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    SSSSSSSSSSSSããããããããããããoooooooooooo oooooooooooossssssssssss sssssssssssseeeeeeeeeeeetttttttttttteeeeeeeeeeee ppppppppppppeeeeeeeeeeeeccccccccccccaaaaaaaaaaaaddddddddddddoooooooooooossssssssssss 

    ccccccccccccaaaaaaaaaaaappppppppppppiiiiiiiiiiiittttttttttttaaaaaaaaaaaaiiiiiiiiiiiissssssssssss???????????? 

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    ............

    Sistema Energético de Resgate Sistema Energético de Resgate Sistema Energético de Resgate Sistema Energético de Resgate

    NOTA:

    Este livreto não tem o condão de querer se prevalecer sobre qualquer

    outro conhecimento, dogma, doutrina, fé, crença, filosofia, religião, seita,ordem, tratado, estudo ou até mesmo opinião pessoal, isso deve ficar bem

    frisado para o leitor que busca o Conhecimento! A palavra de ordem é:

    LIBERDADE!

    A proposta do S.E.R., com este trabalho é trazer ao leitor uma visão

    mais ampla do que se vive no mundo material e extrair dele mesmo novasvisões para um mundo não-material.

    Paz Inverencial!

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    Paradoxo.

    , , , , .

    , (...)

    1.

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     ,

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     ão os Pecados Capitais?  ão os Pecados Capitais?  ão os Pecados Capitais?  ão os Pecados Capitais?  

    No ano 33 da era Cristã, um homem foi condenado à pena

    capital de sua época por defender idéias plácidas, todavia contrárias aos

    interesses políticos daquela era.

    Depois, os mesmos políticos perceberam que precisavam mudar seus

    conceitos criando novos.

    Juntaram-se numa das reuniões mais

    famosas da história da humanidade e meditaram,

    pesquisaram, avaliaram, conjeturaram, confabularam e

    perceberam que dominar era importante e a massa poucopensante era o foco.

    Jogaram fora escrúpulos de vaidade e

    orgulho e adotaram as idéias do mesmo homem outrora

    condenado à morte cruel na cruz.

    Assim formou-se o Concílio de Nicéia. Elaboraram-se as normas e regras de

    conduta moral e espiritual que, depois de lançadas à civilização, deveriam ser vigiadas e

    cobradas com extremo rigor, inclusive com a paradoxal pena de morte por seu nãocumprimento!

    Esses líderes dos quatro cantos do mundo conhecido precisavam organizar a

    desordem político/religiosa, mas sob a tutela e óptica de quem? Dos Religiosos, dos Filósofos,

    dos Cientistas ou dos Políticos?

    Com o passar do tempo, novos ajustes foram sendo feitos e dentre as normas

    e regulamentações surgem aí, na longínqua história, as raízes profundas que dariam origem

    aos Sete Pecados Capitais, ou seja, os sete pecados de morte!

    S SS S

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     bjetivos  bjetivos  bjetivos  bjetivos

    Um dos objetivos desta pesquisa é o de demonstrar o quão

    aprisionados estamos em questões dogmáticas que foram implantadas em nossa

    psique de geração em geração e que ainda povoam nossa mente em pleno avançado Século

    XXI e gerar com isso um pensamento que conduza à liberdade conceitual e dogmática em

    nossa era, indicando uma fórmula simples de pensamento individual que abre fronteiras para

    analisar outros tipos de condicionamentos que nos mantém reféns de um sistema invisível e

    dominador, tudo isto sem o cunho meramente crítico ou apológico tão somente.

    Não é nossa idéia, tampouco a proposta, execrar qualquer religião, mas

    mostrar o quanto serviu e que agora já foi; não há mais a necessidade de referenciais externos.Outro dos objetivos que se procura abordar e levar ao patamar de equívoco é

    o medo de tomar em mãos essa mesma liberdade conceitual e dogmática. Como ser livres de

    conceitos que nos foram tão “úteis” por eras e eras a fio? E para quê? Seria a religião um freio

    para a humanidade? A bíblia, o livro sagrado, seria realmente um instrumento do divino

    Espírito Santo inspirado aos homens? Os Sete Pecados são realmente capitais? Indagamos

    mais audaciosamente: existem pecados? Existe carma? E a Misericórdia Divina, como fica?

    Essas são as principais questões problemáticas que se colocam para quepossamos nos aprofundar, no tempo e no espaço em busca das origens humanas de conceitos

    enclausuradores.

    O OO O

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    rigens rigens rigens rigens

    Nos três quartos de século anteriores à fundação da histórica

    Academia de Platão, tantos teoremas haviam sido provados que se tornou uma

    questão complexa de como conectá-los a uma árvore genealógica, ou seja, como axiomatizar 

    a ciência pelo isolamento da menor quantidade de suposições independentes a partir das quais

    estas e outras descobertas poderiam ser validamente derivadas. Assim, naquela época antes do

    Cristo Jesus, criou-se um sistema conhecido por canônico o qual serviu para fechar os

    possíveis detalhes soltos. De igual forma também foi criado um sistema canônico para fechar

    todos os defeitos possíveis e encontráveis dentro de objetivos próprios onde pudessem estar

    todos reunidos em sete “pecados” apenas.Trezentos anos após o assassinato de Jesus da

    Galiléia, o então bispado romano não estava

    preparado para a enorme descoberta feita pelo

    máximo poder político, de que já não se podia

    governar sem Cristo. Silvestre I, titular oficial da

    sede de Pedro, seguiu sem ter grande influência. Nos

    21 anos que durou seu governo, paralelo ao doImperador Constantino, a igualdade de direitos de

    todos os bispos foi mais decisiva e influente que a

    autoridade exclusiva do bispo de Roma. Já havia na

    África mais de 100 bispos, e 60 na Itália e Roma. No Oriente, no Egito e África,

    o cristianismo se converteu em religião nacional. A Europa estava representada pela Itália,

    Grécia e Espanha bem como havia representantes ocidentais.

    O governo de Constantino procurou reunir todos os partidos religiosos e os

    paladinos da fé. O Imperador, com o título de "Pontífice Máximo", presidiu durante 25 anos

    aquela igreja episcopal; à frente do cristianismo havia um César

    não batizado. Não se fez batizar até os últimos momentos de sua

    vida.

    Desde Lúcio Domício Aureliano (270 - 275

    d.C.), os imperadores tinham abandonado a unidade religiosa, com

    a renúncia de Aureliano a seus "direitos divinos", em 274. Porém,

    Constantino, estadista sagaz que era, inverteu a política vigente, passando, da perseguição aos

    cristãos, à promoção do Cristianismo, vislumbrando a oportunidade de relançar, através da

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    Silvestre I

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    igreja, a unidade religiosa do seu Império. Contudo, durante todo o seu regime, não abriu mão

    de sua condição de sumo-sacerdote do culto pagão ao "Sol Invictus", que era Mitra (e era

     justamente ao mitraismo que a religião cristã pretendia absorver). Tinha um conhecimento

    rudimentar da doutrina cristã e suas intervenções em matéria religiosa visavam, a princípio,

    fortalecer a monarquia do seu governo.Na verdade, Constantino observara a coragem e determinação dos mártires

    cristãos durante as perseguições promovidas por Diocleciano, em 303. Sabia que, embora

    ainda fossem minoritários (10% da população do Império), os cristãos se concentravam nos

    grandes centros urbanos, principalmente em território inimigo. Foi uma jogada de mestre, do

    ponto de vista estratégico, fazer do Cristianismo a Religião Oficial do Império: Tomando os

    cristãos sob sua proteção, estabelecia a divisão no campo adversário.

    325 d.C., data importante para os implantes dogmáticos da humanidadesucessora de uma história marcada por sangue e perseguições. Parecia que se iniciava um

    momento de vitória e paz, mas não era bem isso. Já como soberano único, Flavius Valerius

    Constantinus (285 - 337 d.C.), filho de Constâncio I, realiza o famigerado Concílio de Nicéia,

    atual cidade de Iznik, província de Anatólia (nome que se costuma dar à antiga Ásia Menor),

    na Turquia asiática. Quando seu pai morreu em 306, Constantino passou a exercer autoridade

    suprema na Bretanha, Gália (atual França) e Espanha. Aos poucos, foi assumindo o controle

    de todo o Império Romano.

    Este foi o primeiro Concílio Ecumênico

    da igreja, convocado pelo Imperador; astuto, convocou

    mais de 300 bispos ao Concílio de Nicéia. Constantino

    visava dotar a igreja de uma doutrina padrão, pois as

    divisões, dentro da nova religião que nascia, ameaçavam

    sua autoridade e domínio. Era necessário, portanto, um

    Concílio para dar nova estrutura aos seus poderes. E o

    momento decisivo sobre a doutrina  da Trindade ocorreu

    nesse Concílio. bispos se reúnem para decidir se Cristo era

    um ser criado (doutrina de Ário) ou não criado, e sim

    igual e eterno como Deus Seu Pai (doutrina de Atanásio). A igreja

    acabou rejeitando a idéia ariana de que Jesus era a primeira e mais

    nobre criatura de Deus, e afirmou que Ele era da mesma "substância" ou "essência" (isto é, a

    mesma entidade existente) do Pai.

    Concílio de Nicéia

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    Assim, segundo a conclusão desse Concílio, há somente um Deus, não dois;

    a distância  entre Pai e Filho está dentro da unidade divina, e o Filho é Deus no mesmo

    sentido em que o Pai o é. Dizendo que o Filho e o Pai são "de uma substância", e que o Filho

    é "gerado" ("único gerado, ou unigênito", João 1. 14,18; 3. 16,18), mas "não feito", o Credo

    Niceno, estabelece a Divindade do homem da Galiléia, embora essa conclusão não tenha sidounânime. Os bispos que discordaram, foram simplesmente perseguidos e exilados.

    Qualquer semelhança com o que viria a ocorrer depois em nações ditas

    civilizadas não pode ser considerada uma mera coincidência. Com a subida da igreja ao

    poder, discussões doutrinárias passaram a ser tratadas como questões de Estado. E na

    controvérsia ariana, colocava-se um obstáculo grande à realização da idéia de Constantino de

    um Império universal que deveria ser alcançado com a uniformidade da adoração divina!

    Flavius Valerius Constantinus

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     q  qq  q ueueueue é éé é u uu um Concílio?  m Concílio?  m Concílio?  m Concílio?  

    OS CONCÍLIOS ECUMÊNICOS

    Um concílio (também conhecido como sínodo) é uma assembléia de uma

    igreja, geralmente uma igreja cristã, convocada para decidir um ponto de doutrina ou

    administração. Um concílio ecumênico é assim chamado porque é um concílio de toda a

    igreja (ou, mais exatamente, do que aqueles que o convocam consideram ser toda a igreja).

