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META Portugal. OBJETIVOS Romantismo em Portugal; Leitura das aulas sobre o Arcadismo em Portugal. Aula PORTUGUESA como evento fundador do nosso Romantismo. (Fontes: http://www.instituto-camoes.pt)

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META

Portugal.

OBJETIVOS

Romantismo em Portugal;

Leitura das aulas sobre o Arcadismo em Portugal.

Aula

PORTUGUESA

como evento fundador do nosso Romantismo.(Fontes: http://www.instituto-camoes.pt)

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Literatura Portuguesa II

Saudade! gosto amargo de infelizes,Delicioso pungir de acerbo espinho,

Almeida Garrett,

Nesta aula, veremos que o Romantismo em Portugal traduziu a con-

contudo, deixar de abordar outros nomes, como Alexandre Herculano, Feliciano de Castilho e Soares de Passos.

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Aula

6O ROMANTISMO EM PORTUGAL:

animaria intelectuais, escritores e artistas a se envolverem com os ideais

antenada com os movimentos culturais europeus. Pode-se, inclusive, dizer

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Literatura Portuguesa II

Literatura. Veremos, a seguir, como a mesma se estruturou no panorama

A LITERATURA PORTUGUESA SEGUNDO A

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Aula

6Segundo o autor, esses escritores teriam sido formados pelo Classicismo,

Alexandre Herculano e Feliciano Castilho. Em suas obras, podemos tanto

guesa depois dos anos 60.

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Literatura Portuguesa II

Passos e mesmo Mendes Leal, citado no primeiro grupo. Segundo Saraiva, a poesia de protesto nasceu em Coimbra e no Porto e se manifestou em

portuguesa, seus autores e obras.

SOCIEDADE: OS POETAS PORTUGUESES

e de Alexandre Herculano expoentes importantes para compreender o

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Aula

6

por Almeida Garrett:

A POESIA DE ALMEIDA GARRETT

meida (1799-1854), mais tarde Visconde de Almeida Garrett, foi um dos maiores nomes da Literatura Portuguesa, por sua

missivista) e como intelectual engajado na sociedade portuguesa, atuando na vida

(1843), Viagens de minha terra (1846) e

Romantismo e modernidade, publicado na

Os sofrimentos pessoais e os desenganos com os sucessos portugue-

timento religioso).

Almeida Garret (fontes: http://www.noscafora.be)

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Literatura Portuguesa II

Hugo, Goethe, etc.) lhe abrem o gosto e lhe pedem novas formas de ex-

de submeter-se a escolas e modelos. (p. 22/23)

ajudando-a a entender-se e a criticar-se. (p.25)

comentemos um poema:

A calma - do jazigo.

E a vida - nem sentida

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Aula

6De um querer bruto e feroQue o sangue me devora,

Quem ama a aziaga estrela

Este indigno furor.

E infame sou, porque te quero; e tantoQue de mim tenho espanto,De ti medo e terror...

poderia ser tocada, ainda que houvesse o desejo do toque. Aqui Garrett

Um poema da Literatura Brasileira, de Casimiro de Abreu, intitulado Amor

Quando eu te vejo e me desvio cauto

Contigo dizes, suspirando amores:

Que se alimenta no voraz segredo,

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como pelo legado que deixou para a cultura portuguesa e mundial. Vimos

Byron. (p.114).

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Aula

6 I

O Tejo o ouviu no algoso de suas grutasE em despeitoso brado lhe responde.Gemem as ninfas que o lidado cantoInspirado lhe haviam, e em suas telasCom tristes, negras cores debuxaram

tratou a obra e o poeta.

tilisticamente Garrett faz uso de linguagem coloquial, busca formas populares

ALEXANDRE HERCULANO

mais conhecido por seu valor como historiador. Liberal, teve que fugir para

em prosa, publicou os libros de poesia A Voz do Profeta (1836) e A Harpa

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Literatura Portuguesa II

para perceber, em sua poesia, um pouco do teor social, ainda que, como vimos, muitos de seus poemas tenham teor espiritual.

O soldado (trecho)

III

Bem abundante messeDe pranto e de saudadeO foragido erranteColhe na soledade!

Nada lhe ri na vida;Mora o fastio em tudo;

No meio das procelas,Na calma do oceano,No sopro do galerno,Que enfuna o largo pano.

Por abrigado esteiro,

Do tecto do estrangeiro.

IV

Minha alma laceraram,

Bem agra me tornaram:

Foi meu destino escuro;Sufocou de luz um raioAs trevas do futuro.

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Aula

6A praia ainda beijei,E o velho e amigo cedroNo vale ainda abracei!

