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Recolha de textos pelo 7.º C
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Recolha de textos
7.º C
Índice
Adivinhas
Anedotas
Contos do maravilhoso
Contos populares/tradicionais
Fábulas
Lendas
Lengalengas
Provérbios
Quadras populares e cantigas
Romance tradicional
Trava-línguas
Qual é coisa, qual é ela,
que é redonda como o Sol,
tem mais raios do que uma trovoada
e anda sempre aos pares?
Qual é coisa, qual é ela,
que atravessa todas as portas
sem nunca entrar
nem por elas sair?
Qual é coisa, qual é ela,
que tem uma perna mais comprida que a outra
e noite e dia anda sem parar?
O que será, que será,
que sendo preto ou branco,
de noite é sempre pardo,
escaldado, tem medo de água fria
e dizem ter mais de oito vidas?
Qual é coisa, qual é ela,
que respira sem pulmões
e tem pés mas não anda?
Qual é a coisa qual é ela
Que põe o mundo a dançar,
Tem notas e não é dinheiro
O que será, que será,
que é feito de vidro
e mostra tudo o que vê?
O que será, que será,
verde, branco ou amarelo,
pode ser frade sem convento,
Quando não carrapato?
Quanto mais quente,
mais fresco.
O que é?
Bibliografia:
Http://www.google.pt/#hl=pt-
PT&&sa=X&ei=mX73TLjrJcy08QPurfX4Cg&ved=0CB8QBSgA&q=adivinhas&
spell=1&fp=763efdb04d918726
Trabalho realizado por: Carla Novo nº2 7ºC
Anedotas
Um alentejano vai de visita à União Soviética, e resolve ir caçar pombos
para a zona de Chernobyl. Um russo que o vê alerta-o.
- Você não pode comer essas pombos. Têm radioactividade.
- Não têm não. - dito isto pega num pombo e aproxima-o do ouvido.
- Rádio não tem. - depois atira-o ao chão.
- Não se mexe, de modo que actividade também não.
Apagaram-se as luzes e quando se acenderam o queijo tinha
desaparecido.
- Quem foi que o comeu ?...
- O alentejano burro !
-Mas porquê ?
-O resto são tudo personagens fictícias !!!!!!!!!
Dois compadres conversavam acerca do que gostavam de ter e um deles
diz: - Eu gostava de ter um burro, uma grua e um sapo.
- Mas para quê isso? –
- O burro para não andar a pé, a grua para me por em cima do burro e o
sapo para por ao pé das orelhas do burro a fazer crhs, chrs, chrs.
Um alentejano tinha os pais nas Américas, e constantemente pediam ao
seu filho para os ir visitar.
Um dia lá resolveu ir, comprou a passagem, fez as suas malas e despediu-
se da mulher.
Chega ao aeroporto, era um voo da PANAIR, olhou para o avião, deu meia
volta e foi embora para casa.
A mulher muito admirado ao vê-lo de volta:
- Então homem, o que é que te esqueceu!!??
- Não me esqueceu nada. Estava lá escrito no avião em letras bem grandes
que era "pa na ir" eu "na" fui
Osne Lopes
Conheci um gajo que era tão racista, mas tão racista que bebia whisky
"Black & White" em copos separados!
Havia uma mulher que era tão magra, tão magra que comeu uma
ervilha e julgou que andava grávida.
O Joãozinho entra em casa a correr e mostra ao pai um canivete novo que
achou na rua.
- Mas tens a certeza que foi perdido? - Pergunta o pai.
- Foi perdido foi, que eu bem vi o homem à procura dele.
Um miúdo entra num talho e pergunta:
- O senhor tem pés de porco?
- Tenho, sim senhor!
- Coitado! Então deve custar-lhe muito andar!
Bibliografia
http://www.anedotas.cc/new_index.php?jtype=novas
Trabalho: realizado por Fátima
Contos do
MarAVILHOSO
Era uma vez um comerciante que morava com a sua filha, uma moça tão bonita cujo
nome era Bela.
Voltando de uma viagem, o mercador viu um castelo com um lindo jardim cheio de
flores. Resolveu levar uma rosa para Bela. Quando ele colheu a rosa daquele jardim,
uma fera apareceu e disse:
-Você não devia mexer no meu jardim, por isso vai ser meu prisioneiro!
O comerciante respondeu:
-Perdão senhor, era um presente para minha filha!