    A Igreja Ortodoxa apenas reconhece como ecumênicos os oito primeiros

    concílios, todos eles

    realizados no Oriente; osconcílios subseqüentes a

    Latrão I são apenas

    considerados ecumênicos

    pela Igreja Católica.

    Enquanto

    a igreja se desenvolvia

    através da história, sedeparou com numerosas e

    difíceis decisões, sempre

    solucionando suas

    dificuldades e tomando suas decisões para chegar a um consenso de opinião entre todos os

    crentes “inspirados por Deus”, dirigidos por seus respectivos cabeças, primeiro os apóstolos e

    logo, seus sucessores, os bispos.

    O primeiro Concílio Eclesiástico da história teve lugar na Igreja Apostólica

    para fixar as condições sob as quais os gentios, ou seja, os convertidos que não eram da fé

     judaica, poderiam pertencer à igreja (Atos 15). Desde aquele tempo, e durante toda a história

    da igreja, os Concílios foram convocados levando-se em conta todos os níveis da vida da

    igreja, para se tomar decisões importantes. Os bispos se reuniam regularmente com seus

    sacerdotes (presbíteros) e com os leigos, estabelecendo-se assim a prática e inclusive a lei,

    desde muito cedo na história da igreja, que os bispos de diferentes regiões deveriam reunir-se

    em concílios regularmente.

    Em várias ocasiões, ao longo da história, foram convocados concílios de

    todos os bispos da igreja. Na prática nem todos os bispos puderam assistir a estes concílios e

    O OO O

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    nem todos os concílios foram automaticamente aceitos e aprovados pela igreja na sua “Santa

    Tradição”. Na Igreja Ortodoxa somente sete Concílios (alguns dos quais foram bastante

    reduzidos quanto ao número de bispos assistentes) receberam aprovação universal de toda a

    igreja. Chamam-se estes, os Sete Concílios Ecumênicos:

    1) 

    - Nicéia, em 325, formulou a primeira parte do Credo (profissão de Fé) e definiu adivindade do Filho de Deus.

    2)  - Constantinopla I, em 381, formulou a segunda parte do Credo (profissão de Fé) e

    definiu a divindade do Espírito Santo, a natureza de Cristo e o arianismo.

    3)  - Éfeso, em 431. Reunião de líderes cristãos que se desenrolou, em cinco sessões, entre

    22 de Junho e 31 de Julho de 431 na cidade de Éfeso. Foi convocado pelo Papa

    Celestino I e teve como resultados a condenação da heresia cristológica e

    mariológica de Nestório e a proclamação da maternidade divina de Maria. Definiu aCristo como o Verbo Encarnado de Deus e a Maria como Mãe de Deus (Theotócos).

    4)  - Calcedônia, em 451, foi um concílio ecumênico realizado entre 8 de Outubro e 1 de

    Novembro de 451 em Calcedônia, uma cidade da Bitínia, na Ásia Menor. Foi o

    quarto dos primeiros sete Concílios da história do cristianismo, onde foi repudiada a

    doutrina de Eutiques do monofisismo e declarando a dualidade humana e divina de

    Jesus, a segunda pessoa da Santíssima Trindade. Foi a seguir a este concílio que

    aconteceu o cisma entre o Catolicismo e a Ortodoxia Oriental e deu origem à Igreja

    Copta. Definiu a Cristo como verdadeiramente Deus e verdadeiramente Homem

    (duas naturezas perfeitas) em uma só Pessoa.

    5)  - Constantinopla II, em 553. As obras de três teólogos nestorianos ou seminestorianos,

    Teodoro de Mopsuéstia, Teodoreto de Ciro e Ibas de Edessa, tinham sido resumidas

    como os "três capítulos" e aprovadas em Calcedônia. Mas os monofisistas1 

    pressionaram o Imperador Justiniano através de sua mulher Teodora, conseguindo

    que ele condenasse os "três capítulos" por um edito em 543. O Papa Virgílio foi

    persuadido, ou intimidado, a confirmar essa condenação, mas a opinião surgida no

    Ocidente o levou a solicitar a convocação de um concílio ecumênico, que se reuniu

    em Constantinopla e condenou os "capítulos". Assim, "o Oriente foi reconciliado à

    custa do Ocidente" (O que prova que houve uma intensa participação do papa nesse

    Concílio). Reafirmou a doutrina sobre a Santíssima Trindade e sobre o Cristo.

    1 [De mon(o)- + -fisi(o)- + -ismo.]S. m.1. Doutrina daqueles que admitiam em Jesus Cristo uma só natureza. Fonte: Dicionário Aurélio Século

    XXI Eletrônico. 

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    6)  - Constantinopla III, em 680 ou 681. “Heresia” surgida na Igreja do Oriente quando a

    teologia cristológica ainda estava mal definida. Opondo-se ao Nestorianismo,

    Eutiques, arquimandrita dum mosteiro de Constantinopla, defendeu que, havendo

    uma só pessoa em Jesus Cristo, também devia haver uma só natureza, admitindo que

    a humana fora absorvida pela divina. A discussão foi turbulenta e a questão só foidefinitivamente resolvida no Concílio de Calcedônia (451), que definiu haver em

    Jesus Cristo duas naturezas, a divina e a humana, subsistindo na única pessoa divina

    do Verbo encarnado. Esta definição não convenceu diversas comunidades, que

    continuaram a aderir algumas até hoje. Tempos depois, o patriarca Sérgio de

    Constantinopla, na boa intenção de congraçar os monofisistas, proclamou que em

    Jesus Cristo, embora havendo duas naturezas, só havia uma vontade, pela

    identificação perfeita da vontade humana com a vontade divina, o que ficouconhecido na história das heresias por Monotelismo. Mais que heresia, tratava-se de

    afirmação equívoca, porquanto da identificação do querer de Jesus com o querer

    divino é compatível com a existência nele de duas vontades ontologicamente

    distintas. A questão ficou esclarecida no III Concílio de Constantinopla (681).

    Afirmou a verdadeira humanidade de Jesus Cristo insistindo na realidade de sua

    vontade e ação humanas.

    7)  - Nicéia II, em 787. Veneração de imagens é tópico de seculares discussões nos meios

    religiosos cristãos. O Segundo Concílio de Nicéia, realizado em 787, declarou a

    legitimidade do que é chamado pelos atuais protestantes e evangélicos como

    veneração de imagens definindo que, segundo o ensino dos padres da igreja e

    segundo a tradição universal da igreja cristã, se podiam propor à veneração dos fiéis,

    conjuntamente com a Cruz, as imagens da Mãe de Deus, dos Anjos e dos Santos,

    tanto nas igrejas como nas casas ou ao longo dos caminhos. Afirmou a veneração

    dos ícones como expressões verdadeiras da fé cristã.

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    As definições dogmáticas (só lembrando que dogma quer dizer

    ensinamento oficial) e as leis canônicas dos Concílios Ecumênicos são inspiradas por Deus

    e expressam sua Vontade para com a humanidade. Assim, são fontes essenciais da

    doutrina cristã ortodoxa.

    Além dos sete Concílios Ecumênicos, houve também outros concílioslocais cujas decisões receberam a aprovação de toda a Igreja Ortodoxa considerando-se assim

    como expressões verdadeiras da fé  e da vida ortodoxa. As decisões desses concílios são

    principalmente de caráter moral e estrutural, no entanto, também revelam o ensinamento da

    Igreja Ortodoxa.

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     Esquema Esquema Esquema Esquema  

    Segundo consta, o Concílio de Nicéia foi aberto formalmente a 20

    de maio, na estrutura central do palácio imperial, ocupando-se com discussões

    preparatórias na questão ariana, em que Ário, com alguns seguidores, em especial Eusébio, de

    Nicomédia; Teógnis, de Nice, e Maris, de Chalcedon, parecem ter sido os principais

    líderes. Como era costume, os bispos orientais estavam em maioria. Na primeira linha

    de influência hierárquica estavam três arcebispos: Alexandre, de Alexandria; Eustáquio, de

    Antioquia e Macário, de Jerusalém, bem como Eusébio, de Nicomédia e Eusébio, de Cesaréia.

    Entre os bispos encontravam-se Stratofilus, bispo de Pitiunt (Bichvinta, reino de Egrisi). O

    ocidente enviou não mais de cinco representantes na proporção relativa das províncias:Marcus, da Calábria (Itália); Cecilian, de Cartago (África); Hosius, de Córdova (Espanha);

    Nicasius, de Dijon (França) e Domnus, de Stridon (Província do Danúbio). “Apenas” 318

    bispos compareceram, o que equivalia a apenas uns 18% de todos os bispos do Império. Dos

    318, poucos eram da parte ocidental do domínio de Constantino, tornando a votação, no

    mínimo, tendenciosa. Assim, tendo os bispos orientais como maioria e a seu favor,

    Constantino aprovaria com facilidade, tudo aquilo que fosse do seu interesse. As sessões

    regulares, no entanto, começaram somente com a chegada do Imperador. Despertaramprofunda emoção as vítimas da última perseguição de cristãos: o bispo Potomano da Heracléia

    (Egito), de quem se atravessou um olho; o bispo Pafúncio da Alta Tebaida, a quem se mutilou

    um joelho; o bispo Paulo de Cesaréia, com as duas mãos paralíticas em conseqüência de ter

    sido torturado com ferros candentes.

    Constantino, muito amigo do luxo e da

    riqueza nos palácios imperiais e igrejas cristãs de seu Império,

    revestiu de análogo esplendor, com profusão de ouro e

    pedraria, a assembléia eclesiástica que se celebrava no corpo

    central do palácio imperial. Era um espetáculo de lenda. O

    Imperador, vestido de púrpura, sobressaía-se sobre todos os

    presentes. No centro havia uma cadeira de ouro, trono no qual

    se sentava ele, a pedido dos bispos. Seu discurso pronunciado

    em latim e traduzido ao grego punha muita ênfase em sua

    condição de "Imperador" vitorioso e expressava sem rodeios a opinião de que a assembléia

    lhe merecia. Importava-lhe a unidade do Estado e da igreja, pois só assim podia levar-se a

    cabo uma política com garantias de êxito no Ocidente e Oriente.

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    Chamava-se a si mesmo "co-servidor dos bispos", e aos bispos "amigos" ou

    "queridos irmãos", o que não impedia, porém, que os dirigisse com a maior energia.