Nesta alma regeladaSurgiu ainda o gozo,E um sonho lhe sorriuFugaz, mas amoroso.

Desse momento o sonho!

Mas o sonhar que monta,

Como se fosse morta.

Facho de guerra acesoEm labaredas arde!

E o grito: ai do vencido!Nos montes retumbara.

Caiu: dorme tranquilo:Deu-lhe repouso a morte.

Ao menos, nestes camposSepulcro conquistou,E o adro dos estranhos

Aos seus honrado nome;Paga de curta vida

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Literatura Portuguesa II

SEGUNDO MOMENTO

caracterizou-se pelo Ultra-romantismo. Entre

principalmente, Soares de Passos (1826-1860). Negro pessimismo e uma poesia chamada de

jovens, deixando uma obra ainda em estado de amadurecimento. O poema mais famoso

abaixo, citando um trecho:

Balada

Que paz tranquila!... mas eis longe, ao longe

Branco fantasma semelhante a um monge,

Campeia a lua com sinistra luz;O vento geme no feral cipreste,

Ergueu-se, ergueu-se!... com sombrio espanto

Soares de Passos (fontes: http://biblio.com.br)

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Aula

6Por entre as campas, arrastando o manto,

Parou, sentou-se e com a voz magoadaOs ecos tristes acordou assim:

TERCEIRO MOMENTO

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medianeiras de uma ultra-sensibilidade que nos desvenda os segredos

escaldantes, a anular, com seu realismo, a hipocrisia da sensibilidade

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Aula

6mais natural do erotismo. No plano formal, voltaremos a encontrar o son-

Hymno de Amor

Andava um diaEm pequeninoNos arredoresDe Nazareth,Em companhia

O bom-Jesus,O Deus-Menino.

Andar piandoArrepiado

Um rouxinol,Que uma serpenteDe olhar de luzResplandecenteComo a do sol,E penetranteComo diamante,Tinha attrahido,Tinha encantado.

Do passarinho,Sae do caminho,

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Literatura Portuguesa II

Corre apressado,Quebra o encanto,Foge a serpente,E de repenteO pobrezinho,Salvo e contente,

Ou antes pranto

De uma alegria,

Uma cadencia,Que commovia

Jesus caminhaNo seu passeio,E a avesinhaContinuandoNo seu gorgeioEm quanto o via;De vez em quando

E mal poisava,

Nem repetia,Que redobravaDe melodia!Assim foi indoE foi seguindoDe tal maneira,Que noite e dia

Que havia perto

Nosso SenhorEm pequenino,

A pobre ave

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Aula

6Cantando o hymnoTerno e suaveDo seu amorAo Salvador!

Que se desfaz como a neveE como o fumo se esvai:A vida dura um momento,Mais leve que o pensamento,A vida leva-a o vento,

Voa mais leve que a ave:

Nuvem que o vento nos ares,Onda que o vento nos mares,

Da asa da ave feridaDe vale em vale impelidaA vida o vento levou!

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Literatura Portuguesa II

RESUMO

Romantismo pouco a pouco se acentuam. O segundo, com uma linguagem

ATIVIDADES

2. Busque em livros e/em sites de Literatura Portuguesa poemas de Feli-

em sua poesia.

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Aula

6tismo.

Destino (Almeida Garrett)

A fabricar o seu ninho

E ao mudo verme que teceSua mortalha de seda

Que no prado anda a zumbir

Que eras tu meu ser, querida,Teus olhos a minha vida,Teu amor todo o meu bem...

Como a abelha corre ao prado,

Como a todo o ente o seu fadoPor instinto se revela,Eu no teu seio divinoVim cumprir o meu destino...

poetas enumerados.

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Literatura Portuguesa II

valoriza aspectos da natureza local; que a subjetividade no Arcadismo

certo modo, o menino da imagem do Cristo homem e martirizado.

e pensa sobre o Cristo menino. Compare.

que se estabelece entre a subjetividade e a natureza. No Romantismo,

cas para que o Romantismo se desenvolvesse em Portugal? Ficou clara a diferente forma que cada um dos historiadores estudados utilizou para

cada um para a Literatura Portuguesa? Compreendi que o Romantismo foi

Sei quais foram os autores e as obras mais relevantes desse movimento?

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Aula

6AGUIAR E Teoria da Literatura. Coimbra: Livraria Almedina, 1982. CLAUDON, Francis. . Minho: Verbo.HAUSER, Arnold. Martins Fontes, 1998.JEAN, Georges. . Rio de Janeiro: Ob-jetiva, 2002.

A literatura portuguesa_______________.

guesa. 14 ed. Porto: Porto Editora Lda., s/a .