5. ed. São Paulo: Ática, 1997. p.15.

Assinale a alternativa que indica o tipo de formação representado na figura. (A) Movimento resultante das forças internas horizontais, conhecido como epirogênese. (B) Formação de Horst, encontrada nas fossas tectônicas localizadas no fundo dos oceanos. (C) Resultado do movimento de compressão lateral sofrida por uma determinada área de rochas não resistentes, o qual recebe o nome de dobras. (D) Deslocamento de blocos provocado pelo choque de placas tectônicas, ocasionando a formação de estruturas falhadas, conhecidas como Graben. (E) Soerguimento de uma falha, por meio de pressões internas verticais, o que resulta em blocos montanhosos, como, por exemplo, a formação da Cordilheira dos Andes.

Leia o texto a seguir:

O sertão vai virar mar?

Carinhosamente chamado de Velho Chico, o rio São Francisco, considerado o rio da unidade nacional por ligar a região Sudeste à Zona da Mata nordestina, tem sido ponto de discórdia nos últimos tempos porque o governo ressuscitou um antigo projeto dos tempos imperiais: o de aproveitar suas águas para minorar os efeitos da seca no semiárido nordestino. A providência terá repercussão positiva na vida de 12 milhões de brasileiros, que passarão a ter condições, ao menos, de manter a higiene pessoal e de desenvolver a agricultura de subsistência - fatores essenciais para que ultrapassem a linha da pobreza absoluta.

Fonte: Revista Desenvolvimento Regional, 2005. Adaptado.

Do ponto de vista socioeconômico, as ações necessárias à implantação do Projeto de Integração do Rio São Francisco com Bacias do Nordeste Setentrional poderão ter resultados negativos. Sobre esses resultados, analise os seguintes itens: I. Perda de áreas produtivas e deslocamento de populações para a implantação dos canais e dos reservatórios. II. Ampliação de riscos socioculturais, tais como os de comprometimento do Patrimônio Arqueológico e de interferência em comunidades indígenas. III. Risco de redução da biodiversidade das comunidades biológicas aquáticas nativas nas bacias receptoras. IV. Risco de introdução de espécies de peixes potencialmente daninhas às pessoas nas bacias receptoras. V. Modificação do regime fluvial das drenagens receptoras, tornando bem maior o caráter sazonal intermitente dos rios.

Estão CORRETOS

(A) I e II, apenas. (B) II e III, apenas. (C) III, IV e V, apenas. (D) I, II, III e IV, apenas. (E) I, II, III, IV e V.

Pesquisadores da Universidade Federal do Pará (UFPA) apresentaram um estudo que aponta o Aquífero Alter do Chão como o de maior volume de água potável do mundo. A reserva subterrânea está localizada sob os estados do Amazonas, Pará e Amapá e tem volume de 86 mil km3 de água doce, o que, segundo a pesquisa, seria suficiente para abastecer a população mundial em cerca de 100 vezes. Levando-se em conta este estudo, em termos comparativos, a reserva Alter do Chão tem quase o dobro do volume de água potável que o Aquífero Guarani – com 45 mil km3 de volume – até então considerado o maior do país e localizado em região oposta ao do Alter do Chão. O Aquífero Guarani, além de se encontrar em regiões desenvolvidas do país, passa por outros três países da América do Sul. Assinale-os: (A) Colômbia, Equador e Peru. (B) Bolívia, Chile e Paraguai. (C) Argentina, Chile e Paraguai. (D) Argentina, Paraguai e Uruguai. (E) Bolívia, Colômbia e Venezuela.

Um rio é a corrente líquida da concentração do lençol de água num vale. As sinuosidades descritas por ele, formando, por vezes, amplos semicírculos em zonas de terrenos planos ou em outros cujo vale se acha profundamente escavado são chamadas de:

(A) cursos. (B) bordas. (C) margens. (D) estuários. (E) meandros.

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De acordo com as figuras, a intensidade de intemperismo de grau muito fraco é característica de qual tipo climático?

(A) Tropical. (B) Litorâneo. (C) Equatorial. (D) Semiárido. (E) Subtropical.

A Pegada Hídrica é uma ferramenta de gestão de recursos hídricos que indica o consumo de água doce com base em seus usos direto e indireto. “Precisamos desconstruir a percepção de que a água vem apenas da torneira (um uso direto) e que simplesmente consertar um pequeno vazamento é o bastante para assumir uma atitude sustentável”, ressalta Albano Araujo, coordenador da Estratégia de Água Doce da Nature Conservancy.

www.wwf.org.br. Adaptado

Considerando os conhecimentos acerca do consumo de água no planeta, é correto afirmar que o uso indireto de água doce corresponde (A) à comercialização de água sob a forma de produto final. (B) ao emprego de água extraída de reservas subterrâneas para o abastecimento público. (C) à quantidade de água utilizada para a fabricação de bens de consumo. (D) ao aproveitamento doméstico da água resultante de processos de despoluição. (E) à distribuição de água oriunda de represas distantes do consumidor final.