    Constantino sabia apresentar-se com suavidade e bondade e se mostrou humilde quando,

    diante da assembléia reunida, saudou o bispo martirizado que havia perdido um olho e lhe

    beijou a cova deixada pela cicatriz.Escutou com paciência discursos e réplicas. Era a velha cantilena que desde

     jovem tinha ouvido o Imperador: adversidades, transtornos, dificuldades, disputa sobre

    ortodoxia, adulterações de manifestações eclesiásticas e opiniões heréticas.

    Todos os hereges começam acatando a fé, mas logo se separam das normas

    por ela impostas. Assim o tinha proclamado fazia 100 anos Orígenes, o conhecedor científico

    das questões eclesiásticas. Daí que o Imperador ou seus assessores teológicos

    compreendessem claramente o que faltava à igreja: um dogma e uma administração. Só aunidade da fé podia restabelecer a unidade da igreja e, com ela, a do Estado. Isso era o que

    importava em Nicéia, aquilo pelo que lutava o Imperador. O César, entre o paganismo e o

    cristianismo, queria dotar a igreja de uma couraça que a protegesse interior e exteriormente.

    Essa couraça se chamava: unidade dogmática.

    Depois desses discursos e réplicas no parlamento eclesiástico imperial,

    apresentaram-se ao Imperador escritos de súplicas e queixa durante uma pausa ocorrida no

    primeiro dia de deliberações. Constantino prometeu tratar aqueles memorandos em um dos

    próximos dias, embora os tenha devolvido sem abrir os papéis apresentados e disse: " Deus

    lhes pôs como sacerdotes e lhes deu poder para nos julgar

    inclusive. Vós não podeis ser julgados por homens." Em

    seguida fez queimar todos os escritos de queixa. Além

    disso, ordenou a readmissão pela igreja de três ex-bispos

    que tinham sido excomungados.

    Entre os pontos principais do programa

    de Nicéia figurava a “doutrina herética” de Ário, o mais

    perigoso de todos os heréticos, o presbítero de Alexandria,

    no quarto século. Vejamos o que Ário promulgava rapidamente como um adendo. Ele ensinou

    que o Verbo, ou o Filho de Deus, recebeu o começo de sua existência no tempo, apesar de ter

    sido antes de qualquer outra coisa; que Ele foi criado por Deus, apesar de subseqüentemente

    Deus ter criado tudo através Dele; que Ele é chamado de Filho de Deus só porque Ele é o

    mais perfeito de todos os espíritos criados, e tem uma natureza que, sendo diferente da do Pai,

    não é divina.

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    Deixemos em aberto este pensamento de Ário que tanto perturbou o mundo

    Cristão. Esse “distúrbio” tão grande ocorreu em face de ele ter puxado atrás de si muita

    gente... Estaria Ário equivocado em suas colocações? Por que teria causado tanto cuidado

    seus ensinamentos? Para ele agora não importa, o Concílio os hierarcas chefes da igreja

    unanimemente expressaram o antigo ensinamento da ortodoxia e condenaram o “falso”(?)ensinamento de Ário. O Concílio triunfante pronunciou simplesmente anátema2  contra

    aqueles que existiram num tempo em que o Filho de Deus não existiu, contra aqueles que

    afirmaram que Ele foi criado, ou que Ele era diferente

    em essência que a do Deus Pai. O Concílio compôs um

    Símbolo da Fé, que foi confirmado e completado mais

    tarde no Segundo Concílio Ecumênico. A unidade e

    igualdade de honra do Filho de Deus com o Deus Paifoi expressa por esse Concílio no Símbolo da Fé com as

    palavras: " De Uma Essência com o Pai”.

    Com sua tese de que Cristo era um ser

    intermediário entre a divindade e a humanidade, confirmou-se a destituição de Ário e

    a doutrina ariana foi definitivamente condenada.

    Voltemos a Constantino e seu Concílio.

    Em outro dia das deliberações, o Imperador falou com um dos participantes

    que figurava entre os novacianos. Era adepto daquele partido intransigente do clero que há um

    século (e até entrada a Idade Média) dividiu em dois grupos, não somente Roma, mas, sim, ao

    Império. Os novacianos, seguindo o exemplo de seu fundador o presbítero Novaciano expulso

    da sede episcopal de Roma, aspiravam a uma igreja de "puros", eles negavam a absolvição

    dos erros e afirmavam que a igreja não tem poder para dar a paz aos que renegaram a fé na

    perseguição e aos que cometeram algum pecado mortal. Opunham-se à readmissão dos

    apóstatas3. Constantino lamentava que se apartassem da igreja católica. O cismático4  se

    mostrou inacessível respondendo ao Imperador que quem tinha cometido um pecado mortal

    2 [Do gr. anáthema, pelo lat. anathema.]S. m.A. Expulsão do seio da Igreja; excomunhão: B. Maldição, execração, opróbrio. C. Reprovação enérgica. –

    Fonte: Ibdem. 3 [Do gr. apostasía.]S. f.A. Separação ou deserção do corpo constituído (de uma instituição, de um partido, de uma corporação) ao qual

    se pertencia. B. Abandono da fé de uma igreja, especialmente a cristã. C. Abandono do estado religioso ou

    sacerdotal. – Fonte: Ibdem. 4 [Do gr. schismatikós, pelo lat. tard. schismaticu.]Adj. S. m. Rel.A. Que ou aquele que se separou da comunhão duma igreja. – Fonte: Ibdem. 

    Árius

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    depois de batizado, já não podia ser admitido aos sagrados mistérios, mas, sim, tinha que

    esperar o perdão de Deus, pois os sacerdotes não lhe podiam dar. Então respondeu

    ironicamente o Imperador: " Bom, pois toma a escada e sobe você sozinho ao céu."

    Após Constantino ter explicitamente ordenado o curso das negociações, ele

    confiou o controle dos procedimentos a uma comissão designada por ele mesmo, consistindoprovavelmente nos participantes mais proeminentes desse corpo.

    O Imperador manipulou, pressionou e ameaçou os partícipes do Concílio

    para garantir que votariam no que ele acreditava, e não em algum consenso a que os bispos

    chegassem. Dois dos bispos que votaram a favor de Ário foram exilados e seus escritos foram

    destruídos (algo bem contemporâneo, não?). Constantino decretou que qualquer um que fosse

    apanhado com documentos arianistas estaria sujeito à pena de morte. Essa era a piedade que

    ele pregava em prol de um “bem maior”.Mas a decisão da Assembléia não foi unânime, e a influência do Imperador

    era claramente evidente quando diversos bispos do Egito foram expulsos devido à sua

    oposição ao credo. Na realidade, as decisões de Nicéia foram fruto de uma minoria. Foram

    mal entendidas e até rejeitadas por muitos que não eram partidários de Ário.

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     stratégia  stratégia  stratégia  stratégia

    O vencedor em Roma queria dar a paz; por isso suas primeiras

    medidas foram cautelosas e conciliadoras. Basta de mártires! Não devia havê-losem nenhum grupo. Constantino proibiu a crucificação, a estigmatização na testa e a mutilação

    de membros. Proclamou: "Que ninguém incomode a outros; que cada qual se comporte como

    seu coração lhe diga. Ninguém pode ferir a outro, quaisquer que sejam suas convicções...".

    Constantino decorou seus estandartes imperiais com o emblema cristão.

    Entretanto, na casa da moeda de Tarragona se cunharam

    moedas com a imagem do deus da luz acompanhado da

    Vitória. Como monumento de triunfo mandou erigir umaestátua no Foro levando na mão direita levantada uma

    cruz. Um ano depois da ocupação de Roma, o Imperador

    promulgou o Decreto de Melam, que amparava aos

    cristãos e lhes concedia igualdade de direitos.

    No Arco de Constantino, que o Senado

    mandou erigir, incluíram-se estatuetas do deus solar e da

    Vitória. Era uma artimanha do Senado, de tendência pagã

    ou o desejava o Imperador, a fim de dar a seu governo uma

    nota de imparcialidade?

    Em fins de outubro de 313, os clérigos da

    igreja católica gozavam dos mesmos privilégios que os anteriores sacerdotes oficiais; isenção

    de prestação de serviços públicos e impostos, reconhecimento dos tribunais arbitrais

    episcopais e direito da igreja a receber heranças. Os santuários cristãos estavam dotados do

    direito de asilo, igual aos templos dos antigos deuses.

    Os privilégios concedidos pelo Imperador aos cristãos requeriam uma

    contrapartida político-militar; a este efeito, a grande reunião eclesiástica celebrada em Arles

    no ano 314, sob a direção de Constantino, emitiu um documento sobre a negativa de prestar o

    serviço militar. Nele se diz: "Os que em tempo de paz abandonem as armas, serão excluídos

    da comunhão." Seria o princípio do que se tornaria conhecido por excomunhão! Para os

    cristãos dos primeiros séculos, assim como para os bispos e pais da igreja, os crentes não

    podiam ser arrolados para o serviço militar, e até lhes estava proibido assistir como

    espectadores às lutas de gladiadores.

    EEEE

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    Em Arles, adotou-se outro critério. Agora, sob o reinado de Constantino, a

    igreja consentia em que os cristãos levassem espada, e até negava o sacramento do altar aos

    que seguiam o exemplo dos antigos soldados mártires. Os que caíram da fé pareciam

    esquecidos; os soldados mártires, sacrificados.

    Ao cabo de cinco anos de tercomeçado o governo de Constantino em Roma, Itália

    e África, todos os estandartes do exército romano

    ostentavam o anagrama de Cristo, com estas

    palavras: " In hoc signo vinces" (Neste sinal,

    vencerás!). Oito anos depois da conquista de Roma

    se gravou como símbolo imperial nas lanças a cruz

    de Cristo, que um dia havia aparecido ao Imperadore a seus soldados. A iconografia começava sua

     jornada para o futuro da fé nos arquétipos religiosos

    encomendados.

    Constantino organizou o primeiro serviço litúrgico cristão no exército. Aos

    domingos, os soldados iam ao campo de exercícios. A um sinal, cristãos e não cristãos

    rezavam em latim com as mãos levantadas. E o olhar fixo no alto. Observe, Deus já não

    habita dentro, mas sim fora, no “alto”. Diz-se que o próprio Imperador tinha redigido a

    oração, que dizia assim: "Só te reconhecemos como rei; imploramos-te como protetor; de ti

    obtivemos as vitórias, por ti nos impusemos aos inimigos. Estamos agradecidos pelo bem que

    nos tens feito, e esperamos poder dizer-te obrigado pelo que nos faças no futuro. A ti nos

    dirigimos, implorando: Conserva nosso Imperador Constantino e a seus filhos, queridos de

     Deus, uma vida longa e vitoriosa."