Mas a fera não queria saber estava furiosa. O mercador, então, pediu para a fera o
deixar despedir-se da sua filha.
Chegando a casa chorou, porque a sua filha ficaria sozinha no mundo.
Bela então disse:
-Papá, deixe ir-me com você, quero falar com a fera.
-Não adianta, minha filha! - Disse o comerciante. Mas Bela tanto insistiu que o pai a
levou com ele.
Chegando ao castelo, bela disse para a fera:
-Deixe o meu pai ir-se embora, ele está velho e doente, eu fico no lugar dele.
A fera concordou e o pai de Bela muito triste foi-se embora. Os dias passavam no
castelo. A fera, mesmo sendo muito feia, era boa e gentil com Bela. Liam livros juntos,
conversavam e brincavam no jardim. De tão amigos, a fera deixou Bela ir visitar o seu
pai.
Quando Bela voltou, encontrou a Fera muito doente. Bela assustada disse:
-Fera, não morra, estou aqui! Eu amo-te! - E beijou o rosto da Fera.
No mesmo instante, operou-se na fera uma transformação. A fera deixou de existir e
em seu lugar surgiu um lindo príncipe que contou a Bela que uma bruxa o enfeitiçara e
ele só voltaria ao normal com um beijo de amor.
Quebrado o encanto, o príncipe e a Bela casaram-se e foram felizes para sempre.
Vinilson
A vendedora de fósforos
Na véspera de Ano Novo, na última noite do ano, fazia muito frio e as ruas
da pequena cidade estavam completamente às escuras.
As pessoas abrigavavam-se nas suas casas aquecidas e através das janelas
viam-se as luzes das árvores de Natal acesas. O aroma a ganso recheado escapava
para a rua. A neve caía.
Apenas uma jovem menina vagueava pelas ruas desertas. Os flocos de neve
pousavam nos seus caracóis louros, os pés descalços estavam roxos por causa do
frio. Quando saíra de casa tinha calçado um par de sapatos mas, ao desviar-se de
uma carruagem que passava apressada, perdera-os, pois estavam-lhe demasiado
grandes. Um dos sapatos desapareceu e o outro foi apanhado por um pobre
rapazinho que rapidamente se pôs em fuga, sem olhar para trás.
A menina trazia nas mãos um molho de fósforos e no bosso do avental
tinha mais. Mas ninguém lhe tinha comprado nada nesse dia. Não tinha recebio
uma moeda que fosse.
Mas ela não se atrevia a voltar para casa. Não tinha vendido nenhum
fósforo, por isso não tinha dinheiro nenhum. De certeza que o pai ia ficar furioso e,
além disso, em casa também estava frio, uma vez que o vento assobiava pelas
fendas do telhado.
Num canto entre duas casas, uma mais saliente que a outra, a menina
sentou-se e aninhou-se, encolhendo os pés contra o corpo. Estava gelada e tinha as
mãos dormentes, devido ao frio. Não parava de nevar e as ruas começavam a ficar
desertas. O frio aumentava cada vez mais.
“Vou acender um fósforo na parede, só para aquecer as mãos na chama.”
Raspou um dos fósforos. Como cintilava! E como ardia! Produzia uma chama
quente e clara, como uma luzinha mágica. Colocou a mão por cima da chama.
Sentiu-se como se estivesse sentada frente a um grande fogão da sala com uma
fumegante chaleira de cobre em cima.
Como crepitava o lume lá dentro, e como era reconfortante o calor! Esticou
os pés, para os aquecer e, nesse momento, a chama apagou-se e a visão
desapareceu. Na mão restava-lhe apenas o fósforo ardido.
“Vou acender outro fósforo só para aquecer os pés”. No sítio onde a
luzinha incidia na parede, esta ficava transparente, como um véu. A rapariga
conseguia ver para dentro da casa. A mesa estava coberta com uma toalha branca e
sobre esta havia talheres reluzentes.
O ganso assado fumegava e cheirava muito bem, recheado com maçãs e
ameixas secas. Oh! De repente, o ganso saltou da travessa e aterrou no chão,
caminhando na direcção da menina, com o garfo e a faca espetados no peito.
Então o fósforo apagou-se e ela voltou a ver a pardede opaca, húmida e
fria. Resolveu acender outro fósforo. E agora estava sentada debaixo de uma
magnífica árvore de Natal, um enorme pinheiro de um verde lindíssimo.