Um dos principais objetivos de se dar continuidade às pesquisas em erosão dos solos é o de procurar resolver os problemas oriundos desse processo, que, em última análise, geram uma série de impactos ambientais. Além disso, para a adoção de técnicas de conservação dos solos, é preciso conhecer como a água executa seu trabalho de remoção, transporte e deposição de sedimentos. A erosão causa, quase sempre, uma série de problemas ambientais, em nível local ou até mesmo em grandes áreas.

GUERRA, A. J. T. Processos erosivos nas encostas. In: GUERRA, A. J. T.; CUNHA, S. B. Geomorfologia: uma atualização de bases e

conceitos. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2007 (adaptado).

A preservação do solo, principalmente em áreas de encostas, pode ser uma solução para evitar catástrofes em função da intensidade de fluxo hídrico. A prática humana que segue no caminho contrário a essa solução é (A) a aração. (B) o terraceamento. (C) o pousio. (D) a drenagem. (E) o desmatamento.

Dois pesquisadores percorreram os trajetos marcados no mapa. A tarefa deles foi analisar os ecossistemas e, encontrando problemas, relatar e propor medidas de recuperação. A seguir, são reproduzidos trechos aleatórios extraídos dos relatórios desses dois pesquisadores.

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Trechos aleatórios extraídos do relatório do pesquisador P1: I. “Por causa da diminuição drástica das espécies vegetais deste ecossistema, como os pinheiros, a gralha azul também está em processo de extinção.” II. “As árvores de troncos tortuosos e cascas grossas que predominam nesse ecossistema estão sendo utilizadas em carvoarias.” Trechos aleatórios extraídos do relatório do pesquisador P2: III. “Das palmeiras que predominam nesta região podem ser extraídas substâncias importantes para a economia regional.” IV. “Apesar da aridez desta região, em que encontramos muitas plantas espinhosas, não se pode desprezar a sua biodiversidade.”

Os trechos I, II, III e IV referem-se, pela ordem, aos

seguintes ecossistemas:

(A) Caatinga, Cerrado, Zona dos cocais e Floresta Amazônia. (B) Mata de Araucárias, Cerrado, Zona dos cocais e Caatinga. (C) Manguezais, Zona dos cocais, Cerrado e Mata Atlântica. (D) Floresta Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica e Pampas. (E) Mata Atlântica, Cerrado, Zona dos cocais e Pantanal.

Ecossistemas brasileiros: mapa da distribuição dos ecossistemas.

Disponível em: http://educacao.uol.com.br/ciencias/ult1885u52.jhtm. Acesso em: 20 abr. 2010 (adaptado).

Leia as afirmações a seguir. A História chamada de Antiga faz parte do repertório cultural do Ocidente. Ela representa para nós uma espécie de História das nossas origens. A História Antiga é vista como o ponto inicial de nossa jornada através da História.

GUARINELLO, N. História Antiga. São Paulo: Contexto, 2013. p. 8. Adaptado.

Existe em nossa atualidade uma série de características que podem ser consideradas, de alguma forma, “heranças” recebidas da Antiguidade greco-romana. Entre elas, assinale a alternativa CORRETA: (A) a introdução da participação das mulheres nas decisões

políticas de seus países através do voto direto. (B) a criação do ideal de República a partir da experiência

vivenciada na cidade grega de Atenas. (C) a retomada de referências culturais e artísticas que têm

sido reinterpretadas desde o Renascimento. (D) a maioria dos países ser composta de cidades-estados,

independentes entre si, e não estados de caráter mais nacionalizado.

(E) o princípio jurídico do direito romano do “olho por olho, dente por dente” que prevalece nas relações diplomáticas internacionais.

“Mas, já que estamos a examinar qual é a constituição política perfeita, sendo essa constituição a que mais contribui para a felicidade da cidade... os cidadãos não devem exercer as artes mecânicas nem as profissões mercantis; porque este gênero de vida tem qualquer coisa de vil, e é contrário à virtude. É preciso mesmo, para que sejam verdadeiros cidadãos, que eles não se façam lavradores; porque o descanso lhes é necessário para fazer nascer a virtude em sua alma, e para executar os deveres civis.

Aristóteles. A política. Livro IV, cap. VIII.

A partir da citação acima e de seus conhecimentos sobre a estrutura político-social da Grécia Antiga, assinale a alternativa correta. (A) A ideia de democracia grega está ligada ao fato de que todos aqueles que habitavam uma cidade-estado dispunham dos mesmos direitos e deveres, uma vez que todos os trabalhos e profissões eram igualmente valorizados. (B) A cidadania era uma forma de distinção social porque nem todos os habitantes de uma cidade eram considerados cidadãos. Estrangeiros e mulheres, por exemplo, não dispunham dos direitos de cidadania e não tinham direito a voto nas assembleias. (C) As profissões mercantis eram desencorajadas devido à supremacia da Igreja Católica na administração política grega, durante o Período Clássico. Neste período, a usura e o exercício do lucro eram vivamente condenados por ferirem os princípios cristãos. (D) Todos os homens que habitavam uma cidade eram considerados cidadãos. A cidadania, na Grécia Clássica, era qualificada em ordens, sendo que os proprietários de terras eram cidadãos de primeira ordem e os trabalhadores braçais de segunda ordem. Todos, porém, tinham direito de voz e voto nas assembleias. (E) A ideia de cidadania, descrita por Aristóteles, é considerada ainda hoje um ideal, uma vez que é plenamente inclusiva e qualifica de forma igualitária todos os trabalhos e profissões.