    Em março de 321, o Imperador promulgou uma lei que restringia o trabalho

    nos domingos; - bendito feriado mundial e alguém poderia até pensar que no sétimo dia Deus

    descansou! - quatro séculos depois, aquela proibição fez-se extensiva a todo trabalho no

    domingo. Constantino insistia em celebrar como dia de descanso "o venerável dia do sol". A

    importância do domingo aumentou embora, no século II, tenha aparecido o costume de

    celebrar a quarta-feira como dia em que o Alto Conselho tinha ordenado a detenção de Jesus,

    e na sexta-feira por ser o dia de seu Suplício. Os dois últimos dias eram de penitência,

    enquanto que no domingo era uma festa alegre. Próprio do "dia do Senhor" era o "Ágape do

    Senhor". O Imperador Constantino permitiu que no domingo se emancipassem escravos e que

    as autoridades lavrassem as atas daquelas emancipações.

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    Paz Dogmática Paz Dogmática Paz Dogmática Paz Dogmática  

    Na luta, que começou ao ano 323, contra seu cunhado, o Imperador

    Licínio, soberano da metade oriental do Império,

    Constantino enviou suas tropas à batalha com o

    emblema cristão. Obtiveram a vitória, e

    Constantino passou à história como general

    invicto. Após reinou no Ocidente e Oriente sob o

    "lábaro", ou estandarte imperial, de cor púrpura

    com as iniciais gregas do nome de Cristo

    bordadas em ouro. Desde 326 a 330, o Imperador

    fez cunhar a primeira moeda com o símbolo

    cristão, embora Roma tenha posto em circulação,

    ao mesmo tempo, moedas com as imagens da loba

    de Rômulo e Remo. Constantino, apesar de

    favorecer aos cristãos, apreciava deste modo os cultos antigos e

    manifestava sua simpatia pelos antigos deuses. Era um político religioso de grande estilo.

    "Considero que a cisão interna da igreja é mais perigosa que as guerras e batalhas", advertiuConstantino ao ver as discórdias entre os cristãos. Estes não deixavam de disputar, quer fosse

    na África, no Egito, Síria ou países vizinhos; até a igreja do Oriente se dividiu. Aquilo podia

    ser uma faísca perigosa para o Império romano. Então, o Imperador interveio com decisão e

    energia na política eclesiástica. Sabia o que fazia falta: paz!

    Em 313 d.C., com o grande avanço da "Religião do Carpinteiro", o

    Imperador Constantino Magno enfrentava problemas com o povo romano e necessitava de

    uma nova religião para controlar as massas.Aproveitando-se da grande difusão

    do Cristianismo, apoderou-se dessa religião e

    modificou-a, conforme seus interesses. Quando

    Roma tornou-se o famoso Império mundial,

    assimilou no seu sistema os deuses e as religiões

    dos vários países pagãos que dominava.

    Certamente, a Babilônia era a fonte do paganismo desses países,o que nos leva a constatar que a religião primitiva da Roma pagã não era outra senão o

     In hoc signo vinces 

    Jardins Suspensos Babilônia

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    culto babilônico. No decorrer dos anos, os líderes da época começaram a atribuir a si mesmos,

    o poder de "senhores do povo" de Deus, no lugar da Mensagem deixada por Cristo. Na época

    da igreja Primitiva, os verdadeiros Cristãos eram jogados aos leões. Bastava se recusar a

    seguir os falsos ensinamentos e o castigo vinha a galope. O paganismo babilônico imperava a

    custa de vidas humanas. No ano 323 d.C, o Imperador Constantino professou conversão aoCristianismo. As ordens imperiais foram espalhadas por todo o Império: As perseguições

    deveriam cessar!

    Nesta época, a igreja começou a receber grandes honrarias e poderes

    mundanos. Ao invés de ser separada do mundo, ela passou a ser parte ativa do sistema

    político que governava. Daí em diante, as misturas do paganismo com o Cristianismo foram

    crescendo, principalmente em Roma, dando origem ao Catolicismo Romano. O Concílio de

    Nicéia, na Ásia Menor, presidido por Constantino era composto pelos bispos que eramnomeados pelo Imperador e por outros que eram nomeados por líderes religiosos das diversas

    comunidades. Tal Concílio consagrou oficialmente a designação "Católica" aplicada à

    igreja organizada por Constantino, dando origem a uma das orações mais famosas entre os

    cristãos católicos: "Creio na igreja una, santa, católica e apostólica". Poderíamos até mesmo

    dizer que Constantino foi seu primeiro Papa. Como se vê claramente, a igreja Católica não foi

    fundada por Pedro e está longe de ser a igreja primitiva dos Apóstolos...

    O que os bispos de Nicéia sentiam e necessitavam, formulou-o o Imperador

    que convocou e presidiu o concílio ecumênico. Já não era o momento de sustentar lutas

    pessoais ou de grupo entre bispos e escolas teológicas que se insultavam e proscreviam

    mutuamente. A questão não era dirimir a

    luta, mas, sim, encontrar a unidade. O que

    importava era a concórdia, não a discórdia;

    importava a ordem da igreja. De acordo

    com o bispo Ósio de Córdoba, desde muito

    tempo atrás íntimo do Imperador e

    supostamente pai da idéia de celebrar

    aquele concílio, Constantino impôs que o

    dogma falasse da igualdade de essência divina do Filho com o Pai. Como

    dizia o texto: "Filho de Deus, nascido do Pai, filho unigênito, ou seja, gerado, não criado, da

    essência do Pai; Deus de Deus, luz de luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro,

    consubstancial ao Pai, por quem foram feitas todas as coisas."

    Este dogma de Nicéia sobre a divindade de Cristo procede de Constantino, a

    quem parece que encontrou a expressão "consubstancial", que foi aceita por unanimidade na

    Concílio de Nicéia

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    sessão de 19 de junho de 325. O dogma da igreja se publicou como lei do Império. O concílio

    ecumênico imperial se perpetuou como instituição permanente, durante mais de cinco séculos.

    Como encerramento do primeiro concílio ecumênico, Constantino deu um

    banquete oficial em Nicéia. Desdobramento de pompa e desfiles militares. Todo bispo

    recebeu um presente de despedida. Nos salões, nas varandas, em portas e portais, haviaguardas de honra. O Imperador escreveu a Alexandria: "O que acordaram os 300 bispos, não

    é nada mais que a opinião de Deus."(!)

    É de estranhar que se baseando nessa aliança, Constantino se chamasse às

    vezes o " Homem de Deus"? Havendo lhe visitado um grupo de padres, recebeu-os com estas

    palavras: "Vós fostes designados Por Deus para o que diz respeito às coisas internas da

    igreja, e eu como uma espécie de bispo para os assuntos exteriores." Daí que o governante

    assumisse a missão temporal do cristianismo. Graças a ele, abriu-se à igreja o Império doOriente até Bizâncio: cristianização dos Bálcãs, dos godos e dos eslavos.

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     Lenda Lenda Lenda Lenda

    Nas proximidades do Natal do ano de 312, o Imperador romano

    Constantino o Grande, enfrentou Maxêncio, um seu rival ao trono de Roma. Nas

    vésperas das duas batalhas que travou então ele jurou ter escutado vozes divinas bem como

    assegurou ter visto claramente signos no céu que lhe davam o ganho da causa. Esses

    acontecimentos tiveram notável efeito na história da fé do mundo ocidental visto que a vitória

    de Constantino na ponte Milvio, que cruzava o rio Tibre, acelerou a conversão dos romanos à

    religião de Jesus Cristo.

    Segundo Eusébio de Cesaréia, o primeiro historiador da igreja cristã,

    falecido em 341, foi o próprio ImperadorConstantino o Grande, quem lhe confessou ter

    tido as duas visões que o convenceram de que

    Cristo o escolhera para missões extraordinárias.

    A primeira delas deu-se nas vésperas da batalha

    Saxa Rubia, quando ele teria visto no céu, em

    meio às nuvens, a poderosa imagem da cruz e

    uma voz que lhe dissera: “ Meus Pace est cumVos . . .In Hoc Signo Vinces”, “Minha paz está

    contigo... Com este signo vencerás”. E de fato,

    assim se deu. Apesar de inferiorizado, Constantino bateu fácil o então seu rival chamado

    Maxêncio. Não havia, entretanto, vencido a guerra. Dias depois, em 28 de outubro de 312, um

    pouco antes de ter que atravessar a Ponte Milvio sobre o rio Tibre, travando uma outra batalha

    para poder chegar ao centro de Roma, novamente ouviu uma voz. Desta vez ela ordenara-lhe

    que removesse a águia imperial dos escudos romanos, colocando um outro símbolo no seu

    lugar. De imediato Constantino providenciou a alteração, afixando neles as letras  Χ   χ  Khi =

    ki, qui k , pronunciado aspirado kh, em grego, que tinha forma de um xis e  Ρ   ρ Rho = rô r , que

    vinham a ser as iniciais gregas de Cristo, logo encimadas pela coroa de espinhos. Os inimigos

    foram esmagados nas estreituras da ponte, e o próprio Maxêncio pereceu afogado no Tibre.

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    Constantino não

    teve visão alguma! Tais lendas teriam

    então sido inventadas pelos patriarcas

    romanos dos três séculos que se

    seguiram, durante os quais todos osdocumentos dos primórdios da assim

    chamada "era Cristã" existentes nos

    arquivos do Império Romano, foram

    completamente alterados. O que

    realmente aconteceu na época de

    Constantino, foi que, aliados os

    presbíteros de Roma e Alexandria,com a cumplicidade dos patriarcas das igrejas locais, dirigiram-se ao Imperador, fizeram-lhe

    ver que a religião oficial era seguida apenas por uma minoria de patrícios, que a quase

    totalidade da população do Império era cristã (pertencendo às várias seitas e congregações das

    províncias); que o Império se estava desintegrando devido a discrepância entre a fé do povo e

    a dos patrícios; que as investidas constantes de seitas guerreiras essênias da Palestina

    incitavam as províncias contra a autoridade de Roma; e que, resumindo, a única forma de

    Constantino conservar o Império seria aceitar a versão Romano-Alexandrina do Cristianismo.

    Então, os bispos aconselhariam o povo a cooperar com ele; em troca, Constantino ajudaria os

    bispos a destruírem a influência de todas as outras seitas cristãs! Constantino aceitou este

    pacto político, tornando a versão Romano-Alexandrina do Cristianismo na religião oficial do

    Império.