Era ainda maior e estava melhor enfeitada que a do comerciante rico, que
ela tinha visto atrvés das portas de vidro. Milhares de velhinas ardiam nos ramos
verdes.
A pequena estendeu as mãos na direcção da árvore mas, então, o fósforo
apagpu-se. As luzinhas de Natal elevaram-se nas alturas e a rapariga via-as como
estrelas no céu. No entanto, uma delas caiu, deixando um longo rasto de fogo.
“Alguém morreu”, pensou a pequena. Fora a sua avó, que morrera há pouco, quem
lhe ensinara isso. A avó, a única pessoa que a estimava tinha-lhe dito: “Quando uma
estrela cai do céu, há uma alma que sobe até Deus.”
A menina riscou outro fósforo na parede. Fez-se claridade e, no caminho,
surgiu a avó, luminosa e cintilante, doce e carinhosa.
“Oh, avó, leve-me consigo!” pediu a menina. “Sei que quando o fósforo se
apagar vai desaparecer, como o fogão quente, o belo ganso assado e a magnífica
árvore de Natal. Não me deixes sozinha!”
E, rapidamente, a menina acendeu todos os fósforos que tinha, pois não
queria que a avó desaparecesse. E os fósforos arderam numa chama tão forte e
com tal intensidade que iluminava mais do que o sol. Parecia de dia!
A avó nunca se sentira tão radiante.
A pequena estendeu as mãos e sentiu-se muito leve. A acó tomou-a nos
braços e subiu, levando-a consigo nas alturas. Lá em cima não havia frio nem fome.
E continuaram a subir, cada vez mais alto, na direcção da luz e do calor, até ao céu.
Na manhã seguinte, quando as pessoas começaram a sair das suas casas,
encontraram numa ruela o pequeno corpo sem vida, com as faces rosadas e um
sorriso nos lábios.
A pequenina mão rígida segurava os fósforos ardidos. “Procurava um
pouco de calor” disse alguém, “e acabou por morrer de frio.”
Ninguém suspeitava que ela tinha visto coisas muito belas e tinha entrado
de forma esplendorosa no Ano Novo, pela mão da avó.
A princesa e a ervilha
Era uma vez um príncipe que desejava casar com uma princesa, mas tinha
de ser uma princesa de verdade. Viajou por todo o mundo disposto a encontrá-la,
mas deparava sempre com algum obstáculo. Princesas havia muitas, mas não
conseguia distinguir se se tratavam de autênticas princesas. E o príncipe regressava
a casa das suas viagens desanimado, pois desejava muito encontrar uma princesa
verdadeira.
Certa noite, houve um grande temporal. Havia trovões e relâmpagos e
chovia a cântaros. Metia medo! Foi então que bateram às portas do palácio e o velho
Rei em pessoa foi abrir.
À sua frente estava uma princesa. Mas, Santo Deus!, que aspecto tinha por
causa da chuva e do vento. A água escorria-lhe pelo cabelo e pelas vestes. As gotas
entravam-lhe pelas biqueiras dos saparos e saíam pelos calcanhares. Mas não
parava de afirmar que era uma autêntica princesa. “Isso é o que vamos ver!”, pensou
a velha rainha, mas não disse uma só palavra. Foi a um dos aposentos, pediu para
tirar as camas e colocou uma ervilha no chão. Depois ordenou que lhe trouxessem
vinte colchões e mandou colocá-los uns sobre os outros, por cima da ervilha e,
finalmente, por cima dos colchões, vinte edredões de penas.
Na manhã seguinte, foi-lhe perguntado se tinha dormido comodamente.
- Oh, muitíssimo mal! - respondeu a princesa – Quase não preguei olho toda
a noite! Sabe Deus o que haveria naquela cama! Só sei que era coisa dura, que me
deixou o corpo cheio de nódoas negras! Foi horrível!
Assim puderam comprovar que se tratava de uma autêntica princesa, pois
sentira a ervilha através dos vinte colchões e dos vinte edredõs de penas. Só uma
verdadeira princesa poderia ser assim tão sensível e delicada!
Então o príncipe casou com ela, pois estava certo de ter encontrado uma
verdadeira princesa. E a ervilha passou a figurar na galeria de arte do palácio, onde
ainda hoje se deve encontrar e pode ser contemplada se ninguém a tiver tirado.