Os pastos, prados, bosques da herdade feudal eram usados, em comum, mas a terra arável se dividia em duas partes. Uma parte pertencia ao senhor; outra ficava em poder dos arrendatários que, então, trabalhavam a terra, e a última ficava em pousio. Uma característica curiosa do sistema feudal é que as terras não eram contínuas, mas dispersas em faixas: a terra arrendada por “A” se espalha por três campos e está dividida em faixas, nenhuma das quais vizinhas da outra. HUBERMAN, Leo. História da Riqueza do Homem, 1986, p.

4. (Adaptado) Sobre o texto, infere-se que (A) a produção dos campos era igualmente dividida entre o

senhor e seus arrendatários. (B) os arrendatários podiam usar livremente as terras de uso

comum, mas não as produtivas. (C) as terras arrendadas a cada família eram colocadas

proximamente para melhorar a colheita. (D) dois terços das terras permaneciam em repouso, e

somente um terço era efetivamente laborado. (E) os pastos, prados e bosques eram de uso exclusivo do

senhor feudal.

QUESTÃO 42

QUESTÃO 43

QUESTÃO 41

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III Simulado - ENEM 1ª serie 1º dia

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Leia o fragmento a seguir, que trata da sociedade feudal. “No cruzamento do material e do simbólico, o corpo fornece ao historiador da cultura medieval um lugar de observação privilegiado neste mundo em que os gestos litúrgicos e o ascetismo, a força física e o aspecto corporal, a comunicação oral e a lenta valorização do trabalho contavam tanto, era importante conferir valor, além do escrito, à palavra e aos gestos.”

(LE GOFF, Jacques. A civilização do Ocidente Medieval. Bauru: Edusc, 2005, p. 14)

Era característica da sociedade feudal: (A) Tinha grande mobilidade social, apesar das rígidas tradições e dos vínculos jurídicos que determinavam a posição social de cada indivíduo. (B) A honra e a palavra empenhada tinham importância fundamental, sendo os senhores feudais ligados entre si por um complexo sistema de obrigações e tradições. (C) A maior parcela da população era constituída pelos vilões, que procuravam por outros senhores mais poderosos, jurando-lhes fidelidade e obediência. (D) Os suseranos deviam várias obrigações aos seus vassalos, por exemplo, o pagamento das banalidades e a prestação do serviço militar. (E) Os servos, como os escravos, não tinham direito à própria vida, vivendo presos à terra, sendo vendidos para membros do clero e senhores feudais.

Leia o texto a seguir. A Cruzada foi fonte de enormes infelicidades, desde a própria época: a tomada de Jerusalém, em 1099, o saque de Constantinopla em 1204 são páginas vergonhosas da história do Ocidente Cristão [...]. É claro que a Cruzada foi muito importante para a identidade da cristandade: um tal projeto une uma comunidade, dá-lhe uma unidade.

LE GOFF, Jacques. Uma longa Idade Média. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2008. p. 101–102.

Quando, no século XI, o papa Urbano II convocou a Primeira Grande Cruzada ao Oriente, usou como justificativa para tamanha movimentação de tropas e recursos o projeto de (A) reafirmar a universalidade da fé católica, ameaçada pelas conversões em massa dos cristãos do Oriente ao islamismo. (B) reunificar os Impérios Romano do Oriente e do Ocidente, separados desde o Édito de Tessalônica de 395. (C) retomar a posse de reinos cristãos ibéricos ocupados por muçulmanos, num projeto militar chamado de Reconquista. (D) defender os cristãos e a retomada dos “lugares santos” que estavam em posse dos muçulmanos. (E) punir os cavaleiros cristãos que desobedeciam a Paz e a Trégua de Deus, enviando-os em missão suicida ao Oriente.

Leia o texto para responder à questão Então algumas gentes das vilas camponesas, sem chefes, se juntaram em grupos que mal chegavam a cem homens e cada um deles dizia: “Dize bem! Dize bem! Abominado seja aquele por quem venha a retardar-se a destruição de todos os fidalgos!” Depois se foram sem outro desígnio e sem qualquer armamento, afora bastões ferrados e cutelos, rumo à casa do nobre que perto dali morava. Então quebraram a casa e mataram o cavaleiro, a dama e os filhos, pequenos e grandes e ataram fogo nos aposentos. Em seguida foram para outro forte castelo onde fizeram coisa pior, violando mulheres e crianças”.

(FROISSART, Jean. Crônicas. In Duby, Georges. A Europa na

Idade Média. SP: Martins Fontes, 1988, p. 134-135)

O estado de ânimo dos camponeses, conforme a descrição feita no texto, referente ao Século XIV: (A) demonstrava o protesto dos moradores das vilas

camponesas, que estavam denunciando a falta de chefes e de fidalgos responsáveis pela guarda e segurança das casas e castelos feudais.

(B) indicava o grau de revolta contra a ordem social feudal que assegurava à nobreza o direito de explorar o trabalho servil, garantindo a produção e o trabalho compulsório mesmo que em situações de crise.

