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Literatura de Cordel Projeto interdisciplinar – II Média Professora Daniela Mendes e Sara Porcu

Literatura de Cordel Projeto interdisciplinar – II Média Professora Daniela Mendes e Sara Porcu

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Page 1: Literatura de Cordel Projeto interdisciplinar – II Média Professora Daniela Mendes e Sara Porcu

Literatura de CordelProjeto interdisciplinar – II Média

Professora Daniela Mendes e Sara Porcu

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Origem

A origem dos cordéis são as cantigas dos trovadores

medievais, que comentavam as notícias da época usando

versos, que eles próprios cantavam, frequentemente de forma

cômica. "Por volta do século 16, ela era praticada na península

Ibérica por meio dos trovadores, que recitavam louvações e

galanteios para agradar aos poderosos", diz Gonçalo Ferreira

da Silva, presidente da Academia Brasileira de Literatura de

Cordel. Com o tempo, tais artistas começaram a registrar suas

falas em folhas soltas, conhecidas em Portugal como

"volantes", e prendê-las em torno do corpo em barbantes para

que as recitassem e, ao mesmo tempo, garantissem as mãos

livres para os movimentos.

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Origem no Brasil

Este tipo de poesia nasce na última década do século 19, por volta de 1894. O berço mais claro é o estado da Paraíba, que é um dos principais centros de produção neste começo.

Manifestação literária importante, o Cordel está no meio do caminho entre a cultura letrada e a não letrada, entre o erudito e o popular, entre o rural e o urbano. Ele faz esta mediação, levando poesia para todas as classes sociais. Ele também é importante por ter múltiplas funções. Ele dissemina modelos de comportamento, dá acesso a informações, compartilha experiências. Durante muito tempo ele fica muito entranhado no cotidiano de uma grande parte da população dos estados do Norte e do Nordeste do Brasil, funcionando como um verdadeiro meio de se obter informação, conhecimento e manter vivas histórias e tradições.

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Pequeno glossário

Acontecido: folhetos de não-ficção em que o cordelista reporta eventos reais - fatos de âmbito local, nacional ou internacional.

Folheteiro: intérprete, sujeito que canta os cordéis nas feiras e praças com o intuito de atrair público e estimular a venda.

Peleja: também conhecida por desafio, é o duelo poético oral entre cordelistas, eventualmente reproduzido em folhetos.

Romance: cordel tradicional que narra disputas entre o bem e o mal em anedotas, contos de fadas, “causos” de amor e aventura.

Sextilha: consagrada entre os poetas nacionais, é a estrofe de seis versos com sete sílabas (o segundo, o quarto e o sexto versos rimam entre si).

Xilogravura: imagem que ilustra a capa dos livretos brasileiros, obtida do relevo da madeira talhada.