E esta é uma história absolutamente certa!
Bibliografia: Os melhores contos de Anderson(livro)
João Gomes n.º23 7.ºC
Contos populares
O CEGO E O MOÇO
Um cego andava pedindo esmola pela mão de um moço; a uma porta
deram-lhe um naco de pão e um bocado de linguiça. O moço pegou no pão e
deu-o ao cego para metê-lo na sacola, e ia comendo a linguiça muito à
sorrelfa. O cego, desconfiado, pelo caminho começa a bradar com o moço:
– Ó grande tratante, cheira-me a linguiça! Acolá deram-me linguiça e tu
só me entregaste o pão.
– Pela minha salvação, que não deram senão pão.
– Mas cheira-me a linguiça, refinado larápio!
E começou a bater com o bordão no moço pancadas de criar bicho. O
moço era ladino e disse lá para si que o cego lhas havia de pagar. Quando iam
por uns campos onde estavam uns sobreiros, o moço embicou o cego para um
tronco, e grita-lhe:
– Salta, que é rego. O cego vai para saltar e bate com os focinhos no
sobreiro. Grita ele:
– Ó rapaz do diabo! Que te racho.
Diz-lhe ele:
Pois cheira-lhe o pão a linguiça,
E não lhe cheira o sobreiro à cortiça?
O sal e a água Um rei tinha três filhas; perguntou a cada uma delas por sua vez, qual
era a mais sua amiga. A mais velha respondeu:
– Quero mais a meu pai, do que à luz do Sol.
Respondeu a do meio:
– Gosto mais de meu pai do que de mim mesma.
A mais moça respondeu:
– Quero-lhe tanto, como a comida quer o sal.
O rei entendeu por isto que a filha mais nova o não amava tanto como
as outras, e pô-la fora do palácio.
Ela foi muito triste por esse mundo, e chegou ao palácio de um rei, e aí
se ofereceu para ser cozinheira. Um dia veio à mesa um pastel muito bem feito,
e o rei ao parti-lo achou dentro um anel muito pequeno, e de grande preço.
Perguntou a todas as damas da corte de quem seria aquele anel. Todas
quiseram ver se o anel lhes servia: foi passando, até que foi chamada a
cozinheira, e só a ela é que o anel servia. O príncipe viu isto e ficou logo
apaixonado por ela, pensando que era de família de nobreza.
Começou então a espreitá-la, porque ela só cozinhava às escondidas, e
viu-a vestida com trajos de princesa. Foi chamar o rei seu pai e ambos viram o
caso. O rei deu licença ao filho para casar com ela, mas a menina tirou por
condição que queria cozinhar pela sua mão o jantar do dia da boda.
Para as festas de noivado convidou-se o rei que tinha três filhas, e que
pusera fora de casa a mais nova. A princesa cozinhou o jantar, mas nos
manjares que haviam de ser postos ao rei seu pai não botou sal de propósito.
Todos comiam com vontade, mas só o rei convidado é que não comia.
Por fim perguntou-lhe o dono da casa, porque é que o rei não comia?
Respondeu ele, não sabendo que assistia ao casamento da filha:
– É porque a comida não tem sal.
O pai do noivo fingiu-se raivoso, e mandou que a cozinheira viesse ali
dizer porque é que não tinha botado sal na comida. Veio então a menina
vestida de princesa, mas assim que o pai a viu, conheceu-a logo, e confessou
ali a sua filha que lhe queria tanto como a comida quer o sal, e que depois de
sofrer tanto nunca se queixara da injustiça de seu pai.
Heldemira, 7.º C
Fábulas
A Lebre e a Tartaruga
Um dia a Lebre encontrou a Tartaruga e ridicularizou o seu passo lento e miudinho.
- Muito bem - respondeu a Tartaruga
sorrindo. – Apesar de seres tão veloz
como o vento, vou ganhar-te numa
corrida.
A Lebre, pensando que tal era impossível,
aceitou o desafio. Resolveram entre elas
que a raposa escolheria o percurso e seria
o árbitro da corrida. No dia combinado,
encontraram-se e partiram juntas.
A Tartaruga começou a andar no seu
passo lento e miudinho, nunca parando pelo caminho, direita até à meta.