(C) expressava a intolerância em relação ao modelo de organização social que garantia aos clientes acesso irrestrito às reservas senhoriais onde se localizavam os castelos e as casas dos camponeses.

(D) representava o desenvolvimento moral dos habitantes das vilas feudais, onde as revoltas foram mais violentas, pois eram controladas pelos camponeses que se negavam a trabalhar nas reservas senhoriais.

(E) identifica-se com o caráter primitivo dos trabalhadores afastados dos eixos de produção da economia feudal que, no momento de falência das relações de senhorio e vassalagem, invadiram os castelos em busca de proteção.

Deveis saber, portanto, que existem duas formas de se combater: uma, pelas leis, outra, pela força. A primeira é própria do homem; a segunda, dos animais. Como, porém, muitas vezes a primeira não seja suficiente, é preciso recorrer à segunda. Ao príncipe torna-se necessário, porém, saber empregar convenientemente o animal e o homem. [...] Nas ações de todos os homens, máxime dos príncipes, onde não há tribunal para que recorrer, o que importa é o êxito bom ou mau. Procure, pois, um príncipe, vencer e conservar o Estado.

Nicolau Maquiavel. O príncipe, 1983. O texto, escrito por volta de 1513, em pleno período do Renascimento italiano, orienta o governante a (A) defender a fé e honrar os valores morais e sagrados. (B) valorizar e priorizar as ações armadas em detrimento do

respeito às leis. (C) basear suas decisões na razão e nos princípios éticos. (D) comportar-se e tomar suas decisões conforme a

circunstância política. (E) agir de forma a sempre proteger e beneficiar os

governados.

QUESTÃO 44

QUESTÃO 47

QUESTÃO 46

QUESTÃO 45

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III Simulado - ENEM 1ª serie 1º dia

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Produzir e divulgar livros em Portugal, no século XV, estava longe de ser uma tarefa tranquila. Em 1451, no mesmo ano em que Johannes Gutenberg (1400-1468) revolucionava a Europa com a prensa mecânica, o rei Afonso V (1432-1481) promulgava um alvará mandando queimar livros falsos ou heréticos, difundidos ainda como manuscritos. Foi sob este clima de forte repressão cultural que o país adotou a tipografia, por volta de 1490. Durante o reinado de D. Manuel I, entre 1495 e 1521, o ofício ganhou impulso, graças à ação empreendedora de Valentin Fernandes, um alemão de nome lusitano. Essa expansão, porém, não significou o fim da repressão.

(ZILBERMAN, Regina. “Letras entre a cruz e a espada”. In: Revista História. Ano 2, nº 19, 2005, p.68).

A censura à publicação de livros no Império Português do século XVI, no contexto de expansão da arte tipográfica na Europa, se explica pelo fato de(a): (A) difusão das ideias humanistas através de obras de grande tiragem produzidas por escritores renascentistas portugueses como Luís de Camões e Gil Vicente, ferozes opositores da doutrina católica. (B) preocupação geopolítica de controlar a difusão de ideias religiosas e políticas nas colônias americanas, de modo a conter a notória expansão religiosa protestante na América Portuguesa, como ocorreu com a instalação da França Antártica. (C) criação da tipografia ser avaliada pelo Tribunal do Santo Ofício como uma ameaça ao domínio ideológico católico na Península Ibérica, já abalado pela forte presença religiosa islâmica. (D) nova tecnologia ser vista pelo Estado português de forma ambivalente: tanto como revolução cultural quanto como instrumento de subversão dos princípios morais da sociedade civil e religiosa. (E) invenção dos tipos móveis ter sido feita por um alemão protestante, o que assinalava o perigo do domínio político-religioso alemão da nova tecnologia, num contexto de disputa por espaços coloniais entre as potências europeias.

Não houve preocupação com as consequências da revolução copernicana senão depois de Giordano Bruno ter extraído dela certas consequências filosóficas. Bem depressa Giordano Bruno estava a afirmar a infinidade do mundo. Rejeitava, pois, por completo, a noção de "centro do universo". O Sol, perdido o lugar privilegiado que Copérnico lhe atribuía, era um sol entre outros sóis, uma estrela entre estrelas.

DELUMEAU, Jean. "A civilização do Renascimento". Lisboa: Editorial Estampa, 1994. p. 147. [Adaptado].

O texto refere-se à importância dos pronunciamentos de Giordano Bruno para a constituição da noção moderna de Universo, que se relaciona com (A) a definição de um Universo concebido como fechado e

finito. (B) o abandono da ideia de um Universo criado por Deus. (C) a ruptura da concepção geocêntrica do Universo. (D) a percepção de que o Universo é contido numa esfera. (E) a compreensão heliocêntrica do Universo.

Leia trechos do Manifesto dos camponeses, documento de 1525. (...) nos sejam dados poder e autoridade, para que cada comunidade possa eleger o seu pastor e, da mesma forma, possa demiti-lo, caso se porte indevidamente. (...) somos prejudicados ainda pelos nossos senhores, que se apoderaram de todas as florestas. Se o pobre precisa de lenha ou madeira tem que pagar o dobro por ela. (...) preocupam-nos os serviços que somos obrigados a prestar e que aumentam dia a dia (...)