    Conseqüentemente, a liderança religiosa passou às mãos dos patriarcas

    Romano-Alexandrinos, que, auxiliados pelo exército do Imperador, começaram uma

    "purgação" bem nos moldes daquelas da Rússia moderna. Os cabeças das seitas cristãs

    independentes foram aprisionados; seus templos, interditados; e congregações inteiras foram

    sacrificadas nas arenas das províncias de Roma e Alexandria. Os gnósticos gregos, herdeiros

    dos Mistérios de Elêusis, foram acusados de práticas infames por padres castrados como

    Orígenes e Irineu (a castração era um método singular de preservar a castidade, derivado do

    culto de Átis, do qual se originou a psicologia Romano-Alexandrina). Os essênios foram

    condenados através do hábil truque de fazer dos judeus os vilões do Mistério da Paixão; e

    com a derrota e dispersão finais dos judeus pelos quatro cantos do Império, a igreja Romano-

    Alexandrina respirou desafogada e pode dedicar-se completamente ao que tem sido sua

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    especialidade desde então: manipular seus implantes mentais na humanidade de acordo com

    suas idéias e intenções.

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    íntese íntese íntese íntese

    Em resumo: Por influência dos imperadores Constantino e

    Teodósio, - que no ano de 380 proclamou oficialmente o Cristianismo como a

    única “Religião de Estado”, mas que ainda foi necessário

    esperar mais 12 anos para que todos os outros cultos fossem

    definitivamente proibidos. - o Cristianismo tornou-se a religião

    oficial do Império Romano e entrou no desvio.

    Institucionalizou-se; surgiu o profissionalismo religioso;

    práticas exteriores do paganismo foram assimiladas; criaram-se

    ritos e rezas, ofícios e oficiantes. Toda uma estrutura teológicafoi montada para atender às pretensões absolutistas da casta

    sacerdotal dominante, que se impunha aos fiéis com

    a draconiana afirmação: "Fora da igreja não há salvação".

    Além disso, Constantino queria um Império unido e forte, sem dissensões. Para

    manter o seu domínio sobre os homens e estabelecer a ditadura religiosa, as autoridades

    eclesiásticas romanas deviam manter a ignorância sobre as filosofias e escrituras. A mesma

    bíblia devia ser diferente. Devia exaltar Deus e os Patriarcas mas, também, um Deus forte,para se opor ao próprio Jeová dos Hebreus, ao Buda, aos poderosos deuses do Olimpo. Era

    necessário trazer a Divindade Arcaica Oriental, misturada às fábulas com as antigas histórias

    de Moisés, Elias, Isaías, etc., onde colocaram Jesus, não mais como Messias ou Cristo, mas,

    maliciosamente, colocou Jesus parafraseado de divindade no lugar de Jezeu Cristna5, a

    segunda pessoa da trindade arcaica do Hinduísmo. Nesse quadro de ambições e privilégios,

    não havia lugar para uma doutrina que exalta a responsabilidade individual e ensina que o

    nosso futuro está condicionado  ao empenho da renovação interior e não à simples adesão

    e submissão incondicional aos dogmas de uma igreja, os quais, para uma

    perfeita assimilação, eram necessários admitir a quintessência da teologia: "Credo quia

    absurdum", ou seja, " Acredito mesmo que seja absurdo"(!), criada por Tertuliano (155-220),

    apologista Cristão.

    5 Jezeu Cristna é o segundo de uma divindade tríplice (um deus que é composto por três divindades) da Índia. –Fonte: http://www.litaurica.com/site/litaurica/curiosidades.php - Em 26-09-2008. 

    S S 

    Teodósio

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    Disso tudo deveria nascer uma religião forte que servisse ao Império

    Romano. Veio ainda a serem criados os simbolismos da Sagrada Família e de todos os Santos,

    mas as verdades do real cânone do Novo Testamento e parte das Sagradas Escrituras deviam

    ser suprimidas ou ocultadas, inclusive as obras de Sócrates e outras Filosofias contrárias aos

    interesses da igreja que nascia. Esta lógica foi adotada pelas forças clericais mancomunadas

    com a política romana, que precisava desta religião, forte o bastante, para impor-se aos povos

    conquistados e reprimidos por Roma, para assegurar-se nas regiões invadidas, onde dominava

    as terras, mas não o espírito dos povos ocupados. Em troca, o Cristianismo ganhava a

    Universalidade, pois queria se tornar " A Religião Imperial Católica Apostólica Romana", que

    vinha a ser sustentada pela força, ao mesmo tempo em que simulava a graça divina,

    recomendando o arrependimento e perdão, mas que na prática derrotava seus inimigos a

    golpes de espada. Então não era da tolerância pregada pelo Cristianismo que Constantino

    precisava, mas de uma religião autoritária, rígida, sem evasivas, de longo alcance, com raízes

    profundas no passado e uma promessa inflexível no futuro, estabelecida mediante poderes,

    leis e costumes terrenos. Para isso, Constantino devia adaptar a “Religião do Galileu”, dando-

    lhes origens divinas e assim impressionaria mais o povo o qual sabendo que Jesus erareconhecido como o próprio Deus na nova religião que nascia, haveria facilidade de impor a

    sua estrutura hierárquica, seu regime monárquico imperial, e assim os seus poderes ganhariam

    amplos limites, quase inatingíveis.

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    Quando Constantino morreu, em 337, foi batizado e enterrado

    na consideração de que ele se tornara um décimo terceiro Apóstolo, e na

    iconografia eclesiástica veio a ser representado recebendo a coroa das mãos de Deus.

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    istaistaistaista d  dd  de H e H e H e Heresias eresias eresias eresias

    Estamos nos aproximando de uma

    conclusão. Sabemos que tanta

    informação contínua massacra nossa mente

    acostumada a ter quase tudo pronto sem

    pesquisar: é só engolir! Mas é imprescindível

    que se tenha mais paciência e sigamos as

    investigações...

    Para abordamos o próximo tópico, urge que

    saibamos um pouco mais sobre “heresias”.São consideradas aquelas doutrinas e práticas

    contrárias à bíblia. Elas são também chamadas

    de "tradições humanas" ou "doutrinas dos

    homens". Doutrina contrária ao que foi

    definida pela igreja em matéria de fé. Ato ou

    palavra ofensiva à religião. Idéia ou teoria contrária a qualquer doutrina estabelecida.

    Aí está. Para que possamos ter uma idéia (mesmo que superficial) listaremosagora as heresias mais célebres da história, vindas logo após Jesus.

    É bom recordar que estas datas são, em muitos casos, aproximadas. Muitas

    destas heresias ocorreram há anos antes da igreja, mas, somente quando foram adotadas por

    um conselho da igreja, e proclamadas pelo papa como dogma de fé, elas foram incorporadas 

    aos Católicos (que tal: implantadas?).

    L LL L

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    Uma doutrina para ser verdadeira, tem que estar de acordo com a palavra de

    Deus. "À lei e ao Testemunho; Se eles não falarem segundo esta palavra, é porque não há luz

    neles." (Isaías 8:20).

    Com a Reforma do Século XVI, estas heresias foram repudiadas por não

    fazer parte da Religião de Jesus, conforme ensina o Velho Testamento.

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    HERESIAS d.C. 

    1. De todas as tradições humanas ensinadas e praticadas pela Igreja Católica

    Romana, as mais antigas são as preces para os mortos e o sinal da Cruz.Ambas surgiram 300 anos após Cristo.

    310

    2. As Velas de parafina foram introduzidas na igreja cerca do ano: 300

    3. A Veneração aos anjos e santos mortos cerca do ano: 375

    4. A Missa, como uma celebração diária, adotada em: 394

    5. A Adoração a Maria, mãe de Jesus, e o uso do termo, "Mãe de Deus", como

    aplicado a ela, teve origem no conselho de Efésios em:431

    6. Os padres passaram a se vestir diferentemente dos leigos em: 500

    7. A doutrina do Purgatório foi estabelecida primeiro, por Gregório o Grande, a

    cerca do ano de:593

    8. O Latim, como língua das orações e dos cultos nas igrejas, foi também

    imposto pelo Papa Gregório I. 600 anos após Cristo.600

    9. Orações dirigidas a Maria. Esta prática começou na Igreja Romana cerca

    de:600

    10. O Papado é de origem pagã. O título papa ou bispo universal, foi dado aobispo de Roma, pelo cruel imperador Phocas, primeiramente no ano de:

    Ele deu este nome a ele com o objetivo de causar um descontentamento ao bispo

    Ciriacus de Constantinopla, quem justamente o excomungou por ter causado a

    morte de seu antecessor, imperador Mauritus. Gregório I, o então bispo de

    Roma, recusou o título, mas seu sucessor, Bonifácio III, foi o primeiro a assumir

    o título de "papa."

    610

    11. O ato de beijar os pés do Papa começou em: 709

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    Era um costume pagão beijar os pés de imperadores.

    12. O poder Temporal dos Papas começou em:

    Quando Pepin, o usurpador do trono da França, dirigiu-se a Itália, convocado

    pelo Papa Stephen II, para a guerra contra os Longobards Italianos, ele osdizimou, e deu a cidade de Roma e suas vizinhanças ao papa.

    750

    13. Veneração da cruz, de imagens e relíquias foi autorizada em:

    Isto foi por ordem da Imperatriz Irene de Constantinopla, quem causou a

    extirpação dos olhos de seu próprio filho, Constantino VI, e então chamou um

    conselho da igreja, por solicitação do papa de Roma Hadrian I, naquele tempo.

    788

    14. A gua Benta, misturada com uma pitada de sal e abençoada pelo padre, foi

    autorizada em:850

    15. A Veneração a São José começou em: 890

    16. O Batismo dos sinos foi instituído pelo papa João XIV, no ano de: 965

    17. A Canonização dos santos mortos foi feita pelo Papa João XV no ano: 995

    18. Jejuar as sextas-feiras e durante as Quaresmas, foram tradições impostas

    no ano de:

    Pelos papas, que se disseram interessados pelo comércio de peixe. (bula papal,

    ou permitir que se coma carne). Algumas autoridades dizem, que começou no

    ano de 700.

    998

    19. A Missa foi desenvolvida gradualmente como um sacrifício; passou a ser

    obrigatória no Século XI.

    20. O celibato do sacerdócio foi decretado pelo Papa Hildebrand, Bonifácio VII,

    no ano de:1079

    21. O Rosário, ou o terço de oração, foi introduzido pelo Pedro o Eremita, no

    ano de 1090. Copiado dos Hindus e Muçulmanos:1090

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    33

    22. A Inquisição dos hereges foi instituída pelo Conselho de Verona, no ano de

    1184.1184

    23. A venda de Indulgências, usualmente considerada como a compra do

    perdão que permite indultar o pecado, começou no ano de:Foi o protesto contra essa prática que trouxe a tona a Reforma Protestante no

    Século XVI.