A Lebre largou veloz, mas algum
tempo depois deitou-se à beira do
caminho e adormeceu. Quando
acordou, recomeçou a correr o mais
rapidamente que pode. Mas já era
tarde... Quando chegou à meta,
verificou que a Tartaruga tinha ganho
a aposta e que já estava a descansar
confortavelmente.
Esopo
Moral da história:
Devagar mas com persistência completas todas as tarefas.
O Lobo e o Cão
Certo dia, um Lobo só pele e osso
encontrou um cão gordo, forte e com o
pêlo muito lustroso. Via-se bem que não
passava fome. O Lobo, admirado, quis
saber onde é que ele conseguia obter tanta
comida.
- Se me seguires, ficarás tão forte como eu
- respondeu o cão. - O homem dar-te-á
restos saborosos.
- Mas o que preciso de fazer em troca? -
Quis saber o Lobo.
- Muito pouco, na verdade - respondeu o Cão. - Uivar aos intrusos, agradar ao dono e adular os
seus amigos. Só por isto receberás carne e outras iguarias muito bem cozinhadas. De vez em
quando, receberás também festas no dorso.
O Lobo ficou encantado com a ideia e meteram-se ambos ao caminho. A dada altura, o Lobo
reparou que o cão tinha o pescoço esfolado.
- O que tens no pescoço? - Perguntou.
- Nada de grave. É da argola com que me prendem - explicou o Cão.
- Preso? Então não podes correr quando queres? - Exclamou o Lobo. - Esse é um preço
demasiado elevado: não troco a minha liberdade por toda a comida do mundo.
Dito isto, desatou a correr o mais depressa que pode para bem longe dali.
Jean de La Fontaine
Moral da história:
A tua liberdade não tem preço.
Pedro Basso, 7.º C
AA CCiiggaarrrraa ee aa FFoorrmmiiggaa
Era uma vez uma cigarra que vivia saltitando e cantando pelo bosque, sem se
preocupar com o futuro. Esbarrando numa formiguinha, que carregava uma
folha pesada, perguntou:
- Ei, formiguinha, para quê todo esse trabalho? O verão é para gente
aproveitar! O verão é para gente se divertir!
- Não, não, não! Nós, formigas, não temos tempo para diversão. É preciso
trabalhar agora para guardar comida para o inverno.
Durante o verão, a cigarra continuou se divertindo e passeando por todo o
bosque. Quando tinha fome, era só pegar uma folha e comer.
Um belo dia, passou de novo perto da formiguinha carregando outra pesada
folha.
A cigarra então aconselhou:
- Deixa esse trabalho para as outras! Vamos nos divertir. Vamos, formiguinha,
vamos cantar! Vamos dançar!
A formiguinha gostou da sugestão. Ela resolveu ver a vida que a cigarra levava
e ficou encantada. Resolveu viver também como sua amiga.
Mas, no dia seguinte, apareceu a rainha do formigueiro e, ao vê-la se
divertindo, olhou feio para ela e ordenou que voltasse ao trabalho. Tinha
terminado a vidinha boa.
A rainha das formigas falou então para a cigarra:
- Se não mudar de vida, no inverno você há de se arrepender, cigarra! Vai
passar fome e frio.
A cigarra nem ligou, fez uma reverência para rainha e comentou:
- Hum! O inverno ainda está longe, querido!
Para cigarra, o que importava era aproveitar a vida, e aproveitar o hoje, sem
pensar no amanhã. Para que construir um abrigo? Para que armazenar
alimento? Pura perda de tempo.
Certo dia o inverno chegou, e a cigarra começou a tiritar de frio. Sentia seu
corpo gelado e não tinha o que comer. Desesperada, foi bater na casa da
formiga.
Abrindo a porta, a formiga viu na sua frente a cigarra quase morta de frio.
Puxou-a para dentro, agasalhou-a e deu-lhe uma sopa bem quente e deliciosa.
Naquela hora, apareceu a rainha das formigas que disse à cigarra: - No mundo
das formigas, todos trabalham e se você quiser ficar connosco, cumpra o seu
dever: toque e cante para nós.
Para cigarra e paras formigas, aquele foi o inverno mais feliz das suas vidas.
Moral: Não penses só em divertir-te. Trabalha e pensa no futuro.