In Antologia humanística alemã, apud Marques e outros. História

moderna através de textos, 2010. A partir do documento, é correto afirmar que, no território da atual Alemanha, (A) os movimentos camponeses foram liderados por Lutero contra a exploração feita pelos nobres que, de forma ilegal, apropriavam-se das florestas e reprimiam violentamente os movimentos trabalhistas. (B) os movimentos dos trabalhadores em favor das mudanças propostas por Lutero baseavam-se na solidariedade entre os homens e em contraposição ao individualismo tão característico da Idade Média. (C) a liderança dos movimentos camponeses defendeu a exploração dos trabalhadores, na Alemanha, apoiada por Lutero, e, juntos, receberam proteção dos nobres locais contra a perseguição feita pela Igreja Católica. (D) as revoltas camponesas irromperam exigindo reformas sociais e religiosas que prejudicariam parte da nobreza apoiada por Lutero, o qual se colocou abertamente contra os movimentos. (E) as experiências dos camponeses contra os nobres, apoiados por Lutero, restringiram-se aos aspectos religiosos, isto é, de domínio da Igreja Católica, pois a cooperação entre os trabalhadores e os proprietários marcava a sociedade alemã.

A filosofia grega parece começar com uma ideia absurda, com a proposição: a água é a origem e a matriz de todas as coisas. Será mesmo necessário deter-nos nela e levá-la a sério? Sim, e por três razões: em primeiro lugar, porque essa proposição enuncia algo sobre a origem das coisas; em segundo lugar, porque o faz sem imagem e fabulação; e enfim, em terceiro lugar, porque nela embora apenas em estado de crisálida, está contido o pensamento: Tudo é um.

NIETZSCHE. F. Crítica moderna. In: Os pré-socráticos. São Paulo: Nova Cultural. 1999

O que, de acordo com Nietzsche, caracteriza o surgimento da filosofia entre os gregos? (A) O impulso para transformar, mediante justificativas, os elementos sensíveis em verdades racionais. (B) O desejo de explicar, usando metáforas, a origem dos seres e das coisas. (C) A necessidade de buscar, de forma racional, a causa primeira das coisas existentes. (D) A ambição de expor, de maneira metódica, as diferenças entre as coisas. (E) A tentativa de justificar, a partir de elementos empíricos, o que existe no real.

QUESTÃO 50

QUESTÃO 49

QUESTÃO 48

QUESTÃO 51

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III Simulado - ENEM 1ª serie 1º dia

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No centro da imagem, o filósofo Platão é retratado apontando para o alto. Esse gesto significa que o conhecimento se encontra em uma instância na qual o homem descobre a: (A) suspensão do juízo como reveladora da verdade. (B) realidade inteligível por meio do método dialético. (C) salvação da condição mortal pelo poder de Deus. (D) essência das coisas sensíveis no intelecto divino. (E) ordem intrínseca ao mundo por meio da sensibilidade.

TEXTO I Anaxímenes de Mileto disse que o ar é o elemento originário de tudo o que existe, existiu e existirá, e que outras coisas provêm de sua descendência. Quando o ar se dilata, transforma-se em fogo, ao passo que os ventos são ar condensado. As nuvens formam-se a partir do ar por feltragem e, ainda mais condensadas, transformam-se em água. A água, quando mais condensada, transforma-se em terra, e quando condensada ao máximo possível, transforma- se em pedras.

BURNET, J. A aurora da filosofia grega. Rio de Janeiro: PUC-Rio, 2006 (adaptado).

TEXTO II Basílio Magno, filósofo medieval, escreveu: “Deus, como criador de todas as coisas, está no princípio do mundo e dos tempos. Quão parcas de conteúdo se nos apresentam, em face desta concepção, as especulações contraditórias dos filósofos, para os quais o mundo se origina, ou de algum dos quatro elementos, como ensinam os Jônios, ou dos átomos, como julga Demócrito. Na verdade, dão a impressão de quererem ancorar o mundo numa teia de aranha.”

GILSON, E.; BOEHNER, P. História da Filosofia Cristã. São Paulo: Vozes, 1991 (adaptado).

Filósofos dos diversos tempos históricos desenvolveram teses para explicar a origem do universo, a partir de uma explicação racional. As teses de Anaxímenes, filósofo grego antigo, e de Basílio, filósofo medieval, têm em comum na sua fundamentação teorias que: (A) Eram baseadas nas ciências da natureza. (B) Refutavam as teorias de filósofos da religião. (C) Tinham origem nos mitos das civilizações antigas. (D) Postulavam um princípio originário para o mundo. (E) Defendiam que Deus é o princípio de todas as coisas.

Alguns dos desejos são naturais e necessários; outros, naturais e não necessários; outros, nem naturais nem necessários, mas nascidos de vã opinião. Os desejos que não nos trazem dor se não satisfeitos não são necessários, mas o seu impulso pode ser facilmente desfeito, quando é difícil obter sua satisfação ou parecem geradores de dano. EPICURO DE SAMOS. Doutrinas principais. In: SANSON, V F. Textos de filosofia. Rio de Janeiro: Eduff, 1974. No fragmento da obra filosófica de Epicuro, o homem tem como fim: (A) alcançar o prazer moderado e a felicidade. (B) valorizar os deveres e as obrigações sociais. (C) aceitar o sofrimento e o rigorismo da vida com resignação. (D) refletir sobre os valores e as normas dadas pela divindade. (E) defender a indiferença e a impossibilidade de se atingir o saber.