    1190

    24. O Dogma da Transubstanciação foi decretado pelo Papa Inocêncio III, no

    ano:

    Através desta doutrina, o padre pretende fazer um milagre diário, de transformar

    uma hóstia no próprio corpo de Cristo.

    1215

    25. A Confissão dos pecados ao padre, uma vez ao ano, foi instituída pelo

    Papa Inocêncio III, no Conselho de Lateran, no ano de:

    O Evangelho orienta que confessemos nossos pecados diretamente a Deus. (Leia

    Salmos 51: -10; Lucas 7:48; 15:21; I João 1:8-9).

    1215

    26. A adoração à Hóstia, foi decretada pelo Papa Honório, no ano de: 1220

    27. A proibição da bíblia aos leigos, e a sua inclusão na lista de livros proibidos

    pelo conselho de Valência em:1287

    28. O Escapulário foi inventado por Simon Stock, um monge inglês, no ano de:

    Trata-se de uma tira de tecido marrom, com o desenho da Virgem, para proteger

    de todos os perigos, aqueles que as vestirem sobre a pele nua.

    1287

    29. A Igreja Romana proibiu o cálice aos fiéis, pela instituição de um tipo só no

    Conselho de Constância em:1414

    30. A Doutrina do Purgatório foi proclamada como dogma de fé, pelo

    Conselho de Florença em:1439

    31. A doutrina dos 7 Sacramentos foi afirmada em: 1439

    32. A Ave Maria, parte da última metade do ano: 1508

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    34

    Cinqüenta anos depois, e então, foi finalmente aprovado pelo Papa Sixtus V, ao

    final do Século XVI.

    33. O Concílio de Trento, ocorrido no ano de 1545, declarou que a Tradição 

    tivesse autoridade igual à bíblia em:1545

    34. Livros apócrifos também foram incluídos à bíblia pelo Conselho de Trento,

    em:1546

    35. O Credo do Papa Pius IV, foi imposto como credo oficial 1560 anos após

    Cristo e os Apóstolos, em:1560

    36. A Concepção Imaculada da Virgem Maria foi proclamada pelo Papa Pius

    IX no ano de:1854

    37. No ano 1870 após Cristo, o Papa Pius IX proclamou o dogma da

    “Infalibilidade” Papal:1870

    38. O Papa Piu X, no ano de 1907, condenou junto com o "Modernismo", todasas descobertas da ciência moderna, as quais não eram aprovadas pelas Igreja:

    Pius IX fez a mesma coisa no Sílabo (lista de erros que o Papa condenou) de

    1864.

    1907

    39. No ano de 1930, Pius XI condenou as Escolas Públicas: 1930

    40. No ano de 1931, o mesmo Papa, Pius XI, reafirmou a doutrina a qual Maria

    era "a Mãe de Deus":

    Esta doutrina foi primeiramente concebida pelo o Conselho de Efésios, no ano

    de 431.

    1931

    41. No ano de 1950, o último dogma foi proclamado pelo Papa Pius XII, a

    Assunção da Virgem Maria:1950

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    Deixamos este maravilhoso pedaço da história aqui para que o leitor possa

    refletir (e refletir bem).

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    rigem da Bíblia rigem da Bíblia rigem da Bíblia rigem da Bíblia

    OS ORIGINAIS

    Grego, hebraico e aramaico foram os idiomas utilizados para

    escrever os originais das Escrituras Sagradas.

    O Antigo Testamento foi escrito em hebraico. Apenas alguns poucos textos

    foram escritos em aramaico.

    O Novo Testamento foi escrito

    originalmente em grego, que era a língua mais

    utilizada na época. Os originais da bíblia são a

    base para a elaboração de uma tradução“confiável” das Escrituras. Porém, não existe

    nenhuma versão original  de manuscrito da

    bíblia, mas sim cópias de cópias de cópias.

    Todos os autógrafos, isto é, os livros originais,

    como foram escritos pelos seus autores, se

    perderam. As edições do Antigo Testamento

    hebraico e do Novo Testamento grego sebaseiam nas melhores e mais antigas cópias que existem e que foram encontradas graças às

    descobertas arqueológicas.

    Para a tradução do Antigo Testamento, a Comissão de Tradução da

    Sociedade Bíblica do Brasil (SBB) – protestante, por sinal - usa a bíblia Stuttgartensia,

    publicada pela Sociedade Bíblica Alemã. Já para o Novo Testamento é utilizado The Greek

     New Testament , editado pelas Sociedades Bíblicas Unidas. Essas são consideradas as

    melhores edições dos textos hebraicos e gregos que existem hoje, disponíveis para tradutores.

    Muito embora as sigam a seguinte trajetória: hebraico, grego, francês, latim e depois para os

    demais idiomas. Implica em recordar que Maria Madalena e Paulo de Tarso romperam com

    Pedro exatamente por que divergiram sobre a universalidade da igreja e não sua centralização

    consoante Pedro (o Apóstolo) queria, restando evangelhos diferentes.

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    O ANTIGO TESTAMENTO EM HEBRAICO

    Muitos séculos antes de Cristo, escribas,

    sacerdotes, profetas, reis e poetas do povo hebreu

    mantiveram registros de sua história e de seurelacionamento com Deus. Estes registros tinham grande

    significado e importância em suas vidas e, por isso, foram

    copiados muitas e muitas vezes e passados de geração em

    geração.

    Com o passar do tempo, esses relatos sagrados foram reunidos em coleções

    conhecidas por A Lei, Os Profetas e As Escrituras. Esses três grandes conjuntos de livros, em

    especial o terceiro, não foram finalizados antes do Concílio Judaico de Jamnia, que ocorreupor volta de 95 d.C. A Lei continha os primeiros cinco livros da nossa bíblia. Já Os Profetas,

    incluíam Isaías, Jeremias, Ezequiel, os Doze Profetas Menores, Josué, Juízes, 1 e 2 Samuel e

    1 e 2 Reis. E As Escrituras reuniam o grande livro de poesia, os Salmos, além de Provérbios,

    Jó, Ester, Cantares de Salomão, Rute, Lamentações, Eclesiastes, Daniel, Esdras, Neemias e 1

    e 2 Crônicas.

    Os livros do Antigo Testamento foram escritos em longos pergaminhos

    confeccionados em pele de cabra e copiados cuidadosamente pelos escribas. Geralmente,

    cada um desses livros era escrito em um pergaminho separado, embora A Lei

    freqüentemente fosse copiada em dois grandes pergaminhos. O texto era escrito em hebraico -

    da direita para a esquerda - e, apenas alguns capítulos, em dialeto aramaico. Hoje  se tem

    conhecimento de que o pergaminho de Isaías é o mais remoto trecho do Antigo Testamento

    em hebraico. Estima-se que foi escrito durante o Século II a.C. e se assemelha muito ao

    pergaminho utilizado por Jesus na Sinagoga, em Nazaré. Foi descoberto em 1947, juntamente

    com outros documentos em uma caverna próxima ao Mar Morto. Observa-se que o hebraico

    era escrito da direita para esquerda, sem espaços, pois o papel naquela época era objeto

    raríssimo e caro, implicava isto numa árdua tarefa e uma capacidade total de isenção de

    opinião, a qual, infelizmente, esbarrava numa questão complexa: como traduzir determinadas

    palavras e intenções que o autor primordial precisava (e queria) passar adiante sem encontrar

    palavras nativas que se moldassem melhor ao ideário do autor? E as opiniões pessoais? Será

    que ninguém, em nenhum momento “interpretou” de uma “melhor maneira” os escritos

    antigos para o bem da humanidade?

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    O NOVO TESTAMENTO EM GREGO

    Os primeiros manuscritos do

    Novo Testamento que chegaram até nós são

    algumas das cartas do Apóstolo Paulo destinadas apequenos grupos de pessoas de diversos povoados

    que acreditavam no Evangelho por ele pregado. A

    formação desses grupos marca o início da igreja cristã. As cartas de Paulo eram recebidas e

    preservadas com todo o cuidado. Não tardou para que esses manuscritos fossem solicitados

    por outras pessoas. Dessa forma, começaram a ser largamente copiados e as cartas de Paulo

    passaram a ter grande circulação.

    A necessidade de ensinar novos convertidos e o desejo de relatar otestemunho dos primeiros discípulos em relação à vida e aos ensinamentos de Cristo

    resultaram na escrita dos Evangelhos que, na medida em que as igrejas cresciam e se

    espalhavam, passaram a ser muito solicitados. Outras cartas, exortações, sermões e

    manuscritos cristãos similares também começaram a circular.

    O mais antigo fragmento do Novo Testamento hoje conhecido é um

    pequeno pedaço de papiro escrito no início do Século II d.C. Nele estão contidas algumas

    palavras de João 18.31-33, além de outras referentes aos versículos 37 e 38. Nos últimos cem

    anos descobriu-se uma quantidade considerável de papiros contendo o Novo Testamento e o

    texto em grego do Antigo Testamento. Bem, se ainda se descobrem escritos da bíblia, como

    pode ela ser definitiva?

    OUTROS MANUSCRITOS

    Além dos livros que compõem o nosso atual

    Novo Testamento, havia outros que circularam nos primeiros

    séculos da era cristã, como as Cartas de Clemente, o

    Evangelho de Pedro, o Pastor de Hermas, e o Didache (ou

    Ensinamento dos Doze Apóstolos). Durante muitos anos,

    embora os evangelhos e as cartas de Paulo fossem aceitos de

    forma geral, não foi feita nenhuma tentativa de determinar

    quais dos muitos manuscritos eram realmente autorizados.

    Entretanto, gradualmente, o julgamento das igrejas, orientado

    pelo “Espírito de Deus”, reuniu a coleção das Escrituras que

    Evangelho de Judas

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    constituíam um relato mais fiel sobre a vida e ensinamentos de Jesus. No Século IV d.C. foi

    estabelecido entre os concílios das igrejas um acordo comum  e o Novo Testamento foi

    constituído. Os dois manuscritos mais antigos da bíblia em grego podem ter sido escritos

    naquela ocasião - o grande Codex Sinaiticus  e o Codex Vaticanus. Estes dois inestimáveis

    manuscritos contêm quase a totalidade da bíblia em grego. Ao todo temos aproximadamentevinte manuscritos do Novo Testamento escritos nos primeiros cinco séculos.