AA AAsssseemmbblleeiiaa ddooss RRaattooss
Um gato de nome Faro-Fino deu de fazer tal destroço na rataria duma
casa velha que os sobreviventes, sem ânimo de sair das tocas, estavam a
ponto de morrer de fome.
Tornando-se muito sério o caso, resolveram reunir-se em assembleia
para o estudo da questão. Aguardaram para isso certa noite em que Faro-Fino
andava aos miados pelo telhado, fazendo sonetos à lua.
– Acho – disse um deles – que o meio de nos defendermos de Faro-Fino
é lhe atarmos um guizo ao pescoço. Assim que ele se aproxime, o guizo o
denuncia e pomo-nos ao fresco do tempo.
Palmas e bravos saudaram a luminosa ideia. O projecto foi aprovado
com delírio. Só votou contra um rato casmurro, que pediu a palavra e disse:
– Está tudo muito direito. Mas quem vai amarrar o guizo no pescoço de
Faro-Fino?
Silêncio geral. Um desculpou-se por não saber dar nó. Outro, porque
não era tolo. Todos, porque não tinham coragem. E a assembleia
dissolveu-se no meio de geral consternação.
Moral: Dizer é fácil, fazer é que é difícil.
AA RRaappoossaa ee aa CCeeggoonnhhaa
Um dia a raposa foi visitar a cegonha e convidou-a para jantar.
Na noite seguinte, a cegonha chegou a casa da raposa.
- Que bem que cheira! – disse a cegonha ao ver a raposa a fazer o jantar.
- Vem, anda comer. – disse a raposa, olhando o comprido bico da cegonha e
rindo-se para si mesma.
A raposa, que tinha feito uma saborosa sopa, serviu-a em dois pratos rasos e
começou a lamber a sua. Mas a cegonha não conseguiu comer: o bico era
demasiado comprido e estreito e o prato demasiado plano. Era, porém,
demasiado educada para se queixar e voltou para casa cheiinha de fome.
Claro que a raposa achou montes de piada à situação!
A cegonha pensou, voltou a pensar e achou que a raposa merecia uma lição. E
convidou-a também para jantar. Fez uma apetitosa e bem cheirosa sopa, tal
como a raposa tinha feito. Porém, desta vez serviu-a em jarros muito altos e
estreitos, totalmente apropriados para enfiar o seu bico.
- Anda, vem comer amiga Raposa, a sopa está simplesmente deliciosa. -
espicaçou a cegonha, fazendo o ar mais cândido deste mundo.
E foi a vez de a raposa não conseguir comer nada: os jarros eram demasiado
altos e muito estreitos.
- Muito obrigado, amiga Cegonha, mas não tenho fome nenhuma. - respondeu
a raposa com um ar muito pesaroso. E voltou para casa de mau humor, porque
a cegonha lhe tinha retribuído a partida.
Moral: Nunca faças aos outros o que não gostas que te façam a ti.
BBiibblliiooggrraaffiiaa
http://portugues-na-sala-de-aula.blogspot.com/2008/06/assembleia-dos-ratos.html
http://profcristianetoledo.blogspot.com/2010/03/lebre-e-tartaruga-esopo-lebre-vivia-se.html
http://www.qdivertido.com.br/verconto.php?codigo=9
http://sotaodaines.chrome.pt/sotao/fabulas/histor95.html
Sara, 7.º C
Lenda do São Martinho
Num dia tempestuoso ia São Martinho, valoroso
soldado, montado no seu cavalo, quando viu um mendigo
quase nu, tremendo de frio, que lhe estendia a mão
suplicante e gelada.
S. Martinho não hesitou: parou o cavalo, poisou a
sua mão carinhosamente na do pobre e, em seguida, com
a espada cortou ao meio a sua capa de militar, dando
metade ao mendigo.
E, apesar de mal agasalhado e de chover
torrencialmente, preparava-se para continuar o seu
caminho, cheio de felicidade
Mas, subitamente, a tempestade desfez-se, o céu
ficou límpido e um sol de Estio inundou a terra de luz e
calor.
Diz-se que Deus, para que não se apagasse da
memória dos homens o acto de bondade praticado pelo
Santo, todos os anos, nessa mesma época, cessa por
alguns dias o tempo frio e o céu e a terra sorriem com a
benção dum sol quente e miraculoso.