Com efeito, existem a respeito de Deus verdades que ultrapassam totalmente as capacidades da razão humana. Uma delas é, por exemplo, que Deus é trino e uno. Ao contrário, existem verdades que podem ser atingidas pela razão: por exemplo, que Deus ,existe que há um só Deus etc.

AQUINO, Tomás de. Súmula contra os Gentios. Capítulo Terceiro: A possibilidade de descobrir a verdade divina. Tradução de Luiz João

Baraúna. São Paulo: Abril Cultural, 1979, p. 61.

Para São Tomás de Aquino, a existência de Deus se prova: (A) por meios metafísicos, resultantes de investigação intelectual. (B) por meio do movimento que existe no Universo, na medida em que todo movimento deve ter causa exterior ao ser que está em movimento. (C) apenas pela fé, a razão é mero instrumento acessório e dispensável. (D) apenas como exercício retórico. (E) Os dogmas cristãos garantem a existência de Deus.

De acordo com Octavio Ianni: “Para melhor compreender o processo de estratificação social, enquanto processo estrutural, convém partirmos do princípio. Isto é, precisamos compreender que a maneira pela qual se estratifica uma sociedade depende da maneira pela qual os homens se reproduzem socialmente”.

Fonte: IANNI, O. Estrutura e História. In IANNI, Octavio (org). Teorias da Estratificação Social: leitura de sociologia.

São Paulo: Cia. Editora Nacional, 1978, p. 11. Com base no texto e nos conhecimentos sobre estratificação social, considere as afirmativas a seguir. I. Os estamentos são formas de estratificação baseadas em

categorias socioculturais como tradição, linhagem, vassalagem, honra e cavalheirismo.

II. As classes sociais são formas de estratificação baseadas em renda, religião, raça e hereditariedade.

III. As mudanças sociais estruturais ocorrem quando há mudanças significativas na organização da produção e na divisão social do trabalho.

IV. As castas são formas de estratificação social baseadas na propriedade dos meios de produção e da força de trabalho.

QUESTÃO 54

QUESTÃO 53

QUESTÃO 52

QUESTÃO 55

QUESTÃO 56

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III Simulado - ENEM 1ª serie 1º dia

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A alternativa que contém todas as afirmativas corretas é: (A) I e II (B) I e III (C) II e III (D) I, II e IV (E) II, III e IV

Considere a ilustração a seguir.

A partir dos conhecimentos da história do feudalismo europeu, pode-se inferir que, na ilustração,

(A) as classes sociais relacionavam-se de forma harmoniosa por incorporarem em suas mentes os princípios elementares do cristianismo. (B) as castas sociais poderiam modificar-se ao longo do tempo, pois isso dependia fundamentalmente da vontade do poder divino do papa. (C) as terras dos feudos eram divididas igualmente entre os vários segmentos sociais, priorizando-se os que dependiam dela para sobrevivência. (D) a organização social possibilitava a mobilidade, permitindo a ascensão dos indivíduos que trabalhassem e acumulassem riqueza material. (E) a estrutura da sociedade era marcada pela ausência de mobilidade, sendo caracterizada por uma hierarquia social dominada por uma instituição cristã.

Sobre as dimensões não econômicas da estratificação social, assinale o que for correto. (A) A manifestação de gostos musicais, literários e alimentares é uma forma de sinalização da posição ocupada por um grupo na estrutura social. (B) Os gostos culturais específicos são adquiridos ao longo do processo educativo e estão associados à posição social do indivíduo, contribuindo assim para a sua distinção em relação aos membros de outros grupos. (C) A vestimenta, que durante a Idade Média era uma forma de comunicação visual sobre a posição social dos indivíduos, deixou de ter essa função com a diversidade estética que a moda contemporânea trouxe. (D) O consumo ostentatório de bens de luxo é uma forma de afirmação do status social do consumidor nem sempre compatível com sua posição na estrutura econômica. (E) A distinção entre “bom gosto” e “mau gosto” não deriva de qualidades inerentes aos objetos materiais ou culturais, mas decorre do acesso a esses objetos e da sua valorização por grupos socialmente dominantes.

Leia os trechos a seguir.

Os seres humanos são formados socialmente. A sociologia aborda esse processo de constituição social dos seres humanos com o termo “socialização”. Desde Marx e Durkheim, passando pela escola funcionalista até chegar aos sociólogos contemporâneos, esse é um tema fundamental da sociologia, mesmo sem usar esse termo. Alguns sociólogos atribuem um caráter repressivo e coercitivo ao processo de socialização em determinadas épocas e sociedades. A socialização, na sociedade moderna, seria diferente da que ocorre em outras sociedades. A letra da música a seguir apresenta elementos desse processo de socialização moderna.