    Quando Teodósio proclamou e impôs o cristianismo como única religião

    oficial no Império Romano no final do Século IV, surgiu uma demanda nova e mais ampla

    por boas cópias de livros do Novo Testamento. É possível que o grande historiador Eusébio

    de Cesaréia (263 - 340) tenha conseguido demonstrar ao imperador o quanto os livros dos

    cristãos já estavam danificados e usados, porque o imperador encomendou 50 cópias para as

    igrejas de Constantinopla. Provavelmente, esta tenha sido a primeira vez que o Antigo e oNovo Testamentos foram apresentados em um único volume, agora denominado bíblia.

    Eusébio de Cesaréia

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    HISTÓRIA DAS TRADUÇÕES

    A bíblia - o livro mais lido, traduzido e distribuído do mundo -, desde as

    suas origens, foi considerada sagrada e de grande importância. E, como tal, deveria ser

    conhecida e compreendida por toda a humanidade. A “necessidade” de difundir seusensinamentos através dos tempos e entre os mais variados povos, resultou em inúmeras

    traduções para os mais variados idiomas e dialetos. Hoje é possível encontrar a bíblia,

    completa ou em porções, em mais de 2.000 línguas diferentes.

    Lutero Traduzindo Escrituras

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    A PRIMEIRA TRADUÇÃO

    Estima-se que a primeira tradução foi elaborada entre 200 a 300 anos antes

    de Cristo. Como os judeus que viviam no Egito não compreendiam a língua hebraica,(!) o

    Antigo Testamento foi traduzido para o grego. Porém, não eram apenas os judeus que viviamno estrangeiro que tinham dificuldade de ler o original em hebraico: com o cativeiro da

    Babilônia, os judeus da Palestina também já não falavam mais o hebraico. Denominada

    Septuaginta  (ou Tradução dos Setenta), esta primeira tradução foi realizada por 70  sábios e

    contém sete  livros que não fazem parte da coleção hebraica; pois não estavam incluídos

    quando o cânon (ou lista oficial) do Antigo Testamento foi estabelecido por exegetas israelitas

    no final do Século I d.C. A igreja primitiva geralmente incluía tais livros em sua bíblia. Eles

    são chamados apócrifos (abordado mais adiante) ou deuterocanônicos e encontram-sepresentes nas bíblias de algumas igrejas.

    Essa tradução do Antigo Testamento foi utilizada em sinagogas de todas as

    regiões do Mediterrâneo e representou um instrumento fundamental nos esforços

    empreendidos pelos primeiros discípulos de Jesus na propagação dos ensinamentos de Deus.

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    OUTRAS TRADUÇÕES

    Outras traduções começaram a ser realizadas por cristãos novos nas línguas

    copta (Egito), etíope (Etiópia), siríaca (norte da Palestina) e em latim – considerada a mais

    importante de todas as línguas pela sua ampla utilização no Ocidente.Por haver tantas versões parciais e insatisfatórias em latim, no ano 382 d.C.,

    o bispo de Roma nomeou o grande exegeta Jerônimo para fazer uma tradução oficial  das

    Escrituras.

    Com o objetivo de realizar uma tradução de qualidade e fiel aos originais,

    Jerônimo foi à Palestina, onde viveu durante 20 anos. Estudou hebraico com rabinos famosos

    e examinou todos os manuscritos que conseguiu localizar. Sua tradução tornou-se conhecida

    como "Vulgata", ou seja, escrita na língua de pessoas comuns ("vulgus"). Embora não tenhasido imediatamente aceita, tornou-se o texto oficial do cristianismo ocidental. Neste formato,

    a bíblia difundiu-se por todas as regiões do Mediterrâneo, alcançando até o Norte da Europa.

    Na Europa, os cristãos entraram em conflito com os invasores godos e hunos, que destruíram

    uma grande parte da civilização romana. Em mosteiros, nos quais alguns homens se

    refugiaram da turbulência causada por guerras constantes, o texto bíblico foi preservado por

    muitos séculos, especialmente a bíblia em latim na versão de Jerônimo.

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    Não se sabe quando e como a bíblia  chegou até as Ilhas Britânicas.

    Missionários levaram o evangelho para Irlanda, Escócia e Inglaterra, e não há dúvida de que

    havia cristãos nos exércitos romanos que lá estiveram no segundo e terceiro séculos.

    Provavelmente a tradução mais antiga na língua do povo desta região é a do Venerável Bede.

    Relata-se que, no momento de sua morte, em 735, ele estava ditando uma tradução do

    Evangelho de João; entretanto, nenhuma de suas traduções chegou até nós. Aos poucos as

    traduções de passagens e de livros inteiros foram surgindo.

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    AS PRIMEIRAS ESCRITURAS IMPRESSAS

    Na Alemanha, em meados do Século XV, um ourives chamado Johannes

    Gutemberg desenvolveu a arte de fundir tipos metálicos móveis. O primeiro livro de grande

    porte produzido por sua prensa foi a bíblia em latim. Cópias impressas decoradas a mãopassaram a competir com os mais belos

    manuscritos. Esta nova arte foi utilizada para

    imprimir bíblias em seis línguas antes de 1500 -

    alemão, italiano, francês, tcheco, holandês e

    catalão; e em outras seis línguas até meados do

    Século XVI - espanhol, dinamarquês, inglês,

    sueco, húngaro, islandês, polonês e finlandês.Finalmente as Escrituras realmente podiam ser

    lidas na língua destes povos. Mas essas traduções ainda estavam vinculadas ao texto em latim.

    No início do Século XVI, manuscritos de textos em grego e hebraico, preservados nas igrejas

    orientais, começaram a chegar à Europa ocidental. Havia pessoas eruditas que podiam auxiliar

    os sacerdotes ocidentais a ler e apreciar tais manuscritos. Uma pessoa de grande destaque

    durante este novo período de estudo e aprendizado foi Erasmo de Roterdã. Ele passou alguns

    anos atuando como professor na Universidade de Cambridge, Inglaterra. Em 1516, sua edição

    do Novo Testamento em grego foi publicada com seu próprio paralelo da tradução em latim.

    Assim, pela primeira vez, estudiosos da Europa ocidental puderam ter acesso ao Novo

    Testamento na língua original, embora, infelizmente, os manuscritos fornecidos a Erasmo

    fossem de origem relativamente recente e, portanto, não eram completamente confiáveis.

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    OS EVANGELHOS APÓCRIFOS

    Provavelmente você já ouviu falar nos “Evangelhos Apócrifos”. Mas que

    significado tem a palavra “apócrifo”? Apócrifos são chamados os livros que apesar de

    atribuídos a um autor sagrado, não são aceitos como canônicos. E qual o exato significado dapalavra “canônico”? A palavra deriva de “Cânon”, que é o catálogo  de Livros Sagrados

    admitidos pela igreja, no caso, a Católica.

    Sendo assim, que critério a igreja se utilizou para decidir se um livro,

    supostamente escrito por um autor sagrado, tem caráter apócrifo ou canônico?

    A bíblia como um todo, não apresentou sempre a forma como hoje é

    conhecida. Vários textos, chamados hoje de "apócrifos", figuravam anteriormente na bíblia,

    mas ao longo dos sucessivos concílios acabaram sendo eliminados. Houve os que depoisviriam a ser beneficiados por uma reconsideração e tornariam a partilhar a bíblia. No início do

    cristianismo os evangelhos eram em número de 315, sendo posteriormente reduzidos para

    quatro, no Concílio de Nicéia. 

    Os Evangelhos Apócrifos são numerosos e das mais

    variadas índoles: Evangelho da Infância de Jesus, Evangelho de

     Maria, dos Doze Apóstolos, de São Pedro, de São Bartolomeu etc... 

    Existe também o Evangelho de Eva, de Zacarias, de Gamaliel e até

    de Judas Iscariotes. 

    Quando exploramos o assunto, vemos que a

    “escolha” é feita pela fé, para não dizer conveniência. Os Livros

    Canônicos são os livros escritos por inspiração Divina. Mas de que forma podem saber quais

    foram e quais não foram inspirados por Deus?

    O que é ainda mais interessante neste assunto é que a própria igreja

    reconhece que boa parte desses Evangelhos Apócrifos foram elaborados por autores sagrados.

    Por que então não são incluídos na “categoria” bíblica? E o que é mais estranho, por que

    foram perseguidos e condenados durante séculos?

    Com o passar dos séculos, o termo apócrifo foi ganhando outros

    significados. Na antiguidade, designava obras de uso exclusivo de seitas ou escolhas

    iniciáticas de mistério. Mais tarde adquiriu o significado de livro de origem duvidosa, ou, obra

    ou fato sem autenticidade, ou cuja autenticidade não se provou.

    Não se tira o fato de que é certo que deve ser muito difícil para a igreja

    separar os textos que relatam os fatos da Vida e Obra do Mestre Jesus dos que contam

    histórias sem autenticidade. Porém, a própria instituição reconhece hoje em dia o valor de

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    algumas destas obras, ou Evangelhos Apócrifos, os quais nos contam algumas passagens da

    Natividade, Infância e Pregação do Avatar e sua progenitora.

    Hoje, a igreja

    reconhece como parte da

    tradição, os EvangelhosApócrifos de Tiago, Matheus, O

    Livro sobre a Natividade de

    Maria, o Evangelho de Pedro e o

    Armênio e Árabe da Infância de

    Jesus, além dos evangelistas

    “aceitos”.

    A maior parte destes textos apareceu nos séculos II e IV e atualmente sãoconsiderados apócrifos. Na realidade, a única diferença entre eles e os quatro Evangelhos

    Canônicos resume-se ao fato de que “não foram inspirados por Deus”.

    Estes Evangelhos considerados apócrifos foram publicados ao mesmo

    tempo em que os que passam por canônicos, foram recebidos com igual respeito e idêntica

    confiança e, ainda, sendo citados preferencialmente nos primeiros séculos. Logo, o mesmo

    motivo que pesa em favor da autenticidade de uns, pesa também a favor de outros. No

    entanto, somente quatro são aceitos “oficialmente”.

    A admissão exclusiva dos quatro Evangelhos hoje aceitos se deu no século

    IV, no ano de 325 d.C., por ocasião do Concílio de Nicéia e depois referenciado em 363 d.C.,

    no de Laodicéia, No entanto, Irineu, bispo de Lion que morrera mais ou menos no ano 200, já

    expressava sua preferência pelos quatro Evangelhos hoje

    aceitos como canônicos. Irineu compôs contra as principais

    heresias do tempo uma refutação completa em cinco livros.

    Eis o conteúdo e modo de exposição: a unidade de Deus,

    criador do céu e da terra, é proclamada por todos os séculos e

    todos os homens. A Igreja católica é a fiel depositária dessa

    tradição universal. A santidade é inseparável dessa Igreja. A

    Igreja é universal. É apostólica. Para confundir todos os

    hereges, basta a tradição da Igreja romana.