Bibliografia: http://www.eb1-cruzeiro-n1-
nespereira.rcts.pt/saomartinho.htm
Lenda do Galo de Barcelos
Ao cruzeiro seiscentista que faz parte do espólio do Museu
Arqueológico da cidade, anda associada a curiosa lenda do galo. Segundo ela,
os habitantes do burgo andavam alarmados com um crime e, mais ainda, por
não se ter descoberto o criminoso que o cometera.
Certo dia, apareceu um galego que se tornou suspeito. As autoridades
resolveram prendê-lo e, apesar dos seus juramentos de inocência, ninguém o
acreditou. Ninguém julgava crível que o galego se dirigisse a S. Tiago de
Compostela em cumprimento duma promessa; que fosse fervoroso devoto do
santo que em Compostela se venerava, assim como de São Paulo e de Nossa
Senhora. Por isso, foi condenado à forca.
Antes de ser enforcado, pediu que o levassem à presença do juiz que
o condenara. Concedida a autorização, levaram-no à residência do
magistrado, que nesse momento se banqueteava com alguns amigos. O galego
voltou a afirmar a sua inocência e, perante a incredulidade dos presentes,
apontou para um galo assado que estava sobre a mesa e exclamou:
- É tão certo eu estar inocente, como certo é esse galo cantar quando me
enforcarem.
Risos e comentários não se fizeram esperar, mas pelo sim e pelo não,
ninguém tocou no galo. O que parecia impossível, tornou-se, porém,
realidade! Quando o peregrino estava a ser enforcado, o galo assado
ergueu-se na mesa e cantou. Já ninguém duvidava das afirmações de
inocência do condenado. O juiz corre à forca e com espanto vê o pobre
homem de corda ao pescoço, mas o nó lasso, impedindo o estrangulamento.
Imediatamente solto, foi mandado em paz.
Passados anos, voltou a Barcelos e fez erguer o monumento em louvor
à Virgem e a São Tiago.
Bibliografia: http://sotaodaines.chrome.pt/Sotao/lenda_do_galo_de_barcelos.html
Trabalho realizado por:
Vitiza Pedite nº20
7ºC
Lengalengas
O boi
Um dia o boi, o burro, o besouro,
O borrego, o búfalo e a borboleta
Repararam que os seus nomes Começavam todos por b.
Disseram ao mesmo tempo:
Que bonito!
O bacalhau, o berbigão, o besugo
E o búzio, lá no mar,
Repararam que os seus nomes Também começavam por b
E disseram todos assim:
Que bonito!
Veio logo uma baleia de longe,
A gritar: esperem,
Esperem ai por mim!
Sola sapato
Sola sapato
Rei rainha
Foi ao mar
Pescar sardinha
Para o filho
Do juiz
Que está preso
Pelo nariz
Salta a pulga
Na balança
Dá um pulo
Vai para França
Os cavalos a correr
As meninas a aprender
A mais bonita de todas
Comigo se há-de esconder
A bola
A bola
Rolou
Saltou.
No vidro
Caiu
Partiu.
O rapazito
Chorou
Gritou.
A educadora
Viu e Ouviu
Depois falou:
- Não faz mal,
aconteceu.
O vidro quebrado
Será arranjado.
E assim ficou
Tudo concertado.
Arre o burro
Arre burro para Azeitão
Carregado de feijão
Para o senhor capitão.
O senhor capitão não está,
Está a bordo de um navio
Dá-lhe o vento dá-lhe o frio,
Corrupio pio pio
Corrupio pio pio!
Bibliografia: http://www.eb1-sines-n2.rcts.pt/traquinas/lengalengas.htm
Feito por: Tiago Costa Nº18 7ºC
A criada lá de cima
A criada lá de cima
É feita de papelão,
Quando vai fazer a cama
Diz assim ao patrão:
Sete e sete são catorze,
Com mais sete vinte e um,
Tenho sete namorados
E não gosto de nenhum.
Tenho um macaco
Tenho um macaco
Dentro de um saco
Não sei que lhe diga
Não sei que lhe faça
Dou-lhe um pau
Diz que é mau
Dou-lhe um osso
Diz que é grosso
Dou-lhe um chouriço
Isso, isso, isso!
Débora, 7.º C
Sitografia:
http ://www.angelfire.com/80s/traquinas/Links/lengalengas.htm
Romance
tradicional
Abrigo da pastora
Lá se vai o conde Ninho, - seu cavalo vai banhar;
Enquanto o cavalo bebe, - formou-se um lindo cantar:
- Bebe, bebe, ó meu cavalo, - Deus te defenda do mal,
- Ou dos perigos do mundo - e das areias do mar.