PRESSÃO SOCIAL (Plebe Rude) Há uma espada sobre a minha cabeça/ É uma pressão social que não quer que eu me esqueça Que tenho que estudar/ que eu tenho que trabalhar/ que tenho que ser alguém/ não posso ser ninguém Há uma espada sobre a minha cabeça/ É uma pressão social que não quer que/ eu me esqueça Que a minha vitória é a derrota de alguém/ e o meu lucro é a perda de alguém que eu tenho que competir Há uma espada sobre a minha cabeça/ É uma pressão social que não quer que/ eu me esqueça Que eu tenho que conformar/ conformar é rebelar/ que eu tenho que rebelar/ rebelar é conformar E quem conforma o sistema engole/ e quem rebela o sistema come

Disponível em: <http://www.vagalume.com.br/plebe-rude/pressao-

social-original.html>. Acesso em: 16/03/2016

A letra da música apresenta o processo de (A) socialização de grupos subalternos que são altamente competitivos e voltados para o lucro e a vitória competitiva independente de qualquer consideração ética. (B) imposição dos valores dos pequenos comerciantes que precisam de educação escolar e aprendem a ter o lucro como objetivo principal de sua empresa. (C) imposição de elementos da sociabilidade moderna, tais como escolarização e trabalho visando ascender socialmente e vencer a competição social. (D) socialização nos países subdesenvolvidos, nos quais a falta de oportunidades e de riquezas gera uma forte competição social. (E) imposição de uma socialização fundada na racionalização, marcada por uma valoração da razão e dos sentimentos.

QUESTÃO 57

QUESTÃO 58

QUESTÃO 59

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III Simulado - ENEM 1ª serie 1º dia

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Observe a charge a seguir:

A estrutura social é um tema presente nos estudos sociológicos. Com base na charge, é CORRETO afirmar que:

(A) a desigualdade social fundamenta-se na habitação, pois a obtenção de outros elementos de sobrevivência depende, exclusivamente, dos indivíduos. (B) os movimentos sociais funcionam como mecanismos que incentivam a criação de espaços sociais, a exemplo do apresentado na charge. (C) a estratificação da sociedade brasileira é dividida em classes sociais, que são determinadas por condições econômicas e sociais de vida. (D) o morador de uma das casas da charge compara sua residência com a de uma classe social superior. Esse fato o deixa satisfeito com sua condição social. (E) a classe média no Brasil é caracterizada por possuir grande acúmulo de dinheiro que a torna uma estrutura social frágil, se comparada a outras organizações sociais.

QUESTÃO 60

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III Simulado - ENEM 1ª serie 1º dia

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PROPOSTA DE REDAÇÃO

Critérios de avaliação:

A avaliação somente poderá ser feita com caneta azul ou preta.

A produção textual deverá conter entre 20 a 30 linhas.

A produção que não respeitar a proposta ou o tema receberá nota zero.

Texto com menos de 7 linhas será considerado insuficiente.

Produzir o rascunho é não é obrigatório, no entanto, a folha deverá ser entregue junto à avaliação.

Não é permitido o uso de corretivo no texto definitivo.

Proposta de Redação

Com base na leitura dos textos motivadores e nos

conhecimentos construídos, redija um texto dissertativo em

norma padrão da língua portuguesa, sobre o tema:

“Consumismo e ostentação no século XXI” apresentando

proposta de conscientização social que respeite os direitos

humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e

coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Texto I – Moda ostentação

Na moda, você não precisa realmente ser rico para

parecer rico; isso é um trunfo na manga dos que almejam a escalada social. A moda ostentação é o estilo das pessoas que exibem peças chave que têm um valor alto para pertencerem a uma camada especial da sociedade.

Em pesquisa recente da USP com jovens da periferia, 97% dos entrevistados afirmou que se tivessem R$ 500,00 gastariam tudo com roupas de grifes. Uma bolsa Louis Vuitton ou um cinto da Hermès dão a falsa impressão a pessoas com poucos recursos de que elas são ricas. Muitas vezes essas pessoas vivem em condições precárias, não têm seguro de saúde ou acabamento nas paredes da sala, mas o símbolo de status traz um conforto social que acaba sendo mais importante que o conforto físico. É o ter versus o ser. No Brasil, o ter (infelizmente) ainda é mais importante.

Nesse contexto, marcas de luxo continuam seus planos de expansão no Brasil. Veja só: já existe loja da Prada no Recife. Pois é, o mundo globalizado tem dessas coisas. Mas qual é o propósito de comprar uma bolsa da Prada no Recife ou uma bolsa da Louis Vuitton em Curitiba?

A funkeira MC Pocahontas, autora do hit "Mulher no Poder", conta como já "torrou" mais de R$10.000,00 com vaidades na letra da sua música, incluindo bolsa da Louis Vuitton (sonho de cada mulher). Convidada do programa Na Moral, de Pedro Bial, na Rede Globo, MC Pocahontas contou para o apresentador que havia recentemente comprado duas bolsas da grife francesa em Shopping de Curitiba. Acrescentou que foi esnobada pela vendedora e por isso decidiu pagar à vista. Ostentação com uma dose de esnobação.