    Devemos lembrar que como instituição, a igreja tem seus erros e acertos,

    pois apesar de alegar ter os olhos do Senhor, é controlada por humanos. Portanto não nos

    esqueçamos que os Evangelhos Apócrifos, ou não aceitos, assim foram rotulados por

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    humanos como nós, que, enquanto nessa condição, incorrem em erros, e não é nossa proposta

    alegar que estejam agindo com má-fé.

    O CONTEÚDO DOS APÓCRIFOS

    Segundo investigações hoje notórias, há fundamentalmente três tipos de

    evangelhos apócrifos, que proliferaram entre os cristãos no século II e posteriormente:

    — aqueles dos quais só restaram alguns fragmentos escritos em papiro e se

    assemelham bastante aos evangelhos canônicos;

    — os que se conservaram completos e narram com sentido piedoso histórias

    sobre Jesus e a Santíssima Virgem; e

    — aqueles outros que, utilizando o nome de algum apóstolo, ensinavamdoutrinas diversas daquelas que a Igreja proclamava, seguindo a verdadeira tradição

    apostólica.

    Os primeiros são escassos e não dizem nada de novo, talvez porque se

    conhece pouco sobre o seu conteúdo. A eles pertencem os fragmentos do "evangelho de

    Pedro", que narram a Paixão.

    Entre os do segundo tipo, o mais antigo é o chamado "Protoevangelho de

    São Tiago" que narra a permanência da Santíssima Virgem no templo desde que tinha três

    anos e como foi designado São José, que era viúvo, para cuidar dela quando esta cumpriu os

    doze anos. Os sacerdotes do templo reuniram todos os viúvos e um prodígio ocorrido com

    José, que consistiu em surgir uma pomba do seu cajado, fez que fosse ele o escolhido.

    Outros apócrifos mais recentes recolhem a mesma história, como o "Pseudo

    Mateus", que conta que o seu cajado floresceu milagrosamente. Também se detém o

    Protoevangelho em descrever o nascimento de Jesus quando José ia com Maria até Belém.

    Narra que o santo patriarca buscou uma parteira, que pôde comprovar a virgindade de Maria

    no parto.

    Em uma linha parecida, outros apócrifos, como "o Nascimento de Maria", se

    detêm em narrar o nascimento da Virgem, quando Joaquim e Ana já eram anciãos. A infância

    de Jesus e os milagres que fazia quando criança são narrados pelo "Pseudo Tomás", e a morte

    de José é o tema principal da "História de José, o Carpinteiro". Nos apócrifos árabes da

    infância, já mais recentes, se fixa a atenção nos Reis Magos, dos quais num apócrifo etíope se

    incluem inclusive os nomes pelos quais se tornaram populares.

    Um motivo muito presente em outros apócrifos, como o chamado "Livro do

    Repouso" ou o "Pseudo Melitão", foi a morte e a Assunção da Santíssima Virgem, narrando

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    que morreu rodeada pelos apóstolos e que o Senhor transportou o seu corpo em um carro

    celeste. Todas essas lendas piedosas circularam com profusão na Idade Média e serviram de

    inspiração a muitos artistas.

    Outro tipo de apócrifos são os que propunham doutrinas heréticas. Os

    padres os citam para rebatê-los e, com freqüência, os designam pelo nome do herege que tinhaescrito como o de Marcião, Basílides ou Valentim, ou pelos destinatários aos quais iam

    dirigidos, como o dos Hebreus ou o dos Egípcios. Outras

    vezes os próprios padres acusam esses hereges de pôr suas

    doutrinas sob o nome de algum apóstolo, preferentemente São

    Tiago ou Tomé. As informações se confirmaram com a

    aparição de umas quarenta obras gnósticas em Nag Hammadi

    (Egito) em 1945. Normalmente apresentam revelações secretas de Jesus, que carecem dequalquer garantia. Costumam imaginar Deus Criador como um deus inferior e perverso (o

    Demiurgo) e a aquisição da salvação por parte do homem a partir do conhecimento de sua

    procedência divina.

    DESCOBERTAS ARQUEOLÓGICAS

    Várias foram as descobertas arqueológicas que proporcionaram o melhor

    entendimento das Escrituras Sagradas. Os manuscritos mais

    antigos que existem de trechos do Antigo Testamento datam de

    850 d.C. Existem, porém, partes menores bem mais antigas

    como o Papiro Nash do segundo século da era cristã. Mas sem

    dúvida a maior descoberta ocorreu em 1947, quando um pastor

    beduíno, que buscava uma cabra perdida de seu rebanho,

    encontrou por acaso os Manuscritos do Mar Morto, na região

    de Jericó. Durante nove anos vários documentos foram

    encontrados nas cavernas de Qumrân, no Mar Morto,

    constituindo-se nos mais antigos fragmentos da bíblia hebraica que se têm notícias.

    Escondidos ali pela tribo judaica dos essênios no Século I, nos 800 pergaminhos, escritos

    entre 250 a.C. a 100 d.C., aparecem comentários teológicos e descrições da vida religiosa

    deste povo, revelando aspectos até então considerados exclusivos do cristianismo. Estes

    documentos tiveram grande impacto na visão da bíblia, pois fornecem espantosa confirmação

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    da fidelidade dos textos massoréticos6  aos originais. O estudo da cerâmica dos jarros e a

    datação por carbono 14 estabelecem que os documentos foram produzidos entre 168 a.C. e

    233 d.C. Destaca-se, entre estes documentos, uma cópia quase completa do livro de Isaías,

    feita cerca de cem anos antes do nascimento de Cristo. Especialistas compararam o texto

    dessa cópia com o texto-padrão do Antigo Testamento hebraico (o manuscrito chamadoCodex Leningradense, de 1008 d.C.) e descobriram que as diferenças entre ambos eram

    mínimas. Outros manuscritos também foram encontrados neste mesmo local, como o do

    profeta Isaías, fragmentos de um texto do profeta Samuel, textos de profetas menores, parte

    do livro de Levítico e um targum (paráfrase) de Jó.

    As descobertas arqueológicas, como a dos manuscritos do Mar Morto e

    outras mais recentes, continuam a fornecer novos dados aos tradutores da bíblia. Elas têm

    ajudado a resolver várias questões a respeito de palavras e termos hebraicos e gregos, cujosentido não era absolutamente claro. Antes disso, os tradutores se baseavam em

    manuscritos mais "novos", ou seja, em cópias produzidas em datas mais distantes da origem

    dos textos bíblicos.

    Se os estudos de Metafísica do Grego Aristóteles até hoje não têm um

    significado adequado quanto à simples origem da palavra “Metafísica”, que se dirá então de

    um livro inteiro, fracionado em dois períodos, como a bíblia?

    6 [Do hebr. massorat, 'tradição'.]1- O conjunto dos comentários críticos e gramaticais acerca da Bíblia (sobretudo o Velho Testamento) feitos pordoutores judeus. Fonte: Ibdem. 

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    A BÍBLIA E SEUS ESCRITORES 

    A palavra bíblia é derivada da palavra grega biblos, que significa: livro ou rolo.

    A bíblia foi escrita durante um período de mais de 1500 anos, foram aproximadamente 40 os seus

    autores, servos inspirados pelo Espírito Santo.Apesar dos seus diversos autores é um só livro, com uma única mensagem, isenta de contradições em

    seu conteúdo.

    É um livro espiritual, se aceita pela fé, direcionada a um povo especifico, o Povo de Deus.

    São estes, todos os que foram lavados e restaurados no sangue de Jesus e o tem como Mestre.

    Devemos lê-la em espírito, meditando em seus ensinamentos e ouvindo a voz do Santo Espírito, que

    nos dá a compreensão.

    É um livro especial que traz os princípios da fé do Povo de Deus.

    A seguir, apresentamos uma tabela com os livros, datas prováveis em que foram escritos e autores.

    Livro  Data  Autor  Livro  Data  Autor 

    Antigo Testamento: 

    Gn  1440 aC  Moisés  Ex  1400 aC  Moisés 

    Lv  1445 aC  Moisés  Nm  1400 aC  Moisés 

    Dt  1400 aC  Moisés  Js  1400—1375 aC  Josué 

    Jz  1050—1000 aC  Desconhecido  Rt  1050—500 aC  Desconhecido 

    1 Sm  931—722 aC  Samuel e outros  2 Sm  931—722 aC  Samuel e outros 

    1 Rs  560—538 aC  Jeremias  2 Rs  560—538 aC  Jeremias 

    1 Cr  425—400 aC  Esdras  2 Cr  425—400 aC  Esdras 

    Ed  538—457 Ac  Esdras  Ne  423 aC  Neemias 

    Et  465 aC  Desconhecido  Jó  Sec. V—II aC  Moisés ou Salomão 

    Sl  1000—300 aC  Davi, Asafe e outros  Pv  950—700 aC  Salomão e outros 

    Ec  935 aC  Salomão  Ct  970—930 aC  Salomão 

    Is  700—690 aC  Isaias  Jr  626—586 aC  Jeremias 

    Lm  587 aC  Jeremias  Ez  593—573 aC  Ezequiel 

    Dn  537 aC  Daniel  Os  750 aC  Oséias 

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    Jl  835—805 aC  Joel  Am  760—750 aC  Amós 

    Ob  586 aC  Obadias  Jn  760 aC  Jonas 

    Mq  704—696 aC  Miquéias  Na  612 aC  Naum 

    Hc  600 aC Habacuque

      Sf   630 aC Sofonias

     Ag  520 aC  Ageu  Zc  520—475 aC  Zacarias 

    Ml  450 aC  Malaquias 

    Novo Testamento: 

    Mt  50 –75 dC  Mateus  Mc  65—70 dC  Marcos 

    Lc  59—75 dC  Lucas  Jo  85 dC  João 

    At  62 dC  Lucas  Rm  56 dC  Paulo 

    1Co  56 dC  Paulo  2Co  56 dC  Paulo 

    Gl  55—56 dC  Paulo  Ef   60—61 dC  Paulo 

    Fp  61 dC  Paulo  Cl  61 dC  Paulo 

    1Ts  50 dC  Paulo  2Ts  50 dC  Paulo 

    1Tm  64 dC  Paulo  2Tm  66—67 dC  Paulo 

    Tt  64 dC  Paulo  Fm  60—61 dC  Paulo 

    Hb  64—68 dC  Desconhecido  Tg  48-62 dC  Tiago (irmão de Jesus) 

    1Pe  60 dC  Pedro  2Pe  65—68 dC  Pedro 

    1Jo  90 dC  1,2,3 Jo // João  Jd  65—80 Dc  Judas 

    Ap  70—95 dC  João 

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