- Acorda, bela infanta, - se queres ouvir cantar;
- Ou são os anjos no céu, - ou a sereia no mar.
- Não são os anjos no céu, - ou a sereia no mar,
É ele, o conde Ninho, - que comigo quer casar.
- Se queres casar c'o conde, - eu vo-lo mando matar.
- Se mandais matar o conde, - mandai-me a mim degolar.
Um morre e outro morre, - ambos vão a enterrar.
Um enterram-no à porta, - o outro, ao pé do altar.
Dum nasceu um acipreste, - do outro, um verde laranjal.
Um cresce e outro cresce, - à porta se vêm juntar;
Quando o rei ia prà missa, - 'storvavam-lhe de passar.
Chamou pelos seus criados, - mandou-os arredondar:
Dum saiu uma pombinha, - do outro um pombo trocal.
Um voa e outro voa, - passaram pra além do mar.
Foram-se pousar à mesa, - onde el-rei 'stava a jantar.
Um pica, o outro pica, - ambos no melhor manjar.
Malo haja a rainha - que tal par mandou matar!
Nem na vida, nem na morte, - se puderam apartar.
http://abrigodepastora.blogspot.com/2006/01/romance-tradicional.html
CID E O MOURO BÚCAR
Bem se passeia Mourilho — de calçada em calçada,
Olhando para Valência, — como estava amuralhada:
O Valência, ó Valência, — Valência, não vales nada!
Quando tu eras dos Mouros, — d’ouro eras mociçada;
Agora, que és dos Cristãos, — nem de pedra mal picada.
Ouvira-o el-rei D. Cidro, — d’altas torres d’onde ‘stava;
Chamou pela sua filha: — Pega lá nessa almofada,
Dilata-m’ aquel’ Mourilho — de palavra em palavra.
– Como farei isso, meu pai, — seu d’amores não sei nada?
Bem-vindo sejas, Mourilho, — boa é a tua chegada!
Sete anos hai, ó Mourilho, — qu’eu não visto faldra lavada.
Outros tantos hai, senhora, — qu’eu não faço a minha barba.
Meteu a mão el bolsilho. — maçãs d’ouro lh’atirava.
Dessas, dessas, ó Mourilho, — tamém meu pai me las dava.
Vai-te daí, ó Mourilho, — não digas que te sou falsa:
Meu pai deu fio à lança, — não foi para ir à caça...
– Não há cavalo que alcance — a minha eguinha vaia,
Senão o cavalo qu’eu tenho, — qu’ela dele anda prenhada.
Oh qu’aradas tão cumpridas! — Oh que cumpridas aradas!
Quando os touros andam gordos, — os mancebos adelgadam.
Ao passar do Guadiana, — atirou-le ?a lançada:
A lança ficou no corpo, — e o pau caiu à água.
– Espera aí, ó Mourilho, — que te quero dá-la paga!
– Come esperarei eu, meu senhor, — se meu sangue vai pela água?
http://comunidade.sol.pt/blogs/josecarreiro/archive/2007/04/01/romanceiro.aspx
trabalho realizado por: João Miranda
Trava-línguas
- Pardal pardo, porque palras?
- Eu palro e palrarei,
Porque sou o pardal pardo,
Palrador de el-rei.
Era uma vez um caçador,
furunfunfor, triunfunfor,
misericuntor;
E foi à caça,
furunfunfaça, triunfunfaça,
misericuntaça;
E caçou um coelho,
furunfunfelho, triunfunfelho,
misericuntelho;
E levou-o a uma velha,
furunfunfelha, triunfunfelha,
misericuntelha.
O tempo perguntou ao Tempo
quanto tempo o Tempo tem.
O Tempo respondeu ao tempo
que o tempo tem tanto tempo
quanto tempo o Tempo tem.
João Matos
O rato roeu a rolha da
garrafa do rei da
Rússia.
Descasca a Castanha
Muito bem descascadinha
Verás que dentro da casca
Tem outra casca
Castanha clarinha.
Copo, copo, jericopo,
Jericopo, copo cá;
Quem não disser três vezes
Copo, copo, jericopo,
Jericopo, copo cá,
Por este copo não beberá.