Rewind para 1837. Um garoto de 16 anos chegou a Paris - a pé - e começou a desenvolver baús e caixas de viagem sob medida. Os produtos eram resistentes, pois naquela época se viajava de carruagem, barco ou trem. Com foco em qualidade de materiais e durabilidade, esse garoto criou o maior império de luxo do mundo. Ele se chamava Louis Vuitton. A Louis Vuitton não foi feita para ostentar e, sim, para atender demandas de um público consumidor que exigia e merecia qualidade. Os franceses são conhecidos pela sua elegância e tradição e a LV sempre entregou isso. Voltando para o Brasil, a moda ostentação é uma cópia atrasada do movimento Bling Bling, que iniciou há 12 anos nos Estados Unidos. Com a ascensão do Hip Hop, os então novos astros, que pela primeira vez começaram a lidar com muitas cifras, passaram a usar de diamante, ouro e logos como símbolos da nova ascensão social. Qualquer velho rico ou novo rico sabe que o dinheiro mudou de mãos.

(www.projetoredacao.com.br – adaptado em 25.09.2017)

Texto II – Socializando: consumismo

Texto III – Consumismo: a dimensão psicológica Ímpeto irracional de compra devasta natureza e amplia desigualdade. Mas é alimentado pela ideia de que mercadorias suprem vazios existenciais

O trânsito insano nos grandes centros urbanos, a excitação provocada pelas luzes e decoração das cidades, filas enormes no estacionamento dos shoppings e a imposição da compra de um número quase sem fim de presentes: para familiares, amigos secretos ou simplesmente conhecidos.

[...] Consumo consciente versus consumismo. Esse

talvez seja o maior desafio que a contemporaneidade nos reserva: como consumir de forma mais consciente e crítica, principalmente em épocas como o Natal, quando somos atravessados e impelidos a consumir em excesso?

Não podemos negar que o consumo faz parte de nosso cotidiano. É um fator importante no processo de desenvolvimento econômico, pois aquece o mercado e a produção, gera renda e empregos. Mas, quando recebe o sufixo ismo essa prática, tão trivial no nosso dia a dia, vira doença. Oneomania ou compulsão por comprar é hoje um fenômeno que acomete 3% da população brasileira, a maioria mulheres, segundo dados do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas em São Paulo.

Um alerta, porém: atualmente o consumismo não é tido como doença. É um hábito e estilo de vida, aceito em nossa sociedade desde a infância não só pelo estímulo incansável do mercado, mas também pela enorme pressão social que nos convida a consumir sem reflexão. Mais do

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III Simulado - ENEM 1ª serie 1º dia

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que um hábito, o consumismo hoje agrega valor ao indivíduo.

E aí vale a reflexão: que valores são esses que estamos transmitindo às crianças? Hábitos consumistas e valores materialistas que priorizam o ter em detrimento do ser, o individual acima do coletivo, a competição ao invés da cooperação. Fato que fica evidente no documentário de 2008 “Criança, Alma do Negócio”, da diretora Estela Renner, numa cena surpreendente em que somente uma em cada dez crianças diz preferir brincar a comprar.

O estilo de vida consumista nos coloca, portanto, questões sérias e urgentes. A primeira é de ordem ética e moral: 20% da população mundial consomem 80% dos recursos naturais, ou seja, poucos consomem muito, enquanto a maioria passa por privações. Num país como o Brasil, que tem uma desigualdade social enorme, esse fator se agrava contribuindo para o aumento da violência.

O segundo ponto diz respeito às questões ambientais, pois sabemos que os recursos são finitos e nos relacionamos com eles de forma insustentável. Por fim, não podemos deixar de mencionar os impactos emocionais que esse estilo de vida impõe aos sujeitos contemporâneos que crescem acreditando na posse e oferta de objetos como sinônimo de felicidade e demonstração de afeto.

Se antigamente nossos elos sociais se davam por instâncias claras como espiritualidade, família e escola, hoje precisamos adornar nossos corpos para nos fazer visíveis e assim sermos reconhecidos e aceitos como membros da sociedade. O consumo transformou-se em passaporte para obtenção de cidadania, proporcionando ao sujeito visibilidade social. Bens e serviços funcionam como ingresso de trocas sociais e afetivas.

A cultura do consumo, na qual estamos todos inseridos, mercantilizou dimensões sociais e datas comemorativas. Mas consumir pode significar extinguir e destruir, portanto precisamos mudar nossos próprios hábitos de consumo, assim como passar valores menos materialistas a nossas crianças, para que em suas cartas de Natal peçam algo além de objetos.

[...] Lais Fontenelle Pereira, mestre em Psicologia Clínica pela

PUC-Rio e autora de livros infantis Publicado originalmente em:

http://outraspalavras.net/destaques/consumismo-de-final-de-ano-a-dimensao-psicologica/

Critérios de avaliação:

A avaliação somente poderá ser feita com caneta azul ou preta.

A produção textual deverá conter entre 25 a 30

linhas.

A produção que não respeitar a proposta ou o

tema receberá nota zero.

Texto com menos de 7 (sete) linhas será

considerado insuficiente.

Produzir o rascunho não é obrigatório, no

entanto, a folha deverá ser entregue junto

à avaliação.

Não é permitido o uso de corretivo no texto

definitivo.

Todas as rasuras serão descontadas conforme

planejamento de correção da disciplina.

Fica proibido o uso de qualquer equipamento

eletrônico durante a realização da prova, bem como

qualquer tipo de consulta.

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